Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

REVISÃO
Tema: 
RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO DE TERCEIRO
R E S P O N S A B I L I D A D E C I V I L
INÍCIO DA AV2
RESPONSABILIDADE CIVIL 
POR ATO PRÓPRIO
• Primordialmente: Ação ou omissão própria; 
• Gera a infração de um dever, que pode ser 
legal, contratual e social. 
Art. 186, CC. "Aquele que, por ação ou omissão voluntária, 
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, 
ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito."
FATO VOLUNTÁRIO: equivale a fato controlável ou 
dominável pela vontade do agente.
RESPONSABILIDADE CIVIL
POR ATO 
DE TERCEIRO
• Em princípio: responsabilidade por 
fato próprio (art. 186, CC);
•Casos específicos: responsabilidade 
por fato de terceiro (art. 932, CC);
DA PRESUNÇÃO DE CULPA À 
RESPONSABILIDADE 
INDEPENDENTEMENTE DE CULPA
EVOLUÇÃO DO CÓDIGO CIVIL 2002
• Quando a responsabilidade alcance outra 
pessoa que não o causador direto do prejuízo, 
seja por propriedade de coisas ou animais, seja 
ligadas por uma relação jurídica, quando então é 
convocado a responder. 
• Também pode ser um concurso de agentes (art. 
942, segunda parte); 
DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DAS 
PESSOAS DESIGNADAS NO ART. 932, CC 
PROPRIEDADE
(coisas ou animais)
RELAÇÃO JURIDICA
(art. 932, CC)
CONCURSO DE 
AGENTES
Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou 
violação do direito de outrem ficam sujeitos à 
reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver 
mais de um autor, todos responderão 
solidariamente pela reparação. 
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis 
com os autores os co-autores e as pessoas 
designadas no art. 932. 
CÓDIGO CIVIL
“Ocorre a solidariedade não só no caso de 
haver uma pluralidade de agentes, como 
também entre as pessoas designadas no art. 
932 do CC. Em consequência disso, a vítima 
pode mover a ação contra qualquer um ou 
contra todos os devedores solidários” 
NAS PALAVRAS DE CAIO 
MÁRIO
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e 
em sua companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem 
nas mesmas condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e 
prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão 
dele;
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos 
onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos 
seus hóspedes, moradores e educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do 
crime, até a concorrente quantia.
CÓDIGO CIVIL
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do 
artigo antecedente, ainda que não haja culpa de 
sua parte, responderão pelos atos praticados pelos 
terceiros ali referidos.
TEORIA DO RISCO
EM COMPLEMENTAÇÃO...
ART, 933, CC:
• Independe de culpa (art. 933, CC);
• Capacidade de discernimento: doutrina divergente;
ORLANDO GOMES: defende a necessidade da capacidade de 
discernimento.
AFRÂNIO LIMA: os pais estão jungidos aos riscos causados pelos 
filhos.
A responsabilidade dos pais não é afastada quando inexiste 
imputabilidade moral em virtude ausência de discernimento.
 
Carlos Roberto Gonçalves: “Cabe ao magistrado apreciar o ato do 
menor que ocasionou o dano em face das circunstâncias objetivas, 
externas, para concluir se o ato incriminado foi normal, regular, 
coincidente com as regras do direito, ou não.”
RESPONSABILIDADE DOS PAIS
(inciso I)
• A responsabilidade paterna decorre do dever de 
guarda, o que se afigura ao menor sem discernimento, 
cabendo aos pais (ou guardiões) a obrigação de zelar e 
vigiar, inclusive de forma mais rigorosa enquanto 
desenvolvimento incompleto de inteligência e 
vontade. 
• Se provado que o ato do menor não violou nenhuma 
obrigação preexistente, é obvio que a ação deverá ser 
prontamente repelida. Sem violação à norma jurídica, 
sem dever de indenizar. 
• O simples afastamento do filho da casa paterna 
por si só, não elide a responsabilidade dos pais; 
(O pai não deixa de responder pelo filho menor, mesmo 
que este, com o seu consentimento, esteja em lugar 
distante). 
• Emancipação
- Se legal (advinda do casamento): os pais estão 
liberados;
- Se voluntária: não exonera. 
CAIO MARIO: “Um ato de vontade não elimina a 
responsabilidade que provém da lei.”
IMPORTANTE
• ENTENDIMENTOS DO STJ:
- Responde solidariamente pelo dano causado por 
menor a pessoa que tem como encarregada de sua 
guarda; (RE 76.876-MG)
- Quando menor é empregado ou preposto de outrem, a 
responsabilidade será do patrão. (RT, 554/148);
- Se o filho está internado em estabelecimento de 
ensino, vigora a responsabilidade do educandário, por 
força do art. 932, IV do CC. 
O pai responde pelos danos causados pelos filhos menores somente 
enquanto tiverem sob sua vigilância. Assim, se o menor, durante o horário 
de trabalho, apondera-se de veículo de terceiro que se encontrava para 
conserto e vem a colidí-lo contra poste de iluminação, causando prejuízos 
de elevada monta, cabe ao empregador a responsabilidade pela reparação.
IMPORTANTE
• A única hipótese em que poderá haver a 
responsabilidade solidária entre menor de 18 anos com 
seu pai é se tiver sido emancipado aos 16 anos. Fora 
isso, a responsabilidade será exclusivamente do pai. 
- ou exclusivamente do filho, se aquele não dispuser de meios 
suficientes para efetuar o pagamento e este o puder fazê-lo, sem 
privá-lo do necessário. (responsabilidade subsidiária e mitigada). 
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas 
por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não 
dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser 
eqüitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as 
pessoas que dele dependem.
