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Paloma Perez Clinica II – Anatomia Patológica AV1 e Trabalho ✓ AV1 – Prova + Trabalho – Dani, Cris , Álvaro ✓ Trabalho: 05/04 – com o grupo da aula prática; • Buscar um resultado de algum exame histopatológico (Biopsia) • selecionar um resultado com uma boa descrição . • O resultado desse exame vai dar um diagnóstico. • Assim deverá ser explicado a descrição microscópica para então entender o diagnóstico dado pelo patologista • Ex: Diagnostico : Mastocitoma – Neoplasia de mastócito → Explicação : Interpretar a descrição microscópica Neoplasias 1) DEFINIÇÃO: NEOPLASIA: = “ crescimento novo” SINÔNIMOS: • Neoplasma – Benigno ou Maligno • Tumor – Benigno ou Maligno • Câncer – Maligno • Oncologia: Cancerígeno ou oncogênico ou carcinogênico : Podem induzir a ação do câncer Neoplasia é uma massa anormal de tecido, cujo crescimento excede e não está coordenado ao crescimento dos tecidos normais, e que persiste mesmo quando cessada a causa que o provocou 2) PROPRIEDADES DAS NEOPLASIAS a) Autonomia de crescimento b) Proliferação celular descontrolada c) Perda de diferenciação celular a) Proliferação celular descontrolada A maioria dos nossos órgãos são compostos por celulas que fazem mitose e nessa mitose existem vários pontos de controle de mitose como gene P53, BCL2. Na hora da duplicação do DNA podem ocorrer erros e levar a vários tipos de alteração. Se durante a duplicação/mitose ocorre uma mutação e detectada, os fatores controladores detectam essa celula e interrompe o ciclo é ela é induzida ao reparo do DNA. A celula pode ou não reparar o DNA → • Se consertar DNA : volta a ser uma celula normal e o fatores controladores liberam o ciclo • Se não fizer o reparo: continua a ser uma celula com erro de DNA e os fatores controladores induz a celula a apoptose. Nessa indução de apoptose, é liberada enzimas chamadas Caspases nos quais provocam a celula se matar. Podemos observar o funcionamento desses controladores quando somos expostos a fatores cancerígenos, onde leva a mutações que poderia desenvolver um câncer, mas não desenvolvemos pois ocorreu a intervenção dos controladores Uso de substâncias antioxidantes protege dos radicais livres e esses auxiliam na mutação das celulas. b) Autonomia de crescimento COMO SURGE A NEOPLASIA - As neoplasias se desenvolvem pelos agentes cancerígenos que inativam os fatores controladores, assim não ocorre reparo do DNA e sua apoptose e a celula mutante Paloma Perez continua fazendo mitose descontrolada originando uma massa de tecido de celulas alteradas. c) Perda de diferenciação celular Quanto mais mutação, mais diferente do tecido normal → Perda da diferenciação celular = melhor aplicado especialização celular (para lembrar melhor ) → Quanto mais especializado ( diferenciado ) mais parecido com o normal . • Tecido Normal: São Especializados, com cada um com sua forma, função e metabolismo. São Diferenciados também. • Tecido com Neoplasias (celulas alteradas): Comparadas com tecido normal. são celulas que perderam especialização e perdem diferenciação também. NEOPLASIA: ciclo descontrolado e células anormais HIPERPLASIA: ciclo controlado e células normais (muitas células ) CISTO: cápsula de tecido conjuntivo com liquido dentro. TVT: único tumor contagioso por contato externo (lambedura, ato sexual etc) Diferença básica benigno é maligno Para diagnosticar benigno ou maligno é necessária uma avaliação histo e Citopatologia. Quanto mais indiferenciado maior e a taxa de crescimento celular BENIGNA: ✓ Aparência do tecido bem próximo do normal ✓ Bem diferenciada(semelhante ao normal ) ✓ Células semelhantes entre si ✓ Baixa taxa de mitose - crescimento lento. ✓ Formato regular e limites precisos, possui pseudo cápsula. ✓ Raros casos de ulceração ✓ Não faz metástase Conforme o crescimento pode comprimir órgãos vitais, deve ser retirado pois pode levar a morte , contendo margem cirúrgica para não haver recidivas Pode ulcerar? Muito raro, como seu crescimento e lento , seu aporte sanguíneo e suficiente para oxigenar as células assim não se abre feridas e nem faz necroses. MALIGNA: ✓ Pouco diferenciado - indiferenciada, ✓ Células diferentes umas das outras ✓ Pleomorfismo celular / nuclear ✓ Mais de um nucléolo ✓ Alta taxa de mitose - crescimento rápido (anaplásico) ✓ Crescimento por infiltração nos tecidos ao redor ✓ Forma Irregular – heterogenia ✓ Não possui pseudo cápsula ✓ Causa úlcera ✓ Possibilidade de metástase. METÁSTASE Ocorre quando as células se desprendem do tumor primário e chega a outros órgãos podendo ser por via hematogênica, linfática ou transcelomica ✓ Hematogênica - as células tumorais migram pelo vaso sanguíneo ✓ Linfático - as células tumorais invadem os vasos linfáticos ✓ Transcelomática – através da transferência de células de um órgão pro outro, tecidos adjacentes por contato dentro do organismo Paloma Perez Órgãos sítios • Cérebro • Ossos • Pulmão • Fígado 3) NOMENCLATURA Além de avaliar o tumor, ele tem nome próprio que tem a ver com a origem embrionário dos tecidos. a) Neoplasias Benignas ➺ Células Mesenquimais ( vem do tecido conjuntivo) • Fibroma - conjuntivo • Lipoma - adiposo • Condroma - cartilaginoso • Leiomioma - músculo liso (útero) • Osteoma - osso • Rabdomioma- musculo estriado ➺ Celulas Epiteliais (maioria dos órgãos ) • Adenoma – glândulas → Tireoide , paratireoide , fígado , pâncreas , mama. b) Neoplasias Malignas Quando é de origem maligna se dá o nome de sarcoma ➺ Células Mesenquimais ( vem do tecido conjuntivo) ➺ Sufixo: SARCOMA • Fibrossarcoma • Osteossarcoma • Leiomiossarcoma • Condrossarcoma • Lipossarcoma • Rabdomiossarcoma ➺ Celulas Epiteliais (maioria dos órgãos ) ➺ Sufixo: CARCINOMA • Adenocarcinoma • Carcinoma Dois úteros com leio mioma Fêmur com massa de formato irregular, invasivo, com área de necrose e degeneração – osteossarcoma. Fígado 1 - Nódulo arredondado não invasivo (adenoma hepático) 2 - Crescimento invasivo, necrose (adenocarcinoma hepático) 3 - Metástase – Observando derrame pleural pode ser indicativo de metástase. Paloma Perez 1 Pulmão - metástase pulmonar 2 Mesentério intestinal - metástase (contaminação via transceloma) Teratoma de ovário - no ovário tem formação dos gametas femininos assim esse tumor de ovário, normalmente benigno. Mas precisa ser retirado. Ele tem 3 camadas embrionárias (endoderma, mesoderma, ectoderma) por isso pode gerar dentes , cabelos etc... Hoje em dia essas situações são causadoras de câncer Tecido Mixóide = transformação de tecido epitelial em cartilaginoso (mesenquimal). Quando isso ocorre, o tumor é misto. É comum em tumores em glândulas (adenocarcinoma). Glândulas são compostas por tecido epitelial, porém quando começa a aparecer áreas com tecido mesenquimal (cartilagem, por exemplo), chama-se de tecido mixóide/tumor misto. Muito comum em tumor de mama em cadela. Tratamento • Cirúrgico • Quimioterápico • Radioterápico Hiperplasia: auto índice de mitose, porém todas as células são normais e respeitam o controle genético. Patologias do sistema locomotor - osso I) INTRODUÇÃO:A matriz óssea é formada por uma parte orgânica (colágeno e glicosaminoglicanos) e por uma parte inorgânica (substância mineral – cálcio e fósforo). Os osteoblastos produzem a matéria orgânica, chamada de osteóide, e vai ficando presa a ela, formando os osteócitos, que são a base para a deposição do cálcio. Os osteoclastos, estão envolvidos com a reabsorção óssea, que acontece sobre a ação dos hormônios: calcitonina (tireóide) e paratormônio (paratireoide). Isso se chama remodelagem óssea, onde há a troca de cálcio com o sangue → Reabsorção ossea tira cálcio do osso para o sangue. O local onde o cálcio foi retirado fica um buraco onde são chamados de lacunas de Howship. • Calcitonina – coloca o cálcio nos ossos • Paratormônio – retira o cálcio dos ossos quando há queda dele no sangue. Os jovens têm os ossos ‘moles’, porque tem mais osteóides, mais matéria orgânica. Cálcio do sangue é responsável: contração, respiração celular, produção de proteína pelo reticulo. 1- COMPOSIÇÃO OSSEA: ➢ Matriz Ossea • Parte inorgânica → substância mineral (cálcio e fosfatos) • Parte orgânica → colágeno tipo I, glicosaminoglicanos ➢ Osteóides • Parte orgânica – constituída pelos osteoclastos ➢ Osteoblastos • Formação dos tecidos ósseos • Aprisionados na matriz ossea ➢ Osteoclastos • Multinucleados • Reabsorção ossea → Formação de cavidades → lacunas de howship Paloma Perez ➢ Periosteo : Revestimento externo do osso ➢ Endosteo : Revestimento interno do osso O osso sempre se remodela, tem a matriz orgânica onde o cálcio se deposita. Osteoclasto - reabsorção óssea - retiradas do cálcio do osso para o sangue 2- DIVISÃO DOS OSSOS LONGOS: ➢ Epífise: • extremidades • osso esponjoso • superfície compacta (delgada). • revestimento (cartilagem auricular) ➢ Metáfise: ➢ Diáfise: • osso compacto • osso esponjoso (parte profunda ) • delimitação de canal medular. 3- FORMATAÇÃO DO TECIDO OSSEO ➢ Ossificação intramembranosa • periosteo → osteoblasto → osteoclasto • ossos curtos, chatos • ossos longos (espessura – largura) ➢ Ossificação endocondral • ossos longos (maior eixo – longitudinalmente, em altura) • animais em desenvolvimento • disco cartilaginoso (epifisário) • condroblastos → condrócitos → osteoblastos Cartilagem e osso têm a mesma origem embrionária, portanto um pode se transformar no outro. Quando a placa de cartilagem está fusionada, significa que o indivíduo já parou de crescer. 4- INFLUENCIA ENDÓCRINA ➢ Metabolismo do cálcio • Paratireoides ( PTH ): osso → sg ( retira cálcio do osso ) • Tireóide (Calcitonina ) : sangue → osso ( coloca cálcio no osso ) O crescimento ósseo se dá de duas formas: Intramenbranoso e endocondral. Essa remodelagem ocorre por estímulo hormonal ➔ Calcitonina e Paratormônio II) ANORMALIDADE DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 1- CONDRODISPLASIA (ACONDROPLASIA ) • Desenvolvimento defeituoso da cartilagem epifisária • Ossificação endocondral retardada; : os ossos longos não crescem longitunalmente. Mas a ossificação intramembranosa é normal, os ossos chatos crescem normalmente. O animal fica com a cabeça desproporcional ao resto do corpo → nanismo desproporcional, os membros são mais curtos • Nanismo desproporcional • Membros curtos e cabeça grande • Ossos longos curtos • Epífises aumentadas: As epífises ficam aumentadas, porque a placa de cartilagem se prolifera, mas não calcifica. E o peso do animal faz o achatamento das epífises • Ossos chatos normais • Pele pregueada Condrodisplasia: Ossificação endocondral retardada → o crescimento longitudinal curtos III) DOENÇAS ÓSSEAS METABÓLICAS • Jovens → interfere no crescimento e desenvolvimento normal. • Adultos → interfere na remodelagem óssea. 1- RAQUITISMO • Não mineralização óssea (deficiente deposição de minerais) • Ossificação endocondral anormal • Jovens → ossos moles, dor, claudicação, fraturas, luxações. • Causas e patogênese. Paloma Perez ➺ Deficiência de vitamina D ➺ Carência dietética de Ca Raquitismo – ocorre mais em áreas carentes; doença de animal jovem - carência de cálcio e vitamina D Os ossos não calcificam, ficam moles, sente dor , corre risco de fratura em galho verde; A radiografia rádio luscente ( transparente ) A parte metabólica do animal está normal, mas não há calcificação pela falta do mineral, então os ossos ficam ‘moles’. Radioluscentes na radiografia → rosário raquítico (a articulações costocondrais aumentadas). Causa muita dor, claudicação. Tem tendência a fraturas, luxações, fraturas em galho verde. Membros anteriores arqueados, pelo peso do corpo. Ossos com mais cartilagem do que cálcio, que vai deformando os ossos. Aumento das epífises. Abdômen penduloso, pela perda do tônus muscular. ➢ Macroscopia • Aumento das extremidades dos ossos longos, membros arqueados. Rosário raquítico: Articulações costocondrais (dilatação região metafisária), Rosário raquítico: crescimento defeituoso dos ossos longos, na radiografia encontra a dilatação / bolinhas nas articulações costocondrais • Abdome, penduloso (perda de tônus muscular) • Corte longitudinal: ➺ Cartilagem epifisária espessada (proliferação prejudicada ➺ Ossos moles. ➢ Microscopia. • Carência de ossificação endocondral • Calcificação defeituosa. • Alta quantidade de osteóides não calcificados na metáfise. • Grande zona de cartilagem hipertrófica ( espessada ) Raquitismo - provoca esse arqueamento por conta do peso. ‣ Rosário raquítico: crescimento defeituoso dos ossos longos, na radiografia encontra a dilatação / bolinhas nas articulações costocondrais, ‣ Perda de Tônus muscular - falta de cálcio não permite a contração muscular e assim gera flacidez, ocasionado peso pela vísceras abdominais o formato penduloso. ‣ Lacunas how ship 2- OSTEODISTROFIA FIBROSA • Doença metabólica • Aumento disseminado de reabsorção óssea por substituição fibrosa → Devido o aumento da produção do paratormônio (PTH) pela paratireoide; causado pelo hiperparatireoidismo. Promovendo uma reabsorção ossea exagerada → retirado do cálcio do osso para o sangue. • Formação de cistos e formação de osteóide não me mineralizado. • Aumento de PTH → Ossos → aumento de taxa de renovação (mandíbula e maxila) • Amolecimento, deformação, aumento → fraturas. ➺ Hiperparatireoidismo primário = doença na glândula fazendo com ela produza PTH em excesso Paloma Perez ➺ Hiperparatireoidismo secundário = mais comum, quando a doença não é na glândula, mas provoca produção excessiva Doença metabólica - reabsorção óssea extremante intensa (muito cálcio no sangue - paratormônios) Radiografia Luscente (verificar primeiro os hormônios antes de medicar com cálcio) apresenta muito poros na radiografia Deposição de Calcio nos tecidos moles ( metastático) → Pulmão, Figado, Baço e Rim. ➢ Macro e microscopia. • Desaparecimento do osso maduro → maior reabsorção óssea. • Número de cavidades, reabsorção. O PTH vai atuar: • Rins: metabolismo da vitamina D, que é responsável por fixar o cálcio nos ossos; • Intestino: aumentando a absorção de cálcio vindo da alimentação; • Ossos: os osteoclastos vão retirar o cálcio dos ossos. ➢ Causas de patogênese. HIPERPARATIREODISMO O aumento de PTH vai fazer com que mais cálcioseja retirado dos ossos, que é a principal fonte de cálcio do corpo. Causando uma descalcificação dos ossos, eles ficam amolecidos, porosos (com cavidades, de