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RESUMO - PROPEDÊUTICA CLÍNICA → P1
AULA 6 - LESÕES ELEMENTARES DA PELE
PELE :
- Maior órgão do corpo humano.
- Epiderme :
- Estrato córneo : camada externa → células mortas queratinizadas que formam uma barreira
protetora.
- Estrato granuloso : células que começam a se degenerar → acumula grânulos de queratina.
- Estrato espinhoso : células que possuem forma irregular → são ligadas por desmossomos.
- Camada basal : camada profunda → ocorre divisão celular → células se multiplicam para repor as
camadas superiores.
- Derme : camada intermediária da pele → composta de tecido conjuntivo.
- Contém vasos sanguíneos, terminações nervosas, glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas e
folículos pilosos.
- Glândulas sudoríparas : controlam a temperatura.
- Glândulas sebáceas : produzem sebo → lubrificar pele e cabelo.
- Folículo piloso : dão origem aos pelos.
- Fornece suporte estrutural e elasticidade para a pele → possui a capacidade de cicatrização de
feridas.
- Subcutâneo : hipoderme.
- Composta de tecido conjuntivo e células adiposas.
- Atua como isolante térmico e reserva de energia → armazena gordura.
- Contém vasos sanguíneos e nervos que se conectam na derme.
FUNÇÕES DA PELE :
- Revestimento protetor → epiderme → barreira física contra agentes patogênicos, radiação UV e
substâncias químicas.
- Regulam a temperatura → derme e subcutâneo → vasos sanguíneos podem se dilatar e contrair para
regular o fluxo de sangue e ajudar no controle da temperatura corporal.
- Tecido subcutâneo → isolante térmico → gordura é um mau condutor de calor → mantém a temperatura
corporal.
- Reserva energética → tecido subcutâneo → células adiposas armazenam energia.
ANAMNESE DERMATOLÓGICA :
- Inspeção → observamos a pele do paciente.
- Palpação → palpamos a pele do paciente → avaliamos a textura, temperatura, umidade, presença de
inchaço, nódulos e irregularidades.
- Compressão → aplicamos pressão em áreas específicas da pele do paciente → avalia sensibilidade.
- Digitopressão → aplicamos pressão com um bastão de vidro → avalia a resposta vascular.
- Sinais e sintomas :
- Prurido : coceira.
- Ardor, queimação.
- Hipoestesia : redução da sensibilidade.
- Fator desencadeante e momento do dia.
- História da lesão :
- Início das lesões.
- Fatores de melhora e piora.
- Paciente já usou medicamentos orais ou sistêmicos.
- Exposição ao som → relação com o surgimento ou agravamento da lesão.
- Antecedentes pessoais e familiares :
- Condições dermatológicas pré-existentes do paciente.
- Casos semelhantes na família → predisposição genética.
- Alergias, histórico de viagens e hábitos de cuidado com a pele.
- Ambiente bem iluminado com luz natural.
- Se necessário, podemos usar lâmpadas fluorescentes.
- Uso de lupa dermatoscópica → examinar lesões cutâneas mais de perto.
INSPEÇÃO :
- Avaliamos o tegumento → procurar lesões, erupções cutâneas, ferida, mancha → paciente precisa estar
despido.
- Avaliar cabelos e pelos → queda, mudanças na textura.
- Examinar unhas → cor, espessura, formato e integridade.
- Avaliar mucosas → lábios, cavidade oral, mucosa bucal e mucosa geniral → cor, presença de lesões e
úlceras.
PALPAÇÃO :
- Observamos se há elevações ou depressões.
- Áreas com alteração de espessura da pele → edema ou fibrose.
- Testar elasticidade da pele → puxar levemente e ver como ela retorna ao estado original → avaliação do
turgor → perda de elasticidade é normal com o envelhecimento.
- Mobilidade → como a pele se move sobre as estruturas subjacentes.
- Palpamos pulso para ter um diagnóstico mais detalhado.
DIGITOPRESSÃO :
- Avaliamos se são lesões vasculares ou hemorrágicas → aplicamos uma pressão nas lesões para observar
a mudança de cor e aparência da lesão.
- Lesões vasculares : manchas vermelhas ou roxas na pele → rompimento de pequenos vasos
sanguíneos → aplicamos a pressão e a cor desaparece temporariamente → pressão interrompe o
fluxo sanguíneo.
- Lesões hemorrágicas : manchas de cor roxa ou vermelha → aplicamos a pressão e a cor não
desaparece → sangue extravasado não retorna ao local.
COMPRESSÃO :
- Avaliamos edema, infiltrado e dermografismo na pele.
- Edema : acúmulo anormal de fluidos nos tecidos → inchaço → pressionamos a área e ocorre uma
formação temporária de uma depressão → sinal de Cacifo.
- Sinal de Godet = edema → mantém a forma da pressão por um curto período de tempo.
- Dermografismo → urticária : resposta da pele a uma pressão → causa resposta inflamatória local
→ linhas elevadas na pele quando pressionada → ocorre liberação de histamina pelos mastócitos
→ causa vasodilatação e edema local.
COLORAÇÃO :
- Coloração da pele e das mucosas → alterações na circulação sanguínea, oxigenação dos tecidos.
- Palidez : diminuição da coloração normal da pele → indica vasoconstrição, anemia, insuficiência
circulatória ou falta de oxigenação dos tecidos.
- Generalizada : vasoconstrição / anemia → em todo o corpo.
- Segmentar : isquemia → apenas uma parte do corpo → palpamos pulso para avaliar o estado da
circulação sanguínea.
- Mucosas : conjuntiva.
- Normal : rosada.
- Pálida : diminuição de hemoglobina no sangue → anemia.
- Vermelhidão da pele : eritema.
- Generalizada : vermelhidão em todo o corpo.
- Vasodilatação → aumento do fluxo sanguíneo.
- Febre → vasodilatação sistêmica.
- Policitemia : aumento de hemácias.
- Localizada : áreas específicas do corpo.
- Fenômeno vasomotor : eritema temporário pela vasodilatação em resposta a alterações
hormonais → menopausa.
- Rosácea : vermelhidão facial.
- Eritema palmar : vermelhidão nas palmas das mãos.
- Cianose : coloração azulada da pele → aumento de hemoglobina desoxigenada no sangue.
- Lábios, lóbulos das orelhas, extremidades e unhas.
- Central : baixa saturação de oxigênio arterial → origem pulmonar ou cardíaca.
- Periférica : perda exagerada de oxigênio no sangue → problemas circulatórios locais.
- Mista : central + periférica → ICC associada à estase venosa.
- Alteração de hemoglobina : intoxicação por substâncias ou medicamentos.
- Icterícia : acúmulo de bilirrubina no sangue → pigmento amarelado.
- Esclera dos olhos e freio lingual.
- Alterações hepáticas.
- Alterações hemolíticas → aumento da destruição das hemácias.
- Albinismo : deficiência na síntese de melanina → defeito genético.
- Albinismo ocular : afeta os olhos → coloração normal da pele e do cabelo.
- Hipopigmentação da íris.
- Nistagmo : movimentos oculares involuntários e rápidos.
- Fotofobia.
- Visão reduzida.
- Albinismo oculocutâneo : afeta os olhos, pele e cabelos → pigmentação reduzida.
- Causa genética : autossômica recessiva → ambos os pais devem transmitir o gene defeituoso →
genes que produzem melanina = TYR, OCA2, TYRP1.
- Bronzeamento : escurecimento temporário da pele → exposição solar ou fontes artificiais de radiação
UV.
- Radiação UV : estimula a produção de melanina → penetram na epiderme e estimulam os
melanócitos a produzir mais pigmento → aumento de melanina → escurecimento da pele.
- Fenômeno de Raynaud : distúrbio circulatório → episódios de vasoconstrição intensa nas extremidades
→ dedos das mãos e dos pés → resposta ao frio ou estresse emocional.
- Vasoconstrição intensa → reduz fluxo sanguíneo → redução de O2 → cianose periférica.
- Recuperação da vasoconstrição → ocorre vasodilatação exagerada → causa eritema nas áreas
afetadas.
- Primário (condições subjacentes) ou secundário (doenças autoimunes ou doenças do tecido
conjuntivo).
UMIDADE :
- Normal : quantidade equilibrada → sem ressecamento ou excesso de suor.
- Reduzida :
- Idosos : ressecamento da pele → redução da produção de óleos naturais.
- Dermatopatias crônicas : ressecamento e descamação da pele → esclerodermia e ictiose.
- Mixedema : hipotireoidismo → pode causar pele seca e áspera.
