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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
DA COMPOSIÇÃO
CORPORAL
Prof° Dr° VITOR DE SALLES PAINELLI
PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO,
METABOLISMO E FISIOLOGIA DO ESPORTE
COMPOSIÇÃO CORPORAL
Uma forma de quantificar os diferentes componentes estruturais do
corpo humano em relação à massa corporal total.
2 grandes propósitos:
• quantificar o “excesso de gordura”
• quantificar a “falta de gordura”
Apneia obstrutiva do sono
OUTRAS DOENÇAS
OSTEOARTRITE
HIPERTENSÃO DISLIPIDEMIA
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
DIABETES TIPO II
MÉTODOS
•DIRETO
•INDIRETO
•DUPLAMENTE INDIRETO
COMPOSIÇÃO CORPORAL
• Invasivo
“The Brussels
Cadaver Analysis
Study (CAS)”
• Importante para o desenvolvimento dos métodos indiretos
(Clarys et al. 1987)
COMPOSIÇÃO CORPORAL
COMPOSIÇÃO CORPORAL
(métodos indiretos)
MÉTODOS
LABORATORIAIS
MÉTODOS LABORATORIAIS – R. MAGNÉTICA
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
MÉTODOS LABORATORIAIS – R. MAGNÉTICA
Membro saudável Membro c/ LCA reconstruído (6 meses)
MÉTODOS LABORATORIAIS – R. MAGNÉTICA
M
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d
an
ça
(
%
)
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ca
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MULTI MONO
MULTI MONO
MÉTODOS LABORATORIAIS – R. MAGNÉTICA
(validação)
Erro médio de 1.1 – 1.3% entre a ressonância e a dissecação BOA VALIDADE!
MÉTODOS LABORATORIAIS – R. MAGNÉTICA
(confiabilidade)
Variação média de 0.8 – 1.7% entre duas medidas
coletadas sob mesmas condições!
BOA CONFIABILIDADE!
MÉTODOS LABORATORIAIS – R. MAGNÉTICA
(CONSIDERAÇÕES PRÓS VS. CONTRAS)
- Excelente
confiabilidade;
- Excelente
validade;
- Mensuração num
único segmento;
MÉTODOS LABORATORIAIS – DEXA
DENSITOMETRIA COM EMISSÃO DE
RAIO-X DE DUPLA ENERGIA (DEXA)
MÉTODOS LABORATORIAIS – DEXA
Densitometria com emissão de Raio X de dupla energia
(DEXA) - GOLD STANDARD (= PADRÃO OURO)
•Base: Capacidade diferente dos tecidos de absorverem energia.
•3 componentes: gordura, tecido mineral ósseo e tecido magro não ósseo
MÉTODOS LABORATORIAIS – DEXA
RESULTADOS DE COMPOSIÇÃO CORPORAL
Braço E
Braço D
Tronco
Perna E
Perna D
Subtotal
Cabeça
TOTAL
REGIÃO %
gordura
Massa
Gorda
(g)
Massa livre
de gordura
(g)
Massa
total
(g)
MÉTODOS LABORATORIAIS – DEXA
MÉTODOS LABORATORIAIS – DEXA
MÉTODOS LABORATORIAIS – DEXA
MÉTODOS LABORATORIAIS – DEXA
MÉTODOS LABORATORIAIS – DEXA (VALIDAÇÃO)
Interpretação do
coeficiente
de Pearson (r)
Massa
gorda
(DEXA)
Massa Livre
de Gordura
(DEXA)
Massa gorda (dissecação) Massa livre de gordura (dissecação)
BOA
VALIDADE!!
MÉTODOS LABORATORIAIS – DEXA (CONFIABILIDADE)
Peso corporal (kg)
Densidade Mineral Óssea (g)
Massa livre de gordura (g)
Massa gorda (g)
% gordura
BOA
CONFIABILIDADE!!
MÉTODOS LABORATORIAIS – DEXA
(CONSIDERAÇÕES PRÓS VS. CONTRAS)
CLASSIFICAÇÃO DO % GORDURA CORPORAL
Fonte: Pollock & Wilmore, 1993.
