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ADMINISTRAÇÃO DA TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA: VIAS, CÁLCULOS E CUIDADOS DE ENFERMAGEM Prof ª Karla Gualberto 2024 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ FARMACOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS CONTEÚDOS Vias de administração e sua aplicabilidade na assistência de Enfermagem; Cálculos de medicamentos nas vias de administração; Preparo, diluição e gotejamento das soluções; Farmacologia Conceito: “Estudo das substâncias que interagem com sistemas vivos através de processos químicos, ligando-se à moléculas reguladoras e ativação ou inibição dos processos orgânicos normais.” Origem dos fármacos • Os primeiros medicamentos utilizados a partir de plantas consistia de: folhas, casca, raízes, flores, sementes, caules, brotos, frutos. NO PASSADO: • A compreensão de que nem todos os componentes de uma mistura eram necessários e que em algumas vezes poderia ser até prejudicial. COM O PASSAR DO TEMPO: Origem dos fármacos Fármaco • Substância química conhecida e de estrutura química definida dotada de propriedade farmacológica. Sinônimo de princípio ativo. Medicamento • Produto farmacêutico, uma forma farmacêutica que contém o fármaco, geralmente em associação com adjuvantes farmacotécnicos. Medicamentos ➢ Uma das principais funções da equipe de Enfermagem no cuidado aos pacientes é a administração de medicamentos; ➢ Exige dos profissionais: responsabilidade, conhecimentos e habilidades, estes fatores garantem a segurança do paciente; ➢ Contitui-se de várias etapas e envolve vários profissionais, o risco de ocorrência de erros é elevado. Medicamentos É toda substância que, introduzida no organismo, vai atender a uma finalidade terapêutica. ➢ Tipo de Ação: ▪ Local: agem no local de aplicação; ▪ Geral ou sistêmica: circulam na corrente sanguínea e seu efeito atinge determinados órgãos, tecidos ou todo o organismo. Controle na Administração Medicamento ➢ Ação do profissional de Enfermagem: consciência, segurança, conhecimentos ou acesso às informações necessárias; ➢ Dúvidas, incerteza e insegurança: fatores de risco para a ocorrência de erros no processo de administração de medicamentos; ➢ Enfermeiro: supervisão das atividades de Enfermagem durante o preparo e administração de medicamentos (formação com conhecimentos suficientes para conduzir tal prática de modo seguro). Dentre as principais causas de erros envolvendo medicação estão as seguintes: • Falta de conhecimento sobre os medicamentos; • Falta de informação sobre os pacientes; • Violação de regras, deslizes e lapsos de memória; • Erros de transcrição; • Falhas na interação com outros serviços; • Falhas na conferência das doses; • Problemas relacionados à bombas e dispositivos de infusão de medicamentos; • Inadequado monitoramento do paciente; • Erros de preparo e falta de padronização dos medicamentos. Uso dos Medicamentos ou Finalidade Terapêutica REPOSIÇÃO: Fornecimento de elementos carentes ao organismo. Ex: Vitaminas, Sais Minerais, Proteínas, Hormônios. PROFILAXIA: Prevenção de doença ou infecção. Ex: Soros e Vacinas. COMBATE A INFECÇÕES: Infecções bacterianas, fúngicas... Ex: Antibióticos, Antifúngicos. Uso dos Medicamentos ou Finalidade Terapêutica BLOQUEIO TEMPORÁRIO DE UMA FUNÇÃO NORMAL Ex: Anestésicos gerais e locais, Anticoncepcionais. CORREÇÃO DE UMA FUNÇÃO ORGÂNICA DESREGULADA Ex: Insulina no diabetes. COMBATE A INFECÇÕES: Infecções bacterianas, fúngicas... Ex: Antibióticos, Antifúngicos. O que é Interação Medicamentosa? ➢ Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a