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PROGRAMA JOVEM AGRICULTOR DO FUTURO SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO “O SENAR-AR/SP está permanentemente empenhado no aprimoramento profissional e na promoção social, destacando-se a saúde do produtor e do trabalhador rural.” FÁBIO MEIRELLES Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP CARTILHA DO PARTICIPANTE SãO PAuLO - 2014 SER EMPREENDEDOR OFICINA DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE EMPREENDIMENTO AGROPECUÁRIO FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO Gestão 2016-2020 FÁBIO DE SALLES MEIRELLES Presidente SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO CONSELHO ADMINISTRATIVO FÁBIO DE SALLES MEIRELLES Presidente EDUARDO LUIZ BICUDO FERRARO Vice-Presidente TIRSO DE SALLES MEIRELLES Vice-Presidente RAPHAEL MELLILO Vice-Presidente MARCIO ANTONIO VASSOLER Vice-Presidente MARCOS ANTÔNIO MAZETI Diretor 1º Secretário ADRIANA MENEZES DA SILVA Diretor 2º Secretário MARIA LÚCIA FERREIRA Diretor 3º Secretário LUIZ SUTTI Diretor 1º Tesoureiro PEDRO LUIZ OLIVIERI LUCCHESI Diretor 2º Tesoureiro DANIEL KLÜPPEL CARRARA Representante da Administração Central ISAAC LEITE Presidente da FETAESP SÉRGIO ANTONIO EXPRESSÃO Representante do Segmento das Classes Produtoras ADRIANA MENEZES DA SILVA Representante do Segmento das Classes Produtoras MÁRIO ANTONIO DE MORAES BIRAL Superintendente SÉRGIO PERRONE RIBEIRO Coordenador Geral Administrativo e Técnico SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO PROGRAMA JOVEM AGRICULTOR DO FUTURO SER EMPREENDEDOR OFICINA DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE EMPREENDIMENTO AGROPECUÁRIO CARTILHA DO PARTICIPANTE SãO PAuLO - 2014 do Estado dE são PauloFEdEração da agricultura E PEcuária4 Direitos Autorais: é proibida a reprodução total ou parcial desta cartilha, e por qualquer processo, sem a expressa e prévia autorização do SENAR-AR/SP. IDEALIZAÇÃO Fábio de Salles Meirelles Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP SUPERVISÃO GERAL Jair Kaczinski Chefe da Divisão Técnica do SENAR-AR/SP RESPONSÁVEL TÉCNICO Andréia de Rezende Bittencourt Divisão Técnica do SENAR-AR/SP AUTORES Jasdimilia Santos da Rocha Josimar Leoni Marcel Luis Biava Cordova Regiana Cristina Berteli Roseli Aparecida Martins Caramori REVISÃO GRAMATICAL André Pomorski Lorente DIAGRAMAÇÃO Felipe Prado Bifulco Diagramador do SENAR-AR/SP Serviço NacioNal de apreNdizagem rural admiNiStração regioNal do eStado de São paulo 5 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................................7 I - INTRODUÇÃO ..............................................................................................................................................9 II - COMPETÊNCIAS A SEREM DESENVOLVIDAS NA OFICINA ................................................................10 SESSÃO 1/4.................................................................................................................................................... 11 I - CONHECENDO A OFICINA DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE EMPREENDIMENTO AGRÍCOLA ................................................................................................................................... 11 II - RELEMBRANDO COMO ELABORAR PROJETOS ........................................................................13 INTERVALO ..........................................................................................................................................18 III - ELABORANDO PROJETO EXECUTÁVEL DE EMPREENDIMENTO AGRÍCOLA ........................18 SESSÃO 2 E 3/4 .............................................................................................................................................19 I - ELABORANDO PROJETO EXECUTÁVEL DE EMPREENDIMENTO AGRÍCOLA ..........................20 II - APRESENTANDO OS PROJETOS DE EMPREENDIMENTO AGRÍCOLA .....................................20 III - REFLEXÃO .....................................................................................................................................20 SESSÃO 4/4....................................................................................................................................................20 BIBLIOGRAFIA ...............................................................................................................................................22 do Estado dE são PauloFEdEração da agricultura E PEcuária6 Serviço NacioNal de apreNdizagem rural admiNiStração regioNal do eStado de São paulo 7 APRESENTAÇÃO O SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - SENAR-AR/SP, criado em 23 de dezembro de 1991, pela Lei n° 8.315, e regulamentado em 10 de junho de 1992, como Entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, teve a Administração Regional do Estado de São Paulo criada em 21 de maio de 1993. Instalado no mesmo prédio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo - FAESP, Edifício Barão de Itapetininga - Casa do Agricultor Fábio de Salles Meirelles, o SENAR-AR/SP tem, como objetivo, organizar, administrar e executar, em todo o Estado de São Paulo, o ensino da Formação Profissional e da Promoção Social Rurais dos trabalhadores e produtores rurais que atuam na produção primária de origem animal e vegetal, na agroindústria, no extrativismo, no apoio e na prestação de serviços rurais. Atendendo a um de seus principais objetivos, que é o de elevar o nível técnico, social e econômico do Homem do Campo e, consequentemente, a melhoria das suas condições de vida, o SENAR-AR/SP elaborou o Programa “Jovem Agricultor do Futuro”, a fim de proporcionar aos filhos de trabalhadores e produtores rurais um aprendizado simples e objetivo no que se refere às práticas agrosilvopastoris e ao uso correto das tecnologias mais apropriadas para o aumento da produção e produtividade. Acreditamos que esta cartilha, além de ser um recurso de fundamental importância para os participantes, é também, sem sombra de dúvida, um importante instrumento para o sucesso do Programa a que se propõe esta Instituição. Fábio de SalleS MeirelleS Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP “PLANTE, CuLTIvE E COLHA A PAz” do Estado dE são PauloFEdEração da agricultura E PEcuária8 Serviço NacioNal de apreNdizagem rural admiNiStração regioNal do eStado de São paulo 9 I - INTRODUÇÃO Caro Instrutor Este manual é uma orientação para sua participação na Oficina Elaboração de Empreendimento Agrícola do programa “Jovem Agricultor do Futuro” do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional do Estado de São Paulo. A Oficina Elaboração de Empreendimento Agrícola irá desenvolver competências específicas relacionadas ao desenvolvimento profissional autônomo e às necessidades mais comuns da produção no meio social, profissional e rural necessárias ao desenvolvimento profissional e ao exercício da cidadania. Nesta oficina você aprenderá fazendo em parceria com seus colegas, trocando saberes com eles e, também, ensinando. A sua disponibilidade para participar e interagir com seus colegas de curso é um requisito para uma aprendizagem bem-sucedida. Neste curso, a base, ou alicerce, ou ponto de partida para a construção do conhecimento é o conjunto das experiências e conhecimentos existentes no grupo de participantes. Esteja, então, sempre disponível para aprender na interação com seus companheiros. Facilite a aprendizagem dos colegas sempre que puder. Assim você também aprenderá mais. Neste curso, o instrutor é um orientador da aprendizagem que é construída por todos. Não espere que ele o ensine, que ele dê aulas, que passe instruções detalhadas ou seus conhecimentos. O instrutor seguirá basicamente as atividades contidas neste Manual. Ele pode, no entanto, adequá-lo para melhor desenvolver a sua capacidade de elaborar projeto. Mesmo assim, não deixede ler e de fazer os exercícios contidos neste Manual. Eles vão complementar e enriquecer as propostas de seu instrutor na sala de aula. A intenção do caminho pedagógico, a seguir apresentado, é proporcionar-lhe experiências significativas e atraentes de aprendizagem integradas à vida e ao trabalho. Desejamos ardentemente que você amplie sua capacidade de falar e escrever e que essas experiências sejam valiosas para você. Boa Sorte! do Estado dE são PauloFEdEração da agricultura E PEcuária10 1. Gerar novas ideias e analisar o mercado de produtos agropecuários identificando oportunidades de trabalho e também de negócios, considerando o mercado consumidor, a concorrência, os fornecedores. 