- Desidratação : falta de água → pele seca.
- Aumentada :
- Febre : aumento da temperatura causa aumento na produção de suor.
- Ansiedade : causa hiperidrose → sudorese excessiva.
- Hiperidroseprimária : sudorese excessiva sem causa.
- Hipertireoidismo : aumento da atividade da tireóide → pele úmida e sudorese excessiva.
- Climatério : mudanças hormonais da menopausa → aumento da produção de suor.
- Neoplasias : podem causar sudorese excessiva.
ESPESSURA :
- Normal : espessura normal.
- Atrofiada :
- Atrofia dérmica : redução da espessura da derme → envelhecimento, lesões, inflamação crônica
ou uso crônico de corticóides.
- Atrofia epidermal : redução na espessura da epiderme → epidermólise bolhosa ou lesões graves.
- Hipertrofiada :
- Hipertrofia dérmica : aumento da espessura da derme → fibrose dérmica após cicatrizações de
feridas, quelóides e condições fibrosantes.
- Hipertrofia epidermal : aumento da espessura da epiderme → irritantes crônicos → fricção
constante.
TEMPERATURA :
- Normal : dentro da faixa normal para a região e situação.
- Variações podem ocorrer por fatores ambientais, atividade física ou estado de saúde.
- Aumentada :
- Febre : aumento da temperatura corporal.
- Hiperemia : aumento do fluxo sanguíneo para uma área → aumento da temperatura local →
lesões, inflamação ou exercícios.
- Queimaduras de 1° grau : aumento localizado da temperatura.
- Diminuída :
- Vasoconstrição : redução do fluxo sanguíneo para uma área → diminuição da temperatura local
→ estresse, resposta ao frio ou condições circulatórias.
- Choque ou insuficiência circulatória : diminuição da temperatura pela redução do suprimento
sanguíneo.
- Exposição prolongada ao frio : causa diminuição da temperatura.
TURGOR :
- Elasticidade e capacidade de retorno da pele ao estado original após ser puxada.
- Teste do turgor : no dorso da mão ou antebraço → puxamos suavemente a pele e vemos o quão
rapidamente ela retorna à posição normal → indica hidratação e elasticidade.
- Normal : pele volta rapidamente ao estado normal → boa hidratação e elasticidade.
- Reduzido : pele demora para voltar à posição normal → redução da elasticidade.
- Desidratação.
- Envelhecimento.
- Esclerodermia.
- Aumentada : elasticidade excessiva → síndrome de Ehlers-Danlos.
SENSIBILIDADE :
- Sensibilidade dolorosa, tátil e térmica.
- Dolorosa : hipoalgesia (diminuição da sensibilidade à dor) e hiperalgesia (aumento da
sensibilidade à dor → inflamação).
INTEGRIDADE :
- Erosão : área superficial de perda de epiderme → pelo atrito.
- Ulceração : área mais profunda de perda de epiderme e derme → ocorre necrose.
- Fissura : rachadura ou fenda na pele → secura extrema.
- Cicatrizes : reduz a elasticidade da pele.
LESÕES ELEMENTARES DA PELE :
ALTERAÇÃO DE COLORAÇÃO :
- Discromias pigmentares : alteração da coloração da pele → alteração da produção ou distribuição de
melanina.
- Acromia : ausência completa de pigmentação na pele → coloração branca ou clara.
- Vitiligo : destruição dos melanócitos (produzem melanina).
- Leucodermia solar : exposição ao sol → ausência de pigmentação em áreas específicas da pele.
- Hipercromia : aumento de pigmentação da pele → áreas mais escuras.
- Melasma : manchas escuras e simétricas na pele → aparece mais na face → marrom claro a
marrom escuro.
- Comum em mulheres pela exposição ao sol e alterações hormonais → gravidez ou uso de
anticoncepcional.
- Melanose solar : manchas escuras na pele → áreas expostas ao som ao longo do tempo →
acúmulo de danos causados pela exposição solar ao longo dos anos → variam de tamanho e cor.
- Manchas vasculares : desaparecem com a digitopressão.
- Telangiectasia : dilatação permanente dos vasos sanguíneos → linhas finas, arborizações ou
pontos vermelhos na pele.
- Mancha eritematosa : área da pele avermelhada → pela vasodilatação.
- Mancha angiomatosa : lesão cutânea decorrente de neoformação vascular na derme →
desenvolvimento anormal de vasos sanguíneos → coloração avermelhada.
- Manchas hemorrágicas : extravasamento de sangue na pele → não desaparecem com digitopressão.
- Petéquias : pequenas manchas puntiformes vermelhas ou roxas na pele → menores que 2 mm.
- Víbices : manchas lineares de coloração vermelha ou roxa → maiores e mais alongadas do que as
petéquias.
- Equimose : maiores que 1 cm.
- Hematoma : acúmulo de sangue em uma área → restrito ao local de trauma → derme ou tecido
subcutâneo → pode possuir abaulamento.
- Manchas e máculas não possuem elevações na pele.
ELEVAÇÕES EDEMATOSAS :
- Urticária : aspecto inchado e bordas delimitadas → variam de tamanho e forma → apresenta prurido.
- Quando pressionamos as elevações elas se movimentam.
LESÕES PRIMÁRIAS SÓLIDAS :
- Alterações na pele com aparência palpável e se manifestam em várias formas.
- Pápula : lesão elevada, sólida e circunscrita na pele → menor que 1 cm → picada de inseto, dermatite
alérgica.
- Nódulo : lesão elevada, sólida e circunscrita na pele → maior que 1 cm → cisto sebáceo, lipoma.
- Nodosidade ou tumoração :
- Massa anormal de tecido palpável → firme ao toque → maior que 3 cm.
- Benigna ou maligna.
- Sarcomas : tumores malignos que se originam de tecidos conjuntivos → massas ou nódulos na
pele.
- Lipomas : tumores benignos de tecido adiposo → macios ao toque e móveis.
- Angiomas : tumores vasculares benignos que se desenvolvem de vasos → hemangiomas e
angiomas.
- Hansenomas : lesões cutâneas → hanseníase.
- Metástase cutânea : disseminação de células cancerígenas a partir de um tumor primário →
lesões na pele.
- Vegetação : superfície de uma planta ou vegetal → superfície irregular.
- Verruga viral.
- Esporotricose → infecção fúngica.
LESÕES PRIMÁRIAS DE CONTEÚDO LÍQUIDO :
- Vesícula : lesão elevada que contém líquido claro → menor que 1 cm.
- Herpes simples.
- Eczema vesicular.
- Bolha : lesão elevada que contém líquido → maior que 1 cm.
- Bolha serosa, hemorrágica ou purulenta.
- Queimadura de 2° grau.
- Dermatite de contato severa.
- Pústula : lesão elevada que contém conteúdo purulento → mistura de células mortas, bactérias e fluido.
- Acne.
- Impetigo.
- Abscesso : coleção localizada com conteúdo purulento → é palpável mas não é visível externamente → é
circular.
- Abscesso cutâneo → infecção bacteriana.
- Cistos : tumores benignos que se formam a partir de anexos cutâneos → folículos pilosos e glândulas
sebáceas.
- Interior do cisto : cavidade revestida por células epiteliais.
- Imóveis e localizados na epiderme ou derme.
- Conteúdo : líquido, pastoso ou semilíquido.
- Crescimento lento ao longo do tempo → não são invasivos.
- Se manifestam como pequenas elevações na pele → visíveis ou palpáveis.
ALTERAÇÕES DE ESPESSURA :
- Queratose : proliferação anormal de células da camada externa da epiderme → espessamento da
epiderme.
- Pode evoluir para um câncer de pele → carcinoma espinocelular.
- Elevação dura e cônica → como se fosse um chifre.
- Corno cutâneo : crescimento espesso e áspero na superfície da pele.
- Queratose palmar : espessamento da epiderme nas palmas das mãos → áreas ásperas e espessas.
- Espessamento ou infiltração : aumento da espessura da pele pela proliferação celular ou infiltração de
células inflamatórias.
- Psoríase : condição inflamatória crônica → causa espessamento da pele.
- Liquenificação : espessamento da pele com acentuação do padrão quadriculado normal → ato repetitivo
de coçar.
- Sulcos ou fendas evidentes na pele → principalmente em áreas de dobras cutâneas.
- Líquen simples crônico → prurido crônico.
- Esclerose : endurecimento ou espessamento da pele pela formação excessiva de tecido fibroso.
- Esclerodermia : doença autoimune → causa esclerose da pele e dos órgãos internos.
- Edema : acúmulo de fluidos nos tecidos → inchaço.
