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Unidade IV
Metodologias Ativas e Neuroeducação 
Educação e 
Tecnologias
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
GABRIELLA ELDERETI MACHADO
AUTORIA
Gabriella Eldereti Machado
Olá. Meu nome é Gabriella Eldereti Machado. Sou formada em 
Química (Licenciatura), com experiência técnico-profissional na área da 
educação e tecnologias. Mestre em Educação e doutoranda na mesma 
área. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência 
de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui 
convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores 
independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de 
muito estudo e trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
INTRODUÇÃO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
A Metodologia ativa ....................................................................................10
Características da metodologia ativa ............................................................................... 10
O Ensino híbrido e sala invertida ...........................................................16
Conhecendo o ensino híbrido................................................................................................ 16
Ensino por projetos e estudo de caso .................................................21
Conhecendo o ensino por projetos ................................................................................... 21
A Neuroeducação ....................................................................................... 28
Conhecendo a neuroeducação ...........................................................................................28
7
UNIDADE
04
Educação e Tecnologias
8
INTRODUÇÃO
Nesta unidade apresentarei as relações entre as Tecnologias da 
Informação e Comunicação (TIC) e o ensino, assim como as metodologias 
ativas e o ensino híbrido. Esses conceitos e noções serão explanados no 
decorrer desta unidade. Navegaremos nesse mundo tecnológico a partir 
de agora, e você terá acesso aos conceitos norteadores dos temas, a 
curiosidades e principais aplicações desses conhecimentos. A seguir serão 
apresentadas as competências que deverão ser alcançadas até o final 
desta unidade, lembrando que é importante ir além do material didático, 
buscando mais informações para um maior entrosamento com os temas 
e definições. Lembre-se: conhecimento nunca é demais! Nos próximos 
capítulos você irá se deparar com conhecimentos e informações sobre 
Metodologia Ativa, Ensino Híbrido e Sala invertida, ensino por projetos e 
estudos de casos, e neuroeducação. Bons estudos!
Educação e Tecnologias
9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vinda (o). Nosso propósito é auxiliar você no 
desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o término 
desta etapa de estudos:
1. Compreender o conceito e a aplicabilidade das metodologias 
ativas de aprendizagem, vislumbrando a aplicação das TICs;
2. Aplicar os conceitos da sala de aula invertida no contexto do 
ensino híbrido;
3. Entender e aplicar a metodologia ativa da aprendizagem por 
projetos e estudos de caso;
4. Discernir sobre a neuroeducação e sua aplicação no aprimoramento 
das metodologias ativas de aprendizagem. 
Então? Preparados para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho! A persistência é o caminho para o êxito! Vamos lá!
Educação e Tecnologias
10
A Metodologia ativa
INTRODUÇÃO:
O objetivo deste item é conhecer a relação entre a 
metodologia ativa e o ensino. Desse modo você estará 
preparado para compreender como o conhecimento se 
constrói com as TICs. E então? Motivado para desenvolver 
essa competência? Então vamos lá. Avante!
Características da metodologia ativa
Metodologias ativas são aquelas que se configuram de forma rápida 
e se adaptam às mudanças da sociedade (DIESEL; BALDEZ; MARTINS, 
2017). A partir do contexto tecnológico, há necessidade de modificações 
no perfil docente, aliando a prática educativa ao uso de ferramentas 
tecnológicas. 
Desse modo, a formação de professores começa a ser repensada 
de modo a atender à diversidade de saberes e temas a serem acolhidos 
na prática docente, buscando ressignificar práticas de ensino agregando 
a perspectiva do uso das TICs. 
Diante disso, a metodologia ativa é aliada desse processo, inserindo 
saberes que não se limitam somente ao conhecimento dos conteúdos 
das disciplinas, mas agregam saberes do cotidiano, da vida dos alunos e 
presentes no convívio em sociedade. 
Na metodologia ativa preza-se o planejamento e a organização 
das situações de aprendizagem, que devem ser focados nas atividades 
dos estudantes. O objetivo central da ação educativa é a autonomia na 
aprendizagem. 
O protagonismo dos estudantes é o ponto chave da metodologia 
ativa, resultando no incentivo à motivação e promoção da autonomia. São 
valorizadas na metodologia ativa as atitudes dos alunos, o diálogo e a 
escuta com os estudantes, as opiniões, a empatia, os questionamentos. 
Educação e Tecnologias
11
A metodologia ativa tem seu princípio de formulação no movimento 
da Escola Nova, em que se valoriza a atividade na qual o interesse do 
aluno tem prioridade, e não parte do pensamento do professor propor a 
ação. 
