cuidados paleativos na fono

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24/04/2023 
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ATENDIMENTO HUMANIZADO 
NOS CUIDADOS PALIATIVOS 
Profa. Brenda Araújo 
Fonoaudióloga 
Doutora em Ciências da Saúde - UFS 
Universidade Federal de Sergipe 
 
Cuidados paliativos. 
Definida como melhora na qualidade de vida do paciente e 
familiares 
Auxilia no enfrentamento dos problemas relacionados às 
doenças, prevenindo e aliviando o sofrimento 
Avaliação completa e direcionada 
Tratamento da dor 
Problemas físicos, emocionais e espirituais 
 
 
World Health Organization. Cancer. Palliative Care. Definition of Palliative Care , 2014. 
 
 
 
Mas, o que seria um atendimento 
humanizado? 
Humanização é o termo utilizado para descrever a aquisição ou assimilação de 
características humanas positivas por uma pessoa ou grupo de pessoas 
 
Ato ou efeito de humanizar(-se), de tornar(-se) benévolo ou mais sociável. 
 
 
Atendimento humanizado é aquele que considera a integralidade da “unidade de 
cuidado”, ou seja, ele pressupõe a união entre a qualidade do tratamento técnico e 
a qualidade do relacionamento que se desenvolve entre paciente, familiares e 
equipe. 
Calheiros; Albuquerque, 2012 
Equipe multidisciplinar em cuidados paliativos. 
Apoio incondicional aos familiares 
Satisfação pessoal e profissional em participar desse processo deve ser amplamente 
valorizada 
Qualidade da assistência prestada aos pacientes 
 Percepção sobre humanização do cuidar, processo de morrer e sensação de 
impotência perante aos casos 
O foco nesses casos passa a ser a qualidade de 
vida do paciente e não mais a doença ou sua 
cura 
é algo bastante comum na oncologia, além de ser existente nos leitos e não quer dizer que chegou o tempo do paciente, ou que não tem mais nada a ser feito, e se o fato de podemos deixar aquele momento menos doloroso para ele e para sua família, reduzindo então o sofrimento e melhorando a qualidade de vida dos mesmos.
a alimentação está muito ligada a isso, já que é bastante prazeroso o ato de se alimentar, logo é importante que o paciente se alimente de uma forma que deseja e que seja mais segura para ele, assim como também a questão do alimento solicitado pelo mesmo.
é recomendado e muito solicitado para pacientes com doenças crônicas, degenerativas e ou sem cura e nesse processo que tentamos fazer com que o paciente e a família passe pelo processo de aceitação da doença e como é algo mais geral, precisamos de uma equipe de multi profissionais.
nota-se então que todo e qualquer atendimento deveria ser humanizado, mas nesse caso entendemos que precisa de maiores cuidados , e deve ser mais aprofundado, ou seja, buscamos a qualidade do tratamento técnico e da qualidade da relação desenvolvida com o paciente e com a família do mesmo 
é importante lembrar que os familiares fazem parte do processo de tratamento, dando suporte no momento que a equipe não estiver presente e apoiando quando estiver.
a equipe deve está emocionalmente preparada, pois é algo que pode e na maioria das vezes não há melhora do paciente, então deve pensar em como vale a pena ajudar os pacientes e não ficar abalado com os resultados, além de não sentir a sensação de impotência perante os casos
outro ponto importante é passar segurança no seu trabalho, criar o vínculo com a família, assim como com o paciente, para que eles se sintam seguros no que você está fazendo.
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E nós da Fonoaudiologia, trabalhamos 
com o que? 
 
É o profissional da área de 
saúde que trabalha com os 
diferentes aspectos da 
comunicação humana 
(linguagem oral e escrita, fala, 
voz, audição) e com as funções 
responsáveis pela deglutição, 
respiração, mastigação e 
sucção. 
Culturalmente, a alimentação tem um 
importante cunho social e por vezes é 
associada à vida ou à melhora de saúde 
 
Hawksley et al., 2017 
Speech and language therapists can 
improve the quality of life of people 
receiving palliative care through the 
management 
of communication and swallowing 
difficulties (dysphagia). 
Ou seja, trabalhamos com o que mais gostamos de fazer: 
COMER E FALAR. 
 
 
A alimentação é ainda um dos poucos meios de expressão do paciente. 
Nela é expressada a sua vontade. 
 
 
“A não alimentação pode significar restrição do prazer; negá-la pode ser 
manifestação da desistência, como forma de desistir da existência”. 
 
(Garcia, 1992) 
a alimentação é o ponto auge para a sociedade, pois tem uma importância muito grande, já que comer está relacionado a saúde e uma boa qualidade de vida --> quem não come não é saudável, logo o paciente que sentir o prazer de se alimentar
trabalhamos com a deglutição, porém é importante lembrar da comunicação, sendo assim também trabalhamos com a a fala, mas sempre devemos pensa na queixa do paciente, pois sabemos da dificuldade na deglutição, porém o paciente reclama da fala dele ser molhada, da má comunicação, então analisar e focar na queixa também é importante, até pq o é bom para que o paciente possa falar o que gostaria de comer.
nesse artigos temos que, mesmo com riscos, ou com alguma via alternativa de alimentação, devemos alimentar ele por via oral pelo prazer que fornece para o paciente, claro que tudo sendo avaliado pela equipe, por exemplo: vendo se o tipo de alimento afeta em alguma doença congênita que o paciente possa vir a ter, como diabetes e hipertensão.
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Fonoaudiólogo contribui ativamente dentro da 
equipe multiprofissional de cuidados paliativos em 
ambiente hospitalar 
 
Avaliando, prevenindo, reabilitando a deglutição 
segura e prazerosa ao indivíduo, quando possível 
 
Gerencia riscos de broncoaspiração e melhora da 
qualidade de vida relacionada à alimentação via 
oral e comunicativa em momento difícil que é o 
esgotamento de possibilidades de tratamento.
 