- Sinal de Cacifo.
- Atrofias : redução da espessura da pele pela diminuição de células → perda de tecido.
- Cicatrizes atróficas → diminuição da espessura da pele.
- Atrofia senil → natural do envelhecimento.
PERDAS E REPARAÇÕES TECIDUAIS :
- Escamas : pequenas partículas finas de pele morta → se desprendem da superfície.
- Psoríase.
- Dermatite seborréica.
- Erosão : perda superficial deepiderme → maioria das vezes não tem sangramentos.
- Causada por lesões ou infecções.
- Exulceração : úlcera superficial com perda de tecido → infecção.
- Não atinge a camada profunda da derme.
- Afeta epiderme e camada externa da derme.
- Úlcera : perda profunda de epiderme e derme → ferida aberta com necrose.
- Úlceras venosas.
- Úlceras diabéticas.
- Fissura : fenda ou rachadura → secura da pele.
- Crosta : secreção seca de fluido → sangue ou pus → forma uma camada sobre a lesão.
- É uma lesão secundária.
- Escara : área necrótica mais profunda da pele → lesões por pressão prolongada.
- Cicatriz : tecido fibroso substitui a pele normal na cicatrização de uma ferida → restrito ao local da
lesão → feridas, cortes ou cirurgias.
AULA 7 - SÍNDROMES TIREOIDIANAS
- Síndrome = conjunto de sinais e sintomas.
- Hipotireoidismo : diminuição da produção de T3 e T4 pela tireóide.
- Hipertireoidismo : aumento da produção de T3 e T4 pela tireóide.
- Bócio e nódulos tireoidianos → aumento visível da tireóide → crescimento anormal.
- Tireoidites → inflamação da tireóide.
TIREÓIDE :
- Regula o metabolismo → produz T3 e T4.
- Feedback positivo : T3 e T4 baixos → hipotálamo libera TRH → TRH estimula a hipófise para liberar
TSH → TSH estimula a tireóide para produzir e liberar T3 e T4.
- Feedback negativo : T3 e T4 altos → inibe a liberação de TRH e TSH → evita produção excessiva de T3 e
T4.
- Hipertireoidismo : desregulação do feedback negativo → níveis elevados de T3 e T4 não conseguem
inibir a liberação de TRH e TSH.
- Hipotireoidismo : desregulação do feedback positivo → produção insuficiente de T3 e T4.
ANAMNESE DA TIREÓIDE :
- Inspeção : vemos massas, nódulos, simetria e cicatrizes na tireóide.
- Tireóide é móvel → durante a deglutição ela desloca.
- Palpação : cartilagem tireóide como ponto de referência → superfície precisa ser lisa e sem nodulações
palpáveis.
- Ausculta : detectar sopros → aumento de fluxo sanguíneo pode indicar câncer ou neoplasia → mais
vascularizada do que o normal.
CASO CLÍNICO 1 :
- Fraqueza muscular generalizada há 1 ano.
- Dor muscular, sonolência e intolerância ao frio.
- Caso de hipotireoidismo.
HIPOTIREOIDISMO :
- Diminuição do metabolismo → diminuição de T3 e T4.
- Bradicardia e hipotensão : diminuição de T3 e T4 → fazem a contração de cardiomiócitos →
causa redução de FC e PA → pode causar IC.
- Cardiomegalia : falta de T3 e T4 pode causar acúmulo de sangue no coração → causa aumento do
órgão.
- Extremidades frias e cianose : diminuição de T3 e T4 pode causar extremidades frias e cianose
pela má circulação.
- Intolerância ao frio : T3 e T4 ativam a termogênese → resulta em intolerância ao frio → paciente
sente mais frio.
- Diminuição na taxa metabólica : corpo queima menos calorias em repouso → aumento de peso.
- Retenção de líquidos pelo aumento da permeabilidade vascular → causa edema generalizado →
auxilia no ganho de peso.
- Metabolismo lipídico : ocorre aumento de colesterol e triglicerídeos → auxilia no ganho de peso
e na saúde cardiovascular.
- T3 e T4 atuam no desenvolvimento normal do SNC → pode causar atrasos no desenvolvimento
neurológico.
- Alteração da função neuromuscular : fala lenta ou arrastada → diminuição do tônus muscular →
resposta mais lenta dos músculos.
- Sistema vestibular é afetado → causa tonturas e desequilíbrios.
- Diminuição dos reflexos → hiporreflexia.
- Afeta a função cognitiva → sonolência excessiva e dificuldade de concentração.
- Unhas : T3 e T4 atuam no crescimento e maturação das unhas → ocorre fragilidade e quebra das
unhas.
- Pele : T3 e T4 atuam na maturação da epiderme → pele se torna seca e áspera → não mantém a
hidratação.
- Pelos na sobrancelha : redução no crescimento dos pelos → perda parcial das sobrancelhas ou
diminuição da densidade dos pelos.
- Aumento da síntese e diminuição da degradação de proteínas no tecido conjuntivo : falta de T3
e T4 → aumenta a síntese de mucopolissacarídeos e fibronectina e diminui a degradação deles →
causa acúmulo de proteínas no espaço extracelular → causa edema.
- Motilidade intestinal : reduzida → constipação pela lentidão dos movimentos intestinais.
- Anorexia : diminuição do apetite.
- Macroglossia : aumento da língua → edema e aumento do volume da língua.
- Dor muscular : falta de T3 e T4 afeta a síntese protéica dos músculos → causa diminuição da
massa muscular e força → dores musculares generalizadas.
- Comum em idosos → diminuição da função tireoidiana pelo envelhecimento.
- Mulheres : irregularidades menstruais, anovulação e infertilidade.
- Homens : redução da libido e disfunção erétil.
- Anemia : leve a moderada → falta de T3 e T4 afeta a produção de hemácias na medula óssea →
diminui a produção e diminui a vida útil das hemácias → fadiga, fraqueza e palidez.
FÁCIES MIXEDEMATOSAS :
- Edema periorbital : T3 e T4 quebram mucopolissacarídeos → ocorre acúmulo de mucopolissacarídeos →
causa edema periorbital → inchaço ao redor dos olhos.
- Madarose : perda de pelos nas sobrancelhas.
- Pele seca e áspera.
HIPERTIREOIDISMO :
- Aumento do metabolismo → aumento de T3 e T4.
- Taquicardia e hipertensão arterial : maior atividade cardíaca → aumenta FC e PA → pode causar
arritmias cardíacas e até infarto do miocárdio.
- Aumento do metabolismo pode causar calor excessivo → intolerância ao calor.
- Hiperatividade do SNC → nervosismo, ansiedade, insônia, agitação e irritabilidade.
- Hirsutismo : crescimento excessivo de pelos → aumento da sensibilidade dos folículos pilosos aos
hormônios androgênicos.
- Unhas : aceleramento do ciclo de crescimento das unhas → unhas finas de má qualidade.
- Aumento da motilidade intestinal → diarréia e fezes frequentes.
- Mixedema pré-tibial : edema ao redor dos tornozelos.
- Hiperativação dos receptores : resposta celular aumentada → contribui para uma resposta
inflamatória localizada → acúmulo de mucopolissacarídeos e linfócitos → causa edema.
- Exo�almia : protrusão do globo ocular.
- Fácies basedowianas.
TIREOTOXICOSE :
- Excesso de T3 e T4 no sangue.
- Ingestão externa de hormônios tireoidianos → quantidade excessiva.
- Liberação após dano na tireóide → tireoidite → liberação de T3 e T4 armazenados na tireóide.
- Hipertireoidismo : aumento na produção de T3 e T4.
SINAL DE LID LAG :
- Retardo na descida da pálpebra superior durante o movimento de fechamento dos olhos.
- Paciente olha para baixo e a pálpebra superior demora mais para seguir o movimento → parte da esclera
visível acima da íris.
BÓCIO :
- Causa compressão de estruturas vizinhas → disfagia, dispneia e rouquidão.
- Disfalgia : dificuldade para engolir → aumento da tireóide comprime o esôfago.
- Dispneia : dificuldade para respirar → aumento da tireóide comprime a traquéia.
- Rouquidão : aumento da tireóide comprime o nervo laríngeo → controla as cordas vocais.
- Sinal de Pemberton : paciente levanta os braços acima da cabeça → bócio volumoso ocupa a região
supraclavicular → comprime estruturas adjacentes.
- Dispneia.
- Sons agudos durante a respiração.
- Compressão das veias da região cervical → afeta o retorno venoso → vermelhidão no rosto.
AULA 13 - SÍNDROME FEBRIL
- Síndrome = conjunto de sinais e sintomas.