É chamada de Escola Nova, ou Escola Ativa ou Escola Progressiva, 
um movimento de reestruturação e renovação do ensino que aconteceu 
nos anos finais do século XIX e que adquiriu força na primeira metade do 
século XX. O grande nome desse movimento foi o filósofo e professor 
John Dewey (1859-1952).
Desse modo, a aprendizagem ocorre por meio da ação. Nessa 
perspectiva, as metodologias ativas são uma possibilidade de ativar o 
aprendizado dos estudantes, pois são colocados no centro do processo.
Essa metodologia se diferencia do método tradicional, que 
apresenta o conhecimento a partir da teoria e não do que o estudante 
tem para contribuir. Nesse processo ocorre a migração do ensino para 
a aprendizagem, e a mudança de papéis principais, do docente para o 
aluno. 
O conhecimento se constrói a partir de uma interação do aluno 
em seu processo de aprendizagem. A característica da abordagem por 
metodologias ativas de ensino é a da participação efetiva dos estudantes 
na sala de aula. 
Exigem-se ações e construções mentais variadas em aula, como 
leitura, pesquisa, comparação, observação, imaginação, obtenção 
e organização dos dados, elaboração e confirmação de hipóteses, 
classificação, interpretação, crítica, busca de suposições, construção de 
sínteses e aplicação de fatos e princípios a novas situações, planejamento 
de projetos e pesquisas, análise e tomadas de decisões (DIESEL; BALDEZ; 
MARTINS, 2017).
Educação e Tecnologias
12
Figura 1 – Metodologia Ativa 
 
Fonte: Elaboradopela autora.
Quando relacionada ao ensino tradicional, a autonomia não é 
praticada. O ensino tradicional baseia-se na transmissão de conteúdos, 
tendo o estudante uma postura passiva sobre o que aprende, com a 
função de receber e absorver o conteúdo. Não há espaço para atitudes 
de autonomia, como a manifestação e o posicionamento crítico. Nessa 
metodologia a autonomia é entendida como a prática pedagógica que 
norteia o método ativo e o estudante passa a assumir uma postura ativa, 
exercitando atitude crítica. 
Outro princípio da metodologia ativa é a problematização da realidade 
e reflexão, que são princípios indissociáveis. O ato de problematizar implica 
em fazer uma análise sobre a realidade como tomada de consciência, e a 
partir disso problematizar os conteúdos ao estudante.
O princípio do trabalho em equipe intensifica a interação entre os 
estudantes, sendo ponto de partida a prática social do aluno, o elemento 
de mobilização para a construção do conhecimento. A interação com 
Educação e Tecnologias
13
os colegas e o professor leva o estudante a pensar sobre determinada 
situação e expressar sua opinião sobre ela. 
Inovação é o processo de introdução de novidades, de renovação, 
invenção e criação. A relação docente perpassa o papel de mediador, 
facilitador e ativador da prática educativa. 
A base da metodologia ativa está na concepção de educação crítico-
reflexiva sustentada em estímulo ao processo de ensino-aprendizagem. 
O método da construção de uma situação problema proporciona reflexão 
crítica e mobiliza o educando para o conhecimento. Um exemplo disso 
seria o seguinte questionamento: “Como a metodologia ativa no ensino 
pode colaborar no aprendizado de crianças com déficit de atenção?”
Nesse contexto, o docente apresenta um problema próximo do 
real ou simulado para o estudante resolver por meio de suas leituras 
e experiências, de modo a se preparar para atuar na vida. Os temas e 
conteúdos são relacionados ao problema e estudados individual ou 
coletivamente e depois discutidos no grupo. Sobre esses papéis, dos 
professores e alunos, veja a representação na figura 2 a seguir. 
Figura 2 – Professor e estudantes 
Fonte: Elaborado pela autora.
Educação e Tecnologias
14
Por meio da metodologia ativa ocorre o contato com a cultura 
atual, promovendo a participação das redes sociais virtuais da web e 
demais mídias na construção da aprendizagem de cada aluno. As redes 
potencializam a interação, independente de hierarquias, e o convívio com 
as informações. 
A aprendizagem desenvolve-se levando em conta os fatores e 
potencialidades apresentados na figura 3. 
Figura 3 – Aprendizagem
 
Fonte: Elaborado pela autora.
Nesse contexto, as metodologias ativas auxiliam no processo de 
ensinar e aprender com o objetivo de participação ativa de todos os 
envolvidos. Busca provocar mudanças nas práticas em sala de aula. O aluno 
torna-se protagonista no processo de construção de seu conhecimento e 
é responsável por sua trajetória e pelo alcance de objetivos. 
