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UNIDADE 3 - Fundamentos e aspectos iniciais da inovação e processos de inovação Aula 1 Inovação e seus principais tipos de aplicação Introdução Meu vídeo não funciona Olá, estudante! Na Unidade 3 introduziremos o conceito e principais aspectos da inovação, palavra que ganhou protagonismo na agenda das organizações de todos os tamanhos e segmentos e que é extremamente importante de ser compreendida no âmbito do empreendedorismo, por ser a alavanca de diferenciação da empresa no mercado. Com o ritmo intenso de surgimento de produtos e serviços, é necessário que as empresas sejam capazes de implementar uma cultura adequada para que os colaboradores se adaptem a essas inovações e consigam, inclusive, se antecipar ao que virá de novidade. Nesta aula você verá que a prática da inovação está atrelada não apenas à capacidade dos colaboradores e lideranças executarem essa agenda, mas também da capacidade de conseguirem conectar stakeholders externos, como clientes e parceiros, para colaborarem junto com as capacidades internas. Além disso, aprenderá que inovar vai além de criar produtos, existindo 10 tipos possíveis de inovação. Bom estudo! Mapeando os tipos de inovação Quando falamos de inovação, normalmente relacionamos a palavra com o surgimento de produtos e serviços que revolucionaram a sociedade, como o avião, o computador e as vacinas, entre outros. Mas a palavra inovação, que tem origem no latim innovare, significa "renovação", "invenção" ou "criação de algo novo" e pode ser utilizada para qualquer mudança que gere uma nova percepção de valor. O termo era frequentemente usado na Idade Média para referir-se a mudanças significativas nas leis, costumes ou cultura em geral. Com o passar dos anos, o significado de inovação foi ampliado para incluir a criação de novos produtos, serviços ou processos dentro de uma empresa. Atualmente, a inovação é vista como uma peça-chave para o sucesso no mundo empresarial. Essa concepção de que a inovação é parte essencial da atividade econômica foi criada por Joseph Schumpeter, economista e cientista político austríaco. Na visão dele, a atitude inovadora é o grande motor do crescimento econômico e a empresa é o centro em que essa inovação acontece, e pode ser definida como (Costa et al., 2022): · Introdução de um novo bem ou nova qualidade a esse bem; · Introdução de um novo método de produção ou nova forma de manejar comercialmente uma mercadoria; · Abertura de mercado; · Adoção de uma nova matéria-prima; · Estabelecimento de uma nova empresa no segmento, quebrando um monopólio. Repare que as possibilidades descritas cobrem não apenas o produto novo em si, mas também novas formas e meios de se fazer algo (Costa et al., 2022). Além de definir o espectro da inovação, Schumpeter foi o primeiro estudioso a falar do empreendedorismo, traduzindo a palavra como a ideia de alocar recursos escassos da economia de forma eficiente, a partir de um empreendimento novo (Costa et al., 2022). Com isso, a habilidade de inovar para a diferenciação de mercado se tornou essencial para empreendedores. Com o avanço dos estudos sobre a inovação, o conceito passou a explorar os atores que fazem parte da sua execução e criou-se a diferenciação entre inovação fechada e aberta que traz, basicamente, a expansão dos limites da empresa, incorporando ideias, recursos e feedbacks do ambiente externo à organização. A maior diferença da inovação fechada para a aberta é que na primeira, todo o processo de ideias, elaboração e desenvolvimento do produto ou serviço é feito exclusivamente com colaboradores e recursos internos (Liga Ventures, 2022). O modelo de inovação aberta foi proposto por Henry Chesbrough, considerado o pai do termo, no seu livro Inovação Aberta: Como criar e lucrar com a tecnologia. A partir dos estudos de Chesbrough, definiu-se três modalidades de aplicação da inovação aberta, explicadas no Quadro 1 (Alves, 2023): Quadro 1 | Modalidades de inovação aberta Modalidade Significado Inbound A empresa busca conhecimento ou tecnologia em uma fonte externa especializada. Outbound A empresa desenvolve uma solução inovadora e a transfere para outra empresa por meio de parceria. Coupled Combinação dos modelos anteriores, quando uma empresa consegue fornecer informações para o desenvolvimento de uma solução e se beneficia de novas ideias e informações externas. Fonte: adaptado de Alves (2023). Vimos que desde os primórdios dos estudos acerca da inovação, na literatura de Schumpeter, inovar significa ir muito além de novas soluções apenas, certo? Pois bem, já nos tempos atuais, Larry Keeley, CEO e cofundador de uma das empresas mais reconhecidas em estratégia de inovação e incorporada na Deloitte, desenvolveu o método 10 TI (10 tipos de inovação), para tangibilizar o que Schumpeter mencionou anteriormente: é possível inovar para além de criar produtos e serviços. O Quadro 2 apresenta os 10 TI (Keeley, 2015): Quadro 2 | 10 Tipos de Inovação Configuração Oferta Experiência Modelo de lucratividade Desempenho do produto Serviço Rede Sistema de produto Canal Estrutura - Marca Processo - Envolvimento do cliente Fonte: adaptada de Keeley (2015) Um ponto importante é que cada empresa define sua estratégia de inovação com base nas competências, mercado de atuação e objetivos a serem atingidos, não existindo uma hierarquia entre os tipos ou uma ordem específica a ser seguida. Características de cada tipo de inovação É normal imaginar que inovação aberta seja o oposto da inovação fechada, mas os dois tipos são complementares. Empresas podem praticar a inovação fechada no processo produtivo para garantir o segredo industrial ou registrar patentes, enquanto praticam a inovação aberta para compartilhar conhecimento de mercado e desenvolvimento de tecnologias com outras organizações. Para facilitar o entendimento das diferenças de cada tipo de inovação, veja o Quadro 3 (Liga Ventures, 2022): Quadro 3 | Diferenças entre inovação aberta e inovação fechada Inovação aberta Inovação fechada Integração com os recursos internos e externos. Falta de integração com os recursos externos. O custo para o desenvolvimento é reduzido, por não precisar criar o sistema todo internamente. Necessidade de criação de várias equipes, aumentando o custo de desenvolvimento. Processo muito mais ágil, por envolver recursos externos. Lentidão no processo de inovação. Fonte: adaptado de Liga Ventures (2022). Com a inovação aberta, há mais agilidade e eficiência na incorporação de tecnologias e ideias além de aumentar a possibilidade de utilizar recursos que a empresa, por vezes, não tem internamente (Liga Ventures, 2022). Um exemplo da inovação aberta praticada de fora para dentro ou inbound é o da LEGO, líder mundial em brinquedos, que incentiva seus consumidores a darem ideias para possíveis novas coleções e os premia a partir de uma votação aberta que elege as mais desejadas. Essa aposta no desenvolvimento de novas coleções a partir das ideias dadas pelos próprios usuários torna mais provável o sucesso das vendas dos futuros lançamentos. Já na inovação de dentro para fora ou outbound, podemos citar o exemplo da 3M, que tem um consultor que avalia desafios e cenários do cliente para desenvolver a melhor embalagem para o produto e com o melhor custo-benefício para a ambos (Sydle, 2022). A mistura entre outbound e inbound, ou inovação coupled, ocorre quando duas empresas que têm a mesma dificuldade resolvem, por exemplo, criar ou investir juntas em uma terceira marca que vende o produto ou serviço para as duas, mas também para as outras empresas da cadeia. A Vector é um bom exemplo: criada pela Bunge e Target, buscou resolver o problema de digitalizaçãodo processo de contratação de frete rodoviário e outros serviços (Bunge, [s. d.]). Os três casos citados também se relacionam com o método de Keeley: o caso da LEGO exemplifica um tipo de inovação a partir do envolvimento do cliente. No caso da 3M, a melhor embalagem possível vai diferenciar o produto vendido, o que configura uma inovação de desempenho do produto. Já a Vector pode ser considerada um novo canal de integração entre caminhoneiros e embarcadores. Vamos nos aprofundar nas características de cada um dos 10 tipos de inovação propostos por Keeley? (FIUZA, 2023) 1. Modelo de lucratividade: forma como a empresa lucra a partir das inovações. 