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RESUMO - PROPEDÊUTICA CIRÚRGICA AULA 5 - HÉRNIAS INGUINO CRURAIS - Hérnias da parede abdominal : inguinais e crurais → protrusão de uma víscera através de uma abertura ou fraqueza na parede abdominal. - Sintomas : dor, desconforto ou presença de uma protuberância na região inguinal ou crural. - Sintomas relacionados com fatores agravantes → esforços físicos. - Exame físico : avaliação da área inguinal e crural → protuberâncias, inchaço ou sensibilidade na área. - Manobra de Landivar : colocamos a ponta do dedo sobre a região inguinal na parede abdominal → pedimos para o paciente realizar a manobra de Valsalva (sobrar o dorso da mão sem deixar o ar escapar) → aumenta a pressão abdominal → ocorre uma saliência ou aumento da protuberância na região. HÉRNIAS : - Hérnia : protrusão de uma víscera por uma abertura ou fraqueza na parede muscular. - Hérnia redutível : conteúdo protruído pode ser colocado de volta → retorna para a cavidade sem alterações anatômicas. - Hérnia encarcerada : conteúdo protruído não pode ser colocado de volta → conteúdo protruído ainda recebe suprimento sanguíneo. - Pode ocorrer a formação de fibrose ao redor da área herniada → necessário cortar a fibrose para reduzir a hérnia. - Hérnia estrangulada : conteúdo protruído não pode ser colocado de volta → ocorre comprometimento do suprimento sanguíneo para o conteúdo protruído → causa necrose. - Necessário ressecar a parte necrosada do órgão herniado para reduzir a hérnia. - Exceção : hérnia de Littré → protrusão de uma parte do intestino delgado pela abertura na parede abdominal → estrangulamento parcial → comprometimento sanguíneo para a porção herniada do intestino fica comprometida → não afeta a função do órgão herniado (apenas um segmento da hérnia fica estrangulada). - Hérnia inguinal : ocorre na região inguinal → área inferior do abdome. - Protrusão de vísceras na região inguinal através de uma abertura ou fraqueza na parede abdominal → porção do intestino ou outros tecidos abdominais saem através da abertura ou fraqueza da parede abdominal da região inguinal. TIPOS DE HÉRNIA INGUINAL : - Hérnia inguinal indireta : - Abertura anormal do anel inguinal interno → área da parede onde os vasos sanguíneos passam do abdome para o escroto (homens) ou lábios da vulva (mulheres). - Hérnia segue o trajeto do cordão espermático no homem ou do ligamento redondo do útero na mulher → passa pelo canal inguinal. - Defeito congênito : presente desde o nascimento. - Hérnia inguinal direta : - Protrusão ocorre através da parede abdominal enfraquecida na região inguinal → não passa pelo canal inguinal. - Ocorre no triângulo de Hesselbach (área de fraqueza na parede abdominal) → formado pelo ligamento inguinal, músculo reto abdominal e artéria epigástrica inferior. - Comum em adultos por conta do envelhecimento, lesões ou esforços físicos repetitivos → causa enfraquecimento da parede abdominal. - Hérnia de Amyand : apêndice cecal está contido dentro do saco herniário. - Hérnia de Amyand inflamada : apêndice está inflamado dentro da hérnia → sintomas semelhantes aos de uma apendicite. - Hérnia de Amyand por rolamento : apêndice dentro da hérnia não está inflamado. HÉRNIA INGUINAL : - Fatores de risco para hérnias inguinais : esforços repetitivos, gestação continuada, aumento da pressão intra abdominal e HPB (hiperplasia prostática benigna). - Escorregamento em hérnia inguinal grande : parte do intestino delgado ou outra víscera abdominal desliza para dentro da hérnia inguinal → comum em hérnia inguinal grande → pode causar obstrução intestinal. - Escorregamento com ovário na região inguinal : ovário desliza para a região inguinal → associado a um tumor ovariano. - Hérnia de Littré em crianças : envolve um divertículo de Meckel em vez do apêndice → comum em crianças. - Divertículo de Meckel : pequena bolsa na parede do intestino delgado. - Hérnia de Spigelian : ocorre lateralmente ao músculo reto abdominal → abaixo do umbigo. - Hérnia interparietal : protrusão entre as camadas dos músculos da parede abdominal. - Massa na região inguinal → virilha → pode indicar hérnias, linfonodos aumentados e lipomas. - Suspeita de estrangulamento : paciente sente dor intensa na área, náusea, vômitos. - Hérnia encarcerada : desconforto na região → não apresenta dor. ANAMNESE : - História do paciente : presença de constipação, prostatismo e tosse crônica → podem aumentar a pressão intra abdominal → aumenta o risco de hérnias. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL : - Paciente pode apresentar sintomas semelhantes que envolvem a mesma região anatômica da hérnia inguinal. - Hidrocele : acúmulo de fluido ao redor do testículo → causa inchaço da bolsa escrotal. - Transilumina quando exposto à luz → principalmente em crianças. - Em alguns casos, pode estar associada a uma hérnia → comum em bebês e crianças. - Varicocele : dilatação anormal das veias do cordão espermático → causa inchaço na bolsa escrotal. - Coloração azulada. - Linfadenopatia inguinal : aumento dos linfonodos na região inguinal → ocorre devido a infecções locais ou sistêmicas. - Em alguns casos, podem não ser dolorosos. ERROS NO DIAGNÓSTICO : - Anel inguinal externo dilatado sem diagnóstico de hérnia → dilatação do anel inguinal externo pode indicar uma hérnia. - Não diagnosticar problemas associados à hérnia → DPOC, intestino preso podem estar relacionados com o aparecimento da hérnia. - Não procurar massa na virilha em caso de obstrução intestinal → massa na virilha pode indicar hérnia encarcerada, principalmente quando o paciente possuir obstrução intestinal. - Confundir hérnia crural com inguinal. - Hérnia crural : ocorre abaixo do ligamento inguinal → mais comum em mulheres. - Hérnia inguinal : ocorre acima do ligamento inguinal → mais comum em homens. - Não reconhecer uma hérnia de escorregamento → porção do intestino delgado ou outro órgão desliza para dentro do saco herniário → pode causar complicações, especialmente se houver estrangulamento. MANOBRA DE LANDIVAR : - Paciente realiza a manobra de Valsalva para ajudar a distinguir entre hérnia inguinal direita e esquerda durante o exame físico. - Paciente fica de pé → colocamos o dedo indicador sobre o anel inguinal superficial ou interno → local onde a hérnia pode se manifestar → pedimos para o paciente soprar o dorso da mão para aumentar a pressão abdominal. - Hérnia indireta : sentimos um choque ou uma pressão na ponta do dedo → hérnia é sentida na ponta do dedo. - Hérnia direta : sentimos a hérnia na lateral do dedo. HÉRNIAS FEMORAIS → CRURAIS : - Ocorrem na região da coxa, abaixo da virilha. - Se desenvolvem abaixo do ligamento inguinal → próximo da artéria femoral. - Massa palpável na região femoral. - Mais comum em mulheres → gravidez, obesidade e fraqueza do anel femoral. - Sintomas : dor ou desconforto na região femoral durante atividades que aumentam a pressão intra abdominal. HÉRNIAS