Interação edicamentosa é definida como uma resposta farmacológica ou clínica à administração de uma combinação de medicamentos, diferente dos efeitos de dois agentes administrados individualmente. ➢ Existem interações medicamentosas do tipo: ➢ medicamento-medicamento, medicamento-alimento, medicamento-bebida alcoólica e medicamento-exames laboratoriais. ➢ As interações medicamentosas podem ocorrer entre medicamentos, chás e ervas medicinais. O que é Interação Medicamentosa? ➢ Interação medicamentosa do tipo medicamento-medicamento ▪ Um exemplo comum de interação entre dois medicamentos diferentes é a aquela ocorrida entre antiácidos e anti-inflamatórios. ▪ Os medicamentos antiácidos podem diminuir a absorção dos anti-inflamatórios, reduzindo o seu efeito terapêutico. ▪ Quando o paciente for iniciar um tratamento com anti-inflamatórios, verifique todos os medicamentos que utiliza, inclusive os antiácidos. O que é Interação Medicamentosa? ➢ Interação medicamentosa do tipo medicamento-exame laboratorial ▪ Durante o tratamento com amoxicilina, o exame de urina pode encontrar-se alterado, indicando uma falsa presença de glicose na urina. ▪ Sempre que for coletar algum tipo de exame laboratorial, verifique se o pacientes não estiver utilizando o medicamento. O que é Interação Medicamentosa? ➢ Interação medicamentosa do tipo medicamento-bebida alcoólica ▪ As bebidas alcoólicas podem aumentar a toxicidade hepática do paracetamol, provocando problemas no fígado do paciente. ▪ Oriente para o paciente não usar bebidas alcoólicas enquanto estiver em tratamento com paracetamol. Efeitos Colaterais X Efeitos Adversos ➢ Os efeitos colaterais são efeitos secundários e não evitáveis produzidos durante a administração de doses terapêuticas usuais. Se os efeitos colaterais forem suficientemente graves para negar os efeitos benéficos do medicamento, pode-se interromper o tratamento. ➢ Os efeitos adversos são respostas graves não pretendidas, indesejadas e frequentemente imprevisíveis à medicação. FARMACOLOGIA Farmacodinâmica Ações da droga sobre o organismo. Farmacocinética Ações do corpo sobre a droga (Absorção, Distribuição, Metabolização e Eliminação da droga). Toxicologia • Estudo dos efeitos adversos dos fármacos. Farmacodinâmica e Farmacocinética ➢ Ações da droga sobre o organismo; ➢ Estuda os efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus mecanismos de ação; ➢ Só a droga livre se liga ao receptor para fazer efeito; • Absorção • Distribuição • Metabolização • Excreção Só neste momento é que começa a fazer efeito farmacológico ABSORÇÃO Processo que acontece coma droga até que ela entre na circulação sistêmica; “Refere-se a velocidade com que uma droga deixa o seu local de administração e a extensão com que isso ocorre.” DISTRIBUIÇÃO ➢ Medicamento será distribuído pelo sistema circulatório, chegando aos tecidos e células para que ocorra ação. ➢ MAS PRECISA SER METABOLIZADO. METABOLIZAÇÃO ➢ A biotransformação que ocorre no fígado principalmente. ➢ É uma reação química catalizada por enzimas que transformam o fármaco em ATIVO. ➢ A fração ativa, circulará livre ou ligada as proteínas plasmáticas até o receptor para fazer seu efeito. EXCREÇÃO ➢ Após a metabolização, os medicamentos podem ser excretados pelos rins, intestino dependendo da sua concentração química. FARMACOLOGIA CONCEITOS 1) Dose Representa a quantidade de medicamento, no local de ação, necessária para produzir o efeito desejado. 