2. Rede: como uma empresa pode criar parcerias que geram valor. 3. Estrutura: ações que podem gerar valor relacionadas aos ativos (pessoas e infraestrutura física) da empresa, como a descentralização da hierarquia para fomentar um ambiente propício à criação de ideias. 4. Processo: como aperfeiçoar os processos internos para entregar o produto ou serviço final da melhor forma. 5. Desempenho do produto: inovações que vão impactar o valor ou qualidades do produto ofertado e que o diferenciarão da concorrência. 6. Sistema de produto: forma de criar uma complementaridade em seus produtos com serviços. 7. Serviço: inovações direcionadas a garantia, aumento da utilidade ou desempenho do produto ou serviço. 8. Canal: forma como o produto ou serviço será entregue ao consumidor. 9. Marca: forma como o cliente percebe a empresa. 10. Envolvimento do cliente: inovações relacionadas à forma como a empresa interage com os consumidores assertivamente no seu processo de implementação da inovação. Percebeu como a inovação pode ser implementada a partir de diversas classificações? Ao conhecer os tipos de inovação, a empresa pode definir o seu próprio fluxo de inovação, e quanto mais variedade houver nos tipos, mais forte será sua vantagem competitiva. Casos reais de inovação aberta Agora você já sabe que a inovação aberta é uma maneira das empresas criarem e capturem valor por meio da cocriação entre os colaboradores internos e parceiros externos, como clientes e startups. Existem diversos casos de sucesso de empresas de segmentos distintos que adotam a inovação aberta de maneira estratégica e revolucionam o mercado que atuam. Vamos agora conhecer dois desses casos: FirstBuild, um dos projetos de inovação aberta da GE e que pode ser considerado um caso de inovação inbound, e SmartThings, uma das empresas adquiridas pela Samsung e que pode ser considerado um caso de inovação coupled (Martins, 2020): A GE, empresa global de tecnologia e inovação que desenvolve soluções para as áreas de saúde, energia e aviação, investe em um ecossistema de parceiros para resolver grandes problemas e garantir que as ideias geradas por terceiros sejam implementadas e se transformem em produtos para a GE. Uma das iniciativas mais bem-sucedidas na unidade de negócio de saúde da GE foi a comunidade de cocriação FirstBuild, que permite que engenheiros e designers tomem decisões para o desenvolvimento de produtos, desde o início de seu ciclo de vida. A empresa investiu em uma plataforma aberta para facilitar a colaboração entre pesquisadores independentes e seus times de P&D (inovação aberta em sua essência!), que desenvolvem novas aplicações de diagnóstico e tratamento por ultrassom. O setor de energia também é alvo da GE, que usa uma plataforma de coleta de ideias para realizar a colaboração em projetos de produção de energia limpa e acessível usando nanotecnologia (Martins, 2020). Ambos os casos protagonizados pela GE também podem ser classificados como inovações de rede, considerando o modelo de Keeley, pois demonstram como uma empresa pode gerar mais valor valendo-se de parcerias. Já a Samsung, multinacional sul-coreana de eletrônicos, criou a iniciativa Next em 1994 para desenvolver um ecossistema de inovação que provocasse grandes transformações nos setores de softwares e serviços. Preste atenção no ano: era 1994 e os conceitos da inovação já eram colocados em prática! O grande objetivo da iniciativa é colocar os colaboradores da empresa para trabalhar lado a lado com startups que ajudam a escalar novos produtos digitais e transformar ideias em negócios prósperos, solucionando grandes problemas globais. O projeto atua em países por todo o globo e a relação com as startups pode se dar por aportes financeiros de venture capital, parcerias, aceleração e/ou aquisição (Martins, 2020). Um case de sucesso da Next é a compra da empresa SmartThings, de soluções com internet das coisas (IoT). Com a aquisição, a Samsung pôde integrar a tecnologia em seus produtos sem ter que gastar tempo e dinheiro em P&D para chegar no mesmo nível de maturidade (Martins, 2020). O exemplo da Samsung também poderia ser classificado utilizando o modelo de Keeley, mas agora como inovação do tipo sistemas de produto, pois a nova tecnologia complementa produtos que já são produzidos pela multinacional sul-coreana. Vemos na prática uma das vantagens da inovação aberta: velocidade de desenvolvimento das ideias e custo reduzido para colocá-las em prática, já que estruturas externas já desenvolvidas são integradas ao projeto inicial. Muitas vezes a inovação é encarada como algo muito disruptivo e exclusivo para as empresas modernas ou que têm muito dinheiro para investir na sua implementação, mas vimos dois casos de empresas centenárias que souberam aplicar bem o conceito de inovação aberta, aproveitando-se da colaboração com parceiros externos para inovar de forma mais rápida e eficiente. Videoaula: Inovação e seus principais tipos de aplicação Meu vídeo ainda não funciona Neste vídeo você aprenderá os principais tipos de inovação que uma empresa pode adotar, além de conferir exemplos reais de cada um, implementados em negócios com características diversas, mas que souberam traduzir bem os conceitos em implementação com resultados positivos para a empresa. Além disso, verá as vantagens de incentivar a cultura de inovação aberta, mas também perceberá que a inovação fechada não é vilã e tem sua aplicabilidade garantida em contextos específicos. Saiba mais Você pode compreender melhor a proposta do livro Dez tipos de inovação: a disciplina de criação de avanços de ruptura, escrito por Larry Keeley, por meio deste artigo publicado pela DVS, editora da obra: https://blog.dvseditora.com.br/dez-tipos-de-inovacao-modelo-simples-e-pratico-para-um-resultado-vencedor/. Aula 2 Gestão da inovação: benefícios e impactos na estratégia org Introdução Olá, estudante! Como já vimos, inovar vai muito além de criar produtos e serviços, e envolve desenvolver novos modelos de negócios, novos processos organizacionais e até mesmo novas formas de falar com o consumidor. Com isso, os riscos de erros e perdas ao longo do processo de inovação existem e precisam ser considerados pelas corporações para que ações preventivas e corretivas sejam mapeadas e executadas no tempo certo. É neste cenário que entra o conteúdo desta aula: você verá a importância de sistematizar a inovação por meio de um fluxo de administração das iniciativas e de um modelo de gestão que vai garantir a conexão da agenda de inovação com a estratégia da corporação, além de trazer visibilidade a tudo que está acontecendo e uma cultura de monitoramento de resultados importante para que essa agenda obtenha os recursos e incentivos necessários para garantir a perpetuidade do negócio. Bons estudos! Sistematizando a inovação nas empresas O investimento em iniciativas que promovem a inovação nas empresas vem sendo cada vez mais discutido devido às diversas transformações que os setores da economia sofreram nos últimos anos. Não só startups, mas grandes empresas tradicionais também estão percebendo a importância de incorporar a inovação no negócio por meio de mudanças estruturais, relacionamento com clientes, fornecedores e dos próprios colaboradores (Donato, 2023). Para atingir os resultados esperados, é fundamental que as empresas criem uma culturade inovação, estimulando a criatividade e o trabalho colaborativo. Além disso, é importante investir em ferramentas e recursos que possam facilitar o processo de geração, seleção e desenvolvimento de inovações. Por isso, a inovação precisa ser vista como um processo contínuo e dinâmico. Esse processo é dividido em quatro etapas: 1. Geração de ideias: é a fase inicial do processo, em que são geradas e coletadas ideias que podem ser aplicadas em um determinado produto, serviço ou processo. Essas ideias podem surgir de várias fontes, como funcionários, clientes, concorrentes, fornecedores etc. 2. Desenvolvimento: as ideias são analisadas e selecionadas para serem desenvolvidas em protótipos. É importante que essa fase conte com equipes interdisciplinares, que possam avaliar a viabilidade técnica, financeira e comercial da ideia. 