INGUINAIS OBLÍQUAS INTERNAS E EXTERNAS : - Hérnias inguinais oblíquas internas : passam medialmente aos vasos epigástricos inferiores. - Hérnias inguinais oblíquas externas : passam lateralmente aos vasos epigástricos inferiores. ATIVIDADE - HÉRNIAS : - Tumoração acima e medialmente ao tubérculo púbico → hérnia inguinal indireta → conteúdo abdominal protrui através do anel inguinal interno. - Manobra de Landivar : hérnia bate na ponta do dedo. - Tumoração abaixo e lateralmente ao tubérculo púbico → hérnia femoral ou crural → comum em mulheres. - Tumoração acima da extremidade medial do ligamento inguinal → paciente tosse e tumoração aumenta de tamanho → não se direciona para a bolsa escrotal (só a indireta que vai) → hérnia inguinal direta. - Conteúdo abdominal protrui diretamente através da parede abdominal pelo triângulo de Hasselbach. - Manobra de Landivar : hérnia bate na lateral do dedo. - Tumoração acima da extremidade medial do ligamento inguinal que não aparece com compressão acima do ponto médio → hérnia inguinal indireta → mesmo comum esforço, como uma tosse, a hérnia inguinal indireta não aparece. AULA 11 - POLITRAUMA POLITRAUMA : - Pacientes que sofreram lesões em várias partes do corpo como resultado de um único evento traumático → envolve os 3 tipos de força → elétrica, mecânica e química. - Trauma : lesão de extensão, intensidade e gravidade variáveis → produzidos por agentes diversos → pode ser acidental ou intencional → geral alteração local ou sistêmica. - Politraumatizado : paciente com 1 ou mais traumas significativos de cabeça, tórax, abdome, trato urinário, pelve ou coluna e extremidades. - Exceções : fratura pélvica; duas ou mais fraturas de ossos longos; amputação proximal de punho ou tornozelo; combinação de trauma com queimaduras de 10% ou inalação de fumaça; lesões penetrantes de cabeça, dorso e extremidades proximais de cotovelo e joelho; tórax instável → podem afetar mais de 1 sistema do corpo → podem causar lesões graves. - Tempo de resgate maior que 20 minutos → resgate de pacientes politraumatizados passa de 20 minutos. - Aumentam o risco de complicações ou agravam lesões em caso de trauma : - Idade menor que 5 anos ou maior que 55 anos. - Presença de doença cardíaca ou respiratória. - Uso de medicamentos psiquiátricos. - Diabetes com uso de insulina. - Cirrose. - Obesidade. - Coagulopatia. - Em caso de dúvida : considerar todo acidentado como um politraumatizado → maximiza as chances de sobrevivência do paciente. - ATLS : abordagem sistêmica e organizada para avaliação e manejo de vítimas de trauma → avaliação rápida. - Tempo = vida → quanto mais rápido atender e diagnosticar o paciente, maior é a chance dele sobreviver. DISTRIBUIÇÃO TRIMODAL DASMORTES EM PACIENTES TRAUMATIZADOS : - 1° Pico : mortes imediatas → ocorre no momento do trauma. - Causadas por lesões tão grandes que não podem ser revertidas. - Foco : prevenção. - 2° Pico : mortes precoces → ocorre dentro de minutos até 4 horas após o trauma. - Evitadas ou minimizadas com intervenções rápidas e eficazes. - ATLS atua nesse estágio. - 3° Pico : mortes tardias → ocorre após 4 horas até dias ou semanas após o trauma. - Resultado de complicações, infecções, falência de órgãos que se desenvolveram após o trauma inicial. - ATLS funcionou → paciente faleceu depois. AVALIAÇÃO INICIAL : - Protocolo XABCDE. - Preparação : garantir a segurança da equipe e do ambiente. - Triagem : classificar os pacientes com base na gravidade das lesões. - Exame primário : ABCDE. - A : via aérea com controle da coluna cervical. - B : respiração. - C : circulação. - D : avaliação neurológica. - E : exposição e controle da temperatura. - Reanimação. - Medidas auxiliares ao exame primário e à reanimação. - Exame secundário e história → exame físico mais detalhado. - Medidas auxiliares ao exame secundário → exames laboratoriais e de imagem. - Reavaliação e monitorização contínua após a reanimação. - Cuidados definitivos. PREPARAÇÃO : FASE PRÉ-HOSPITALAR : - Estabelecer uma comunicação eficaz entre a equipe pré-hospitalar e intra hospitalar → comunicação direta entre médicos → garante o planejamento antecipado para economizar tempo no atendimento. - Lei : qualquer paciente politraumatizado deve ser encaminhado ao SUS para receber atendimento primário. - Principais causas de morte imediata : interrupção da respiração → abordagem inicial vai ser a desobstrução das vias aéreas para garantir a troca gasosa. - Controle de sangramento é importante na fase de preparação → interromper ativamente qualquer fonte de sangramento visível → compressão. - Uso de EPI adequados. - Garantir a imobilização e proteção da coluna cervical → paciente politraumatizado é colocado em uma prancha rígida para evitar movimentos que possam causar lesões secundárias na coluna vertebral → colocamos um colar cervical para imobilizar a região cervical do paciente para manter a cabeça e o pescoço em posição neutra. - Triagem é feita na pista e não no hospital → feita na fase pré-hospitalar. - Classificamos os pacientes com base na gravidade. - Distribuição ocorre conforme a capacidade do hospital → doente mais grave vai ser encaminhado para um hospital de maior complexidade. MÚLTIPLAS VÍTIMAS X SITUAÇÃO DE DESASTRE : - Múltiplas vítimas : número de doentes e a gravidade das lesões não excedem a capacidade de atendimento do hospital → doentes com risco de vida alto vão ser atendidos primeiro. - Situação de desastre : número de doentes e a gravidade das lesões excedem a capacidade de atendimento do hospital → doentes com maior probabilidade de sobrevida serão atendidos primeiro. FASE INTRA HOSPITALAR : - Cuidados médicos e cirúrgicos emergenciais para estabilizar o paciente, tratar suas lesões e prevenir complicações adicionais. EXAME PRIMÁRIO - ABCDE : - A : vias aéreas com proteção da coluna cervical. - Colocação do colar cervical → movimentação em bloco. - Chin Li� : levantamento do queixo → usado quando o paciente está inconsciente para desentupir a traquéia. - Jaw Thrust : anteriorização da mandíbula → usado para abrir as vias aéreas em pacientes inconscientes. - Inspeção e retirada de corpos estranhos → retirar corpos estranhos que estão obstruindo as vias aéreas → usar uma pinça. - B : respiração e ventilação. - Garantir que o ar entre e ocorre a troca gasosa. - Não ainda a entrada de ar se as costelas estiverem quebradas. - Não ocorre troca gasosa se o diafragma não estiver funcionando. - Inspeção, palpação, ausculta e percussão. - C : circulação com controle da hemorragia. - Aferir PA, perfusão distal, FC → palpar o pulso carotídeo → mais perto do coração. - Não palpar pulso carotídeo bilateral → paciente pode desmaiar. - Precisamos manter o DC para evitar choque → paciente pode morrer. - D : avaliação neurológica. - Verificar estado neurológico do paciente → resposta motora e função cerebral. - E : exposição e controle da temperatura. - Remover roupas do paciente