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OBJETIVO Conhecer as técnicas para a determinação de qualidade de frutas: acidez total e açúcar. INTRODUÇÃO Acidez titulável total (ATT) é medida, num extrato de fruta, através de titulação com hidróxido de sódio (uma base forte) e representa o teor de todos os ácidos presentes. Normalmente a ATT diminui com a maturação da fruta, em decorrência do processo respiratório ou de sua conversão em açúcares. Teor de sólidos solúveis totais (SST) indicativo de maturação que tende a aumentar devido à biossíntese ou à degradação de polissacarídeos. Análise ATT Princípio do método: resume-se em titular com solução padronizada de álcali a acidez do alimento, empregando a fenolftaleína como indicador do ponto final da titulação. MATERIAL, EQUIPAMENTOS E REAGENTES • Proveta de 100 mL e Bureta de 25 cm com divisões de 0,1 mL; • Erlenmeyer de 250 ml ou béquer de 150 mL; • Solução de hidróxido de sódio 0,1 N ou 1,0N; • Solução de fenolftaleína a 1% em 60 mL de álcool etílico e 40 mL de água; • Laranja PROCEDIMENTO 1. Pipetar 10 mL ou pesar 10g da amostra em Erlenmeyer ou béquer; 2. Adicionar 90 mL de água destilada. 3. Titular com solução de hidróxido de sódio até coloração rosa, empregando-se 2 ou 3 gotas de fenolftaleína. mL de NaOH x N x 64 x100 Cálculos e Resultados: g de ácido cítrico/100 ml ou 100g = ----------------------------------------- g ou mL de amostra x 1000 onde: N= normalidade da solução de NaOH e 64= equivalente-grama do ácido cítrico Equivalente-grama: Ácido cítrico: 64, ex: citrus e goiaba; Ác. málico: 67 ex: maçã; Ác. tartárico: 75 ex: uva Análise SST A determinação do teor SST é feita utilizando-se um refratômetro, expressando os resultados em o Brix. Como a solubilidade dos açúcares é dependente da temperatura da fruta, recomenda- se fazer a correção do teor de SST para a temperatura de 20oC. Relação entre SST/ATT A relação SST/ATT é um importante indicativo do sabor (equilíbrio doce-ácido dos alimentos), pois relaciona os açúcares e os ácidos da fruta. Durante o período de maturação a relação SST/ATT tende a aumentar, devido à diminuição dos ácidos e aumento dos açúcares. Cálculo: SST /ATT unidade, expressa em número puro, com uma casa decimal RESULTADOS Alimento SST (Brix) ATT Ratio AULA PRÁTICA 1 - EXPERIÊNCIA – ACIDEZ TOTAL TITULÁVEL E SÓLIDOS SOLÚVEIS TOTAIS DE ALIMENTOS OBJETIVO Demonstrar ao acadêmico as possibilidades, técnicas e ferramentas para a multiplicação de clones vegetais. INTRODUÇÃO Propagação vegetativa ou assexuada de plantas é o processo de multiplicação com o objetivo de perpetuar a espécie, dando origem a novas plantas com o mesmo material genético. Podendo ser dividida em: estaquia, mergulhia, alporquia e enxertias. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E REAGENTES • Tesoura de poda; • Canivete de enxertia; • Tesoura de enxertia; • Fita de enxertia; • Materiais botânicos; • Substrato; PROCEDIMENTOS A. Estaquia: consiste em retirar da planta original um ramo, uma folha ou raiz e colocá-la em um meio adequado. O sistema radicular e a parte aérea se desenvolvem, originando assim uma nova planta. B. Alporquia: consiste em interromper o fluxo de seiva em um determinado ponto da planta, de forma que se esteja forçando o aparecimento de novas raízes. C. Enxertia: consiste em inserir partes de uma planta (gema ou garfo) em outra planta que lhe sirva de suporte, juntando os tecidos e formando uma nova planta. Nessa técnica são duas partes da planta para formar a muda, as quais são chamadas de porta-enxerto ou cavalo (planta receptora da enxertia) e garfo ou borbulha (contém a gema que originará a copa). RESULTADOS AULA PRÁTICA 2 - EXPERIÊNCIA – PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE PLANTAS OBJETIVO Determinar pectina, ácido cítrico e frutas no preparo de geleia e geleiada. INTRODUÇÃO Geleia, segundo a legislação brasileira, é um produto obtido pela concentração da polpa ou suco de fruta com quantidades adequadas de açúcar, pectina e ácido, até a concentração suficiente para que ocorra a geleificação durante o resfriamento. Quando são adicionados pedaços de frutas à geleia, este produto passa a chamar-se de “geleiada”. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E REAGENTES • Álcool metílico 96o GL • Hipoclorito de sódio 50% • Béquer de vidro de 50 mL e 1000 mL • Pipeta de Pasteur • Tripé e tela de amianto • Facas colheres e tábua branca para corte • Bico de Bunsen PROCEDIMENTOS Determinação de pectina: Em um recipiente, colocar o suco da fruta (maracujá, maçã, morango). O suco deve estar frio. Para cada quantidade (5mL) de suco adicionar o mesmo volume de álcool metílico 96o GL Despejar devagar o álcool, deixando-o escorrer pela borda. Misturar, girando levemente o recipiente e deixar repousar por 5 minutos. a) Se o suco da fruta é rico em pectina, forma-se um coágulo firme e transparente. b) Se o suco é moderadamente rico em pectina, os coágulos se quebram em pedaços pouco firmes. c) Se o suco é pobre em pectina, não há coagulação ou ela acontece muito fragmentada. Extração da pectina de maracujá 1. Lavar bem os maracujás, usando bucha e detergente neutro. Colocá-los de molho em uma solução de cloro durante dez minutos. 2. Descascar os maracujás superficialmente. Parti-los ao meio e retirar as sementes. Picar a parte branca dos maracujás em fatias finas. 3. Acrescentar três xícaras de água para cada xícara de maracujá picado. Levar ao fogo e deixar cozinhar até que os pedaços de maracujá estejam macios. 4. Coar, usando um tecido de algodão ou nylon. O líquido obtido é muito rico em pectina. 5. Utilizar uma xícara da solução de pectina para três xícaras do suco da fruta, ou 60 a 120 mL para cada 0,5 kg da fruta. A pectina pode ser armazenada na geladeira (em frascos pasteurizados e bem tampados) ou congelado. Determinação de acidez do suco de fruta para produção de geleia: Misturar: 1 colher de chá de suco de limão, 3 colheres de sopa de água, ½ colher de chá de açúcar. Comparar o gosto ácido dessa mistura com a acidez do suco em questão. Caso o suco for comparável à mistura, ele terá ácido suficiente para fazer geleia. Se apresentar sabor pouco ácido, adicionar 1 colher de sopa de suco de limão para cada xícara de suco de fruta. AULA PRÁTICA 3 - EXPERIÊNCIA – DETERMINAÇÃO DE PECTINA E ÁCIDO CÍTRICO NO SUCO DE FRUTAS – GELEIA E GELEIADA OBJETIVO Estabelecer normas para a determinação de drogas vegetais para que estejam isentas de materiais estranhos (fungos, mofo, outras plantas, insetos ou partes, impurezas de origem mineral, outras partes do vegetal e outros materiais contaminantes). INTRODUÇÃO O controle de qualidade de fármacos é um conjunto de medidas destinadas a verificar a presença de materiais estranhos garantindo a pureza, eficácia e segurança. Os produtos não devem apresentar aspecto ou odor anormal, descoramento ou qualquer indício de deterioração. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E REAGENTES • Ervas medicinais; • Balança analítica; • Folha de sulfite; • Estereomicroscópio; • Pinças. PROCEDIMENTOS A. Identificação da Amostra e especificações: • Preencher as informações: marca, espécie da droga vegetal, órgão ou tecido vegetal utilizado, peso líquido da amostra. B. Determinação de material estranho • Pesar 10 g da amostra • Espalhar uma camada fina sobre uma superfície plana (folha de caderno ou sulfite). Inicialmente separar os elementos estranhos à droga a olho nu e em seguida, com o auxílio de um estereomicroscópio ou lente de aumento (lupa manual). • Pesar o material separado (estranho) e calcular a sua porcentagem. Limite: 10% de material estranho em regra geral, a menos que esteja especificadoem monografia. Resultados e discussão 1. Qual planta você utilizou? Determine seu nome científico e o autor. 