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9 9CAPÍTULO 3 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. Bonecos expostos no Museu do Mamulengo. Olinda (PE), 2010. 5 Inaugurado em 14 de dezembro de 1994, o Museu do Mamulengo – Espaço Tiridá, em Olinda (PE), conserva um acervo de mais de mil bonecos de 27 mestres mamulenguei- ros. Observe a imagem e converse com os colegas e o professor sobre as questões. Frame do vídeo “Registro do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste: Mamulengo, Cassimiro Coco, Babau e João Redondo”, produzido pelo Iphan e publicado em 2015. a) Que tipo de experiência você acha que um museu como esse proporciona aos seus visitantes? Você gostaria de visitá-lo? b) Os museus têm um papel importante na conservação e na valorização dos bens culturais. De que forma o Museu do Mamulengo pode contribuir para que um patrimônio cultural imaterial como o Teatro de Bonecos Popular do Nordeste seja preservado? c) Por que o Museu do Mamulengo de Olinda tem a expressão “Espaço Tiridá” em seu nome? Para responder, busque informações sobre a história do museu. 6 Assista ao vídeo “Registro do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste: Mamulengo, Cassimiro Coco, Babau e João Redondo” (disponível em: https://youtu.be/HPoIshRM- NWQ; acesso em: 20 ago. 2020), produzido pelo Iphan para integrar o dossiê criado pela instituição para incluir a manifestação na lista do patrimônio imaterial brasileiro. Nele, a história dos mamulengos é contada no contexto da própria manifestação. 5. a) Respostas pessoais. Discuta com os estudantes a função de espaços como esses e a impor- tância de visitá-los. Como é pos- sível ver na imagem, os visitantes podem ver vários exemplares dos bonecos. Comente que o museu também oferece visitas guiadas e oficinas de criação e manipulação de bonecos. 5. b) Ao organizar um acervo de bonecos e se dedicar a sua con- servação, o museu contribui para preservar, documentar e difundir a tradição dos mamulengos, evitan- do que ela fique restrita aos sabe- res dos mestres mamulengueiros. 5. c) Ao buscar mais informa- ções sobre a história do museu, os estudantes vão descobrir que o nome “Espaço Tiridá” vem do boneco Professor Tiridá, criação de Mestre Ginu que simboliza a sabedoria popular. T V B ra s ilG o v /Y o u tu b e F a b io K n o ll/ P u ls a r Im a g e n s V5_LINGUAGENS_Faccioli_g21At_Cap3_089a124_LA.indd 99V5_LINGUAGENS_Faccioli_g21At_Cap3_089a124_LA.indd 99 9/26/20 10:02 AM9/26/20 10:02 AM 1 0 0 CAPÍTULO 3 Divirta-se com mais uma apresentação do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste assistindo ao vídeo disponível em: https:// youtu.be/8X9GwufqNmo. Acesso em: 20 ago. 2020. VALE VISITAR a) Uma apresentação de teatro de bonecos integra diferentes linguagens artísticas. Cite quais delas foi possível observar no vídeo. b) O teatro de bonecos não tem um roteiro fixo. Algumas ideias para a cena po- dem surgir na hora da apresentação, pois os bonecos costumam interagir com o público. Que efeitos essa interação pode gerar em quem está assistindo à apresentação? c) No vídeo, Teteia assume a função de Mateus, uma personagem que fica do lado de fora do palco e interage com os bonecos e com o público durante o espetá- culo. Qual é a importância de Mateus para a apresentação? 6. a) O Teatro de Bonecos Popu- lar do Nordeste é um exemplo de manifestação artística híbrida que integra diferentes formas de arte, como o teatro, a música e as artes visuais, na confecção dos bone- cos, de cenários e de fi gurinos. Para saber mais sobre o Teatro de Bonecos Popular do Nordeste, uti- lize como apoio o dossiê do Iphan (disponível em: http://portal.iphan. gov.br/uploads/ckfi nder/arquivos/ dossie_teatros_bonecos.pdf; acesso em: 20 ago. 2020). Essa interação ajuda a aproximar o público e a torná-lo parte integrante do espe- táculo. 6. c) Mateus é a personagem que faz a mediação entre os bonecos e o público, ajudando o bonequei- ro, que está atrás do palco, a con- duzir a apresentação. Pode ser interessante pedir aos estudantes que busquem infor- mações sobre outras persona- gens que fazem parte das apre- sentações de mamulengo. d) Quando o vídeo chega aos 5 min 18 s, Teteia fala para o boneco Capitão que o que acha mais lindo no teatro de bonecos é “a capacidade de improvisação dos mestres bonequeiros”. Com a manipulação pelos mestres, o público “jura que os bonecos são gente, parecem ‘bicho vivo’”. De que forma podemos relacionar essas características destacadas por Teteia ao universo das brincadeiras? e) Você acha que o teatro de bonecos é uma diversão só para crianças ou também pode atrair adultos? Por quê? 7 Existe a hipótese de que o nome mamulengo se originou das expressões “mão mole” ou “mão molenga”. Por que “mão mole”? Descubra na prática, seguindo as orienta- ções para criar o seu mamulengo.6. d) Contribua para que os estu- dantes percebam que o improvi- so, a imaginação e o clima de faz de conta permitem relacionar o teatro de bonecos ao universo das brincadeiras. 