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ano2oCiências César da Silva Júnior Sezar Sasson Paulo Sérgio Bedaque Sanches Sonelise Auxiliadora Cizoto Débora Cristina de Assis Godoy Manual Professor doManual Professor do Ensino Fundamental • Anos Iniciais • Componente Curricular: Ciências CAPA LIGAMUNDO_GOVERNO_CIE 2 PROFESSOR.indd 1 11/6/17 9:57 AM CÉSAR DA SILVA JÚNIOR Licenciado em História Natural pela Faculdade de Filosofi a, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP) Professor de Biologia da rede particular de ensino de São Paulo SEZAR SASSON Licenciado em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da USP Professor e autor de Biologia PAULO SÉRGIO BEDAQUE SANCHES Bacharel em Física pelo Instituto de Física da USP Licenciado em Física pela Faculdade de Educação da USP (habilitação em Física, Química e Matemática) Mestre em Educação a Distância pela Universidad Nacional de Educación a Distancia (Uned) – Cátedra Unesco, Madri, Espanha SONELISE AUXILIADORA CIZOTO Bacharel em Pedagogia pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo Pós-graduada em Educação pela Faculdade Integrada Metropolitana de Campinas (Metrocamp), São Paulo Professora de graduação e pós-graduação nas áreas de Psicologia e Educação DÉBORA CRISTINA DE ASSIS GODOY Bacharel em Pedagogia e especialista em Alfabetização pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Professora e coordenadora de Ensino Fundamental da rede particular de ensino na região de Campinas, São Paulo Ciências Ensino Fundamental • Anos Iniciais • Componente Curricular: Ciências Manual Professor doManual Professor do São Paulo, 1a edição, 2017. Atualizado de acordo com a BNCC. ano2 o FRONTIS LIGAMUNDO_GOVERNO_CIE 2 PROFESSOR.indd 1FRONTIS LIGAMUNDO_GOVERNO_CIE 2 PROFESSOR.indd 1 11/12/19 4:12 PM11/12/19 4:12 PM II MANUAL DO PROFESSOR Direção geral: Guilherme Luz Direção editorial: Luiz Tonolli e Renata Mascarenhas Gestão de projeto editorial: Tatiany Renó Gestão e coordenação de área: Isabel Rebelo Roque Edição: Daniela Teves Nardi, Carlos Eduardo de Oliveira e Giovana Pasqualini da Silva Gerência de produção editorial: Ricardo de Gan Braga Planejamento e controle de produção: Paula Godo, Roseli Said e Marcos Toledo Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), Kátia Scaff Marques (coord.), Rosângela Muricy (coord.), Ana Curci, Ana Paula C. Malfa, Arali Gomes, Brenda T. M. Morais, Carlos Eduardo Sigrist, Célia Carvalho, Claudia Virgilio, Daniela Lima, Gabriela M. Andrade, Heloísa Schiavo, Larissa Vazquez, Lilian M. Kumai, Marília Lima, Patricia Cordeiro, Paula T. Jesus, Raquel A. Taveira e Sueli Bossi Arte: Daniela Amaral (ger.) e André Gomes Vitale (coord.) Diagramação: Vanessa Bertolucci Licenciamentos de conteúdos de terceiros: Cristina Akisino (coord.), Angra Marques (licenciamento de textos), Erika Ramires e Claudia Rodrigues (analistas adm.) Design: Gláucia Correa Koller (ger.), Erika Tiemi Yamauchi Asato (projeto gráfico e capa) e Talita Guedes da Silva (capa) Foto de capa: Artsplav/Shutterstock Ilustração de capa: Rodrigo ICO Todos os direitos reservados por Saraiva Educação S.A. Avenida das Nações Unidas, 7221, 1o andar, Setor A – Espaço 2 – Pinheiros – SP – CEP 05425-902 SAC 0800 011 7875 www.editorasaraiva.com.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Índices para catálogo sistemático: 1. Ciências : Ensino fundamental 372.35 2017 Código da obra CL 820391 CAE 728918 (AL) / 728883 (PR) 1a edição 1a impressão Atualizado de acordo com a BNCC. Impressão e acabamento 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 22LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 2 7/21/20 10:12 AM7/21/20 10:12 AM Apresentação Cara professora, caro professor, Esta coleção foi escrita por professores que vivenciam o ambiente escolar e prezam o contato com alunos como parte do seu dia a dia. Essa vivência nos ajudou na busca de uma coleção didática de Ciências adequada para a faixa etária a que se destina, tanto na linguagem como nos conteúdos e na metodologia. O ensino de Ciências para os anos iniciais do Ensino Fundamental apre- senta grandes desafios: instigar a curiosidade de maneira orientada e or- ganizada; utilizar linguagem acessível, mantendo a precisão dos conceitos; desenvolver o interesse pela natureza associado ao processo de alfabetização, um dos objetivos fundamentais dessa etapa de escolarização. O desenvolvimento da competência leitora colabora com a formação de cidadãos reflexivos, críticos, capazes de entender o mundo e interagir com ele, e aptos a tomar decisões que visem aos benefícios de sua comunidade. No mundo contemporâneo, o pensamento científico e a compreensão de como as tecnologias afetam nossa vida são atributos fundamentais a serem adquiridos. O livro é um importante recurso no processo ensino-aprendizagem; entretanto é fundamental ressaltar que o professor exerce papel determi- nante de mediador entre os alunos e os conteúdos, além de promover a motivação e o aprendizado significativo. Entre em contato sempre que quiser expressar críticas e sugestões ou tiver a necessidade de algum esclarecimento. Sucesso em seu ano letivo! Os autores IIIMANUAL DO PROFESSOR 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 3 12/4/17 09:18 Orientações gerais ..........................................................................................V A disciplina de Ciências nos anos iniciais do Ensino Fundamental ..................V Base Nacional Comum Curricular ...................................................................................V O professor de hoje ..................................................................................................... VII O trabalho com a diversidade étnica ............................................................................VIII O trabalho com alunos com baixa visão ou cegos .........................................................X Ensino contextualizado...................................................................................................X Ciências e a interdisciplinaridade ................................................................................... XI Avaliação do aprendizado ............................................................................................ XII Proposta teórico-metodológica da coleção ....................................................XIII Bases norteadoras e metodologias .................................................................................... XIII Atividades colaborativas ...............................................................................................XV Orientações às pesquisas..............................................................................................XV Recursos tecnológicos no aprendizado de Ciências .................................................... XVII A avaliação na prática ............................................................................................... XVIII Desenvolvimento de habilidades e a BNCC .......................................................XIX A estrutura da coleção ............................................................................................ XX Organização da coleção ...................................................................................................... XX Seções e boxes .................................................................................................................... XX Organização dos volumes ......................................................................................... XXIII Material digital do professor ............................................................................................XXV Objetivos para o ano letivo ........................................................................... XXV Referências e sugestões de leitura ..............................................................XXVII Bibliografia ...............................................................................................................XXVII Sugestões de leitura para o professor ............................................................................ XXIX Endereços na internet para consulta do professor ...................................................XXIX Reprodução do Livro do Estudante com orientações específicas ... 1 Sumário IV MANUAL DO PROFESSOR 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 4 12/4/17 09:18 MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAIS V Base Nacional Comum Curricular A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que precei- tua o Plano Nacional de Educação (PNE). Este docu- mento normativo aplica-se exclusivamente à educação escolar, tal como a define o § 1o do Artigo 1o da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei no 9.394/1996), e está orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, demo- crática e inclusiva, como fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN). Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: <http:// basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_ EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 8 out. 2019. Em outubro de 2015, o Ministério da Educação (MEC) disponibilizou a primeira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Durante um período de cinco meses, que se estendeu até março de 2016, esse documento ficou dispo- nível para consulta pública e recebeu contribuições de diferen- tes atores ligados à educação. Dois meses depois, em maio de 2016, foi publicada a segunda versão da BNCC, a qual passou por um processo de debate institucional coordenado pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Os resultados desses debates foram sistematizados e organizados em relatório produzido por um grupo de tra- balho também composto pelo Consed e pela Undime, com base em análise realizada pela Universidade de Brasília (UnB). Em abril de 2017, foi publicada a terceira versão da BNCC, que ficou disponível para consulta e discussão até 11 de setembro, após ter sido submetida a cinco audiências públicas promovidas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), nas quais cerca de 2150 representantes de secretarias estaduais e municipais e de entidades da sociedade civil compareceram aos debates, em cinco capitais, para contri- buir com a elaboração do documento, que foi homologado em dezembro de 2018. O objetivo é definir o conjunto pro- gressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo da Educação Básica. O ensino de Ciências da Natureza no contexto da BNCC As orientações da BNCC são embasadas em prin- cípios éticos, políticos e estéticos contidos nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) da Educação Básica. Por esse motivo, a BNCC estabelece os conhecimentos, as compe- tências e as habilidades que se espera que todos os alunos desenvolvam ao longo da escolaridade básica, além de valorizar a formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. Documentos oficiais de educação recomendam que, nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, o processo de ensino-aprendizagem tenha como meta a alfabetização, visando a aquisição do sistema de escrita alfabética de modo articulado ao seu envolvimento em práticas diversificadas de letramento, como informa o Parecer CNE/CEB n. 11/2010: os conteúdos dos diversos componentes curriculares [...], ao descortinarem às crianças o conhecimento do mundo por meio de novos olhares, lhes oferecem oportunidades de exercitar a leitura e a escrita de um modo mais significativo. BRASIL. Conselho Nacional de Educação; Câmara de Educação Básica. Parecer n. 11, de 7 de julho de 2010. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Diário Oficial da União, Brasília, 9 de dezembro de 2010, Seção 1, p. 28. