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Projeto Integrador IV – Etapa 10 Estudante: Maiara Helena Dos Santos A Reforma Trabalhista trouxe mudanças significativas que impactaram as relações de trabalho nas empresas e o RH está diretamente envolvido neste processo. Na sua prática profissional, como técnico(a) em RH, haverá situações de divergência de opiniões entre as partes envolvidas (empresários, empregados e Sindicatos), onde poderá ser necessário fazer uma mediação imparcial, a fim de obter uma melhor resolução do conflito/ problema. Considere a seguinte situação: Você estava participando de uma reunião com a presença do Sindicato, representantes dos funcionários e o proprietário da empresa. Em um dado momento, surgiu a pauta “Reforma Trabalhista”, que trouxe diferentes opiniões, conforme abaixo: Representante do Sindicato: “Achamos negativas as mudanças na Reforma Trabalhista. Afinal, como vamos garantir que o empresário vai pagar da forma correta, se não há mais a obrigatoriedade do nosso acompanhamento na homologação de contratos de trabalho? Como vamos manter nossos custos (sem as receitas das contribuições) para dar apoio à classe trabalhadora?” Empregado: “Acho até bom não ter o desconto da contribuição sindical, porque eu não vejo muito o que o Sindicato faz pela nossa classe. Por outro lado, se eu for demitido, acho complicado, afinal, como vou ter certeza de que meus direitos trabalhistas estão sendo respeitados?” Empresário: “A Reforma Trabalhista foi positiva, porque agora existe mais liberdade, rapidez e menos burocracia para negociar direto com meus funcionários. Sem falar da flexibilidade para contratações e para novos formatos de trabalho (como teletrabalho e trabalho intermitente, por exemplo)”. Agora chegou a hora de entender como você, representando o RH da empresa, se posicionaria neste tipo de situação, caso necessário. Para ajudar você a criar um posicionamento imparcial, ao representar o empregador, sugerimos pesquisar, refletir e responder as seguintes questões: 1) O que são sindicatos e qual é a sua finalidade? R: Um Sindicato é a associação de pessoas que se organizam diante de umaentidade para garantir os direitos dos trabalhadores. Os Sindicatos destacam-se por suas funções, entre elas acordos coletivos, intervenção legal em ações judiciais, orientação sobre questões trabalhistas, participação na elaboração dalegislação do trabalho, recebimento e encaminhamento de denúncias detrabalhadores. Após a Reforma Trabalhista, a contribuição sindical que antes era obrigatória a todos os trabalhadores e empresas, passou a ser facultativa. A mudança com relação à obrigatoriedade da contribuição sindical promoveu umaqueda financeira dos sindicatos, que desequilibrou a relação entre arepresentação dos trabalhadores e as organizações patronais, prejudicando a negociação coletiva. Desde 2017, contamos com essas mudanças trabalhistas que obtém pontos positivos e negativos aos trabalhadores. Uma mudança bem eficaz, foi o saqueado FGTS e a descomplicação no direito ao seguro – desemprego, o que antes necessitava de uma homologação da rescisão do contrato de trabalho pelo sindicato ou Ministério do Trabalho, hoje basta a anotação da rescisão em suacarteira de trabalho (CTPS) e a comunicação do empregador aos órgãoscompetentes, o que vai deixar o procedimento mais rápido. Outra eficácia, e Garantia de condições iguais para terceirizados, como à alimentação garantida aos empregados da contratante, quando oferecida em refeitórios, ao direito deutilizar os serviços de transporte, ao atendimento médico ou ambulatorialexistente nas dependências da contratante ou local por ela designado, ao treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir, dentre outros. Todavia, existem procederes negativos referente a esta Reforma Trabalhista, tal como, horas extras sem pagamento para trabalhos de Home Office, os meios tecnológicos nos permitem trabalhar da forma e disponibilidade de horário que queremos, mesmo assim, devem ser computadas nossas horas extras como qualquer outro setor trabalhista. A autorização da dispensa coletivas em intervenção sindical, após a reforma, sem negociação com o sindicato sem medidas que atenuem seu impacto na sociedade. No entanto, a Reforma Trabalhista trouxe muitas dúvidas, questionamentos e medos para os colaboradores, pois muitos acreditavam que iriam perder seus direitos. Porém, a reforma trabalhista surgiu para modernizar as leis, gerar mais empregos e flexibilizar as relações de trabalho. É de suma importância que todos os funcionários fiquei por dentro das novas leis, para não sofrerem punições e nem perderem seus direitos. 2) Considerando os impactos da Reforma Trabalhista, cite pelo menos: a) Dois argumentos a favor da Reforma (prós); R: Parcelamento das férias em até três vezes, as férias poderão ser parceladas em três períodos, sendo que um deles poderá ser inferior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um, havendo a necessário para tanto, a concordância do empregado, o que é benefíco para os trabalhadores que tenham interesse em parcelar suas férias em vários períodos. b) Dois argumentos a contrários à Reforma; R: Fragilização dos direitos trabalhistas: Críticos da Reforma argumentam que ela enfraqueceu os direitos dos trabalhadores ao flexibilizar normas de contratação, permitindo formas mais precárias de emprego, como o trabalho intermitente . A redução da proteção contra demissões sem justa causa e a possibilidade de acordos individuais que podem suprimir direitos anteriormente garantidos são considerados como elementos que fragilizam as condições trabalhistas. Aumento da desigualdade: Outro argumento contra a Reforma é que ela pode contribuir para o aumento da desigualdade entre empregados e empregadores, favorecendo o poder de negociação das empresas em detrimento dos trabalhadores. A capacidade de flexibilizar horários, formas de remuneração e outros aspectos pode gerar situações em que os trabalhadores, especialmente os mais vulneráveis, possam ser pressionados a aceitar condições desfavoráveis. 3) Como você se posicionaria, representando o empregador, de forma a equilibrar estas diferentes visões? Fim da assistência gratuita na rescisão do contrato de trabalho. Como não há mais a necessidade de rescisão do contrato de trabalho ser homologada no sindicato ou no Ministério do Trabalho, o trabalhador perde a assistência gratuita que verificava se as verbas pagas pelo empregador estavam corretas. Autorização da dispensa coletiva sem intervenção sindical. Até então, a maior parte dos tribunais trabalhista vinha entendendo que a demissão coletiva somente poderia atenuar as consequências das rescisões, já que, diante do número de afetados, a dispensa coletiva costuma ter grande impacto social. Com a reforma, a dispensa coletiva pode ser realizada nos mesmos moldes da individual, ou seja, sem negociação com o sindicato e sem medidas que atenuem seu impacto na sociedade. Observação: Como profissional de RH é importante embasar os argumentos, por isso lembre-se de trazer as referências na lei/ conteúdo/ órgãos/ regulamentos sobre as mudanças ocorridas.