6. e) Respostas pessoais. Contri- bua com a discussão e ajude os es- tudantes a perceber que os adultos também podem se divertir com manifestações como o mamulen- go; basta que entrem no clima do brincar, que participem do faz de conta e exercitem a imaginação. Frame do vídeo em cena que Teteia, na função de Mateus, interage com o boneco Capitão. Iphan, 2015. BAGAGEM Existem vários tipos de mamulengo. Os bonecos de luva são os mais comuns: o corpo é feito de tecido para que possa ser manipulado mais facilmente pelo bonequeiro, e a cabeça e as mãos são confeccionadas em material mais rígido, geralmente madeira. Os bonecos de vara ou vareta também são produzidos com tecido e madeira; uma vara central dá sustentação à figura, e varetas dão agilidade aos movimentos de braços e pernas. Há ainda bonecos feitos integralmente de madeira. NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. T V B ra s ilG o v /Y o u tu b e V5_LINGUAGENS_Faccioli_g21At_Cap3_089a124_LA.indd 100V5_LINGUAGENS_Faccioli_g21At_Cap3_089a124_LA.indd 100 9/26/20 10:02 AM9/26/20 10:02 AM 1 0 1CAPÍTULO 3 COMO FAZER Material Lápis preto Cartolina ou papel-cartão Lápis de cor ou canetas coloridas (esferográ� cas ou hidrográ� cas) Tesoura com pontas arredondadas Lenço ou pedaço de tecido Três elásticos ou pedaços de barbante Cola em bastão ou � ta adesiva Passo a passo Use o lápis preto para desenhar a cabeça e as mãos de seu boneco na cartolina ou no papel-cartão. Seu mamulengo será do tipo luva, manipulado com a mão, então é pre- ciso prestar atenção ao tamanho dessas partes para que o conjunto � que proporcional. Crie os detalhes no rosto, desenhando olhos, boca, nariz, cabelo, etc. Em geral, os mamulengos são bastante expressivos, por isso você pode exagerar nos traços. Use o lápis de cor ou as canetas coloridas para pintar as partes da � gura e recorte-as com cuidado. Organizem-se com antecedência para definir e providenciar, com a ajuda do professor, os materiais que serão utilizados para criar os mamulengos. Passe um elástico ou pedaço de barbante no dedo indicador para formar a cabeça de seu boneco, com cuidado para preservar a mobi- lidade. Repita o procedimento com o polegar e o dedo médio para criar os bracinhos do bo- neco, como na � gura abaixo: Retire a luva com cuidado, sem desmanchar as amarrações, e use � ta adesiva para � xar a cabeça e as mãos que você desenhou e pintou anteriormente. Vista a luva mais uma vez e experimente manipular o boneco: o dedo indicador movi- menta a cabeça do mamulengo e os dedos polegar e médio movimentam os braços. Para � nalizar, crie pequenas cenas com os colegas, dando vida aos mamulengos pro- duzidos pela turma. Para a montagem do mamulengo, coloque o lenço ou o pedaço de tecido sobre sua mão, como na imagem a seguir: Deixe que os estudantes inven- tem suas histórias de forma livre, caso queiram. É possívelque isso aconteça de maneira espontânea durante a confecção dos bonecos. NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. Ilu st ra çõ es : D an ie l K le in /A rq ui vo d a ed ito ra V5_LINGUAGENS_Faccioli_g21At_Cap3_089a124_LA.indd 101V5_LINGUAGENS_Faccioli_g21At_Cap3_089a124_LA.indd 101 9/26/20 10:02 AM9/26/20 10:02 AM 1 0 2 CAPÍTULO 3 NA BNCC Competências gerais: 3, 4, 6, 9, 10 Competências específicas de Linguagens: 1, 2, 3, 5, 6 Habilidades de Linguagens: EM13LGG104, EM13LGG201, EM13LGG204, EM13LGG301, EM13LGG302, EM13LGG501, EM13LGG503, EM13LGG601, EM13LGG602, EM13LGG603, EM13LGG604 Habilidades de Língua Portuguesa: Todos os campos de atuação social: EM13LP01 Campo das práticas de estudo e pesquisa: EM13LP30 3ª PARADA CIRCO É SINÔNIMO DE DIVERSÃO! Nesta parada, você vai conhecer um pouco mais sobre as artes circenses e sobre a história do circo, além de poder vivenciar, com os colegas, algumas práticas desse uni- verso. Bem-vindo ao espetáculo! 1 Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir. a) Você já foi ao circo? Se sim, como foi a experiência? Já assistiu a alguma apresen- tação circense na televisão, no cinema ou na internet? Do que você mais gostou? b) Existe algum circo permanente no lugar onde você mora? E quanto aos circos itinerantes, eles são comuns por aí? c) Você tem ideia de quantos circos existem em atividade no Brasil? Lembra-se do nome de alguns deles? 