CLASSIFICAÇÃO DO % GORDURA CORPORAL
Fonte: Adaptado de Heyward e Stolarczyk, 1996.
Fonte: Bristish Journal of Nutrition, v. 63, n. 2, 1990
(Hershberger & Bollinger, 2015)
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
MÉTODOS LABORATORIAIS – TOMOGRAFIA
MÉTODOS LABORATORIAIS – TOMOGRAFIA
MÉTODOS LABORATORIAIS – TOMOGRAFIA (validade)
Erro médio de ~1.3% nas diferentes medidas
entre a tomografia e a dissecação!
BOA VALIDADE!
A
lt
e
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(
cm
2
)
A
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l (
cm
2
)
MÉTODOS LABORATORIAIS – TOMOGRAFIA
MÉTODOS LABORATORIAIS – P. HIDROSTÁTICA
PESAGEM HIDROSTÁTICA
MÉTODOS LABORATORIAIS – P. HIDROSTÁTICA
Pesagem Hidrostática – GOLD STANDARD -
PESQUISA
PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES: 1. “um corpo, quando
submerso em água, desloca um volume de líquido igual
ao volume do próprio corpo”; 2. “um corpo, quando
submerso em água, tem um peso menor do que se
medido fora d’água; 3. “a perda de peso (peso fora –
peso dentro) é igual ao volume de líquido deslocado
pelo corpo corrigido pela densidade da água”;
Densidade corporal (g/mL) = Peso corporal (g)
Volume corporal (mL)
Volume corporal (mL) = Peso corporal (g) – Peso na água (g)
Densidade da água (g/mL)
Mas e o volume residual (VR) e gastrointestinal (VGI)???
Densidade corporal (g/mL) = Peso corporal (g) s
Peso corporal (g) – Peso na água (g) - (VR + VGI)
Densidade da água (g/mL)
*VGI = 100 mL (Buskirk, 1961); VR ≈ 2 mL/kg (Buskirk, 1961)
Equação de Siri (1962):
%G = 4,95 - 4,50 x 100
Densidade
•Estima a composição corporal via densidade corporal
Densidade (g/mL) = massa (g)
volume (mL)
( )
MÉTODOS LABORATORIAIS – P. HIDROSTÁTICA
DENSIDADE DA ÁGUA VARIA DE ACORDO COM A TEMPERATURA!!!
CONVERSÃO DA DENSIDADE CORPORAL EM %GORDURA
MÉTODOS LABORATORIAIS – P. HIDROSTÁTICA
Assumindo que um homem da etnia caucasiana tenha 1) um peso corporal de 65kg fora d’água;
e que 2) ao pesá-lo na água, tenham sido registrados 4kg; e que 3) a temperatura da água esteja a 30°C (D = 0.9957 g/mL),
o percentual de gordura corporal desse homem é (assumindo o mesmo da etnia caucasiana)?
Exercício rápido
Densidade corporal (g/mL) = Peso corporal (g)
Peso corporal (g) – Peso na água (g) - (VR + VGI)
Densidade da água (g/mL)
( )
Densidade corporal (g/mL) = 65.000 (g)
65.000 (g) – 4.000 (g) - (130 mL + 100 mL)
0,9957 (g/mL)
) (
Densidade corporal (g/mL) = 65.000 (g)
61.033,43 (mL)
Densidade corporal (g/mL) = 1,0649
Equação de Siri (1962):
%G = 495 - 450
Densidade
Equação de Siri (1962):
%G = 495 - 450
1,0649
Equação de Siri (1962):
%G = 14,83
Assuma:
VGI = 100 mL (Buskirk, 1961);
VR ≈ 2 mL/kg (Buskirk, 1961)
MÉTODOS LABORATORIAIS – PLETISMOGRAFIA
PLETISMOGRAFIA
MÉTODOS LABORATORIAIS – PLETISMOGRAFIA
Pletismografia (Bod Pod) - GOLD STANDARD - PESQUISA
•Câmara constituída em fibra de vidro, janela de acrílico, assento em seu interior, porta
com dispositivos eletromagnéticos para seu fechamento;
•Base – lei de deslocamento de ar de Boyle (Estima a composição corporal via densidade corporal)
(GARROW et al, 1979)
Densidade (g/mL) = massa (g)
volume (mL)
P1.V1 = P2.V2
Equação de Siri (1962):
%G = 4,95 - 4,50 x 100
Densidade
MÉTODOS LABORATORIAIS – PLETISMOGRAFIA (validação)
BOA VALIDADE!!!