2) Posologia Descreve a quantidade de um medicamento, que deve ser administrado de uma só vez ou de modo fracionado em um intervalo de tempo determinado (em geral por dia) para que a dose seja alcançada. CONCEITOS 3) Tempo ½ vida É o tempo necessário para a concentração sistêmica do medicamento caia a 50%. 4) Princípio Ativo Representa a principal substância encontrada em um medicamentos e que é responsável pelo efeito terapêutico. CONCEITOS 5) Efeito de 1ª Passagem É a metabolização do fármaco pelo fígado e microbiota intestinal, antes que o fármaco chegue à circulação sistêmica. 6) Biotransformação Fase em que a droga é transformada em um composto mais hidrossolúvel para a posterior excreção. CONCEITOS 7) Diluição É a adição de um diluente ao medicamento; 8) ReconstituiçãoAdição de um líquido ao medicamento em pó; NOMENCLATURA 1) NOME QUÍMICO: É um nome científico que descreve com exatidão sua estrutura atômica e molecular (não é empregado no dia da clínica). 2) MEDICAMENTO GENÉRICO: É uma forma simples de identificar o medicamento pelo seu princípio ativos (em alguns países é a única maneira de se prescrever o medicamento). 3) NOME COMERCIAL: NOME DE MARCA OU FANTASIA Nome de marca é selecionado pelo fabricante e, o nome seguido do símbolo ® - indica que o nome está registrado e pertence ao fabricante do medicamento. 4) ATENÇÃO: Depois de um certo tempo de carência ( 10 anos) o produto é liberado e qualquer fabricante poderá produzí-lo e passa a ser identificado por um nome de fantasia NOMENCLATURA O que você sabe sobre vias de administração de medicamentos? Vias de administração e sua aplicabilidade na assistência de enfermagem A terapia medicamentosa consiste em um processo multidisciplinar que se inicia desde a prescrição do medicamento, seguido pela dispensação, preparação, administração da terapia e monitoramento, conhecidos também como etapas do sistema de medicação, que corresponde a grande parcela dos procedimentos realizados durante o cotidiano na Assistência de Enfermagem. Vias de administração e sua aplicabilidade na assistência de enfermagem Todos os profissionais envolvidos no sistema de medicação possuem a responsabilidade de trabalhar para oferecer uma terapia medicamentosa segura e minimizar os danos causados ao paciente, pautando-se em recomendações e evidências científicas. Ao se tratar do sistema de medicação, a equipe de enfermagem atua diretamente realizando o preparo, a administração de medicamentos e o monitoramento. Vias de administração e sua aplicabilidade na assistência de enfermagem Vias de administração: Permite administrar quantidades exata; Permite adotar medidas de proteção; Permite ajustar o tempo de ação; Oral Via de Inalação Tópica Parenteral QUANTO AO ESTADO FÍSICO... SÓLIDOS: - Comprimidos - Drágeas - Pastilhas - Pílulas - Óvulos - Supositórios LÍQUIDOS: - Aquosas - Oleósas - Emulsão - Xarope PASTOSOS: - Cremes - Pomadas Oral ➢ A via Oral é a mais fácil e mais comumente utilizada, e pela qual os medicamentos são fornecidos pela boca e deglutidos com líquido. ➢ Os medicamentos orais apresentam ação mais lenta e efeito prolongado, em comparação com os parenterais. ➢ Geralmente os pacientes preferem a Via Oral. Oral ➢ Vantagens: baixo custo, fácil aceitação, indolor. ➢ Desvantagens: pacientes incapazes de deglutir (coma), êmese, início de ação um pouco tardio, influência de alimentos que podem ser irritantes à mucosa do TGI. Sublingual ➢ Alguns medicamentos são prontamente absorvidos quando colocados sob a língua, para se dissolver. ➢ Um medicamento fornecido pela via sublingual não deve ser deglutido, porque o efeito desejado não será alcançado. Sublingual ➢ Vantagens: rápida absorção, não sofre metabolismo de primeira