Educação e Tecnologias
15
RESUMINDO:
O conhecimento se constrói a partir de uma interação do 
aluno em seu processo de aprendizagem. A característica 
da abordagem por metodologias ativas de ensino é a da 
participação efetiva dos estudantes na sala de aula. Exige 
ações e construções mentais variadas em aula, como leitura, 
pesquisa, comparação, observação, imaginação, obtenção 
e organização de dados, elaboração e confirmação de 
hipóteses, classificação, interpretação, crítica, busca de 
suposições, construção de sínteses e aplicação de fatos 
e princípios a novas situações, planejamento de projetos 
e pesquisas, análise e tomadas de decisões (DIESEL; 
BALDEZ; MARTINS, 2017). Essa metodologia se diferencia 
do método tradicional, que apresenta o conhecimento 
a partir da teoria e não do que o estudante tem para 
contribuir. Nesse processo ocorre a migração do ensino 
para a aprendizagem e a mudança de papéis principais do 
docente para o aluno. Por meio da metodologia ativa ocorre 
o contato com a cultura atual, promovendo a participação 
das redes sociais virtuais da web e demais mídias na 
construção da aprendizagem de cada aluno. As redes 
potencializam a interação, independente de hierarquias, e 
o convívio com as informações. 
Educação e Tecnologias
16
O Ensino híbrido e sala invertida
INTRODUÇÃO:
O objetivo deste item é conhecer sobre o ensino híbrido 
e a sala invertida, duas metodologias que utilizam as TICs. 
Desse modo você estará preparado para compreender 
como o ensino híbrido e a sala invertida funcionam. E 
então? Motivado para desenvolver essa competência? 
Então vamos lá. Avante!
Conhecendo o ensino híbrido
Os avanços tecnológicos aliados à mudança no perfil dos 
estudantes impulsionaram outros direcionamentos ao ensino com novas 
metodologias. Desse modo, o ensino híbrido torna-se uma grande 
tendência por respeitar as necessidades individuais dos alunos, atendê-
las, e oportunizar formatos personalizados de ensino, ou “ensino sob 
medida” (NETA; CAPUCHINHO, 2017). 
O conceito de ensino híbrido ainda é novo e pouco utilizado em 
virtude da carência de discussão pelos renomados autores da pedagogia 
brasileira (NETA; CAPUCHINHO, 2017). Com o surgimento de novos 
cenários educacionais, alunos com novos perfis e modos de aprendizado 
próximos às tecnologias digitais disponíveis, foi necessário apreender 
uma nova forma de ensino.
A educação sempre foi híbrida, pois combinou vários espaços, 
tempos, atividades, metodologias, públicos (NETA; CAPUCHINHO, 2017). 
Atualmente, com a mobilidade e a conectividade, é muito mais necessária 
a criação de um ambiente aberto e criativo em sala de aula. 
Educação e Tecnologias
17
Figura 4 – Ensino híbrido 
 
 
Fonte: Elaborado pela autora.
Desse modo, é possível ensinar e aprender de inúmeras formas, em 
todos os momentos e em diferentes espaços. O híbrido é um conceito rico 
e complexo, que significa basicamente ser misturado, combinado.
No ensino regular o ensino híbrido é um método aplicado à 
educação formal no qual um aluno aprende, pelo menos em parte, por 
meio do ensino on-line. É necessária a mudança no contexto da escola 
padronizada, que ensina e avalia a todos de forma igual e exige resultados 
previsíveis, ignorando que a sociedade do conhecimento é baseada em 
competências cognitivas, pessoais e sociais. 
O ensino híbrido demanda de atuação por meio do conhecimento 
de todos os modelos e possibilidades de ensino, para então escolher 
aquele que seja adequado ao público-alvo. Desse modo a sala de aula se 
amplia entre espaço físico e virtual. 
Com a utilização do ensino híbrido é possível transformar aspectos 
do processo educacional, como retirar a figura do professor como centro 
Educação e Tecnologias
18
do conhecimento e primeira fonte de informação, além de viabilizar ao 
estudante o protagonismo do seu aprendizado (NETA; CAPUCHINHO, 
2017). Adquire-se a postura mais participativa e coerente com a autonomia 
estudantil, provocando a ampliação do pensamento crítico, a fim de 
correlacionar o que está em estudo com as situações da vida real.
Para a implantação do ensino híbrido, alguns aspectos devem ser 
analisados e considerados: a dinâmica de sala de aula e a formação do 
professor, além da adequação do currículo e das atividades curriculares. 
O ensino híbrido é uma inovação, com propostas em que se pode 
organizar a sala de aula como modelos sustentados, rompendo com a 
sala de aula tradicional e traçando diferentes trajetórias. 
Adotar o ensino híbrido demanda mudança radical do modelo 
vigente, pois nos modelos de ensino híbrido há maior possibilidade de 
romper com todos os costumes do modelo de ensino que se conhece. 