para avaliar ele → devemos manter o paciente aquecido para evitar hipotermia (temperatura abaixo de 35 °C). AULA 12 - PROPEDÊUTICA UROGENITAL FIMOSE : - Prepúcio (pele que recobre a glande do pênis) não pode ser retraído → não expõe a glande de forma total ou parcial. - Excesso de tecido de pele que recobre a glande → forma um anel semi-fibrótico. - Pode ser elástica → permite a ereção do pênis. BALANOPOSTITE : - Glândulas sebáceas estão presentes na base da glande → produzem secreção sebácea. - Com a fimose, a secreção se acumula no prepúcio → aumenta o risco de infecção → causa balanopostite → inflamação da glande e do prepúcio → causa desconforto, vermelhidão e inchaço. - Na ereção : prepúcio pode ser esticado → aumenta o risco de formação de fissuras → rachaduras na pele → são dolorosas. PARAFIMOSE : - Na ereção, a dicifuldade em retrair a fimose pode causar uma compressão da glande → compressão da glande pelo anel fibroso → causa parafimose → glande fica retida atrás do anel → causa obstrução do fluxo sanguíneo. - Se não tratar, pode causar dificuldade na vascularização da glande → pode causar necrose. - Algumas pessoas crescem com fimose sem ter problemas, mas é aconselhado a cirurgia para a retirada da fimose. - Excesso de pele : pode ser retraído → expõe a glande. - Fimose : retração é difícil ou impossível. POSTECTOMIA : - Cirurgia para retirar a fimose → remoção do prepúcio. - Permite a exposição da glande. - Nem todo homem nasce com fimose, mas algumas pessoas podem ter um excesso de pele que cobre a glande → não é fimose. CRIPTORQUIDIA : - Testículo precisa descer para a bolsa escrotal durante o desenvolvimento do bebê → ocorre por volta do 6° mês de vida. - Na descida, o testículo leva o lençol peritoneal junto → passa pelo conduto peritônio-vaginal → se fixa na membrana albugínea. - Drenagem vascular : - Tesículo esquerdo : drenagem venosa ocorre pela veia renal → mais longa que a do testículo direito. - Testículo direito : drenagem venosa ocorre pela veia cava. - Testículo esquerdoé mais baixo que o direito pela anatomia vascular e pela descida testicular. - Crianças prematuras : testículo pode não descer completamente → para no canal inguinal superficial → não desce para a bolsa escrotal → causa criptorquidia. - Manobra de palpação : verificamos se o testículo não descido está presente. - Testículo retrátil : - Em alguns casos, o testículo pode ser retrátil → se move para o canal inguinal na ereção e volta para a bolsa escrotal pela contração do músculo cremaster. - Sinal de Rabinowitz : reflexo cremastérico → reflexo testicular em resposta ao toque na face interna da coxa → testículo sobe. - Sinal de Rabinowitz está ausente ou reduzido em casos de torção testicular. TORÇÃO TESTICULAR : - Testículo gira em torno do seu próprio eixo → corta o suprimento sanguíneo → causa dor intensa. - Testículo esquerdo torce no sentido anti-horário e o direito torce no sentido horário. - Distorcer o testículo : giramos o esquerdo em sentido horário e o direito em sentido anti-horário. - Durante a torção, o testículo pode se horizontalizar → sinal de Angel → eixo maior se torna horizontal em vez de vertical → sinal de torção testicular. - Testículo esquerdo é mais longo → pode ter uma pior fixação → mais propenso à torção. - Elevação manual do testículo causa alívio temporário da dor → desfaz parcialmente a torção e restaura o fluxo sanguíneo temporariamente. - Sinal de Prehn : - Diferencia a dor causada por inflamação e a dor causada por torção testicular. - Inflamação = orquite. - Sinal de Prehn positivo : elevar o testículo não proporciona alívio da dor → é de origem inflamatória → orquite ou orquiepididimite. - Sinal de Prehn negativo : elevar o testículo proporciona alívio da dor → torção testicular. ORQUIEPIDIDIMITE : - Inflamação simultânea do testículo e do epidídimo → infecção bacteriana → causa dor e inchaço no escroto. - Músculo cremaster pode estar envolvido, mas não é uma torção → testículo não está retraído. - Torção : testículo está retraído → causa dor intensa, inchaço súbito e pode ocorrer mudança na orientação do testículo (sinal de Angel). - Sinal de Angel diferencia a orquiepididimite da torção → sinal de torção → horizontalização do testículo. AVALIAÇÃO DA BOLSA ESCROTAL : - Criptorquidia : ausência de testículo na bolsa escrotal. - Hidrocele : acúmulo de fluido ao redor do testículo → causa inchaço. - Transiluminação usando uma lanterna : dá para ver a passagem de luz através do fluido. - Torção testicular / fimose : - Torção : interrupção do fluxo sanguíneo para o testículo. - Fimose : incapacidade de retrair o prepúcio completamente → não expõe a glande. - Varicocele : dilatação das veias dentro do escroto → comum no lado esquerdo → afeta a produção de espermatozóides → pode causar infertilidade. - Síndrome de Fournier : infecção necrosante dos tecidos sacrais → se espalha com facilidade → necrosa todo o tecido sacral. - Balanopostite : prepúcio é retraído atrás da glande e não pode ser reposicionado → causa constrição. - Meatouretral : alterações na abertura da uretra. - Epispadia : abertura acima da glande. - Hipospadia : abertura abaixo da glande. DOENÇAS INFECCIOSAS DA REGIÃO GENITAL : - Cancro duro : úlceras indolores na base do pênis → sífilis → bactéria Treponema pallidum. - No homem é exposto, na mulher não. - Cancro mole : ulcerações rasas, dolorosas e amolecidas na base do pênis → bactéria Haemophilus ducreyi. - Crista de galo : lesões verrucóides no pénis → não são dolorosas → HPV → Papiloma vírus. - Gonorréia : secreções amareladas → extremamente doloroso → bactéria Neisseria gonorrhoeae. - Chlamydia : secreções esbranquiçadas → causa coceira → bactéria Chlamydia trachomatis. - Herpes genital : pequenas vesículas dolorosas em qualquer região do pênis → HSV-2. HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA → HPB : - Comum em homens mais velhos. - Aumento do tamanho da próstata pelo crescimento benigno das células da próstata → pode causar retenção urinária aguda. - Crescimento benigno : aumento da próstata é normal no envelhecimento → próstata forma nódulos → causa aumento do volume prostático, - Próstata é localizada próxima da bexiga e envolve a uretra prostática → crescimento no centro da próstata pode comprimir a uretra → afeta o fluxo urinário. - Sintomas : - Jato urinário fraco, dificuldade para iniciar e parar o fluxo e aumento da frequência urinária. - Esvaziamento inadequado da bexiga → necessidade frequente de urinar → nictúria. - Câncer de próstata : se desenvolve na periferia da próstata → parte externa. - HPB afeta o centro da próstata. - Toque retal : avalia a consistência, tamanho e presença de nódulos na próstata → não palpamos toda a glândula (somente 40%). - Score AUASI : avalia a gravidade dos sintomas urinários da HPB → classificado como leve, moderado ou grave. SINTOMATOLOGIA URINÁRIA : - Polaciúria : aumento da frequência de micção + diminuição