É POSSÍVEL RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA 
ENTRE PAI E FILHO RELATIVAMENTE INCAPAZ? 
TUTELA: Menores (art. 1728, CC)
CURATELA: Incapaz maior (art. 1767e 1779, CC).
• A responsabilidade é idêntica a dos pais: 
respondem pelos pupilos e curatelados nas 
mesmas condições em que os pais respondem 
pelos filhos menores.
• Responsabilidade objetiva, independentemente 
de culpa (art. 933, CC). 
RESPONSABILIDADE DOS TUTORES E 
CURADORES (inciso II)
• O empregador responde pelos atos dos empregados 
praticados no exercício do trabalho que lhes 
competir;
• Condição hierárquica (subordinação);
• Compreende aquelas categorias que se 
caracterizam pelo vínculo de preposição; 
Vínculo de preposição há de quer entendido como “relação 
funcional”, sendo “preposto todo indivíduo que pratica atos 
materiais por conta e sob a direção de outra pessoa”. 
RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR 
(inciso III)
• Súmula 341, STF: culpa presumida do 
patrão sob ato de empregado.
- PREJUDICADA com o Código Civil de 2002;
- PRESUNÇÃO: responsabilidade e não culpa;
- O Novo Código Civil: consagrou a responsabilidade 
objetiva, independentemente de culpa (art. 933);
- Resta ao empregador somente a comprovação de que o
causador do dano não é seu empregado ou preposto, ou
que o dano não foi causado no exercício do trabalho que
lhe competia ou em razão dele. 
• Três requisitos, cuja prova incumbe ao lesado:
1ª Qualidade de empregado, serviçal ou preposto, do 
causador do dano (prove que o dano foi causado por 
preposto); 
2ª Conduta culposa (dolo ou culpa stricto sensu) do 
preposto; (AÇÃO)
3ª Que o ato lesivo tenha sido praticado no exercício da 
função que lhe competia ou em razão dela; 
É IMPORTANTE:
- O VÍNCULO HIERARQUICO DE SUBORDINAÇÃO;
- O EXAME DE NORMALIDADE DO TRABALHO (exercício das funções)
REQUISITOS PARA A CONFIGURAÇÃO DA 
RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR
• Art. 932, III, CC/2002
“o empregador ou comitente, por seus empregados, 
serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes 
competir, ou em razão dele;”
• Jurisprudência
TJMG, AP. 50.467.
“pouco importa saber se o acidente ocorreu, ou não, em 
horário de trabalho do motorista,se não negada sua 
condição de empregado e não demonstrado que o acesso a 
máquina não decorreu de outro fato senão o vínculo que 
mantinha com a demandada”. 
• Abrange os educadores e também os donos de 
hospedarias em geral;
• Instituição que acolhe ou interna pessoa com o fito 
de lucro;
• Abrange as escolas públicas, eis que o 
estabelecimento tem dever de vigilância confiado 
pelos pais; 
• Os pais são responsáveis pelos seus filhos, e no caso 
das instituições de ensino, há uma transferência 
temporária dessa responsabilidade; Em alguns 
casos, inexiste responsabilidade solidária dos pais e 
escola, como por ex: casos de bullying.
RESPONSABILIDADE DOS 
EDUCADORES (inciso IV)
• Os educadores são prestadores de serviço. O CDC 
já trazia a responsabilidade objetiva destes, 
reforçada com o novo CC; O art. 933 também prevê 
a responsabilidade objetiva dos donos de escolas.
• Dificilmente haverá responsabilidade solidária entre 
pais e escola em um sistema regido pelo CDC.
• A jurisprudência tem reconhecido a 
responsabilidade objetiva também dos 
estabelecimentos de ensino, inclusive nos casos de 
bullying.
• Ao receber o estudante em seu estabelecimento, 
o educador, seja particular ou público, assume o 
compromisso de velar pela preservação de sua 
integridade física, moral e psicológica, devendo 
empregar todos os meios necessários ao integral 
desempenho desse encargo jurídico, sob pena 
de responder civilmente pelos danos 
ocasionados aos alunos. 
• O dono do hotel é obrigado a uma vigilância permanente 
do comportamento de seus hóspedes, estabelecendo 
regulamentos em torno da atividade com os demais; 
• Disciplina na escolha dos hóspedes que admite;
• Prestador de serviço (CDC);
• Raramente vê-se essa responsabilização por dano a 
terceiro causado por hóspede. Mas pode ocorrer 
eventualmente atropelamento no pátio do hotel ou 
brigas no interior da hospedaria por exemplo; 
• Casos frequentes: furtos e roubos praticados por 
empregados (art. 649, CC).
RESPONSABILIDADE DOS 
HOTELEIROS (inciso IV)
• A hospedagem do hoteleiro só diz respeito aos bens que, 
habitualmente, costumam levar consigo os que viajam, como 
roupas e objetos de uso pessoal, não alcançando quantias 
vultuosas ou joias, exceto se proceder culposamente ou se o 
hospede fizer depósito voluntário com a administração da 
hospedaria. Isto porque se o hoteleiro se oferece à confiança do 
publico. 
• O hospedeiro deve manter a bagagem no estado em que a 
recebeu em seu estabelecimento; se esta se perder ou se 
deteriorar, será responsabilizado. 
• No caso de depósito necessário, poderá o hoteleiro ter excluída a 
responsabilidade, se provar que o prejuízo não poderia ser evitado 
(art. 650), por força maior, como no caso de roubo à mão armada 
ou violência semelhantes (art. 642) e culpa exclusiva do hospede; 
• É ineficaz o aviso fixado nos quartos de hotéis no 
sentido de que o estabelecimento não se 
responsabiliza por furtos de objetos deixados no 
apartamento, visto que a lei brasileira não faz 
distinção entre valores integrantes da bagagem do 
hospede, se de maior ou menor valor, se roupas 
ou se dinheiro. O simples aviso não tem o condão 
de postergar regra geral. (TJRJ).