2 Observe as imagens a seguir. Respostas pessoais. Contribua para que os estudantes relembrem e compartilhem suas experiências. Apresentação de equilibristas da Associação Londrinense de Circo. Foto do Acervo do Circo da Alegria. S.l., s.d. Acrobatas andando na corda bamba durante apresentação no circo Orlando Orfei. São Paulo (SP), 1973. Respostas pessoais. Essas perguntas iniciais têm o objetivo de averiguar a experiência individual dos estu- dantes com as artes circenses, abrindo espaço para as discussões que serão realizadas na parada. Respostas pessoais. É muito difícil precisar a quantidade de circos em atividade no Brasil, mas estima-se que sejam cerca de 200. Incentive os estudantes a se lembrar do nome de algum circo que já tenham visitado ou que tenha passado pelo lugar onde moram. É provável que muitos dos nomes remetam a sobrenomes, já que vários circos têm origem familiar. NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. R ep ro du çã o/ A ce rv o C irc o da A le gr ia A rq ui vo /E st ad ão C on te úd o/ A E Consulte respostas esperadas e mais informa- ções para o trabalho com as atividades desta parada nas Orientações especí�cas deste Manual. V5_LINGUAGENS_Faccioli_g21At_Cap3_089a124_LA.indd 102V5_LINGUAGENS_Faccioli_g21At_Cap3_089a124_LA.indd 102 9/26/20 10:02 AM9/26/20 10:02 AM 1 0 3CAPÍTULO 3 Malabarista durante o espetáculo Oceano do Circo Roda Brasil, montado no Memorial da América Latina. São Paulo (SP), 2008. a) Você conhece todas as modalidades de artes circenses que aparecem nas fotos? Que outras modalidades você conhece que não estão mostradas nas imagens? b) Em sua opinião, que elementos são comuns a todas essas modalidades? O que faz com que elas prendam a atenção do público em um espetáculo de circo? c) É possível ter certeza de que todas as ações mostradas nas imagens acontecem em um picadeiro de circo? Por quê? Você já viu alguma dessas modalidades sendo apresentadas em outros locais? Comente com os colegas e o professor. 3 O termo circo pode se referir tanto ao espetáculo quanto ao local em que ele é reali- zado. As chamadas artes circenses são milenares e há registros da exibição de proezas como acrobacias e contorcionismos em pinturas rupestres e hieróglifos egípcios, por exemplo. Já a criação de um espaço específico para esse tipo de apresentação é bem mais recente e data apenas do final do século XVIII. Leia o trecho da transcrição de uma reportagem de rádio para saber mais sobre a origem do circo. Depois, converse com os colegas e o professor sobre as questões. Especial Circo 1 – A história do circo [...] O primeiro circo na forma como conhecemos hoje foi o Astley’s Amphitheatre inau- gurado em Londres por volta de 1770, por Philip Astley, um oficial inglês da Cavalaria Britânica. O circo de Astley tinha um picadeiro com uma espécie de arquibancada, era fixo e ocupava um grande anfiteatro. No início oferecia apenas apresentações com cavalos, mas logo números de malabarismos e palhaços se juntaram ao espetáculo. No Brasil, mesmo antes do circo de Astley, já havia os ciganos que vieram da Europa, onde eram perseguidos. Entre suas especialidades incluíam-se a doma de ursos, o ilu- sionismo e as exibições com cavalos. Há relatos de que eles usavam tendas [...]. Viajando de cidade em cidade, esses artistas adaptavam seus espetáculos ao gosto da população local. Números que não faziam sucesso na cidade eram tirados do progra- ma. O circo com suas características, em geral itinerantes, existe no Brasil desde o final do século 19. A rotina era sempre a mesma: desembarcavam em um porto importante, faziam seu espetáculo e partiam para outras cidades, geralmente descendo pelo litoral até o rio da Prata, indo para Buenos Aires. ALESSANDRA, Karla. Especial Circo 1 – A história do circo. Reportagem especial. Rádio Câmara. Disponível em: https://www.camara.leg.br/radio/programas/299608-especial-circo- 1-a-historia-do-circo-0607/#:~:text=Os%20brasileiros%20tamb%C3%A9m%20tinham%20 um,v%C3%B4os%2C%20animais%20e%20grande%20elenco. Acesso em: 22 ago. 2020. 2. a) Respostas pessoais. O ob- jetivo da questão é mobilizar os conhecimentos prévios dos estu- dantes sobre as modalidades das artes circenses. Como indicam as legendas, as fotos mostram equi- libristas, acrobatas e um malaba- rista. Com base em seus conhe- cimentos prévios, os estudantes podem citar globistas, ilusionistas/ mágicos, pirófagos, trapezistas, entre outros. 2. b) Respostas pessoais. Espera- -se que os estudantes percebam que todas as modalidades estão ligadas ao desafio, ao perigo das façanhas realizadas pelos artistas. As artes circenses têm um cará- ter espetacular pois mostram o impossível sendo realizado diante dos olhos do público. 