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index. php?option=com_docman&view=download&alias= 6324-pceb011-10&category_slug=agosto-2010-pd f&Itemid=30192>. Acesso em: 28 nov. 2017. Em paralelo à necessidade de alfabetizar o aluno, os campos do saber atribuídos às disciplinas dos anos iniciais do Ensino Fundamental devem gradativamente ampliar experiências que proporcionem novas formas de o aluno relacionar-se com o mundo. Na disciplina de Ciências, esse processo pode ocorrer por meio do desenvolvimento do le- tramento científico, que, conforme a BNCC explica, seria “a capacidade de compreender e interpretar o mundo (na- tural, social e tecnológico), mas também de transformá-lo com base nos aportes teóricos e processuais das ciências”. A disciplina de Ciências nos anos iniciais do Ensino Fundamental V Orientações gerais 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 5 10/21/19 1:53 PM MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAISVI Para isso, o componente curricular de Ciências deve con- templar possibilidades de ler e debater temas como: alimentos, medicamentos, combustíveis, lixo, transportes, comunicações, contracepção, saneamento e manutenção da vida na Terra, etc. Essa discussão deve pautar-se tanto por conhecimentos éticos, políticos e culturais quanto científicos, cumprindo assim o papel de desenvolvimento e formação integral dos alunos. Para garantir o cumprimento desses compromissos, a disciplina de Ciências da Natureza deve possibilitar acesso aos inúmeros conhecimentos científicos produzidos ao longo da história e explicar como eles se articulam na construção dos saberes relacionados às demais disciplinas. Além disso, deve- -se mesclar o aprendizado teórico com o prático, incluindo a realização gradativa dos principais processos, práticas e pro- cedimentos da investigação científica, por meio de situações de aprendizagem que sejam desafiadoras, estimulantes, inte- ressantes e despertem a curiosidade científica dos alunos. O trabalho prático de investigação científica não deve se limitar somente a realizar manipulação de objetos ou realização de experimentos em laboratório, que seguem uma sequência de atividades preestabelecidas e orientadas. Ao contrário, ele deve ser considerado elemento central na formação do alu- no, possibilitando a ele questionar de maneira reflexiva seus conhecimentos e sua compreensão do mundo que o cerca. Uma estratégia para atingir esses propósitos é incentivar o aluno a pensar sobre problemas de seu interesse e a partir de então analisar como pode resolvê-los, seguindo as eta- pas de levantamento, análise e representação; comunicação; e intervenção. Para explicitar uma situação na qual o aluno possa percorrer essas três etapas de ação na resolução de problemas, vamos considerar a problemática da coleta seletiva de lixo em uma residência e apresentar como poderia ocor- rer o desenvolvimento das etapas de investigação científica. Observe o diagrama: Levantamento, análise e representação Como implementar coleta seletiva de lixo em casa ComunicaçãoIntervenção � Selecionar entre o lixo seco aquilo que pode ser reciclado. � Separar o lixo seco e reciclável em categorias: papel, vidro, metal e plástico e organizá-los em recipientes in- dividuais. Certificar-se de que o lixo reciclável está limpo antes de armazená-lo nos recipientes, evitando assim a proliferação de insetos. Comunicação � Conversar com pais ou responsáveis sobre as vantagens de se implementara coleta seletiva. � Estabelecer com pais ou responsáveis as datas para des- cartar o lixo reciclável em um ponto de coleta seletiva próximo da residência. Intervenção � Redução do volume de lixo descartado para o lixo comum. � Descarte correto oferecendo possibilidade de renda para coletores de lixo reciclável. Nesse exemplo, o processo de investigação científica limitou-se a avaliar um problema presente em todas as mo- radias do Brasil e do mundo: o descarte do lixo. A critério do professor e de acordo com o nível de compreensão dos alu- nos, essa análise pode ser ampliada de modo a avançar em questões éticas, políticas e culturais, referentes a esse tema, atendendo assim ao propósito descrito na função dessa dis- ciplina, que é o letramento científico que possibilite “compre- ender e interpretar o mundo (natural, social e tecnológico), mas também de transformá-lo com base nos aportes teóricos e processuais das ciências” (Brasil, 2018). Considerando o apresentado anteriormente, e de acor- do com as competências gerais da BNCC, a área de Ciências da Natureza – e, por consequência, o componente curricular de Ciências – deve garantir aos alunos o desenvolvimento das competências específicas listadas a seguir. Levantamento, análise e representação � Classificar o lixo em úmido ou seco. � Descartar o lixo úmido para a coleta de rua e organi- zar o lixo seco em um recipiente apropriado. Competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental 1. Compreender as Ciências da Natureza como em- preendimento humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico. 2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir seguran- ça no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 3. Analisar, compreender e explicar características, fenô- menos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 6 10/21/19 1:53 PM MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAIS VII O professor de hoje De forma simples, procurei identificar cinco face- tas que definem o “bom professor”: conhecimento, cultura profissional, tato pedagógico, trabalho em equipe e compromisso social. NÓVOA, António. In: Professor: imagens do futuro presente. Lisboa: Educa, 2009. O ser humano nasce, sob vários aspectos, muito me- nos “pronto” do que os demais mamíferos. Logo após o nascimento, é incapaz de sobreviver sem ajuda. A matu- ração do sistema nervoso, incompleta, continua nos pri- meiros anos de vida e aos poucos o ser humano adquire a habilidade de se manter em pé, dar os primeiros passos, compreender as primeiras palavras. Subindo mais um de- grau em complexidade, surge a capacidade de articular palavras, que potencializa a comunicação. O ser humano é um ser social, e sua inserção na socie- dade é um processo único, individual, que depende da cul- tura do meio onde está inserido, do momento histórico e das vivências pessoais. Os primeiros contatos sociais acon- tecem no ambiente familiar/social e, geralmente, depois, no escolar. E há um longo caminho a percorrer desde que o indivíduo nasce, ouvindo determinada língua, vivendo certas emoções, absorvendo certas normas, até inserir-se em sua cultura e desempenhar um papel na sociedade. Nesse caminho, a escola tem um papel importante, pois se caracteriza como um meio social e público que facilita e potencializa a entrada da criança no mundo adulto e na sociedade, isto é, favorece a construção da cidadania. O ser humano se constitui pela alteridade, e não pela educabilidade, ou seja, não é influenciado de fora para dentro, mas vai criando ou rejeitando modelos que fazem parte de determinado contexto social, cultural e histórico. A busca da autonomia só ocorre quando ele adquire a capacidade e a oportunidade de se inserir na comunidade, no mundo em que vive. O aprendizado não ocorre somente na sala de aula. A escola precisa estar aberta ao que ocorre fora dela. Apren- demos quando ouvimos o canto de um passarinho no par- que, conversamos com um amigo, observamos uma trilha de formigas, vamos ao supermercado, escutamos uma música, admiramos um quadro, assistimos à televisão, lemos histórias em quadrinho. O papel do professor é ligar esse aprendizado não formal com os conteúdos trabalhados na escola. A participação do professor no processo de ensino- -aprendizagem é complexa e merece reflexão. Inicialmente, ele precisa acreditar no que faz e gostar do que faz. Depois, deve assumir que a educação exige compromisso com a hu- manidade e com seus valores. Ele não pode se esquecer de que se constitui em um modelo para seus alunos, nas ações e nas atitudes. Quando indaga e reflete, faz com que seus alunos indaguem e reflitam. Quando respeita a vida e o am- biente, favorece a consolidação desse respeito nos alunos. Quando acredita na importância de viver em sociedade, de forma ética e respeitando a pluralidade cultural, também isso se reflete nos seus alunos, que passam a aceitar a diversidade de seus colegas e a respeitar opiniões divergentes. Como pro- fessores, nossa responsabilidade é grande exatamente pelo fato de que constituímos modelos para nossos alunos. O ensino deve considerar como se processa a aprendi- zagem nos alunos, a importância de uma socialização que possibilite a todos expor o que sabem sobre determinado assunto, a escolha de atividades significativas, o foco nas relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza. 4. Avaliar aplicações e implicações políticas, socioam- bientais e culturais da ciência e de suas tecnologias para propor alternativas aos desafios do mundo con- temporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho. 5. Construir argumentos com base em dados, evidên- cias e informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza. 6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conheci- mentos e resolver problemas das Ciências da Natu- reza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética. 7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade hu- mana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Na- tureza e às suas tecnologias. 8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, au- tonomia, responsabilidade, flexibilidade, re- siliência e determinação, recorrendo aos co- nhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico- -tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. Base Nacional Comum Curricular, 2018, p. 324. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 8 out. 2019. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 7 10/21/19 1:53 PM MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAISVIII competências que se planeja desenvolver, as estratégias a que podemos recorrer, como vídeos, uso da internet, entrevistas com pessoas da comunidade, convites a espe- cialistas, visitas a museus e tantas outras. Em termos históricos, a concepção dotrabalho do professor passou por mudanças radicais nos últimos anos. No passado, o “bom professor” era aquele que dominava o conteúdo de sua disciplina e o transmitia de forma clara. O professor era o agente principal, a “estrela” do evento aula. Hoje, muito mais do que apenas dominar sua espe- cialidade, ele deve ser um facilitador do aprendizado, um mediador, um motivador que leve o aluno a adotar uma postura ativa que resulte em aprendizado. Um aprendiza- do contextualizado com sua realidade e suas necessidades. Mas no que consiste ser um “facilitador do aprendiza- do”? Primeiro, implica pensar em uma seleção de conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais significativos, con- textualizados, relacionados à vivência dos alunos, sobre os quais eles possam se manifestar e relatar seus conhecimen- tos prévios. Consiste na capacidade de o professor proble- matizar os temas propostos, levando os alunos à percepção de que seus conceitos prévios podem não ser suficientes para explicar o problema levantado, de forma que sintam, espontaneamente, a necessidade de se aprofundar no as- sunto. Facilitar o aprendizado também consiste em orientar o aluno a pesquisar informações em fontes diversificadas, que lhes permitam avançar no conhecimento. Implica o pro- fessor propor experimentos, trabalhos de campo, visitas a museus, pesquisas na internet ou em bibliotecas. Relacio- na-se à realização de trabalhos coletivos, em que o aluno colabore, discuta, defenda suas opiniões e aprenda a aceitar a dos colegas. Facilitar o aprendizado está ligado, ainda, à capacidade de o professor organizar o conhecimento, re- colhendo os resultados das pesquisas e dos experimentos, promovendo discussões, orientando as conclusões. Não nos esqueçamos, é claro, das avaliações, proces- sos em que o professor elabora instrumentos diversos em consonância com as atividades realizadas. Elas são impor- tantes tanto para o aluno, que percebe quanto progrediu, como para o professor, que, a partir dos resultados, avalia seu percurso, podendo alterá-lo e corrigi-lo conforme as necessidades, ainda no decorrer do processo. Portanto, hoje em dia, o professor, além de ser o “facilitador do aprendizado”, é um parceiro mais experiente, que favorece a negociação de rota com os alunos. O trabalho com a diversidade étnica A formação do povo brasileiro tem como caracterís- tica marcante a diversidade étnica, manifestada na diver- sidade cultural. O patrimônio cultural nacional tem suas raízes no encontro de três povos oriundos de três continen- tes geográfica, cultural e historicamente muito diversos, a saber: o autóctone indígena, o europeu colonizador e o africano em condições de escravidão. Sabe-se que esse encontro intercontinental é limitado inicialmente aos in- dígenas habitantes do litoral da terra recém-descoberta pelos portugueses, responsáveis por trazer durante três séculos ao novo continente representantes de povos do continente africano na condição de escravos. Posteriormente, motivações econômicas, tanto inter- nas quanto externas, influenciaram na migração de repre- sentantes de outras nações europeias, bem como asiáticas. Essa afluência de povos é responsável pela formação de um rico arcabouço cultural. Uma característica importante da formação da socie- dade brasileira é, portanto, a miscigenação, o que torna mais rica a paleta de cores e típicos físicos do nosso povo e retrata a riqueza de frutos do intercâmbio cultural. As influências culturais dos povos formadores de nos- sa sociedade estão representadas na culinária, nos costu- mes, nas roupas, nas palavras que compõem nossa língua, nos falares regionais. A prática didática, em razão da perspectiva histórica então vigente, negligenciou por muitos anos as contribui- ções dos povos indígenas e africanos na formação social e cultural da sociedade brasileira. Há que se corrigir esse desequilíbrio. Não se trata de apresentar essas etnias como apropriações exógenas, mas de reconhecer que elas são intrínsecas à formação social brasileira. Evidentemente, a adoção de novas práticas exige tempo e esforço para se sedimentar, já que nossa formação acadêmica pode não ter nos instrumentalizado para essa abordagem, mas é necessário empenho e criatividade no uso dos novos ins- trumentos à disposição. É extremamente importante que os professores trabalhem no sentido de alterar as rotas de sua prática. Por isso, não se pode perder as oportunidades que surgirem de incluir em seu curso as várias contribui- ções, visões de mundo, costumes, culinária, entre outros aspectos socioculturais dos povos indígenas e africanos, na busca de uma educação que construa a cidadania. A sala de aula é espaço importante