SÍNDROME FEBRIL :
- Diagnóstico sindrômico : síndrome febril.
- Febre é o principal sintoma.
- Diagnóstico nosológico / etiológico : causa e doença que causou os sintomas.
- Exemplo : pneumonia causada por pneumococo.
FEBRE :
- Resposta normal do corpo em resposta a estímulos → infecções, inflamações → condições que ativam
uma resposta imune.
- Controle da temperatura corporal : hipotálamo → termorregulador.
- Estimulação no hipotálamo → elevação da temperatura pela liberação de citocinas → causa febre.
- Aumento da temperatura → ambiente menos favorável para o crescimento e reprodução dos patógenos.
- Temperatura normal : varia de 36,5 a 37,5 °C.
- Ambiente frio : hipotálamo atua para preservar calor → ocorre vasoconstrição → vasos nas extremidades
do corpocontraem para diminuir a perda de calor → produção de suor é reduzida.
- Ambiente quente : hipotálamo atua para dissipar o calor → ocorre vasodilatação na pele → permite que o
calor seja liberado → produção de suor aumenta para resfriar o corpo por evaporação.
TEMPERATURA CORPORAL :
- Axilar : 36,5 a 37 °C.
- Bucal : 36,8 a 37,8 °C.
- Retal : 37,2 a 38,2 °C.
- Aguardar 1 hora para medir a temperatura do paciente após exercícios intensos e banhos quentes.
FEBRE :
- Elevação da temperatura acima de 37 °C.
- Distúrbios que afetam o hipotálamo : causa regulação anormal da temperatura → febres persistentes ou
recorrentes.
- Patógenos desencadeiam resposta imune → ocorre a produção de citocinas que atuam no hipotálamo →
aumenta a temperatura corporal → causa febre.
- Febre : agressão interna, externa ou alteração do SNC.
- Hipertermia : aumento da temperatura pela exposição excessiva ao calor → externo → corpo não
consegue dissipar o calor → aumenta a temperatura.
SÍNDROME FEBRIL :
- Sintoma principal : febre.
- Taquicardia / taquisfigmia : aumento da FC.
- Taquipneia : aumento da FR → para dissipar o calor e regular a temperatura.
- Perda de peso : aumento do metabolismo e perda de apetite.
- Fraqueza e fadiga.
- Náuseas e vômitos.
- Diarréia.
FISIOPATOLOGIA DA FEBRE :
- Patógenos ativam o sistema imune → liberam citocinas → IL-1, IL-6 e TNF → circulam pelo sangue para
chegar no hipotálamo → liberam prostaglandinas → prostaglandina atua no hipotálamo para aumentar a
temperatura → causa febre.
- Hipotálamo aumenta a temperatura pelo aumento do metabolismo, vasoconstrição periférica
para conservar calor e aumento na produção de energia.
INÍCIO DA FEBRE :
- Súbito : mudança rápida no estado de saúde → paciente estava se sentindo bem e começou a sentir febre
→ acompanhada de sintomas associados.
- Resposta rápida do sistema imune ao patógeno.
- Gradual : aumento lento e progressivo da temperatura ao longo do tempo.
- Resposta gradual do sistema imune ao patógeno.
INTENSIDADE DA FEBRE :
- Perguntar se o paciente aferiu a temperatura → pode ser hipertermia.
- Leve, moderada ou grave.
- Leve : até 37,5 °C.
- Moderada : 37,6 a 38,5 °C.
- Grave : acima de 38,6 °C.
- No idoso : resposta febril atenuada → reduzida → pelo envelhecimento.
- Febre mascarada em imunossupressão : não manifesta febre de maneira típica.
DURAÇÃO :
- Febre prolongada a 1 mês : infecções crônicas, neoplasias, doenças autoimunes.
- Febre prolongada por mais de 7 dias : tuberculose, endocardite infecciosa, malária, febre tifóide,
colagenoses, linfomas.
EVOLUÇÃO :
- Contínua : febre mantém temperatura elevada constante ao longo do tempo.
- Irregular : picos de temperatura muito elevadas intercaladas com períodos de temperatura normal →
não seguem um padrão.
- Remitente : variações diárias na temperatura → variações superiores a 1 °C → se mantém acima do
normal.
- Intermitente : episódios cíclicos de febre interrompidos por períodos de temperatura normal.
- Malária : febre em um dia seguida por dias sem febre.
- Tuberculose : febre noturna → picos de temperatura ocorrem de noite.
TÉRMINO :
- Súbito : febre desaparece de maneira repentina e rápida → ocorre após a administração de antitérmicos
ou sem intervenção médica → resolução espontânea.
- Gradual : febre diminui de forma gradual → corpo vai superando o que estava causando febre.
CAUSAS DA FEBRE :
INFECCIOSAS :
- Infecções bacterianas, virais, fúngicas ou parasitas.
- Histórico de episódios febris semelhantes → recorrência de infecções.
- Cirurgias podem aumentar o risco de infecções.
- Contato com animais → exposição a patógenos.
- Imunossupressão : risco aumentado de infecções oportunistas.
DOENÇAS NEOPLÁSICAS :
- Perda de apetite e peso.
- Histórico familiar de neoplasias.
- Adenomegalia → linfonodos aumentados → podem ser duros e dolorosos.
- Sintomas B : febre + sudorese noturna + perda ponderal não intencional → sintomas de malignidade.
DOENÇAS AUTOIMUNES :
- Úlceras orais e genitais → sintoma da doença de Behçet → podem ser doloridas.
- Histórico familiar de doenças autoimunes.
- Hiperemia + edema → indica artrite.
SIRS → SÍNDROME DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA SISTÊMICA :
- Cirurgias : resposta inflamatória sistêmica pela demanda metabólica e liberação de citocinas
inflamatórias → comum após cirurgias → febre + taquicardia.
- Politrauma : extensão da resposta inflamatória.
- Grandes queimados : queimaduras extensas ativam uma grande resposta inflamatória.
- Hipertireoidismo : aumento do metabolismo → pode causar resposta inflamatória sistêmica.
AULA 14 - SÍNDROME CONSUMPTIVA
- Síndrome consumptiva : perda de peso significativa e involuntária.
- Perda de peso involuntária : não precisa de esforços conscientes para emagrecer.
- Adulto : perda de peso superior a 10% do peso basal.
- Idoso : perda de peso superior a 5% do peso basal.
- Tempo : no máximo 1 ano.
- Idoso → devemos considerar sarcopenia → diminuição da qualidade e quantidade da força muscular pelo
envelhecimento.
ANAMNESE :
- Identificação : idade, sexo, profissão, religião.
- Religião : quaresma → paciente pode fazer jejum por um período.
- HMA : tempo, quantidade, perda de peso voluntária ou involuntária, peso basal do paciente, fator
desencadeante, fatores associados, evolução.
- ISDA :
- Cabeça e pescoço :
- Dentição : pode afetar a capacidade do paciente de comer.
- Distúrbios da tireóide : pode afetar o peso e apetite.
- Alterações sensoriais : perda de olfato e paladar pode causar perda de apetite.
- Tórax : distúrbios gastrointestinais → problemas no sistema digestivo → pode afetar o apetite.
- Geniturinário : noctúria, poliúria, oligúria e presença de sangue nas urinas → pode indicar
aumento de próstata ou câncer → causa perda de apetite.
- SN : depressão, transtorno de humor, alterações de memória → podem causar perda de apetite.
- Alzheimer : acúmulo de beta-amilóide no organismo pode causar resposta inflamatória
generalizada → contribui para a perda de peso.
- AP : cirurgias feitas, etilismo, tabagismo, drogas, doenças pré-existentes, medicações em uso.
- Tudo que for inflamatório, infeccioso e crônico pode causar perda de peso → hipertireoidismo,
DPOC.
- AF : histórico de câncer e de doenças existentes nos familiares.
- Condições socioeconômicas : questão financeira do paciente.
EXAME FÍSICO :
- IMC e massa muscular.
- IMC : avalia a relação entre o peso e a altura.
- Avaliar massa muscular.
- Hidratação e coloração das mucosas.
- Função hepática e renal → hepatite pode causar perda de peso → paciente vai estar ictérico.
- Paciente anêmico.
- Comportamento do paciente : aspectos emocionais.
- Fácies :
- Basedowiana : hipertireoidismo.
- Toque retal e palpação.
- Bulimia : exame bucal → erosão do esmalte dentário pelo contato do HCl durante os vômitos.
- Dedo descamado : sinal de trauma repetitivo relacionado a forçar o vômito.