3. Implementação: após a validação dos protótipos, a ideia é implementada em um produto, serviço ou processo real. Esse processo exige um planejamento cuidadoso e acompanhamento constante para garantir que a inovação esteja alinhada com as expectativas do mercado e dos clientes. 4. Avaliação: após a implementação, é importante avaliar os resultados da inovação e fazer correções, se necessário. Essa etapa é fundamental para garantir que a inovação continue a gerar valor para a organização e seus clientes. Vale destacar que o processo de inovação não é linear, pode envolver várias interações entre as etapas e envolvimento de diferentes áreas da empresa. O que vai permitir que todas essas ideias e processos inovadores sejam aplicáveis em uma organização é a gestão da inovação, uma prática voltada para o estímulo e a implementação de um incentivo ao desenvolvimento de novas ideias (Ferreira, 2019). Outro aspecto crucial na gestão da inovação é a capacidade de identificar e analisar as tendências do mercado e as necessidades dos clientes, para que as ideias e soluções desenvolvidas estejam alinhadas com as demandas do mercado e possam gerar impactos positivos. Por fim, a gestão da inovação também exige uma abordagem estratégica, com um planejamento cuidadoso dos recursos necessários, como investimentos em pesquisas, tecnologia, pessoal e capacitação, e a definição de métricas para medir os resultados e o impacto da inovação. Assim, é possível se destacar em um mercado competitivo e conquistar a fidelidade dos clientes, garantindo o sucesso a longo prazo. Com o objetivo de fornecer orientações para a gestão de inovação em uma organização, independentemente de seu tamanho, setor ou localização, foi criada a ISO 56002. Vale primeiro aprender o que a sigla significa: fundada em 1947, a ISO – Organização Internacional de Padronização, é uma instituição sem fins lucrativos sediada na Suíça. Ancorada nos princípios da isonomia, a organização tem mais de 22 mil normas técnicas, sendo mais de 180 normas de sistema de gestão que visam ao estabelecimento de padrões mundiais para a gestão de negócios (Cardoso, [s. d.]). No caso da ISO 56002, ela trata das diretrizes para implementar o sistema de gestão da inovação e é a única certificável via atestado de conformidade, por propor a estruturação dos processos para inovar com foco na geração de resultados. Como implementar um bom processo de gestão da inovação Como vimos, o processo de inovação é formado por quatro etapas sequenciais: geração de ideias, desenvolvimento, implementação e avaliação, que vão assegurar que o time de inovação tenha ideias e as implemente de forma bem-sucedida (Distrito, 2020). Para implementar o processo de inovação corretamente, é preciso ter um bom sistema para organizar este processo, e o mais indicado é a gestão ágil, abordada anteriormente, por conseguir identificar os riscos e falhas que são inerentes a todo processo de inovação e que, quando não corrigidos rapidamente, provocam um alto custo para a empresa (Pimenta, 2022). Mas apenas a sistematização do processo de inovação não é suficiente para que de fato a inovação aconteça, afinal, é na criatividade humana que ela tem sua origem. Ao longo dos anos, similaridades nos contextos culturais e processuais das empresas que implementaram com sucesso o processo de inovação foram estudadas. Vamos conhecer oito características dessas empresas (Frankenthal, 2017): 1. Iniciativas de inovação alinhadas com os objetivos estratégicos: é preciso entender os objetivos estratégicos do negócio e definir os processos que precisam ser inovados. 2. Focar a inovação: a gestão da inovação precisa direcionar esforços para a convergência entre tecnologias, comportamentos e os objetivos do negócio, para gerar bons resultados. 3. Ambiente favorável para a inovação: a liderança precisa incentivar a agenda de inovação, compreendendo profundamente os seus fundamentos, destinando verba suficiente para investir e garantindo que a cultura de inovação esteja incorporada no DNA da empresa. 4. Pessoas treinadas para a inovação: treinamentos, workshops e encontros criativos, preferencialmente fora do ambiente organizacional, são essenciais para que as pessoas se sintam seguras para inovar. 5. Realizar parcerias inovadoras: para inovar, é fundamental fazer parcerias com instituições que já dominam as metodologias e conhecem os mecanismos de financiamento de inovação disponíveis no Brasil, como as universidades federais, as incubadoras de startups e as consultorias. 6. Processos estruturados: o processo precisa ser bem estruturado, bem gerenciado e produtivo para toda a organização. Os recursos humanos, financeiros e tecnológicos devem ser combinados para resultar em uma relação ganha-ganha para todos os envolvidos. 7. Reconhecimento dos esforços de inovação: mecanismos de reconhecimento dos esforços de inovação dos colaboradores (desde uma matéria em newsletter da empresa, destacando os feitos do colaborador, até remunerações proporcionais aos ganhos gerados pela sua participação no processo de inovação). 8. Análise dos resultados da inovação: medir os resultados e verificar se realmente os processos envolvidos se tornaram mais eficientes. Quando a inovação é no produto ou serviço, pesquisas de satisfação mostram se ele está agradando os clientes e trazendo lucro para a empresa. Mesmo com muita informação disponível acerca da importância da gestão da inovação nas empresas, é muito comum vê-las gerarem ótimas ideias, mas que nunca saem do papel. Daí entra a importância da certificação ISO 56002, que a partir do apoio de uma consultoria experiente, apoia as empresas na execução correta dos processos de inovação. Depois de implementar todos os itens normativos, a empresa passa por uma auditoria de certificação por meio de um organismo certificador e, se aprovada, recebe o atestado de conformidade (Cardoso, [s. d.]). A ISO 56002 se baseia em oito pilares, demonstrados no Quadro 1 junto com os benefícios dessa certificação: Quadro 1 | Pilares e Benefícios da ISO 56002 Pilares Significado Benefícios Direção estratégica Implementação de uma política de inovação e criação de indicadores de acompanhamento de resultados. Maior capacidade de gerenciar incertezas; Abordagem por processos Definição de cada processo interno e as responsabilidades de todos os colaboradores envolvidos. Aumento do crescimento, receita, rentabilidade e competitividade; Realização de valor Resultados mensuráveis, seja no aumento dos lucros ou na redução de gastos. Redução de custos e desperdícios e aumento da produtividade e eficiência de recursos; Liderança futurista Líderes que promovem o engajamento dos