2. Selecionar oportunidades de negócio adequadas às possibilidades concretas presentes, incluindo a captação de recursos financeiros. 3. Escolher um tipo de organização adequada a uma oportunidade de negócio identificada e viável pelas condições presentes. 4. Relacionar os passos necessários para a abertura de um empreendimento. 5. Definir Missão e Visão do Empreendimento. 6. Construir e apresentar um Projeto de Empreendimento Agrícola. 7. Tomar iniciativa e ser autônomo na ação em direção aos resultados almejados, nas diferentes situações de trabalho. 8. Manter a atenção alerta para ocorrências que possam interferir ou comprometer os resultados almejados. 9. Agir prontamente eliminando obstáculos, ou resolvendo problemas que afetam o andamento do trabalho. 10. Empenhar-se e perseverar em direção aos resultados de trabalho almejados e/ou contratados. 11. Manter claros os resultados de trabalho a serem alcançados, evitando dispersão de tempo e recursos. 12. Utilizar o tempo de forma racional, dinâmica e produtiva. 13. Selecionar objetivos de trabalho, Identificar processos e atividades relevantes, Priorizar ações, Estabelecer cronogramas. II - COMPETÊNCIAS A SEREM DESENVOLVIDAS NA OFICINA Serviço NacioNal de apreNdizagem rural admiNiStração regioNal do eStado de São paulo 11 DESENVOLVIMENTO Esta oficina “Projeto de Empreendimento Agrícola” é a oficina de avaliação final. Seguindo a metodologia do programa, a avaliação deverá também ser um momento de aprendizagem e não de tortura. I - CONHECENDO A OFICINA DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE EMPREENDIMENTO AGRÍCOLA ilu st ra çã o 01 Você será convidado a assistir ao video e a lerem a letra da música: “Nunca pare de sonhar” fonte: http://www.vagalume.com.br/gonzaguinha/nunca-pare-de-sonhar.html#ixzz273HnjxaK, pesquisado em 03/02/2014. Letra da Musíca: Nunca Pare de Sonhar - Gonzaguinha Ontem um menino que brincava me falou Hoje é semente do amanhã Para não ter medo que este tempo vai passar Não se desespere e nem pare de sonhar Nunca se entregue, nasça sempre com as manhãs Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar Fé na vida, fé no homem, fé no que virá Nós podemos tudo, nós podemos mais Vamos lá fazer o que será Fonte: http://www.vagalume.com.br/gonzaguinha/nunca-pare-de-sonhar.html#ixzz273HnjxaK, pesquisado em 24/01/2014. SESSÃO 1/4 do Estado dE são PauloFEdEração da agricultura E PEcuária12 Após a exibição do vídeo participe da discussão. Vocês deverão se organizar em grupos de cinco integrantes: o grupo deverá ser bastante eclético, tendo integrantes com características e habilidades diferenciadas. O Grupo deverá começar a fazer avaliação nesta sessão e entregar o trabalho na última sessão desta oficina, o que significa que terão 3 sessões para confeccionar o trabalho e uma sessão para montar a apresentação e apresentar. Mesmo que tenha tido um bom desempenho em todo o programa, se não tiver comportamento e participação aceitáveis os instrutores poderão reprova-lo neste momento. Cada grupo deverá fazer um “Projeto de Empreendimento Agropecuário”. Durante a elaboração do projeto deverão ser observados e avaliados: • Capacidade de trabalho em grupo; • Participação; • Comprometimento; • Envolvimento; • Capacidade de resolver problemas; • Autonomia na realização e decisões; • Viabilidade do Projeto; • Verificação da correção das contas, valores de investimento, valores esperados; • Especificação no projeto sobre como se conseguirá a verba a ser investida e como será paga; • A apresentação do projeto; • Uso de equipamentos com