do volume urinário → uretrite, cistite ou cálculos urinários. - Anúria : volume urinário menor que 100 mL por dia → obstrução do trato urinário. - Oligúria : volume urinário menor que 400 mL por dia → insuficiência renal ou condições que diminuam a produção de urina. - Disúria : dor ao urinar → infecções do trato urinário. - Piúria : presença de pus na urina → infecções do trato urinário. - Poliúria : aumento da frequência de micção + aumento do volume urinário → diabetes mellitus. - Proteinúria : presença de proteína na urina → aparência espumosa → sinal de danos no rim. - Sinal de Giordano : litíase renal (cálculos renais) e pielonefrite (inflamação dos rins) → paciente sente dor ao repercutir a região lombar durante a inspiração profunda. - Nictúria : aumento da produção de urina durante a noite → IC ou problemas renais. - Hematúria : presença de sangue na urina → infecções, cálculos renais, lesões. TOQUE RETAL : - Próstata : - Consistência normal : borrachoide. - Consistência endureceu : indica HPB ou câncer de próstata. AULA 17 - DOENÇAS ORIFICIAIS EXAME PROPEDÊUTICO DO ANÚS-RETO : - Inspeção do ânus e do reto : - Região perianal / retal : ausência de lesões visíveis na área ao redor do ânus e do reto. - Tônus muscular ao toque : tônus do esfíncter externo preservado. - Ampola retal : sem massas palpáveis na porção final do reto. - Dor : sem dor ao toque. - Qualidade das fezes : fezes de cor marrom sem sangue. CISTO E FÍSTULA PILONIDAL : - Cisto pilonidal : não possui orifício. - Cavidade cística na região sacrococcígea → perto do cóccix. - Causado por pelos ou cabelos que crescem para dentro da pele → forma um cisto. - Trauma ou pressão contínua na área também pode contribuir para a formação do cisto. - Tumoração com dor e formação de abscesso se estiver infectado → geralmente são assintomáticos. - Cirurgia para drenar o conteúdo do cisto → deixa a ferida aberta para cicatrização por segunda intenção. - Fístula pilonidal : possui orifício. - Passagem anormal que se desenvolve a partir do cisto → cria um orifício externo → fístula. - Pode apresentar um halo eritematoso ao redor do orifício → dor à palpação. HEMORRÓIDAS : - Veias inchadas e inflamadas na região do ânus e do reto → varizes → podem causar desconforto e sangramentos. - Internas (acima da linha pectínea → não dói) ou externas (abaixo da linha pectínea → dói). - Linha pectínea : transição entre a pele do ânus e a mucosa do reto → possui pequenas elevações → papilas anais. - Diferencia área sensível à dor (abaixo da linha pectínea) da área insensível à dor (acima da linha pectínea). - Veias hemorroidárias : ficam na região anal → acima e abaixo da linha pectínea. - São veias dilatadas e inflamadas na região anal. - Quando as veias hemorroidárias se dilatam, formam um botão varicoso → forma uma saliência. - Aparecimento de hemorróidas : - Constipação intestinal crônica. - Cirrose hepática. - Gravidez : aumento da pressão sobre as veias na região pélvica. - Hemorróidas internas : acima da linha pectínea → não dói.- Hemorróidas externas : abaixo da linha pectínea → causa dor. - Botão varicoso : se aumentar com a manobra de Valsalva indica uma hemorróida interna. - Hemorróida externa não aumenta com a pressão. - Dor discreta pode indicar inflamação. - Dor aguda intensa pode indicar trombose. - Se a hemorróida estiver trombosada, não conseguimos tocar a ampola retal → palpação é dolorosa → precisa de anestésico. - Localização : - Paciente em posição de litotomia → barriga para cima. - 19 horas : posterior direito. - 15 horas : lateral esquerdo. - 10 - 11 horas : anterior direito. - Exemplo : lesão avermelhada no anterior direito → 10 - 11 horas. HEMORRÓIDA INTERNA : - Botão varicoso sai para fora durante o esforço → aumenta na manobra de Valsalva. - Localização : 19, 15 e 10 horas. - São redutíveis à palpação → conseguimos colocar para dentro. - Tônus do esfíncter externo : frouxo. - Ausência de dor à palpação → acima da linha pectínea → se não pedir para o paciente fazer esforço, não conseguimos palpar. - Sem sangue nas fezes. HEMORRÓIDAS DE 2° GRAU : - Maior inflamação e esfíncter externo mais comprometido. - Mamilos internos avermelhados → vermelho intenso. - Cor indica interno e externo → mamilo hemorroidário interno é mais vermelho. TRATAMENTO PARA HEMORRÓIDAS : - Ligadura elástica : hemorróidas internas → colocamos um elástico na base da hemorróida → interrompe o fornecimento de sangue → causa necrose e queda → não é cirúrgico. - Cirurgia para hemorróidas externas : utiliza anestesia local por conta da dor (abaixo da linha pectínea) → tiramos o mamilo hemorroidário e não suturamos. PROLAPSO RETAL : - Deslocamento da mucosa retal para fora do ânus. - Mucosa retal se desloca para fora durante a manobra de Valsalva. - Redutível à palpação → pode ser empurrado para dentro. - Tônus : frouxo → fraqueza da musculatura ao redor do ânus → pode causar prolapso retal. - Ausência de dor ao toque. - Musculatura do ânus : - Musculatura elevadora do ânus elevam o ânus durante a contração → musculatura elevadora do ânus está fixada no sacro e no púbis. - Na evacuação, a musculatura relaxa → permite a passagem das fezes. - Frouxidão ou fraqueza da musculatura de sustentação pode causar prolapso retal → pressão intra abdominal é maior que a capacidade da musculatura de manter a mucosa retal na posição normal. - Fratura no cóccix : afeta a musculatura que sustenta a região perianal e anal. - Pode causar frouxidão ou fraqueza da musculatura elevadora do ânus → não sustenta o ânus → causa incontinência fecal → pode causar prolapso retal. - Tratamento : - Cirurgia de Kirschner : colocamos uma tala para fornecer suporte → ajuda a manter as estruturas → previne o prolapso retal. - Tala não pode ser muito apertada → paciente não consegue evacuar. FISSURA ANAL : - Rachadura na mucosa do canal anal → causa dor e desconforto ao evacuar. - Abaixo da linha pectínea → causa dor → necessário o uso de anestésico. - Presença de plicoma sentinela abaixo da fissura → pequena extensão de pele na borda da fissura → excesso de pele edemaciada. - É uma ulceração linear oval abaixo da linha pectínea → pode ser sentida ou visualizada. - Hipertonia do esfíncter anal externo : pode causar fissura anal pela contração excessiva. - Músculo está constantemente contraído → quando ocorre o relaxamento do esfíncter, a mucosa pode rachar → forma fissura anal. - Localizada tanto na região posterior quanto na região anterior do ânus. - Tratamento : - Cirurgia feita com bisturi frio → congelamos a área afetada → forma fibrose → alivia a dor do paciente. - Incisão anal para reduzir a tensão → permite a cicatrização da fissura. FÍSTULA ANORRETAL : - Canal anormal na região perianal → presença de um orifício. - Associada a episódios anteriores de abscessos perianais. - Criptas anais são fontes de abscessos → nas criptas podem ocorrer vazão de fezes → forma abscesso → se não tratar evolui para uma