onde os osteoclastos retiram o cálcio). Também vai causar uma hipercalcemia (aumento de cálcio no sangue), pode fazer depósito de cálcio em alguns órgãos, como fígado, baço, pulmão, isso se chama calcificação metastática. Não pode prescrever cálcio, precisa dosar antes o cálcio presente no sangue HIPERPARATIREODISMO PRIMÁRIO • Adenoma, adenocarcinoma ou hiperplasia paratireoide bilateral idiopática • Aumento de PTH, hipercalcemia, • Calcificação metastática tecidos moles. • Mineralização renal. HIPERPARATIREODISMO SECUNDÁRIO • Causado por problema fora da glândula: doenla renal crônica ou deficiência nutricional • Causa mais comum de Osteodistrofia fibrosa • Hipocalcemia → aumento das atividades de paratireoide → Hipercalcemia - gera pontos de calcificação nas partes moles • Doença renal crônica. • Deficiência nutricional. HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO RENAL – Mandíbula de borracha • Diminuição da força glomerular → diminuição de excreção de fosfatos → aumento de P no sangue → diminuição de Ca sérico • Lesão renal e efeitos inibidores , elevação de fosfato → prod. metabólitos ativos vitamina D • Diminuição de absorção de Ca intestinal • Aumento de PTH: acentuada reabsorção óssea e mineralização defeituosa de osteóide Paloma Perez • Aumento macroscópico das paratireóides Microscopia: = Osteodistrofia fibrosa ➺ reabsorção óssea, substituição fibrosa ➺ calcificação metastática ➺ todos os ossos são afetados em graus variados ➺ rarefação ao exame radiológico Animais consomem muito mais fósforo do que cálcio na alimentação, então teoricamente então natural já ocorre um desbalanceamento de Ca e P (Ca:P - 1:1,2). Dessa forma o organismo elimina o excesso de fósforo (P). O animal renal crônico faz hiperfosfatemia pela incapacidade dos rins de eliminar esse excesso. Para compensar o excesso de fósforo, o organismo tenta equilibrar o cálcio, retirando cálcio dos ossos, e aumentando o PTH que estimula essa reabsorção. É difícil suplementar a alimentação com cálcio, porque esse animal também tem dificuldade de se alimentar. Calcificação patológica metastática = calcificação em vários órgãos ao mesmo tempo provocada pela hipercalcemia. HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO NUTRICIONAL • deficiência dietética de Ca e vit. D • excesso de P • ração pobre Ca e rica P (carne) • Fígado e coração: Ca:P = 1:50 / carnes: 1:22 • alteração do contorno da cabeça • aparência de inchado • dentes amolecidos ou queda dos dentes • função renal normal Dietas carentes em cálcio e ricas em potássio, ração de baixa qualidade ou alimentação a base de proteínas. Causam uma hiperfosfatemia, porque os rim não são capazes de eliminar o grande excesso, e hipercalcemia, porque o organismo precisa equilibrar o cálcio e o fósforo. Essa hipercalcemia pode levar a uma calcificação metastática, e aumento da reabsorção óssea. Também é uma das principais causas da Osteodistrofia Fibrosa Erro de manejo / nutricional : Animal que tem alimentação rica em fósforo e carente de cálcio e vitamina D. Patologias do sistema locomotor - Artropatia I) LESÕES ARTICULARES 1- OSTEÓFITOS Proliferação óssea, que ocorre normalmente porque a articulação está instável. Causa muita dor ao animal, porque os osteófitos provocam inflamação, por agressão direta ao tecido; • neoformação óssea local ou difusa - periósteo • Inflamação de tecidos adjacentes • proliferação óssea ao redor da articulação 2- ANQUILOSE • Fusão de superfícies articulares • Perda de movimento na articulação 3- ENTORCE • Perda temporária do contato das superfícies articulares II) ALTERAÇÕES DEGENERATIVAS ➢ Fatores Predisponentes • traumas repetidos • estresse excessivo (não fisiológico) • deficiência de nutrição da cartilagem ➢ Patogenia Amolecimento da cartilagem (condromalácia)→ fibrilação → erosão e ulceração → desenvolvimento de osteófitos →remodelação das estruturas articulares Malácia = amolecimento Metaplasia do disco intervertebral → exteriorização do núcleo do disco = hérnia de disco Paloma Perez 1) ESPONDILOSE • Osteófitos nos espaços intervertebrais • União dos corpos vertebrais - pontes ósseas completas • Degeneração do disco e superfícies articulares → metaplasia óssea do colágeno → osteófitos → anquilose • Cartilagem endurece como osso e gera anquilose → faz protusao de disco (hérnia de disco ) • Espondilose deformante: anquilose + protusão do disco • Hipervitaminose A ➺ espondilose deformante grave vértebras cervicais ➺ gatos: 1-5 anos ➺ gordo, dolorido, "duro" ➺ alimentação: Fígado cru → Hipervitaminose A - alimentação de fígado cru ( ler sobre ) Os osteófitos são formados para tentar estabilizar a articulação, mas acaba causando traumas na musculatura e processos inflamatórios 2) DEGENERAÇÃO DO DISCO INTERVERTEBRAL • Raças condrodistrofóides; senilidade • Degeneração acelerada do disco → transformação fibrosa • Núcleo pulposo: metaplasia cartilaginosa → deslocamento do disco → hérnia disco → compressão medular 3) DISPLASIA COXOFEMORAL • genética, ambiental, nutricional → degeneração articular Lesão primária: falha muscular e tecidos moles → instabilidade articular Lesão secundária: subluxação da cabeça do fêmur; acetábulo raso ; desgaste do acetábulo; Sublimação da cabeça do fêmur; acetábulo raso. Nesses casos o animal precisa faz exercício, mas de forma moderada, para aumentar o tônus muscular. Para a articulação se manter estável, o organismo produz osteófitos, que lesionam a musculatura e causa dor, fazendo com que o animal evite apoiar o membro, causando uma hipotrofia da musculatura. Tratamento: pode ser conservador . atividade física para fortalecer a musculatura, piso adequado 4) LESÃO ARTICULAR DEGENERATIVA Erosão da cartilagem articular e osteofitos periarticulares Diminuição do tamanho da fibra muscular III) NEOPLASIAS 1. CONDROMA – Cartilagem 2. CONDROSSARCOMA - Cartilagem 3. FIBROMA – Tecido Conjuntivo 4. FIBROSSARCOMA – Tecido Conjuntivo 5. OSTEOMA – Tecido Osseo 6. OSTEOSSARCOMA – Tecido Osseo Osteomielite → osteosarcoma com metástase pulmonar Paloma Perez Mais comum em cães de raças grande e gigantes, porque têm muita remodelação óssea. Osteomielite cônica ou qualquer processo inflamatório crônico também podem virar uma neoplasia. Muitas células sendo agredidas e se multiplicando (alto metabolismo). Microscopia • Áreas com massa eosinofilia: áreas de necrose • Núcleo destruído • Perda da conformação celular: pleomorfismo • Aumento de acidófila • Mitoses atípicas Patologias do sistema Endócrino I) HIPÓFISE 1- ADENO-HIPÓFISE OU HIPÓFISE ANTERIOR • Pars distalis: região mais volumosa ➺ céls. Acidófilas (eosina): GH, PRL ➺ céls. Basófilas (hematoxilina): ACTH, FSH, LH, TSH • Pars tuberalis: função desconhecida • Pars intermedia: MSH, ACTH (cães) 2- NEURO-HIPÓFISE OU HIPÓFISE POSTERIOR • Ocitocina • ADH ACTH: atua na cortical da adrenal estimulando a produção de Cortisol, e a glândula alvo é a Tireoide. Hiperadrenocorticismo - a pele escurece pois tem o ACTH e ele estimula o acelerador de melanócitos TSH: é produzidopela hipófise e tem como finalidade estimular a tireoide ( celula alvo ) a produzir os hormônios T3 e T4 GH: Hormônio de Crescimento Prolactina: Atuação nas mamas ADH : Neuro hipófise → hormônio antidiftérico → diabetes insípidos II) LESÕES DA ADENO-HIPÓFISE 1- HIPERPITUITARISMO Elevação dos níveis hormonais da Adeno Hipófise : Prolactina, GH e ACTH, podendo ser ocasionado por neoplasias . • Neoplasias produtivas benignas ou malignas (primária) • Resistente ao feedback negativo • Neoplasias produtivas hipotálamo (secundária) • Defeitos nos receptores nas glândulas alvo (Hipofunção) • Pan-hipopituitarismo: raro • Aumento de produção: TSH, FSH, LH: raro Produção aumentada de GH: aumenta o metabolismo → comprometimento do figado e baço → crescimento das extremidades ósseas depois da puberdade ocorre a acromegalia Quando isso ocorre antes da puberdade - crescimento em altura pois ainda tem a placa metafisária – gigantismo. GH é antagônico a insulina: faz hiperglicemia → muita glicose no sangue, poliuria, polidipsia - diabetes melítus. Cortisol em excesso dificulta a insulina chegar na célula (rever) Paloma Perez 2- HIPOPITUITARISMO • Queda da produção principalmente de GH • Pan-hipopituitarismo: raro • Traumatismos, hemorragia • Compressão neoplasias adjacentes → degeneração • Neoplasia não produtiva = atrofia • Processos infecciosos e inflamatórios SNC • Neoplasia produtiva glândula alvo (Hiperfunção) • Infarto: trombo ou êmbolo • Anomalias congênitas: aplasia ou hipoplasia Diminuição dos níveis de GH → nanismo proporcional (geralmente em animais jovens) A falta de TSH entra na clínica de hipotireoidismo pois não tem T3 e T4. A falta de ACTH entra na clinica da síndrome de Alisson, insuficiência adrenal . Vão a óbito jovens. Nanismo Pituitário • Panhipopituirismo juvenil • Incidência: cães (pastor alemão) • Alteração genética (recessivo - dd) • Filhote normal até 2 meses de idade • Menor velocidade de crescimento • Retenção da pelagem de filhote • Alopécia bilateral simétrica gradual até alopecia completa • Hiperpigmentação progressiva da pela • Não desenvolve sexualidade • Período de vida curto: Disfunção endócrino Secundária (hipotireoidismo/hipoadreno) • Não respondem adequadamente à terapia hormonal 3- NEOPLASIAS a) Adenoma Carcinoma Corticotrófico • Benigno produtiva de ACTH • ACTH: mais frequente neoplasia funcional adeno-hipófise • Cães: Boxer, Boston Terrier, Dachshund • Origem: pars distalis ou intermedia • Compressão hipotálamo e hipófise adjacentes • Compressão neuro-hipófise › diabetes insípidos • Adrenais aumentadas: nódulos amarelo- alaranjados • Aumento das zonas fasciculada e reticular Clínica: Síndrome de Cushing → ACTH • Parte medular da Adrenal produz hormônios sexuais antes da puberdade b) Adenoma Somatotrofico • Mais frequente em gatos (secretores) • Neoplasia benigna produtiva de GH • Alterações estruturais no esqueleto ➺ jovens: gigantismo ➺ adultos: acromegalia (espessura: mãos, pés e crânio grandes) • Excessiva secreção de GH → faz diabetes mellitus secundário, pois o GH é antagônico da insulina. III) LESÃO DA NEURO-HIPÓFISE 1- DIABETES INSÍPIDOS a) Hipofisária ou Primaria • Baixa de ADH - Baixa reabsorção dos túbulos renais – muita água na urina. • Relação com Diabetes Insípidos (não tem gosto, aguada → urina com muita água de baixa densidade abaixo de 1.012. • Poliúria. • Compressão ou destruição pars nervosa ou núcleo supra-óptico b) Nefrogênica • ADH elevado ou normal • Células-alvo não respondem / defeito no receptor ADH DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Administração de ADH exógeno: se houver aumento da densidade da urina / rim responde = É forma hipofisária Paloma Perez Patologias da Tireoide I) INTRODUÇÃO Glândula importante produz T3, T4 e Calcitonina. Extrema importância no metabolismo. 1- Estrutura e Síntese dos hormônios tireoidianos Inativos: • monoiodotirosina (MIT) • diodo tirosina (DIT) Ativos: • triiodotironina (T3) • tetraiodotironina (T4) = tiroxina A tireoide produz T3, T4 e Calcitonina, para produzir T3 e T4 isso é necessário ter Iodo no Coloide. Com isso o nosso sal de consumo possui Iodo, a falta de Iodo causa Bócio. II) ALTERAÇÃO DEGENERATIVA 1- Atrofia Folicular Idiopática • Perda progressiva do epitélio folicular → substituição por tecido adiposo • Macroscópica: tamanho bilateral; pálida • Microscopia: redução e degeneração foliculos; presença tecido adiposo ➺ colide vacuolizado; infiltrado inflamatório não significativo • Clínica: Hipotireoidismo ➺ varia com a gravidade da lesão III) TIREOIDITE LINFOCITÁRIA - Hashimoto • Padrão hereditário e autoimune (Anticorpos contra os folículos da tireóide e o coloide) = Principal causa de Hipertireoidismo Hashimoto (humanos) Macroscopia: redução de tamanho bilateral; pálida Microscopia: Infiltrado linfoplasmocitário e Interior dos folículos; Colóide interstício; espessamento da MB folículos (Ag/Ac) • Doença crônica – sem renegação – sem cura Clínica: hipotireoidismo tratamento: medicamentoso IV) NEOPLASIAS DAS CÉLULAS FOLICULARES 1- Adenoma Folicular • Nódulo geralmente solitário; brancacento; encapsulado; móvel • Bem delimitado; sólido; compressão parênquima (expansão) • Diferencial: hiperplasia (bilateral; não encapsulada) 2- Adenocarcinoma Folicular • Cães: mais frequentes que adenomas • Multinodular; sem cápsula; invasão adjacente (infiltração) Paloma Perez • Hemorragia; necrose; mineralização; perda de diferenciação celular • Mitoses atípicas • Metástases pulmonares V) HIPOTIREOIDISMO • Redução T3 e T4 = redução da taxa metabólica basal Causas: ➺ atrofia folicular idiopática; tireoidite linfocitária ➺ neoplasias afuncionais ➺ lesões hipotalâmicas ou hipofisárias (secundário) Sinais Clínicos : ➺ Aumento de peso corporal (sem aumento de apetite) ➺ Redução de atividade (letargia) ➺ Intolerância ao frio ➺ Distúrbios reprodutivos ➺ Alopecia bilateral simétrica : o pelo tem um ciclo de vida mas o organismo não tem metabolismo suficiente para fazer crescer novamente e gera as alopecias. ➺ Hiperpigmentação da pele: forma de proteção aos raios UV ➺ Hiperqueratose (seborréia e 1 descamação) ➺ Piodermatite VI) HIPERTIREOIDISMO • Aumento de T3 e T4 – metabolismo acelerado • Frequente gatos idosos Causas: ➺ Bócio multinodular (hiperplasia nodular multifocal) ➺ Neoplasias funcionais Sinais Clínicos : ➺ Hiperatividade ➺ Intranquilidade ➺ Nervosismo ➺ Perda de peso (com ou sem polifagia) ➺ Intolerância ao calor ➺ Polidipsia e poliúria Diminuição do tamanho da fibra muscular Patologias da Paratireoide I) INTRODUÇÃO O aumento de PTH vai fazer com que mais cálcio seja retirado dos ossos, que é a principal fonte de cálcio do corpo. Causando uma descalcificação dos ossos, eles ficam amolecidos, porosos (com cavidades, de onde os osteoclastos retiram o cálcio). Howship . Também vai causar uma hipercalcemia (aumento de cálcio no sangue), pode fazer depósito de cálcio em alguns órgãos, como fígado, baço, pulmão, isso se chama calcificação metastática. Na pele pode gerar calcinose. Não pode prescrever cálcio, precisa dosar antes o cálcio presente no sangue.II) HIPERPARATIREODISMO 1- Hiperparatireiodismo Primário • Hiperplasia Primária • Neoplasia Funcionais Causa: Por um problema na glândula paratireoide: hiperplasia (aumento do número de células), neoplasia maligna (adenocarcinoma) ou benigna (adenoma). • Adenoma, adenocarcinoma ou hiperplasia de paratireóide bilateral idiopática • Aumento de PTH → hipercalcemia • Calcificação metastatica de tecidos moles • Mineralização renal Paloma Perez 2- Hiperparatireiodismo Secundário Causado por um problema fora da glândula: doença renal crônica ou deficiência nutricional • Pode provocar Osteodistrofia fibrosa – mandíbula de borracha • Hipocalcemia → aumento da atividade das paratireoides • Doença renal crônica →IRC • Deficiência nutricional a) Origem Renal: Hiperparatireoidismo Secundário Renal • Consequência de Insuficiência Renal Crônica • Hipertrofia e Hiperplasia das Paratireoides → aumento da secreção de PTH • Diminuição da excreção de P pelas cels tubulares lesionadas → hiperfosfatemia ( hipocalcemia relativa ) • ↓ função glomerular → ↓ excreção de fosfatos → ↑ P sg → ↓ Ca sérico • Lesão renal e efeitos inibidores ↑ fosfato → ↓ produção metabólitos ativos vitamina D • ↓ absorção de Ca intestinal → Hipocalcemia Verdadeira → Estímulo das paratireoides → ↑ PTH: acentuada reabsorção óssea e mineralização defeituosa de osteóide • ↑ macroscópico das paratireóides (hipertrofia e hiperplasia) • Microscopia: = osteodistrofia fibrosa • Reabsorção óssea, substituição fibrosa • Calcificação metastática • Todos os ossos são afetados em graus variados • Rarefação ao exame radiológico Animais consomem muito mais fósforo do que cálcio na alimentação, então teoricamente então natural já ocorre um desbalanceamento de Ca e P (Ca:P - 1:1,2). Dessa forma o organismo elimina o excesso de fósforo (P). O animal renal crônico faz hiperfosfatemia pela incapacidade dos rins de eliminar esse excesso. Para compensar o excesso de fósforo, o organismo tenta equilibrar o cálcio, retirando cálcio dos ossos, e aumentando o PTH que estimula essa reabsorção. É difícil suplementar a alimentação com cálcio, porque esse animal também tem dificuldade de se alimentar. Calcificação patológica metastática = calcificação em vários órgãos ao mesmo tempo provocada pela hipercalcemia. b) Desiquilíbrios Nutricionais • Deficiência dietética de Ca e vitamina D • Ração pobre em Ca e rica em P (carne) • Hipocalcemia estimula a produção de PTH pelas paratireóides • Baixo ter de Ca na alimentação: • Carencia de vitamina D → • Fígado e coração: Ca:P = 1:50 / carnes: 1:22 • Alteração do contorno da cabeça • Aparência de inchado • Dente amolecidos ou queda dos dentes • Função renal normal Dietas carentes em cálcio e ricas em potássio, ração de baixa qualidade ou alimentação a base de proteínas. Causam uma hiperfosfatemia, porque os rim não são capazes de eliminar o grande excesso, e hipercalcemia, porque o organismo precisa equilibrar o cálcio e o fósforo. Essa hipercalcemia pode levar a uma calcificação metastática, e aumento da reabsorção óssea. Também é uma das principais causas da Osteodistrofia Fibrosa. Patologia das Adrenais I) INTRODUÇÃO Córtex: • Zonas Reticuladas : produz esteróides sexuais (antes do primeiro cio) • Fasciculadas (região mais espessa): produz cortisol (glicocorticóides) • Glomérulos: produção de aldosterona (mineralocorticóides) • Zona Medular : produz Catecolaminas Medular: produz catecolaminas Paloma Perez II) HIPERADRENOCORTICISMO (Síndrome de Cushing) • Cães adultos e idosos > evolução lenta e progressiva • Excessiva a produção de glicocorticóides Causa: ➺ 70-80% idiopática ➺ 10-15% neoplasia hipofisária funcional (aumento de ACTH) ➺ 5-10% neoplasia primária adrenal ou hiperplasia idiopática Sinais Clínicos ➺ Alopecia bilateral simétrica não pruriginosa: O pêlo perde a força para crescer ➺ Adelgaçamento da pele e telangiectasia: Excesso de cortisol estimula o catabolismo proteico/quebra de proteína. Degrada. Na pele existe colágeno (glicoproteína) que dá firmeza e tônus à pele, e quando ocorre essa quebra proteica, a pele fica fina e assim os vasos sanguíneos ficam evidentes (telangiectasia) ➺ Hiperqueratose (espessamento do extrato córneo da pele): ocorre produção excessiva de queratina numa tentativa do organismo para proteger a pele delgada: Com o tempo a queratina vai se soltando e é possível observar descamação da pele. ➺ Melanodermia/melanose: escurecimento da pele ➺ Abdômen pendules e dilatado: Como ocorre redução do tônus muscular e o abdômen é pesado por conta das vísceras, acaba ficando pendulado ➺ Aumento do apetite (polifagia); obesidade; poliria; polidipsia ➺ Linfopenia: Ocorre imunossupressão por excesso de corticóide. Pode provocar processos inflamatórios por infecção secundária (infiltrado neutrofílico na microscopia) ➺ Hiperglicemia > hepatomegalia: O cortisol tem ação hiperglicemiante, competindo com a insulina nas receptores, fazendo com que a glicose continue livre no sangue. A insulina é utilizada como transporte de glicose para dentro da célula. A hiperglicemia pode causar acúmulo de glicogênio no fígado, sobrecarregando o mesmo = hepatomegalia Esse paciente pode acabar desenvolvendo Diabetes Mellitus ➺ 30-40% mineralização da pele e outros tecidos (calcinose) III) NEOPLASIAS 1- Adenoma Adrenocortical • Cães idosos; achados de necrópsia • Uni ou bilaterais • Funcionais → hiperadrenocorticismo 2- Carcinoma Adrenocortical • Cães idosos; + raro adenoma • Invasivos • Metástase: fígado, rins, linfonodos mesentéricas, pulmões • Invasão da veia cava caudal, aorta → hemorragias abdominais • Funcionais → hiperadrenocorticismo Adenoma = formato bem delimitado, não faz invasão tecidual, núcleos regulares, padrão de tecido regular, sem critérios de malignidade. Adenocarcinoma = pleomorfismo celular e nuclear, nucléolos evidentes 3- Feocromocitoma • Neoplasia da região medular da adrenal → região que produz catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) – Aumento da região medular , invasão da veia cava caudal pois tem a parede mais delgada. • Cães idosos • Castanho-avermelhados; invasão de cápsula adrenal e estruturas adjacentes • 50% malignos: células pouco diferenciadas; metástases / miocárdio é sensível às catecolaminas • Taquicardia • Hipertrofia cardíaca (pode afetas PA e causar hipertensão) Obs: Célula muscular cardíaca não faz hiperplasia porque não faz mitose. Paloma Perez Patologia do Pancreas Endocrino I) DIABETES MELLITUS Desordem metabólica da glicose (redução ou ausência de insulina - beta) – dosa homoglobina glicada; • Animais adultos Causas • Pancreatite severa; neoplasias (produção de GH) • Síndrome de Cushing • Aplasia dias ilhotas de Langerhans • Atrofia Idiopática • Hereditária Sinais Clínicos • Hiperglicemia em jejum; glicosúria; PU/PD/PF ➺ GH é antagônico da insulina ➺ Glicosúria = A glicose não pode ser eliminada pela urina, sendo reabsorvida pelos túmulos renais. Se a glicose passa do limiar de reabsorção, ela acaba saindo na urina. ➺ Polifagia = com a falta de glicose intracelular e excesso de gordura, falta energia e as células entendem que tem pouco ATP, aumentando a sensaçãode fome para tentar compensar esse quadro ➺ Poliúria e Polidipsia = a glicose em excesso na circulação deixa o sangue hipertônico, aumentando a volemia. Os rins são responsáveis por eliminar o excesso de líquido que ocorreu na circulação. • Microangiopatia – má circulação (lesão em pequenos vasos); doença renal crônica; gangrena ➺ A membrana basal dos capilares fica espessa, ficando mais suscetível a lesões ➺ Também ocorrer redução do lúmen dos vasos, diminuindo o fluxo de sangue, podendo aparecer úlceras nas extremidades do corpo, que em casos graves provoca gangrena por infecções secundárias • Catarata bilateral > cegueira > menor resistência às infecções → opacidade do cristalino ( sorbitol e micriangiopatia ) Achados Anatomopatológicos • Lesões pancreáticas; lesões microvasculares • Hepatomegalia (também pelo acúmulo de gordura) • Doença renal crônica; lesões cutâneas - IRC faz glicosuria, lesão de glomérulo e tubo coletor Diabetes Mellitus Complicada Cetoacidose → mobilização excessiva de lipídeos, superando a capacidade metabólica do fígado → corpos cetônicos → excesso de H+ ( reduz o PH )→ acidose → coma diabético e óbito. II) NEOPLASIA 1- Insulinomas Células beta; frequentemente funcionais • Benignos = únicos, bem delimitados, pequenos • Malignos = múltiplos, invasico, metástases hepáticas Sinais Clínicos • Aumento da taxa de transferência de glicose do sangue para as células = • hipoglicemia severa • Fadiga após exercício; fraqueza dos posteriores • Tremores e debilidade muscular • “Confusão mental” e ataques convulsivos periódicos Alguns órgão não dependem da insulina para captação de glicose (fígado e cérebro). Como limite mínimo de glicose no sangue é 70, valores abaixodisso no sangue, o cérebro não consegue mais captar essa glicose. Paloma Perez Sistema Tegumentar – Patologia da pele e anexos cutâneos I) INTRODUÇÃO 1- Constituição da Pele a) Epiderme • Epitélio pavimentoso estratificado → É mais eosinofílica do que a derme. • No estrado basal ocorre proliferação celular, e essas células vão até o estrato córneo para serem eliminadas na forma de queratina. b) Derme • Maior componente da pele; vascularizada; colágeno; anexos cutâneos. • Epitelio pavimentado estratificado queratinizado c) Hipoderme • Triglicerídeos (90%); muito tecido adiposo. 2- Classificação das Lesões Dermatológicas Quanto a distribuição • Localização focal ou multifocal • Disseminada ou generalizada; encontrada por todo o corpo do animal Quanto a topografia • Simétrica (ex: distúrbios hormonais) • Assimétrica Quanto a profundidade • Superficial • Profunda Quanto a morfologia (terminologia) II) ALTERAÇÃO DE COR 1- Eritema III) IV) Coloração avermelhada (vasodilatação) • Processo inflamatório e quadros pruriginosos • Pressão digital: coloração se desfaz; local fica pálido • Mácula (>1cm): lesões planas com coloração da pele V) VI) Histamina é um mediador químico em processos inflamatórios e em quadros pruriginosos VII) que promove vasodilatação arterioloar (arteríolas) e aumenta a permeabilidade da parede VIII) dos vasos (poros), distanciando uma célula endotelial da outra. Ocorre aumento da quantidade de sangue arterial (hiperemia ativa patológica/rubor devido a agressão). O aumento do fluxo sanguíneo também aumenta a temperatura, provocando calor. Gelo reduz a temperatura e diminui a liberação de histamina, melhorando o prurido. 2- Púrpura Coloração avermelhada (hemorragia) • Pressão digital > coloração não se desfazer (extravasamento de sg para fora do vaso) • Ruptura dos vasos sg; coagulopatias • Petéquias: dimensões puntiformes • Equimose (hematoma pequeno): contorno irregular ou >1cm • Hematoma >5cm Paloma Perez 3- Telangiectasia • Evidenciação dos vasos sg cutâneos através da pele, por conta da pele delgada (em pergaminho); • Síndrome de Cushing: catabolismo de colágeno provoca adelgaçamento da pele, principalmente na região abdominal porque tem muito pouco pêlo 4- Hipopigmentação ou Hipocromia • Diminuição do pigmento melânico 5- Acroma ou Leucodermia (leuco = branco) • Ausência do pigmento melânico • Lesão dos melanócitos • Leucotríquia = ausência de pigmento nos pêlos • Albinos/Vitiligo 6- Hiperpigmentação ou Hipercromia • Aumento do pigmento de qualquer natureza da pele (hemossiderina, biliares) ➺ Hemossiderina = pigmento provocado pelo ferro em áreas de hemorragia (focal) onde as hemácias são reconhecidas como corpos estranhos e são fagocitadas ➺ Icterícia = hiperpigmentação generalizada • Aumento de melanina = Melanoderma/melanose (diferentes tonalidades) • Dermopatia crônica (melanoderma); normalmente associado à distúrbios endócrino (hiperadreno, hipertireoidismo) • Micro = aumento da produção de melanina na epiderme. III) FORMAÇÕES SÓLIDAS Processo inflamatório; infeccioso, neoplásico, hiperplásico • Pápula = elevação sólida circunscrita de até 1cm • Placa = elevação da pele >1cm (…) • Nódulo = até 5cm (…) • Tumor = sólido circunscrito, >5cm, frequente/neoplasia • Lesão Vegetativa (pedunculada) = sólida exofítica (se distancia da pele); papilomatosa ou verrucosa Pápula; Placas; Nódulo (respectivamente) Papiloma x Pólipo: diferem na localização. Papiloma fica em contato com o meio externo (cavidade oral, pele, etc). Pólipos são internos (intestino, útero, etc). HPV humano causa pólipos no útero e tem origem viral. IV) COLEÇÕES LÍQUIDAS Vesículas • Lesões circunscritas e elevadas de até 1cm • Acúmulo de líquido claro • Dermatites vesiculares (ex: febre aftosa em grandes); queimaduras • Substâncias químicas; doenças autoimunes Bolha • Igual à vesícula • >1cm Pústula • São vesículas com exsudato purulento na superfície da pele • Consequência da vesícula (infecção secundária) • Regenera Abcesso • Circunscrito; tamanho variável • Encapsulado; proeminente ou não • Exsudato purulento na pele e tecidos adjacentes • Sinais flogísticos da inflamação • Acúmulo de pus em cavidade neoformada • Cicatriza pois faz lesão profunda (deixa marca) Furúnculo • Só pode acontecer na pele • Folículo piloso • Glândula sudorípara Paloma Perez • Glândula sebácea • Quando o furúnculo está prestes a romper, tem característica de abcesso • Cicatriza pois faz lesão profunda (deixa marca) Cicatrização por segunda intensão ocorre em feridas sujas e contaminadas onde não pode haver junção dos bordos e deve cicatrizar de dentro para fora naturalmente. Cicatrização por primeira intensão permite a junção dos bordos e geralmente ocorre via procedimentos cirúrgicos. Pus = necrose liquefativa Toda doença/lesão crônica cicatriza. Tecidos que não fazem mitose cicatrizam (coração/infarto do miocárdio). Todo tecido lesionado sofre estímulo para desencadear o processo de reparo. Existem dois tipos de reparo, regeneração e cicatrização. Regeneração Células parenquimatosas (células superficiais) morrem, mas o estroma (células mais profundas) permanece íntegro. Estímulo para que células do próprio tecido se multipliquem e restabeleçam a funcionalidade do tecido lesionado, sem que haja alteração morfológica. Não tem perda funcional nem morfológica. CicatrizaçãoSe o estroma é destruído, o reparo se faz, fundamentalmente, às custas de tecido conjuntivo fibroso. Proliferacao de tecido conjuntivo fibroso (fibroblasto). Ocorre alteração funcional e morfológica. "O processo de reparo não se faz com a mesma facilidade nem com a mesma rapidez em qualquer tecido." V) ALTERAÇÕES DE ESPESSURA Hiperqueratose • Espessamento excessivo do estrato córneo • Aumento do número de células queratinizadas • Pele áspera; inelástica; coloração acinzentada • Em mucosas = leucoplasia • Causas: congênitas (ictiose) são raras; as mais comuns são as adquiridas por Lignificação ou Liquenificação • Espessamento de pele por aumento do estrato espinhoso (entre o estrato basal e o córneo) • Acentuação dos sulcos cutâneos (aspecto quadriculado) • Acompanhado de ressecamento e alopécia • Associado à processo inflamatório crônico; região de traumas repetidos (calos). VI) PERDAS TECIDUAIS Escamas (caspas) • Placa de células da camada córnea • Se desprendem da superfície cutânea • Alteração da queratinização • Fatores genéticos • Processo inflamatórios ou metabólicos Paloma Perez Erosão • Perda superficial da epiderme ou camadas da epiderme (não atinge a derme) • Reparo: regeneração Ulceração • Perda da epiderme e derme, podendo atingir hipoderme • Reparo: cicatrização • Bordos da lesão ficam elevados • Lesão severa e profunda Erosão e Ulceração • Traumatismos • Neoplasias; agentes infecciosos (quando crônica) Crosta • Resíduos ressecados de sangue, plasma, pus (exudatos/secreções) • Restos celulares ou teciduais • Pode ocorrer no focinho por deficiência de zinco Fístula • Canal com orifício na pele • Drenagem de material purulento ou sanguinolento • Foco infeccioso ou presença de corpo estranho Colarinho Epidérmico • Fragmento de epiderme circular que resta aderido a pele • Após ruptura das vesículas, bolhas ou pústulas • O exsudato ressecado fica no local • Não adianta coletar colarinho epidérmico, pois a lesão já foi rompida e o material foi extravasado; deve-se coletar de lesão íntegra DOENÇA ACTÍNIA 1- Dermatite Solar • Pele glabra, branca, clara • Gatos: nariz, orelhas, lábios Macroscopia ➺ Eritema ➺ Alopecia ➺ Descamação ➺ Crostas ➺ Erosão/ulceração Microscopia ➺ Dermatite perivascular superficial; as células inflamatória extravasam para fora dos vasos ➺ Queratinócitos vacuolizados (pela agressão da radiação) ➺ Tema intercelular (espongiose) ➺ Hiperqueratose • Exposição crônica = lesão pré-maligna crônica (queatose actínica) DOENÇAS BACTERIANAS 1- Piodermatite Bacteriana Superficial – Regenera Impetigo Pústula quando estoura a pele fica avermelhada, vemos pus extático purulento, muitos neutrófilo por causa do pus, pele regenera. Pois tem reconstrução do tecido. Acontece em cães jovens. Impetigo • Cães sexualmente imaturos • Staphylococcus intermedius ➺ Ectoparasitas; hipersensibilidade ➺ Endocrinopatias; distúrbios metabólicos e imunológicos Macroscopia ➺ Pápulas crostas e/ou eritematosas + pústulas frágeis Microscopia ➺ Epiderme: pústulas (infiltrado de neutrófilos) entre os folículos ➺ Espongiose adjacente • Geralmente o animal se cura sozinho sem o uso de tratamento com ATB Paloma Perez • Regenera A infecção secundária pode ocorrer, pois o animal que tem uma imunidade imatura e tem contato com o chão fica mais suscetível a desenvolver infecções. 2- Piodermatite Bacteriana Profunda - Cicatriza Foliculite e furunculose cicatrizam, pois, rompe a membrana basal e folículo piloso, infiltrado, com exsudato profundo. Foliculite e Furunculose • Furunculose: ruptura do folículo piloso > exsudato + agente etiológico • Staphylococucus intermedius: demodiciose, pruriginoso • Fungos > não pruriginoso Macroscopia ➺ Pápulas ➺ Pústulas ➺ Nódulos ➺ Crostas Microscopia ➺ Infiltrado inflamatório ➺ Debris celulares necrosados DOENÇAS FÚNGICAS 1- Micose Cutânea – é superficial Micoses cutâneas, pode ser dermatofitose por micose Humano X animal, fácil diagnostico feita por lâmpada de wood, onde o animal fica fluorescente, lesões arredondadas, crostas, descamação e vermelhidão Dermatofitose (Tinha ou Tínea) • Microsporum; Trichophyton • Infecção ➺ Contato com indivíduos infectados; fômites contaminados ➺ Animais <> humanos • Infecção que atinge células queratinizadas do estrato córneo, pêlos e unhas (superficial) Macroscopia: ➺ Pelos quebradiços; Alopecia; Crostas secas/escamosas ➺ Circunscritas: lesão em anel (Ringworm) ➺ Quando há remoção dos pêlos: avermelhado; sangue Microscopia ➺ Hiperqueratose; pústulas; infiltrados PMN Diagnóstico ➺ Colorações especiais; identificação de fungo (PAS) ➺ Lâmpadas de Wood (fluorescência) Dermatomicose – conduto auditivo Fungos do conduto auditivo, local avermelhado com cera escura. • Malassezia pachydermatis • Oportunista no conduto auditivo externo (otites); reto e vagina • Altamente pruriginosa e resistente a glicocorticóides Macroscopia ➺ Eritema variável; descamação gordurosa ➺ Hiperpigmentação (melanodermia); alopecia 2- Micose Subcutânea Esporotricose Esporo tricose forma granuloma que é um processo crônico o granuloma é formador pelas células inflamadas no local da lesão (macrófagos mononucleares). Tratamento: itraconazol • Sporothrix schenckii • Solo; madeira e matéria vegetal em decomposição • Incidência: gatos (transmitem para o homem); cães e equinos, arranhadura. ➺ Gatos: lesões com mais microorganismos visíveis pelo HE • Forma Cutânea: (face) nódulos SC simples ou múltiplos; consistência firme (1-5cm), que tendem a ulcerar, exsudato espesso (vermelho amarronzado) • Forma Cutânea-Linfática: (equinos e cães) nódulos esféricos firmes, disseminação pelos linfáticos, formando cordões, com nódulos Paloma Perez secundários, ulceram > pus acastanhado e espesso (sem hifas) • Forma Sistêmica: Em gatos = lesão disseminada (órgãos) • Animais infectados: manipulados com luvas de borracha e mãos lavadas com fungicida (povidine ou clorexidine) Microscopia ➺ Dermatite nodular a difusa; granulomatosa ➺ Leveduras ovais ou em forma de charuto 3- Micose Sistêmica Criptococose Fungo arredondado, acomete mais os imunocomprometidos, diferenciar de esporo, pus marrom e vermelhidão. • Criptococcus neoformans: esterco de aves (pombos) • Infecção: inalação • Oportunista: animais imunocomprometidos • Fazer exame diferencial com esporo pois as lesões são iguais sendo o fungo e diferente. • Predomínio: ➺ o Sistema respiratório e SNC ➺ o Gato: SNC, olhos e pele da cabeça e pescoço ➺ o Disseminação hematogênica e linfática Macroscopia ➺ Nódulos múltiplos indolores; firmes ➺ Crescimento rápido na derme e SC; tamanho variado ➺ Ulceração: exposição superfície granular com escasso exsudato serohemorrágico, que não cicatriza ➺ Macroscopicamente nao se diferencia da Leishmaniose nem da Esporotricose Microscopia ➺ Nódulos granulamatosos (células epitelióides = macrófagos modificados/alongados) ➺ Doença granulomatosa ➺ Granuloma = organização de células inflamatórias mononucleares ao redor da área de lesão • Todo granuloma é uma doença crônica (ex: Tuberculose) • Diferencial: esporotricoseDOENÇAS ALÉRGICAS 1- Atopia ou Dermatite Atópica Dermatite atópica, hipersensibilidade do tipo 1 (mastócito IGE), libera histamina que causa vasodilatação, hiperemia. • Hipersensibilidade Tipo I (anafilático): Ag inalados ou absorvíveis (IgE) ➺ Presença de IgE na superfície dos mastócitos ➺ Quando o animal entra em contato com o antígeno que ele tem alergia, este se liga a IgE e ativa os mastócitos (células ricas em grânulos de histamina e heparina) ➺ Os mastócitos ativados fazem degranulação e liberam histamina na corrente sanguínea • Liberação de histamina = vasodilatação (eritema/vermelhidão) > aumento da permeabilidade da parede do vaso (edema/aumento da pressão hidrostática) > aumento do fluxo de sangue pro local (hiperemia ativa patológica); prurido • Dermatite; Piodermite; Hiperpigmenação e seborréia secundária Paloma Perez Microscopia ➺ Infiltrados perivasculares (linfócitos, MO, mastócitos, neutrófilos - secundária) • Patas, região periocular, focinho, axilas, virilha 2- Hipersensibilidade Alimentar • Idem atopia • Pábulas eritematosas; pústulas; crostas; erosões (abdômen; axilas) • Infiltrado pp/ eosinófilos e envolvimento da derme profunda 3- Dermatite de Contato – crônico Através da coleira anticarrapato ou produto de limpeza. Hipersensibilidade do tipo 4 (tardia) sistema de defesa demora a agir, causa alopecia vermelhidão, animal se esfrega. • Hipersensibilidade Tipo IV (retardada/lenta) ➺ Não tem Ac envolvido ➺ Resposta imunomediada por células • Contato direto: substâncias de limpeza, inseticidas, fertilizantes, coleira de pulga • Partes glabras: interdigital, virilhas, axilas, genitália; face; orelhas • Macroscopia ➺ Eritema; pápulas; vesículas; crostas ➺ Exposição crônica: ✓ Alopecia; hiperpigmentação por processo inflamatório ou melanodermia; lignificação (processo crônico) ✓ Erosões; infecção secundária por lambedura • Microscopia ➺ Espondilose; vesículas; infiltração na epiderme (linfócitos; neutrófilos) 4- Dermatite Alérgica Induzida por Pulga (DAAP) Causada por pulgas: o animal tem sensibilidade a saliva da pulga, o pelo escurece por causa da saliva que queima pelo, ulceração e alopecia • Sensibilidade à saliva da pulga • Lesões ➺ Cão: dorsolombossacral; base da cauda; períneo; virilha ➺ Gatos: cabeça e pescoço > generalizar • Prurido intenso > traumatismos auto-infligidos Macroscopia ➺ Pápulas eritematosas; pústulas; crostas; erosões úmidas ➺ Alopecia > melanodermia e lignificação ➺ Pelos escurecidos devido a mordedura do animal Microscopia ➺ Geralmente não tem nada definitivo ➺ Infiltrados superficiais perivasculares ou difuso ➺ Eosinófilos (processos alérgicos e/ou parasitários); mastócitos (quimiotático ➺ para eosinófilos); linfócitos; MO ➺ Neutrófilos (secundária) NEOPLASIAS 1- Melanoma – maligno ou benigno • Neoplasia dos melanócitos (células que produzem melanina) • Pleomorfismo; variações de grau de crescimento e de pigmentação • Coloração acinzentada ao negro • Cão: lábios e cavidade oral em raças com mucosa oral pigmentada • Metástases: linfonodos; baço; pulmões • Existem melanomas melanóticos e amelanóticos ➺ Melanótico: ainda tem capacidade de produzir melanina; ainda existe diferenciação celular ➺ Amelanótico: perde diferenciação celular; não produz mais melanina 2- Mastocitoma Neoplasia dos mastócito, vários sintomas, pode ser papiloma, hiperemias e úlcera, animal coça, diagnóstico por imprint, quando o animal coça mais libera histamina e o animal pode apresentar (lesões e dificuldade de coagulação) úlcera gástrica pois através do mastocitoma estimula as células parentais do estômago para produzir HCL e a coagulação por causa do mastocitoma que libera heparina que é anticoagulante e causa histamina chamado de sinal paraneoplasico. Diferenciamos o mastocitoma grau 1 e grau 2, grau 1 muito grânulo (bem diferenciado) causa mais sinais. Grau 2 menos diferenciado porque tem menos grânulos, pode se encontrar o amelanotico significa que não produz mais melanócitos, ele é indiferenciado ou anaplasico. • Incidência: cãs e gatos > 8 anos de idade • Origem: derme • Neoplasia dos Mastocitos • Flanco; bolsa escrotal; extremidades; cabeça e pescoço (gato) Paloma Perez Macroscopia ➺ Massa cutânea sainte; eritema; edema; prurido; úlceras (liberação de histamina > aumento de HCl- > acomete TGI) ➺ Hiperêmico, coça Microscopia ➺ Difusamente infiltrativos; vários graus de diferenciação • Coloração com Giemsa ou Azul de Toluidina para melhor visualização dos grânulos • Quimiotático para eosinófilos • Sinais paraneoplásicos: histamina e heparina (estimula hemorragia) > ulceração gástrica e duodenal; transtornos da coagulação • É uma neoplasia que não pode manipular demais • Caso haja suspeita, faz a retirada total do nódulo para biópsia e confirmação do diagnóstico Grau I • Presença de muitos grânulos • Bem diferenciado • Benigna com comportamento maligno Grau II • Não tem tanto grânulo de histamina • Menos diferenciado 3- Carcinoma Epidermóide • = Carcinoma de Células Escamosas (CCE) • Mais maligno de pele em cães e gatos (principalmente); acomete qualquer espécie • Incidência: animais pigmentados; pelos brancos; expostos à radiação • Solitário; erosão; crostas; ulceração profunda; invasivos Microscopia ➺ Pérolas córneas; mitoses; atipia Ao observar na microscopia: • Compressão/atrofia da derme • Epiderme desorganizada e invadindo a derme • Queratina acumulada • Pleomorfismo celular e nuclear • Núcleo com vários nucléolos A epiderme é mais acidófila que a derme, a epiderme tem epitélio pavimentos estratificado queratinizado, a queratina e retirada da pele. Na histologia vemos uma desorganização da derme e epiderme causando atrofia na derme e a principal causa da neoplasia e a radiação solar e gatos com pelo branco e mais suscetíveis que também causa processo inflamatório, a quereratina fica retida por causa que a epiderme desorganizou, pleomorfisco celular e nuclear, mitoses atípicas. Pele normal = epiderme íntegra (coloração mais eosinofílica que a derme); camada basal; extrato córneo; queratina; derme (tem muito tecido conjuntivo fibroso/colágeno) Patologia do Sistema Circulatório I) PERICÁRDIO Constituição • Saco fibroelástico • Constituído por 2 folhetos ➺ Fibroso: mais externo ➺ Seroso: parietal/visceral Paloma Perez • Líquido pericárdico: entre os folhetos parietal e visceral ➺ Seroso; transparente ➺ Evitar atrito durante o trabalho cardíaco • Abraça os vasos da base do coração Epicárdio = camada mais externa do coração Miocárdio = Músculo do coração Endocárdio = onde fica a parte oca voltada para as câmaras Na base do coração fica na porção dorsal/cranial é onde se encontram as veias pulmonares, aorta, etc. O ápice do coração fica na porção ventral e é todo ocupado pelo ventrículo esquerdo, que faz mais força de contração e tem mais massa muscular. O saco pericárdico é preso somente na base do coração, portanto ao redor do coração não há nenhum outro ponto de aderência. Sístole = contração cardíaca (esvaziamento dos ventrículos) Diástole = relaxamento (enchimento dos ventrículos) ALTERAÇÕES DO CONTEÚDO HIDROPERICÁRDIO • Aumento da quantidade de líquido (edema) – transudatonão inflamatório • Mesmas características: seroso, aquoso, incolor à amarelo claro • Baixo teor proteico; ausência de células = transudato causa • Não tem aderência • Alterações post-mortem ➺ Coloração avermelhada (hemólise) ➺ Descamação células > líquido turvo Causas • ICC: congestão e hiperemia, aumentando a pressão hidrostática e provocando edema/líquido pericárdico • Insuficiência renal: provoca perda de proteína/proteinúria • Insuficiência hepática: baixa produção de albumina/hipoalbuminemia • Parasitoses intestinais: redução da absorção de nutrientes/hipoproteinemia • Forças de Starling: Redução da Pressão Oncótica/Osmótica