2. Qual a massa do material estranho encontrado na sua amostra? Ela está de acordo com o limite estabelecido? Por quê? AULA PRÁTICA 4 – CONTROLE DE QUALIDADE DE FÁRMACOS VEGETAIS OBJETIVO Produzir uma conserva vegetal utilizando o método de conservação pela redução do pH. INTRODUÇÃO Hortaliça em Conserva: é o produto preparado com tubérculos, raízes, rizomas, bulbos, talos, brotos, folhas, inflorescências, pecíolos, frutos, sementes e cogumelos cultivados, cujas partes comestíveis são envasadas praticamente cruas, reidratadas ou pré-cozidas, imersas ou não em líquido de cobertura apropriado, submetidas a processamento tecnológico antes ou depois de fechadas hermeticamente nos recipientes utilizados a fim de evitar sua alteração (Resolução Nº 352, 23.12.2002, Ministério da Saúde/Anvisa). MATERIAL, EQUIPAMENTOS E REAGENTES • Matéria prima: cenoura, vagem, pimentão, nabo; • 250mL de vinagre branco; • Açúcar (25g) e sal (20g); • Condimentos qs (quantum satis): cravo, louro, pimenta calabreza e alho; • Panelas e Fogão; • Pegadores metálicos; facas, colheres e garfos; • Gelo ou água gelada; • Bandejas e tábuas de corte • Sanificante (Hipoclorito de Sódio 10% de cloro ativo); • Água (750 mL) • Detergente neutro e Bucha; • Peneira; • Proveta de 1000 mL e 100 mL; • Papel toalha; • Balança; • Recipiente de vidro; PROCEDIMENTOS 1. Lavar as hortaliças em água corrente, sanificar e picar as hortaliças. 2. Colocar água para ferver, que dê para cobrir as hortaliças e adicionar uma ¼ colher (das de sopa) de açúcar e 1 colher (das de sopa) de sal para cada litro de água. 3. Fazer o branqueamento (colocar as hortaliças em água fervente, esperar de um a três minutos, retirar a panela do fogo e escorrer a água quente; adicionar água gelada, filtrada, para resfriar). 4. Escorrer a água e deixar as hortaliças secarem. 5. Preparar uma calda utilizando o vinagre, açúcar e sal para cada receita. Levar ao fogo para ferver (3 min) junto com um saquinho de tecido contendo os condimentos. 6. Colocar um pouco da calda nos vidros pasteurizados e quentes e organizar os vegetais nos vidros e posteriormente acrescentar mais calda de vinagre para cobrir as hortaliças. 7. Retirar as bolhas de ar com ajuda de uma faca com ponta arredondada ou espátula. Limpar as bordas dos vidros com tecido úmido em álcool. Fechar os vidros com tampas metálicas e pasteurizadas. 8. Fazer o tratamento térmico por 10 minutos e rotular e armazenar em local seco, ventilado, e abrigado da luz. AULA PRÁTICA 5 - EXPERIÊNCIA – ELABORAÇÃO DE PICLES ÁCIDO OBJETIVO Disponibilizar informações sobre as várias alternativas de manejo de pragas e doenças, principalmente na agricultura familiar. INTRODUÇÃO A agricultura orgânica, faz uso de produtos alternativos, relativamente simples de serem preparados e pode constituir em mais uma opção para controle de vários agentes indesejáveis que possam influir negativamente na produção. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E REAGENTES • Açúcar mascavo; • Garrafas plásticas; • Suco de fruta; • Vinagre; • Sabão em pedra de coco; • Óleo mineral; • Fumo de corda; • Sulfato de cobre; • Cal virgem; PROCEDIMENTOS A. GARRAFA CAÇA-MOSCA Função: Usada para capturar a mosca-da-fruta. Preparo: garrafas de plástico com furos para entrada do inseto adulto; Solução de atração dos insetos: 100 ml água, 100 mL de suco de fruta madura, 70 g açúcar mascavo e 10 mL de vinagre. B. SOLUCÃO DE ÁGUA COM SABÃO E ÓLEO MINERAL Função: controle de cochonilhas, lagartas e pulgões. Preparo: Colocar 50 g de sabão caseiro em 5 mL de óleo mineral em 5 L de água. Derreter o sabão em água quente, deixar esfriar e adicionar o óleo. C. SOLUÇÃO DE CALDA DE FUMO Função: Controle de lagartas e pulgões em plantas frutíferas e hortaliças. Preparo: Picar 10g fumo, colocar numa vasilha e cobrir com água, deixando descansar um dia, com o vasilhame bem fechado. Derreter 10g de sabão em uma quantidade de água. Coar o fumo e adicionar o a solução de sabão e completar o volume para os 2L de água. D. PASTA e CALDA BORDALESA Função: controle e prevenção de doenças. Modo de preparar: dissolver 30g sulfato de cobre e 60g de cal separadamente colocando água aos poucos até formar uma pasta. Essa pasta servirá para pincelar ferimentos em plantas. Ao completar o volume para 10L de água será fungicida contra doenças. AULA PRÁTICA 6 - EXPERIÊNCIA – ELABORAÇÃO DE CALDAS SUSTENTÁVEIS PARA CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS DE PLANTAS