Os primeiros passos dados em direção a uma educação híbrida 
perpassam pelo que mais se aproxima do modelo atual da maioria das 
escolas – os chamados modelos sustentados –, e, entre esses, os mais 
adotadossão os modelos de rotação.
A rotação permite que os estudantes alternem momentos de 
atividades com roteiro fixo ou a critério do professor, incluindo leituras, 
produção textual, discussões em grupos pequenos ou turmas completas, 
tutoria e trabalhos sempre contendo uma atividade on-line. 
Há possibilidade de escolha entre os modelos rotacionais (o modelo 
de rotação por estações no qual ocorre a rotação de turmas ou classes). 
Nesse modelo os alunos se revezam no ambiente de uma sala de aula.
O modelo de laboratório rotacional é aquele no qual a rotação ocorre 
entre a sala de aula e um laboratório de aprendizado para o ambiente on-
line. O modelo de sala de aula invertida é aquele no qual a rotação ocorre 
entre a prática presencial com professor e a residência ou outra localidade 
fora da escola on-line. 
No modelo de rotação por estações, a sala de aula é dividida em 
espaços de aprendizado chamados estações, todas relacionadas ao tema 
Educação e Tecnologias
19
principal da aula (NETA; CAPUCHINHO, 2017). Cada estação aborda um 
objetivo específico e ao menos uma delas deve conter uma atividade on-line. 
O planejamento do professor leva em conta a quantidade de 
estações que deseja implantar com atividades individuais ou em grupos 
dentro de um período de tempo. As estações precisam ser independentes 
entre si, mas complementares, e devem disponibilizar atividades como 
vídeos, textos impressos, slides, charges, cartuns, tirinhas, entre outras.
A sala de aula invertida é um modelo de ensino híbrido que prevê 
a mudança progressiva do ensino tradicional centrado no professor para 
as metodologias ativas com envolvimento dos alunos. Funcionam com o 
acesso a vídeos, aulas interativas e demais materiais on-line. 
A sala de aula transforma-se no espaço onde os alunos trabalham 
com situações problemas, coleta de dados e aplicação de conceitos, e 
criam oportunidades para cada aluno caminhar no seu ritmo em grupos 
colaborativos. 
Nas universidades tem-se pensado sobre a mudança do perfil de 
aluno, em sua maioria membros da Geração Y, constituída por indivíduos 
nascidos entre os anos de 1980 e 2000, com perfil mais questionador, 
rápido acesso à informação devido aos grandes avanços tecnológicos, e 
relacionamentos pautados no ambiente virtual. 
No ensino superior adota-se a metodologia de ensino híbrido 
conhecida como blended learning. 
A metodologia caracteriza-se pela união entre ensino presencial e 
estudo on-line, alterando a dinâmica da relação entre professor-aluno. O 
professor assume o papel de mediador do conhecimento.
A Geração Y em sala de aula tem relação com as tecnologias, pois 
nasceram na era da cibercultura, com facilidade de acesso à informação e 
ao conteúdo, compartilham e se comunicam em tempo real, e participaram 
do surgimento, da implantação e da consolidação da internet.
São estudantes flexíveis, criativos e questionadores, que necessitam 
de reconhecimento por tudo o que desempenham. Nesse contexto, o 
Educação e Tecnologias
20
professor torna-se mediador do conhecimento e não mais transferidor. E 
o aluno aprende por métodos ativos de aprendizagem.
RESUMINDO:
Os avanços tecnológicos aliados à mudança no perfil dos 
estudantes impulsionaram outros direcionamentos ao 
ensino com novas metodologias. Desse modo, o ensino 
híbrido torna-se uma grande tendência por respeitar 
as necessidades individuais dos alunos, atendê-las, e 
oportunizar formatos personalizados de ensino, ou “ensino 
sob medida” (NETA; CAPUCHINHO, 2017). O conceito de 
ensino híbrido ainda é novo e pouco utilizado em virtude 
da carência de discussão pelos renomados autores da 
pedagogia brasileira (NETA; CAPUCHINHO, 2017). Com 
o surgimento de novos cenários educacionais, alunos 
com novos perfis e modos de aprendizado próximos das 
tecnologias digitais disponíveis, foi necessário apreender 
uma nova forma de ensino. O ensino híbrido demanda da 
atuação por meio do conhecimento de todos os modelos 
e possibilidades de ensino, para escolher aquele que seja 
adequado para o público-alvo. Desse modo, a sala de aula 
se amplia entre espaço físico e virtual. Com a utilização do 
ensino híbrido, é possível transformar aspectos do processo 
educacional, como retirar a figura do professor como centro 
do conhecimento e primeira fonte de informação, além de 
viabilizar ao estudante o protagonismo do seu aprendizado 
(NETA; CAPUCHINHO, 2017). Adquire-se a postura mais 
participativa e coerente com a autonomia estudantil, 
provocando a ampliação do pensamento crítico, a fim 
de correlacionar o que está em estudo com as situações 
da vida real. Para implantação do ensino híbrido, alguns 
aspectos devem ser analisados e considerados, como a 
dinâmica de sala de aula e a formação do professor, além 
da adequação do currículo e das atividades curriculares. O 
ensino híbrido é uma inovação, sem dúvida, com propostas 
de ensino híbrido que podem se organizar como modelos 
sustentados, rompendo com a sala de aula tradicional e 
traçando diferentes trajetórias.