• ART. 51, I CDC – são nulas clausulas contratuais que 
atenuem a responsabilidade do fornecedor de produtos e 
prestador de serviços. 
• “Embora a pessoa não tenha participado do 
delito, se recebeu o seu produto, deverá restituí-
lo, não obstante ser inocente, do ponto de vista 
penal.” Washington de Barros Monteiro.
• Se alguém participou nos produtos de um crime, 
está obrigado a devolver o produto dessa 
participação até a concorrente quantia.
RESPONSABILIDADE DOS QUE PARTICIPARAM DO 
PRODUTO DO CRIME (inciso V) 
REVISÃO
Tema: 
CASOS ESPECIAIS DE RESPONSABILIDADE
R E S P O N S A B I L I D A D E C I V I L
RESPONSABILIDADE CIVIL
➢RESP. CIVIL DO MÉDICO E CIRURGIÃO 
PLÁSTICO.
➢RESP. CIVIL DAS OPERADORAS DE PLANO 
DE SAUDE.
➢RESP. CIVIL DO ADVOGADO.
➢RESP. CIVIL PELA GUARDA DE ANIMAIS. 
RESPONSABILIDADE CIVIL
DO MÉDICO
RESPONSABILIDADE CIVIL
 DO MÉDICO
•Natureza Contratual
• Todavia, não tem culpa presumida;
•Responsabilidade Subjetiva
•Profissional liberal: deve comprovar 
que agiu com culpa.
RESPONSABILIDADE CIVIL
 DO MÉDICO
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
• CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
- Para os profissionais liberais a responsabilidade é 
subjetiva. (art. 14 §4º do CDC)
• CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA:
- Relação entre médico e paciente não é 
considerada relação de consumo. 
• Vantagem da concepção contratual é limitada:
- A não obtenção de cura não importa em 
inadimplência. 
• Trata-se de obrigação de “meio”, não obrigação 
“de resultado”. 
• Objeto do contrato médico: prestação de 
cuidados conscienciosos, atentos e, salvo 
circunstâncias excepcionais, de acordo com as 
aquisições da ciência. 
IMPORTANTE!!!
• Somente quando ficar provada qualquer 
modalidade de culpa: imprudência, negligência ou 
imperícia.
• Art. 951, CC.
O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de 
indenização devida por aquele que, no exercício de atividade 
profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a 
morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou 
inabilitá-lo para o trabalho.
• Art. 14, §4º do CDC
A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada 
mediante a verificação de culpa.
Mas quando o médico poderá 
ser responsabilizado?
• Embora a responsabilidade seja subjetiva, o 
serviço médico é considerado uma prestação 
de serviço e está sujeita a aplicabilidade da 
inversão do ônus da prova do CDC (art. 6º, 
VIII). 
• Comprovação de negligência e imperícia 
constitui ato técnico; 
• Hipossuficiência ligada ao conhecimento e 
não aos recursos financeiros.
IMPORTANTE
• Sim. Quando a relação deixa de ter pessoalidade. 
• A responsabilidade subjetiva aplica-se apenas a 
profissionais liberais, contratados pela vítima em 
função de vínculo pessoal e de confiança com o 
profissional; 
• Nos casos em que a contratação se dá por meio de
sociedade de profissionais liberais, em que inexiste
a relação de pessoalidade, aplica-se a
responsabilidade objetiva pela prestação de serviços
prevista no CDC.
É POSSÍVEL A RESPONSABILIDADE 
PASSAR A SER OBJETIVA?
• Não é culpável o erro profissional que advém de 
incerteza da arte médica, sendo ainda objeto de 
controvérsias científicas. (“A imperfeição da ciência é 
uma realidade” – Carlos Roberto Gonçalves). 
 
• O erro de diagnóstico consiste na determinação da 
doença do paciente e de suas causas não gera 
responsabilidade desde que dispensável em face do 
estado atual da ciência médica e não tenha lhe 
acarretado danos. 
 
• Lembrar do avanço médico-tecnológico e rigor na análise dos 
profissionais 
ERRO MÉDICO: ERRO 
PROFISSIONAL E DE DIAGNÓSTICO
• Assumem obrigação de resultado; 
• A maioria dos casos não envolvem doença, mas 
a correção de um defeito, problema estético; 
• Da cirurgia mal sucedida surge a obrigação
indenizatória pelo resultado não alcançado. 
• A indenização abrange, geralmente, todas as 
despesas efetuadas, danos morais em razão do 
prejuízo estético, bem como verba para 
tratamentos e novas cirurgias.
CIRURGIÕES PLÁSTICOS
RESPONSABILIDADE CIVIL
DAS OPERADORAS DE 
PLANOS DE SAÚDE
• Art. 1º, I: “Prestação continuada de serviços ou cobertura de custos 
assistenciais a preço pré ou pós estabelecido, por prazo indeterminado, 
com a finalidade de garantir, sem limite financeiro, a assistência à saúde, 
pela faculdade de acesso e atendimento por profissionais ou serviços de 
saúde, livremente escolhidos, integrantes ou não de rede credenciada, 
contratada ou referenciada, visando a assistência médica, hospitalar e 
odontológica, a ser paga integral ou parcialmente às expensas da 
operadora contratada, mediante reembolso ou pagamento direto ao 
prestador, por conta e ordem do consumidor.” 
 
• Dispõe, ainda, a Lei no inciso II do artigo 1º, o conceitode operadora de 
plano de saúde como sendo: “Pessoa jurídica constituída sob a 
modalidade de sociedade civil ou comercial, cooperativa, ou entidade de 
autogestão, que opere produto, serviço ou contrato de que trata o inciso 
I deste artigo.”