e aumento da Pressão Hidrostática ➺ Pressão Oncótica/Osmótica: relacionada aos níveis de proteína, principalmente albumina. Albumina tem função de manter a água dentro do vaso. Para extravasar agua para fora do vaso, a PO precisa estar reduzida por conta de uma hipoproteinemia. ➺ Pressão Hidrostática: Força do líquido (sg) com velocidade baixa/parado/acúmulo de sangue (hiperemia) faz na parede do vaso; pra causar edema essa pressão precisa aumentar para extravasar líquido para fora do vaso; o local fica inchado. • Geralmente acompanhado de ascite e hidrotórax • Compromete a diástole Edema por Transudato • Aumento da pressão hidrostática expulsa líquido para fora do vaso provocando acúmulo de líquido no espaço extravascular/tecido conjuntivo • Diminuição da pressão oncótica por hipoproteinemia • Retenção de sódio Exsudado = precipitação de proteína; líquido turvo; opaco; rico em leucócitos e fibrina; em repouso faz acúmulo Transudato = não tem proteína; densidade baixa; líquido ralo; transparente; em repouso continua no mesmo estado líquido; não tem leucócitos EDEMA É SEMPRE SECUNDÁRIO! Tamponamento Cardíaco = qualquer fator que interfere no funcionamento do coração. HEMOPERICÁRDIO • Sangue no saco pericárdico Causas • Ruptura dos vasos da base do coração (espontânea ou traumática) • Ruptura da artéria coronária • Ruptura cardíaca (miocárdio) • Punção cardíaca • Complicações de injeções intracardíacas • Hemangiossarcoma Consequências • Compromete diástole • Tamponamento cardíaca • Óbito Hemorragia, houve um extravasamento de sangue, podendo ser ruptura do miocárdio, neoplasias ou complicações por injeção. Compromete a diástole e impede o coração de relaxar causando Paloma Perez tamponamento cardíaco e pode levar o animal a óbito. INFLAMAÇÕES Pericardites são classificadas de acordo com o exsudato (seroso e fibrinoso). Tendem a se estender e se transformar em exsudato fibrinoso. Processo inflamatório geralmente secundário (pneumonia), pulmão abraça o coração logo uma pneumonia pode passar para o coração causando pericardite. PERICARDITE SEROSA • Exsudato seroso; aspecto turvo; opaco • Consistência fluida • Células inflamatórias; proteínas • Espessamento pericárdico • Representa estágios iniciais: serofibrinosa; purulenta • Cão: Tuberculose > pleurite Chamada assim por ser exsudato mais liquido, normalmente indica processo inflamatório agudo inicial que pode se prolificar e quando se prolífica ele fica mais espesso por ter mais quantidade de fibrina, então tem exsudatos fibroso entre os folhetos. PERICARDITE FIBRINOSA • Mais comum; seca (natureza sólida exsudato) • Folhetos ásperos; manchas esbranquiçadas • Deposição fibrina > filetes de fibrina (cor villosum) ➺ A fibrina resseca, vira tecido conjuntivo e forma filetes de adesão entre os folhetos do pericárdio ➺ Presença de cor villosum = houve processo inflamatório (pericardite) • Organização: formação camada de tecido conjuntivo • Às vezes dificuldade de distinguir os 2 folhetos • Compromete a sístole Causas • Pleuropneumonia • Peritonite felina (PIF) • Septicemias • Reticulopericardite traumática em bovinos Líquido fibrinoso nos folhetos podendo gerar aderência. Podemos ver um processo crônico e ocorre proliferação de tecido conjuntivo gera aderência com o saco seroso visceral com parietal e dificulta a sístole e isso leva a óbito. Os filetes de fibrina na pericardite chamado de Cor vilose, deposição de fibrina formação de tecido conjuntivo e aderência. em casos graves pode haver colabamento do pericárdio pelo excesso de aderência. PERICARDITE GRANULOMATOSA ( ESPECIFICA) • Coração em Couraça > Tuberculose • Granuloma imunológico/imunogênico • Hipersensibilidade do tipo 4; resposta lenta contra a bactéria • Resposta medular mediada principalmente por macrófagos • A bactéria fica agindo por muito tempo • Granulomas em cordão ou difuso • Sempre secundária • Acesso ao pericárdio: ➺ Via Hematogênica ➺ Via Linfática ➺ Contiguidade • Frequente em bovinos e cães Áreas com tonalidades pálidas de consistência firme e friáveis. Áreas que se assemelham à queijo (necrose caseosa). Destruição do tecido por necrose. Microscopia Tuberculose Granuloma = organização de células inflamatórias mononucleares ao redor de uma área de lesão. Doença crônica onde tem uma área de lesão com (granuloma) células de defesa combatendo área de lesão (macrófagos epitelioides ao redor) e muitos deles se fusionam formando células grandes formando um granuloma, temos áreas esbranquiçadas que é necrose caseosa, resposta imune tardia, pois, tem hipersensibilidade do tipo 4. Paloma Perez Área de necrose; ao redor da área de lesão tem infiltrado inflamatório formado basicamente por células mononucleose s (macrófagos); perda de padrão da arquitetura do tecido Característica área de necrose • A bactéria destrói completamente a arquitetura do tecido (não dá pra identificar o órgão) • Macrófagos Epitelióides = macrófagos com citoplasma prolongado (rede de macrófagos); se organizam ao redor da área de necrose • Células Gigantes do Tipo Langhans = Células gigantes multinucleadas; os núcleos ficam na periferia da célula; são macrófagos que se fusionam • Para observação do Mycobacterium utilizar coloração de BAAR (bacilos álcool ácido resistente), conhecida como Ziehl-Neelsen; cor púrpura. MIOCÁRDIO - DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS Infarto do Miocárdio Significa que teve morte uma necrose causada por isquemia, teve obstrução de artéria com isso a área de infarto fica claro por falta de sangue, chamado de infarto branco ou anêmico porque é no coração e falta sangue em alguma parte do sangue pela obstrução arterial. Morte tecidual por falta de sangue e oxigênio. • Área pálida, esbranquiçada com consistência firme > área sem presença de sangue logo provavelmente ocorreu um infarto branco • Infarto branco: isquemia (a área fica branca) + necrose de coagulação (se tem necrose tem autólise e heterólise); halo hiperêmico • Arquitetura do tecido preservado > é possível observar a fibra muscular cardíaca, porém está sem núcleo devido autolise então é possível identificar qual é o órgão já na necrose caseosa não, pois a destruição é muito grande • Já que tem isquemia podemos dizer que foi obstrução arterial > trombo, placa de ateroma, embolo que se desprendeu de um trombo Causas: • Arteriosclerose (humanos) = obstrução da luz arterial associado ou não à trombose; ➺ Placa de ateroma agride a túnica íntima; excesso de colesterol LDL na camada interna da artéria (túnica íntima); formação de trombo associado • Endocardite (ulcerativa); trombose; embolia • Organização: cicatrização Uma aterosclerose (placa de ateroma), a pele tem parede fina com uma placa de colesterol se adere a túnica intima da pele e essa placa com o tempoela aumenta e causa trombose com ateroma rica em LDL que altera o fluxo sanguíneo e com isso corre o risco de agregação plaquetária e o sangue se solidificando formando trombo e obstruindo artéria coronária. Isquemia = falta de sangue e oxigênio; obstrução arterial O infarto do miocárdio em animais não acontece ou é subnotificado? O animal quando infarta poder ter um mal súbito/parada cardiorrespiratória e ir a óbito ou pode ter uma insuficiência cardíaca que acaba não sendo diagnosticada. Paloma Perez Insuficiência de mitral aórtica altera o fluxo de sangue pro coração endocardite atrapalha o fechamento das válvulas alterando o fluxo e ocorre a formação de trombo no coração (ventrículo) o trombo se fragmento em embolo e é levado na corrente sanguínea até chegar na artéria coronária e obstruindo ela gerando infarto, podendo levar até morte súbita. O infarto no miocárdio e mais grave no jovem no que no adulto, pois com o tempo desenvolve mais artéria coronária então menos probabilidade de ter infarto. Cicatrização no infarto porque: a fibra muscular cardíaca não faz mitose e cicatriza. Na microscopia a necrose de coagulação é diferente da caseosa, percebe-se que é fibra muscular e alongada. Núcleo foi destruído pela necrose, porem as características da célula foram preservada e percebe-se células acidófilas, significando necrose de coagulação já a caseosa e porem dá pra identificar o órgão, a caseosa destrói o tecido e não é possível identificar o órgão. Macroscopia • Coração Humano (em cima): área esbranquiçada = necrose de coagulação • Coração de Equino (embaixo): área esbranquiçada = necrose de coagulação Microscopia: característica da necrose de coagulação = preserva o contorno celular/arquitetura celular • Áreas de necrose: Células alongadas (área rosada/"fantasminha da célula") = fibras musculares sem núcleo (fibra muscular estriada cardíaca tem núcleo centralizado) porque as células morreram; lesão irreversível; picnose (contração do núcleo) > autólise (cariorexe) > autodigestão celular e destruição do núcleo (cariólise); • Macrófagos e neutrófilos atuando na remoção do tecido morto (fagocitose) para posteriormente cicatrizar (proliferação de tecido conjuntivo fibroso) Todo indivíduo que já infartou e não foi a óbito, obrigatoriamente tem uma cicatriz no coração, porque essa área de necrose de coagulação é uma área com agressão severa com destruição da membrana basal do tecido. Toda área de necrose é reconhecida pelo organismo como “corpo estranho” e desencadeia um processo inflamatório com hiperemia ativa patológica (forma halo hiperêmico), seguido de cicatrização. Fibra muscular estriada cardíaca não faz mitose, ou seja, não faz regeneração, então qualquer agressão no miocário desencadeia uma cicatrização. Quais os tipos de necrose? • Necrose de coagulação: causada por isquemia, diminuição ou suspensão do aporte de sangue para determinada região. ... • Necrose de liquefação: o tecido danificado assume a aparência líquida. ... • Necrose caseosa: coloração branca ou amarelada, semelhante à do queijo cremoso. ALTERAÇÕES DE VOLUME DILATAÇÃO • Uniforme ➺ Alargamento das câmaras cardíacas Causas • Acúmulo de sangue (defeitos nas valvas cardíacas) > hipertrofia compensatória (aumento das força de contração) • Dirofilaria immitis: atrapalha o bombeamento de sangue para o pulmão (artéria pulmonar e VD) > Cor pulmonale ➺ Dilatação mais comum: VD (parede com menor massa muscular) > hipertrofia e dilatação do VD Hipertrofia x Hiperplasia = hiperplasia é o aumento do número de células (tem que fazer mitose); hipertrofia é o aumento da massa muscular. O que mais observa são as dilatações uniformes da câmara cardíaca e dilatando os ventrículos, tem muito sangue e acumula, e se está acumulando sangue é secundário pois tem alguma válvula que não está funcionando perfeitamente e com o acúmulo de sangue ele vai aumentar a força de contração e com isso a fibra muscular aumenta de tamanho (hipertrofia cardíaca) aumenta de tamanho porém fica fraco. CARDIOMIOPATIA DILATADA • Coração com tamanho aumentado • Acúmulo de sangue no VD e VE > presença de coágulo cruórico ➺ Coágulo no VE = Morte com sofrimento ou insuficiência cardíaca (a morte ocorre em sístole) Paloma Perez HIPERTROFIAS Resposta adaptativa: adaptação do coração à patologia, aumentando a carga de trabalho; aumento do esforço = aumento da fibra muscular. Qualquer estímulo que geral aumento cardíaco, coração aumento trabalho e dilata a câmara e com o tempo pode entrar em falência: Na imagem coração se encontra com muitos coágulos isso significa o mal funcionamento de alguma válvula por isso o acumulo de sangue. Hipertrofia Concêntrica Aumento da expessura da parede cardíaca/massa muscular e redução da luz (sobrecarga de pressão). Hipertrofia Excêntrica (cardiomegalia) • Hipertrofia associada à dilatação da luz das câmaras cardíacas • Aumento da espessura da parede cardíaca com aumento da luz ➺ Impressão de que a parede está mais delgada, porém é por causa do aumento da luz das câmaras Causas: • Intracardíacas: lesões valvulares (valvares) • Extracardíacas: aumento do trabalho do Ventrículo Esquerdo por uma resistência fora do coração (ex.: resistência vascular periférica) ➺ Hipertrofia VE: nefrosclerose/IRC (fibrose renal crônica); Hipertensão arterial/vasoconstrição periférica > aumento da força de contração. Um dos controles de pressão arterial ocorre nos rins (sistema renina-angiotensina- aldosterona) > prescrever fármaco inibidor da ECA (controle da PA) – esta explicado a baixo . ➺ Coração Direito: consequência de lesão pulmonar ou circulação pulmonar > doença cardíaca pulmonar ou cor pulmonale Hipertrofia da parede e diminuição da luz do ventrículo. "Cor pulmonale" = doença causada no coração por culpa do pulmão. ENDOCÁRDIO 1- ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS Coágulos: Gelatinoso; brilhoso; elástico; não adere ao local de formação; superfície lisa • Cruórico: rico em hemácias – vermelho • Lardáceos: anemia - amarelo O coágulose forma basicamente em três situações: • Extravasamento de sangue/hemorragia > pra confirmar hemorragia tem que ter coágulo na necrópsia • Óbito – se formam em veias mortas • Coleta de sangue sem anticoagulante Coágulo no VE • Debilidade do miocárdio (ICCE) • Doenças crônicas caquetizantes > quando o animal morre em agonia Paloma Perez Trombo x Coágulo Trombo = ressecado; sem brilho; friável; adere ao local de formação; inelástico. Pra fazer trombose o indivíduo tem que estar vivo. Tríade de Virchow Lesão endotelial (endocárdio) + Alteração de fluxo sangüíneo + Hipercoagulabilidade Tendência à agregação plaquetária e ativação da cascata de coagulação. 