no combate a visões preconcebidas e discriminatórias, uma vez que a escola é um recorte da sociedade, onde convivem crianças, jovens e adultos de origens sociais e culturais diversas. A abordagem da diversidade étnica e cultural na prática pe- dagógica é essencial para a construção de uma sociedade democrática e tolerante. A questão dos afrodescendentes Em 2003, a Lei n. 10 639 incluiu no currículo da rede oficial a obrigatoriedade do ensino de História e cultura 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 8 12/4/17 09:18 MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAIS IX afro-brasileira. Posteriormente, foi incluída nesse currículo História e cultura indígena. Com isso, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e as DCN deram novo impulso para a promo- ção da igualdade étnica na escola e na sociedade brasi- leira. O professor deve, portanto, destacar a importância da aceitação e da valorização das diferentes etnias e suas culturas, especialmente a negra e a indígena, que tiveram grande participação em nossas raízes, de modo a garantir ao aluno a plena integração sociocultural no ambiente em que vive, tornando-o crítico e atuante. Em 2006, o MEC disponibilizou em seu portal um importante documento denominado Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais. Sugerimos a sua leitura para melhor compreensão da questão dos afrodescendentes no Brasil. Além do comparecimento débil nos conteúdos do currículo escolar, há que se en- frentar ainda as questões ligadas ao racismo e ao precon- ceito, fortes componentes do currículo oculto da escola. No referido documento podemos ler “Não nascemos ra- cistas, mas nos tornamos racistas devido a um histórico processo de negação da identidade e de ‘coisificação’ dos povos africanos”. A escola e os professores têm o dever de combater a produção dessas imagens que destroem a autoestima dos afrodescendentes. O trabalho em sala de aula deve, então, incluir o tra- tamento, a discussão da diversidade, o que vai facilitar o processo de ensino-aprendizagem evitando o desinteresse, o baixo aproveitamento e até a evasão escolar dos alunos passíveis de discriminação. Povos indígenas e a etnobotânica Em 1500, época da chegada dos primeiros europeus, o Brasil tinha uma população indígena estimada em 5 mi- lhões, com mais de 200 etnias distribuídas em sua vasta extensão territorial, das quais as mais conhecidas eram as que viviam ao longo do litoral, pelo contato direto com os colonizadores portugueses, além de franceses e ho- landeses. Atualmente a estimativa é de que a população seja de apenas 896 917 indivíduos (Censo IBGE 2010), ocu- pando reservas demarcadas. Essa grande redução indica o quanto os indígenas foram prejudicados desde o início do povoamento até os dias atuais. Houve, ao longo de séculos, extermínio de muitas dessas populações. Atritos entre diferentes etnias indígenas e com os colonizadores; doenças trazidas por estes; trabalho escravo; e, mais re- centemente, invasões e apropriações de suas terras foram fatores determinantes dessa redução. Poderíamos apresentar alguns dados da cultura in- dígena, muito rica em pinturas, artesanato, danças, con- fecção de objetos de uso comum, agricultura, etc. Mas citamos apenas alguns mais conhecidos,que foram as- similados pelas novas populações e se mantêm até hoje. Objetos de madeira (arcos, flechas, canoas); cerâmica (po- tes, panelas); pigmentos para pinturas (genipapo, urucum); trajes e adornos (peles e penas); palha e fibras (esteiras, redes, cestos); construção de moradias; cultivo de mandio- ca, milho, batata-doce, amendoim, feijão, mamão, abóbo- ra, pimenta; conhecimento e coleta de plantas e ervas de uso medicinal. Além disso, há a incorporação de milhares de palavras à língua portuguesa, dando nome a plantas, animais, objetos e lugares. Um ponto de destaque da importância das popula- ções indígenas é que elas, através da mestiçagem, também contribuíram geneticamente para a formação da popula- ção brasileira atual. Sem dúvida, milhões de brasileiros têm boa parcela de DNA indígena. E a etnobotânica? Ela é o conjunto complexo de re- lações de plantas com as sociedades humanas passadas e presentes (Posey, 1986). O conhecimento das plantas pelos indígenas é tão importante que já foi dito que a morte de um pajé é a perda de um precioso arquivo de plantas medicinais. Além disso, muitas delas ainda não conhecidas podem ser extintas, uma perda irreparável da rica biodi- versidade brasileira. A etnobotânica inclui o conhecimento de plantas quanto a nomenclatura, uso e aproveitamento pelas po- pulações indígenas, de inestimável valor para o encami- nhamento de pesquisas em diversas áreas, como agrono- mia, farmacologia, nutrição, medicina e fitoterapia. Um grande número de substâncias que utilizamos para dife- rentes finalidades veio do patrimônio cultural indígena, da etnobotânica, praticada há séculos por essas populações. Citamos apenas alguns exemplos: curare, toxinas da man- dioca, ictiotoxinas, inseticidas naturais; chás, compressas e extratos com princípios ativos de ação digestiva, hepá- tica, diurética, respiratória, cardíaca, emética, calmante, analgésica, antiglicêmica, anti-hipertensiva, antipirética, antitumoral, etc. É importante o respeito aos direitos, a compreensão e a aceitação da diversidade cultural das diferentes etnias, em especial daquelas que muito contribuíram na formação das sociedades atuais em todo o país, não só em relação à etnobotânica, mas também na própria composição ge- nômica do povo brasileiro. A Fundação Nacional do Índio (Funai) é uma agência governamental criada em 1967 para a proteção da cultura indígena e de interesses desses povos. Uma de suas tare- fas é a demarcação de terras indígenas, onde vivem essas populações originais, que têm proteção contra qualquer tipo de interesses alheios a elas. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 9 12/4/17 09:18 MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAISX Além das ações da Funai, há uma preocupação mun- dial quanto aos direitos humanos das populações indíge- nas, o que moveu a Organização das Nações Unidas (ONU) a declarar 1993 o Ano Internacional dos Povos Indígenas. Em seguida, iniciou o preparo do projeto da Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas. Essa declara- ção reconhece não apenas direitos individuais, mas os de uma minoria discriminada. Ela defende os direitos coletivos desses povos quanto a aspectos étnicos e culturais e liga- dos a estrutura social, autonomia, propriedade da terra e usufruto de seus recursos naturais. O trabalho com alunos com baixa visão ou cegos Ao trabalhar temas que envolvem a percepção visual, consideramos que você poderá ter, entre seus alunos, crianças com baixa visão ou cegas. Essa condição não im- pede que tais crianças sejam envolvidas na compreensão do conteúdo que está sendo discutido, na participação e na execução das atividades e em demais propostas ou situações que venham a surgir na turma. Cada um dos alunos apresenta um grande conjunto de características, ou seja, são únicos, particulares. E o mesmo vale para os alunos com alguma deficiência visual, ou seja, esses alunos têm muitas particularidades, carac- terísticas, habilidades e competências que não são afeta- das pela sua deficiência visual. Esses alunos apresentam um conjunto amplo de vários aspectos, entre eles, a de- ficiência visual. Não permita que tal condição relacionada à visão seja o único fator determinante pelo qual você, professor, e os demais alunos, com ele se relacionem e o identifiquem. O exercício constante de reconhecer essa condição entre tantas outras é um fator imprescindível. Por um lado, para que o aluno com deficiência possa ter valorizada e trabalhada uma gama enorme de habilidades e compe- tências. Por outro lado, isso estimulará os demais alunos a aprender a convivência com as diferenças, entre elas a deficiência visual. Dessa maneira, você estará ajudando a formar cidadãos mais acolhedores, mais empáticos, contribuindo para a construção de uma sociedade mais igualitária e justa. Assim como nenhum dos alunos é igual a outro, aquele que tem uma deficiência visual também não é. Os alunos com deficiência visual não são todos iguais só porque possuem a mesma deficiência. Eles têm vivências distintas, vínculos distintos, aprendizagens distintas… E tantas outras marcas que os tornam únicos, como todos os demais alunos da sua turma. Esteja sempre disponível e aberto a conhecer quem são seus alunos, cada um com características únicas, quer apresentem ou não alguma deficiência. Lembre-se sempre de enfatizar a audiodescrição nas atividades que promover com a turma. Você pode orientar os demais alunos da classe a se dedicarem a essa tarefa, envolvendo-os em diferentes momentos de forma que to- dos participem e que essa ação não se restrinja a um ou outro colega. No início seus alunos precisarão de um mo- delo – como em tantas outras aprendizagens – para que se espelhem e aprendam a realizar uma audiodescrição. Você e outros adultos da escola poderão ser esse modelo. Lembre-se de envolver os demais profissionais da escola nessa empreitada. Ensino contextualizado Hoje a palavra “contextualização” faz parte do vo- cabulário da maioria dos professores brasileiros que bus- cam maior aproximação com o mundo do aluno e com conteúdos significativos para ele. É de Galileu Galilei a frase “Ninguém ensina nada a ninguém; o máximo que podemos fazer é ajudar as pes- soas a descobrir as coisas dentro de si mesmas”. Nela está o espírito de um ensino contextualizado. As “coisas” que estão “dentro dos alunos” podem e devem ser exploradas. Quando nós, professores, as levamos em consideração, estamos facilitando a formação de uma ponte entre o mundo do aluno e os resultados que queremos alcançar. Ensinar de forma contextualizada equivale, de fato, a optar por trabalhar com aquilo que faz sentido para o aluno, aquilo que ele vê no noticiário da televisão e na internet, que vivencia em seu cotidiano. Quando os conteúdos são apresentados sem con- texto, perde-se a oportunidade de envolver os alunos com a construção dos conhecimentos e eles não têm como sair da atitude passiva e memorizadora. Ensinar de modo contextualizado é levar o aluno a viver o mun- do e se apropriar dele, levá-lo a uma atitude ativa em que ele possa “descobrir as coisas dentro de si mesmo”, como afirmou Galileu. Trata-se de usar e desenvolver os recursos cognitivos do aluno, muito além da simples me- morização, formando uma rede de ações que levem ao aprendizado significativo. É fundamental que o conteúdo não seja apresentado apenas de forma expositiva e descritiva, em que o alu- no seja mantido apenas como receptor da informação, em atitude passiva. Qualquer tema, idealmente, deveria ser introduzido por alguma atividade por meio da qual se resgatassem as informações que o aluno traz, criando-se, 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 10 12/4/17 09:18 MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAIS XI assim, um contexto que daria um “significado” ao tema em questão, justificando seu estudo. Em alguns casos, é também desejável problematizar o assunto, convidando à reflexão. Perguntas bem colocadas,sem dúvida, promovem o interesse do aluno, que se sente desafiado a mobilizar seus conhecimentos para responder a elas. Esse enfoque é bastante favorecido pelas atividades experimentais, que dão oportunidade aos alunos de levan- tarem suposições, experimentarem, observarem os fatos e fenômenos e chegarem a conclusões. Assim, o aluno será estimulado a aprender mais a respeito, buscando construir explicações satisfatórias. Ao longo do processo, o aluno certamente vai reformular, com- plementar ou até abandonar suas hipóteses iniciais, cons- truindo hipóteses cada vez mais amplas e aprofundadas. Ciências e a interdisciplinaridade As DCN são bastante enfáticas ao destacar a inter- disciplinaridade quando assumem que “todo conhecimento mantém um diálogo permanente com outros conhecimen- tos”. Com relação à organização da matriz curricular, na pá- gina 34 das DCN, além de falar da contextualização, insiste na interdisciplinaridade, que “deve ser constante em todo o currículo, propiciando a interlocução entre os diferentes campos do conhecimento e a transversalidade do conheci- mento de diferentes disciplinas [...]”