PLANOS DE SAÚDE
CONCEITO SEGUNDO A LEI 9.656/98
• A empresa locadora direta de serviços médico-
hospitalares, credenciando médicos, compartilha da 
responsabilidade civil dos profissionais e hospitais que 
seleciona. (TJSP, Ap. 67.929.4-SP j. 16.3.1999). 
 
• São contratos de adesão e, na sua grande maioria, possui 
cláusulas que conflitam com o princípio da boa-fé e, 
principalmente com o CDC, como por ex. cláusulas que 
limitam tempo de internação (súmula 302, STJ).
 
Súmula 302: “É abusiva a cláusula contratual de plano de 
saúde que limita no tempo a internação hospitalar do 
segurado”
PLANOS DE SAUDE
• Planos de modalidade autogestão (Lei. 9.656/98).
- O STJ decidiu que essa modalidade não são considerados 
comerciais por serem próprios de empresas, sindicatos,
portanto restritos e sem visar lucro, não devendo ser aplicado 
o CDC (Súmula 608, STJ). 
▪ Súmula 469 (cancelada): Aplica-se o Código de Defesa do 
Consumidor aos contratos de plano de saúde. 
▪ Súmula 608: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos 
contratos de plano de saúde, salvo os administrados por entidades 
de autogestão. 
▪ Súmula 609: A recusa de cobertura securitária, sob a alegação de 
doença preexistente, é ilícita se não houve a exigência de exames 
médicos prévios à contratação ou a demonstração de má-fé do 
segurado.
IMPORTANTE – 
SUMULAS STJ 608 E 609 (16/04/2018)
RESPONSABILIDADE CIVIL
DO ADVOGADO
RESPONSABILIDADE CIVIL 
DO ADVOGADO
◾Lei 8906/94 – Estatuto da Advocacia
- Art. 32. dolo ou culpa
- Art. 33. normas éticas
• Código Civil
Art. 186 – Responsabilidade subjetiva. (mediante 
comprovação).
As responsabilidades do advogado são 
apuradas mediante comprovação de culpa ou 
dolo.
HÁ RESPONSABILIDADE CIVIL E A 
ADMINISTRATIVA
RESPONSABILIDADE CIVIL 
DO ADVOGADO
◾Natureza Contratual
• Mandato judicial impõe a
 responsabilidade de natureza contratual 
perante seus clientes;
◾Se assemelha à responsabilidade do médico: 
não assume a obrigação de sair vitorioso da 
causa;
- Obrigação de MEIO, e não de RESULTADO.
◾Responsabilidade Subjetiva
◾Profissional liberal: deve comprovar que agiu 
com culpa – Art. 14 §4º, CDC.
RESPONSABILIDADE CIVIL 
DO ADVOGADO NO CDC
• São válidos os mesmos comentários feitos a 
respeito da responsabilidade civil dos médicos e 
profissionais liberais, ou seja:
RESPONSABILIDADE PESSOAL será apurada
mediante verificação de culpa (art. 14 §4º CDC).
• Sociedade de advogados: pessoas jurídicas,
incide a responsabilidade na forma objetiva. 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
DO ADVOGADO
RESPONSABILIDADE PELA PERDA DE UMA CHANCE
◾Difícil comprovação;
◾Perda real e efetiva;
• O cliente não perde uma causa certa; Perde um 
jogo sem que lhe permitisse disputá-lo. E essa 
incerteza cria um fato danoso.
◾EXEMPLO
- Perda de prazo;
- Falta de entrega de documento;
PERDA DE UMA CHANCE
• Na ação de responsabilidade ajuizada pelo próprio 
profissional do direito, o juiz deverá, em caso de 
reconhecer que realmente ocorreu a perda dessa 
chance, criar um segundo raciocínio dentro da sentença 
condenatória, ou seja, verificar a probabilidade ou o 
grau de perspectiva favorável dessa chance.
◾O único parâmetro confiável para o arbitramento da 
indenização por perda de uma chance, continua sendo a 
prudência do juiz.
◾Pablo Stolze aduz que é inevitável a ocorrência de 
situações em que a lesão ao patrimônio jurídico do 
cliente tenha ocorrido por uma conduta omissiva do 
profissional.
RESPONSABILIDADE CIVIL
PELA GUARDA DE 
ANIMAIS
RESPONSABILIDADE CIVIL 
PELA GUARDA DE ANIMAIS
• Art. 936. O dono, ou detentor, do animal 
ressarcirá o dano por este causado, se não
provar culpa da vítima ou força maior.
- A responsabilidade do dono do animal é objetiva.
- Basta que a vítima prove o dano e a relação de 
causalidade (importantíssimo).
- A presunção dessa responsabilidade admite prova em 
contrário (juris tantum).
- O dono do animal pode se exonerar da responsabilidade
provando uma das excludentes: culpa da vítima ou força
maior. 
REVISÃO
Tema: 
LIQUIDAÇÃO DO DANO E 
GARANTIA DAS OBRIGAÇÕES
R E S P O N S A B I L I D A D E C I V I L
• O GRAU DE CULPA E SUA INFLUÊNCIA NA FIXAÇÃO DA 
INDENIZAÇÃO
Objetivo: recolocar a vítima na situação anterior.
- Deve abranger todo o prejuízo sofrido efetivamente e 
também os lucros cessantes;
- O grau de culpa do agente não tem influência na apuração
do montante dos prejuízos. Se houve culpa (grave, leve ou
levíssima), todo dano provocado deve ser indenizado.
- Na fixação do quantum da indenização não se leva em conta 
o grau de culpa do ofensor.
