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perfumaria. Especiaria se associa também à idéia de produto raro, utilizado em pequenas
quantidades. Houve produtos, como o açúcar, que foram especiarias mas, com a introdução de
seu consumo em massa, deixaram de ser. São condimentos, entre outros, a noz-moscada, o
gengibre, a canela, o cravo e, naqueles tempos, sobretudo a pimenta, a ponto de se usar a
expressão "caro como pimenta".
Duração aproximada das viagens marítimas, a partir de
Salvador, nos séculos XVII e XVIII.
O alto valor das especiarias se explica pelos limites das técnicas de conservação existentes
na época e também por hábitos alimentares. A Europa Ocidental da Idade Média foi "uma
civilização carnívora". Grandes quantidades de gado eram abatidas no início do verão, quando
as forragens acabavam no campo. A carne era armazenada e precariamente conservada pelo
sal, pela defumação ou simplesmente pelo sol. Esses processos, usados também para
conservar o peixe, deixavam os alimentos intragáveis, e a pimenta servia para disfarçar o que
tinham de desagradável. Os condimentos representavam também um gosto alimentar da
época, como o café, que bem mais tarde passou a ser consumido em grande escala em todo o
mundo. Havia mesmo uma espécie de hierarquia no seu consumo: na base, os de cheiro acre,
como o alho e a cebola; no alto, os condimentos mais finos, com odores aromáticos, suaves,
lembrando o perfume das flores.
Ouro e especiarias foram assim bens sempre muito procurados nos séculos XV e XVI, mas
havia outros, como o peixe, a madeira, os corantes, as drogas medicinais e, pouco a pouco, um
instrumento dotado de voz - os escravos africanos.

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