fístula. - Dor leve ao toque e saída de secreção do orifício fistuloso. - Ocorre aumento do tônus do esfíncter externo → corpo tenta evitar a saída de fezes pela fístula. - Tratamento : - Retirar todo o acesso fistuloso e preservar a musculatura anal → fechar a mucosa por dentro → permite a cicatrização da área. PÓLIPOS RETAIS : - Difíceis à palpação → consistência mole em comparação com tumores. - Anuscopia identifica a presença de pólipos. - Acima da linha pectínea → não precisa de anestesia. CÂNCER DO RETO : - Consistência firme e dura durante a palpação. - Palpação da prateleira retal : investigar a presença de metástase peritoneal → presença de nódulos, massas ou irregularidades na prateleira retal. CRITÉRIO AUASI : - Feito antes do exame de próstata → em casos de suspeita de HPB. - Indica HPB leve, moderada ou grave. TOQUE RETAL : - Próstata normal : - Lisa. - Sulco mediano palpável. - Sem nodulações. - Sem dor à palpação. - Tamanho de 2,5 cm aproximadamente → tamanho da polpa do dedo. PROSTATITE : - Toque retal : próstata pastosa, endurecida, dolorida à palpação com sulco mediano não palpável → indica prostatite → inflamação da próstata. - Prostatite bacteriana aguda : E. coli ou gonocócica (gonorréia). - Prostatite crônica : Chlamydia. HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA → HPB : - Toque retal : próstata aumentada, lisa, elástica, perda do sulco mediano e sem dor à palpação → indica HPB. - Aumento benigno da próstata → não é canceroso → causa dificuldade para urinar e aumento da frequência urinária. CÂNCER DE PRÓSTATA : - Toque retal : próstata com nodulações duras e espiculadas → não são nódulos lisos → indica câncer de próstata. - Próstata parece uma lixa. AULA 18 - LUXAÇÃO GLENOUMERAL LUXAÇÃO : - Articulação sai do lugar → resulta em união não funcional, não anatômica e incongruente entre dois ossos. - Causa dor intensa, inchaço e dificuldade de movimentação na área afetada. - Após a luxação : pode ocorrer formação de equimose (manchas roxas) e hematoma (acúmulo de sangue) → ocorre pelo rompimento de pequenos vasos. - Diagnóstico : radiografia → exame de imagem → avalia a posição dos ossos e a extensão da lesão. - Tratamento : redução da luxação → realinhar os ossos na posição correta. URGÊNCIA X EMERGÊNCIA : - Emergência : atendimento imediato → dentro de 24 horas → risco de morte ou danos graves à saúde. - Parada cardíaca, AVC agudo, trauma grave. - Urgência : não demanda atendimento imediato → dentro de 24 a 96 horas. - Fraturas não complicadas, infecções agudas, crises asmáticas moderadas. - Luxação : mais grave que uma fratura → envolve perda da relação normal entre os ossos. - Articulações são ricas em proprioceptores → possuem muitas terminações nervosas. OMBRO : - Articulação do ombro : articulação sinovial esferóide → permite uma grande quantidade de movimentos. - Cabeça do úmero + cavidade glenóide da escápula = articulação do ombro → articulação glenoumeral. - Possui instabilidade natural por conta da combinação da cavidade glenóide rasa com a cabeça do úmero relativamente grande em comparação com ela → permite movimentos amplos. - A articulação glenoumeral é instável por conta da mão → permite uma grande quantidade de movimentos com a mão → exemplo : colocar a mão nas costas. LUXAÇÃO DE OMBRO : - Luxação de ombro → afeta a articulação glenoumeral. - Quando ocorre uma luxação de ombro, o braço assume uma posição que ajuda a determinar a direção da luxação. - Sinal de Dragona : luxação anterior do ombro → braço afetado é mantido em uma posição de abdução e rotação lateral → cabeça do úmero se desloca para fora da cavidade glenóide na direção anterior → ocorreu a retirada da cabeça do úmero da cavidade glenóide da escápula. OBSERVAÇÃO : - Joelho : articulação que mais possui terminações nervosas → atua na propriocepção → mantém o equilíbrio para não sofrer quedas. AULA 24 - ÚLCERAS VENOSAS E ARTERIAIS CASO CLÍNICO : - Paciente com dor e inchaço nas pernas → está com área acastanhada com retração da peleno tornozelo e pequena ferida de 2 a 3 cm de diâmetro que não cicatriza. - Quadro de insuficiência venosa crônica → pode causar úlceras venosas nas pernas → causa dor, inchaço e alterações na coloração da pele. - Insuficiência venosa crônica : veias não conseguem bombear o sangue de volta ao coração → causa acúmulo de sangue nas pernas → causa danos nas veias pela pressão e atrito → pele no centro da área afetada pode necrosar → causa aparecimento de úlceras - Diagnóstico : Doppler colorida das pernas → avalia o fluxo sanguíneo nas veias e identifica áreas de refluxo venoso. - Úlceras venosas : pequenas feridas : - Retração da pele : sangue não consegue ser bombeado de volta ao coração pelas veias da perna → aumenta pressão dos vasos → ocorre vasodilatação → vazamento de fluido para os tecidos → contribui para a retração da pele. - Manchas acastanhadas : dilatação dos vasos pelo aumento da pressão → extravasamento de hemácias e mediadores inflamatórios → extravasamento de hemácias causa liberação de pigmento contendo ferro ao redor da úlcera → coloração acastanhada da pele. - Extravasamento de mediadores inflamatórios causa aumento da temperatura local. EXAME DE DOPPLER COLORIDO DAS PERNAS : - L6; C2, 3, 4b, 6s; Ep; As, p, d; Pr em 21/02. - C : clínica. - E : agente etiológico. - A : anatômico. - P : patofisiológico. C → CLÍNICA : - Avaliação clínica → o que vemos. - C0 : sem sinais visíveis ou palpáveis de doença venosa. - C1 : telangiectasias → vasos que ficam logo abaixo da pele; ou veias reticulares. - C2 : veias varicosas. - C3 : edema. - C4a : pigmentação ou eczema (inflamação da pele com vermelhidão e descamação). - C4b : lipodermatoesclerose → atrofia branca. - C5 : úlcera venosa cicatrizada → ocorreu dano tecidual → mudança de cor na pele, fibrose e retração da pele. - C6 : úlcera venosa em atividade → não cicatrizou → ferida aberta na pele. - S : dor, irritação da pele, câimbras. - A : assintomático. - Úlceras : classificação C5 ou C6. E → AGENTE ETIOLÓGICO : - Causa da insuficiência venosa. - Ec : congênita. - Ep : primária. - Es : secundária → pós-trombótica. - En : nenhuma causa venosa identificada. A → ANATÔMICO : - Se refere a anatomia. - As : veias superficiais. - Ap : veias perfurantes. - Ad : veias profundas. - An : nenhuma localização venosa identificada. P → PATOFISIOLÓGICO : - Fisiologia da insuficiência venosa. - Pr : refluxo. - Po : obstrução. - Pr, o : refluxo + obstrução. - Pn : nenhuma patofisiologia venosa identificada. ÚLCERA VENOSA : - Associadas à insuficiência venosa crônica → presença de varizes (veias dilatadas) → contribuem para o desenvolvimento da úlcera. - Discromia cutânea : alteração na cor da pele ao redor da úlcera → aparência acastanhada por conta do pigmento das hemácias extravasadas. - Localização : mais medialmente no tornozelo → no maléolo medial. - Fundo úmido : por conta do extravasamento de fluido das veias → causa formação