colaboradores e tornam os resultados possíveis. Maior sustentabilidade e resiliência; Cultura colaborativa Organização preparada para mudanças, superando as adversidades e aproveitando as oportunidades. Maior satisfação de usuários, clientes, cidadãos e outras partes interessadas; Adaptabilidade e resiliência Persistência apesar das dificuldades e capacidade de enxergar os problemas como oportunidades de inovação. Renovação sustentada do portfólio de ofertas; Gestãode incertezas As empresas devem utilizar as incertezas para criar um plano de contenção de ameaças. Pessoas engajadas e capacitadas na organização; Gestão de insights Funil com cinco fases: identificação da hipótese, criação de conceitos, validação, desenvolvimento e implementação. Maior capacidade de atrair parceiros, colaboradores e financiamento. Fonte: adaptada de Grandes Obras (2022). Já sabemos que a inovação depende totalmente da atuação humana, afinal, apenas metodologia não é suficiente para aplicá-la. Estabelecer um ambiente favorável é necessário, e a ISO 56002 ajuda a organizá-lo nas empresas. Passo a passo para obter a certificação da ISO 56002 A certificação da ISO 56002 demanda que as empresas passem por algumas etapas que compõem o processo de implementação dessa metodologia. As principais etapas são (ISO de Inovação, 2023): 1. Assessment: tem como propósito identificar o nível de preparo em questão de estrutura e cultura da companhia em termos de inovação, com o objetivo de se ter uma melhor clareza do que é preciso adotar para atingir os objetivos traçados. Em poucas palavras, consiste no diagnóstico da maturidade inovadora do negócio. 2. Criação de um comitê de inovação: conjunto de profissionais que serão responsáveis por conduzir a implementação da ISO 56002. O comitê deverá garantir a criação e o funcionamento do sistema de inovação de forma permanente. Não existe uma recomendação acerca da quantidade máxima ou mínima de membros, apenas a definição clara de quem irá compô-lo e as responsabilidades que cada membro terá ao fazer parte dele. 3. Estabelecimento de uma metodologia de implementação: quando as duas etapas anteriores estão bem definidas e comunicadas para a liderança da organização, chega a hora de estabelecer um plano de ação a implementação. A metodologia deve ser elaborada com base na criação de uma governança de inovação, priorizando estratégias disruptivas que atendam às demandas do público-alvo e gerem resultados reais ao negócio; caso contrário, iniciar esse processo de forma desordenada e sem planejamento prejudicará o impulsionamento do negócio e sua reputação no mercado. 4. Realização de uma auditoria interna: com a implementação da metodologia 100% realizada, um terceiro avaliará todos os esforços e planos colocados em prática, identificando as falhas que ainda possam existir e pontos de melhoria a serem corrigidos. Essa fase deve ser encarada como um momento de oportunidade para aperfeiçoar ainda mais os serviços e produtos para atingir conquistas ainda maiores para o crescimento da empresa. 5. Auditoria de certificação: é nessa etapa que a empresa pode conquistar a certificação da ISO 56002. A avaliação é feita por um órgão certificador, que verifica todos os itens normativos e afirma se a empresa está em conformidade com a metodologia. Tanto no momento de obter a certificação da ISO 56002 como para implementar um simples projeto de inovação, é importante contar com o apoio de consultores experientes no ramo. Assim, eles conseguirão ser mais assertivos ao identificar os melhores caminhos a serem seguidos, assim como darão o apoio necessário para enfrentar qualquer imprevisto que surja ao longo do caminho da implementação (ISO da Inovação, 2023). É possível encontrar empresas brasileiras já foram certificadas na ISO 56002. A primeira a obter a certificação foi a MZF4, indústria de transformação do ramo de nylon. Na mesma época, a CSI Locações, empresa de locação de equipamentos também conquistou o atestado de conformidade e, em seguida, a PALAS implementou esse modelo de gestão em seus processos (Cardoso, [s. d.]). A Atento, do ramo de call center, a Stefanini, uma das maiores empresas de tecnologia do Brasil, e a Messes Gases também obtiveram a certificação posteriormente (Cardoso, [s. d.]). Videoaula: Gestão da inovação: benefícios e impactos na estratégia organizacional Meu vídeo não funciona Olá, estudante! Neste vídeo, você entenderá como funciona a gestão da inovação nas corporações e quais benefícios ela pode trazer para minimizar erros e perdas ao longo do processo. Apresentaremos também os modelos de sistemas de gestão para inovação mais aderentes ao contexto atual de centralidade nas demandas do cliente e que levaram à criação da ISO 56002, que tem o objetivo de facilitar as diretrizes para implementação de um sistema de gestão que traz padrões mundiais adotados por mais de 100 empresas. Saiba mais Existem diversas ferramentas com a função de auxiliar uma empresa na governança do processo de gestão da inovação, criando fluxos automáticos de aprovação de ideias, baseados em critérios predefinidos e todo um aparato de metodologias para transformar as ideias em inovação. Para conhecer uma dessas ferramentas, acesse: https://aevo.com.br/produtos/. Aula 3 Da invenção à inovação: criando produtos e serviços Introdução Olá, estudante! Nesta aula você vai compreender os fundamentos do design thinking e a sua relação com a resolução de problemas complexos. Você verá que sempre que falamos em design thinking, nos referimos a uma abordagem ou um modelo mental e não a uma metodologia, pois apesar de existirem etapas formais a serem seguidas, nunca sabemos qual o resultado exato do final do projeto, podendo começá-lo e refazê-lo quantas vezes for preciso. Por fim, você estudará o modelo mais comum utilizado para a implementação do design thinking – o duplo diamante – e quais são os indicadores acompanhados para medir o sucesso da implementação de um projeto de inovação a partir dessa abordagem. Vamos começar? Design thinking: da implementação à verificação dos resultados O termo design thinking foi criado por David Kelley, fundador da empresa IDEO, em 2008. No entanto, as raízes do design thinking remontam ao trabalho do designer e filósofo alemão Herbert Simon na década de 1960, que explorou a ideia de solução de problemas por design e a aplicou em empresas e governos. O design é a capacidade de equilibrar um projeto mediante três pilares, garantindo as melhores soluções: viabilidade, praticabilidade e desejabilidade (Sebrae, 2022). A viabilidade tem a ver com uma solução capaz de gerar um modelo de negócio sustentável financeiramente. Praticabilidade considera a viabilidade técnica do projeto em curto prazo. Porém, o diferencial do pensamento de design está na desejabilidade, que significa que todo o trabalho é orientado pelos desejos das pessoas envolvidas, considerando clientes, colaboradores e usuários (Sebrae, 2022). Quando se colocam esses três pilares em perspectiva, é possível enxergar de onde sai a inovação, conforme demonstra a Figura 1: Figura 1 | Pilares do design. Fonte: adaptada de Sebrae (2022). Com isso, o design thinking, ou pensamento de design, pode ser definido como uma abstração do modelo mental utilizado há anos pelos designers para dar vida a ideias (Brown, 2017). É um processo iterativo e empático que envolve quatro fases: imersão, ideação, prototipação e teste. Com a aplicação do design thinking, é possível identificar oportunidades de melhoria, gerar ideias inovadoras e validar soluções que atendam às demandas do público-alvo. Por isso, é uma abordagem humanizada que pode ser aplicada em diversos contextos, desde a criação de produtos e serviços até a descoberta de desafios