responsabilidade e profissionalismo; • Capacidade de apresentar o trabalho em grupo. O trabalho deverá ser elaborado conforme o roteiro: • Título do projeto: • Caracterização de um problema: • Objetivo do projeto: • Metas: • Estratégias: • Cronograma: Serviço NacioNal de apreNdizagem rural admiNiStração regioNal do eStado de São paulo 13 • Orçamento: • Regras: • Critérios de avaliação/resultado: II - RELEMBRANDO COMO ELABORAR PROJETOS Participe da leitura dos textos de apoio 1 e 2 e esclareça as dúvidas. ilu st ra çã o 02 Texto de Apoio I: Sobre as qualidades de um projeto Fazer projetos para quê? Um projeto é um roteiro de ação. Ele é formulado para garantir, melhorar e facilitar a obtenção de resultados desejados. O projeto é um instrumento para a ação, qualquer que seja ela. Se não houver ação, vira nada. Deve estar, portanto, colado na realidade. O distanciamento da realidade faz o projeto perder o sentido. Por isso é importante ajustá- lo sempre à dinâmica da vida real, através de reformulações. Se alguém obteve novas informações e experiências, deve modificar as metas de seu projeto de trabalho para torná- las adequados às suas novas expectativas profissionais. Seu projeto profissional não faria sentido tendo os objetivos e metas distantes de suas novas expectativas. O que é um projeto bem-sucedido? Um projeto é bem-sucedido quando atinge os resultados esperados e propostos. O resultado é a concretização dos objetivos e metas propostos. É importante ficar claro que mesmo se o projeto conseguir outros efeitos positivos, mas não concretizar os resultados previstos, com certeza não será exatamente um projeto bem-sucedido. É como o tiro ao alvo. Você mirou em um alvo e acertou em outro. Foi bom esse seu tiro? Quais as qualidades importantes de um projeto bem elaborado? Objetivos e resultados claramente e inequivocamente definidos. Em caso de projetos coletivos, é desejável que a definição dos resultados seja feita com a participação de todas as pessoas envolvidas na realização do projeto. Se isso não for possível, é necessária a total ciência de todos os que participam da execução sobre as definições do projeto. A participação individual em um projeto coletivo exige de cada pessoa um esforço de compreensão e envolvimento pessoal com as metas do projeto. do Estado dE são PauloFEdEração da agricultura E PEcuária14 Estratégias claras e adequadas de desenvolvimento. Não basta prever resultados, é necessário que se defina como chegar até eles, com eficiência e economia de tempo e recursos. Todo projeto bem-sucedido propõe bons e viáveis caminhos de ação para se chegar aos resultados desejados. Condições de realização do projeto avaliadas, obstáculos existentes identificados e alternativas de superação indicadas. Não adianta propor aquilo que não é possível ser realizado. Propor resultados factíveis exige análise das condições materiais de realização e identificação de possíveis obstáculos. Ainda assim, é provável que durante a execução do projeto outros obstáculos não previstos aconteçam, o que exige que os responsáveis pela execução tenham agilidade suficiente para criar novas alternativas de superação, avaliar riscos e escolher a melhor alternativa para cada situação. Critérios e formas de avaliação bem definidos. Os resultados de um projeto devem ser avaliados de acordo com a definição feita no projeto. Como já foi enfatizado, somente concretizando os objetivos e metas propostas é que um projeto será bem-sucedido. E tudo o que foi previsto deve ser avaliado. São os resultados de avaliação que dão informações sobre a qualidade do projeto. Por outro lado, avaliar o que não foi planejado não tem sentido,apesar de não ser incomum essa prática ou as cobranças sobre resultados não previstos. A definição de metas quantitativas ajuda a quantificar a avaliação para torná-la mais objetiva. Texto de Apoio II: Elaboração de Projetos ilu st ra çã o 03 1. Formulação de projetos Um projeto surge em resposta a um problema concreto. Elaborar um projeto é, antes de mais nada, contribuir para a