MÉTODOS LABORATORIAIS – PLETISMOGRAFIA (confiabilidade)
Interpretação do ICC
TESTE 1 TESTE 2
Peso corporal (kg)
Volume corporal (L)
Densidade corporal (g/mL)
Gordura corporal (%)
VARIÁVEL
BOA
CONFIABILIDADE!!!
CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE OS MÉTODOS
INDIRETOS/LABORATORIAIS
Métodos Laboratoriais:
•Difícil aplicabilidade clínica;
•Difícil aplicabilidade em grandes populações.
•Altamente Precisos;
•Local adequado;
•Equipamento sofisticado;
•Avaliador treinado;
•Alto custo.
MÉTODOS DE
CAMPO
COMPOSIÇÃO CORPORAL
(métodos duplamente indiretos)
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS
• Bioimpedância
• Interactância de Raios Infravermelhos
• Dobras Cutâneas
• Antropometria
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS
INTERACTÂNCIA POR RAIOS
INFRAVERMELHOS
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS
•Base: Tecidos absorvem a luz infravermelha de forma diferente;
•A luz infravermelha penetra nos tecidos em uma profundidade ~4 cm, e é
refletida pelo osso de volta ao detector;
•Diferentes tecidos, diferentes comprimentos de onda ex: 930nm
(gordura) e 970nm (água);
• Método criticado = um ponto do corpo;• Subestima a gordura corporal.
•Aparelho portátil;
•Apoiado sob o bíceps para a emissão da luz;
FUTREX 5000
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS
• Boa reprodutibilidade intra-avaliador;
• Porém... Maioria dos estudos valida essa técnica apenas
contra os métodos duplamente indiretos DOBRA CUTÂNEA
% de gordura estimado por interactância por infravermelho (IRI) vs. dobras cutâneas (SF)
BIOIMPEDÂNCIA
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS - BIOIMPEDÂNCIA
Bioimpedância
•Base: passagem de uma corrente elétrica de baixa intensidade pelo
corpo (500 a 800 µA a 50 KHz).
Os componentes corporais oferecem resistência diferenciada a
passagem da corrente elétrica:
•Gordura: < água = < condutividade e > resistência à corrente elétrica
•Músculo esquelético: ricos em água e eletrólitos = bom condutor e <
resistência à corrente elétrica
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS - BIOIMPEDÂNCIA
Omron BF300
Omron BF300
MÉTODO CLÁSSICO (4 eletrodos) BRAÇO-BRAÇO (Bipolar)
TANITA(TBF110)
PERNA-PERNA (Bipolar)
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS - BIOIMPEDÂNCIA
Equações para a predição da massa livre de gordura (MLG) através da Bioimpedância
IDADE EQUAÇÃO DE REGRESSÃO REFERÊNCIA
MULHERES
20 a 40 anos MLG = 0,475.(Estatura2/Resistência) + 0,295.(Peso) + 5,49 Lohman (1992)
17 a 62 anos
MLG = 0,0011.(Estatura)2 - 0,021.(Resistência) + 0,232.(Peso) –
0,068.(Idade) + 14,595
Segal et al. (1988)
HOMENS
20 a 40 anos MLG = 0,485.(Estatura2/Resistência) + 0,338.(Peso) + 5,49 Lohman (1992)
17 a 62 anos
MLG = 0,0013.(Estatura)2 - 0,044.(Resistência) + 0,305.(Peso) –
0,168.(Idade) + 22,668
Segal et al. (1988)
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS - BIOIMPEDÂNCIA
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS - BIOIMPEDÂNCIA
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – BIOIMPEDÂNCIA
(validade)
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – BIOIMPEDÂNCIA
(confiabilidade)
“50 artigos foram incluídos na revisão. As
diferenças médias provenientes de teste-reteste
variaram de 7,5% a 13,4%, indicando um
erro de medição considerável. A revisão
sistemática sugere que a Bioimpedância
elétrica é um método prático para estimar %G
em crianças e adolescentes. No entanto, a
validade e o erro de medição não são
satisfatórios.”