Educação e Tecnologias
21
Ensino por projetos e estudo de caso
INTRODUÇÃO:
O objetivo deste item é discutir sobre a metodologia de 
ensino por projetos e pelo estudo de caso. Desse modo, 
você estará preparado para compreender como incorporar 
esses métodos em seu contexto didático. E então? Moti-
vado para desenvolver essa competência? Então vamos lá. 
Avante!
Conhecendo o ensino por projetos
A Pedagogia, ou o ensino por projetos, é a metodologia que possui 
uma visão diferente do que é conhecimento e currículo, pois apresenta 
outra maneira de organizar o trabalho na escola. 
Caracteriza-se pela forma de abordar determinado tema ou 
conhecimento, permitindo uma aproximação da identidade e das 
experiências dos alunos, e um vínculo dos conteúdos escolares entre 
si e com os conhecimentos e saberes produzidos no contexto social e 
cultural, assim como com problemas que dele emergem.
É possível nessa metodologia ultrapassar limites das áreas do co-
nhecimento e dos conteúdos curriculares. Contempla o desenvolvimento 
de atividades práticas, de estratégias de pesquisa, de busca e uso de di-
ferentes fontes de informação, de sua ordenação, análise, interpretação e 
representação. 
Pode ser desenvolvida em atividades individuais, de grupos ou 
equipes. A concepção do conteúdo tem o viés controverso e pronto a 
ser questionado pelos estudantes. Permite que o aluno desenvolva uma 
atitude ativa e reflexiva diante de suas aprendizagens e do conhecimento 
para a sua compreensão do mundo.
A metodologia do ensino por projetos não é compreendida 
teoricamente como um método, mas sim como uma ideia de método 
para trabalhar com objetivos e conteúdos prefixados, predeterminados, 
Educação e Tecnologias
22
apresentando uma sequência regular, prevista e segura, referindo-se à 
aplicação de fórmulas ou de uma série de regras.
Trabalhar por meio de projetos é o oposto da ideia acima descrita, 
pois no projeto o ensino-aprendizagem se realiza mediante um percurso 
que nunca é fixo, ordenado. Desse modo, o ato de projetar requer abertura 
para o desconhecido.
O ensino por projetos é entendido como uma concepção de ensino, 
uma maneira diferente de buscar a compreensão dos alunos sobre os 
conhecimentos e ajudá-los a construir sua própria identidade. O projeto é 
constituído das seguintes etapas:
Figura 5 – Etapas do projeto. 
Fonte: Elaborado pela autora.
Sobre os conteúdos, a metodologia de projetos é vista pelo 
seu caráter de potencializar a interdisciplinaridade. Isso de fato pode 
ocorrer, pois o trabalho com projetos permite romper com as fronteiras 
disciplinares, favorecendo o estabelecimento de elos entre as diferentes 
áreas de conhecimento numa situação contextualizada da aprendizagem.
Além disso, promove a significativa e compartilhada experiência de 
aprendizagem, auxiliando na formação integral dos indivíduos nas diversas 
oportunidades de aprendizagem conceitual,atitudinal e procedimental. 
Educação e Tecnologias
23
Os projetos de trabalho não se inserem apenas numa proposta de 
renovação de atividades, tornando-as criativas, e sim numa mudança 
de postura que exige o repensar da prática pedagógica, quebrando 
paradigmas já estabelecidos.
Os alunos nessa perspectiva podem decidir, opinar e debater, e 
constroem sua autonomia e seu compromisso com o social, formando-se 
como sujeitos culturais e cidadãos.
Mais do que uma técnica atraente para transmissão dos conteúdos, 
a proposta de projetos promove mudança na maneira de pensar e repensar 
a escola e o currículo na prática pedagógica, por meio do movimento 
de uma pedagogia dinâmica, centrada na criatividade e na atividade dos 
alunos, na construção do conhecimento pelos alunos.