SÍNDROME CONSUMPTIVA :
- Desequilíbrio entre o gasto de energia e a oferta de nutrientes → causa perda significativa de peso.
- Perda involuntária acima de 20% → indica uma disfunção orgânica.
- Associado ao aumento da morbilidade e mortalidade.
- Desnutrição ou inanição : carência de nutrientes acompanhada de emagrecimento ou caquexia →
quantidade insuficiente de nutrientes.
- Desnutrição energética protéica : ingestão de calorias e proteínas é insuficiente.
- Síndrome de má absorção : incapacidade de absorver nutrientes no TGI.
- Deficiência de vitamina B12 após cirurgia bariátrica : dificuldade na absorção de vitamina B12.
- Sarcopenia : diminuição da massa corporal pela perda de tecido muscular esquelético.
- Caquexia : perda de peso atinge o grau máximo → estado avançado de desnutrição → não há reservas no
corpo.
- Aumento do catabolismo : degradação de moléculas para liberar energia → aumento da utilização de
energia → contribui para a perda de peso.
- Falta de energia suficiente no corpo causa aumento do catabolismo.
- Entrada de energia: alimentação → nutrientes fornecem energia ao corpo → metabolizados para
produzir ATP.
- Gasto de energia : catabolismo.
- Metabolismo basal : energia é importante para manter funções vitais em repouso → respiração,
circulação sanguínea e manutenção da temperatura corporal.
- Corpo gasta energia para digerir, absorver e processar nutrientes.
- Atividade física → suor excessivo → catabolismo para liberar energia.
- Excreção : parte da energia ingerida nos alimentos é perdida nas fezes.
- Tudo que é metabólico e está descompensado pode causar perda de peso.
- Toda doença infecciosa e inflamatória pode causar síndrome consumptiva.
- Idosos : colecistocinina vai diminuindo com o envelhecimento → satisfeito mais rápido → redução do
apetite.
- CCK : hormônio que atua na regulação do apetite e na digestão.
AULA 19 - SÍNDROME EDEMATOSA
EDEMA :
- Acúmulo anormal de líquido no interstício.
- Aumento da pressão hidrostática (empurra o líquido para fora) e diminuição da pressão osmótica (puxa
o líquido de volta) → acúmulo de líquidos nos tecidos → causa edema.
MECANISMO DE FORMAÇÃO DO EDEMA :
- Extravasamento anormal de líquidos para o interstício pelos capilares.
- Forças de Starling : troca de líquidos através das paredes dos vasos.
- Desequilíbrio : mais líquido é filtrado para o interstício do que é reabsorvido → causa acúmulo
de líquido → formação do edema.
- Vasos linfáticos : removem o excesso de fluido dos tecidos para o sangue.
- Vasos linfáticos danificados ou obstruídos → líquido não vai ser drenado → causa edema
(linfedema).
PERMEABILIDADE CAPILAR :
- Permeabilidade seletiva do vaso é importante para manter o equilíbrio.
- Aumento da permeabilidade : extravasamento de água e proteínas → forma lesão no vaso → causa
edema.
- Pode ocorrer em reações alérgicas (liberação de substâncias que aumentam a permeabilidade
vascular), infecções bacterianas graves e contato com substâncias tóxicas.
AUMENTO DA PRESSÃO HIDROSTÁTICA DO VASO :
- Conteúdo do vaso está maior → causa extravasamento.
- Trombose : obstrução das veias → causa obstrução de sangue → sangue retido aumenta a pressão → causa
edema.
- Síndrome da veia cava superior : obstrução do fluxo sanguíneo venoso → acúmulo de líquido → edema.
- IC : dificuldade em bombear → causa acúmulo de sangue → aumenta pressão hidrostática → causa
edema.
- Cirrose hepática : hipertensão portal → aumento da pressão na veia porta → edema.
- Gravidez : aumento na pressão venosa, retenção de líquidos por alterações hormonais e aumento do
volume sanguíneo → edema.
DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO OSMÓTICA DO VASO :
- Cirrose hepática : diminuição de albumina → mantém a pressão osmótica → causa redução da pressão
osmótica → edema.
- Síndrome nefrótica : albumina é perdida na urina → reduz pressão osmótica → causa edema.
- Desnutrição protéica : não produz albumina → diminuição da pressão osmótica → edema.
- Edema de face periorbital.
AUMENTO DA PRESSÃO OSMÓTICA :
- Pressão osmótica do interstício está maior.
- Mixedema : hipertireoidismo → acúmulo de mucopolissacarídeos no interstício → pressão osmótica
maior → causa edema.
- Bloqueio do sistema linfático : obstrução → redução da drenagem de fluido intersticial → acúmulo de
fluido no interstício → aumenta pressão osmótica na área → causa edema (linfedema).
- Edema de MS.
SEMIOLOGIA DOS EDEMAS :
- Edema generalizado causa aumento de peso.
- Edema cutâneo é mais visível.
LOCALIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO :
- Localizado : edema em uma área específica.
- Generalizado : afeta várias partes do corpo.
- MI mais comum.
- Edema sacral : pacientes acamados por longos períodos podem ter edema nesta região.
INTENSIDADE :
- Grau 1 : leve → depressão mínima com a pressão.
- Grau 2 : moderado → depressão moderada → retorno mais lento.
- Grau 3 : acentuado → depressão profunda → retorno mais demorado.
- Grau 4 : muito acentuado → depressão significativa.
- Pressão contra uma superfície óssea.
- Sinal de Cacifo.
CONSISTÊNCIA :
- Edema mole : mais recente → condições agudas.
- Edema duro : alterações crônicas.
- Pele mais fibrosa e engrossada pela deposição de tecido conjuntivo → elefantíase.
ELASTICIDADE :
- Elástico : marca do dedo ao ser pressionado e volta à posição normal.
- Inelástico : demora para voltar à posição normal → pele fibrosa e endurecida.
TEMPERATURA :
- Quente : processo inflamatório.
- Frio : má perfusão sanguínea, isquemia ou comprometimento vascular.
SENSIBILIDADE :
- Doloroso : processo inflamatório local.
- Sem dor : condições sistêmicas.
ALTERAÇÕES DA PELE :
- Pele vermelha : inflamação → aumento do fluxo sanguíneo local.
- Palidez : diminuição do fluxo sanguíneo, redução de hemoglobina ou anemia.
- Cianose : má oxigenação do sangue.
- Pele lisa e brilhante : edema recente.
- Pele espessa : edema de longa duração.
- Pele enrugada : edema em resolução.
EDEMAS ESPECÍFICOS :
- Sinal de Romana : edema periorbital unilateral → doença de Chagas.
- Anasarca : edema generalizado.
- Elefantíase : obstrução do sistema linfático → um membro com edema grande, pele fibrosa e espessa →
edema inelástico.
EDEMA GENERALIZADO :
SÍNDROME NEFRÓTICA E NEFRÍTICA :
- Síndrome nefrótica : processo autoimune que afeta o podócito → causa aumento da permeabilidade do
glomérulo → causa proteinúria → urina espumosa.
- Proteinúria, hipoalbuminemia e edema → tríade da síndrome nefrótica.
- Síndrome nefrítica : processo inflamatório → inflamação dos glomérulos.
- Hematúria, hipertensão arterial e edema → tríade da síndrome nefrítica.
EDEMA SECUNDÁRIO À INSUFICIÊNCIA CARDÍACA :
- Incapacidade do coração em bombear sangue → edema se inicia onde a ação da gravidade é maior.
- Dificuldade em bombear sangue → líquido se acumula → causa edema.
- Ingurgitamento das jugulares : acumulação de sangue nos vasos jugulares.
- Hepatomegalia : acúmulo de sangue venoso no fígado.
- Refluxo hepatojugular : pressão aumentada na veia jugular pela compressão do fígado.
EDEMA SECUNDÁRIO À CIRROSE HEPÁTICA :
- Edema mole e indolor → edema generalizado com predomínio em MI.
- Cirrose : ocorre fibrose extensa do fígado → compromete a função.
- Ocorre diminuição da produção de albumina → atua na pressão osmótica do sangue → causa
diminuição da pressão osmótica → causa retenção de líquido nos tecidos → edema.
- Aumento da pressão portal : causa o vazamento de líquidos do sangue para os tecidos → edema.
- Ascite : acúmulo de líquido no abdome → líquido pode se deslocar para outras áreas causando
edema.
EDEMA SECUNDÁRIO À DESTRUIÇÃO PROTEICA :
- Hipoalbuminemia : redução de albumina no sangue.
- Desnutrição causa diminuição da produção de albumina → diminui pressão osmótica → causa edema.