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – BIOIMPEDÂNCIA
(PRECAUÇÕES METODOLÓGICAS PARA MELHORAR A CONFIABILIDADE)
• EF: Não realizar nas 24h que precedem o teste;
• Ciclo menstrual: Não estar no período menstrual;
• Alimentação: em jejum ou pelo menos 4h sem comer e beber;
• Bebidas: Não ingerir diuréticos (chá, café) nos últimos 7 dias; Não beber álcool 48h antes do teste;
•Bexiga e intestinos vazios – 30 min antes;
•Durante o teste retirar todos os metais (pulseiras, fios, brincos, etc.);
•Temperatura ambiente +/-23º
• Repouso: 5 a 10 min
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – BIOIMPEDÂNCIA
Assuma que um indivíduo do sexo masculino realizou com você o exame de bioimpedância, e que este indivíduo
tenha 1) 43 anos de idade; 2) um peso corporal de 78,8 kg; 3) uma estatura de 175,8 cm; e que 4) por intermédio do
ohmímetro, registra-se a resistência à condução da corrente elétrica nos tecidos de 412,7 ohms. Qual é o percentual
de gordura corporal desse avaliado?
Exercício rápido
MLG = 0,0013.(Estatura)2 - 0,044.(Resistência) + 0,305.(Peso) – 0,168.(Idade) + 22,668
MLG = 0,0013.(175,8 cm)2 - 0,044.(412,7 ohms) + 0,305.(78,8 kg) – 0,168.(43) + 22,668
MLG = 40,177 – 18,159 + 24,034 – 7,224 + 22,668
MLG = 61,5 kg
Peso corporal = MLG + Gordura (absoluta)
78,8 kg = 61,6 kg + Gordura (absoluta)
Gordura (absoluta) = 17,3 kg
78,8 kg -------------- 100%
17,3 kg -------------- X
X = 21,95%
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
DOBRAS CUTÂNEAS
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
Dobras Cutâneas
•Base : Medição indireta da espessura do tecido adiposo
subcutâneo.
Pressupostos:
•Dobra cutânea é uma boa medida da gordura subcutânea;
•Distribuição de gordura subcutânea e interna é igual para todos;
•A soma de dobras pode ser utilizada para estimar a densidade
corporal, e assim, a gordura total.
Equação de Siri (1962):
%G = 4,95 - 4,50
Densidade
) [ ]
Varia de acordo com o sexo e a etnia do avaliado!
(
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
Procedimentos e cuidados para coletar as medidas das Dobras Cutâneas
(Harrison et al., 1988; Petroski 1999)
1) Medidas do lado direito do corpo;
2) Identificar, medir e marcar o local (lápis) da dobra cutânea;
3) Usar o polegar e o indicador da mão esquerda (PINÇA);
4) A dobra é destacada 1 a 2 cm acima do local a ser medido;
5) Colocar as hastes do adipômetro perpendiculares à dobra 1 a 2 cm abaixo do polegar e do indicador, e soltar lentamente;
6) O posicionamento das hastes devem estar em uma linha perpendicular ao eixo dobra;
6) Manter a dobra pressionada enquanto a medida é realizada;
7) Medir a dobra ~3 a 4 segundos após a pressão ter sido aplicada;
8) Afastar as hastes do adipômetro para removê-lo do local;
9) Fechar as hastes lentamente para prevenir danos ou perda de calibragem;
10) Realizar a medida de cada dobra em triplicata de forma não consecutiva;
11) Usar a média das triplicatas;
12) Diferença aceitável entre as triplicatas: 5-7%.