A metodologia dos projetos tem como base a teoria do construti-
vismo, que se opõe ao sistema educacional de transmissão do conhe-
cimento. Desse modo, a relação ensino e aprendizagem é voltada para 
a construção do conhecimento de maneira dinâmica, contextualizada, 
compartilhada, afetiva e de troca de experiências. 
Figura 6 – Esquema do construtivismo 
Fonte: Elaborado pela autora.
Educação e Tecnologias
24
Nessa postura a aprendizagem torna-se prazerosa, pois ocorre a 
partir dos interesses dos envolvidos no processo, da realidade em que 
estão inseridos. Ocasiona motivação, satisfação em aprender, e resulta na 
contextualização dos conteúdos e no desenvolvimento de competências 
e habilidades. 
O produto final apresentado pelos alunos é organizado por meio de 
relatórios e a mudança em seus conceitos e discursos dá indícios de sua 
aprendizagem. A avaliação ocorre por meio da ação avaliativa como uma 
das mediações pela qual se encorajaria a reorganização do saber. 
O papel do professor dentro dessa metodologia é de estar ciente 
de suas atividades durante o projeto, coordenando as tarefas e tendo 
clareza na condução da proposta. 
Os alunos devem ter a postura de autores e as seguintes funções: 
inicialmente produzir uma espécie de índice ou cronograma pessoal de 
trabalho a fim de que possam planejar o tempo que terão de investir, os 
recursos, os procedimentos e as atividades que deverão realizar. 
Estabelecer o cronograma é útil para que se tenha a visão geral do 
trabalho, para que todos tenham noção de suas tarefas e as dos outros, 
e como instrumento de compromisso e de avaliação. Desse modo, as 
metodologias possuem diferenças didáticas e de aplicabilidade, sendo 
coerentes a cada contexto escolar. 
Sobre o estudo de caso, é um método qualitativo que consiste, 
geralmente, em uma forma de aprofundar uma unidade individual (YIN, 
2001), utilizado para responder a questionamentos a respeito do fenômeno 
estudado, sobre o qual o pesquisador não tem muito controle.
IMPORTANTE:
O estudo de caso contribui para compreendermos melhor 
os fenômenos individuais, os processos organizacionais e 
políticos da sociedade. 
Educação e Tecnologias
25
É uma estratégia de pesquisa que compreende um método que 
abrange tudo em abordagens específicas de coletas e análise de dados 
(YIN, 2001). Método útil quando o fenômeno a ser estudado é amplo e 
complexo e não pode ser compreendido fora do contexto onde ocorre 
naturalmente.
Buscando esclarecer decisões a serem tomadas, o estudo de caso 
investiga um fenômeno contemporâneo partindo do seu contexto real, e 
pode ser dos seguintes tipos:
 • Exploratórios: quando se quer encontrar informações preliminares 
sobre o assunto estudado. Descritivos: o objetivo é descrever o 
estudo de caso. Analíticos: quando se quer problematizar ou 
produzir novas teorias que irão procurar problematizar seu objeto, 
construir ou desenvolver novas teorias que serão confrontadas 
com as teorias que já existiam, proporcionando avanços do 
conhecimento (YIN, 2001).
Investiga-se uma situação específica, buscando encontrar as carac-
terísticas e o que há de essencial nela. É utilizado para desenvolvimento 
de uma pesquisa acadêmica e escolar, visando a compreender um fe-
nômeno ainda pouco estudado ou aspectos específicos de uma teoria 
ampla. 
Existem algumas etapas a serem desenvolvidas no estudo de caso:
 • No delineamento da pesquisa a primeira atividade é a definição 
clara e precisa do tema que será estudado, dentro de uma área de 
pesquisa e do objeto que se pretende investigar. 
 • O desenho da pesquisa apresenta quatro aspectos: validade 
externa, confiabilidade, validade do constructo e validade interna. 
A validade externa é a capacidade de os resultados representarem 
de fato o fenômeno estudado. 
 • A confiabilidade é a possibilidade de replicação do experimento 
por outro pesquisador, que deverá chegar aos mesmos resultados. 
Nessa etapa é construído um protocolo de pesquisa. 
Educação e Tecnologias
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 • A validade do constructo é a capacidade de avaliar corretamente 
os conceitos estudados. Envolve dados, revisão dos relatórios e o 
estabelecimento de uma cadeia lógica de eventos da pesquisa. 
 • Como instrumentos de pesquisa, os mais utilizados para a coleta 
de dados são levantamento e análise de cartas, documentos, 
relatórios internos, jornais, revistas, internet, apresentações e 
outros materiais como gravações, fotografias, filmes. Ainda temos 
os instrumentos para dados primários: entrevistas, observação 
direta e observação participativa. 