Fonoaudiologia nos Cuidados Paliativos. 
 
 
Barriguinha; Mourão; Martins, 2015 
O que temos? 
Texto complementar 
Nosso trabalho. 
 
 
 
Screenning 
Exame 
clínico 
Exames 
instrumentais 
Mas finalmente... 
sendo assim, tudo é feito a princípio ,exatamente como nos outros pacientes, porém SÓ QUANDO POSSÍVEL, SEM PENSAR EM NADA INVASIVO E VISANDO SEMPRE A QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE!!!
ou seja, nosso trabalho em si é: RASTREIO (falhar ou passar para saber se tem problemas ou não na deglutição) --> EXAME CLÍNICO (ver se vai precisar do fono , que nesse caso vai depender da doença de base do paciente) --> EXAME INSTRUMENTAIS (caso seja visto algum problema no ex. clínico.
lembrando que é importante no diagnóstico falar o tipo da disfagia até para a equipe, o paciente e nós sabermos se ele ira comer via oral ou não.
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Qual seria o benefício em sugerir a passagem de uma via alternativa de 
alimentação de forma exclusiva nesse momento da vida? 
 
Haverá benefício orgânico de reversão do quadro clínico do paciente? 
 
Ou será uma conduta que trará incômodo e insatisfação tanto para o paciente 
quanto para seus familiares? 
 
Como alimentar o paciente em terminalidade? 
Algumas perguntas precisam ser 
respondidas... 
CHAHDA; MATHISEN; CAREY, 2016 
Se o paciente não demanda por alimentação, o que podemos fazer? 
Alimentação por via oral sem riscos é a opção mais selecionada- impacto social 
e psicológico 
Intervenção do fonoaudiólogo para manter a via oral deve ser precoce 
Não existe um amplo consenso sobre a alimentação e hidratação artificiais 
Pacientes /familiares decidem os potenciais benefícios, ou não, da alimentação 
e hidratação artificiais 
Fonoaudiologia e atendimento humanizado em 
Cuidados Paliativos. 
Reilly;Walshe, 2015 
VIAS DE ALIMENTAÇÃO 
Não possível Possível 
Via Oral 
Fórmula Enteral 
Sonda ou ostomia 
Decisão discutida com equipe, paciente e familiares. 
Importante manter o vínculo com o alimento 
Alimentos - Consistências 
Como estou realmente melhorando a 
qualidade de vida dessa pessoa no fim da 
sua vida? 
 Ou estou adicionando carga 
desnecessária com decisões difíceis, 
colocando a alimentação em risco?Perguntas que me faço na prática clínica. 
1- levarem em conta paciente, família, cuidador, pois devemos ver a demanda de tempo e paciência de quem ficará responsável por isso e até pelo paciente (lembrar do caso do cara que ela citou, que utilizava a garrafa para comer, e foi deixado esse utensílio, pois a filha não teria tempo de alimenta-lo, logo devemos levar isso em conta para pode sugerir isso)
2- ver se haverá melhora no quadro do paciente 
3- é por isso que tudo deve ser avaliado por toda a equipe e levando em conta o que o paciente e a família também acha certo
4- devemos ouvir o que o paciente quer, além de aplicar a técnica que será sugerida
ou seja, tudo depende do que o paciente e a família quer e está disposto a fazer de acordo também com as técnicas sugeridas pela equipe multi profissional
outro ponto é que a via oral é sempre a mais escolhida pelo impacto social e psicológico que ela tem, que está remetido ao que já foi dito antes que é a questão de quem como não é saudável e também a questão do prazer que traz para o paciente
LEMBRA QUE A INTERVENÇÃO DO FONO DEVE SER PRECOCE, COMO SEMPRE.
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E na comunicação? 
Expandir, complementar ou 
substituir a fala. 
Maximizar a função 
Auxiliar na tomada de decisões, 
manter as relações sociais 
Diminuir a ansiedade e 
frustração 
 Melhorar a qualidade de vida 
 
Sistema de Comunicação 
deve estar sempre 
disponível, para que seja 
conhecido e utilizado pela 
equipe/ família 
 
Avaliar e gerenciar as 
dificuldades de comunicação 
para apoiar o papel do paciente 
na tomada de decisões, manter 
a proximidade social e ajudar o 
paciente a cumprir objetivos 
Correia; Mansur, 2014. 
é importante até para manter a comunicação com a equipe e família, logo deve estar sempre disponível, e nesse caso devemos analisar a queixa do paciente, buscando maximizar a função, além do caráter psicológico que é a questão das tomadas de decisões, manter relações socias e com isso diminuir a ansiedade e frustração, por não conseguir falar, ou não ser compreendido
devemos saber se o paciente é verbal ou não e utilizar a técnica da escrita, gestos, expressões faciais, perguntas e respostas, pranchas de comunicação com alternativas, desenhos, dentre outros
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Atendimento Humanizado.