2- PROCESSOS DEGENERATIVOS Endocardiose • Destruição do citoesqueleto das fibras colagenas e elásticas (valvas AV) • Gerando acúmulo de mucopolissacarídeos • Espessamento das válvulas Cúspides Causa: • Cão: envelhecimento e tártaro ➺ Comum em animais idosos > pelo desgaste natural do organismo com o passar do tempo, vai criando espessamento e a endocardiose ➺ Odontolitíase: Na tartarectomia liberam bacterias que são ingeridas que se alojam nas válvulas. Por isso se prescreve antibiótico antes do procedimento → 3 dias antes + 4-5 após → Assim se previne a endocarditeque agrava o processo de endocárdiose. • Mais frequente: Mitral → Atrio ventricular esquerda – ICCE – sangue arterial ( sangue oxigenado ) – veias pulmonares – átrio esquerdo – valva mitral – ventrículo esquerdo – artéria aorta. Assim leva a ICCE , com serias consequências como isquemia pelo corpo inteiro, edema pulmonar. Nesse lado do coração como existe uma ICC, uma alteração na válvula → um espessamento , endocardite nessa válvula que acarreta em uma alteração de fluxo de sangue do átrio para o ventrículo e não fecha de forma correta e na sístole pode ocorrer um refluxo , assim ocorre uma situação de hipercoaguabilidade com chances grandes de gerar um trombo e seus fragmentos friáveis ( êmbolos Asséptico ) serem levados pela aorta. Esses êmbolos podem estacionar na artéria coronária e fazer obstrução, uma isquemia e infarto agudo do miocárdio ou podem estacionar no cérebro obstruindo uma artéria cerebral ocasionado isquemia cerebral , AVC. Isquemia ( ausência de sangue e oxigênio ) mata o tecido – necrose de coagulação. No cérebro se nomeia necrose liquefativa. Nas extremidades do corpo pode gerar uma gangrena. Quando o embolo tem microrganismo ele é uma Embolo Septico → Aonde estacionar terá proliferação bacteriana e abcesso • Presença de nódulos de espessamento = calcificação – deposição de sais de cálcio. ➺ Em casos mais graves: presença de placas esbranquiçadas endurecidas > devido a calcificação/mineralização > calcificação distrófica Sinal Clínico ➺ Insuficiência cardíaca ➺ Formação de trombos > êmbolo : ➺ Êmbolos sépticos = abcessos: SNC; rins; pulmões 3- INFLAMAÇÕES Endocardite: pode provocar lesões ulceradas (exemplo na imagem superior direita) causadas principalmente pela tartarectomia. Por isso é importante prescrever tratamento profilático com ATBs antes do procedimento cirúrgico nesses animais. • Endocardite Valvares • Endocardites Vegetativas ou verrugosas/ulcerativas Causa • Geral • Bacteriana (via hematogênica) • Cães ➺ Streptococcus sp ➺ Escherichia coli ➺ Leptospirose ➺ Urêmica Paloma Perez Imagem superior = áreas mais avermelhadas no cérebro indicam a presença do êmbolo/embolia e fica com esse aspecto devido ao processo inflamatório. Essa área costuma ser amolecida necrose liquefativa. Nas áreas esbranquiçadas e ao corte a lâmina range o que indica calcificação distrófica. Por consequência ... Imagem inferior = Area do cérebro bem avermelhada, onde um embolo se destacou do trombo e deslocou → AVC . Na outra foto apresenta um rim com áreas esbranquiçadas → Infarto Renal com áreas de isquemia (pálidas) provocadas por êmbolos vindos do coração esquerdo e entraram no rim , obstruindo aterias renais - área de necrose de coagulação com processo inflamatório (halo hiperêmico). Se o animal não vem a óbito, essas áreas cicatrizam e posteriormente formam uma fibrose renal e o animal passar a ter uma DRC. Consequências das Endocardites Lesão no endocárdio > Alteração de fluxo = trombo Embolia ➺ Presença de corpo estranho na circulação ➺ Principalmente por fragmentos de trombo ➺ Êmbolo estéril: obstrução arterial > infarto > rins, cérebro e coração ➺ Êmbolo séptico: formação de abcessos Estenose ➺ Aumento do trabalho cardíaco ➺ Dilatação ➺ Hipertrofia da parede cardíaca ➺ Diminuição da passagem sanguínea Insuficiência ➺ Fechamento incorreto de qualquer válvula causa refluxo de sangue na sístole ➺ Tricúspide ➺ Mitral ➺ Sigmóides e Semilunares ➺ Aórtica: congestão VE > hipertrofia do VE > atinge AE > pulmão ➺ Pulmonar: hipertrofia do VD > atinge AD > veias cavas – pode gerar ascite , congestão cerebral ( acumulo de sangue venoso), sincope. Se ocorre refluxo para o átrio ou se apresenta dificuldade de passagem do sangue do átrio para o ventrículo. O ventrículo trabalha forçado → hipertrofia. Se tem acumulo de sangue no átrio, consequentemente terá na veias coronárias e no pulmão → Congestão ( hiperemia passiva pulmonar ), aonde tem congestão tem alteração nas forças de Starling , aumentando a pressão hidrostática que expulsa liquido pra fora do vaso com pressão e vira uma espuma → Edema agudo de pulmão. No tratamento deve ser prescrito um diurético para evitar Edemas pulmonares. Insuficiência Cardíaca Esquerda - ICCE • Pulmão: hepatizado (aspecto de fígado) > congestão > hiperemia passiva (acúmulo de sangue venoso nas veias) > edema • Durante o trabalho cardíaco com insuficiência de mitral, o sangue se acumula no átrio e aos poucos no pulmão • Animal entra em dispnéia, dificuldade respiratória • Pulmão com sangue venoso (provoca dificuldade de oxigenação do sangue) > hiperemia passiva • Alteração de fluxo sanguíneo entre o átrio e o ventrículo > hipercoagulabilidade > formação de trombo (friável) • Fragmentos de trombo podem virar êmbolos assépticos que podem estacionar nas artéria coronária (coração/infarto) branco/isquemia+necrose), artéria cerebral (AVC isquêmico/necrose liquefativa), artéria renal (infarto branco/isquemia+necrose) • Êmbolo séptico > derivado de uma trombose séptica porque havia uma endocardite (processo inflamatório) > abcesso Paloma Perez Insuficiência Cardíaca Direita – ICCD – Dirofilaria Pode ser Dirofilariose ou Endocardiose/Endocardite • O órgão mais afetado é o fígado, pois é o órgão que devolve a maior quantidade de sangue para o coração direito (sangue venoso) • Todo o corpo sofre congestão, porém o fígado é o primeiro • Acúmulo se sangue venoso nas veias cavas cranial e caudal (congestão/hiperemia passiva) > hipóxia • A hipóxia diminui a função do fígado > provoca esteatose hepática > acúmulo de gordura (triglicerídeos) por falta de metabolização, pois ativa o metabolismo anaeróbio > produção de ácido lático • Fígado aumentado com áreas avermelhadas (escuro) por conta do acúmulo de sangue venoso e áreas amareladas por causa da esteatose/acúmulo de gordura > Fígado em Noz Moscada (doença secundária) • Processo crônico mata o tecido hepático por necrose hemorrágica (ácidose metabólica) • Processo crônico > cicatrização • Cicatrização do fígado = Cirrose Hepática • Se ocorreu por insuficiência cardíaca = Cirrose Cardíaca • Fase aguda > Ascite = acúmulo de líquido na cavidade abdominal, pois aumenta a • pressão hidrostática > transudato • Na cirrose o fígado diminui a produção de 0oncótica/osmótica intravascular, extravasando líquido pra fora do vaso. 4- PARASITAS Dirofilaria immitis Pode se encontrar livre na cavidade abdominal, As microfilarias circulam no sangue e adulta se localiza no coração direito e veia cava caudal e também na artéria pulmar em direção ao pulmão. • Mosquito (L3 infectante) > cão > pele (L3-L4) > coração > adultos > liberação de microfilárias > mosquito (L1-L3) • Artéria pulmonar • VD > AD > veias cavas • Rins → A microfilária pode provocar glomerulonefrite nos rins, pois caem na corrente sanguínea e acabam chegando nos rins no processo de filtração do sangue • Trombose/êmbolos • Dilatação e hipertrofia Coração Direito – hipertrofia de veia cava caudal → Adulto – ICCD : Hipertrofia de coração direito. Hipertrofia de Veia cava caudal, traz sangue venoso do corpo todo – o figado devolve mais sangue venoso para a veia cava caudal → dificuldade de retorno de sangue venoso e drenagem venosa em direção ao coração direito → congestão na veia cava caudal e congestão hepática ( acumulo de sangue venoso no figado ) , gera hipoxia pode desenvolver lipidose → Figado cardíaco. • Cor pulmonale – dirofilariana artéria pulmonar e pulmal assim apresenta dificuldade de bombear → hipertrofia cardíaca • ICD: congestão hepática • Cirrose cardíaca – Devido a congestão crônica no figado – geralmente o animal vai a óbito antes • Difícil encontrar porque o animal morre antes • Ascite – pelas forças de Starling • Teste de Piparotti positivo no exame clínico = presença de líquido ascético Paloma Perez Patologia do Sistema Respiratório – Pulmões 1- HIPEREMIA Ativa – Inflamação • Inflamação aguda (pneumonia) – a inflamação libera um mediador químico (histamina) vasodilatação →aumenta fluxo sangue arterial • Aumenta o fluxo de sangue arterial • Avermelhado Passiva - Congestão • Acúmulo de sangue venoso no pulmão: redução do fluxo venoso ou estase sanguínea • ICCE (acúmulo de sangue venoso): sangue no capilares > aumento da pressão hidrostática > passagem de líquido sob pressão > espuma • Edema agudo: espuma rosada (hemácias) • Pulmão cardíaco: lesão pulmonar, causa no coração • MA: tonalidade avermelhada • MI: capilares ingurgitados Onde tem hiperemia tem edema por conta do aumento da pressão hidrostática. Tipos de congestão: Insuficiência de Mitral – O ventrículo esquerdo fica hipertrofiado porque → Na sístole tem refluxo para o átrio → refluxo veias pulmonares. A drenagem sanguínea do pulmonar diminui e acumula sangue venoso → O animal geralmente apresenta dificuldade respiratória pois não faz hematose de forma correta, sangue venoso – não tem oxigênio suficiente. Com a congestão os capilares sanguíneos estão cheios de sangue , alterando as forças de Starling aumentando a pressão hidrostática , indicando a furosemida para drenagem do pulmão e de edema pulmonar gerado pela congestão, agindo como diurético → melhora a respiração. Pode ser usado medicamentos para o coração, broncodilatadores, inibidor de ECA ( evitar vasoconstrição periférica – renina – angiotensina – aldosterona ) Furosemida: Uso de diurético de alça – ação na alça de Henle (onde tem saída de sódio e agua não qual o corpo abosorve) O medicamento impede essa reabsorção e mantem o sódio e a dentro dos túbulos, assim será eliminado evitando retenção. Inibidores de ECA: vai inibir a enzima ECA do eixo Renina – angiotensina – aldosterona. Como os rins recebem 25% do debito cardíaco, percebe que não chega esse valor , assim para se proteger ativa o aparelho para liberar renina que transforma o angiotensinogênio (forma inativa ) em angiotensina 1 e havendo a presença da ECA converte a angiotensina 1 em angiotensina 2 que leva a vasoconstrição também gera aldosterona que acarreta na retenção de urina, levando uma estimulação adrenérgica e promovendo uma hipertrofia na fibra cardíaca pelo aumento da forca de contração para compensar o volume sanguineo. O inibidor de ECA impede esse ciclo da angiotensina 1 em 2. Ao bloquear o efeito da angiotensina II, os inibidores da ECA provocam o relaxamento dos vasos sanguíneos, reduzindo a pressão arterial → vasodilatação quando os vasos sanguíneos relaxam e dilatam. Isto significa que o coração não tem de se esforçar tanto para empurrar o sangue pelo corpo. Inibidores da ECA: ➺ Diminui o nível circulante de angiotensina II ➺ Inibir a degradação de bradicinina ➺ liberação de hormônio antidiurético (ADH) O aumento da pressão hidrostática nesse pulmão devido a hiperemia e congestão leva ao Edema Pulmonar, no caso de estresse espuma pela boca e nariz. Edema sempre é secundário, se tem acúmulo de liquido e pq tem alguma situação gerando esse acumulo, nesse caso é devido a congestão pulmonar que e secundário a Insuficiência Cardíaca, no óbito desse animal a causa será o Edema por isso se usa o diurético – cuidado com a PA para não cair demais e debito cardíaco. Pulmão Hepatizado Pulmão que tem congestão e Edema é conhecido como pulmão hepatizado → coração Necropsia de Choque anafilático - processo alérgico de hipersensibilidade do tipo 1 que pode causar congestão, no caso o animal (descrito em aula) teve alergia a anestesia e os mastócitos igE se ligou ao antígeno e o mastócito fez degranulação de grânulos de histamina sistêmica que causa vaso dilatação na periferia e pulmão, aumentando quantidade de sangue acumulado (congestão e edema pelo aumento da pressão hidrostática) e redução da pressão arterial e débito cardíaco → diminui a distribuição do sangue → hipoperfusão sistêmica Paloma Perez 2- EDEMA → Sempre secundário Teste de Docimasia hidrostática onde pega fragmento do pulmão para ver se boia ou afunda, negativo se boiar, positivo se afundar se o pulmão está obstruído pode estar em atelectasia e o teste vai ser positivo pois a densidade aumento e ele afunda. Causas • ICCE • Edema é primário somente quando ocorre morte por afogamento. • Traumatismo craniano; lesão cerebral → ➺ Choque neurogênico Trauma crâneo: Resposta vaso motora rápida → intenso e atinge o sistema nervoso central causando lesão isso faz vasodilatação sistêmica causando hipotensão e a pessoa apaga e pode vomitar em jato podendo fazer falsa via, animal faz vasodilatação → redução de débito → hiperperfusão sanguínea gerando acidose → choque com traumatismo craneano chamado de choque neurogênico (animal morre). Trauma abdominal pode levar a choque neurogênico por ativação de nervo vago onde ele retarda utilizando o sistema parassimpático. • Processos inflamatórios – local inflamado • Neoplasias (obstrução linfática) • Hipersensibilidade tipo I (choque anafilático) Choque = resposta vasomotora rápida → vasodilatação dos grandes vasos → hipotensão/redução do débito cardíaco + hipoperfusão sanguínea sistêmica (hipóxia sistêmica) > desmaio; vômito em jato (indica lesão neurológica). Esse animal entra em acidose por conta da ativação da via glicolítica (pouco ATP → aumento de ácido lático → redução do pH) devido à hipóxia e aumento da concentração de CO2. Prognóstico sempre desfavorável. Tipos • Edema alveolar (ruptura > intersticial) • Edema intersticial • MA: Pulmão “molhado”; aumento de peso; espuma na traquéia; edema + • congestão = pulmão hepatizado • MI: material homogeneamente rosado nos alvéolos O edema pulmonar só é primário em mortes por afogamento, de resto será sempre secundário. Pulmão com congestão e edema : pulmão hepatizado Macroscopia: Conteúdo líquido espumoso e avermelhado (extravasamento de sangue/hemácia) – teste de docimasia hidrostática pulmonar → onde pega fragmento do pulmão para ver se boia ou afunda: negativo = boiar ( tem ar ) positivo = afunda ( tem liquido ) Se o pulmão está obstruído pode estar em atelectasia e o teste vai ser positivo pois a densidade aumento e ele afunda. Microscopia: vemos alvéolos com conteúdo rosado significado edema pulmonar as vezes podemos encontrar presença de macrófagos com hemossiderina (marrom) e se tem esse pigmento é sinal que teve hemorragia, hemácias fora do vaso é corpo estranho e são reconhecidos como corpo estranho e o macrófago fagocita assim tendo esse pigmento acastanhado. 