complexos em áreas como saúde, educação e meio ambiente. Depois, quando esses desafios se tornam bem conhecidos, o design thinking possibilita a sequência do processo de desenvolvimento de uma solução adequada ao contexto e ao público que vive o desafio (Echos, 2020). Esse processo de descoberta do desafio e desenvolvimento da solução é chamado de duplo diamante, uma metodologia derivada do design thinking e que tem fases muito parecidas entre si, tanto que em geral é considerada uma metodologia só. Figura 2 | Duplo diamante. Fonte: adaptada de Lugão (2022). Como você pôde perceber na figura, cada diamante inicia-se com um pensamento divergente, gerando muitas ideias e possibilidades, para depois aplicar o pensamento convergente,reduzindo a quantidade de ideias na mesa e refinando as remanescentes (Lugão, 2022). E como podemos medir os resultados do design thinking? Um grupo de pesquisadores do Instituto Hasso Plattner de design thinking entrevistou mais de 400 profissionais de design thinking em grandes empresas com fins lucrativos (Piovan, 2022). Primeiro, foram identificados os três principais impulsionadores que levam as empresas a buscar o design thinking: · Para entender melhor os clientes ou usuários finais; · Para proteger o negócio contra concorrência; · Para desenvolver equipes mais inovadores. A partir daí, as métricas foram classificadas em: · Métricas orientadas para execução; · Métricas orientadas para a criatividade. É importante ressaltar que as organizações devem analisar e testar uma combinação de métricas que façam sentido para seu objetivo estratégico e contexto específicos (Piovan, 2022). Embora haja muitas maneiras de projetar o ROI (retorno do investimento) da implementação do design thinking, o importante é começar e não esquecer da premissa de centralidade nas pessoas. Principais etapas e métricas de avaliação de resultados Como já sabemos, as quatro etapas do design thinking são imersão, ideação, prototipação e teste. A imersão é o processo de compreender as necessidades e pontos de vista dos usuários, assim como suas emoções e experiências. Essa etapa é importante para desenvolver soluções mais humanas e eficazes, garantindo o princípio de centralidade nas pessoas que o design thinking propõe. É nela também que se identifica o problema corretamente para que o processo seja mais eficiente. A ideação é a etapa em que as ideias são geradas, sem restrição alguma. O objetivo é propor o maior número de soluções possíveis e selecionar as mais promissoras. A prototipação é a fase de construir modelos para testar as ideias. É importante que sejam criados modelos simples e econômicos, com o objetivo principal de avaliar o funcionamento da solução. Finalmente, o teste é a fase de avaliar o protótipo em busca de feedback dos usuários. Com base nas informações coletadas, são feitas adaptações e, se necessário, iniciado o ciclo novamente. É importante que cada etapa seja feita de forma iterativa, garantindo que a solução seja aprimorada continuamente até atender às necessidades dos usuários. Já para o duplo diamante podemos explicar as suas quatro etapas de forma resumida a partir dos dois diamantes. O primeiro diamante traz as fases de entendimento e observação. É a hora da investigação e coleta de informações do problema que precisa ser resolvido ou oportunidade a ser aproveitada e, por isso, a equipe de design deve entender o contexto do usuário, identificar suas necessidades e expectativas e gerar insights. Ainda no primeiro diamante, a equipe do projeto delimita o escopo do projeto e estabelece um briefing que deve orientar todo o processo de design. O segundo diamante traz as fases de desenvolvimento e teste, em que a equipe busca possibilidades e respostas para o desafio definido no primeiro diamante e, por fim, testa e valida com o público-alvo da solução. Percebe a semelhança com a descrição das etapas do design thinking? Dada a semelhança entre os dois fluxos, podemos considerar as métricas, ou KPIs (do inglês, Key Performance Indicator, ou indicadores-chave de desempenho em português) de análise, que vão variar de acordo com a fase do processo que está sendo avaliada. Alguns possíveis KPIs que constam no Instituto Hasso Plattner de design thinking incluem (Piovan, 2022): · Métricas orientadas para execução: · Resultados do treinamento: número de pessoas treinadas dentro da organização, número de projetos nos quais o design thinking é aplicado; · Resultados do projeto: número de ideias geradas, conceitos testados, novos produtos lançados, ROI por projeto, aumento de vendas ou custo reduzido; · Índice de satisfação do cliente: NPS, resposta a projetos e campanhas específicos, métricas de usabilidade. · Métricas voltadas para a criatividade: · Empatia: número de dias sem interagir com um cliente; · Capacidade de inovação: novidade de ideias, valor de novas ideias e número de iterações de protótipo. · Ferramentas úteis no design thinking · · Como uma metodologia inovadora e prática, o design thinking utiliza várias ferramentas que podem ser aplicadas para simplificar ou enriquecer os resultados obtidos (Totvs, 2022). · Vamos conhecer algumas delas a seguir. · Mapa de empatia · O mapa de empatia é uma ferramenta usada para entender a mentalidade e as emoções do público-alvo de um produto ou serviço. Ele consiste em um diagrama em que são representados os pensamentos, sentimentos, desejos e necessidades dos clientes, sendo essencial para desenvolver uma estratégia de marketing mais eficaz e relevante. · A Figura 3 traz um bom exemplo para o mapa de empatia: · Figura 3 | Mapa de empatia. Fonte: adaptada de Custódio (2021). · Brainstorming · É uma técnica criativa de grupo que visa gerar ideias e soluções para um determinado problema ou objetivo, e consiste em um processo colaborativo, sem julgamentos, que incentiva a livre expressão de pensamentos, ideias e experiências. É considerado uma metodologia eficiente para estimular a inovação e a criatividade, resultando em ideias mais diversas e originais. · Gamificação · É concebida como o uso de mecânicas de jogos digitais (videogames, daí seu nome) em contextos do mundo real, ou seja, que não envolvem um jogo (Deterding et al. 2011). A gamificação pode ser uma ferramenta incrível para trazer uma abordagem mais criativa por encorajar a resolução criativa de problemas e fornecer feedbacks para inspirar uma maior exploração. Desafios frequentemente surgem durante o processo, e serão enfrentados com foco em alcançar o objetivo para receber uma recompensa, permitindo aos participantes persistirem mesmo quando confrontados com problemas difíceis (Totvs, 2022). · Desk research · Em português, pesquisa documental, também chamada de pesquisa secundária ou revisão da literatura, refere-se ao processo de coleta e análise de dados e informações existentes de várias fontes, como livros, relatórios, trabalhos acadêmicos, bancos de dados on-line e outros materiais publicados. Esse tipo de pesquisa é normalmente conduzido para obter uma melhor compreensão do assunto e para identificar as principais tendências, padrões e insights que podem informar a tomada de decisões e o desenvolvimento da estratégia. Portanto, é um componente crítico da maioria dos projetos de pesquisa e é frequentemente usada para complementar os métodos de pesquisa primária, como pesquisas, entrevistas e grupos focais. · Em sua essência, o desk research permite que os designers ganhem rapidamente uma melhor noção de seus usuários ou clientes-alvo para determinar suas necessidades com antecedência (Totvs, 2022). · MVP · Já abordado anteriormente, MVP é a versão de um novo produto que permite à equipe coletar a quantidade máxima de aprendizagem validada a respeito de clientes com