- Edema generalizado, mole e inelástico → intenso e indolor.
EDEMA LOCALIZADO :
INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA :
- Veias da perna não conseguem transportar o sangue de volta ao coração → causa acúmulo de sangue nas
pernas → causa edema de MI.
- Edema mais acentuado em pacientes que ficam em pé ou sentados por longos períodos.
- Edema mole e inelástico no início → com o tempo ocorre espessamento e fibrose da pele.
- Pode ter uma cor acastanhada da pele na região do edema → deposição de pigmentos liberados das
hemácias que extravasam para os tecidos.
- Telangiectasias : pequenos vasos sanguíneos visíveis na superfície da pele.
- Varizes.
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA :
- Coágulo sanguíneo se forma em uma veia profunda → geralmente nas pernas.
- Dor no local : pode ser leve a intensa → ocorre na panturrilha mas pode ser sentida na coxa.
- Coloração da pele : cianótica → pela falta de oxigenação adequada; ou avermelhada → pela inflamação.
- Edema assimétrico → ocorre em apenas uma perna.
- Calor e sensibilidade → quente e sensível à pressão → por conta da inflamação.
- Sinal de Homans : dor na região da panturrilha quando fazemos uma flexão do pé → indica trombose
venosa profunda.
- Sinal da bandeira : empastamento da panturrilha → vai estar rígida.
AULA 20 - SÍNDROME ANÊMICAANEMIA :
- Redução da quantidade de hemoglobina no sangue.
- Causada pela falta de ferro, vitaminas, diminuição de hemácias, diminuição de hemoglobina.
- Hemoglobina : proteína que transporta O2 dos pulmões para os tecidos do corpo → está dentro das
hemácias.
- Hemoglobina : composta de ferro → causa a coloração vermelha da hemácia.
- Diminuição na produção de hemácias, na concentração de hemoglobina ou aumento da
destruição das hemácias → causa comprometimento do transporte de O2 no sangue.
- Nem toda anemia vai precisar dar vitamina, ferro ou transfundir → precisamos saber a causa para tratar.
HEMATOPOIESE :
- Formação e desenvolvimento das células sanguíneas a partir das células-tronco na medula óssea.
- Eritropoiese : formação das hemácias → 7 dias para produzir novas hemácias.
- Célula-tronco vai se diferenciando até formar células maduras → eritrócitos → possuem
hemoglobina → transporte de O2 para os tecidos.
- Leucopoiese : formação de leucócitos → células brancas do sangue → atuam no sistema imune.
- Trombopoiese : formação de plaquetas → trombócitos → atuam na coagulação sanguínea → controla
sangramentos.
REDUÇÃO DA PRODUÇÃO DE HEMÁCIAS :
- Eritropoietina : age na medula óssea para estimular a produção de hemácias → produzida nos rins e no
fígado.
- Sua liberação é estimulada pela hipóxia → diminuição de O2 nos tecidos.
- Para formar hemácias também precisa de nutrientes → complexo B, ácido fólico e ferro.
- Sem eritropoietina = sem produção de hemácias → não vai ter hemoglobina → causa anemia → não
possui O2 para distribuir para os tecidos.
- Doenças renais crônicas e doenças hepáticas crônicas : causa falta de eritropoietina → causa anemia.
- Deficiência de proteínas : não produz eritropoietina → causa anemia.
- Hipotireoidismo : diminuição de T3 e T4 → afeta a produção de eritropoietina → causa anemia.
- Anemia = diminuição de hemoglobina no sangue.
- Mulheres : abaixo de 12.
- Homens : abaixo de 14.
- Câncer que afetam a medula óssea : não produz células-tronco → não forma hemácias.
- Medicamentos tóxicos : alguns medicamentos podem afetar a produção de hemácias → causam
depressão da medula óssea.
- Doenças genéticas : algumas condições genéticas podem afetar a formação de hemácias.
AUMENTO DA DESTRUIÇÃO DE ERITRÓCITOS → HEMÓLISE :
- Anemia hemolítica : ocorre aumento da destruição de hemácias → corpo não consegue substituir o
excesso de destruição → causa redução de hemácias no sangue → causa redução de hemoglobina → causa
anemia.
HEMORRAGIA E ANEMIA :
- Hemorragias podem causar diminuição do volume de sangue → reduz hemoglobina no sangue → causa
anemia.
- Menstruação : perda de sangue → pode causar anemia.
- Em casos de anemia por hemorragia : fazer transfusão sanguínea.
SINAIS E SINTOMAS :
- Taquicardia : aumento da FC → resposta do corpo pela redução de O2 nos tecidos (hipóxia) → coração
bate mais rápido para bombear mais sangue → tenta compensar a diminuição de O2.
- Palidez : causada pelo desvio de sangue das extremidades para os órgãos vitais → garantir o suprimento
adequado de O2.
- Hiperfonese de bulhas : aumento do som das batidas do coração durante a ausculta → maior trabalho do
coração para bombear mais sangue.
- Cianose : unhas azuladas → sinal de insuficiência de O2 no sangue.
- Tontura e dificuldade de concentração : diminuição de O2 para o cérebro → causa tontura, fadiga e
dificuldade de concentração.
- Icterícia : hemólise aumentada pode causar icterícia → acúmulo de bilirrubina indireta no sangue.
- VCM e HCM baixo : indica anemia ferropriva → falta de ferro.
- VCM e HCM alto : indica anemia causada por deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico → anemia
megaloblástica.
- Vitamina B12 : deficiência de vitamina B12 pode causar neuropatia periférica, formigamento,
fraqueza, problemas de memória e coordenação.
- Ácido fólico na gravidez : na gravidez pode ocorrer deficiência de ácido fólico por conta do feto → uso
de ácido fólico durante a gestação.
- Glossite atrófica : atrofia das papilas gustativas na língua → perda do paladar e língua lisa.
- Taquipneia : aumento da FR para compensar a redução de O2 para os tecidos → tenta fornecer mais O2
para os tecidos.
- Hipotensão postural : redução de O2 para o cérebro pode causar tontura ao se levantar rapidamente.
- Sensação de náusea : falta de O2 nos tecidos gastrointestinais pode causar náuseas, desconforto
abdominal e vômitos.
ANAMNESE :
- ISDA :
- Febre, sudorese noturna, perda de peso, queda de cabelo, cabelos e unhas quebradiças,
perversão do apetite (PICA).
- Linfonodomegalia : aumento do volume dos linfonodos → pode causar anemia.
- Hemorragias → hematêmese, melena, enterorragia, metrorragia, hematúria, epistaxe.
- Lesões na pele → petéquias, equimoses, úlceras.
- Dores → ósseas, musculares, articulares.
- Parestesias → carência de vitamina B12.
CASO CLÍNICO 1 :
- Paciente apresenta anemia.
- Queixa : dispneia aos esforços, indisposição, queda de cabelo e unhas quebradiças há 6 meses.
- Amamentou por 2 anos → parou há 6 meses.
- Não come carne.
- Menstruação de fluxo intenso por 7 dias.
- Astenia : fraqueza, cansaço físico → sintoma → o que o paciente relata.
- Palidez, taquipneia, edema, alopécia → sinais → o que observamos no exame físico.
- Causa da anemia da paciente : falta de ferro → anemia ferropriva.
- Fluxo menstrual intenso → perda de hemácias.
- Suplementação de ferro → tratamento.
- Diagnóstico sindrômico : síndrome anêmica.
- Diagnóstico etiológico : anemia ferropriva.
ANEMIA FERROPRIVA :
- Perda de hemácias ou deficiência de nutrientes.
- Glossite atrófica.
- Coiloníquia.
- Cabelos finos e quebradiços.
- Perversão do apetite (PICA).
- Amenorréia nas mulheres.
CASO CLÍNICO 2 :
- Paciente relata astenia, indisposição, parestesias nos pés, diarréia há 4 meses.
- Dificuldade de deglutição.
- Anemia por deficiência de de nutrientes → vitamina B12 e ácido fólico → causa anemia megaloblástica.
ANEMIAMEGALOBLÁSTICA :
- Causada pela deficiência de nutrientes → vitamina B12 e ácido fólico → atuam na produção de hemácias.
- Não ocorre a formação de hemácias.
- Carência de vitaminas ou má absorção.
CASO CLÍNICO 3 :
- Paciente com queixa de fadiga intensa há 1 semana.
- Relata astenia e dispnéia aos esforços, com aparecimento súbito e progressivo há 1 semana → sintomas
intensos.
- Sonolência, tontura e episódios de pré-síncope.