solução de problemas, transformando IDEIAS em AÇÕES. O documento chamado projeto é o resultado obtido ao se “projetar” no papel tudo o que é necessário para o desenvolvimento de um conjunto de atividades a serem executadas: quais são os objetivos, que meios serão utilizados para atingi-los, quais recursos serão necessários, onde serão obtidos e como serão avaliados os resultados. A organização do projeto em um documento nos auxilia a sistematizar o trabalho em etapas a serem cumpridas, compartilhar a imagem do que se quer alcançar, identificar as principais deficiências, a superar e apontar possíveis falhas durante a execução das atividades previstas. Serviço NacioNal de apreNdizagem rural admiNiStração regioNal do eStado de São paulo 15 Alguns itens devem ser observados na formulação de projetos: - Estabelecimento correto do problema - deve ser significante em relação aos fatores de sucesso no negócio; deve ter dimensão administrável; deve ser mensurável. - Identificação das pessoas e instituições a quem afeta resolver o problema, buscando criar vínculos com os mesmos desde o início do projeto; - Busca adequada de fontes de financiamento. 2. Roteiro básico para apresentação de projetos Os principais itens que compõem a apresentação de um projeto relacionam-se de forma bastante orgânica, de modo que o desenvolvimento de uma etapa necessariamente leva à outra. Apresentação de um projeto deve conter os seguintes itens: a) Título do projeto Deve dar uma ideia clara e concisa do(s) objetivo(s) do projeto. b) Caracterização do problema e justificativa A elaboração de um projeto se dá introduzindo o que pretendemos resolver, ou transformar. De suma importância, geralmente é um dos elementos que contribui mais diretamente na aprovação do projeto pela(s) entidade(s) financiadora(s). Aqui deve ficar claro que o projeto é uma resposta a um determinado problema percebido e identificado pela comunidade ou pela entidade proponente. Deve descrever com detalhes a região onde vai ser implantado o projeto, o diagnóstico do problema que o projeto se propõe a solucionar, a descrição dos antecedentes do problema, relatando os esforços já realizados ou em curso para resolvê-lo. A justificativa deve apresentar respostas à questão POR QUE? Por que executar o projeto? Por que ele deve ser aprovado e implementado? Algumas perguntas que podem ajudar a responder esta questão: - Qual a importância desse problema/questão para a comunidade? - Existem outros projetos semelhantes sendo desenvolvidos nessa região ou nessa temática? - Qual a possível relação e atividades semelhantes ou complementares entre eles e o projeto proposto? - Quais os benefícios econômicos, sociais e ambientais a serem alcançados pela comunidade e os resultados para a região? do Estado dE são PauloFEdEração da agricultura E PEcuária16 c) Objetivos A especificação do objetivo responde as questões: PARA QUÊ? e PARA QUEM? A formulação do objetivo de um projeto pode considerar de alguma maneira a reformulação futura, positiva das atuais condições negativas do problema. Os objetivos devem ser formulados sempre como a solução de um problema e o aproveitamento de uma oportunidade. Estes objetivos são mais genéricos e não podem ser assegurados somente pelo sucesso do projeto, dependem de outras condicionantes. É importante distinguir dois tipos de objetivos: - Objetivo Geral: Corresponde ao produto final que o projeto quer atingir. Deve expressar o que se quer alcançar na região a longo prazo, ultrapassando inclusive o tempo de duração do projeto. O projeto não pode ser visto como fim em si mesmo, mas como um meio para alcançar um fim maior. - Objetivos específicos: Correspondem às ações que se propõe a executar dentro de um determinado período de tempo. Também podem ser chamados de resultados esperados e devem se realizar até o final do projeto. d) Metas A metas, que muitas vezes são confundidas com os objetivos específicos, são os resultados parciais a serem atingidos e neste caso podem e devem ser bastante concretos expressando quantidades e