o mínimo esforço (Ries, 2019). A criação de um produto mínimo viável é essencial no design thinking e pode fornecer insights cruciais de como melhorar um produto ou serviço (Totvs, 2022). · Cocriação · A cocriação é um processo colaborativo em que diferentes pessoas ou grupos trabalham juntos para criar soluções inovadoras e personalizadas. Envolve, portanto, o compartilhamento de ideias entre os participantes, com o objetivo de alcançar resultados melhores e mais eficazes para todos, e é a melhor forma de envolver os clientes, permitindo que eles se sintam parte do processo de desenvolvimento e de criação de produtos ou serviços. · Videoaula: Da invenção à inovação: criando produtos e serviços · Meu vídeo não funciona · Neste vídeo você verá os conceitos, etapas e valores que dão forma ao design thinking, uma abordagem atemporal que coloca o ser humano no centro e considera cenários complexos. · Você refletirá a respeito de casos reais de inovações que surgiram a partir do usocorreto do design thinking e que foram bem-sucedidos por colocar os interesses do cliente no centro, ajudando a resolver problemas complexos do seu dia a dia e no trabalho. · Saiba mais · · Para complementar os seus estudos sobre design thinking, indicamos um dos principais livros desta área – “Design Thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias” escrito por Tim Brown. · BROWN, T. Design Thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias. Rio de Janeiro: Alta Books, 2020. · Aula 4 · Inovação na Prática e a Gestão do Conhecimento · Introdução · · Olá, estudante! · Nesta aula você verá a importância de um sistema de gestão do conhecimento da inovação no ambiente empresarial e sua conexão com a gestão do conhecimento. · Gestão do conhecimento é a formalização e acesso à experiência, conhecimento e expertise (Silva, 2019). Ela só existe quando a inovação de fato é colocada em prática. Nesse sentido, também daremos algumas dicas de como implementá-la com base em casos de sucesso conhecidos, e veremos quais são as melhores estratégias para analisar se o mercado está preparado para essas inovações. · Bom estudo! · Gestão do conhecimento e sua influência na correta execução da inovação · · A melhor forma de explicarmos a definição de gestão de conhecimento é refletindo acerca da rotina de uma empresa. Imagine que dia após dia muitas informações passam por todas as áreas e pessoas. Essas informações são produzidas por quem participa das atividades dentro e fora da empresa, incluindo os clientes. Portanto, quando organizadas e analisadas corretamente, pode-se aprender bastante a respeito do andamento dos negócios e obter respostas para o crescimento deles (Humantech, 2016). · O grande desafio está em conseguir manejar todas essas informações ou, em outras palavras, todos esses dados, a fim de extrair insights e trazer um diferencial competitivo para o negócio. É aí que a gestão do conhecimento entra, para administrar e direcionar o conhecimento na organização, para que as pessoas certas tenham contato com esses dados e fluxo de tarefas na hora certa. · Portanto, a gestão do conhecimento é o conjunto de práticas e processos organizacionais que visam otimizar a gestão e compartilhamento do conhecimento propriamente dito dentro de uma empresa. Ela envolve desde a identificação e criação do conhecimento até a sua organização, armazenamento, disseminação e utilização pelos colaboradores. · Quando correlacionamos a importância da gestão do conhecimento para a exitosa execução das inovações, o seu principal papel é permitir que as empresas criem, gerenciem e compartilhem o conhecimento de forma eficaz e eficiente, contribuindo para a geração de novas ideias e soluções, bem como para a melhoria contínua dos processos e produtos da empresa. Assim, fica mais fácil inovar com uma gestão do conhecimento estruturada, pois, por meio dessa estrutura a empresa torna-se mais ágil, flexível, adaptável às mudanças do mercado, e consequentemente aumenta sua capacidade de inovação e competitividade. · Já falamos em aulas anteriores dessas constantes mudanças do mercado como consequência da evolução do comportamento do consumidor, que está cada vez mais conectado com as tendências e transformações na experiência com as marcas. Por isso, ainda não basta ter um bom sistema de gestão de conhecimento e uma agenda de inovação priorizada sem o correto entendimento acerca do preparo do mercado para receber as inovações e, mais do que isso, sustentá-las por um longo prazo. · Temos que levar em conta que investir em um novo produto é uma decisão difícil para qualquer empresa ou empreendedor, não é mesmo? Para oferecer algo de valor real para os consumidores é preciso muita segurança – e claro, informação (D’Angelo, 2019). Assim, a gestão do conhecimento assume o seu lugar de protagonista na nossa aula. Afinal, como ter a informação correta para auxiliar a tomada de decisão a respeito do lançamento de um novo produto ou serviço, ou ainda acerca da mudança de um modelo de negócio? · A seguir veremos dicas de como usar a gestão do conhecimento em prol da inovação e quais são as etapas necessárias para lançar uma inovação e sustentá-la no mercado. O melhor caminho para inovar com sucesso Processos, pessoas e tecnologia são os três pilares em que a gestão do conhecimento se baseia. Podemos entender processos como as ferramentas de processamento, auditorias, mapas, avaliação de conhecimento e planos de melhoria que ajudam no processo de gestão e permitem que as pessoas acessem as informações que precisam em qualquer momento (Kiane, 2018). As pessoas são as responsáveis por executar os processos para que a gestão do conhecimento se torne um atributo cultural da empresa. Por fim, a tecnologia surge como meio para conectar as pessoas e os dados para geração de oportunidades. Com esses três pilares bem compreendidos na empresa, tem-se o cenário ideal para que a inovação seja executada. Algumas recomendações são (Endeavor, 2017): 1. Escuta ativa – do bate papo no almoço às reuniões formais, os colaboradores sempre têm algum conhecimento significativo para a gestão e podem sugerir ideias de negócio, e novos produtos, por exemplo. Por isso, escutar ativamente para capturar essas oportunidades de inovação é essencial. 2. Priorização de temas para aprendizado em prol da inovação – quando se trata de uma startup, é preciso acionar as antenas para tudo o que disser respeito a desenvolvimento de produto e entendimento do mercado de atuação, por exemplo. Se a empresa já é consolidada, pode procurar o conhecimento crítico em questões de transformação digital, e assim por diante. 3. Engajamento de colaboradores e parceiros – o estímulo para a troca entre as pessoas, um ambiente culturalmente aberto às contribuições de todos torna mais fácil o engajamento das equipes no sentido de praticar a inovação e compartilhar o conhecimento, além de gerenciá-lo. 4. Distância de modismos – alinhamento da prática da inovação com os objetivos de negócio é mandatório. Portanto, a implementação de práticas de gestão do conhecimento que documentem as inovações de sucesso garante que aquilo que funcionou para a organização sirva de aprendizado no futuro. 