. Em certa medida, ainda hoje a escola, por questões de organização, tem tratado as disciplinas de forma estanque. Essa organização tem por resultado fazer com que os alunos desenvolvam uma visão fragmentada do conhecimento em “matérias”, como Português, História, Geografia, Matemá- tica, Ciências, etc. Como educadores, no entanto, é importante que te- nhamos em mente o fato de que nossa disciplina dialoga, constantemente, com os outros campos do conhecimento; e, por meio de algumas ações concretas, devemos, sempre que possível, favorecer nos alunos o desenvolvimento dessa visão. De fato, os problemas que o mundo atual nos propõe são sempre questões complexas, cuja compreensão exige, muitas vezes, que recorramos à utilização de mais de uma área do conhecimento. Tomemos, como exemplo, o tema água como um da- queles que favorecem o trabalho interdisciplinar. Ele pode ser trabalhado sob o enfoque da ciência: por exemplo, suas mu- danças de estado, seu ciclo na natureza, sua capacidade de dissolver substâncias, seu alto calor específico – em grande parte responsável por ela ser um ótimo ambiente para muitos seres vivos –, além de seu papel no interior das células vivas e do corpo em geral. O tema água pode ainda envolver o en- foque ambiental, também em uma visão científica – as várias formas de poluição da água e os prejuízos para os ecossiste- mas e a vida em geral. Ou, ainda, envolver o aspecto econô- mico, quando essa poluição prejudica as atividades humanas, como a agricultura, a pesca ou o lazer. Ou geográfico, quando se estuda o regime hídrico da região em que vivemos, por exemplo. O científico se entrelaça com o social, quando exa- minamos a questão do tratamento e da distribuição da água: surgem aspectos como os problemas das populações sem sa- neamento básico e sem acesso à água tratada, a incidência de diarreia e verminoses – o enfoque, aqui, também relacionado às Ciências da Natureza, é tanto o da saúde como o do social, do político e até da ética, já que estão envolvidas decisões de governantes nas políticas de saúde pública. Catástrofes naturais que envolvam a água, como secas prolongadas ou enchentes, e suas consequências sobre as populações atingi- das, permitem tanto um tratamento social como econômico. A terceira versão da BNCC, além da preocupação em “decidir sobre formas de organização interdisciplinar dos componentes curriculares”, também visa a abordagem de temas contemporâneos de maneira transversal e integrado- ra, como podemos observar no trecho a seguir: Por fim, cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como às escolas, em suas respectivas esferas de auto- nomia e competência, incorporar aos currículos e às propostas pedagógicas a abordagem de temas contem- porâneos que afetam a vida humana em escala local, re- gional e global, preferencialmente de forma transversal e integradora. Entre esses temas, destacam-se: direitos das crianças e adolescentes (Lei n. 8 069/1990), edu- cação para o trânsito (Lei n. 9 503/1997), preservação do meio ambiente (Lei n. 9 795/1999), educação ali- mentar e nutricional (Lei n. 11 947/2009), processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso (Lei n. 10 741/2003), educação em direitos humanos (Decreto n. 7 037/2009, Parecer CNE/CP no 8/2012 e Resolução CNE/CP no 1/201221), educação das relações étnico-raciais e ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena (Leis no 10.639/2003 e 11.645/2008, Parecer CNE/CP no 3/2004 e Reso- lução CNE/CP no 1/200422), bem como saúde, vida familiar e social, educação para o consumo, educação financeira e fiscal, trabalho, ciência e tecnologia e diversidade cultural (Parecer CNE/CEB no 11/2010 e Resolução CNE/CEB no 7/201023). Na BNCC, essas temáticas são contempladas em habilidades dos componentes curriculares, cabendo aos sistemas de ensino e escolas, de acordo com suas especificidades, tratá-las de forma contextualizada. Base Nacional Comum Curricular, 2018, p. 19-20. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 8 out. 2019. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 11 10/21/19 1:54 PM MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAISXII Avaliação do aprendizado A avaliação está presente em nosso cotidiano: avalia- mos se está quente ou frio, a qualidade e os preços dos produtos no supermercado, se fomos bem atendidos em um posto de saúde ou em uma agência bancária, que roupa vamos usar, que profissão queremos seguir, etc. Evidentemente, as intenções das várias avaliações que fa- zemos são diferentes. Escolher a roupa não tem a mesma consequência de escolher uma profissão ou de aceitar um emprego. Ainda assim, é uma avaliação. Nosso corpo também se avalia constantemente e de forma automática. Por exemplo, se a temperatura está alta, perdemos água pela pele, através do suor, a água evapora e retira calor de nosso corpo, que baixa a temperatura. Algumas máquinas também contam com sistemas de avaliação. No carro, se a temperatura sobe além de certo grau, a ventoinha do radiador começa a funcionar para esfriar o motor. Alguns automóveis contam com um siste- ma que desliga o motor se seus sensores indicarem uma temperatura em grau prejudicial à sua vida útil. Na escola, avaliamos o processo de ensino-aprendi- zagem para obter dados sobre sua eficácia e desencadear as ações necessárias para correções. Quem avalia os alunos na escola, em geral, é o professor, algumas vezes com o auxílio da equipe pedagógica e de colegas. É ele tam- bém o responsável pelo cotidiano da avaliação durante suas aulas. Assim, a responsabilidade do professor como avaliador deve ser objeto de constante reflexão e, caso necessário, mudança. A avaliação é um processo que deve considerar tan- to o desenvolvimento do aluno, como indivíduo, quanto o percurso do grupo como um todo, coletivamente. Isso auxiliará o professor a compreender o processo de apren- dizagem e possibilitará ajustes no trajeto, de forma a con- templar as necessidades dos alunos, proporcionando assim um aprendizado mais significativo. No Brasil, ainda é comum a falsa crença de que um curso “forte” é aquele que reprova muito. De fato, quando comparado a outros países, o Brasil tem índi- ces altíssimos de repetência. Países que mostram alguns indicadores da educação (pública e privada) superiores aos nossos nos exames internacionais como o Pisa (si- gla inglesa para Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, que avalia estudantes que estão saindo do Ensino Fundamental), tais como Finlândia, Coreia, Taiwan, Japão, Noruega, Dinamarca, Suécia, Suíça, e alguns paí- ses latino-americanos, como o Chile, apresentam índices de retenção muito menor que os brasileiros. Isso por si sójá é suficiente para derrubar o mito do binômio “alta reprovação/curso forte”. Como regra prática, podemos dizer que avaliação e justiça são duas palavras que de- vem andar sempre juntas. Esse binômio (avaliação-justiça) deve fazer parte de nossa cultura escolar. Dentro da escola, a avaliação ocorre em três dife- rentes níveis: avaliação da aprendizagem dos estudantes, avaliação institucional e avaliação do sistema escolar. Por esse motivo se fala em avaliação interna e externa. Ava- liações internas são aquelas feitas por nós, professores, com trabalhos individuais, trabalhos em grupo, arguições orais, etc., que podem culminar em um conceito para cada aluno e servem para diagnosticar a eficiência do proces- so de aprendizagem. Já as avaliações externas, como o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), o Pisa e o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), são promovi- das por entidades externas e servem para avaliar não só o aluno individualmente, mas todo o sistema de ensino. São importantes instrumentos que norteiam políticas públicas em educação e auxiliam os profissionais da área a rever estratégias. Em geral, vêm acompanhadas de questionários socioeconômicos que ajudam nas análises estatísticas que se seguirão. Vamos abordar apenas as avaliações internas, pre- sentes em todas as escolas. Por se tratar de um processo dinâmico, ainda hoje discutimos as melhores maneiras de avaliar os alunos. Será que as notas (processo quantitativo) dão conta de nos revelar quanto eles aprenderam e nos fornecem o feedback necessário para possíveis alterações em nosso planejamento? Será que uma avaliação qualita- tiva tem precisão suficiente para nos apontar resultados? Nos últimos anos, o tema avaliação nunca esteve tão no centro das discussões em educação como agora e as ava- liações externas, que de certa forma criam pressão sobre as escolas, têm contribuído para isso. Já se foi o tempo em que os professores ensinavam apenas conteúdos conceituais e avaliavam em que propor- ção eles tinham sido apreendidos pelos alunos. Trabalha- mos mais do que isso com os alunos: envolvemos também conteúdos procedimentais e atitudinais. Assim, a esfera avaliativa deve abranger esse universo de aprendizado, in- cluindo debates, trabalhos colaborativos, questionamentos que envolvam interdisciplinaridade, cidadania, capacidade de resolver problemas, capacidade de argumentação, cria- tividade, etc. A avaliação é um processo que vai muito além de notas, pois não há como medir, com precisão matemáti- ca, se o aluno cresceu em criatividade, em desenvoltura para falar em público, no respeito aos colegas em um de- bate e também em outras competências. Há sempre em 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 12 12/4/17 09:18 MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAIS XIII jogo fatores ligados à individualidade e às imprecisões de nossas medidas. Isso não significa que não deva haver um esforço para avaliar além dos conteúdos. Ao contrário, o professor pode e deve avaliar de modo contínuo e amplo, a fim de cobrir toda a gama de conteúdos trabalhados. Em nossa sociedade, de um modo geral, ainda é bastante comum as pessoas entenderem que não se pode avaliar sem que os estudantes recebam uma nota pela sua produção. Avaliar, para o senso comum, aparece como sinônimo de medida, de atribuição de um valor em forma de nota ou conceito. Porém, nós, professores, temos o compromisso de ir além do senso comum e não confundir avaliar com medir. Avaliar é um processo em que realizar provas e testes, atribuir notas ou conceitos é apenas parte do todo. Currículo e avaliação (MEC-2007), p. 19. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/ arquivos/pdf/Ensfund/indag5.pdf>. Acesso em: 28 set. 2017. Um importante cuidado que temos de tomar quando se trata de avaliação é evitar que ela se transforme na preocupação principal dos alunos. Ainda que não seja uma tarefa fácil lidar com a ansiedade deles em dias marcados para avaliações, o professor pode minimizar o problema com avaliações mais frequentes e diversificadas e evitar a todo custo dar a elas um caráter punitivo. É preciso deixar claro para os alunos que as avaliações servem, sobretu- do, para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem. Para isso, é preciso que os resultados sejam usados pelo professor para retomar o trabalho e rever seus objetivos, quando necessário, e sirvam para provocar ações positivas nos alunos diante do seu projeto de estudantes. É importante ressaltar que não se pode esperar que todas as competências trabalhadas sejam adquiridas em um mesmo ciclo. Ainda que os objetivos do planejamento já indiquem os itens a serem avaliados, é preciso estabe- lecer as competências imprescindíveis para aquele ciclo na hora de elaborar as avaliações dos seus alunos. Tão importante quanto a avaliação do professor, é a aquela que o aluno faz de sua própria aprendizagem. É preciso que ele perceba o que aprendeu, o que não aprendeu ou ainda tem dúvidas. Incluir o aluno em seu próprio processo de aprendi- zagem é acreditar nele como protagonista de seu saber. Por isso dedicamos em nossa coleção uma seção especial- mente para esse fim. Mais adiante, voltaremos a falar em avaliação, agora pela óptica da nossa coleção. Com base nas reflexões apresentadas anteriormente concebemos a estrutura da coleção, suas seções e a meto- dologia que envolve seu uso pelo professor. Em uma ten- tativa de resumir nosso discurso em algumas palavras e ex- pressões que fazem parte dos objetivos por nós almejados ao planejar a coleção, podemos relacionar as seguintes: contextualização, conteúdos significativos, levantamento dos conhecimentos prévios, problematização, orientação, interdisciplinaridade, autoavaliação, trabalho colaborati- vo, aprendizagem significativa, investigação, domínio de linguagens, convívio social, cidadania, inclusão científica, uso de recursos tecnológicos, capacidade de análise crítica, consciência ambiental, educação científica e outras. Segu- ramente esse conjunto é significativo para a aprendizagem de Ciências. Quando pensamos nossa coleção, esses obje- tivos nos orientaram e as seções refletem nossa intenção de trabalhar com um ou mais objetivos. Foram essas as bases que nos deram a direção para escrever estes livros. Aulas expositivas como única estratégia pedagógica revelaram-se insuficientes, sendo necessárias outras estra- tégias para envolver os alunos e garantir a efetividade da ação pedagógica. Nesse sentido, adotamos em nossa obra uma abordagem que chamaríamos de “pluralista”, que abre espaço tanto para a leitura de textos informativos, acom- panhados da exposição feita pelo professor, como também para atividades variadas que desenvolvam conteúdos con- ceituais, procedimentais e atitudinais. Preservamos, em cada tema, textos com informa- ções e conceitos que permitem desenvolver um curso de Ciências adequado para o Ensino Fundamental nos anos iniciais. Quando se trata de discutir esse conteúdo com os alunos, um instrumento pode ser a exposição feita pelo professor de forma organizada. Não estamos nos referindo àquela exposição formal, do tipo “conferência”, em que Proposta teórico-metodológica da coleção Bases norteadoras e metodologias 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 13 12/4/17 09:18 MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAISXIV somente o professor fala e o aluno escuta; estamos suge- rindo algo mais parecido com um diálogo conduzido pelo professor, em que ele constantemente pergunta, instiga, ouve as respostas e os “palpites” dos alunos e os comenta, reporta-se a conhecimentos anteriores, retoma, resume, enfim, uma atividade que seja a mais dinâmica possível. Há