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
• 9 dobras cutâneas:
- Bíceps;
- Tríceps;
- Peitoral;
- Axilar média – Sub axilar;
- Abdominal;
- Suprailíaca;
- Subescapular;
- Coxa;
- Perna;
Depende da fórmula
Diferentes dobras
Somatória de dobras
Cálculos específicos à população
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
Dobras cutâneas: BÍCEPS (BI)
Parte anterior do braço;
Ponto médio entre fossa antecubital e acrômio
(nível do mamilo).
VERTICAL
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
Dobras cutâneas: TRÍCEPS (TR)
Parte posterior do braço;
Ponto médio entre o acrômio e o olécrano.
VERTICAL
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
Dobras cutâneas: PEITORAL (PE)
(Masculino) (Feminino)
Ponto médio entre a linha
axilar anterior e o mamilo.
Primeiro terço entre a linha
axilar anterior e a mama.
OBLÍQUA
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
Dobras cutâneas: AXILAR MÉDIA (AM) ou SUB AXILAR (SA)
Ponto de intersecção entre a linha axilar média e uma
linha imaginária transversal na altura do apêndice
xifóide do esterno.
OBS: Braço do avaliado deslocado para frente ou trás
OBLÍQUA
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
Dobras cutâneas: ABDOMINAL (AB)
Medida a ~2 cm à direita da cicatriz umbilical
VERTICAL
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
Dobras cutâneas: SUPRAILÍACA (SI)
• Imediatamente acima da crista ilíaca, na altura da
linha axilar;
• Metade da distância entre o último arco costal e a
crista ilíaca, sobre a linha axilar média;
OBS: Braço para trás;
OBLÍQUA
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
Dobras cutâneas: SUBESCAPULAR (SE)
OBLÍQUA
Medida a 2 cm abaixo do ângulo inferior da
escápula.
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
Dobras cutâneas: COXA (CX)
Ponto médio entre a linha inguinal e a borda superior
da patela.
OBS: Membro inferior direito à frente, com uma
semiflexão do joelho, e manter o peso do corpo no
membro inferior esquerdo.
VERTICAL
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
Dobras cutâneas: PERNA (PE)
VERTICAL
Joelhos em 90º de flexão, tornozelo em posição
anatômica e o pé sem apoio. A medida deve ser
feita na altura da maior circunferência da perna.
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
(Equações de conversão das dobras cutâneas em densidade corporal)
Jackson & Pollock (1978) – EUA - (H: 18-61 anos) (M: 18-55 anos)
•7 dobras: Peitoral, axilar média, tríceps, subescapular, abdominal, suprailíaca e coxa
H; D = 1,11200000 - [(0,00043499 x S7) + (0,00000055 x(S7)²)] - (0,00028826 x ID)
M; D = 1,0970 - [(0,00046971x S7) + (0,00000056 x (S7)²)] - (0,00012828 x ID)
- PT = 14,3 mm
- AM = 15,4 mm
- TR = 16,1 mm
- SB = 18,8 mm
- SI = 22,6 mm
- AB = 24,5 mm
- CO = 21,4 mm
-
% G = 26,34
DENS = 1,0391705655
Fórmula de Siri (1961) (p/ homens caucasianos):
%G =[(4,95/DC) – 4,50] X 100
= 133,1 mm
*considere um avaliado de 18 anos, caucasiano, do sexo masculino.