“A culpa, por mais leve que seja, obriga a indenizar”
PRINCÍPIOS GERAIS
DECISÃO POR EQUIDADE
• O juiz não pode julgar por equidade, com exceção dos 
casos expressamente previstos. Ex: art. 413,CC.
• Se a lei NÃO dispõe expressamente que a culpa ou o 
dolo podem influir na estimativa das perdas e danos,
o juiz estará adstrito à regra que manda apurar todo o
prejuízo sofrido pela vítima, em toda sua extensão,
independentemente do grau de culpa do agente. E, 
ainda que o resultado se mostre injusto, não estará 
autorizado a decidir por equidade.
• O CC/2002 manteve o entendimento doutrinário
sobre o grau de culpa e inovou ao acrescentar o
parágrafo único ao art. 944. 
LEGISLAÇÃO
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do 
dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção
entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz
reduzir, eqüitativamente, a indenização.
--
Inovando, o CC/02 buscou afastar a injustiça trazida pela regra e 
amplamente discutida pela doutrina, ao inserir o parágrafo único, que 
autoriza o juiz fixar a indenização levando em conta, SE NECESSÁRIO, 
a situação econômica do ofensor, o grau de culpa, a existência ou 
não de seguro e outras circunstâncias. 
CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA
• Se o evento danoso acontece por culpa exclusiva da 
vítima, desaparece a responsabilidade do agente. 
• A culpa exclusiva da vítima afasta a indenização pois 
deixa de existir a relação de causa e efeito entre o 
seu ato e o prejuízo experimentado pela vítima.
O causador do dano não passa de um “mero 
instrumento” do acidente. 
CULPA CONCORRENTE
• Algumas vezes a culpa da vítima é apenas parcial ou 
concorrente com a do agente causador do dano.
• Autor e vítima contribuem ao mesmo tempo para a 
produção de um mesmo fato danoso. 
• Art. 945, CC: Se a vítima tiver concorrido culposamente 
para o evento danoso, a sua indenização será fixada
tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em 
confronto com a do autor do dano.
LIQUIDAÇÃO POR 
ARBITRAMENTO
• Apuração do quantum da indenização; 
• Há casos que a indenização já vem estipulada em contrato; 
 Ex: cláusula penal compensatória (art. 408 a 416, CC)
• REPARAÇÃO X LIQUIDAÇÃO
- Reparação: busca saber qual a extensão e proporção do dano;
- Liquidação: busca fixar concretamente o montante dos
elementos apurados naquela primeira fase. 
• ART. 946, CC. Se a obrigação for indeterminada, e não houver na 
lei ou no contrato disposição fixando a indenização devida pelo 
inadimplente, apurar-se-á o valor das perdas e danos na forma 
que a lei processual determinar.
LIQUIDAÇÃO POR 
ARBITRAMENTO
• Realizada por um perito nomeado pelo Juiz;
• A apuração do quantum depende exclusivamente da 
avaliação de uma coisa, um serviço ou prejuízo, a ser
feita por quem tenha conhecimento técnico. 
• Não cabe prova oral. Eventual prova documental só 
poderá ser produzida se disser respeito, 
exclusivamente, à avaliação.
• O arbitramento será admitido sempre que a
sentença ou convenção das partes o determinar, ou
quando a natureza do objeto da liquidação o exigir. 
Liquidação pelo procedimento 
comum
• Quando houver necessidade de alegar e provar fatonovo
para apurar o valor da condenação. 
• Fatos novos devem vir articulados na petição inicial com 
absoluta clareza, pois constitui verdadeira causa de pedir na 
espécie de liquidação.
• Atenção: não se admite rediscussão da lide. Apenas e tão 
somente a respeito do quantum.
• Todos os meios de prova são admitidos, inclusive a pericial. 
Ex: na execução, no cível, de sentença penal condenatória do autor da morte 
de chefe de família, em razão de ônus imposto aos seus dependentes 
(esposa, filhos menores) de provar os ganhos mensais do falecido, que lhes 
servirão de base para fixação do quantum da pensão mensal que lhes é 
devida. 
MODOS DE REPARAÇÃO DO 
DANO
• REPARAÇÃO ESPECÍFICA
Reparação integral do dano causado à vítima, retornando ao statu
quo ante. 
- Entrega da própria coisa ou objeto da mesma espécie em 
substituição àquele que se deteriorou ou pereceu, de modo a 
restaurar a situação alterada pelo dano. 
Ex: Dano ambiental, dano material.
• REPARAÇÃO POR EQUIVALENTE 
Compensação em forma de pagamento de uma indenização
monetária diante da impossibilidade de devolver à vítima ao estado
que se encontrava anteriormente. – art. 947, CC.
Ex: Dano moral, reparação econômica à família da vitima de 
homicídio. 
• Art. 947, CC. Se o devedor não puder cumprir a 
prestação na espécie ajustada, substituir-se-á pelo seu 
valor, em moeda corrente.
“A idéia de tornar indene a vítima se confunde com o anseio de 
devolvê-la ao estado em que se encontrava antes do ato ilícito. 
Todavia, em numerosíssimos casos é impossível obter-se tal 
resultado, porque do acidente resultou consequência 
irremovível. Nessa hipótese, há que se recorrer a uma situação 
postiça, representada pelo pagamento de uma indenização em 
dinheiro. É um remédio nem sempre ideal, mas o único de que 
se pode lançar mão”. RODRIGUES, SILVIO. 
LEGISLAÇÃO
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização 
consiste, sem excluir outras reparações:
I - no pagamento das despesas com o tratamento da 
vítima, seu funeral e o luto da família;
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o 
morto os devia, levando-se em conta a duração 
provável da vida da vítima.