qualidades dos objetivos, ou QUANTO será feito. A definição de metas com elementos quantitativos e qualitativos é conveniente para avaliar os avanços. Ao escrevermos uma meta, devemos nos perguntar: o que queremos? Para que o queremos? Quando o queremos? Quando a meta se refere a um determinado setor da população ou a um determinado tipo de organização, devemos descrevê-los adequadamente. Por exemplo, devemos informar a quantidade de pessoas que queremos atingir, o sexo, a idade e outras informações que esclareçam a quem estamos nos referindo. Cada objetivo específico deve ter uma ou mais metas. Quanto melhor dimensionada estiver uma meta, mais fácil será definir os indicadores que permitirão evidenciar seu alcance. Nem todas as instituições financiadoras exigem a descrição de objetivos específicos e metas separadamente. Algumas exigem uma forma ou outra. e) Metodologia A metodologia deve descrever as formas e técnicas que serão utilizadas para executar o projeto. Serviço NacioNal de apreNdizagem rural admiNiStração regioNal do eStado de São paulo 17 A especificação da metodologia do projeto é a que abrange número de itens, pois responde, a um só tempo, as questões COMO? COM QUE? ONDE? QUANTO? A Metodologia deve corresponder às seguintes questões: a) Como o projeto vai atingir seus objetivos? b) Como começarão as atividades? c) Como serão coordenadas e gerenciadas as atividades? d) Como e em que momentos haverá a participação e envolvimento direto do grupo social? Deve-se descrever o tipo de atuação a ser desenvolvida: pesquisa, diagnóstico, intervenção ou outras; que procedimentos (métodos, técnicas e instrumentos, etc.) serão adotados e como será sua avaliação e divulgação. É importante pesquisar metodologias que foram empregadas em projetos semelhantes, verificando sua aplicabilidade e deficiências, e é sempre oportuno mencionar as referências bibliográficas. Um projeto pode ser considerado bem elaborado quando tem metodologia bem definida e clara. É a metodologia que vai dar aos avaliadores/pareceristas a certeza de que os objetivos do projeto realmente tem condições de serem alcançados. Portanto este item deve merecer atenção especial por parte das instituições que elaborarem projetos. Uma boa metodologia prevê três pontos fundamentais: a gestão participativa, o acompanhamento técnico sistemático e continuado e o desenvolvimento de ações de disseminação de informações e de conhecimentos entre a população envolvida. f) Cronograma O cronograma responde a pergunta QUANDO? Os projetos, como já foi comentado, são temporalmente bem definidos quando possuem datas de início e término preestabelecidas. As atividades que serão desenvolvidas devem se inserir neste lapso de tempo. O cronograma é a disposição gráfica das épocas em que as atividades vão se dar e permite uma rápida visualização da sequência em que devem acontecer. g) Orçamento Respondendo à questão COM QUANTO? O orçamento é um resumo ou cronograma financeiro do projeto, no qual se indica como, o que e quando serão gastos os recursos e de que fontes virão os recursos. Facilmente pode-se observar que existem diferentes tipos de despesas que podem ser agrupadas de forma homogênea, como por exemplo: material do Estado dE são PauloFEdEração da agricultura E PEcuária18 de consumo; custos administrativos, equipe permanente; serviços de terceiros; diárias e hospedagem; veículos, máquinas e equipamentos; obras einstalações. No orçamento as despesas devem ser descritas de forma agrupada; no entanto, as organizações financiadoras exigem que se faça uma descrição detalhada de todos os custos, que é chamada memória de cálculo. h) Revisão Bibliográfica Referências bibliográficas que possam conceituar o problema, ou servir de base para a ação, podem e devem ser apresentadas. Certamente darão ao financiador uma noção de quanto o autor está inteirado ao assunto, pelo menos no nível conceitual/teórico. INTERVALO III - ELABORANDO PROJETO EXECUTÁVEL DE EMPREENDIMENTO AGRÍCOLA ilu st ra çã o 04 O Projeto de Empreendimento Agropecuário deverá ser