também outros momentos, no decorrer do tra- balho com um tema, em que a exposição “dialogada” de certos assuntos pode ser útil e bem-vinda. Por exemplo, quando se finaliza o estudo de um tema, é a oportunidade de o professor fazer uma síntese eretomar os conceitos apresentados na trajetória do trabalho. Quando o profes- sor organiza uma atividade, seja experimental, seja uma pesquisa, seja um debate, cabe a ele ouvir as estratégias sugeridas pelos alunos. Isso também ocorre quando o professor “recolhe” dos grupos de alunos os resultados obtidos nas atividades de experimentos ou em pesquisas e os organiza na lousa. Nos dois casos, o professor leva a turma a pensar nas conclusões decorrentes. A utilização de uma única abordagem no ambiente da aula, no entanto, é sempre insuficiente. Acreditamos que uma condição necessária para a construção do conhecimen- to pelos alunos consiste na participação mais direta e intensa deles no processo. Quanto maiores forem as oportunidades de os alunos serem protagonistas do aprendizado, e não apenas figuras passivas, maiores serão as probabilidades de esse aprendizado ser significativo. No caso de nossa obra e sua organização, serão descritas a seguir as seções, em termos das estratégias participativas que elas permitem. Em todas as situações de trabalho colaborativo, como realização de experimentos, resolução dos questionamen- tos, atividades de campo ou estudos do meio, situações de visitas ou entrevistas, algumas delas propostas neste Manual, serão desenvolvidas as competências “cidadãs”, como a capacidade de colaborar, participar, aceitar opiniões divergentes, argumentar e se posicionar. Esse aprendizado com certeza propiciará a formação de cidadãos que sai- bam lidar com a diversidade e respeitem a pluralidade. A produção de textos, outra faceta do domínio de linguagens, pode ser incentivada de várias formas, prin- cipalmente para os alunos mais velhos: após um expe- rimento, em resposta aos questionamentos das leituras iniciais e finais, sob a forma de questões abertas (que são todas elas avaliações que acontecem ao longo do processo). Tudo isso contribuirá para o aprimoramento de capacidades linguísticas desenvolvidas pela diversidade de atividades comunicativas. Alguns alunos têm, muitas vezes, dificuldades para se expressar oralmente, particularmente em público. Esse é um atributo que vale a pena desenvolver, sobretudo naqueles alunos mais retraídos. Para isso, a coleção propicia o desen- volvimento das capacidades de oralidade e escuta atenta através das propostas orais e conversas entre os alunos. Em todos os casos que citamos, o professor terá várias oportunidades de avaliar os alunos, em grupo ou individualmente, anotando em fichas atitudes, comporta- mentos, participação, capacidade de expressão, etc. Os próprios alunos também têm algumas oportunidades de fazer uma autoavaliação, ou ainda de avaliar seus compa- nheiros de grupo. Gostaríamos, portanto, de ressaltar que a coleção apresenta estratégias diversificadas, tanto no livro do aluno como neste Manual. Há vários argumentos a favor dessa multiplicidade de recursos. Um deles se apoia no fato de que nem todos os alunos aprendem da mesma maneira e a diversificação pode garantir que todos eles aprendam, de uma forma ou de outra. Vejamos a citação a seguir. Kempa & Martin-Diaz (1990a, 1990b) chegam a dividir em quatro padrões de motivação a preferência dos estudantes pelos modos de instrução da ciência. São eles: 1) os executores, 2) os curiosos, 3) os cumpridores de tarefas, 4) os sociais. Estes últimos são os que mostram maior afinidade por atividades em grupo, enquanto os penúltimos preferem um ensino didático convencional, com experimentos sustentados por instruções. Os segundos acham melhor aprender a partir de livros, por descoberta, e fazer mais atividades práticas. Por final, no caso dos executores, não há identificação de qualquer das preferências anteriores, parecendo que qualquer estilo lhes é indiferente. LABURÚ, Carlos Eduardo; ARRUDA, Sérgio de Mello; NARDI, Roberto. Pluralismo metodológico no ensino de Ciências. In: Ciência e Educação, v. 9, n. 2, 2003, p. 250. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/ciedu/v9n2/07.pdf>. Acesso em: 27 set. 2017. Torna-se recomendável, no ambiente da aula, a exe- cução de atividades as mais variadas possíveis, que possam atender às diversas maneiras de aprender. Para concluir, temos a convicção de que o equilíbrio e a dosagem adequada entre as diversas estratégias possi- bilitadas pela obra – nenhuma delas suficiente por si só –, tais como a exposição por parte do professor, a leitura de textos e de imagens, as oportunidades de expressão oral, a produção de textos, o trabalho colaborativo em experimentos, o estímulo para realizar pesquisas, deverão resultar em aprendizado, tanto de conteúdos, como de procedimentos e de atitudes. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 14 12/4/17 09:18 MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAIS XV Atividades colaborativas Por acaso é de se duvidar que, através da imitação dos adultos e através da instrução recebida de como agir, a criança desenvolve um repositório completo de habilidades? VYGOTSKY. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998. p. 110. Segundo Vygotsky (1896-1934), um indivíduo mer- gulhado na sociedade desenvolve habilidades por meio da interação com o grupo ao qual pertence. Suas ideias embasam ainda hoje o trabalho colaborativo em edu- cação, que são as atividades em grupo, cuja eficácia no desenvolvimento de uma série de habilidades tem sido reconhecida pelos educadores modernos. Para Vygotsky, a constituição dos sujeitos, sua compreensão e o desenvolvimento da inteligência intrapessoal (de- nominação posterior aos seus trabalhos) são mediados pelas relações interpessoais, ou seja, no convívio com os indivíduos de um mesmo contexto social. A própria inteligência interpessoal, como não poderia deixar de ser, desenvolve-se nesse ambiente. Um bom exemplo é o aprendizado da língua que falamos, que se dá de maneira eficiente no decorrer da infância. Mas se, quando adultos, nos dispomos a aprender uma segun- da língua, sentimos dificuldade por não estarmos inse- ridos no convívio de pessoas que falam tal língua. Não é diferente com os demais temas. Quando estamos mergulhados em um grupo, nossas redes cognitivas são ativadas com maior intensidade, resultando em um aprendizado mais efetivo. Grupos colaborativos são aqueles em que todos os componentes compartilham as decisões tomadas e são res- ponsáveis pela qualidade do que é produzido em conjunto, conforme suas possibilidades e seus interesses. Com respeito aos trabalhos colaborativos, sugerimos a leitura do artigo “Entendendo o trabalho colaborativo em educação e revelando seus benefícios”, de Magda Floriana Damiani. Disponível em: <www.scielo.br/ scielo.php?pid=S0104-40602008000100013&script=sci_ abstract&tlng=pt>. Acesso em: 27 set. 2017. Os trabalhos em grupo desenvolvem habilida- des e competências próprias desse contexto: os mais experientes favorecem o aprendizado dos menos ex- perientes e, durante a troca, todos organizam seus conhecimentos. Esses trabalhos também favorecem a autonomia dos alunos. Entre os ganhos da atividade colaborativa, podemos citar: � Socialização (o que inclui aprendizagem de modalida- des comunicacionais e de convivência), controle dos impulsos agressivos, adaptação às normas estabele- cidas (incluindo a aprendizagem relativa ao desempe- nho de papéis sociais) e superação do egocentrismo (por meio da relativização progressiva do ponto de vista próprio). � Aquisição de aptidões e habilidades (incluindo melho- rias no rendimento escolar). � Aumento do nível de aspiração escolar, ou seja, pers- pectiva de continuidade da escolarização. Evidentemente, esse conjunto de sugestões e de resultados esperados deve ser adaptado pelo professor às diferentes faixas etárias. Para trabalhos colaborativos, não se pode esperar de um aluno do 2o ano a mesma desenvoltura de um colega do 5o ano. Mesmo entre nós, professores,o trabalho colaborativo pode ser de grande valia. Temos uma ampla lista de desafios a vencer em nos- so trabalho pedagógico e a soma de nossas inteligências mostra que quase sempre 1 + 1 > 2. Orientações às pesquisas Os alunos não param de aprender quando vão para casa após “bater o sinal da escola”. Eles vivem seu apren- dizado com a família, com os amigos, assistindo a pro- gramas de televisão, ao ler livros e revistas, ao acessar a internet, etc. Por isso, é importante que desenvolvam uma postura investigadora além da sala de aula para am- pliar seus conhecimentos. Isso deve ser uma constante na vida deles e para isso devem ser incentivados desde os primeiros anos escolares. Faz parte desse aprendizado discernir fontes confiáveis e aqui é importante a orienta- ção segura do professor. Assim, orientar os alunos sobre como se faz pesquisa deve ser uma preocupação de to- dos os professores. São muitos os recursos disponíveis para pesquisa: internet, livros, jornais, TV, revistas especializadas, filmes, exposições, museus, supermercados, entrevistas com pais ou responsáveis, profissionais das várias áreas, etc. Para os alunos mais velhos, é possível propor que identifiquem a cada texto consultado a ideia principal do autor, tentem detalhá-la segundo o objetivo proposto e que possam registrá-la com todos os dados disponíveis (primeiro o título, com a fonte, autor, local e data). Na internet, embora a navegação livre seja extre- mamente rica, é preciso saber onde pesquisar e como pesquisar. Se os alunos encontrarem assuntos que lhes 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 15 12/4/17 09:18 MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAISXVI interessam, mas que fogem ao foco da busca, o professor deve orientá-los a anotar os endereços para visitas futu- ras, mas não se deterem a ler nesse momento em que o enfoque é outro. Igualmente importante é construir capacidades pro- cedimentais que possibilitam aos alunos produzir um texto para uma pesquisa. Não se pode exigir de alunos de anos escolares diferentes relatórios com um mesmo padrão. Desenvolver a capacidade de pesquisa em várias fon- tes é, de certo modo, preparar o aluno para a vida. O globalizado e exigente mundo do trabalho de hoje requer profissionais flexíveis, dinâmicos, que transitem em várias áreas e estejam dispostos a aprender sempre para se atua- lizar. Assim, se tivéssemos de eleger a mais importante competência a ser desenvolvida nos alunos, a capacidade de aprender sempre seria forte candidata. Tão importante quanto orientar os alunos para a rea lização de uma pesquisa, ou para uma atividade práti- ca, é também ajudá-los a adquirir a habilidade de relatar, de forma organizada, no que consistiu o trabalho, ou seja, os objetivos da atividade. Além disso, contar quais foram os procedimentos e o material utilizados, os re- sultados obtidos e, por fim, as eventuais conclusões a que a pesquisa ou a atividade permitiram chegar. Embo- ra estejamos sugerindo aqui algumas etapas genéricas, é preciso que fique bem claro que, como professores, nosso nível de exigência quanto ao grau de elaboração desses materiais deverá se manter compatível com a faixa etária dos alunos. De forma simplificada, com o objetivo de organizar o trabalho, sugerimos algumas etapas que poderão orientar os relatórios dos alunos, quando solicitados a fazer uma pesquisa adicional, seja ela experimental, seja na forma de entrevista, de campo, etc. Em algumas das atividades experimentais desta obra, algumas das etapas a seguir são propostas diretamente no experimento. Evidentemente, com o detalhamento e o vocabulário adequados à faixa etária. Introdução Na introdução, os alunos devem relatar, de forma clara, os objetivos da pesquisa ou da atividade realizada. Por exemplo: entrevistar os adultos de casa para verificar quais são os meios de transporte que utilizam para ir ao trabalho. Ou, ainda, no caso de uma atividade prática: simular a ocorrência do dia e da noite no planeta. Ou, quando se trata de resolver, por meio da experimenta- ção, um problema concreto, este poderia ser expresso da seguinte forma: Flutuamos melhor na água do mar ou em uma piscina?. Ainda na introdução, os alunos poderão descrever, quando for o caso, suas hipóteses iniciais em relação ao problema e os indícios que permitiram levantar essas hipóteses. Procedimento e material utilizado Nesta parte do relatório, os alunos devem descre- ver, com o maior detalhamento possível, o modo como a atividade foi realizada. É evidente que, nessa descrição, haverá também lugar para o material que utilizaram na pesquisa ou na atividade. Se, por exemplo, realizaram uma entrevista, deverão relatar de que forma registraram as informações que o entrevistado forneceu: se no caderno, se os depoimentos foram gravados ou filmados, etc. No caso de atividades experimentais, todos os pas- sos da montagem do experimento deverão ser relatados, assim como o material utilizado. Quando se trata de reali- zar observações a intervalos de tempo regulares, como no caso de fenômenos biológicos, deve-se descrever o que se objetivava observar, a periodicidade com que a observa- ção foi realizada, a forma como se registrou as mudanças observadas (por exemplo, por meio de fotografias, dese- nhos ou anotações no caderno). Resultados