de crosta ao redor. - Edema. PROVAS LOCALIZATÓRIAS DE INSUFICIÊNCIA VENOSA : - Identificar até que ponto a veia está dilatada. - Veia safena : pode estar dilatada do pé até a raiz da coxa ou pode estar dilatada mais para baixo → veia acumula líquido e se dilata. - Prova de Schwartz : avalia a dilatação da veia Safena. - Pressionamos a veia com a mão e sentimos a onda de pressão gerada pelo líquido na veia → onda é sentida até o ponto onde a veia está dilatada → vamos descendo e apertando a onda até ela parar. - Prova de Trendelenburg : paciente fica deitado e eleva a perna por 3 minutos → durante a elevação, colocamos um garrote discreto para esvaziar o sistema venoso → paciente desce a perna e conseguimos observar até onde a veia está dilatada. SINAIS CLÍNICOS DA INSUFICIÊNCIA VENOSA : - Trombose venosa : formação de coágulos sanguíneos dentro das veias → na região da panturrilha. - Sinal de bandeira : balançar a panturrilha causa dor → rigidez da panturrilha → indica trombose. - Manobra de Homans : flexão do pé para a panturrilha contrair → causa dor → indica trombose. - Sinal de Bancro�&Olow : pressionamos a panturrilha em vários níveis → dor à compressão indica a localização da obstrução. - Trombose venosa associada à insuficiência venosa na panturrilha → trombose ocorre no local da lesão. - Panturrilha atua no retorno venoso → contrai para mandar o sangue de volta ao coração → bomba vascular. - Presença de trombose venosa : formação de coágulos sanguíneos nas veias → compromete o fluxo sanguíneo → panturrilha não consegue mandar o sangue de volta ao coração → causa insuficiência venosa → bomba vascular não funciona. CASO CLÍNICO 2 : - Paciente sentindo fortes dores na panturrilha direita que impedia ele de deambular. - Em repouso, a perna direita melhorava da dor. - Dores aconteciam há mais de 5 anos → atualmente estavam aumentando de intensidade. - Fumante, hipertenso e diabético. - Sem casos de câncer na família. - Quadro de insuficiência arterial crônica → causa obstrução arterial → pode causar úlceras arteriais nas pernas. - Causa claudicação → dor na marcha → fortes dores na panturrilha impedem de andar. - Classificação de Fontaine : avalia a gravidade da claudicação em pacientes com doença arterial periférica. - Fontaine IIb : claudicação com melhora em repouso → indica obstrução arterial. - Com déficit de pulso contralateral → indica redução do pulso arterial no lado oposto da claudicação → indica obstrução do fluxo sanguíneo. - Tabagismo, hipertensão e diabetes podem contribuir para o surgimento de obstruções arteriais. - Arritmias cardíacas aumentam o risco de formação de êmbolos → coágulos sanguíneos → se deslocam no sangue e causa obstrução em vasos periféricos → artérias das pernas → êmbolo causa obstrução e isquemia → falta de suprimento sanguíneo → pode formar úlceras arteriais. - Úlceras arteriais são dolorosas, especialmente em fase de repouso → não cicatrizam pela má circulação de sangue → são úlceras secas. CLASSIFICAÇÃO DE FONTAINE : - Avalia a gravidade da claudicação → dor na marcha. - I : assintomático → sem claudicação → pode ter obstrução arterial mas não apresenta sintomas. - IIa : claudicação leve → consegue andar 200 metros antes de sentir dor. - IIb : claudicação moderada a grave → para e senta devido à dor intensa após caminhar uma distância curta. - III : dor em repouso → indica isquemia grave. - IV : úlceras ou gangrena → presença de úlcera ou gangrena pela obstrução arterial. SINAIS E SINTOMAS DA INSUFICIÊNCIA ARTERIAL : - Trofismo dérmico : região de trofismo dérmico forma uma úlcera → lesão esbranquiçada com uma úlcera no centro → dolorida. - Úlcera arterial é linear → mais comprida. - Não possui pêlos na área da úlcera → ocorre descamação da pele → pêlos caem. - Úlceras arteriais ocorrem em áreas de proeminência óssea. AULA 25 - PALPAÇÃO DE PULSOS ARTERIAIS PALPAÇÃO DE PULSOS ARTERIAIS : - Pulso arterial : onda de pressão que ocorre pela contração do coração → resulta em bombeamento de sangue para as artérias. - 1° Onda : pulso sistólico → causado pela saída de sangue do VE para a aorta → é palpável. - 2° Onda : pulso diastólico → presença da onda dicrótica → fechamento da válvula aórtica → não é palpável. - Onda dicrótica ocorre durante a diástole → coração relaxa e se enche de sangue. - Palpação : - Usamos 3 dedos para evitar aplicar muita pressão → não usa o polegar. - Pulso radial : localizado no punho → local mais comum para medir. - Pulso carotídeo : localizado no pescoço → não é recomendado → pode causar bradicardia ou parada cardíaca. - Medir o pulso bilateralmente → avaliar simetria. PULSO DEMARTELO D´ÁGUA → CORRIGAN : - Onda de pulso alta seguido de onda dicrótica baixa. - Insuficiência aórtica → válvula aórtica não se fecha → sangue volta para o VE durante a diástole. PULSO ALTERNANTE : - Pulsações apresentam uma variação consistente na amplitude entre os batimentos. - Insuficiência cardíaca com comprometimento da função do VE → músculocardíaco não consegue bombear sangue. - Batida mais forte seguida de uma mais fraca → onda dicrótica desaparece durante os batimentos. PULSO BISFERIENS : - Presença de duas ondas palpáveis durante um ciclo cardíaco. - Estenose aórtica → estreitamento da válvula aórtica → dificulta o fluxo sanguíneo adequado. - Duas ondas de pulso seguidas (pulso duplo) → sensação de duas batidas durante a palpação. PULSO PARADOXAL DE KUSSMAUL : - Diminuição anormal da amplitude da onda de pulso na inspiração. - Normal : onda de pulso aumenta na inspiração. - Onda de pulso vai ser maior apalpada na expiração. - Bronquite → inspiração é menor → dificuldade na respiração → onda de pulso na inspiração é mais fraco → onda de pulso vai ficar maior na expiração. SÍNDROME DO ROUBO DA SUBCLÁVIA : - Compressão da artéria subclávia → causa dor, diminuição de pulso arterial, alterações na coloração, trombose. - Ocorre por uma alteração anatômica na região → presença de uma costela cervical ou fatores que comprimem as estruturas vasculares. - Manobra de Adson : avalia a presença da síndrome do roubo da subclávia → paciente levanta a cabeça e gira para o lado → observamos diminuição de pulso → indica compressão da artéria subclávia. AULA 26 - FRATURAS - Fratura = lesão que resulta na quebra ou perda da solução de continuidade no osso → causa interrupção estrutural normal do osso. TIPOS DE OSSOS : - Longos : alavancas para o movimento → suportam o peso corporal. - Curtos : estabilidade e movimento limitado. - Planos : proteção para órgãos vitais e áreas de fixação para músculos. - Irregulares : proteção e suporte estrutural. - Sesamóides : ficam dentro de tendões ou ligamentos → reduz o atrito e protege os tecidos moles subjacentes. OSSOS LONGOS → DIVISÃO ANATÔMICA : - Terço proximal : extremidade do osso mais próxima do tronco do corpo. - Diáfise : parte longa e cilíndrica do osso → local onde fica a maior parte da medula óssea vermelha → onde ocorre