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NÃO ESCREVA NO LIVROAprimorando o conhecimento 1. (UFG-GO 2014) Analise as imagens a seguir. Professor, no Manual você encontra orientações sobre estas atividades. As pinturas se relacionam a distintas concepções de poder, uma absolutista e outra republicana, ex- pressas nas figuras 1 e 2 ao: Figura 1 Figura 2 a) destacar a cruz no alto da coroa, reforçando a submissão do Estado ao poder religioso. relacionar o modelo de feminilidade à laicização do Estado, projetando novos costumes. b) explorar os símbolos monárquicos, caracterizando uma estética barroca. recorrer à saturação ornamental por meio dos símbolos, apoiando-se na estética neoclássica. c) associar a figura feminina à autoridade, instituindo a rainha como mãe do Estado-nação. utilizar a personagem feminina como representação da liberdade, expondo a emancipação das mulheres. d) ostentar as joias da Coroa, expressando a ascensão econômica da aristocracia feudal. eleger um vestuário modesto, estabelecendo correspondência entre República e simplicidade popular. e) fundir a figura do governante ao Estado, consagrando o poder do soberano. personificar o regime político em uma figura anônima, afirmando os princípios da soberania popular. 2. (UFRGS-RS 2020) Considere o texto a seguir. Digo, sem fazer maiores declarações, que, se a Razão oferece sua sóbria luz, se as mulheres são realmente capazes de agir como criaturas ra- cionais, que não sejam tratadas como escravas, nem como animais que, submetidos ao homem, dependem de sua razão; mas, ao contrário, cul- tivem sua mente, deem a elas o limite sublime e salutar dos princípios e deixem que alcancem a dignidade consciente, sentindo elas próprias que dependem apenas de Deus. Ensinem-nas, como aos homens, a se submeter à necessidade, em vez de atribuírem a um sexo a moral para torná-las mais agradáveis. WOLLSTONECRAFT, Mary. Reivindicação dos Direitos da Mulher. São Paulo: Boitempo, 2016, p. 57. O texto, escrito pela filósofa inglesa Mary Woll- stonecraft, no século XVIII, expressa ideais do: a) absolutismo. b) iluminismo. c) socialismo. d) romantismo. e) darwinismo. 3. (UFPR 2020) Leia o trecho abaixo: Se considerarmos as Cartas Inglesas como um primeiro ensaio de Voltaire como historiador na perspectiva do Ensaio sobre os costumes, que ele escreverá mais tarde, ou seja, como a tentativa de apreender o que era na época “o espírito do povo inglês”, veremos que ele privilegia, em sua aná- lise, a religião, o governo, o comércio a ciência e a filosofia, e as artes. No Ensaio, nos capítulos dedicados à Inglaterra, o tratamento dado é mais ou menos da mesma natureza. Podemos nos per- guntar por que a questão das religiões ocupa um lugar tão amplo nas análises de Voltaire sobre a Inglaterra. Certamente, isso não se dá por causa de um interesse no conteúdo das diversas doutri- nas, mas por influência da religião nos costumes, nas maneiras de dirigir a sociedade, nas relações sociais e mesmo políticas. SOUZA, Maria das Graças de. Voltaire: História e Civilização. In: Ilustração e história: o pensamento sobre a história no Iluminismo francês. São Paulo: Fapesp – Discurso editorial, 2001. p. 97. A partir dos conhecimentos sobre História Moderna: a) Cite três características da corrente de pensa- mento da qual Voltaire faz parte. b) Indique duas semelhanças e duas diferenças en- tre a Revolução Inglesa e a Revolução Francesa. R e p ro d u ç ã o /U F G , 2 0 1 4 . R e p ro d u ç ã o /U F G , 2 0 1 4 . 83 V1_Cie_HUM_Igor_g21Sc_Cap3_064-087.indd 83V1_Cie_HUM_Igor_g21Sc_Cap3_064-087.indd 83 26/09/2020 12:3126/09/2020 12:31 Iluminismo e escravidão PARTE 2 IMERSÃO Este projeto pode ser desenvolvido em conjunto pelos professores de Filoso�a, de Geogra�a, de História e de Sociologia, com a colaboração do professor de Língua Portuguesa. Le code noir [O código negro], gravura de Moreau le Jeune (1741-1814), século XVIII. Coleção particular. A obra ilustra um escravizado que segura o Código Negro, um conjunto de leis assinadas pelo rei Luís XIV em 1685 que prescrevia o tratamento dado aos escravizados nas colônias francesas, definidos no documento como propriedade, não como pessoas. Foi durante a experiência bem-sucedida das revo- luções liberais que a escravidão conheceu o seu má- ximo desenvolvimento. Segundo o filósofo italiano Domenico Losurdo (1941-2018): [...] a escravidão na sua forma mais radical triun- fa nos séculos de ouro do liberalismo e no coração do mundo liberal. Quem reconhece isso é James Ma- dison, proprietário de escravos e liberal [...], o qual observa que ‘o domínio mais opressor jamais exerci- do pelo homem sobre o homem’, o domínio fundado sobre a ‘mera distinção de cor’, se impõe ‘no período de tempo mais iluminado’. LOSURDO, Domenico. Contra-história do liberalismo. São Paulo: Editora Ideias e Letras, 2006. p. 49. A escravidão e o tráfico de escravizados conviveram no mesmo espaço e tempo com as ideias e os princípios iluministas, defendidos por autores europeus, brancos e que, em geral, não viam absolutamente nenhuma con- tradição na coexistência entre os valores de liberdade e igualdade, que defendiam, e a prática da escravidão, considerada uma instituição natural. Instituição cuja ideologia reiterava que os escravizados seriam pessoas de uma natureza diversa daquela de seus senhores. Esse processo contraditório entre princípios de liberdade in- dividual e normalização da mercantilização de pessoas pode ser entendido como um dos produtos do movi- mento liberal, que tinha no direito irrestrito à proprie- dade privada uma de suas bases. Questão mobilizadora Neste projeto, você vai refletir a respeito das se- guintes questões: As revoluções burguesas pautaram- -se pela ideia de liberdade individual, mas conviveram, contudo, com a escravidão. Que contradições existem nesse processo? Atualmente, como se expressam a liberdade e os direitos de minorias e populações historicamente excluídas? Metodologia A proposta do projeto é possibilitar que vocês elaborem respostas argumentativas à questão mobi- lizadora, partindo da leitura atenta e análise de ex- certos de dois autores (John Locke e Jean Bodin), que tratam de questões ligadas à escravidão e às ideias de liberdade e de igualdade. Para realizar este projeto, empregaremos a me- todologia de análise documental, que consiste na consulta e leitura de fontes primárias sobre um tema que se deseja investigar, isto é, o foco da análise não é entender o que estudiosos falaram sobre determina- do tema ou objeto de estudo, mas analisar esse tema de estudo em si mesmo e elaborar uma interpretação própria a seu respeito. Vocês farão uma análise do discurso veiculado por esses excertos, ou seja, um R e p ro d u ç ã o /C o le ç ã o p a rt ic u la r 84 V1_Cie_HUM_Igor_g21Sc_Cap3_064-087.indd 84V1_Cie_HUM_Igor_g21Sc_Cap3_064-087.indd 84 26/09/2020 12:3126/09/2020 12:31