passagem, não sofre influência do TGI. ➢ Desvantagens: pequenas doses a serem administradas devido a pequena superfície de absorção, peso molecular e solubilidade do fármaco. Tópica Refere-se a aplicação de medicamentos na pele ou nas membranas mucosas para absorção gerando efeitos locais. Podem ser nas seguintes modalidades: Cremes Pomadas Instilação Ocular Instilação auricular Instilação vaginal Entre outros... Inalatória ➢ As regiões mais profundas do trato respiratório proporcionam uma grande área de superfície para administração de medicamentos. Os inalantes podem ser administrados através das narinas, boca, ou tubos endotraqueais ou de traqueostomia. ➢ Os medicamentos administrados pela via de inalação são prontamente absorvidos a atuam rapidamente devido à rica vascularização alvéolo- capilar. Inalatória ➢ Vantagens: efeito local, efeito sistêmico rápido e sem metabolismo de primeira passagem, indolor, grande superfície de absorção. ➢ Desvantagens: irritação das vias aéreas. Intranasal ➢ Vantagens: ação direta no local da aplicação, não sofre metabolismo de primeira passagem. ➢ Desvantagens: poucos fármacos sucessíveis ao uso por essa via. Enteral Os fármacos são administrados diretamente no TGI através dos métodos oral, retal gastrostomia, nasogástrica/nasoentérica. Retal ➢ Desvantagens: formulação necessita estar adequada, irritação da mucosa retal. ➢ Vantagens: baixo custo, pacientes incapazes de deglutir, êmese. Parenteral A administração parenteral envolve injetar um medicamento nos tecidos corporais. Os quatro principais locais são os seguintes: Intradérmica (ID) Subcutânea (SC) Intramuscular (IM) Intravenosa (IV) Intradérmica ➢ Vantagens: São aplicados na derme, logo abaixo da epiderme. São injetados pequenos volumes, geralmente 0,1ml. É a via preferida para testes de alergia. O ângulo de inserção da agulha é de 15° com o bisel voltado para cima. ➢ Desvantagens: Sua absorção é lenta. Subcutânea ➢ Consiste na colocação de medicamentos no tecido conjuntivo frouxo sob a derme (hipoderme). O tecido subcutâneo não é tão ricamente suprido com sangue quanto os músculos, por isso a absorção dos medicamentos é mais lenta que a via IM. ➢ Os medicamentos comumente utilizados por essa via incluem a heparina e insulina. ➢ A agulha 13x4,5 é preferível e o ângulo de inserção de 90º. Por outro lado, as agulhas 25x7 devem ser introduzidas com um ângulo de 45º. Subcutânea ➢ Os locais mais usados incluem: braços, face anterior das coxas e abdome. Subcutânea ➢ Vantagens: pode ser administrada pelo próprio paciente, formulações inadequadas por via oral, sem metabolismo de primeira passagem. ➢ Desvantagens: pequeno volume a ser administrado, irritabilidade no local da injeção, absorção mais lenta que outras vias parenterais. ➢ Intratecal, ou via subaracnóidea, é uma via de administração que consiste na injeção de substâncias no canal raquideano, diretamente no espaço subaracnoide. Intratecal Intravenosa ➢ Se refere a introdução de fluidos diretamente na corrente sanguínea. ➢ Os fármacos são administrados diretamente na veia através de um acesso venoso periférico ou central. Intravenosa ➢ Vantagens: Início de ação quase imediato, fármacos que não são elegíveis para o uso oral, não sofre metabolismo de primeira passagem. ➢ Desvantagens: contaminação sistêmica por microorganismos, uso de material estéril, pessoa capacitada para a administração, pouca segurança em superdosagens, irritação durante infusão, custo mais elevado, dolorosa. Intramuscular ➢ Fornece uma absorção mais rápida que a via SC por ser mais ricamente vascularizada. Deve-se