5. Reconhecimento das equipes – dificilmente toda a organização adotará práticas de gestão do conhecimento ao mesmo tempo. A demonstração de reconhecimento àqueles que se anteciparem estimula naqueles que ainda não adquiriram estes hábitos a embarcarem nessa jornada. Precisamos lembrar que essas recomendações são importantes para orientar a cultura e o comportamento dos colaboradores da organização. Porém, elas não são suficientes. Para a inovação ser bem-sucedida é preciso que o mercado a aceite. Uma organização pode executar perfeitamente as cinco recomendações, mas pode falhar se não souber preparar o mercado para o lançamento e sustentação de um novo produto ou serviço. É preciso entender o público-alvo e o que ele espera do produto ou serviço, quais são as suas necessidades e desejos, bem como as tendências do mercado. Além disso, uma estratégia de marketing sólida é fundamental para preparar o mercado para esse lançamento. O pré-lançamento, antes do lançamento oficial, gera uma curiosidade em torno do produto ou serviço, e pode ser feito por meio de campanhas de marketing nas redes sociais, vídeos teaser, eventos privados para clientes selecionados, entre outras estratégias, nunca deixando de lado uma comunicação clara e eficaz para sustentar o sucesso após o lançamento. Por fim, monitore os resultados constantemente para avaliar o sucesso do produto ou serviço no mercado com métricas relevantes e a possibilidade de fazer ajustes na estratégia de marketing sempre que necessário para garantir sua sustentação. Casos de sucesso: gestão do conhecimento bem implementada Agora que já sabemos que a gestão do conhecimento auxilia no aprimoramento das organizações, tornando-as mais competitivas e aumentando as chances de o mercado aceitaras inovações propostas por elas, vamos conhecer exemplos práticos que deram certo em perfis bem diferentes de organizações. O primeiro caso de sucesso é o do Banco do Brasil. Em um evento de capacitação de colaboradores, a liderança, por meio da prática da escuta ativa, descobriu que os funcionários consideravam a hora do café a mais importante para disseminação de conhecimento nas agências. Com isso, foi criado um evento de treinamento em que se reproduziu uma cópia desse ambiente para troca de experiências e conhecimentos gerados pelos funcionários da empresa. Com o tempo, a ação se tornou uma ferramenta de comunicação interna e compartilhamento de informações e, assim, passou a ser utilizada a nível nacional. Como resultado, foi possível implementar, em uma agência do Norte, por exemplo, práticas inovadoras que renderam bons frutos em uma agência da região Sul (Doyle, 2019). A Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa) também é um caso de sucesso no compartilhamento de problemas e temas em discussão no cotidiano organizacional. As conhecidas “Comunidades de Prática” são usadas para reunir, guardar, disponibilizar e incentivar o compartilhamento de conhecimento pelos colaboradores, e atendem desde entusiastas do agronegócio até pesquisadores da própria empresa que produzem conteúdo dos mais variados temas, colocando em prática a dica de envolver parceiros externos no engajamento com colaboradores para a troca de experiências e geração de ideias (Doyle, 2019). Se pararmos para analisar a expansão do mercado de atuação da Amazon, que começou vendendo livros e atualmente vende diversos produtos, podemos dizer que é um caso de gestão do conhecimento aplicada com sucesso, na medida em que a empresa soube utilizar o que funcionou na venda de livros para expandir seu mercado de atuação (Qualitor, 2023). A implantação do modelo de gestão de conhecimento não só deu certo na Petrobras, como a fez ser classificada como empresa referência em gestão de conhecimento na administração pública federal. A estatal passou a trabalhar para gerar valor para os seus negócios e vem aplicando a dica de aprender a gerenciar os erros e utilizar os aprendizados em situações futuras, o que promove o aprimoramento constante dos processos. Além disso, o programa “Mentor Petrobras” incentiva o compartilhamento de conhecimento pelos funcionários mais antigos com os mais novos e, com isso, foi possível identificar os conhecimentos que a equipe dominava, capturá-los, avaliá-los e compartilhá-los, transformando-os em processos e ampliando a gama de mercadorias lançadas com sucesso para o mercado (Qualitor, 2023). Os resultados da aplicação de um modelo de gestão de conhecimento não vêm em curto prazo, mas quando surgem, impactam positivamente o ambiente organizacional, principalmente as relações interpessoais, qualificação de pessoal e satisfação profissional, além de preservar a memória da empresa (Doyle, 2019). Videoaula: Inovação na Prática e a Gestão do Conhecimento Meu vídeo não funciona Neste vídeo você entenderá a relação da gestão do conhecimento com o sucesso da execução da inovação em qualquer organização, seja uma startup ou uma empresa consolidada. Além disso, você aprenderá como estruturar a gestão do conhecimento com base nos seus três pilares: processos, pessoas e tecnologia, e verá qual o melhor caminho para garantir que o mercado vai aceitar as inovações propostas pela sua empresa. Saiba mais Para ter acesso a uma leitura completa para promover a gestão do conhecimento dentro da sua organização você pode acessar o artigo Gestão do Conhecimento nas Organizações escrito por Faimara do Rocio Strauhs. STRAHUS, Faimara do Rocio. Gestão do Conhecimento nas Organizações / Faimara do Rocio Strauhs ... [et al.]. — Curitiba: Aymará Educação, 2012. — (Série UTFinova). Disponível em: https://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/2064/1/gestaoconhecimentoorganizacoes.pdf. Acesso em: 22 ago. 2023. Aula 5 Revisão da Unidade A inovação no contexto organizacional contemporâneo Durante os estudos, você aprendeu que a inovação pode ser definida como a aplicação de novas ideias, processos ou tecnologias para a criação de valor para os clientes, empresas ou sociedade em geral, e tem se tornado uma palavra cada vez mais presente nas discussões que tratam de desenvolvimento e competitividade nos negócios. Além de entender o que é inovação no contexto corporativo, é crucial reconhecer suas múltiplas facetas e usos possíveis. Primeiramente, você aprendeu que o conceito de inovação teve a sua primeira evolução quando se criou a diferenciação entre inovação fechada e aberta. Segundo Henry Chesbrough, pai do termo, a inovação aberta se baseia na ideia de que o processo de inovação não se limita à empresa, mas que ela pode e deve usar ideias e apoio de especialistas de fora do negócio (Sebrae, 2023). Além disso, Chesbrough também classificou três tipos de inovação aberta: inbound, outbound e coupled, que basicamente definem como a empresa adquire inovações de fora para dentro ou transfere essas inovações de dentro para fora. Os estudos acerca da inovação não pararam por aí. Larry Keeley apresentou ao mundo os 10 tipos de inovação para comprovar a hipótese de que é possível inovar para além de criar produtos ou serviços (Carvalho, 2023). Diante de todas essas possibilidades de inovação, imediatamente entramos na discussão a respeito de como fazer a gestão do fluxo de iniciativas a fim de acompanhar o andamento delas, prever riscos e corrigir rotas. Segundo a Gartner, uma empresa de pesquisa e consultoria de TI, a gestão da inovação é uma disciplina de negócios com o objetivo de acelerar um processo ou cultura de inovação sustentável dentro de uma organização e se traduz em quatro etapas: geração de ideias, desenvolvimento, implementação e avaliação (Pimenta, 2022). Para ajudar nas duas primeiras etapas desse processo, você aprendeu na Aula 11 que existe uma abordagem oriunda do design que cria as condições necessárias para maximizar a geração de insights e a aplicação prática deles, chamada de design thinking (Woebcken, 2019). No final dos estudos, você também viu que de nada adianta ter um processo de gestão da inovação aprovado e executado por toda a organização se os resultados não forem medidos e, por isso, existem as métricas orientadas para execução, que especificam o volume de atividades de inovação e o impacto no resultado da organização e as métricas orientadas para a criatividade, que impactam diretamente