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ANOMALIAS DENTÁRIAS Prof. Ms. Esp. Ericlene Farias Por Que Saber? Podem chegar até 60% de prevalência Com o declínio da doença cárie aumentam as possibilidades de diagnóstico Múltiplas consequências clínicas (estética, dor, risco de cárie, desgastes, fraturas... Diagnóstico precoce aumenta chance de sucesso do tratamento. ETIOLOGIA: fatores traumáticos ou disseminação de uma infecção periapical Turner (1912) foi o primeiro a observar a hipoplasia localizada em dentes permanentes inferiores, relacionando-a a um processo inflamatório severo nos decíduos predecessores, tendo ficado conhecida como hipoplasia de Turner ou dente de Turner. HIPOPLASIA DE TUNER Defeito quantitativo da estrutura externa do dente; As lesões hipoplásicas são formadas na fase secretória da amelogênese; Tendo a sua severidade definida pela duração e a intensidade da agressão sofrida; Afetam tanto a dentição decídua como a permanente; Apresentando como causa: fatores sistêmicos, locais ou hereditários. 4 5 1. OS 2 DEFEITOS: DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAL 2. AS 3 ETIOLOGIAS O trauma aos dentes decíduos pode causar alteração importante na dentição subjacente e a formação de dentes de Turner. Os fatores que determinam o GRAU DE DANO AOS DENTES permanentes pela infecção subjacente incluem o estágio de desenvolvimento dentário: O período de tempo em que a infecção permanece sem tratamento; A virulência dos organismos infecciosos; A resistência do hospedeiro à infecção. 6 ARTIGO CASO CLÍNICO Paciente de 8 anos, sexo masculino, leucoderma, compareceu a clínica odontológica da FACEG (Faculdade de Odontologia de Goianésia) em outubro de 2022, apresentando uma mancha escurecida na região vestibular do dente 21 e outras manchas mais claras no demais incisivos superiores permanentes (Figura 1), sem queixa de sintomatologia dolorosa. Feito a anamnese e exame clínico intraoral, constatou-se se tratar de uma Hipoplasia de Turner. PLANO DE TRATAMENTO • Profilaxia com pedra pomes; • Isolamento absoluto com grampo 212;, • Remoção do tecido cariado nas margens da lesão hipoplásica com broca 1012 sem envolver a parede pulpar; • Condicionamento ácido fosfórico a 37%; • Sistema adesivo com posterior (fotopolimerização por 20 segundos); • Resina nano-hibrida WD; • Posteriores incrementos foram feitos com as resinas: A1D, e A1E; • Polimento final da restauração. 8 FLUOROSE DENTÁRIA • Desde 1962, a fluoretação da água de abastecimento é recomendada, sendo a proporção considerada ideal a estabelecida entre 0,7 e 1,2 ppm. 9 10 CARACTERISTICAS 11 ÍNDICE DE DEAN 12 FATORES DE RISCO E PREVENÇÃO 13 14 A infiltração resinosa é uma opção de tratamento para casos leves a moderados de fluorose, uma vez que preenche, fortalece e estabiliza o esmalte poroso através de uma resina altamente fluida, sem qualquer preparo ou danos à estrutura do dente saudável. Para as formas mais severas de fluorose, tratamentos mais invasivos podem ser necessários tais como facetas e laminados cerâmicos. 15 AMELOGÊNESE IMPERFEITA 16 Compreende um grupo complexo de condições que demonstram alterações de desenvolvimento na estrutura do esmalte na ausência de uma alteração sistêmica. A formação do esmalte é um processo de múltiplas etapas, e problemas podem surgir em qualquer uma delas. Em geral, o desenvolvimento do esmalte pode ser dividido em três estágios principais: 1. Elaboração da matriz orgânica 2. Mineralização da matriz 3. Maturação do esmalte Observe múltiplas depressões pequenas ao longo da superfície dos dentes. O esmalte entre as fossetas é de espessura, dureza e coloração normais. Visão oclusal do mesmo paciente mostrando envolvimento difuso dos dentes superiores, o que é incompatível com o dano ambiental. PADRÃO GENERALIZADO COM FOSSETAS AMELOGÊNESE IMPERFEITA HIPOPLÁSICA Alteração básica concentra-se na deposição inadequada da matriz de esmalte. Qualquer matriz presente é apropriadamente mineralizada e radiograficamente contrasta bem com a dentina subjacente. 