 • A preparação e coleta dos dados é a etapa de desenvolvimento da 
metodologia de estudo de caso. É quando o pesquisador entra em 
contato com os casos selecionados para verificar a possibilidade 
de realização do estudo. 
 • A análise dos casos e elaboração dos relatórios é a etapa que 
envolve três atividades: analisar os dados, apresentar os dados e 
verificar as proposições, e delinear a conclusão. 
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RESUMINDO:
A Pedagogia, ou o ensino por projetos, é a metodologia que 
tem uma visão diferente do que é conhecimento e currículo, 
pois apresenta outra maneira de organizar o trabalho na 
escola. Caracteriza-se pela forma de abordar determinado 
tema ou conhecimento, permitindo uma aproximação da 
identidade e das experiências dos alunos, e um vínculo 
dos conteúdos escolares entre si e com os conhecimentos 
e saberes produzidos no contexto social e cultural, assim 
como com problemas que dele emergem. É possível nessa 
metodologia ultrapassar limites das áreas do conhecimento 
e conteúdos curriculares. Contempla o desenvolvimento 
de atividades práticas, de estratégias de pesquisa, de 
busca e uso de diferentes fontes de informação, de sua 
ordenação, análise, interpretação e representação. Pode 
ser desenvolvida em atividades individuais, em grupos ou 
equipes. A concepção do conteúdo tem o viés controverso 
e pronto a ser questionado pelos estudantes. Permite que o 
aluno desenvolva uma atitude ativa e reflexiva diante de sua 
aprendizagem e do conhecimento para sua compreensão 
do mundo. A metodologia do ensino por projetos não 
é compreendida teoricamente como um método, mas 
é uma ideia de método para trabalhar com objetivos e 
conteúdos prefixados, predeterminados, apresentando 
uma sequência regular, prevista e segura, referindo-se 
à aplicação de fórmulas ou de uma série de regras. O 
ensino por projetos é entendido como uma concepção de 
ensino, uma maneira diferente de buscar a compreensão 
dos alunos sobre os conhecimentos e ajudá-los a construir 
sua própria identidade. O estudo de caso contribui para 
compreendermos melhor os fenômenos individuais, os 
processos organizacionais e políticos da sociedade. É 
uma estratégia de pesquisa que compreende um método 
que abrange tudo em abordagens específicas de coleta e 
análise de dados (YIN, 2001). É um método útil quando o 
fenômeno a ser estudado é amplo e complexo e não pode 
ser estudado fora do contexto onde ocorre naturalmente.
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A Neuroeducação
INTRODUÇÃO:
O objetivo deste item é conhecer sobre a neuroeducação, 
de modoque você estará preparado para compreender 
como é a aprendizagem a partir do contexto cognitivo e 
das funções cerebrais. E então? Motivado para desenvolver 
essa competência? Então vamos lá. Avante!
Conhecendo a neuroeducação 
A neuroeducação é a área que surgiu em 2008, na Universidade 
Capella, nos Estados Unidos, com a tese de doutorado de Tracey Noel 
Tokuhama-Espinosa. O trabalho reúne fundamentos da neuroeducação, 
contextualização sobre seu surgimento, descreve a bibliografia e traça 
princípios da nova área do conhecimento. 
Tem como finalidade abordar o conhecimento e a inteligência, 
integrando três áreas: a Psicologia, a Educação e as Neurociências. Por 
meio da Psicologia, o objetivo principal seria explicar os comportamentos 
da aprendizagem, debruçando-se sobre a mente humana.
Um exemplo da aplicabilidade da Psicologia é o entendimento das 
emoções no aprendizado, nos processos de tomada de decisão e nas 
várias possibilidades de motivação dos alunos para o aprendizado. 
A Educação é responsável pelas estratégias pedagógicas aplicáveis 
no âmbito escolar, buscando tecnologias educacionais, como vídeos, 
multimídias, games e outros produtos educacionais. 
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Figura 7 – Neuroeducação 
 
Fonte: Elaborado pela autora.
Desse modo, a neuroeducação é uma abordagem com técnicas 
de captação de informações neuronais, por sinais elétricos cerebrais, 
estudada para possibilitar a compreensão sobre a aprendizagem. 
São ordenados 14 princípios básicos da neuroeducação, apresenta-
dos no Quadro 1 a seguir. 
Quadro 1 – Princípios da neuroeducação 
PRINCÍPIOS
Estudantes aprendem melhor quando são altamente motivados do 
que quando não têm motivação.
Estresse impacta aprendizado.
Ansiedade bloqueia oportunidades de aprendizado.
Estados depressivos podem impedir aprendizado.
Tom de voz de outras pessoas é rapidamente julgado no cérebro 
como ameaçador ou não ameaçador.
As faces das pessoas são julgadas quase que instantaneamente.