- Alteração de peso e alteração do apetite.
- Queda de cabelo há 1 mês.
- Nega sangramentos.
- Artralgia e edema nas articulações das mãos há 2 semanas.
- Anemia por destruição de hemácias → diminuição de hemoglobina no sangue → anemia hemolítica.
ANEMIA HEMOLÍTICA :
- Destruição acelerada de hemácias no sangue → diminui hemoglobina → causa anemia.
- Pode causar icterícia : liberação de bilirrubina indireta com a destruição de hemácias → se acumula nos
tecidos → causa icterícia.
- Esplenomegalia : aumento do volume do baço → baço tenta remover as hemácias danificadas ou
envelhecidas → baço fica sobrecarregado → aumento do tamanho.
AULA 27 - SÍNDROME ICTÉRICA
SÍNDROME ICTÉRICA :
- Elevação de bilirrubina no sangue → acima de 2 → coloração amarelada da esclera, mucosas, pele e
líquidos orgânicos.
- Bilirrubina : pigmento amarelo produzido durante a quebra das hemácias → hemólise → causa liberação
de bilirrubina indireta → vai ser processada pelo fígado e excretada na bile.
METABOLISMO DAS BILIRRUBINAS :
- Hemácias são degradadas no baço pelos macrófagos e monócitos → liberam hemoglobina →
hemoglobina é composta por grupo heme e globina.
- Globina é reciclada em aminoácidos e proteínas.
- Grupo heme é quebrado pela enzima heme-oxigenase → produz ferro, CO e biliverdina.
- Biliverdina é convertida pela biliverdina redutase em bilirrubina indireta → lipossolúvel.
- Bilirrubina indireta é transportada do sangue para o fígado pela albumina.
- No fígado : bilirrubina indireta é captada pelos hepatócitos → enzima UDPGT vai conjugar a bilirrubina
indireta →liga a bilirrubina com um ácido glicurônico → forma bilirrubina direta → é hidrossolúvel.
- Bilirrubina direta é secretada junto com a bile e é armazenada na vesícula biliar → é liberada no
intestino.
- No intestino : bactérias transformam a bilirrubina em urobilinogênio pela ação da beta-glucuronidase
(produzida pelas bactérias) → 80% é excretado nas fezes como estercobilina.
- 20% do urobilinogênio é reabsorvido no intestino e volta para o sangue → vai ser excretado pelos rins na
forma de urobilina → cor amarela da urina.
DEFICIÊNCIA DA ENZIMA UDPGT :
- Não ocorre a conjugação da bilirrubina indireta → causa aumento de bilirrubina indireta.
- Síndrome de Gilbert (deficiência parcial) : redução da atividade da UDPGT → não conjuga a bilirrubina
indireta.
- Fígado possui capacidade reduzida de conjugar bilirrubina → icterícia se manifesta em períodos
de aumento na demanda metabólica ou estresse → elevação de bilirrubina indireta temporária.
- Síndrome de Crigler-Najjar : deficiência completa de UDPGT → criança não atinge a vida adulta.
- Aumento significativo de bilirrubina indireta no sangue → bilirrubina indireta é lipossolúvel →
se acumula em tecidos → pode se acumular no SNC → causa disfunções no cérebro.
FÍGADO :
- Albumina transporta a bilirrubina indireta para o fígado.
- Captação de bilirrubina indireta nos hepatócitos → enzima UDPGT conjuga a bilirrubina indireta em
bilirrubina direta → bilirrubina direta é excretada na bile e armazenada na vesícula biliar antes de ser
liberada no intestino.
- Intestino : bactérias convertem a bilirrubina direta em urobilinogênio → maior parte é excretada nas
fezes → urobilinogênio sofre oxidação e vira estercobilina.
- Outra parte do urobilinogênio é oxidada em urobilina → é reabsorvida no intestino para voltar para o
sangue → filtrada pelos rins e excretada na urina.
- Canal MRP2 : transportador presente nos hepatócitos → excreta a bilirrubina direta na bile → transporta
a bilirrubina direta para o canalículo biliar.
- Síndrome de Dubin-Johnson : deficiência do canal MRP2 → não ocorre a excreção de bilirrubina
direta na bile → ocorre aumento de bilirrubina direta → causa icterícia.
- Alguns medicamentos podem afetar a função do canal MRP2 → bloqueio ou interferência pode
gerar aumento de bilirrubina direta → causa icterícia.
VIA EXTRA-HEPÁTICA :
- Cálculo da vesícula biliar pode ir para o colédoco → impede o fluxo da bile para o intestino → causa
acúmulo de bilirrubina direta → causa icterícia.
- Acolia : fezes claras → bilirrubina direta não chega no intestino.
- Colúria : coloração escura da urina → bilirrubina direta se acumula no sangue → filtrada pelos
rins e excretada na urina.
HEMÓLISE :
- Destruição prematura ou acelerada das hemácias → causa aumento de bilirrubina indireta no sangue
pela liberação excessiva de hemoglobina.
ICTERÍCIA PRÉ-HEPÁTICA :
- Icterícia hemolítica → ocorre antes do fígado → aumento de bilirrubina indireta pela destruição
aumentada de hemácias.
- Predominância de bilirrubina indireta elevada.
- Bilirrubina indireta é lipossolúvel → não é excretada na bile e se acumula nos tecidos → coloração
amarelada da pele e mucosas.
ICTERÍCIA HEPÁTICA :
- Não ocorre conjugação ou problemas no transportador MRP2.
- Problemas na conjugação :
- Falta de UDPGT → enzima que faz a conjugação da bilirrubina indireta → não ocorre conjugação
→ aumento de bilirrubina indireta.
- Alguns medicamentos podem interferir na atividade da UDPGT → não ocorre conjugação da
bilirrubina → aumento de bilirrubina indireta.
- Icterícia neonatal : alguns RN podem ter deficiência fisiológica temporária de UDPGT → causa
icterícia neonatal.
- Problemas no transportador MRP2 :
- Canal MRP2 → transporta a bilirrubina direta para a bile → problemas no canal causam aumento
de bilirrubina direta → icterícia.
- Doenças hepatocelulares : destruição de hepatócitos → hepatites virais, cirrose hepática,
hepatotoxicidade por drogas ou toxinas → não ocorre a conjugação → aumento de bilirrubina indireta.
- Caracterizada por aumento de bilirrubina direta ou indireta → icterícia mista.
DENGUE :
- Dengue grave pode causar hepatite viral → vírus da dengue possui tropismo pelo fígado → causa
destruição de hepatócitos → causa dor abdominal.
- Não ocorre conjugação da bilirrubina indireta pela destruição dos hepatócitos → aumento de
bilirrubina indireta no sangue.
ICTERÍCIA PÓS-HEPÁTICA :
- Icterícia obstrutiva ou colestática → ocorre após a conjugação da bilirrubina e antes da excreção na bile
→ causa aumento de bilirrubina direta.
- Acolia + colúria.
COLANGITE ESCLEROSANTE PRIMÁRIA :
- Doença autoimune que afeta as vias biliares → sistema imune ataca as vias biliares → ocorre inflamação
e fibrose → causa obstrução das vias biliares → acúmulo de bilirrubina direta.
- Icterícia, dor abdominal e prurido.
- Progressão da colangite esclerosante primária pode causar cirrose hepática → substituição de tecido
hepático por tecido fibroso → compromete a função hepática → pode evoluir para insuficiência hepática.
COLANGITE AGUDA OBSTRUTIVA :
- Obstrução das vias biliares → causa acúmulo de bile nas vias biliares → cria um ambiente propício para a
proliferação de bactérias → E. coli, Enterococcus e Klebsiella → causa infecção.
- Presença de bactérias nas vias biliares obstruídas pode aumentar o risco das bactérias irem para
o sangue → causa bacteremia → pode causar sepse → resposta inflamatória generalizada.
- Bile acumulada também causa aumento da pressão dos ductos → ocorre distensão do trato biliar →
pressão começa a liberar bilirrubina direta para o sangue → causa colúria.
- Colúria, febre, dor abdominal e icterícia.
- Tríade de Charcot : febre + icterícia + dor abdominal no hipocôndrio direito.
- Penta de Reynold : confusão mental + hipotensão arterial (diminuição da PA).
- Predominância de bilirrubina direta elevada.
SINAIS E SINTOMAS ASSOCIADOS :
- Anorexia, prostração, mialgia → sintomas iniciais de infecções virais.
- Dor abdominal no hipocôndrio direito.
- Hepatomegalia → aumento do fígado.
- Prurido → indica colestase ou obstrução do fluxo biliar → causa acúmulo de bile.