utilizar uma agulha mais longa e calibrosa para atravessar o tecido subcutâneo e penetrar no tecido muscular. O ângulo de inserção deve ser de 90°. ➢ O volumo máximo a ser administrado depende do sítio de aplicação. ➢ Deltóide: É utilizado usualmente para aplicação de vacinas. Intramuscular ➢ Vantagens: absorção mais rápida que via oral. ➢ Desvantagens: risco de infecção, pessoa capacitada para aplicação, dolorosa. Administração de Medicamentos por via Intramuscular Músculo Deltóide Indicação: Principalmente administração de vacinas Volume Máximo: 2 ml Administração de Medicamentos por via Intramuscular Administração de Medicamentos por via Intramuscular Ângulo de 90º Músculo Vasto Lateral da Coxa Local de Aplicação: Terço médio da coxa. Indicação: Auto administração; Vacina; Administração de Medicamentos por via Intramuscular Músculo Vasto Lateral da Coxa Ângulo de 90º Administração de Medicamentos por via Intramuscular Região Glútea: a região glútea é um local comumente utilizado para a administração de medicações; Administração de Medicamentos por via Intramuscular Área Dorsoglútea Região Dorso Glútea – Quadrante Superior Externo:até 5 ml. Administração de Medicamentos por via Intramuscular ➢ Área ventroglútea: esse local é de fácil acesso com o paciente em decúbito ventral, dorsal ou lateral. Ele é localizado colocando-se a palma da mão na porção lateral do glúteo e o dedo médio estendendo-se até a crista ilíaca. ➢ A injeção é aplicada no centro do V formado pelos dedos indicador e médio, direcionando-se a agulha discretamente para cima, na direção da crista ilíaca. ➢ O paciente pode ajudar a relaxar o músculo direcionando os dedos do pé para dentro ao adotar o decúbito ventral, para auxiliar a redução da dor. Administração de Medicamentos por via Intramuscular ➢ Ressalta-se que esta área tem sido considerada a opção mais segura para injeção na região glútea, sendo recomendada como local de primeira escolha para injeções IM, uma vez que evita a punção acidental de vasos sanguíneos e nervos, havendo poucos relatos de complicações associadas. Administração de Medicamentos por via Intramuscular Deve-se idealizar um plano de rodízio dos locais de administração para todos os pacientes que requeiram administração intramuscular freqüente, ou seja, alternar todos os locais possíveis de administração da terapêutica prescrita, para evitar a repetição de locais de administração. Administração de Medicamentos por via Intramuscular ATENÇÃO ➢ A técnica Z para administração de medicamentos IM foi inicialmente introduzida para fármacos irritantes para a pele. Atualmente, tem sido recomendada para o uso em todas as injeções IM, uma vez que comprovou-se que ajuda a reduzir a dor e o escape da medicação no local da entrada da agulha. ➢ A técnica consiste em esticar a pele para baixo ou para o lado do local onde se pretende aplicar a injeção, até o final da administração do medicamento. Esta ação move os tecidos cutâneo e subcutâneo por aproximadamente 1 a 2 cm. Após a retirada da agulha a pele é liberada de modo que volte a posição inicial, cobrindo o orifício de entrada da agulha e impedindo a saída do líquido injetado. Administração de Medicamentos por via Intramuscular ➢ O ângulo para a aplicação da IM contribui para a dor relacionada ao procedimento. As aplicações devem ser realizadas em ângulo de 90º a fim de garantir que a agulha atinja o músculo, reduzindo dessa maneira a dor. ➢ Após a injeção no músculo, deve-se proceder a aspiração antes da administração do fármaco. Embora a prática de aspirar antes de injetar o medicamento não seja mais