o desenvolvimento profissional dos colaboradores. Além disso, você viu que é preciso garantir o registro das informações das iniciativas a fim de orientar equipes futuras e garantir a retenção do conhecimento na organização. Videoaula: Revisão da Unidade Meu vídeo não funciona Neste vídeo você verá como a prática da inovação no contexto organizacional tem assumido papel de protagonista nas agendas de lideranças de empresas de todos os tamanhos e segmentos. Você verá que, ao longo de anos, estudiosos conseguiram classificar os diversos tipos de inovação e como implementá-los com metodologias e ferramentas que garantirão a transparência de informações e a possibilidade de identificar erros no processo e corrigi-los em tempo, sempre medindo os resultados. Estudo de caso Olá, estudante! Para contextualizar sua aprendizagem, imagine que você trabalha em uma empresa tradicional com mais de 50 anos de existência no ramo alimentício. Nos últimos tempos, a empresa enfrentou uma série de desafios no mercado, com a chegada de novos concorrentes que têm uma abordagem mais inovadora e moderna, conquistando uma fatia significativa do mercado. Um dos seus principais desafios é a resistência à mudança de funcionários antigos, acostumados com a maneira tradicional de fazer as coisas. Muitos funcionários resistem a novas ideias e se sentem confortáveis com o status quo. A liderança também hesita em investir em novas tecnologias e processos devido aos altos custos e riscos potenciais. Outro desafio daempresa é a falta de uma cultura de inovação, pois sempre focou eficiência e produtividade, e há pouca ênfase em criatividade e experimentação. Os funcionários não são incentivados a compartilhar ideias ou assumir riscos, e existe o medo do fracasso. Na apresentação de resultados do ano passado, observou-se que as vendas caíram muito e, com isso, houve prejuízo financeiro pela primeira vez na história da empresa. A CEO entendeu que a empresa precisa urgentemente inovar para permanecer competitiva no setor e, diante desse cenário, se fez a seguinte pergunta: O que pode ser feito para que a nossa empresa possa inovar e trazer melhores resultados? Então, ela decidiu escolher o diretor de recursos humanos da empresa para ser o embaixador do tema e responsável por propor um mapa de ações de como introduzir a prática de inovação no dia a dia dos times. Com três meses de trabalho ele apresentou uma proposta baseada em duas ações principais. Uma ação seria investir em capacitação e treinamento dos funcionários, promovendo cursos e palestras para que possam entender a importância da inovação e como aplicá-la em seu trabalho. Outra ação é a contratação de pessoas com experiência em inovação para que compartilhem suas ideias e mostrem novas ferramentas e metodologias para a equipe, ajudando a desenvolver novos produtos e estratégias de negócio. Porém, a CEO se sentiu incomodada em tomar essa decisão com base na análise de apenas uma pessoa e, inclusive, na ideia de que essas duas ações seriam suficientes, e sugeriu uma agenda de discussão com outras lideranças e colabores em geral. Com isso, o diretor de recursos humanos pede a sua ajuda para atender ao pedido da CEO, pois ele não sabe como fazer para envolver todas essas pessoas e incentivá-las a gerar ideias. ______ Reflita O incômodo da CEO é legítimo, afinal se a inovação pode ser utilizada como vantagem competitiva pelas empresas, a diversidade no ambiente de trabalho será a mola propulsora da geração de ideias mais inovadoras – afinal, pessoas diferentes trazem perspectivas diversas baseadas na sua história e contexto de vida. De acordo com o estudo “Getting to Equal 2019: Creating a Culture that Drives Innovation” publicado pela consultoria Accenture, colaboradores de companhias que priorizam o pilar de diversidade e inclusão enxergam menos barreiras para inovar e, com isso, são seis vezes mais criativos do que os concorrentes (Ferreira, 2020). Conhecendo e analisando o contexto citado e o conteúdo que estudamos durante esta unidade, como você, no papel de colaborador da empresa responsável por executar a demanda da CEO e do diretor de recursos humanos, poderia fazer para endereçar esse problema de negócio e ajudar a empresa a permanecer competitiva, continuando a crescer e prosperar no mercado? Descreva em detalhes o seu plano para deixar claro de que forma ele atenderá ao desafio proposto. Videoaula: Estudo de caso Meu vídeo não funciona Olá, estudante! Um dos caminhos para endereçar o desafio que você tem nas mãos é aplicar o design thinking, afinal, essa metodologia é baseada em ideias coletivas e busca entender melhor as necessidades dos usuários para gerar soluções mais criativas e inovadoras. Vale ressaltar que a ação proposta pelo diretor de recursos humanos é válida, pois será preciso investir em capacitação e treinamento dos funcionários, promovendo cursos e palestras para que entendam a importância da inovação e como aplicá-la em seu trabalho, até para que tenham condições de participar da dinâmica que será proposta. Portanto, em paralelo, você pode propor um plano de trabalho da seguinte forma: 1. Definição do objetivo: o primeiro passo é definir o problema que se pretende resolver ou oportunidade que se deseja aproveitar. Uma vez definido, é preciso comunicá-lo para toda a equipe envolvida. 2. Coletar feedbacks dos clientes: em seguida, será preciso reunir insights dos clientes para entender suas necessidades e preferências, e a empresa pode realizar pesquisas, grupos focais e entrevistas com clientes para reunir essas percepções. Essa etapa corresponde à primeira metade do Diamante 1, que prioriza a compreensão do problema ou oportunidade existente, para então seguir com a etapa de ideação. 3. Ideação: com os insights priorizados, você reunirá uma equipe multifuncional de profissionais de diversas hierarquias e áreas da organização para debater ideias. Você pode propor técnicas como brainstorming e mapeamento mental para gerar ideias, sem se preocupar com o julgamento ou validação neste momento. 4. Prototipação: a quarta etapa envolve transformar as ideias em protótipos tangíveis. Isso envolve a criação de versões simplificadas do produto ou serviço, que possam ser testados e aprimorados a partir do feedback dos usuários. 5. Teste de protótipos: depois de desenvolver vários protótipos, você pode propor a fase de testes dos protótipos com os clientes para obter feedback e refinar os produtos. Para isso, será preciso também desenvolver uma estratégia de marketing para promover os novos produtos e atrair novos clientes. Será importante também manter uma mentalidade aberta e flexível para fazer ajustes e melhorias ao longo do processo. Note que aqui já estamos no Diamante 2, desenvolvendo e testando soluções para o problema inicialmente delimitado. Implementar um plano de design thinking para a geração de ideias de novos produtos e serviços requer comprometimento, trabalho em equipe e disposição para experimentar. Ao seguir os passos descritos, certamente os resultados serão uma série de ideias mais criativas, eficazes e inovadoras, que atendam às necessidades e desejos do público-alvo e enderecem o desafio proposto pela CEO e pelo diretor de recursos humanos da empresa. Resumo Visual Avalie este conteúdoEscolha de 1 a 5 estrelas image5.jpeg image6.jpeg image7.jpeg image8.jpeg image9.jpeg image10.jpeg image11.jpeg image12.jpeg image13.jpeg image14.jpeg image15.jpeg image16.jpeg image17.jpeg image18.jpeg image19.jpeg image20.jpeg image21.png image22.png image23.png image24.png image25.png image26.png image27.png image28.png image29.png image30.png image31.png image32.png image33.png image34.png image35.png image36.png image1.jpeg image2.jpeg image3.jpeg image4.jpeg