17 PADRÃO RUGOSO ( PADRÃO GENERALIZADO) PADRÃO AUTOSSÔMICO DOMINANTE POLIDO (PADRÃO GENERALIZADO FINO) Dentes pequenos e amarelados com superfície grosseira de esmalte, pontos de contato abertos, atrição significativa e mordida aberta anterior. Radiografia do mesmo paciente. Note o dente impactado e a fina linha periférica de esmalte radiopaco. Dentes pequenos e amarelados exibindo esmalte duro brilhante, com numerosos pontos de contato abertos e mordida aberta anterior. Radiografia demonstrando delimitação periférica fina do esmalte radiopaco. AMELOGÊNESE IMPERFEITA HIPOMATURADA A matriz do esmalte é apropriadamente depositada e começa a se mineralizar; entretanto, há um defeito na maturação da estrutura dos cristais de esmalte. Os dentes afetados têm forma normal, mas apresentam manchas opacas variando entre o branco, marrom e amarelo. O esmalte é mais macio do que o normal e tende a se soltar da dentina subjacente. Radiograficamente, o esmalte afetado mostra uma radiopacidade semelhante à da dentina. 18 Paciente do gênero masculino exibindo dentição branco- amarelada difusa. A mãe do paciente apresenta faixas verticais brancas, esmalte opaco e translúcido. AMELOGÊNESE IMPERFEITA HIPOMATURADA, LIGADA AO CROMOSSOMO X AMELOGÊNESE IMPERFEITA HIPOCALCIFICADA A matriz do esmalte é depositada apropriadamente, mas não ocorre significativa mineralização. Em ambos os casos de amelogênese imperfeita hipocalcificada, os dentes estão apropriadamente formados na erupção, porém o esmalte é muito mole e facilmente perdido. 19 Dentição apresentando pigmentação marrom-amarelada difusa. Notam-se numerosos dentes com perda de esmalte coronário, exceto a porção cervical. Radiografia do mesmo paciente. Observe a perda extensa do esmalte coronário e dentina e esmalte com densidade semelhante. TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 20 As implicações clínicas de amelogênese imperfeita variam de acordo com o subtipo e sua gravidade, mas os principais problemas são estética, sensibilidade dentária e perda da dimensão vertical. Além disso, em alguns casos de amelogênese imperfeita, há aumento da prevalência de cáries, mordida aberta anterior, erupção retardada, impactação dentária ou inflamação gengival associada. 21 Na primeira consulta, acompanhada pela mãe, a paciente (10 anos e melanoderma) chegou à UAPS-ESFA para tratamento odontológico, e ambas traziam como queixaprincipal “as manchas escuras nos dentes permanentes”, que afetavam principalmente a criança no convívio social, causando desconforto e insegurança à menor. Na anamnese, a mãe não relatou histórico familiar de amelogênese imperfeita e disse que o problema não havia afetado a dentição decídua, ressaltando que as manchas sempre estiveram presentes nos dentes permanentes desde a erupção deles. Ao exame clínico intrabucal, além da inspeção dos tecidos moles, foi possível observar que a paciente possuía apenas dentes permanentes na boca, sendo identificado em todos elementos dentários alteração na coloração (amarelo acastanhado) e superfícies com aspecto erosivo em vestibular, incisais e pontas de cúspides, além de mordida aberta anterior. CASO CLÍNICO 22 O êxito de um tratamento conservador para amelogênese imperfeita, através da construção de facetas diretas em resina composta, ressalta-se a importância da atuação de uma equipe odontológica ser alicerçada através do equilíbrio entre a técnica, a formação científica e a visão humanística na promoção da saúde bucal. ericlene.oliveira@animaeducacao.com.br 23 Obrigado!!! Slide 1: ANOMALIAS DENTÁRIAS Slide 2: Por Que Saber? Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7: CASO CLÍNICO Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16: AMELOGÊNESE IMPERFEITA Slide 17: AMELOGÊNESE IMPERFEITA HIPOPLÁSICA Slide 18: AMELOGÊNESE IMPERFEITA HIPOMATURADA Slide 19: AMELOGÊNESEIMPERFEITA HIPOCALCIFICADA Slide 20: TRATAMENTO E PROGNÓSTICO Slide 21 Slide 22 Slide 23