INDENIZAÇÃO EM CASO DE 
HOMICÍDIO
• “Sem excluir outras reparações”: devem ser 
indenizados todos os prejuízos que o cônjuge 
e descendente provarem ter sofrido. 
• “Luto da família”: refere-se à dor moral. 
Profundo sentimento de tristeza. 
Conforme a Jurisprudência, computam-se nas 
despesas de funeral as verbas com construção 
de jazigo perpétuo.
• A compensação do dano decorrente de homicídio na 
reparação de ordem material não abrange somente a morte 
do chefe de família, mas também filhos menores e esposa, 
ainda que não trabalhem e contribuam com as despesas do 
lar. 
• Súmula 491, STF: É indenizável o acidente que cause a 
morte de filho menor, ainda que não exerça trabalho 
remunerado.
• Para cálculos de pensão decorrente de morte do chefe de 
família, a expectativa de vida do Brasileiro, para a 
jurisprudência, é de aproximadamente 70 anos.
IMPORTANTE
INDENIZAÇÃO EM CASO DE 
LESÃO CORPORAL
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o 
ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da 
convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver 
sofrido.
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer 
o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a 
indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da 
convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para 
que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.
Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização 
seja arbitrada e paga de uma só vez.
Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de 
indenização devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por 
negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-
lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho.
REVISÃO
Tema: 
EXCLUDENTES DE ILICITUDE
R E S P O N S A B I L I D A D E C I V I L
ESTADO DE NECESSIDADE
• No direito brasileiro, a figura do chamado “estado de 
necessidade” é delineada pelas disposições dos arts. 
188, II, 929 e 930 do Código Civil.
• É o estado de necessidade no âmbito civil. 
Entretanto, embora a lei declare que o ato praticado 
em estado de necessidade não é ato ilícito, nem por 
isso libera quem o pratica de reparar o prejuízo que 
causou.
CODIGO CIVIL
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
(...)
II – a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a 
pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente 
quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não 
excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II 
do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à
indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por
culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva
para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa 
de quem se causou o dano (art. 188, inciso I).
ESTADO DE NECESSIDADE
NÃO AFASTA O DEVER DE INDENIZAR
AÇÃO REGRESSIVA
IMPORTANTE!
• Não é porque se afasta a ilicitude do ato que se afastará 
o dever de indenizar. Atentar aos casos concretos.
• No âmbito da responsabilidade civil, a prática de conduta
em estado de necessidade é considerada como lícita,
porém não afasta do dever de indenizar.
• O estado de necessidade não afasta a responsabilidade 
civil do agente, quando o dono da coisa atingida ou a 
pessoa lesada pelo evento danoso não for culpado pela 
situação de perigo (art. 930 do CC/2002).
• Quando a situação se der em razão de culpa de terceiro, 
a este pode-se acionar com Ação Regressiva para 
responder pelos danos.
LEGÍTIMA DEFESA, EXERCICIO REGULAR DE 
DIREITO E ESTRITO CUMPRIMENTOO DO 
DEVER LEGAL.
I. LEGITIMA DEFESA
• Embora quem pratique o ato danoso em estado de 
necessidade seja obrigado a reparar o dano causado, o 
mesmo não acontece com aquele que o pratica em legítima 
defesa, no exercício regular de um direito e no estrito 
cumprimento do dever legal.
• Se o ato foi praticado contra o próprio agressor, e em legítima 
defesa, não pode o agente ser responsabilizado civilmente 
pelos danos provocados. Entretanto, se por engano ou erro 
de pontaria, terceira pessoa foi atingida (ou alguma coisa de 
valor), neste caso deve o agente reparar o dano. Mas terá 
ação regressiva contra o agressor, para se ressarcir da 
importância desembolsada.
CODIGO CIVIL
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I. os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um 
direito reconhecido;
(...)
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por
culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva
para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa
de quem se causou o dano (art. 188, inciso I).
LEGÍTIMA DEFESA
AÇÃO REGRESSIVA
IMPORTANTE
• Somente a legítima defesa real, e praticada
contra o agressor, impede a ação de
ressarcimento de danos. Se o agente, por erro de 
pontaria (aberratio ictus), como dissemos, atingir 
um terceiro, ficará obrigado a indenizar os danos 
a este causados. E terá ação regressiva contra o 
injusto ofensor.
• A legítima defesa putativa também não exime o 
réu de indenizar o dano, pois somente exclui a 
culpabilidade e não a antijuridicidade do ato
SOMENTE AFASTA O DEVER DE INDENIZAR SE FOR CONTRA O 
LEGÍTIMO AGRESSOR
O AGENTE AGE DE FORMA VIOLENTE COM BASE NA FALSA PERCEPÇÃO DA REALIDADE.
II. ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL
• Nos casosde estrito cumprimento do dever legal, em que 
o agente é exonerado da responsabilidade pelos danos 
causados, a vítima, muitas vezes, consegue obter o 
ressarcimento do Estado, já que, nos termos do art. 37, § 
6º, da Constituição Federal, “as pessoas jurídicas de direito 
público responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros”. 
• E o Estado não terá ação regressiva contra o funcionário 
responsável (só cabível nos casos de culpa ou dolo), 
porque ele estará amparado pela excludente do estrito 
cumprimento do dever legal.
IMPORTANTE
• Em regra, pois, todo ato ilícito é indenizável. A restrição a essa regra 
geral está consagrada no art. 188, I e II, do Código Civil, que excepciona
os praticados em legítima defesa, no exercício regular de um direito
reconhecido e a deterioração ou destruição da coisa alheia, a fim de
remover perigo iminente.