3- ATELECTASIA Colabamento dos alvéolos e bronquíolos impedido de fazer a troca gasosa. Teste positivo. Atelectasia Fetal • Alvéolos coalhados; não houve expansão • (colabamento dos alvéolos impedindo a troca gasosa) → Teste de docimasia hidrostática vai ser positiva. • Classificada como: fetal, neonatal, por compressão e obstrutiva Atelectasia Neonatal • Causas: obstrução por muco; fluidos; defeitos congênitos • Respira mas não infla suficientemente para atenderas necessidades fisiológicas. • Pega fragmento do pulmão e faz o teste se afundou é porque o animal nasceu morto, se boiou é porque ele nasceu vivo e morreu porque respirou. Atelectasia por Compressão • Pneumotórax • Hidrotóxaz • Hemotórax Paloma Perez • Empiema (acúmulo de pus) • Neoplasias externa, comprimindo pulmão impedindo respiração ex: pneumotórax, hemotórax, atropelamento, entra ar desfaz pressão negativa e o pulmão (atelectasia por compressão) com isso o pulmão achata dificultando a respiração, podendo levar a óbito. Atelectasia Obstrutiva • Exsudatos • Parasitas • Falsa via • CE Atelectasia Hipostática • Decúbito lateral prolongado em animais de grande porte Macroscopia • Tonalidade vermelho-enegrecida • Aspecto colapsado • Distribuição e extensão: ➺ Difusa > fetal ➺ Lobular > obstrutiva ➺ Graus intermediários > compressão e neonatos • Áreas adjacentes > enfisema colateral • Teste de docimasia hidrostática Microscopia • Alvéolos colabados • Área colabada = vermelho escuro; Sem crepitação • Teste de docimasia positivo (+) = afunda (sem ar Área atelectasia é a área mais vermelha → área colabada, sem presença de crepitação pois não tem troca gasosa → causa dificuldade respiratória , o animal faz esforço respiratório ( pode ocorrer com equinos atletas ). As areas pálidas em elevadas com crepitação aumentada (normalmente ao redor de uma area com atelectasia tem uma área com sobrecarga de ar) áreas que ainda estão respirando, como a sobrecarga é muito grande os alvéolos com a pressão são rompidos, com esse rompimento o ar entra porém não faz mais troca gasosa e não consegue sair e se acumula → esse processo é chamado de enfisema. Comum em fumantes → antracose Ruptura de diafragma = redução da pressão negativa no tórax 4- ENFISEMA Sempre secundário a qualquer processo obstrutivo por esforço respiratório e atelectasia. Tuberculose cicatriza e não tem troca gasosa nessas áreas e pode causar enfisema. Enfisema o pulmão na região aumenta de tamanho e podemos ver as costelas e as áreas de atelectasia na microscopia vemos alargamento no espaço alveolar com acumulo de ar e não faz troca gasosa, diagnóstico enfisema pulmonar Secundário a outros processos • Obstruções: inflamações (exsudato) • Atelectasia • Esforço respiratório violento (sobrecarga): tuberculose → área do granuloma não tem troca gasosa, não faz troca gasosa pois é uma área cicatrizada. • Senilidade: degeneração fibras elásticas → animal idoso onde tem perda de elasticidade e rupturas das fibras musculares. • Anafilaxia (processo alérgico) • Pneumoconiose (antracose): fibrose alveolar; redução da elasticidade; redução da hematose → causado por fungos, fumantes passivos, animal inala lava de vulcão isso leva perda de elasticidade e com o tempo substituição dos tecidos por tecido fibroso Enfisema Alveolar: Enfisema Intersticial: Enfisema Subpleural (bolhoso): faz tanta destruição de alvéolo que o ar fica retido na pleura visceral. Pulmão tipo “Suflair”/altamente aerado / Ruptura da parede alveolar; alargamento do espaço alveolar 5- NEOPLASIAS PULMONARES Normalmente secundária com metástase, nódulos múltiplos, o pulmão assim como o fígado são muito Paloma Perez vascularizados e são sítios de metástase, pois recebem sangue do corpo todo são órgãos onde a probabilidade das células neoplásicas se fixar é muito grande e são várias e em difusas direções por isso tem muitos nódulos. Primário só se tiver contato com ares cancerígenos Primárias (raras) • Carcinomas bronquiais/bronquiolares Secundárias (metástases) • Adenocarcinomas mamários; • Osteossarcomas • Hemangiosarcomas • Condrossarcoma Nódulos múltiplos Sistema Urinario Função do rim: filtração do sangue Função do fígado: retira resíduos tóxicos (desintoxica o sangue). ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO 1. CISTOS RENAIS cisto é uma capsula, e seu conteúdo é liquido transparente. Quando é na superfície da pele, se trata de bolha ou vesícula. Quando é no parênquima do órgão é cisto. Os cistos renais normalmente são de origem congênita (hereditária). Cisto Solitário • Únicos; cães e gatos • Geralmente um dos pólos (cortical) • Uni ou multiloculares (subdivisões internas) • Presença de líquido semelhante à urina • Causa = não fusão dos túmulos contornados com os coletores • MI = membrana conjuntiva revestida por epitélio pavimentos ou cilíndrico Durante a embriogênese não tem a fusão dos túbulos contorcidos e túbulos coletores. O sangue é filtrado no glomérulo e vai ser levado ate o ponto de interrupção e se acumula (geralmente vai encontrar na região cortical). Dependendo do tamanho do cisto, pode comprometer o funcionamento do rim. O outro rim que não tem cisto, vai compensar a diminuição de função do rim comprometido O rim que não tem cisto compensa o outro ( sobrecarrega? Não. Pois os rins normalmente trabalham 70 % da sua função e assim chega a 100% que seria seu total e não uma sobrecarga. Rins Policísticos • Doença policística renal ou doença renal familiar • Nefropatia familiar: Bull Terrier, Chow Chow, Cocker Spaniel, Doberman, • Pinscher, Lhasa Apso, Gato Persa • Localização = cortical ou medular • Múltiplos e pequenos; conteúdo semelhante à urina • Evolução = fibrose em estruturas adjacentes O rim policístico pode se apresentar de várias formas, podendo ser unilateral (o outro rim compensa → hipertrofia e hiperplasia – aumenta a quantidade de nefrons e principalmente os glomérulos aumentam de tamanho). Em casos graves: só vai ter a pelve, recessos pélvicos e capsula. Não vê cortical nem medular. Se for bilateral é incompatível com a vida. Cisto de Retenção (secundário) • Adquirido; lesões em parênquima renal – consequencia de uma lesão renal • Inflamação com destruição de parênquima > fibrose, estenose tubular → A fibrose leva a obstrução do fluxo de urina (desde a cortical ate a pelve) e ali se forma um cisto (em consequência da lesão renal – cisto adquirido – cisto de retenção). • Acúmulo de urina • Pequenos e múltiplos • Nefrite crônica > redução do tamanho do rim, superfície irregular, cistos múltiplos DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS 2. INFARTO RENAL Obstrução das artérias renais → necrose de coagulação / isquemia renal / embolo do coração esquerdo. Obstrução de artéria renal → isquemia → necrose de coagulação → Infarto (morte de tecido por falta de sangue e oxigênio). Principal causa de isquemia renal: embolo oriundo do coração esquerdo. Consequência: nº de vasos ocluídos; calibre dos vasos; trombos sépticos → abcessos; Paloma Perez • Oclusões embolias ou trombóticas artéria renal ou ramos • Consequências: ➺ Número de vasos ocluídos > calibre dos vasos ➺ Trombo sépticos > abcessos bacterias ➺ Trombos assépticos > infartos típicos (3 fases) ➺ Morte por necrose de coagulação Quando o infarto é asséptico possui 3 fases : Infarto de 1a Fase - duração de 3 dias (“infarto" hemorrágico) • MA = área vermelha-escura, forma de cunha • MI = hemorragia difusa e lesões degenerativas Duração de três dias (infarto hemorrágico). MA: área vermelho escura; forma de cunha. MI: Hemorragia difusa e lesões degenerativas. (quase não é descrita). Aos poucos, por conta da isquemia se torna esbranquiçada (fase 2) 2a Fase - área pálida (infarto branco típico) • MA = opaco;halo hiperêmico ao redor • MI = necrose de coagulação (túbulos, glomérulos, tecido interno) Area pálida (infarto branco típico) M.A: opaco, halo hiperemico ao redor. MI: necrose de coagulação (túbulos, glomérulos, tecido intersticial). Toda área de necrose e corpo estranho e e fagocitafo – infarto – renal crônico – Osteodistrofia fibrosa → causa hiperparatireodismo secundário renal que pode causar osteodistria fibrosa , pq a elevação de fosforo na sangue desequilibra cálcio e fosforo→ precisa aumentar cálcio , assim estimula paratireoide a produzir paratohomonio retirar cálcio do osso, assim os osteoblastos retiram cálcio e levam pra corrente sanguínea → Hipercalcemia → calcificação patológica 3a Fase - cicatrização • MA = área deprimida e irregular • MI = tecido conjuntivo e hemossiderina MA: Area deprimida e irregular / MI: tecido conjuntivo e hemossiderina. Quase não tem diagnostico, porque o animal faz crise renal e não é identificado. O rim é um órgão muito vascularizado e o embolo sempre entra pela artéria renal, que vai se ramificando. Quanto mais próximo a cortical for a obstrução , menor a área de isquemia. Quanto mais próximo da área de entrada da artéria renal, maior a área de isquemia. Quanto menor o êmbolo, menor a área de obstrução. Quanto maior o êmbolo, maior a chance de obstrução próximo à pelve renal e assim, maior área de obstrução. Embolo entra pela artéria renal, pelo coração esquerdo – icc – faz a trombose em sintomas e esses êmbolos estacionam no rim. Se for um embolo séptico não forma isquemia e sim abcesso. Se essa bactéria por para cavidade oral pode gerar uma endocardite / endocardiose . PROCESSOS INFLAMATÓRIOS 3. GLOMERULONEFRITE Inflamação primária dos glomérulos. Inflamação primarias dos glomérulos. Influência na filtração. Pode ter um animal com proteinúria por conta da lesão glomerular. Etiologia • Vírus = adenovírus canino; leucemia felina; PIF • Bactérias = borregai, piometrite • Helmintos = dirofilariose - Microfilaria Macroscopia • Pálido, edematoso, aumentado • Glomérulos visíveis (finos pontos vermelhos) • Aguda = cápsula solta facilmente • Crônica = cápsula aderida; presença de cistos de retenção MA: pálido, edematoso, aumentado. Glomérulos visíveis (pontos finos vermelhos); aguda: capsula solta facilmente; crônica: capsula aderida, presença de cistos de retenção. Para verificar que o rim está edemaciado na necropsia: corta o rim no meio e fecha, se o rim estiver bocelado é porque tem edema. Quando puxa a capsula, vai sair com facilidade e tem aumento de brilho. Células Mesangiais (intraglomerulares) • Entre os capilares • Atividade fagocítica 4. NEFRITE INTERSTICIAL • Agregados de células inflamatórias no interstício • Processo crônico que não forma granuloma; é difuso • Doenças infecciosas sistêmica • Leptospirose; hepatite infecciosa canina; medicamentosa • Substâncias tóxicas Paloma Perez Agregados de células inflamatórias no interstício. Doenças infecciosas sistêmicas (leptospirose, hepatite infecciosa canina, medicamentosa); substâncias toxicas. Aguda: hiperemia, edemaciado (esbranquiçado); aspecto mesclado; superfície lisa; brilhante; capsula solta com facilidade. Crônica: diminui tamanho do rim, endurecido, esbranquiçado, superfície irregular, capsula aderida ao parênquima, podendo ocorrer cisto de retenção. Aguda • Hiperemia; edemaciado (esbranquiçado); aspecto mesclado (áreas claras e áreas avermelhadas) • Superfície lisa; brilhante • Cápsula solta com facilidade Crônica • Redução do tamanho do rim • Endurecido; esbranquiçado; superfície irregular • Capsula aderida MI: Região cortical; Destruição do parênquima renal (néfrons); Proliferação de tecido conjuntivo fibroso; infiltrado inflamatório mononuclear; PELVE 1. LITÍASE • Urolitíase = Presença de cálculos dos rins nas vias urinárias, pelve. • Urólitos = cálculos Mecanismo de Formação: Precipitação de sais na urina +descamação do epitélio , matriz orgânica (núcleo - ptn) Fatores Predisponentes • pH da urina ➺ Determinados pH favorecem a precipitação de sais ➺ Urina ácida = silicatos e oxalatos ➺ Urina alcalina = carbonatos e fosfatos ➺ Ingestão insuficiente de água (concentra urina) → favorece a precipitação do sal. Pelve = dilatação do ureter dentro do rim; recebe/coleta a urina produzida pelo rim. Infecções Bacterianas • Colônias bacterianas; epitélio esfoliado > porteína; leucócitos > núcleo com precipitação de sais • Infecções bacterianas = causas ou consequências da urolitíase Fatores Nutricionais • Alimentos ricos em fosfatos • Deficiência de vitamina A = metaplasia do epitélio > aumento da descamação do epitélio • Dietas desbalanceadas = teores de Ca, fosfato e Mg Medicamentos Sulfas são eliminadas na forma de cristais. (se administra sulfa, deve ingerir muita água) Distúrbios metabólicos • Dálmata = propensão a fazer urólito; alteração na uricase hepática (ácidoúrico > alantoína) • Formação de cálculo de urato (sal) Nos Dalmatas , ocorre alteração na uricase hepática: enzima no fígado que transforma ácido úrico em alantoina; formação de cálculo de urato. O dálmata tem dificuldade nessa transformação e acumula ácido úrico que é transformado em urato que forma cálculo → ocorre obstrução e processo inflamatório na mucosa → Difícil de desobstruir.Ele deve beber muita agua. Consequências da Urolitiase Por presença de cálculos ocorre Retenção do fluxo urinário na pelve provoca processo inflamatório na mucosa , esse acumulo de urina além do processo inflamatório , vai dilatar a pelve e atrofiar cortical e medular por compressão , isso vai fazer perda do rim → Hidronefrose → sempre o rim esquerdo e afetado primeiro por ser mais caudal. 2. HIDRONEFROSE Sempre por obstrução - Dilatação da pelve e cálices renais + atrofia progressiva e aumento cístico do rim Causa = obstrução completa ou incompleta (uretra à pelve) ➺ Anomalia de desenvolvimento ➺ Cálculo ➺ Aumento prostático ➺ Compressão ureteres (inflamação adjacente; neoplasias) ➺ Deslocamento bexiga em hérnias • Ruptura da pelve :conteúdo peritônio (uroperitônio) • Processo bilateral :uremia Paloma Perez • Processo unilateral: hidronefrose unilateral com hipertrofia compensatória do outro rim • Quando há contaminação: Pionefrose • MA = (…) Inflamação • Pielite = pelve • Pielonefrite = pelve + parênquima renal • Infecção ascendente (TUI), pp/ por retenção urinária • Via hematogênica rara • Incidência = fêmeas Parasita • Dioctophyme renale verme gigante do rim • Carnívoros selvagens que gostam de pescar em rio • Homem • HI = peixes • Acomete mais o rim direito URETER Basicamente processos obstrutivos. Leva a hidronefrose Inflamação • Ureterite • Rara, pois órgão de passagem • Cálculo e estase > agressão mecânica • UROLITÍASE (retido > hidroureter) BEXIGA Inflamação • Cistite; causas = cálculos, infecções, intoxicação • Aguda = exsudato, hiperemia, estrias de sangue, piócitos na urina • Crônica = espessamento; hiperplasia epitelial; tecido conjuntivo Cálculos que saem do rim transitam pelo do ureter e chaga na bexiga Sistema digestório CAVIDADE ORAL – Dentes A maior parte do dente é formada pela dentina (coroa e raiz). Na coroa a dentina é cobrada pelo esmalte, e na raiz é coberta por cimento (que fixa o dento ao osso alveolar – o osso depende do dente). 