recomendada para a administração subcutânea, ainda é realizada nas intramusculares. Quando a agulha é erroneamente posicionada em um vaso sanguíneo, o medicamento pode ser administrado de maneira equivocada pela via intravenosa podendo causar um êmbolo como resultado dos componentes químicos do fármaco injetado. Administração de Medicamentos por via Intramuscular Tipos de Seringa Tipos de Seringa Tipos de Seringa Geralmente utilizada para medicações como insulina e vacina intradérmica e subcutânea. Seringa 1ml ➢ É geralmente usada para administração de soluções intramusculares. ➢ É graduada e dividida em milímetros cúbicos, que significa que 3 ml foram divididos em partes iguais com graduação de identificação que correspondem a 3 por 30 que é igual a 0,1 ml, ou seja, essa seringa é dividida de 0,5 em 0,5 ml, e cada 0,5 ml é dividido em 0,1 ml. Seringa 3ml ➢ É geralmente usada para administração de soluções intramusculares. Seringa 5ml ➢ Seringa de 10 ml. É geralmente usada para administração de soluções endovenosas. Seringa 10ml ➢ É geralmente usada para administração de soluções endovenosas. Seringa 20ml ➢ É geralmente usada para aspiração e injeção de grandes volumes líquidos e soluções e alimentação enteral, durante procedimentos médicos. Seringa 60ml 100 UI = 1 ml ATENÇÃO 5 ml é uma coisa e 5 UI é outra coisa. ml é Diferente de UI Insulina 1. Canhão: é a parte larga da agulha, e que fará o encaixe na seringa. Feito em plástico ou liga de alumínio. 2. Haste: é a parte fina da agulha, e também a maior, que geralmente é confeccionada em aço. 3. Bisel: é aquela parte perfurante da agulha, com uma pequena abertura, é a ponta da agulha. Agulhas Tipos de Agulha Rosa: é indicada para aspiração de soluções em grande quantidade, calibre 40mm x 12mm. Agulha Marrom: são mais utilizadas para aplicação de vacinas e soluções aquosas em crianças a partir dos 10 anos de idade. Exemplo:13mm x 4,5mm VIA SUBCUTÂNEA 13mm x 4,5mm Agulha Roxo: é utilizada para aspiração de soluções em pequena quantidade, que pode ser por via intramuscular, seu calibre é igual a 20mm x 0,55mm, e por isso também pode ser usada para coleta de sangue em pacientes com veias mais finas; VIA INTRAMUSCULAR INFANTIL 20mm x 0,55mm Agulha Cinza escuro: indicada para aplicação de vacinas por vias intravasculares e endovenosas, sendo que as agulhas com calibre 30mm x 7mm são indicadas para uso adulto e as agulhas com calibre 25mm x 7mm, são indicadas para uso pediátrico. VIA INTRAMUSCULAR 25mm x 7mm e 30mm x 7mm Agulha O que você sabe sobre cálcudo de medicamento?? Cálculo de Medicação O processo de administração de medicamentos compõe a assistência direta no cuidado à saúde e é constituído por diversas etapas interdependentes e interligadas, o que demanda dos profissionais da equipe multidisciplinar o desempenho de tarefas que garantam eficiência e segurança na terapêutica ao paciente. Cálculo de Medicação Número de Microgotas = Volume (ml) Tempo (h) Número de gotas = Volume total (ml) 3 X tempo (h) 1 hora = 60 minutos 1ml = 20 gotas 1ml = 60 microgotas Cálculo de Medicação Exemplo 1 - Quantas gotas deverão correr para administrar 1.000 ml de soro glicosado (SG) a 5% de 6 em 6 horas? Nº gotas/min: 1000ml 56gotas/min 6hX3 Cálculo de Medicação Exemplo 2 - Quantas microgotas deverão correr para administrar 300 ml de Soro Fisiológico (SF) a 0,9% em 4 horas? Nº gotas/min: 300ml 75 microgotas/min 4 Cálculo de Medicação ➢ Exemplo 3 - Foi prescrito para um paciente internado em clínica médica nas 24 horas: Soro Fisiológico (SF) a 0,9% 1000 ml IV+ Soro Glicosado (SG) 5% 1000 ml IV. Qual