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Feedback é importante para o aprendizado.
Emoções têm papel-chave no aprendizado.
Movimento pode potencializar o aprendizado.
Humor pode potencializar as oportunidades de aprendizado.
Nutrição impacta o aprendizado.
Sono impacta consolidação de memória.
Estilos de aprendizado (preferências cognitivas) são devidos à 
estrutura única do cérebro de cada indivíduo.
A diferenciação nas práticas de sala de aula se justifica pelas 
diferentes inteligências dos alunos.
Fonte: Elaborado pela autora. 
Para além desses princípios é necessário seguir a prática 
organizacional do cérebro humano. Nesse processo algumas ferramentas 
são utilizadas, como as tecnologias audiovisuais para desenvolvimento 
do conhecimento teórico, prático, técnico, aplicável e memorizável. Desse 
modo, a neuroeducação é um campo interdisciplinar para desenvolver 
processos cognitivos e emocionais que originem melhores métodos de 
ensino e currículos. 
Neurociência é o estudo científico do sistema nervoso, abrangendo 
contextos da biologia para compreensão da formação do aprendizado.
O cérebro humano é constituído de áreas cada uma com sua função 
em nosso corpo e mente. Tem conexão com o Sistema Nervoso Central, 
sendo composto por milhares de neurônios que permitem uma relação 
constante entre mente e corpo. Pode ser dividido em quatro lobos ou 
lóbulos: o lóbulo parietal ou lobo parietal é a parte do cérebro que regula 
os dados recebidos a partir de estímulos do sentido do tato.
O lobo frontal, parte do cérebro que mais diferencia o humano 
como ser racional do resto dos outros animais, regula a memória funcional 
e a linguagem. O lóbulo occipital ou lobo occipital é a parte do cérebro 
que processa a informação dos dados visuais, já que lá se encontra o 
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córtex visual. O lobo temporal é a parte do cérebro encarregada de 
perceber e reconhecer os estímulos auditivos e vinculados à memória e à 
emoção. Uma das partes mais relevantes do encéfalo é o cerebelo, cuja 
função é a de regular aspectos do organismo como postura, equilíbrio e 
coordenação.
O hipotálamo é o responsável por regular outras funções, como os 
ciclos do sono, a temperatura do corpo, a fome e o ânimo. O hipocampo 
é uma área cerebral que armazena lembranças, memórias e aprendizado. 
O cérebro também conta com duas áreas específicas que regulam 
a fala: a área de Broca, parte do lobo frontal que é responsável pela 
expressão da linguagem, e a área de Wernicke, localizada no córtex 
cerebral e que permite a compreensão da linguagem oral e escrita.
Cada parte do cérebro tem sua função, sendo assim determinante 
conhecê-lo para promover mudanças à forma de ensino e aprendizagem. 
RESUMINDO:
A neuroeducação surgiu em 2008, na Universidade 
Capella, nos Estados Unidos, com a tese de doutorado 
de Tracey Noel Tokuhama-Espinosa. O trabalho reúne 
fundamentos da neuroeducação, contextualização sobre 
seu surgimento, descreve a bibliografia e traça princípios 
da nova área do conhecimento. A neuroeducação é a 
área que tem como finalidade abordar o conhecimento 
e a inteligência, integrando três áreas: a Psicologia, a 
Educação e as Neurociências. Por meio da Psicologia, o 
objetivo principal seria explicar os comportamentos da 
aprendizagem, debruçando-se sobre a mente humana. Já 
as Neurociências são o estudo científico do sistema nervoso, 
abrangendo contextos da biologia para compreensão da 
formação do aprendizado. O cérebro humano é constituído 
de áreas cada uma com sua função em nosso corpo e 
mente. O cérebro humano tem conexão com o Sistema 
Nervoso Central, composto por milhares de neurônios que 
permitem uma relação constante entre mente e corpo.
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REFERÊNCIAS
DIESEL, A.; BALDEZ, A. L. S.; MARTINS, S. N. Os princípios das 
metodologias ativas de ensino: uma abordagem teórica. Revista Thema, 
2017. 
NETA, M. da S.; CAPUCHINHO, A. C. Educação híbrida: conceitos, 
reflexões e possibilidades do ensino personalizado. In: II CONGRESSO 
SOBRE TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO. Anais. Universidade Federal da 
Paraíba, Mamanguape, 2017.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto 
Alegre: Bookmam, 2001.
Educação e Tecnologias
	A Metodologia ativa
	Características da metodologia ativa
	O Ensino híbrido e sala invertida
	Conhecendo o ensino híbrido
	Ensino por projetos e estudo de caso
	Conhecendo o ensino por projetos
	A Neuroeducação
	Conhecendo a neuroeducação

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