2. c) Espera-se que os estudantes respondam que não. Apenas na segunda foto é possível ter certe- za de que a apresentação aconte- ce em um picadeiro de circo. In- centive os estudantes a mobilizar seus conhecimentos prévios para responder à segunda parte da questão. Pergunte a eles em que contexto já assistiram a apresen- tações das modalidades citadas no item a. É importante que per- cebam que elas não se limitam ao espaço do circo. NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. N ilt on F uk ud o/ E st ad ão C on te úd o/ A E V5_LINGUAGENS_Faccioli_g21At_Cap3_089a124_LA.indd 103V5_LINGUAGENS_Faccioli_g21At_Cap3_089a124_LA.indd 103 9/26/20 10:02 AM9/26/20 10:02 AM 1 0 4 CAPÍTULO 3 a) Pelo trecho, vemos que os primeiros espetáculos de circo envolviam números com animais. Embora ainda seja muito associada ao universo circense, essa prática atualmente é proibida por lei em muitos países. O que pode ter gerado essa mudança? b) O trecho reforça o caráter itinerante do circo. Que problemas e desafios essa característica dos circos tradicionais pode trazer para os artistas que trabalham neles? c) No Brasil, até meados da década de 1970, geralmente a administração dos circos era familiar: os donos do circo eram também os artistas e contratavam apenas mais alguns poucos profissionais para enriquecer os números dos espetáculos. De que maneira essa característica dos circos tradicionais pode ser relacionada ao legado do teatro de bonecos visto na 2a parada da seção Viagem e à transmissão dos jogos e das brincadeiras de forma geral? 4 Leia este trecho do resumo de um artigo científico. O circo é uma manifestação artística que transita entre as mais diversas sociedades da históriada humanidade, e de- las empresta características e peculiaridades. Chegou ao Brasil no século XVIII e, no século XX [,] iniciou processo de capitalização dos espetáculos, ainda em andamento, o que vem trazendo implicações para sua configuração e, princi- palmente, para o trabalhador circense. Destacamos o fato de que, uma vez que os espetáculos assumiram valor de troca e possibilidade de acúmulo de capital, o artista enquanto fornecedor da força de trabalho precisou qualificar e profis- sionalizar suas atividades e, uma das formas encontradas, foi a institucionalização dos conhecimentos circenses em escolas profissionalizantes. A criação da Escola Nacional do Circo, fundada em 1982 no Rio de Janeiro, e mantida até hoje pela Fundação Nacional de Artes (FUNARTE), é um exemplo desse processo. [...] KRONBAUER, Gláucia Andreza; NASCIMENTO, Maria Isabel Moura. O circo e suas miragens: a Escola Nacional do Circo e a história dos espetáculos na produção acadêmica brasileira. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. 52, set. 2013. p. 238-249. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8640240/7799. Acesso em: 22 ago. 2020. Essa mudança pode ter sido gerada pela profissionalização do circo e pelo avanço na discussão sobre o bem-estar dos animais, fazendo com que as apresentações centradas nos animais dessem lugar aos números apenas com a figura humana. 3. b) Incentive os estudantes a levantar hipóteses e a buscar informações em fontes confiáveis que os ajudem a traçar um panorama dos problemas e desafios enfrentados pelos artistas circenses. Atualmente, é cada vez mais difícil para os circos itinerantes encontrarem áreas públicas disponíveis para a montagem da estrutura, o que leva à necessidade de pagamento de aluguel dos terrenos, tornando a margem de lucro muito pequena. Outro desafio é conciliar o caráter itinerante do circo à educação formal dos filhos dos artistas, que muitas vezes desistem de seguir a carreira dos pais. O caráter familiar do circo remete às tradições ensinadas de pai para filho, de geração em geração, a fim de preservar um legado artístico e cultural. No contexto familiar do circo tradicional, a formação dos artistas acontecia no cotidiano da lona, no convívio intergeracional. Esse aspecto pode ser relacionado à tradição do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste e à forma de transmissão dos jogos e das brincadeiras de modo mais geral, como vimos no decorrer do capítulo. Comente com os estudantes que inicia- tivas desse tipo têm sido associadas ao chamado “novo circo” ou “circo humano”. [Sem título (Gravura do interior do Circo de Astley)], de English School, 1843 (gravura, [sem dimensões] – Coleção particular). L o o k a n d L e a rn /B ri d g e m a n I m a g e s /F o to a re n a V5_LINGUAGENS_Faccioli_g21At_Cap3_089a124_LA.indd 104V5_LINGUAGENS_Faccioli_g21At_Cap3_089a124_LA.indd 104 9/26/20 10:02 AM9/26/20 10:02 AM 1 0 5CAPÍTULO 3 a) É possível estabelecer um diálogo entre a afirmação feita no início do trecho e a diferença entre as artes circenses e o circo discutida na questão 3? Explique. b) Como ocorre em outras manifestações artístico-culturais, os artistas circenses precisam lutar para manter vivas suas tradições. De que modo a profissionali- zação do circo e a criação das escolas de artes circenses mencionadas no trecho podem contribuir para essa manutenção? c) O trecho fala do “trabalhador circense”. Por que as artes circenses são também uma profissão hoje em dia? 5 Como estudamos, desde seus primórdios o circo é caracterizado pela diversidade de números, realizados por vários artistas com diferentes habilidades. a) Observe novamente as imagens da questão 2 e recorra a seus conhecimentos pré- vios para responder por que podemos dizer que as artes circenses são uma forma estética híbrida. b) Você já teve a oportunidade de realizar alguma prática corporal que se asseme- lhasse a alguma arte circense? Em que contexto? Qual modalidade gostaria de experimentar? 