viável para uma área de 80.000 m² (8 ha) localizada na região do Programa, com todas as características: água, fertilidade do solo, localização, temperatura, índice pluviométrico e etc. (única diferença é que deverá ser elaborado para uma área maior). Serviço NacioNal de apreNdizagem rural admiNiStração regioNal do eStado de São paulo 19 O instrutor solicitará que retornem aos seus respectivos grupos e de continuidade as tarefas. Lembre-se que serão avaliados no trabalho: • Capacidade de trabalho em grupo; • Participação; • Comprometimento; • Envolvimento; • Capacidade de resolver problemas; • Autonomia na realização e decisões; • Viabilidade do Projeto; • Verificação da correção das contas, valores de investimento, valores esperados; • Especificação no projeto sobre como se conseguirá a verba a ser investida e como será paga; • A apresentação do projeto; • Uso de equipamentos com responsabilidade e profissionalismo. • Capacidade de comunicar-se em grupo. Nestas sessões os trabalhos deverão estar prontos, deixando apenas alguns ajustes para serem finalizados na primeira parte da última sessão. SESSÃO 2 E 3/4 do Estado dE são PauloFEdEração da agricultura E PEcuária20 I - ELABORANDO PROJETO EXECUTÁVEL DE EMPREENDIMENTO AGRÍCOLA As apresentações deverão ser em Power Point, maquete ou painel. Faça uma bela apresentação com a participação de todos os integrantes do grupo. Neste contexto não cabe uma apresentação teatral nem música, visto que se trata de uma apresentação realmente profissional, como se estivesse vendendo o produto para investidores. Relembre a postura adequada para uma apresentação deste nível. II - APRESENTANDO OS PROJETOS DE EMPREENDIMENTO AGRÍCOLA Os grupos deverão fazer suas apresentações no máximo em 15 minutos. Fique atento aos detalhes e respeite a apresentação dos colegas. III - REFLEXÃO Após as apresentações faça comentários de como foi participar desse processo de avaliação. Mensagem O espetáculo da vida Publicado em 20 de dezembro de 2008 por Danio ARQUIVOS DA TAG: EMPREENDEDOR Que você seja um grande empreendedor. Quando empreender, não tenha medo de falhar. Quando falhar, não tenha receio de chorar. Quando chorar, repense a sua vida, mas não recue. Dê sempre uma nova chance para si mesmo. Encontre um oásis em seu deserto. Os perdedores vêem os raios. Os vencedores vêem a chuva e a oportunidade de cultivar. ilu st ra çã o 05 SESSÃO 4/4 Serviço NacioNal de apreNdizagem rural admiNiStração regioNal do eStado de São paulo 21 Os perdedores paralisam-se diante das perdas e dos fracassos. Os vencedores começam tudo de novo. Saiba que o maior carrasco do ser humano é ele mesmo. Não seja escravo dos seus pensamentos negativos. Liberte-se da pior prisão do mundo: o cárcere da emoção. O destino raramente é inevitável, mas sim uma escolha. Escolha ser um ser humano consciente, livre e inteligente. Sua vida é mais importante do que Todo o ouro do mundo. Mais bela que as estrelas: obra-prima do autor da vida. Apesar dos seus defeitos, você não é um número na multidão. Ninguém é igual a você no palco da vida. Você é um ser humano insubstituível. Por isso desejo que você jamais desista das pessoas que ama. Jamais desista de ser feliz. Lute sempre pelos seus sonhos. Seja profundamente apaixonado pela vida, pois a vida é um espetáculo imperdível. Fonte: http://www.mensagem.etc.br/mensagens/empreendedor, pesquisado em 12/01/2014. do Estado dE são PauloFEdEração da agricultura E PEcuária22 BIBLIOGRAFIA Relação de Imagens: Ilustração 01 - http://imagensparafacebook.org/page/16/ Ilustração 02 - http://re-capitulando.blogspot.com.br/2009/06/vamos-la-recapitulando.html Ilustração 03 - http://www.quarteldigital.com.br/wp-content/uploads/2013/04/plano-de- carreira-2.jpg Ilustração 04 - http://loungeempreendedor.com.br/wp-content/uploads/file/lounge- empreendedor-plano-de-negocios.jpg Ilustração 05 - Serviço NacioNal de apreNdizagem rural admiNiStração regioNal do eStado de São paulo 23 SENAR-AR/SP Rua Barão de Itapetininga, 224 CEP: 01042-907 - São Paulo/SP www.faespsenar.com.br