- Febre com calafrios → indica colangite → inflamação dos ductos biliares.
- Perda de peso, anemia → pode indicar neoplasia hepática ou biliar.
- Ascite, ginecomastia, telangiectasias, eritema palmar → pode indicar cirrose.
- Acolia fecal e colúria → pode indicar colestase.
- Esplenomegalia : aumento do baço → pode indicar anemias hemolíticas ou hipertensão portal.
- Sinal de Courvoisier-Terrier : vesícula biliar palpável em um paciente ictérico → pode indicar obstrução
por tumor na cabeça do pâncreas.
PSEUDOICTERÍCIA :
- Icterícia não verdadeira → coloração amarelada da pele ou mucosas sem aumento de bilirrubina no
sangue.
- Ingestão aumentada de caroteno e beta-caroteno → pigmentação desses compostos se acumula na pele e
mucosas → aparência amarelada semelhante à icterícia.
- Sem aumento de bilirrubina no sangue.
- Reuquinol : medicamento antimalárico e imunossupressor → pele pode apresentar um tom amarelado →
sem pigmentação da esclera.
- Afrodescendentes : tonalidade amarelada na parte exposta da esclera → acúmulo de uma pequena
camada de gordura na conjuntiva → não atinge toda a superfície da esclera.
AULA 28 - EXAME CLÍNICO DO IDOSO
IDOSO :
- No Brasil : 60 anos ou mais.
- No mundo : 65 anos ou mais.
- Dividimos em grupos :
- Idoso jovem : 60 a 69 anos.
- Idoso velho : 70 a 79 anos.
- Muito idoso : 80 anos ou mais.
- Número de idosos está aumentando → melhora da expectativa de vida.
- Classificação do envelhecimento : usar esse parâmetro para a consulta.
- Bem-sucedido : predominam as modificações fisiológicas do envelhecimento → senescência;
sem perdas funcionais significativas.
- Malsucedido : predominam as alterações provocadas por doenças → senilidade; + perda
funcional significativa.
- Envelhecimento usual : está entre os dois pólos.
EXAME CLÍNICO NO IDOSO :
- Levar em contaas modificações anatômicas e funcionais do envelhecimento.
- Senilidade : alterações decorrentes do adoecimento → interação entre o processo natural de
envelhecimento e fenômenos patológicos.
- Senescência : fenômeno natural do envelhecimento.
- Não é necessário o idoso estar acompanhado de um cuidador → só acompanha quando a cognição
estiver comprometida.
- Não infantilizar o idoso.
- Múltiplas queixas → em indivíduos idosos, várias doenças podem aparecer de maneira atípica.
- Multimorbidade : presença de duas ou mais doenças crônicas em um só indivíduo.
- Polifarmácia : mais de 5 medicações → medicamentos usados pelo paciente → usados por conta própria,
manipulados, fórmulas ou os considerados ´´naturais´´.
- ISDA :
- Paciente informa pouco sobre sua doença → considera os sintomas naturais do envelhecimento.
- Cavidade oral, alterações sensoriais.
- SNC : memória, sono.
- Psíquico : transtornos de humor e comportamento.
- TGI : constipação, diarréia, incontinência.
- TGU : aumento prostático, incontinência, uso de fraldas.
- Alterações no peso.
- Vida sexual, uso de preservativos.
ALTERAÇÕES NORMAIS DO ENVELHECIMENTO :
- Pele :
- Melanose senil : aparecimento de manchas hipercrômicas, planas e lisas → aparece na face e no
dorso das mãos.
- Cútis romboidal : pele flácida → forma pregas nos braços, coxas e abdome → ocorre redução de
glândulas sudoríparas e sebáceas → pele se torna rugosa e seca → diminuição do turgor.
- Pelos diminuem, cabelos embranquecem e pode surgir calvície.
- Onicogrifose : unhas dos pés adquirem um formato irregular e tamanho excepcional → são
espessas e curvas.
- Hiperpigmentação, edema das pálpebras inferiores e queda das pálpebras superiores → ptose
palpebral.
- Pálpebra inferior pode se afastar ou sofrer uma eversão → ectrópio.
- Diminuição da secreção lacrimal com ressecamento ocular.
- Músculo :
- Redução da massa e densidade óssea.
- Menor elasticidade de tendões e ligamentos.
- Redução da massa muscular.
- Osteoporose, sarcopenia, quedas e maior propensão para fraturas.
- Altura :
- Curvaturas da coluna vertebral vão se acentuar pela diminuição da espessura dos discos
intervertebrais.
- Diminuição de estatura.
- Ocorre perda dos arcos dos pés.
- Sistema imune :
- Redução de tamanho do timo.
- Redução na ação das células T ativas.
- Resposta imune mais lenta.
- Menor atividade dos neutrófilos.
- Maior vulnerabilidade e doenças como gripe e pneumonia.
- Tireóide :
- Atrofia da tireóide → substituição do tecido glandular por tecido fibroso e gordura.
- Pulmão :
- Redução da caixa torácica.
- Perda da retração elástica pulmonar.
- Redução da troca gasosa com menor limiar de fadiga.
- Reflexos de tosse e ciliares reduzidos.
- Surgimento precoce de dispneia em doenças.
- Maior risco de pneumonia aspirativa.
- Coração :
- Retardo de enchimento do VE.
- Espessamento da parede do ventrículo.
- Redução da FC em repouso.
- Espessamento e endurecimento das válvulas.
- Sistema reprodutor :
- Mulher :
- Função ovariana diminui durante a 5° década de vida.
- Ciclos menstruais cessam entre 45 e 50 anos.
- Mamas se tornam flácidas e pendentes → tecido glandular é substituído por tecido
fibroso.
- Mucosa vaginal atrofia → se torna fina e ressecada.
- Ligamentos que sustentam o útero se afrouxam → favorece a ptose do útero.
- Homens :
- Diminuição dos testículos.
- Volume prostático aumenta.
- Sistema nervoso :
- Redução do tamanho cerebral.
- Diminuição da produção de neurotransmissores e receptores.
- Espessamento e rigidez do cristalino.
- Redução da transmissão neural do ouvido para o cérebro.
- Orelha :
- Pavilhão auricular aumenta pelo crescimento de cartilagem e acúmulo de gordura.
- Capacidade auditiva diminui → predomina para sons agudos → presbiacusia.
- Rins :
- Diminuição da taxa de filtração glomerular.
- Cuidado com drogas nefrotóxicas → AINEs.
EXAME FÍSICO DO IDOSO :
- Avaliação da postura.
- Tipo de marcha.
- Equilíbrio.
- Modo de realizar transferência de um lugar para outro.
- Condição da pele e das mucosas :
- Hidratação : idoso fica desidratado fácil.
- Delirium.
- Efeito dos fármacos → drogas hidrossolúveis se dissolvem menos.
- Hipotensão.
- Quedas.
- Alteração da função renal.
- Medida da PA e FC nas posições de decúbito e ortostática.
HIPOTENSÃO POSTURAL :
- Idoso fica 3 minutos deitado e verificamos a PA deitado.
- Pedimos para o paciente ficar em pé após os 3 minutos.
- Idoso fica 3 minutos em pé e avaliamos a PA novamente.
- Queda maior ou igual a 20 na PAS ou queda maior ou igual a 10 na PAD → indica hipotensão postura.
- Avaliação da força muscular em graus, mobilidade e flexibilidade dos membros e do tronco :
- Sarcopenia.
- Risco de quedas.
- Avaliação criteriosa de mãos e pés :
- Deformidades, mobilidade, ferimentos, trofismo muscular, sinais de inflamação e isquemia,
tremores.
- Úlceras.
- Insuficiência venosa, insuficiência arterial.
- Doenças neurológicas ou metabólicas.
- Pé diabético.
- Sinais de osteoartrose, sinais de osteoartrite.
AVALIAÇÃO COGNITIVA :
- Mini-exame do estado mental.
AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE :
- Atividades básicas de vida diária → índice de Katz.
- Avaliar se o paciente é dependente ou independente nas atividades básicas.
- Quais são as atividades básicas : tomar banho, se vestir, uso do vaso sanitário, transferência,
continência e alimentação.
- Atividades instrumentais de vida diária → escala de Lawton.
- Reavaliar continuamente → em todas as consultas.
- Escalas avaliativas : Katz, Lawton, Barthel, Pfeffer.
- Identificamos as limitações e incapacidades que os idosos apresentam → quantificamos → com isso
conseguimos identificar idosos de alto risco para estabelecer medidas preventivas, terapêuticas e
reabilitadoras.

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