• Os arts. 929 e 930 designam casos em que, embora o agente tenha 
atuado sob o amparo dessas circunstâncias inibidoras do ilícito, subsiste 
a obrigação de indenizar o eventual dano causado a outrem. Mesmo não 
sendo considerada ilícita a conduta daquele que age em estado de 
necessidade, exige-se que repare o prejuízo causado ao dono da coisa, 
ou à pessoa lesada, se estes não forem culpados pelo perigo.
• A legítima defesa, que exclui a responsabilidade civil do agente, é a real 
(a putativa, não) e desde que o lesado seja o próprio injusto agressor. Se 
terceiro é prejudicado, por erro de pontaria, subsiste a obrigação de 
indenizar.
• Exige-se, para que o estado de necessidade e a legítima defesa
autorizem o dano, a obediência a certos limites.
O CC/02 somente em circunstâncias excepcionais exime alguém de reparar o dano que causou.
CULPA EXCLUSIVA DA VITIMA
• Quando o evento danoso acontece por culpa
exclusiva da vítima, desaparece a responsabilidade
do agente. 
• Nesse caso, deixa de existir a relação de causa e 
efeito entre o seu ato e o prejuízo experimentado 
pela vítima. Pode-se afirmar que, no caso de culpa 
exclusiva da vítima, o causador do dano não passa 
de mero instrumento do acidente. 
• Não há liame de causalidade entre o seu ato e o 
prejuízo da vítima.
CULPA CONCORRENTE
• Há casos em que a culpa da vítima é apenas parcial, ou
concorrente com a do agente causador do dano. Autor e 
vítima contribuem, ao mesmo tempo, para a produção 
de um mesmo fato danoso. É a hipótese, para alguns, de 
“culpas comuns”, e, para outros, de “culpa concorrente”.
• Nesses casos, existindo uma parcela de culpa também do
agente, haverá repartição de responsabilidades, de
acordo com o grau de culpa. A indenização poderá ser 
reduzida pela metade, se a culpa da vítima corresponder 
a uma parcela de 50%, como também poderá ser 
reduzida de 1/4, 2/5, dependendo de cada caso.
FATO DE TERCEIRO
• Muitas vezes, o ato daquele que atropela alguém ou causa 
alguma outra espécie de dano pode não ser o responsável 
pelo evento, o verdadeiro causador do dano, mas, sim, o 
ato de um terceiro.
• Em matéria de responsabilidade civil, no entanto, 
predomina o princípio da obrigatoriedade do causador 
direto em reparar o dano. A culpa de terceiro não
exonera o autor direto do dano do dever jurídico de
indenizar.
• O assunto vem regulado nos arts. 929 e 930 do Código
Civil, concedendo o último ação regressiva contra o
terceiro que criou a situação de perigo, para haver a
importância despendida no ressarcimento ao dono da
coisa.
IMPORTANTE
• Segundo entendimento acolhido na jurisprudência, os acidentes, inclusive os 
determinados pela imprudência de terceiros, são fatos previsíveis e 
representam um risco que o condutor de automóveis assume pela só 
utilização da coisa, não podendo os atos de terceiros servir de pretexto para 
eximir o causador direto do dano do dever de indenizar.
• Quando o ato de terceiro é a causa exclusiva do prejuízo, desaparece a
relação de causalidade entre a ação ou a omissão do agente e o dano. A
exclusão da responsabilidade se dará porque o fato de terceiro se reveste de
características semelhantes às do caso fortuito, sendo imprevisível e
inevitável. 
• Melhor dizendo, somente quando o fato de terceiro se revestir dessas
características, e, portanto, equiparar-se ao caso fortuito ou à força maior, é
que poderá ser excluída a responsabilidade do causador direto do dano.
• Atenção: Não é admitida essa excludente em casos de transporte.
Justifica-se o maior rigor, tendo em vista a maior atenção que deve ter o
motorista que tem a seu cargo zelar pela integridade de outras pessoas.
Assim, qualquer acidente ocorrido com o passageiro obriga o transportador
a indenizar os prejuízos eventualmente ocorridos. Vide: art. 735, CC e
Sumula 187, STF (“A responsabilidade contratual do transportador, pelo acidente com o
passageiro, não é elidida por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva”);
CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR
• O art. 393, parágrafo único, do Código Civil, não faz distinção entre o caso 
fortuito e a força maior, definindo-os da seguinte forma:
“O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos 
não era possível evitar, ou impedir”.
• A inevitabilidade é, pois, a sua principal característica.
- Caso fortuito geralmente decorre de fato ou ato alheio à vontade das 
partes: greve, motim, guerra. 
- Força maior é a derivada de acontecimentos naturais: raio, inundação, 
terremoto. 
Ambos constituem excludentes da responsabilidade porque afetam a relação 
de causalidade, rompendo-a, entre o ato do agente e o dano sofrido pela 
vítima.
Incontrolável pela vontade
Força da natureza
Se há caso fortuito, Não pode haver culpa
(um excluiu o outro).
CLAUSULA DE IRRESPONSABILIDADE 
OU DE NÃO INDENIZAR
• Cláusula de não indenizar é o acordo de vontades que 
objetiva afastar as consequências da inexecução ou da 
execução inadequada do contrato. Tem por função alterar, em 
benefício do contratante, o jogo dos riscos, pois estes são 
transferidos para a vítima.
• Nosso direito não simpatiza com a cláusula de não indenizar.
Ex: CDC (arts. 24, 25 e 51), CC (Art. 734)
É o caso, por exemplo, do contrato de depósito celebrado entre o cliente e o dono do 
estacionamento, contendo cláusula pela qual o último não se responsabiliza pelo 
desaparecimento de objetos deixados no interior do veículo. A sua finalidade não é 
propriamente afastar a responsabilidade do inadimplente, mas apenas a obrigação 
de indenizar.