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
(Equações de conversão das dobras cutâneas em densidade corporal)
Jackson & Pollock (1978-80) – EUA - (H: 18-61 anos) (M: 18-55 anos)
•3 dobras: Peitoral, abdominal e coxa
HOMENS
DC= 1,10938 – (0,0008267 x Somatório 3 dobras ) + [0,0000016 x (Somatório 3 dobras )²] –
(0,0002574 x Idade)
• 3 dobras: Tríceps, suprailíaca e coxa
MULHERES
DC= 1,0994921 – (0,0009929 x Somatório 3 dobras ) + [0,0000023 x (Somatório 3 dobras )²] –
(0,0001392 x Idade)
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
(Equações de conversão das dobras cutâneas em densidade corporal)
Durnin & Womersley (1974) – ESCÓCIA - (H: 17-72 anos) (M: 16-68 anos)
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
(Equações de conversão das dobras cutâneas em densidade corporal)
Petroski (1995) – características brasileiras – Rio Grande do Sul e Santa Catarina
H: 18 - 66 anos; M: 18-51 anos
HOMENS
4 dobras: subescapular, tríceps, suprailíaca e perna
D = 1,10726863 - 0,00081201 (S4) + 0,00000212 (S4) - 0,00041761 (ID)
MULHERES
4 dobras: axilar média, suprailíaca, coxa e perna
D = 1,19547130 - 0,07513507 * Log10 (S4) - 0,00041072 (ID)
Guedes (1994) - características brasileiras – Rio Grande do Sul (UFSM)
(H: 17-27 anos; M: 18-30 anos)
HOMENS
3 dobras: Tríceps, suprailíaca e abdominal
DENS = 1,17136 - 0,06706 log (S3)
MULHERES
3 dobras: Subescapular, suprailíaca e coxa
DENS = 1,16650 - 0,07063 log (S3)
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
(Equações de conversão das dobras cutâneas em densidade corporal)
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
(validade)
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
(reprodutibilidade)
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
(diferenças entre os adipômetros e fórmulas de predição de %
gordura)
EXISTE UM MÉTODO DUPLAMENTE INDIRETO QUE SEJA
MAIS ACURADO?
• Não existe um método único que seja 'melhor'; o clínico, avaliador ou pesquisador deve
ponderar as considerações práticas de suas necessidades de avaliação com as limitações dos
métodos. Wagner & Hayward, 1999
Jackson & Pollock (1978) – EUA - (H:18-61 anos) (M:18-55 anos)
•7 dobras: Peitoral, axilar média, tríceps, subescapular, abdominal, suprailíaca e coxa
H; D = 1,1120 – {[0,00043499 x S7] + [0,00000055 x(S7)²]} - (0,00028826 x ID)
M; D = 1,0970 – {[0,00046971 x S7] + [0,00000056 x (S7)²]} - (0,00012828 x ID)
- MULHER, 23 anos,
Caucasiana
- PT = 14,3 mm
- AM = 15,4 mm
- TR = 16,1 mm
- SB = 18,8 mm
- SI = 22,6 mm
- AB = 24,5 mm
- CO = 21,4 mm
- = 133,1 mm % G = 33,4
DENS = 1,0216104174
Fórmula de Siri (1961):
%G =[(501/DC) – 457]
D = 1,0970 – {[0,00046971.133,1] + [0,00000056.(133,1)2 ]} – (0,00012828.23)
D = 1,0970 – {0,062518401 + 0,0099207416} – 0,00295044
D = 1,0970 – 0,0724391426 – 0,00295044
D = 1,0970 – 0,0753895826
Fórmula de Siri (1961):
%G =[(501/1,02161) – 457]
Fórmula de Siri (1961):
%G =[490,40 – 457]
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS – DOBRAS CUTÂNEAS
*considere uma avaliada de 23 anos, caucasiana, do sexo feminino. A partir das dobras fornecidas, calcule o %G dela!
ANTROPOMETRIA
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS - ANTROPOMETRIA
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS - ANTROPOMETRIA
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS - ANTROPOMETRIA
Equações de estimativa do percentual de gordura através de circunferências corporais
(Protocolo de McArdle, Katch e Katch, 1973)
Legenda:
CA: circunferência abdominal em cm; CX: circunferência da coxa direita em cm;
AT: circunferência do antebraço direito em cm; PN: circunferência da perna direita em cm;
BR: circunferência do braço direito relaxado em cm; CQ: circunferência do quadril em cm
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS - ANTROPOMETRIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE OS MÉTODOS DUPLAMENTE
INDIRETOS / DE CAMPO
Métodos de Campo:
• Fácil aplicabilidade clínica;
• Fácil aplicabilidade em grandes populações.
• Diferentes fontes de erro = Baixa precisão;
• Confiabilidade e reprodutibilidade susceptíveis a variações;
• Podem ser executados em ampla gama de espaços
(atentando ao possível constrangimento do avaliado);
• Não requerem equipamentos sofisticados;
• Não requerem um avaliador especializado;
• Baixo custo;
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