o crescimento em comprimento durante o desenvolvimento. - Terço distal : extremidade do osso mais distante do tronco do corpo. HISTOLOGIA E FISIOLOGIA ÓSSEA : - Ossos longos são formados por 3 componentes : - Matriz óssea inorgânica : composta de minerais que fazem a resistência e rigidez do osso. - Matriz óssea orgânica : composta de colágeno → flexibilidade e resistência ao osso. - Células ósseas : osteoblastos, osteócitos e osteoclastos. UNIDADE FUNCIONAL ÓSSEA : - Sistema de Havers / Ósteons : série de lamelas concêntricas de matriz óssea com canais de Havers no centro. - Canais de Havers : possui vasos sanguíneos e nervos → fornece nutrientes e O2 para as células ósseas. - Essa organização em sistemas de Havers permite a remodelação óssea e a transmissão de forças mecânicas ao longo do osso. FRATURA : - Ocorre quando uma força aplicada ao osso excede sua capacidade de absorção. - Cisalhamento : extremidades do osso são movidas em direções opostas → causa deslizamento → força aplicada em um ângulo oblíquo em relação ao eixo do osso. - Compressão : força que comprime o osso → objeto pesado cai sobre ele → osso é esmagado ou espremido. - Tração : osso é alongado ou puxado em direções opostas. - Ossos são mais resistentes às forças de tração e compressão e menos resistentes à força de cisalhamento. AULA 31 - SEMIOLOGIA ORTOPÉDICA CASO CLÍNICO 1 : - Paciente percebeu ombro direito mais baixo que o ombro esquerdo → coluna estava torta. - Roupas na região da cintura não ficam alinhadas. - Nega traumas e outras patologias. - Paciente apresenta alteração na coluna vertebral com desvio no eixo sagital (curvaturas naturais da coluna → lordose cervical, cifose torácica, lordose lombar e cifose sacral). - Desvio observado não é anatômico e compromete o eixo coronal. - Quadro de escoliose. - Inspeção do paciente com escoliose : - Assimetria do triângulo de Talhe → região ao redor da escápula na parte superior das costas → ocorre em pacientes com escoliose → área ao redor de uma escápula é diferente da área ao redor da outra escápula. - Teste de Adams positivo : avalia a coluna vertebral → paciente em posição ortostática inicial realiza uma flexão anterior do tronco → presença de desvio na coluna vertebral → presença de uma gibosidade visível na coluna vertebral. - Assimetria das escápulas dos ombros : escápulas parecem estar em diferentes alturas → uma está mais protrusa que a outra → sinal de desalinhamento da coluna vertebral. - Uso de coletes ortopédicos em casos de escoliose só funcionam até a puberdade → durante o período de desenvolvimento. - Em casos graves de escoliose : curvatura anormal é significativa → causa alterações sistêmicas. CASO CLÍNICO 2 : - Paciente com dores na região lombar com irradiação para MID → principalmente na região lateral do MID há 18 meses. - Relata que a dor piora aos esforços físicos, ao ficar em pé e ao curvar o tronco para frente. - Dor melhora ao deitar de lado e abraçar o travesseiro. - Exame físico : déficit sensitivo na região anterolateral da perna, no dorso do pé e no hálux → fraqueza motora para extensão do hálux e dos dedos do pé → sem alteração reflexa. - Quadro de hérnia de disco na raiz entre as vértebras L4 e L5, com protrusão distal → está comprimindo o nervo ciático → causa perda sensitiva e fraqueza motora. - Dor aumenta com a pressão sobre o disco intravertebral → indica problema distal. - Sintomas aliviados quando o paciente assume a posição fetal → alivia a pressão sobre o disco intravertebral. - Paciente possui : síndrome dolorosa → lombalgia (dor lombar) e ciatalgia (dor irradiada para o ciático) → indica possível envolvimento do nervo ciático. CASO CLÍNICO 3 : - Paciente relata quadro de dor intensa no joelho direito há 2 dias. - Relata 3 episódios de febre e mancando com a perna direita, perda do apetite. - Exame físico : hiperemia do joelho direito, aumento da temperatura local, edema 3+/4+, bloqueio articular do joelho direito, doloroso 3+/4+, flexo-extensão do joelho direito, sem déficits neurológicos ou vasculares do MID. - Quadro de infecção no joelho direito → patógeno causador da infecção se espalhou para o sangue → causou sepse → inflamação sistêmica. - Presença de bloqueio articular indica uma inflamação aguda na articulação do joelho direito → causado por bactéria ou vírus. - Febre = temperatura acima de 37,8 °C + perda de apetite → indica infecção sistêmica. - Paciente possui : síndrome dolorosa, síndrome febril, síndrome edematosa, síndrome inflamatória e síndrome infecciosa → indica um processo inflamatório sistêmico. CASO CLÍNICO 4 : - Paciente sofreu uma queda de skate há 5 dias → sofreu trauma do MSE. - Sente dores e incapacidade funcional do MSE. - Exame físico : edema e equimose 3+/4+ do cotovelo esquerdo, limitação do flexo-extensão e prono-supinação do cotovelo esquerdo, sem déficits neurológicos ou vasculares do MSE, sem sinais ou sintomas de síndrome compartimental do MSE. - Quadro de fratura do cotovelo. - Quebra de um ou mais ossos que compõem a articulação do cotovelo → úmero, rádio e ulna. - Tríceps braquial : faz a extensão do cotovelo → se origina na escápula e no úmero e se insere no olécrano (protuberância óssea na parte posterior do cotovelo). - Olécrano faz parte da ulna → forma a parte superior da articulação do cotovelo. - Nervo ulnar : principais nervos do MS → passa pela fossa ulnar antes de se dividir em ramos distais → fornece sensação e controle muscular para a mão e antebraço. - Transição do tendão do tríceps : área onde o tríceps se torna tendão → se fixa ao osso do cotovelo → transição ocorre quando as fibras musculares do tríceps de juntam para formar o tendão → se prende no olécrano. - Fratura no cotovelo : - Pode causar perda de movimento ou força do cotovelo e lesões nos nervos ou vasos sanguíneos próximos. - Pode comprimir o nervo ulnar → passa próximo do olécrano → causa formigamento, dormência ou fraqueza das mãos e dos dedos. AULA 33 - PROPEDÊUTICA CIRÚRGICABÁSICA ABDOMINAL AFECÇÃO ABDOMINAL : - Região abdominal não é revestida de osso → é revestida de músculos → é vulnerável pela falta de proteção óssea. - Bacia sustenta o peso das vísceras abdominais na região abdominal. ABDOME AGUDO : - Peritônio : membrana serosa que envolve e protege as vísceras abdominais. - Protege os órgãos abdominais, lubrifica para facilitar o movimento dos órgãos e absorve líquido peritoneal. - Peritonite : inflamação do peritônio. - Abdome agudo extraperitoneal : origem da inflamação está fora da cavidade peritoneal → envolve estruturas periféricas´. - Abdome agudo pseudoperitoneal : origem da inflamação está dentro da cavidade peritoneal. TIPOS DE DOR : - Peritonite : dor causada pela distensão e irritação das fibras nervosas na parede do peritônio → fibras C → mandam os sinais de dor para o cérebro quando são estimuladas por irritantes na cavidade abdominal. - Dor somática ou dor referida. - Dor somática : dor é localizada e