PRESCRIÇÃO
• Prescrita a pretensão à reparação de danos, fica afastada 
qualquer possibilidade de recebimento da indenização. A 
responsabilidade do agente causador do dano se extingue.
• A obrigação de reparar o dano é de natureza pessoal. 
Contudo, a prescrição não ocorre no prazo geral de dez anos, 
do art. 205, porque o art. 206, que estipula prazos especiais, 
dispõe:
“Art. 206. Prescreve:
(...)
§ 3º Em três anos:
(...)
V – a pretensão de reparação civil”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
• GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil
brasileiro: responsabilidade civil. 4 ed. vol. IV.
São Paulo: Saraiva.
• DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil
brasileiro: responsabilidade civil. v. VII. 21 ed.
São Paulo: Saraiva.
CONTATO
• VIA E-MAIL INSTITUCIONAL
ALYNNE.COSTA@UNINORTEAC.EDU.BR
mailto:ALYNNE.COSTA@UNINORTEAC.EDU.BR
	Slide 1: REVISÃO
	Slide 2: RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO PRÓPRIO
	Slide 3: RESPONSABILIDADE CIVIL
	Slide 4: DA PRESUNÇÃO DE CULPA À RESPONSABILIDADE INDEPENDENTEMENTE DE CULPA
	Slide 5: DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DAS PESSOAS DESIGNADAS NO ART. 932, CC 
	Slide 6: CÓDIGO CIVIL
	Slide 7: NAS PALAVRAS DE CAIO MÁRIO
	Slide 8: CÓDIGO CIVIL
	Slide 9: EM COMPLEMENTAÇÃO... ART, 933, CC:
	Slide 10: RESPONSABILIDADE DOS PAIS (inciso I)
	Slide 11
	Slide 12: IMPORTANTE
	Slide 13: IMPORTANTE
	Slide 14: É POSSÍVEL RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA ENTRE PAI E FILHO RELATIVAMENTE INCAPAZ? 
	Slide 15: RESPONSABILIDADE DOS TUTORES E CURADORES (inciso II)
	Slide 16: RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR (inciso III)
	Slide 17
	Slide 18: REQUISITOSPARA A CONFIGURAÇÃO DA RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR
	Slide 19
	Slide 20: RESPONSABILIDADE DOS EDUCADORES (inciso IV)
	Slide 21
	Slide 22
	Slide 23: RESPONSABILIDADE DOS HOTELEIROS (inciso IV)
	Slide 24
	Slide 25
	Slide 26: RESPONSABILIDADE DOS QUE PARTICIPARAM DO PRODUTO DO CRIME (inciso V) 
	Slide 27: REVISÃO
	Slide 28: RESPONSABILIDADE CIVIL
	Slide 29: RESPONSABILIDADE CIVIL
	Slide 30: RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO
	Slide 31: RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO
	Slide 32: IMPORTANTE!!!
	Slide 33: Mas quando o médico poderá ser responsabilizado?
	Slide 34: IMPORTANTE
	Slide 35: É POSSÍVEL A RESPONSABILIDADE PASSAR A SER OBJETIVA?
	Slide 36: ERRO MÉDICO: ERRO PROFISSIONAL E DE DIAGNÓSTICO
	Slide 37: CIRURGIÕES PLÁSTICOS
	Slide 38: RESPONSABILIDADE CIVIL
	Slide 39: PLANOS DE SAÚDE CONCEITO SEGUNDO A LEI 9.656/98
	Slide 40: PLANOS DE SAUDE
	Slide 41: IMPORTANTE – SUMULAS STJ 608 E 609 (16/04/2018)
	Slide 42: RESPONSABILIDADE CIVIL
	Slide 43: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO
	Slide 44: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO
	Slide 45: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO NO CDC
	Slide 46: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO
	Slide 47: PERDA DE UMA CHANCE
	Slide 48: RESPONSABILIDADE CIVIL
	Slide 49: RESPONSABILIDADE CIVIL PELA GUARDA DE ANIMAIS
	Slide 50: REVISÃO
	Slide 51: PRINCÍPIOS GERAIS
	Slide 52: DECISÃO POR EQUIDADE
	Slide 53: LEGISLAÇÃO
	Slide 54: CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA
	Slide 55: CULPA CONCORRENTE
	Slide 56: LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO
	Slide 57: LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO
	Slide 58: Liquidação pelo procedimento comum
	Slide 59: MODOS DE REPARAÇÃO DO DANO
	Slide 60: LEGISLAÇÃO
	Slide 61: INDENIZAÇÃO EM CASO DE HOMICÍDIO
	Slide 62
	Slide 63: IMPORTANTE
	Slide 64: INDENIZAÇÃO EM CASO DE LESÃO CORPORAL
	Slide 65: REVISÃO
	Slide 66: ESTADO DE NECESSIDADE
	Slide 67: CODIGO CIVIL
	Slide 68: IMPORTANTE!
	Slide 69: LEGÍTIMA DEFESA, EXERCICIO REGULAR DE DIREITO E ESTRITO CUMPRIMENTOO DO DEVER LEGAL. I. LEGITIMA DEFESA
	Slide 70: CODIGO CIVIL
	Slide 71: IMPORTANTE
	Slide 72: II. ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL
	Slide 73: IMPORTANTE
	Slide 74: CULPA EXCLUSIVA DA VITIMA
	Slide 75: CULPA CONCORRENTE
	Slide 76: FATO DE TERCEIRO
	Slide 77: IMPORTANTE
	Slide 78: CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR
	Slide 79: CLAUSULA DE IRRESPONSABILIDADE OU DE NÃO INDENIZAR
	Slide 80: PRESCRIÇÃO
	Slide 81: REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
	Slide 82: CONTATO

Mais conteúdos dessa disciplina