4. a) Ao afirmar que o circo transita entre as mais diversas sociedades da história da humanidade, as autoras corro- boram o aspecto milenar das artes circenses, muito anteriores ao circo moderno como o conhecemos hoje. Reforce que no trecho as autoras usam o termo “circo” para se referir às artes circenses de modo geral, não ao local que abriga esse tipo de espetáculo. 5. a) As artes circenses podem ser consideradas híbridas porque integram de maneira complexa diferentes linguagens e formas de expressão: corporais, verbais, visuais, sonoras. Nas imagens, é possível observar elementos como os movimentos corporais dos artistas, o figurino, a maquia- gem. Em um espetáculo, também há música, dança, a condução do mestre de pista, entre outros ele- mentos. 5. b) Respostas pessoais. Espera- -se que os estudantes já tenham vivenciado alguma prática corporal do tipo durante sua trajetória esco- lar ou mesmo em contextos fora da escola. Utilize da sua experiên- cia para ajudar os estudantes a se lembrar de sua trajetória na Educa- ção Física e na aprendizagem mo- tora que tiveram, relacionando as artes circenses a vivências como rolar, saltar, equilibrar-se e dar cambalhotas, dentro e fora do con- texto dos esportes ou ginásticas. Ressalte, no entanto, as diferenças em relação ao nível de dificuldade e de desafio envolvido quando essas práticas são realizadas de forma profissional pelos artistas circenses. * Antes de iniciar a prática de malabarismo, oriente os estudantes a fazer os exercícios de preparação indicados nas Orientações especí�cas deste Manual. Para responder, leve em conta toda sua trajetória escolar, relembrando suas vivências nas aulas de Educação Física. c) Que tal vivenciar uma prática de malabarismo? Siga as orientações! COMO FAZER Primeiro momento – Preparando o corpo e o material O primeiro passo é providenciar o material necessário para a prática. Cada estudan- te vai precisar de três pedaços quadrados de tule ou de tecido similar no tamanho 50 cm × 50 cm. O segundo passo é usar uma roupa confortável e adequada para a atividade física. O terceiro passo é aquecer e alongar o corpo, seguindo as orientações do professor.* Segundo momento – Exercícios iniciais Vamos vivenciar o malabarismo de lançamento, que se caracteriza por trocar ob- jetos com um ou com os dois braços em ações de lançamento e recepção. Antes, ao comando do professor, execute os desafios com o tule para que seu corpo entenda a manipulação do objeto. Desa�o 1: Abra o lenço sobre a cabeça. Olhando para cima, tente manter o lenço no ar jogando-o para cima com um sopro forte. Desa�o 2: Arremesse o lenço e bata uma palma. Vá aumentando os números de palmas, batendo duas, depois três, e assim sucessivamente. O objetivo é bater o maior número de palmas possível antes de recepcionar o lenço. Desa�o 3: Arremesse o lenço, bata uma palma na frente do corpo, outra atrás do corpo, uma debaixo de uma perna, e depois agarre o lenço. Terceiro momento – Aprendendo a técnica Agora, execute os exercícios a seguir para aprender técnicas de lançamento do malabarismo. Lançamentos simultâneos colunas (dois lenços): Jogue os lenços ao mesmo tempo sem cruzá-los no ar, ou seja, mantendo-os paralelos. Depois, teste uma 5. c) Antes de iniciar a prática, ques- tione os estudantes em relação ao que conhecem sobre malabarismo. Podemos definir “malabarismo” como a manipulação e o controle de um ou mais objetos, que reali- zam uma trajetória movendo-se no ar ou no corpo do malabarista. Exis- tem vários tipos de malabarismo, como de lançamento, de contato e de equilíbrio de objetos. Qualquer pessoa pode experimentar o ma- labarismo, respeitando o nível de complexidade do desafio proposto e as formas de manipulação. Se julgar pertinente, proponha desafios mais complexos, de acordo com as condições dos estu- dantes e sua criatividade.Espera-se que os estudantes concluam que a profissionalização do circo implicou a profissionalização dos artistas circenses. Hoje essa formação acontece não apenas no contexto familiar dos circos tradicionais, mas