sentida na região onde o peritônio está inflamado. - Apêndice inflamado → dor é sentida na região abdominal inferior direita → localização do apêndice. - Dor referida : dor causada pela inflamação do peritônio pode ser sentida em outras áreas do corpo → nervos que inervam o peritônio também possuem conexões com outros órgãos e estruturas → dor é mais difusa. - Pode causar dor no ombro, nas costas ou na virilha. - Fibras A : transmitem os sinais sensoriais relacionados à pressão na parede abdominal → detectado durante o exame físico. SINAIS ASSOCIADOS : - Sinais de Boas : dor referida na ponta da escápula → causada pela irritação do 7° nervo pericostal → inflamação ou irritação da vesícula biliar. - Sinal de Kehr : dor da vesícula biliar irradia para o ombro por conta da irritação do nervo frênico. - Sinal de Murphy : interrupção da inspiração profunda durante palpação da vesícula biliar por conta de dor intensa → indica colecistite aguda. - Pacientes com dor no peritônio anterior : evitar movimentos → preferem ficar quietos. - Pacientes com dor no peritônio posterior : alívio da dor ao se movimentar → cólica renal. DOR ABDOMINAL : - Dor na região epigástrica : - Problemas no estômago e no pâncreas. - Dor no abdome central : - Problemas intestinais e distúrbios do trato urinário. - Dor no abdome inferior : - Condições ginecológicas em mulheres, prostatite ou epididimite em homens, apendicite, diverticulite ou problemas nos órgãos reprodutivos. - Dor abrupta e excruciante : IAM, úlcera perfurada, cólica biliar, cólica ureteral, aneurisma roto. - Instalação rápida de dor intensa e constante : pancreatite aguda, trombose mesentérica (intestino estrangulado), gravidez ectópica. - Dor constante de instalação gradual : colecistite aguda, colangite aguda e hepatite aguda; apendicite e salpingite aguda; diverticulite. - Dor intermitente em cólica crescente com períodos livres de dor : fase inicial da pancreatite, obstrução do intestino delgado, doença inflamatória intestinal. - Dor deslocada : muda de localização ao longo do tempo → migratória → indica irritação do nervo. - Dor referida : dor é sentida em área do corpo diferente da sua origem. - Apendicite → dor pode ser sentida no estômago. - Colecistite : dor inicia após refeição rica em gordura → causa a liberação de bile da vesícula biliar para auxiliar na digestão. - Obstrução da via biliar → bloqueia o fluxo de bile → causa distensão da vesícula biliar e aumento da pressão → causa dor abdominal intensa e aguda → localizada no quadrante superior direito do abdome. - Apendicite : dor inicia no abdome central → com o tempo a dor vai se deslocar para o lado inferior direito do abdome → ponto de McBurney. PALPAÇÃO DO ABDOME : - Rigidez : aplicamos uma pressão suave e firme em todo o músculo reto abdominal → identificar qual lado está rígido. - Assimetria ou rigidez localizada em uma lado específico → indica apendicite ou peritonite. - Sinal de Blumberg : avaliar peritonite → pressão é aplicada na região abdominal e retirada rapidamente → paciente sente dor quando a pressão é liberada → indica peritonite. - Sinal de Rovsing : dor é sentida na fossa ilíaca direita quando a fossa ilíaca esquerda é palpada → dor do lado oposto. - Sinal do músculo Psoas : avalia inflamação do apêndice quando está retrocecal → paciente deita de lado e puxamos a perna posterior para ocorrer a distensão do músculo Psoas → toca no apêndice → causa dor no quadrante inferior direito do abdome → inflamação do apêndice retrocecal. - Sinal do obturador : avalia inflamação do apêndice quando está na região pélvica → paciente deita de costas com o quadril e joelhos dobrados → seguramos a perna do paciente e giramos internamente o quadril → ocorre uma pressão no músculo obturador → causa dor na região abdominal inferior → indica inflamação do apêndice na pelve. AUSCULTA DO ABDOME : - Realizada antes da palpação. - Ruídos hidroaéreos são ouvidos durante a ausculta. - Ausência de ruídos indica patologias peritoneais. - Hiperperistalse : aumento dos movimentos peristálticos → tentativa do intestino de superar uma obstrução ou inflamação. APENDICITE : - Sequência de Murphy : progressão dos sintomas da apendicite. - Paciente apresenta anorexia → perda de apetite. - Começa com sintomas gástricos inespecíficos → dor, náuseas e vômitos. - Sente dor na área onde está o apêndice. - Aumento da inflamação do apêndice causa uma dor mais localizada e intensa na região do apêndice. - Distensão abdominal mínima e anorexia são sinais precoces de apendicite. - Aumento da inflamação do apêndice : distensão abdominal começa a gerar náuseas e vômitos → indica progressão da doença. - Sinal de Lenander : diferença de temperatura retal e axilar → ocorre elevação da temperatura retal em mais de 1° C em relação à temperatura axilar → indica apendicite. LÍQUIDOS PERITONEAIS IRRITANTES : - Bile : obstrução do ducto biliar causa extravasamento de bile para a cavidade abdominal → causa peritonite. - Sangue : sangue livre na cavidade abdominal pode causar peritonite. - Secreções pancreáticas : enzimas pancreáticas podem ir para a cavidade abdominal → causa peritonite. - Urina : ruptura da bexiga ou obstrução do trato urinário → urina pode extravasar para a cavidade abdominal → causa peritonite. - Secreções gastrointestinais : conteúdo gástrico ou intestinal pode ir para a cavidade abdominal em casos de perfuração gastrointestinal → causa peritonite. SÍNDROME DE OGILVIE : - Pseudo-obstrução colônica aguda → causa distensão do cólon. - Trauma encefálico : causa alterações no funcionamento do SNA que controla os movimentos peristálticos do TGI → causa diminuição temporária do peristaltismo colônico → causa distensão colônica. SÍNDROME DEWILKIE : - Duodeno se comprime entre a aorta abdominal e a artéria mesentérica superior pela perda rápida de peso → causa obstrução do TGI superior. - Bariátricas : perda significativa de peso em pouco tempo → ocorre diminuição do tecido adiposo ao redor da aorta abdominal → diminui o coxim gorduroso que protege o duodeno da compressão → duodeno é comprimido entre a aorta e a artéria mesentérica superior → causa obstrução → causa distensão abdominal. SÍNDROME DE BOUVERET : - Cálculo biliar grande é formado na vesícula biliar → migra para o duodeno → pode ocorrer por uma fístula biliar-duodenal → conexão anormal entre vesícula biliar e duodeno. - Cálculo biliar no duodeno causa obstrução intestinal → causa distensão abdominal. ACESSOS ABDOMINAIS : - Acesso paramediano direito : incisão no meio do músculo reto abdominal. - Acesso Lennander : incisão mais lateral sem atingir o músculo reto abdominal. - Acesso McBurney : incisão no ponto de McBurney. - Acesso Pfannenstiel : incisão baixa → cesária. - Acesso Kocher : feito para retirada da vesícula. - Acesso de Kehr : pode ser feito para retirar a vesícula. - Acesso inguinotomia direita : quando mais perto da região inguinal melhor → para ficar estético.