deve ser o gotejamento a ser calculado? Nº gotas/min: 2000ml 28gotas/min 24X3 Cálculo de Medicação ➢ Exemplo 4 - Um cliente idoso com diagnóstico de insuficiência cardíaca congestiva está em uso de Soro Glicosado (SG) 5% , sendo 1.200mL para correr em 20h. Como deverá ser este gotejamento? Nº gotas/min: 1200ml 20gotas/min 3x 20 Cálculo de Dosagem Exemplo 1: Foram prescritos 500 mg VO de Keflex de 6/6h. Quantos ml devemos administrar? O primeiro passo é olhar o frasco e verificar a quantidade do soluto por ml, que nesse caso está descrito: 250 mg/5ml, significando que em cada 5ml eu tenho 250 mg de soluto. Agora é só montar a regra de três: 250 mg------- 5 ml 250 x = 2.500 500 mg-------- x x = 2.500/250 x = 10 ml Cálculo de Dosagem Exemplo 2: Devemos administrar 250 mg de Novamin IM de 12/12h. Temos na clínica ampolas de 2 ml com 500 mg. Quantos ml devo administrar? 500 mg ------- 2 ml500 x = 500 x = 1 ml 250 mg-------- x x= 500/500 ➢ Passo 1: Conhecimento sobre o procedimento ➢ Checar a prescrição médica conferindo o tipo de medicamento; ➢ Revisar informações técnicas (incluindo indicação, posologia, efeitos colaterais) sobre a solução prescrita para administrá-la de maneira segura; ➢ Avaliar o acesso venoso e o entendimento do paciente em relação a terapia prescrita. Preparando a medicação... ➢ Passo 2: Reunir material necessário ➢ Medicação prescrita; ➢ Seringa + agulha: aspirar a medicação prescrita; ➢ Equipo de soro (rotular com data, hora de instalação e nome do profissional que o instala). Preparando a medicação... ➢ Passo 3: Preparo e administração ➢ Confira a prescrição + uma vez; ➢ Lave as mãos; ➢ Faça inspeção do frasco para observar possíveis partículas, alteração de cor, rachaduras ou vazamentos, data de validade da solução; ➢ Prepare o rótulo da solução conforme a prescrição: anote data, hora de inicio da infusão, nome de quem preparou; Preparando a medicação.... ➢ Passo 3: Preparo e administração ➢ Realize antissepsia com álcool 70% e abra os frascos ou ampolas de medicamentos, aspire com seringa e introduza no frasco da solução; ➢ Adapte o frasco ao equipo e instale no paciente, controlando o fluxo de administração; ➢ Observe o paciente para sinais de reação adversa ao medicamento ou solução; ➢ Documente a troca de soro ou a instalação da solução no prontuário do paciente Preparando a medicação... ➢ I- Bolus; ➢ II-Infusão Lenta; ➢ II-Infusão Rápida; ➢ II- Infusão Contínua; ➢ IV- Administração Intermitente Terapia Infusional ➢ Bolus Refere-se à administração de uma medicação, com objetivo de aumentar rapidamente a sua concentração no sangue para um nível eficaz. ➢ Infusão Lenta É usada em terapias mais lentas. Nesta administração pode-se interromper imediatamente a administração caso seja observada qualquer reação. Terapia Infusional ➢ Infusão Rápida É a administração IV entre 1 a 30 minutos. ➢ Infusão Contínua Administração realizada em tempo > 60 minutos, ininterruptamente; ➢ Administração Intermitente Não contínua, por exemplo de 6 em 6 horas; Terapia Infusional ➢ Nome: Dipirona ➢ Apresentação: Ampola ➢ Segurança: Diluir em SF 0,9% ➢ Forma de Apresentação: Seringa 10ml + agulha 40x12 Exemplo: Você sabe o que é Aprazamento? Aprazamento: Vamos treinar? Referências BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de enfermagem médiocirúrgica. 12ª ed. Rio de Janeiro- RJ: Guanabara- Koogan, 2011. Volume 01. FERREIRA, S. C., SILVA, A. C. A. Ferramentas tecnológicas e o cálculo de medicação: contribuições para o aprendizado e o exercício profissional. Espac. 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