também por meio das escolas de circo. NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 4. b) A profissionalização do circo e a criação de escolas circenses per- mitem que os saberes tradicionais dos artistas sobrevivam de outras formas, não dependendo apenas da transmissão no âmbito familiar, no convívio intergeracional. V5_LINGUAGENS_Faccioli_g21At_Cap3_089a124_LA.indd 105V5_LINGUAGENS_Faccioli_g21At_Cap3_089a124_LA.indd 105 9/26/20 10:02 AM9/26/20 10:02 AM 1 0 6 CAPÍTULO 3 A história do palhaço é parte da história do cômico, que é muito anterior à criação do circo. O palhaço está presente em muitas culturas, e algumas das mais antigas expressões dessa personagem aparecem em rituais sagrados das civilizações ocidentais e orientais. No início, fazer palhaçadas era uma atividade esporádica e o palhaço era uma figura presente apenas nos rituais. Mas, pouco a pouco, os que se destacavam foram ficando famosos, recebendo convites para apresentações especiais, e acabaram por ter uma profissão: cômico. Em todas as cortes da Antiguidade encontramos referências a bufões e bobos. Também há figuras semelhantes aos palhaços como os que conhecemos hoje entre os saltimbancos das feiras da Idade Média e as personagens da commedia dell’arte. Os termos variam, mas não sua função: fazer rir. BALCÃO DE INFORMAÇÕES Figurino produzido pelo produtor teatral e dramaturgo britânico Robert Courtneidge. Acervo do Museu Vitória e Alberto, Londres, Reino Unido, s.d. variação, fazendo movimentos de flexão e de extensão dos cotovelos e alternando as mãos no lançamento: quando a mão esquerda sobe, a mão direita desce, e vice-versa. Lançamentos simultâneos cruzados (dois lenços): os pedaços de tule devem ser lançados cruzados: a mão es- querda lança para a direita, e a direita lança para a esquerda. Uma variação é lançar os lenços alternadamente, primeiro uma mão e em seguida a outra, lembrando que a mão esquerda pegará o lenço lançado pela mão direita, e a mão direita pegará o lenço lançado pela mão esquerda. Malabarista (três lenços): sem o tule, cruze o braço direito para a esquerda à frente do corpo. Logo após realizar o movimento com o braço esquerdo, cruzando-o para a direita, continue a fazer esse movimento ritmado, alter- nadamente para um lado e para o outro, como se fosse uma dança. Agora, realize o mesmo movimento com o tule. Quando a mão direita cruzar a frente do corpo, lance o primeiro lenço. A mão esquerda deve cruzar e lançar o segundo lenço, ficando livre para recepcionar o primeiro. Assim que pegá-lo, a mão direita deve cruzar e lançar o terceiro lenço, ficando livre para recepcionar o segundo lenço (aquele lançado pela mão esquerda). Esses movi- mentos devem ser repetidos inúmeras vezes, em um ciclo contínuo de lançamento e recepção. Quarto momento – Avaliando a experiência Para finalizar, em círculo, avaliem a vivência discutindo as questões a seguir: • Como foi a vivência com o malabarismo? Você conseguiu realizar os desafios e exercícios propostos? • Houve ampliação na sua gama de movimentos corporais? • Você se interessou em vivenciar práticas relacionadas às artes circenses? Que outras modalidades gostaria de experimentar? 6 Ao falar de circo, não podemos deixar de mencionar uma das figuras mais associadas a ele: o palhaço. No texto a seguir, a pesquisadora Alice Viveiros de Castro explica o surgimento dessa figura no contexto da criação do circo moderno por Philip Astley (1742-1814). O espetáculo do sargento Astley seguia uma estrutura marcial: cavalos, cavaleiros, equilibristas, funâmbulos e acro- batas exibiam-se ao som do rufar de tambores, vestiam-se com uniformes militares, dólmãs e dragonas e mantinham uma rígida disciplina comandada pelo mestre de pista. [...] Um espetáculo baseado na disciplina militar e na valorização da destreza e do perigo deixava a plateia muito tensa; era preciso criar um momento de relaxamento, provocar a quebra da tensão, deixando o espectador aliviado, preparando-o para as próximas emoções. E é aí que surge o palhaço de circo! CASTRO, Alice Viveiros de. O elogio da bobagem: palhaços no Brasil e no mundo. Rio de Janeiro: Família Bastos, 2005. p. 53. a) De acordo com a pesquisadora, qual era a função do palhaço nos primeiros espetáculos de circo? b) Considerando sua resposta para o item anterior, qual é a principal diferença entre os números dos palhaços e os números de outros artistas circenses, como malabaristas, equilibristas e contorcionistas? 