Quando for o caso, pode-se orientar os alunos a organizar seus resultados, por exemplo, sob a forma de uma tabela que permita visualizar melhor o conjunto de dados obtidos. É importante esclarecer aos alunos um ponto que eles confundem frequentemente: trata-se da diferença entre o que são “resultados” e o que são “con- clusões”. Resultados são respostas a determinadas inda- gações pontuais, por exemplo, o fenômeno que ocorre em cada uma das condições em que um experimento é realizado. A conclusão, ao contrário, é mais ampla: trata- -se de uma generalização, que pode ser feita com base na análise do conjunto de resultados obtidos – seja no experimento, seja na pesquisa. Assim, a conclusão cons- titui uma resposta final àquela indagação mais ampla, proposta na introdução. Conclusões Ainda em relação às diferenças entre os resultados e as conclusões, um exemplo pode ser útil. Quando um aluno mede, em uma atividade, o número de pulsações de um colega em duas situações diferentes (em repouso e após atividade física), ele obtém dois resultados. Por exemplo, 80 pulsações por minuto no primeiro caso, e 145 pulsações por minuto no segundo caso. Quando, após a análise desses resultados, esse aluno afirma que: 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 16 12/4/17 09:18 MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAIS XVII “o número de batimentos cardíacos por minuto é maior após a atividade física do que no repouso”, ele está che- gando a uma conclusão, que representa uma generaliza- ção quanto ao ritmo cardíaco. O momento de elaborar as conclusões também deve ser a oportunidade de os alunos verificarem se suas hipó- teses iniciais foram aceitas ou rejeitadas – isto, é claro, nos casos em que a atividade permitiu levantar hipóteses ini- ciais, com base na problematização de determinado tema. Comentários sobre a atividade Esta etapa pode fazer com que os alunos exerçam sua criatividade, com comentários adicionais sobre o que fizeram sob todos os aspectos que quiserem. Por exemplo, poderão relatar as dificuldades que tiveram ao longo do trabalho, as mudanças no procedimento que porventu- ra introduziram, as sugestões que têm para melhorar a atividade nos seus diversos aspectos. Podem comentar o motivo pelo qual os resultados que esperavam não foram verificados criticando o próprio procedimento e tentando descobrir eventuais falhas. A discussão desses comentários pelo professor com a turma pode constituir um momento de grande riqueza, dando outra dimensão a todo o tra- balho. Em decorrência dela, poderão se originar, eventual- mente, novas problematizações, novas indagações,que exigirão, por sua vez, a montagem e o planejamento de atividades suplementares, o que levará a uma ampliação dos rumos do trabalho original. Bibliografia É de grande valia fazer com que os alunos se habi- tuem a citar no seu relatório, quando for o caso, as fon- tes pesquisadas, sejam elas artigos de jornal, sejam livros, sejam páginas da internet. Em todos esses casos, deverão citar a autoria do material consultado e as datas em que o material foi produzido ou acessado na internet. Nesses anos iniciais, deve-se fornecer, sempre que necessário, al- gumas fontes de pesquisa confiáveis para os alunos, até que adquiram, aos poucos, a autonomia necessária para buscar fontes confiáveis por conta própria. Recursos tecnológicos no aprendizado de Ciências Quando se fala em tecnologia na escola, podemos enxergar pelo menos três vertentes para nossas reflexões: � A tecnologia em nossa vida. � Como funcionam os produtos da tecnologia. � Uso da tecnologia como auxiliar didático para o pro- fessor e para os alunos. Para o primeiro desses itens, já discutido neste Manual, vale lembrar que estamos mergulhados em um mundo tecnológico e que a escola não pode abstrair esse fato. Ao contrário, em todas as disciplinas, mas em especial no curso de Ciências, as discussões sobre os impactos da tecnologia devem estar presentes. O segundo item raramente está presente nos currí- culos das escolas brasileiras, mas pode aparecer espora- dicamente em algumas atividades nas aulas de Ciências, em visitas a indústrias e centros de tecnologia ou ainda em feiras escolares. Trata-se de estudar como as coisas funcionam. Em alguns países, como a Espanha, há, no En- sino Fundamental, uma disciplina voltada para o estudo do funcionamento das máquinas e dos processos, na qual os alunos aprendem na prática alguns dos princípios usados nos produtos tecnológicos. Engrenagens, motores elétri- cos, bombas-d’água e robôs são exemplos de conteúdos dessa disciplina. O terceiro item se refere ao uso de computadores, tablets, celulares e apps (com programas de uso educacio- nal, e-mails, redes sociais, páginas da internet, etc.), labo- ratórios de Ciências, salas de projeção multimídia, TV, etc. como ferramenta didática, tanto pelo professor, na escola, como pelos alunos, em casa. Nestas orientações, na seção Endereços na internet para consulta do professor, colocamos à disposição do professor sites educativos que podem enriquecer suas au- las. Cada um deles tem uma breve descrição. A pesquisa na internet é hoje uma grande aliada dos alunos. Realmente, trata-se de uma gigantesca biblioteca com todo tipo de dados, sobre todos os assuntos. Não se pode prescindir dessa fonte de informações nos dias de hoje. Por outro lado, muitos professores se queixam de al- guns problemas que a internet traz e que não podem ser abstraídos como se tudo fosse “um mar de rosas”. Veja- mos algumas dessas queixas: � Há alunos que fazem seus trabalhos com textos que encontram na internet, na base do “copia” e “cola”, no jargão da Informática, usando Ctrl + C e Ctrl + V. Depois, imprimem, mesmo sem ter lido quase nada. � Há muitos sites com conteúdos impróprios ou com informações de baixas qualidade e credibilidade. � Os alunos se distraem navegando em páginas que não têm relação com a pesquisa que devem fazer. Vamos analisar cada uma dessas preocupações, to- das elas relevantes, mas que não justificam o abandono do uso da internet. A primeira delas aponta para uma 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 17 12/4/17 09:18 MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAISXVIII prática antiga, anterior à internet, em que parte dos alu- nos copiava trechos de livros para compor seus trabalhos de pesquisa. A virtualidade apenas facilitou a cópia, mas não trouxe outra novidade negativa além dessa. Eviden- temente, a cópia pura e simples não é desejável. Todas as orientações devem conduzir para que os trabalhos tenham uma estrutura própria criada pelo aluno e com a necessária coerência, o que só pode acontecer se houver contribui- ções significativas dele nessa estrutura. Para isso, o aluno deve ser motivado. Um modo de avaliar o envolvimento dos alunos com os trabalhos de pesquisa em livros e na internet é usar o modelo de seminários, nos quais os alunos tenham de apresentar para a classe um resumo de suas pesquisas e das conclusões a que chegaram. Poderão também respon- der aos questionamentos dos colegas. Sugerimos que para os trabalhos de pesquisa na internet sejam escolhidos os temas que mais interessam a eles, porque assim a motiva- ção estará garantida. A segunda preocupação é, como as demais, perti- nente. Realmente, toda a sociedade está representada na internet, desde os mais bem-intencionados aos mais de- sonestos. Há nela textos bem escritos com informações corretas; há também textos pobres, repletos de erros e com informações que não procedem. Vamos encontrar uma grande quantidade de páginas que trazem conteú- dos inadequados para crianças, sejam eles politicamente incorretos, sejam a serviço do comércio consumista. Aí entra a importância do professor como educador, como orientador da educação de seus alunos. Cabe a ele forne- cer sites confiáveis e/ou ajudar na análise daqueles que os alunos encontraram. Sem medo de errar, podemos dizer que não era muito diferente na era pré-internet, quando podíamos encontrar uma grande quantidade de livros de baixa qualidade ou com informações de pouca credibilida- de. Evidentemente, a facilidade de acesso às informações, boas e ruins, aumentou muito com o aparecimento da internet, mas, mais uma vez, ela não trouxe novidades negativas além dessa. A terceira preocupação tem a ver com a necessidade de os alunos aprenderem a focar suas pesquisas. Sem esse foco, é possível que não cheguem às conclusões daquilo que estão procurando. Uma solução é trabalhar com eles a eficiência na busca de informações. Contudo, é importante considerar que o desejo de conhecer novas páginas não chega a ser um problema. Essa maneira não linear de aprender é característica dos jovens de hoje; eles vão atrás de suas curiosidades e certamente estão apren- dendo mesmo enquanto divagam. Ainda assim, lembramos outra vez mais, é importante alertá-los para que haja certa disciplina como meio para atingir determinados fins. Esta preocupação está ligada ainda à nossa ideia de “sociedade da aprendizagem” rumo à “sociedade do co- nhecimento”. Essa dificuldade não é só dos alunos, mas de todos nós. A grande quantidade de informações que encontramos na rede mundial tem de ser trabalhada, amarrada, repensada, reconstruída e até abandonada, em alguns momentos, para gerar conhecimento. Aqui, uma vez mais, surge o papel do professor orientador, aquele que vai ajudar os alunos na construção de conhecimentos, frente a um rolo compressor de informações. Todas essas dificuldades com o uso educacional da internet devem ser vistas como desafios pedagógicos de nosso tempo e não apenas julgadas pelos seus aspectos negativos. A internet veio para ficar, cada vez mais pessoas têm acesso a ela, cada vez mais as relações entre as pes- soas envolvem um mediador tecnológico e não é razoável que a escola, que vai um dia devolver seus alunos à co- munidade, simplesmente ignore esse mundo novo, apenas em função das complicações e dificuldades que ele pode trazer à nossa tarefa. Além do uso da rede mundial, até um computador não conectado é de grande valia para nosso trabalho como professores. Aulas podem ser preparadas com apresenta- ções multimídias, quando houver condições na escola. Os próprios alunos podem fazer uso de programas de apre- sentação para seus trabalhos e seminários. Somando-se aos evidentes ganhos nos resultados imediatos, precisamos considerar que os alunos estão se preparando para a vida adulta e que essas ferramentas são comuns no mundo do trabalho. Cabe à escola iniciá-los nessa preparação. A avaliação na prática Como jádissemos, a avaliação da aprendizagem es- colar é um recurso pedagógico útil e necessário para auxi- liar professor, aluno e a própria escola. Quando o professor avalia a aprendizagem do aluno, coleta dados que podem reorientar seu processo de ensino. O professor precisa ter clareza de que não é o único responsável pela aprendiza- gem dos alunos, por isso precisa incluir todos os que fa- zem parte do processo de aprendizagem, a começar pelo próprio aluno. Avaliar inclui diagnosticar, o que implica verificar o que o aluno já sabe. Para isso, se prestam, por exemplo, as questões de abertura das unidades. É preciso também observar os alunos e fazer registros sobre habilidades que eles têm. Com esses dados, o professor poderá planejar 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 18 12/4/17 09:18 MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAIS XIX estratégias para desenvolver essas habilidades. Isso pode ser feito com base no que o aluno responde nas atividades propostas, nas opiniões que emite, nos trabalhos em gru- po, na realização de experimentos e também em provas escritas. Com os dados em mãos, é hora de planejar o que fazer. É importante compartilhar com os alunos os objetivos a alcançar, ou seja, o que se espera que eles aprendam e que habilidades se espera que desenvolvam ao final de cada etapa. Os objetivos de cada unidade se encontram na parte específica deste Manual. Também é fundamental variar os instrumentos utili- zados para avaliar o aluno, mas mais importante ainda é como eles serão utilizados. Quando o professor der um retorno para o aluno sobre sua aprendizagem, através de um dos instrumentos utilizados, deve usar uma linguagem descritiva e não com juízo de valor. É preciso falar do tra- balho feito e não do aluno. Dessa maneira, pode-se dizer o que foi aprendido e o que faltou em determinado trabalho ou em determinada questão. Pontualmente nesse aspecto vale destacar a seção Autoavaliação que finaliza todas as Unidades trabalhadas. Orientar os alunos a pensar sobre o que aprenderam e comparar com aquilo que sabiam antes é imprescindível para encaminhá-los no processo de autoavaliação. A autoavaliação pode e deve ser aprendida e, ao se defrontar com tópicos pontuais perguntando so- bre o que foi aprendido, o aluno terá a oportunidade de exercitar a habilidade de se autoavaliar. Dar apenas uma nota numérica ou conceitual não esclarece para o aluno o que ele sabe e o que não sabe. O processo de avaliação precisa ajudar o aluno a perceber o que e como ele apren- de. Cada instrumento de avaliação deverá fornecer dados para o próprio aluno se localizar no processo, propiciar intervenções e guiar o seu olhar e o do professor. Avaliação não é juízo de valor, e sim coleta de informação a fim de ajustar e aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem, conforme