1. Placa Dentária x Tártaro • Placa = massa bacteriana densa + restos alimentares + fermentação • Tártaro = placa + mineralização• A placa bacterina se forma no colo dentário (embaixo da gengiva); quando vai em direção a coroa = tártaro visível > odor desagradável > gengivite – Ondolitiase • Tartarectomia ➺ Prescrever ATB antes do procedimento > odor melhora e o tutor não volta para fazer o procedimento ➺ Passar todas as infos certinho, inclusive que o animal pode perder alguns dentes dependendo do grau de contaminação. Inflamação 2. Periodontite Da mesma forma que a placa vai em direção à coroa, ela também vai em direção à raiz do dente que é fixada pelo periodonto de sustentação. • Periodonto de sustentação ➺ Ligamento ➺ Osso alveolar ➺ Cemento A formação do tártaro pode provocar o descolamento do dente do periodonto. Ao manipular a placa bacteriana durante o procedimento no animal, ocorre sangramento e absorção das bacterias da placa e esses microorganismo caem na circulação provocando efeito sistêmicos. Efeitos sistêmicos: glomerulonefrite, hepatite, endocardite bacteriana. Odontolitiase (tártaro): placa + mineralização. Deve prescrever antibiótico antes da tartarectomia, isso porque há manipulação de bactérias e no procedimento vai haver hemorragia. Absorção sublingual e essas bactérias têm local de eleição / fixação na valva mitral (lado esquerdo do coração) que leva a longo prazo endocardiose e endocardite. Pode levar a glomerulonefrite porque as bactérias estão circulando, onde estacionarem vai haver processo inflamatório. Por isso, o uso do AB antes, durante e depois do procedimento. O tártaro se forma na região do colo e vai em direção a raiz e coroa. Com a limpeza de tártaro, principalmente na região da coroa, o dente está abaulado e vai perder o dente. • Efeitos sistêmicos ➺ Glomerulonefrite ➺ Hepatite ➺ Poliartrite ➺ Endocardite bacteriana (CE ou CD) Paloma Perez 3. Alteração na luz Esofagiana Esôfago é órgão de passagem, deve estar sem conteúdo na avaliação. Se tiver conteúdo, tem algum processo patológico envolvido. Causas • Compressão (neoplasias) • Corpo estranhos • Retrações cicatriciais • Parasitas (Spirocerca lupi) se localiza no esofago e impede o fluxo do alimento • Regurgitação Consequências • Divertículos ➺ Dilatação localizada > saculação (rompimento da musculatura) ➺ Resíduos alimentares; corpos estranhos > esofagite > ulceração e perfuração Megaesôfago ( principal ) ➺ Dilatação total e uniforme; 2-3 vezes o diâmetro normal; flácido ➺ Presença de resíduo de alimento ➺ Regurgitação após refeição; odor fétido; emagrecimento; pneumonia por ➺ aspiração (secundária) Dilatação de todo esôfago (maior que o diâmetro da traqueia) – acúmulo de alimento – fermentação – odor. Nesse caso, o animal regurgita (não vomita porque o alimento não foi digerido – relato do tutor é que vomitou o alimento inteiro). Causas: alteração no cárdia, dilatação da musculatura que perdeu o tônus muscular. Consequências: emagrecimento. Em alguns casos, pode fazer falsa via e faz pneumonia por aspiração. Acomete animais jovens. Necropsia: observa esôfago cervical e torácico dilatado. A traqueia e o esôfago dilatados e com conteúdo não digerido. Regurgitação x Êmese Quando ocorre o retorno do alimento armazenado no esôfago = regurgitação; quando ocorre retorno do alimento oriundo do estômago = êmese/vômito. PATOLOGIAS DO ESTÔMAGO 1. DILATAÇÃO GÁSTRICA É uma das patologias que mais levam os animais a óbito Dilatação Primária • Nutricional = ingestão de alimentos fermentáveis (grãos); aerofagia • Excesso de gás; timpanismo Dilatação Secundária Causa = qualquer fator que esteja impedimento físico ou funcional do esvaziamento do estômago • Obstrução física = corpo estranho, neoplasias • Obstrução funcional = espasmos do piloro • Obstrução do intestino delgado Consequências da Dilatação Gástrica • Atonia (distensão da parede) > agrava a dilatação > deslocamento do estômago na cavidade abdominal > torção ou volvo (principalmente cão) ➺ Em equinos, por conta da sua anatomia, a dilatação gástrica tende a romper o estômago • Distúrbios metabólicos > retenção das secreções no estômago ➺ Dificuldade do retorno venoso na cavidade abdominal (comprime a veia cava caudal) ➺ nterferências com a circulação sistêmica • Órgãos = congestão passiva ou isquemia (compressão mecânica do estômago); cianose/órgãos ficam com coloraçãovermelho escuro ➺ O único órgão que fica pálido por isquemia nesse caso é o fígado,porque como é um órgãos que recebe o sangue venoso dos órgãos abdominais através da veia porta, ao ser comprimido pela dilatação do estômago, ocorre um bloqueio da entrada de sangue ➺ Compressão do diafragma ✓ Aumento da pressão intratorácica ✓ Atelectasia pulmonar (colabamento) ✓ Congestão passiva dos órgãos torácicos • Anóxia severa • Consequência no endotélio vascular e órgão ocos ➺ Hemorragias por diapedese/sem ruptura da parede dos vasos, hemorragia puntiformes (petéquias) e edema; Presença de líquido avermelhado e coágulos ➺ Pressão hidrostática aumenta e extravasa líquido e hemácias para fora dos vasos indo em direção aos órgãos Paloma Perez Infarto Vermelho = acúmulo de sangue venoso Dilatação gástrica pode provocar tanto choque cardiogênico quanto hipovolêmico ao mesmo tempo. Dilatação leva a torção gástrica → acumulo de gás → faz com que a musculatura da parede perca o tônus - atonia – agrava o processo de timpanismo. Quando dilata a musculatura, tem a torção gástrica. Principal causa é alimentação uma vez ao dia , fica com muita fome e acaba comendo (faz aerofagia → não mastiga → ração não fermenta no estomago → dilata / torce). Mais comum em cães de grande porte. A consequencia da dilatação / torção : O estomago dilata muito → faz estenose de veia cava → a estenose veia cava caudal diminui retorno venoso para o coração → o fígado fica pálido pq comprime além da veia cava , o figado também e assim o sangue que esta na cavidade abdominal antes de chegar na veia cava passa pelo figado, na compressoa fica pálido → isquemia do fígado. E todos os órgãos abdominais ficam vermelho escuro → congestão por bloqueio da veia cava caudal (acúmulo do sangue venoso em todos os órgãos, com exceção do fígado que vai ficar isquêmico → pálido e esbranquiçado → o fígado sofreu compressão e não entrou sangue no fígado). Como tem congestão abdominal, vai ter edema porque aumentou a pressão hidrostática em todos os órgãos abdominais, pélvicos e membros posteriores→ extravasamento de líquido dentro do estomago e intestino. Líquido avermelhado já que a pressão hidrostática está muito aumentada, extravasa sangue. Hiperemia passiva muito intensa. Estomago dilatado comprime o diafragma e tórax assim faz atelectasia por compressão. Redução de DC → choque hipovolêmico( por que reduziu o volume ) associado ao cardiogênico( estomago dilatado comprimiu coração e pulmão ) 2. TORÇÃO GÁSTRICA (VOLVO) Descrição acima Cães (raças de grande porte) • Alimentação 1x/dia; mastigação ineficiente • Aerofagia; alimento demora para chegar ao intestino • Quadro de abdomen agudo (dor); intervenção rápida Causas • Consequência da dilatação • Frouxidão do ligamento gastro- hepático/omento menor (fixa região do cárdia) • Movimentos peristálticos violentos; contrações abdominais (vômito) • Estômago > rotação 180-360° no eixo longitudinal ➺ Gira ao redor do esôfago; sentido horário ➺ Piloro e duodeno a esquerda ➺ Baço = segue o deslocamento do ligamento e fica em posição ventral direita (dobra em “V”), aumentado e congesto • Fígado : pálido – falta sangue – isquemia• Parede do estômago ➺ Congestão; vasos engurgitados; escura ➺ Edematosa; extravasamento de sangue para o lúmen ➺ Mucosa; necrose > ruptura ou perfuração • Compressão do diafragma; edema pulmonar; hipóxia • Obstrução das veias+pressão do estômago dilatado → diminuição do retorno venoso (compressão venosa) → redução do enchimento cardíaco → choque → óbito PATOLOGIAS DOS INTESTINOS 1. TORÇÃO INTESTINAL OU VOLVO Pode ocorrer por presença de corpo estranho , cirurgias de intestino previa , peristaltismo alterado. Área que invaginou / torceu é a área mais escura (quando a porção torce, mesentério torce junto e com isso, bloqueia totalmente a veia e parcialmente as artérias. A área fica vermelha escura – sangue acumulado – hiperemia – congestão. Essa área vai estar com falta de o² - hipoxia. Necrose por acúmulo de sangue – infarto vermelho / infarto hemorrágico. Hernia tem anel, saco e conteúdo, se estrangular vai destruir a porção, que vai sofrer infarto vermelho. • Rotação intestinal → maior eixo • Obstrução estrangulada • Infarto; retorno venoso bloqueado • Fluxo sanguíneo prejudicado • Extravasamento de líquido (aumento da pressão hidrostática) > edema; • hemorragia; necrose • Bactérias > fermentação > dilatação das alças > dor Causas • Parasitismo intenso (infestação por ascarídeos) • Íleo paralítico (comum em equinos) – uma porção do intestino fica em atonia . • Strongylus vulgaris* Paloma Perez Microscopia • Necrose • Congestão e hemorragia Tratamento = cirúrgico; retirada da porção atingida 3. INTUSSUSCEPÇÃO OU INVAGINAÇÃO Invaginação de segmento intestinal para dentro de outro segmento , e com a presença do mesentelio ocorre o bloqueio dos vasos e artérias. Área que invaginou / torceu é a área mais escura (quando a porção torce, mesentério torce junto e com isso, bloqueia totalmente a veia e parcialmente as artérias. A área fica vermelha escura→ sangue venoso acumulado→ hiperemia passiva → congestão. Essa área vai estar com falta de o² → hipoxia. Necrose por acúmulo de sangue → infarto vermelho / infarto hemorrágico. A cirurgia deve ser feita com a retirada da parte torcida (vermelha escura ) Causas ➺ Aumento do peristaltismo; consequência de corpo estranho ➺ Cirurgia intestinal prévia ➺ Enterites; lesões intramurais (abscessos e neoplasias) • Extensão limitada ao mesentério • Compressão de vasos mesentéricos = infarto vermelho • Processo inflamatório • Aderências das serosas → invaginação não redutível → necrose • Diferente de invaginação post-mortem que não tem alteração circulatória nem aderências Diferença entre Volvo , Hernia e Intussuscepção Todos causam obstrução, infarto vermelho e tratamento cirúrgico. Hernia tem anel, saco e conteúdo, se estrangular vai destruir a porção, que vai sofrer infarto vermelho. PATOLOGIAS DO FÍGADO PROCESSO DEGENERATIVO Acumulo de triglicerídeos em citoplasma do hepatócito 1. Lipidose/Esteatose Causas • Dieta rica em gordura • Final de gestação ou lactação → aumento da mobilização de tecido adiposo (aporte excessivo) → A femea emagrece e está produzindo leite (gordura), emagrece porque vai mobilizar muita gordura (reserva) para produzir leite • Hipóxia = insuficiência cardíaca; anemia → na anemia severa, o animal sofre de hipoxia – a falta de oxigênio no fígado faz com que o animal tenha acidose metabólica. ICD compromete o fígado; intoxicações: dificulta o funcionamento das mitocôndrias. • Intoxicações = lesões das organelas (mitocôndrias e retículo endoplasmático) • Gatos obesos e anoréxicos→icterícia, insuficiência hepática • Diabetes mellitus: Diabetes mellitus causa lipidose: tendo em vista que utiliza a gordura (A.G) como fonte de energia , o figado recebe muita gordura para fazer metabolismo. Macroscopia • Aumento de tamanho/volume • Bordas arredondadas • Mais claro que o normal. Amarelo- esbranquiçado • Consistência amolecida • Ao corte: fragmentos flutuam em água Microscopia • Vacúolos sem conteúdo no citoplasma dos hepatócitos (por causa do solvente de gordura usado no HE) • Acúmulo de hemácias nos capilares sinusóides = congestão (provoca hipóxia) 2. Hiperemia Hepática Hiperemia Passiva ICD = aumento da pressão na veia cava caudal (estase sanguínea) O animal tem insuficiência do coração direito (ICC direita). Caso clássico de dirofilaria, o animal tem dificuldade de retorno venoso, o fígado vai sofrer muito, por conta do sistema porta-hepático. O fígado vai acumular sangue e em um processo agudo inicial: vai aumentar muito de tamanho, Paloma Perez ficando vermelho escuro principalmente ao redor das áreas de veias centrolobulares. Em um processo crônico, o fígado sofrerá hipoxia → esteatose hepática. Fígado cardíaco / em noz- moscada porque tem áreas com acúmulo de sangue venoso nos capilares sinusoides. As células hepáticas sofrem fibrose hepática (cirrose cardíaca). Se não tratar o coração, a lipidose se torna crônica → cicatrização → alto grau de destruição do tecido, tecido morre → necrose hemorrágica porque tem congestão → Cirrose cardíaca (cirrose hepática por conta de uma doença cardíaca) ➺ Aguda ✓ Fígado grande e arroxeado (bordas arredondadas) ✓ Sangue fluindo em qualquer superfície de corte ✓ Áreas centrolobulares congestas (vermelho-escuras) ➺ Crônica ✓ Hipóxia = atrofia dos hepatócitos e esteatose hepática ✓ Sinusóides dilatados e congestos ✓ Fígado em “noz moscada” (áreas claras e escuras) ✓ Casos graves: fibrose hepática (cirrose cardíaca) ✓ Incidência = qualquer espécie (principalmente cães) > alteração cardíaca (endocardiose) Fígado em noz- moscada: entre os lóbulos hepáticos vai haver o sistema porta hepático. Presença de hemácias no interior dos capilares sinusoides, o que significa congestão MI: Lobulos hepáticos com sistema porta hepático, hemácias no inteiror dos capilares sinusodes indica congestão na centro lobular 3. Cirrose Qualquer agressão crônica pode levar a cicatrização, pode ser agressão por medicamentos, alimentação ou alcoolitico – p. ex: hepatite, intoxicação. Cirrose é Substituição do tecido hepático por tecido conjuntivo fibroso. O fígado fica endurecido, superfície irregular, com vários nódulos, nódulos em regeneração. Na microscopia, vai ter muito tecido conjuntivo fibroso. NÃO REGENERA, se torna tecido conjuntivo denso fibroso (rico em colágeno). Esse animal vai ter icterícia hepática, porque se tem cirrose (perdeu função do fígado) não consegue conjugar bilirrubina lipossolúvel em hidrossolúvel; faz hipoalbuminemia reduzindo a pressão oncótica, levando a edema, ascite. Vai ter presença de Transudato, processos hemorrágicos, melena (hemorragia do TGI alto), hematoquezia (vermelho vivo)