6. a) A principal função do palhaço era trazer alívio cômico ao público, quebrar a tensão entre os números das outras modalidades, em virtude de apresentações de manobras perigosas e de difícil execução. Os números dos palhaços não se baseiam na exibição de proezas, como é o caso de malabaristas, equilibristas, contorcionistas e de outros artistas circenses. Comente com os estudantes que alguns tipos de palhaço incorporam malabarismos e equilibrismos a suas apresen- tações, mas que ainda assim provocar o riso é o principal objetivo de seus números. B ri d g e m a n I m a g e s /F o to a re n a V5_LINGUAGENS_Faccioli_g21At_Cap3_089a124_LA.indd 106V5_LINGUAGENS_Faccioli_g21At_Cap3_089a124_LA.indd 106 9/26/20 10:02 AM9/26/20 10:02 AM 1 0 7CAPÍTULO 3 7 Ainda de acordo com a pesquisadora Alice Viveiros de Castro, podemos dizer que há um “jeito brasileiro de ser palhaço”. Diferentemente dos palhaços europeus, por exemplo, que tinham na mímica sua principal expressão, os palhaços brasi- leiros sempre tiverem por costume falar e cantar. Conheça, a seguir, dois importantes palhaços brasileiros. Durante a atividade, é preciso selecionar fontes con�áveis. Por isso, dê preferência a fontes especializadas no assunto que deseja estudar. Para avaliar as fontes, observe os seguintes itens: Você já consultou essa fonte antes? O que você sabe sobre ela? É possível encontrar a autoria das informações? Essa autoria é reconhecida na área pesquisada? Quando essas informações foram publicadas? Há informações mais recentes? Junte-se a um colega para buscar dados sobre um palhaço brasileiro importante. Selecione também imagens do palhaço escolhido. Compartilhe as informações encontradas com os colegas a fim de ampliar o repertório da turma sobre os artistas circenses e sobre o circo no país. Depois, discutam as principais semelhanças e diferenças entre os palhaços pesquisados pela turma. Observem elementos da caracterização, como figurino e maquiagem, se houver. Comentem também os recursos cômicos usados nas apresentações. O palhaço Benjamin de Oliveira em foto de 1947. O palhaço Piolin em foto de 1950. Benjamin de Oliveira nasceu em 11 de junho de 1870 em Patafufu, hoje Pará de Minas, Minas Gerais. Filho de escravos, nasceu livre e, aos 12 anos, fugiu com o Circo de Sotero Vilela. Iniciou sua carreira no circo como acrobata. Em 1889, começou sua trajetória como palhaço no circo de Albano Pereira. Ficou famoso com números teatrais com histórias mirabolantes, que usavam truques e recursos de maquinaria para sur- preender o público, fazendo personagens sumirem misteriosamente, por exemplo. Ao longo de sua carreira, Benjamin escreveu e adaptou mais de 100 textos para picadeiro e é considerado um dos grandes res- ponsáveis pela consolidação do circo-teatro no país. Em uma carreira de altos e baixos, passou dificuldades no final da vida, sobrevivendo com uma pensão concedida pelo governo. Morreu em 3 de maio de 1954 no Rio de Janeiro. Abelardo Pinto nasceu em 1897 no circo de seus pais, Galdino Pinto e Clotilde Farnesi. Cresceu aprendendo acrobacia, música, ciclismo e contorcionismo. Iniciou sua carreira como palhaço em 1918. O nome Piolin vem do espanhol e significa“barbante fino”, fazendo uma brin- cadeira com suas pernas. Durante mais de duas décadas, teve o próprio circo armado em São Paulo, em dois locais diferentes. Após ser despe- jado pela prefeitura, passou a se apresentar em clubes e ginásios. Nos últimos anos de vida, insistia na importância de criar uma Escola de Circo para poder ensinar o que sabia. Faleceu em 4 de setembro de 1973 antes de ver esse desejo realizado. A primeira escola de circo do Brasil foi inaugurada em São Paulo (SP) em 1977 com o nome Academia Piolin de Artes Circenses. Como forma de homenagem, o Dia Nacional do Circo é comemorado em 27 de março, dia do seu nascimento. Alguns nomes a que a turma pode chegar são Polydoro, Alcebíades Pereira, Pompílio, Carequinha e Arrelia, por exemplo. Se houver interesse dos estu- dantes, eles também podem pesquisar palhaços presentes em brincadeiras e folguedos das culturas brasileiras, como os palhaços das Folias de Reis, o Velho do Pastoril, os palhaços do Mamulengo ou das festa do ciclo do boi. O livro O elogio da bobagem: palhaços no Brasil e no mundo (Rio de Ja- neiro: Família Bastos, 2005), da pesquisadora Alice Viveiros de Castro, pode ser uma boa fonte de pesquisa. Espera-se que, por meio da pesqui- sa, os estudantes percebam que, embora algumas características sejam recorrentes na caracterização dessa figura, como o uso de pintura facial e de figurino exagerado, há muitos tipos de palhaço, que podem fazer rir de diferentes maneiras. R e p ro d u ç ã o /A c e rv o M IS , S ã o P a u lo R e p ro d u ç ã o /B ib lio te c a N a c io n a l, R J V5_LINGUAGENS_Faccioli_g21At_Cap3_089a124_LA.indd 107V5_LINGUAGENS_Faccioli_g21At_Cap3_089a124_LA.indd 107 9/26/20 10:02 AM9/26/20 10:02 AM 1 0 8 CAPÍTULO 3 8 Para se tornar um verdadeiro palhaço, é necessário muito treino e estudo. Ainda assim, todos podem experimentar técnicas e recursos usados por esses artistas para produzir o riso. Vamos tentar? COMO FAZER Primeiro momento – Pesquisando e criando esquetes Em duplas ou trios, escolha um esquete para encenar. A seguir, leia mais informações sobre essa dramaturgia muito comum no circo: Os números de palhaços de circo geralmente variam entre entradas, reprises e esquetes. As entradas são peças cômicas realizadas por dois ou três palhaços, em que um anuncia um número, mas é constantemente interrompido pelo(s) parceiro(s). Já as reprises acontecem em meio aos números circenses e são apresentadas por palhaços que entram e saem do picadeiro várias vezes durante os espetáculos. Os esquetes, por sua vez, são números mais longos em que, além do palhaço, há personagens comuns. Ocorre frequentemente a junção de vários esquetes para compor um tempo maior de espetáculo ou mesmo a inclusão deles em uma comédia. BALCÃO DE INFORMAÇÕES Assista aos espetáculos do Cirque du Soleil no canal oficial da companhia em um site de compartilhamento de vídeos. Disponível em: https://www. youtube.com/user/ cirquedusoleil/. Acesso em: 23 ago. 2020. Caso haja infraestrutura adequada na escola, faça uma atividade ex- traclasse de exibição de um desses espetáculos do Cirque du Soleil. VALE VISITAR Os esquetes circenses são peças curtas que não têm um texto dramatúrgico es- tabelecido. O roteiro é conhecido por todos os atores e comporta apenas alguns passos essenciais, que normalmente delineiam um problema (ou melhor, uma si- tuação), apontam possíveis caminhos e encaminha uma solução. Diálogos e ações são de responsabilidade exclusiva dos atores. Em geral, os esquetes empregam duas categorias de personagem: personagens do cotidiano e o palhaço. A oposição entre essas categorias é condição necessária à eficácia cômica. Os assuntos tratados re- metem ao universo exterior ao circo. Pesquise um texto base para seu esquete ou crie um com os colegas. Lembre-se de que a ideia não é utilizar um texto fechado, mas uma situação a partir da qual seja possível improvisar. Nesse esquete, haverá um palhaço. Os outros integrantes do grupo vão fazer o papel das pessoas comuns que vão interagir com ele. Discutam qual será o tema do esquete e de�nam a situação principal. Segundo momento – Criando os palhaços Agora, cada estudante deve criar um nome e uma caracterização para seu palhaço. Para isso, observe novamente as imagens dos palhaços pesquisados pela turma em busca de inspiração. Depois, pense quais serão as principais características de seu palhaço e como você vai expressá-las por meio do �gurino, da maquiagem e de acessórios. Uma roupa lar- ga e uma justa podem gerar efeitos diferentes, assim como uma pintura facial que ressalte os olhos e outra que ressalte a boca, por exemplo. Teste algumas possibilidades de pintura no rosto e de uso de acessórios como chapéus ou tiaras. É importante que você se identi�- que com o palhaço criado e que ele expresse algum aspecto de sua personalidade. Atenção! Faça um teste prévio da maquiagem para evitar possíveis irritações e reações alér- gicas. Utilize apenas tintas atóxicas e próprias para pintura facial, conferindo nas informa- ções da embalagem se o produto foi testado e aprovado oftálmico e dermatologicamente. Terceiro momento – Experimentando fazer rir Cada grupo deve ensaiar o esquete a �m de memorizar o texto base e testar possibilidades de improvisação. Nesse momento, vocês devem pensar na forma como o corpo será utiliza- do na construção da cena. Lembrem-se de que o objetivo do esquete é provocar o riso! Com os colegas, pesquisem alguns dos recursos cômicos que podem ser usados na apresentação. Combinem com o professor uma data para as apresentações. Façam um sorteio para de�nir a ordem de apresentação dos grupos no dia agendado. Cada grupo deve se apresentar para o restante da turma. Depois, vocês podem realizar novas apresentações para outras turmas e para a comunidade escolar. Quarto momento – Avaliando a experiência Após as apresentações, a turma deve se organizar em círculo e avaliar o processo: • Como foram as apresentações? • Quais pontos foram mais interessantes? Quais chamaram mais a atenção? • Em quais apresentações vocês mais deram gargalhadas? Por quê? • Como o riso foi produzido nessas apresentações? • Em uma próxima oportunidade, o que deve ser mantido? O que deve ser aperfeiçoado? O esquete possibilita que alguns estudantes vivenciem o papel de palhaço e outros não, deixando a turma mais à vontade. Caso todos os estudantes queiram vivenciar o papel de palhaço, opte pela realização de reprises ou entradas, em que não há personagens comuns. V5_LINGUAGENS_Faccioli_g21At_Cap3_089a124_LA.indd 108V5_LINGUAGENS_Faccioli_g21At_Cap3_089a124_LA.indd 108 9/26/20 10:02 AM9/26/20 10:02 AM