Teresa Esteban e J. F. Silva (2004). Avaliar o aluno deixa de significar um julgamento sobre a aprendizagem dele para servir de modelo capaz de revelar o que ele conseguiu aprender, os caminhos percorridos para alcançar o conhecimento, além de mostrar o que ele ainda não sabe e quais suas possibilidades de avanço. Embora haja por parte do professor o desejo de ser justo ao avaliar, é preciso ter clareza de que a avaliação é sempre subjetiva. Um mesmo instrumento pode receber diferentes notas ou conceitos se utilizado por professores distintos e até mesmo pelo mesmo professor em dias diferentes. Os instrumentos que utilizamos devem ter linguagem clara, de forma que o aluno não tenha dúvidas sobre o que está sendo solicitado. Quando as provas escritas são utilizadas como forma de avaliação, propomos algumas estratégias: � Pedir aos alunos que façam coletivamente o levanta- mento dos assuntos que poderão fazer parte da pro- va. Isso ajudará o professor a perceber o que eles já sabem. Conteúdos não apontados pelos alunos são, provavelmente, aqueles que eles não sabem. � Solicitar aos grupos que elaborem questões que consi- derem poder fazer parte da prova. Trocar as questões entre os grupos e discutir suas soluções. Utilizar uma das questões ao elaborar a prova. � Dar aos alunos a oportunidade de revisarem a prova uma vez realizada. Os alunos que tiverem dúvida vão buscar a solução e isso ajudará na aprendizagem. � Após a correção da prova, selecionar uma questão cuja resposta tenha causado mais dúvidas na turma. Pedir aos alunos que, em grupo, avaliem cada uma das res- postas dadas e escolham qual é a correta, justificando o que está errado nas demais. Com alunos dos anos iniciais isso poderá ser feito coletivamente e de forma oral. Isso também promove a aprendizagem. As próprias atividades, as pesquisas e os experi- mentos sugeridos no livro do aluno podem ser utiliza- dos como instrumento de avaliação pelo professor para que possa verificar como está o trabalho e planejar sua continuidade. Desenvolvimento de habilidades e a BNCC Na BNCC, as competências específicas de cada com- ponente curricular seguem uma orientação comum desde os anos iniciais até os anos finais do Ensino Fundamental. Para garantir o desenvolvimento das competências específicas, cada componente curricular divide-se em Uni- dades temáticas, que apresentam seus respectivos Objetos de conhecimento e desenvolvem diferentes habilidades. De acordo com a BNCC, entende-se que “As habilida- des expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asseguradas aos alunos nos diferentes contextos escolares.” 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 19 12/4/17 09:18 MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAISXX As habilidades são identificadas por códigos alfanu- méricos, que apresentam a seguinte função: Vale destacar que o uso de numeração sequencial para identificar as habilidades de cada ano ou bloco de anos não representa uma ordem ou hierarquia esperada das aprendizagens. A progressão das aprendizagens, que se explicita na comparação entre os quadros relativos a cada ano (ou bloco de anos), pode tanto estar relacio- nada aos processos cognitivos em jogo – sendo expressa por verbos que indicam processos cada vez mais ativos ou exigentes – quanto aos objetos de conhecimento – que podem apresentar crescente sofisticação ou complexidade –, ou, ainda, aos modificadores – que, por exemplo, podem fazer referência a contextos mais familiares aos alunos e, aos poucos, expandir-se para contextos mais amplos. Base Nacional Comum Curricular, 2018, p. 31. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 8 out. 2019. No caso da disciplina Ciências, a BNCC adotou três Unidades temáticas que se repetem em todos os anos do Ensino Fundamental. A manutenção dessas três Unidades temáticas ao longo do Ensino Fundamental objetiva a con- tinuidade das aprendizagens e da integração dos Objetos de conhecimento nos nove anos de escolarização, sendo de extrema importância que elas se desenvolvam de forma integrada. Veja um exemplo para o tema saúde: para que o estudante compreenda saúde de forma abrangente, e não relacionada apenas ao seu próprio corpo, é necessário que ele seja estimulado a pensar em saneamento básico, geração de energia, impactos ambientais, além da ideia de que medicamentos são substâncias sintéticas que atuam no funcionamento do organismo. Base Nacional Comum Curricular, 2018, p. 329. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 8 out. 2019. Além do trabalho anual com as três Unidades temáti- cas, observa-se a progressão no desenvolvimento das ha- bilidades de um ano para o outro. Por exemplo, considere o Objeto de conhecimento “Material” trabalhado no eixo temático “Matéria e energia” e compare as habilidades no 1o, 2o, 4o, e 5o anos. Observe que cada uma das habilidades apresenta um verbo diferente que define um procedimento comum da ciênciaou uma etapa específica do processo investigativo, além do conhecimento conceitual científico. [1o ano] Comparar características de diferentes mate- riais presentes em objetos de uso cotidiano, discutindo sua origem, os modos como são descartados e como podem ser usados de forma mais consciente. [2o ano] Identificar de que materiais (metais, madei- ra, vidro etc.) são feitos os objetos que fazem parte da vida cotidiana, como esses objetos são utilizados e com quais materiais eram produzidos no passado. [2o ano] Propor o uso de diferentes materiais para a construção de objetos de uso cotidiano, tendo em vista algumas propriedades desses materiais (flexibilidade, dureza, transparência etc.). [4o ano] Testar e relatar transformações nos materiais do dia a dia quando expostos a diferentes condições (aquecimento, resfriamento, luz e umidade). [5o ano] Explorar fenômenos da vida cotidiana que evidenciem propriedades físicas dos materiais – como densidade, condutibilidade térmica e elétrica, respostas a forças magnéticas, solubilidade, respostas a forças mecânicas (dureza, elasticidade etc.) entre outras. Base Nacional Comum Curricular, 2018, p. 333-341. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 8 out. 2019. Esse mesmo raciocínio pode ser realizado para outros Objetos de conhecimento da componente curricular de Ciências a fim de reconhecer a progressão das habilidades ao longo dos anos. Caberá ao professor reconhecer a me- lhor maneira de trabalhar as habilidades previstas dentro de cada ano do Ensino Fundamental, garantindo o desen- volvimento das competências específicas e o preparo para a retomada desses objetos nos anos finais desse segmento. A estrutura da coleção Organização da coleção A coleção é dividida em unidades, sendo o volume do 1o ano composto de 4 unidades, e os volumes do 2o, 3o, 4o e 5o ano compostos de 9 unidades. Seções e boxes Cada unidade cria situações em que o aluno realiza atividades: expõe suas ideias, lê textos de diferentes lingua- gens, investiga, preenche tabelas, escreve, desenha. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 20 10/21/19 1:54 PM MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAIS XXI Essas atividades começam na abertura da unidade e permeiam todo o desenvolvimento do conteúdo, em especial nas seções: Agora é com você, Vamos investigar, Vamos falar sobre..., Autoavaliação e Conectando saberes. Além dessas, a coleção também apresenta a seção Su- gestões, na qual os alunos encontram recomendações de li- vros, vídeos, músicas e sites relacionados ao tema da unidade. As partes da unidade que podem ser consideradas texto de teoria têm o papel de organizar os conteúdos básicos e foram elaboradas de acordo com a faixa etária dos alunos. Conheça seu livro No início do livro, as seções que descrevemos a seguir são apresentadas em linguagem adequada à faixa etária a que se destina à coleção. Sugerimos fazer a leitura compartilhada dessas pági- nas antes de começar o trabalho. À medida que for apre- sentando cada seção, peça aos alunos que folheiem o livro, procurando diferentes exemplos de cada uma. É importante que os alunos compreendam a estrutura do livro, pois assim ficarão à vontade no seu manuseio. Ao fazer a apresentação, não se esqueça de men- cionar o Sumário. É importante que os alunos saibam sua função e utilizem-no. Ao lado de muitas ilustrações, há selos com as indi- cações “Cores artificiais”, “Esquema simplificado”, “Ele- mentos não proporcionais entre si”. Oriente os alunos a respeito do significado dessas indicações: � “Cores artificiais” significa que as cores da ilustração não são as reais e são usadas para facilitar a visua- lização. � “Esquema simplificado” significa que o que vemos é uma simplificação da realidade. � “Elementos não proporcionais entre si” significa que as proporções não são reais. Para facilitar a compre- ensão dos alunos, peça a eles que imaginem uma mosca e um elefante. Se representássemos na página do livro a mosca em seu tamanho real, seria impos- sível representar o elefante de forma proporcional. Além dessas informações, inserimos nas legendas das fotografias de seres vivos o tamanho médio dos animais ou das plantas. Preferencialmente, a medida apresentada corresponde ao maior eixo, seja ele a altura, a largura, o diâmetro ou a envergadura. Em alguns casos, esse detalhamento está direciona- do apenas ao professor, na parte de orientações espe- cíficas deste Manual, com indicações de como trabalhar as referências de medida durante a aula. Abertura da unidade A abertura de cada unidade traz uma ou duas ima- gens e questões que exploram as imagens e temas cor- relatos. Assim, inicia-se uma conversa conduzida pelo professor, com a participação de todos os alunos, com o objetivo tanto de levantar os conhecimentos prévios quan- to de motivá-los para o assunto da unidade. Vale aqui ressaltar que nem todos os alunos parti- cipam e se envolvem nos debates, mesmo quando estão curiosos ou interessados no assunto. Por vezes são alunos mais introvertidos, ou que não se sentem suficientemente seguros para falar em voz alta, com todo o grupo ouvin- do-os. Cabe ao professor observar cada situação e avaliar os momentos nos quais pode propiciar de forma tranquila e acolhedora também a participação desses alunos. A ha- bilidade de falar e de ouvir é importante para o convívio, as aprendizagens e as atividades realizadas em grupo. Ao responder às questões, a vivência de cada aluno é compartilhada com seus colegas e constrói-se uma “pon- te” entre essa vivência e o tema da unidade. Agora é com você Nesta seção, o aluno vai ler textos em várias lingua- gens (reportagens, poemas, artigos, gráficos, músicas, ma- pas, tabelas, charges, HQs). Algumas atividades exigem a aplicação de conteúdos dos textos informativos, outras trabalham o mesmo assunto, indo um pouco além. Assim, a seção resgata aprendizados e propicia uma expansão dos conhecimentos, com situações novas. Essas atividades oferecem oportunidades para o de- senvolvimento da habilidade de lidar com linguagens de diversas categorias, tanto textual como gráfica. Vale lem- brar que desenvolver essa habilidade é fundamental, pois avaliações oficiais como Saeb e Pisa têm mostrado que, nesse quesito, a educação em nosso país ainda está longe do ideal. Vamos investigar O foco desta seção é fazer com que o estudo das Ciên cias propicie vivências nas quais os alunos sejam capa- zes de fazer suas próprias descobertas. Além da função de facilitar e motivar a aprendizagem, as atividades realizadas pelos próprios alunos estão ligadas à ideia de “aprender a fazer”, um dos famosos quatro pilares da educação pro- postos pela Unesco. Na realidade, o verbo “investigar” tem para nós, neste contexto, um significado bastante amplo. Pode compreen- der da simples observação até a análise de determinados fenômenos. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 21 12/4/17 09:18 MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAISXXII Investigar também pode significar a montagem de um modelo que se destine a simular ou reproduzir determinado fenômeno. Por exemplo, a montagem de modelos que simu- lem o movimento da Terra sobre si mesma, com ocorrência do dia e da noite, e dela ao redor do Sol, ao longo de um ano. Investigar pode, em certos casos, implicar atividades mais sofisticadas no seu conjunto. Há, em alguns momen- tos da obra, situações favoráveis em que algumas etapas do método científico podem ser reconhecidas, mesmo que o nome de cada uma delas não seja formalizado para os alunos. A partir da observação da existência de um de- terminado problema, os alunos podem ser estimulados a levantar hipóteses baseadas em fatos que já conhecem. Em seguida, pode ser sugerida a montagem de um ou mais experimentos, cujo papel será a verificação da validade dessas hipóteses. A observação e anotação dosresultados levarão a conclusões finais em que as hipóteses iniciais poderão ser, finalmente, rejeitadas ou aceitas. Vamos dar um exemplo. Quando são estudados os tipos de solo, o aluno dispõe da informação de que eles normalmente são constituídos de uma mistura de grãos de argila, muito pequenos, e de areia, maiores. Um problema que pode ser proposto aos alunos é a questão da facilidade com que a água passa pela argila, pela areia ou pela terra de jardim. As hipóteses dos alunos, mais do que meros “palpi- tes” ou opiniões, poderão se basear no fato de que os grãos de areia, por serem maiores, mantêm espaços grandes entre si, enquanto na argila, em outro extremo, os elementos têm espaços pequenos entre si, e a terra de jardim, por ser uma mistura, tem espaços intermediários. Assim, a argila deveria “reter” a água mais do que a terra de jardim, que deveria retê-la por mais tempo do que a areia, que a água atraves- sa com maior facilidade. Alguns experimentos simples e a observação dos resultados permitirão, sem muito esforço, testar as hipóteses iniciais. Vale dizer que esse fato pode ter aplicações práticas. Certas plantas, cujas raízes não “se dão bem” com muita água, crescem melhor em solos arenosos do que em solos argilosos, exatamente pelo fato de que aqueles solos não retêm a água por muito tempo. Glossário Em todo o livro, é fundamental que o aluno com- preenda o significado das palavras, seja com a ajuda do professor, seja consultando o dicionário. Termos pouco conhecidos mereceram, no próprio texto, uma explicação em um pequeno glossário, que deverá facilitar a leitura, tornando-a mais fluente. Caso os alunos, ao longo do ano letivo, venham a elaborar um “dicionário da turma”, considere a possibi- lidade de incluir as palavras do glossário nesse dicionário construído por todos. Vamos falar sobre... Esta seção apresenta textos que ampliam o conteú- do que está sendo trabalhado relacionando-os com temas atuais e atrelados ao cotidiano do aluno, que também con- tribuem com a formação cidadã, como direitos humanos, direitos dos animais, preservação do meio ambiente, edu- cação financeira e cidadania. O trabalho com esta seção também é uma excelente oportunidade para que os alunos desenvolvam habilidades de comunicação, já que ele também será convidado a res- ponder a algumas questões oralmente e, eventualmente, a expor sua opinião sobre determinado assunto. Alguns alunos têm dificuldade para se expressar em público. Esse é um atributo que vale a pena desenvolver, sobretudo nos jovens mais retraídos. Conectando saberes Esta seção apresenta temas relevantes e interessan- tes que possuem conexão com o assunto que está sendo trabalhado. Tem, dessa maneira, a função de ampliar o conhecimento que o aluno está adquirindo, fazendo-o re- fletir a partir de uma perspectiva diferente. Os temas podem abrigar diversas áreas do conheci- mento, promovendo uma integração das diferentes disci- plinas, ou, ainda, promover a formação cidadã. Com um visual atrativo, marcado por fotos e ilustra- ções interessantes, o trabalho com esta seção, que con- tém, ainda, algumas atividades orais e/ou dissertativas, poderá ser bastante rico e prazeroso para os estudantes. Autoavaliação Várias pesquisas mostram a importância da autoava- liação, pois ela vai ao encontro de uma necessidade atual, que é a de aprender a aprender. Alunos de qualquer idade são capazes de dizer o que aprenderam e o que não apren- deram. Utilizar esse instrumento pode ajudar professor e aluno a melhorar o processo de ensino e aprendizagem. A autoavaliação é um instrumento que pode acom- panhar os alunos durante a vida escolar. Trata-se essencial- mente de se observar e considerar com atenção e cuidado as diversas habilidades que compõem tanto a aprendizagem como as posturas na realização de atividades diversas, a relação interpessoal, a cooperação com o grupo, o envol- vimento, a participação, entre outras. Permite otimizar e ampliar as futuras conquistas dentro do processo de ensino- -aprendizagem, como solidificar a autonomia e a cidadania. É importante que a autoavaliação aconteça de forma constante, para que o aluno se aproprie dela e a utilize cada vez mais a seu favor, ajudando-o a refletir sobre sua 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 22 12/4/17 09:18 MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAIS XXIII própria aprendizagem e, a partir das constatações feitas, a crescer e aprender. Ao final de cada unidade apresentamos uma ficha de autoavaliação que contempla as expectativas de aprendi- zagem de cada unidade. É importante que os alunos sejam orientados ao preencher a ficha e se sintam acolhidos, sabendo que não serão julgados, mas sim auxiliados, caso não tenham conseguido alcançar determinado objetivo. Destaque que os objetivos a serem alcançados cons- tituem aprendizagens que eles podem constatar ou não dentro do seu domínio e que não está em julgamento a pessoa do aluno. Orientar os alunos a reconhecer quando uma aprendizagem não está consistente é importante para que um novo caminho seja traçado, haja uma mudança de rumo, garantindo que tal aprendizagem será apropriada de forma intensa. Sugerimos ainda que o momento do preenchimen- to da ficha de autoavaliação seja utilizado para conversar com os alunos sobre a suma importância do respeito e da solidariedade que deve existir entre os colegas de classe. Sugestões Há quatro categorias de sugestões: Para ler (livros), Para acessar (sites), Para assistir (vídeos) e Para ouvir (música). A ideia é fazer com que o aluno perceba as várias formas de “enxergar” determinado assunto. Na última página de cada volume há uma lista com alguns dos livros que os autores consultaram para escrever a coleção. Explique aos alunos que os autores leram muito mais do que os livros citados e que quase todos estão no Manual do Professor. Organização dos volumes Nos quadros a seguir estão apresentadas as unidades de cada volume, bem como os Objetos de conhecimento e a Unidade temática a que se referem. 1 o ano Unidade Nome Unidade temática Objetos de conhecimento 1 Como eu sou, como nós somos Vida e evolução Corpo humano Respeito à diversidade 2 Você e o seu corpo 3 Vamos contar o tempo? Terra e Universo Escalas de tempo 4 Um mundo de objetos! Matéria e energia Características dos materiais 2 o ano Unidade Nome Unidade temática Objetos de conhecimento 1 Seres vivos: animais e plantas Vida e evolução Seres vivos no ambiente Plantas 2 Como são as plantas? 3 Onde habitam os seres vivos? Ambientes4 Os ambientes podem ser modificados? 5 Cuidando dos ambientes 6 Do que os objetos são feitos? Matéria e energia Propriedades e usos dos materiais Prevenção de acidentes domésticos 7 Como usamos os objetos 8 De onde vem a sombra? Terra e Universo Movimento aparente do Sol no céu O Sol como fonte de luz e calor 9 O Sol que nos aquece 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 23 10/21/19 1:54 PM MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAISXXIV 3 o ano Unidade Nome Unidade temática Objetos de conhecimento 1 Locomoção e nutrição Vida e evolução Características e desenvolvimento dos animais 2 Revestimento e reprodução 3 Diversidade animal: os vertebrados 4 Diversidade animal: os invertebrados 5 Nosso corpo se movimenta 6 Como percebemos o mundo Matéria e energia Produção de som Efeitos da luz nos materiais Saúde auditiva e visual7 Eu me comunico com o mundo 8 Por dentro da Terra Terra e Universo Características da Terra Observação do céu Usos do solo9 O solo 4 o ano Unidade Nome Unidade temática Objetos de conhecimento 1 De onde vem a energia dos seres vivos? Vida e evolução Cadeias alimentares simples Microrganismos 2 Mundo microscópico e saúde humana 3 Biomas brasileiros – Parte 1 Biomas brasileiros 4 Biomas brasileiros – Parte 2 5 Misturas Matéria e energia Misturas Transformações reversíveis e não reversíveis6 A energia transforma 7 Tempo, distânciae velocidade Medidas de tempo, distância e velocidade 8 O Sol como referência de tempo e de localização Terra e Universo Pontos cardeais Calendários, fenômenos cíclicos e cultura 9 O Sol e as estações do ano 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 24 12/4/17 09:18 MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAIS XXV 5o ano Unidade Nome Unidade temática Objetos de conhecimento 1 Eu me alimento Vida e evolução Nutrição do organismo Hábitos alimentares Integração entre os sistemas digestório, respiratório e circulatório 2 Eu respiro 3 Sangue: distribuição de nutrientes e eliminação de resíduos 4 Água, um recurso natural Matéria e energia Ciclo hidrológico 5 Fontes de energia elétrica Energia elétrica 6 Os materiais e o meio ambiente Propriedades físicas dos materiais Consumo consciente Reciclagem 7 Saneamento básico Vida e evolução Necessidade de saneamento básico 8 O Sistema Solar Terra e Universo Constelações e mapas celestes Movimento de rotação da Terra Periodicidade das fases da lua Instrumentos óticos 9 Ampliando nossos sentidos Material digital do professor Complementa o trabalho desenvolvido no material impresso, com o objetivo de organizar e enriquecer o trabalho docente, contribuindo para sua contínua atualização e oferecendo subsídios para o planejamento e o desenvolvimento de suas aulas. Nesse material, você encontrará: � orientações gerais para o ano letivo; � quadros bimestrais com os objetos de conhecimen- to e as habilidades que devem ser trabalhadas em cada bimestre; � sugestões de atividades que favoreçam o trabalho com as habilidades propostas para cada ano; � orientações para a gestão em sala de aula; � proposta de projetos integradores para o trabalho com os diferentes componentes curriculares; � sequências didáticas para ampliação do trabalho em sala de aula; � propostas de avaliação. Objetivos para o ano letivo No quadro da página seguinte estão apre- sentadas as unidades deste volume da obra, bem como as habilidades trabalhadas em cada uma delas. As habilidades previstas na BNCC são precedidas do código de identificação, cuja composição é explicada no quadro ao lado. Note que em algumas unidades não são traba- lhadas habilidades previstas na BNCC: nessas unida- des são abordados conteúdos adicionais aos previs- tos na BNCC. Ao estudar esses conteúdos, os alunos também estão, obviamente, desenvolvendo uma sé- rie de habilidades que complementam, enriquecem ou favorecem as habilidades previstas na BNCC. Base Nacional Comum Curricular, 2018, p. 30. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_ EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 8 out. 2019. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra EF67EF01 O primeiro par de letras indica a etapa de Ensino Fundamental. O primeiro par de números indica o ano (01 a 09) a que se refere a habilidade, ou, no caso de Língua Portuguesa, Arte e Educação Física, o bloco de anos, como segue: O segundo par de letras indica o componente curricular: AR = Arte CI = Ciências EF = Educação Física ER = Ensino Religioso GE = Geografia HI = História LI = Língua Inglesa LP = Língua Portuguesa MA = Matemática O último par de números indica a posição da habilidade na numeração sequencial do ano ou do bloco de anos. Língua Portuguesa/Arte Língua Portuguesa/Educação Física 15 = 1o ao 5o ano 69 = 6o ao 9o ano 12 = 1o e 2o anos 35 = 3o ao 5o ano 67 = 6o e 7o anos 89 = 8o e 9o anos 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 25 10/22/19 4:31 PM MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAISXXVI Os Objetos de conhecimento do 2o ano se propõem a estudar: � algumas propriedades e finalidades dos materiais do presente e do passado; � os possíveis acidentes domésticos; � características dos animais e das plantas, ressaltando o desenvolvimento das plantas e suas principais partes; � a importância do Sol nas superfícies do planeta ao longo do dia, analisando a formação da sombra nos objetos. Legenda: Eixo Vida e evolução Eixo Matéria e energia Eixo Terra e Universo 2 o ano Unidade Nome Habilidades trabalhadas 1 Seres vivos: animais e plantas (EF02CI04) Descrever características de plantas e animais (tama- nho, forma, cor, fase da vida, local onde se desenvolvem etc.) que fazem parte de seu cotidiano e relacioná-las ao ambiente em que eles vivem. 2 Como são as plantas? (EF02CI06) Identificar as principais partes de uma planta (raiz, caule, folhas, flores e frutos) e a função desempenhada por cada uma de- las, e analisar as relações entre as plantas, o ambiente e os demais seres vivos. (EF02CI05) Investigar a importância da água e da luz para a manu- tenção da vida de plantas em geral. 3 Onde habitam os seres vivos? Observar e classificar os ambientes. Identificar os componentes dos ambientes. Diferenciar elemento vivo de elemento não vivo. 4 Os ambientes podem ser modificados? Reconhecer a diferença entre ambientes naturais e ambientes mo- dificados. Reconhecer alguns exemplos de ambientes modificados e identificar algumas consequências das modificações dos ambientes. 5 Cuidando dos ambientes Reconhecer a importância de cuidar dos ambientes e da água, iden- tificando ações que contribuem para sua preservação. Identificar ações que contribuem para o tratamento do lixo. 6 Do que os objetos são feitos? (EF02CI01) Identificar de que materiais (metais, madeira, vidro, etc.) são feitos os objetos que fazem parte da vida cotidiana, como esses objetos são utilizados e com quais materiais eram produzidos no passado. 7 Como usamos os objetos (EF02CI02) Propor o uso de diferentes materiais para a construção de objetos de uso cotidiano, tendo em vista algumas propriedades desses materiais (flexibilidade, dureza, transparência etc.). (EF02CI03) Discutir os cuidados necessários à prevenção de aciden- tes domésticos (objetos cortantes e inflamáveis, eletricidade, produ- tos de limpeza e medicamentos, etc.). 8 De onde vem a sombra? (EF02CI07) Descrever as posições do Sol em diversos horários do dia e associá-las ao tamanho da sombra projetada. 9 O Sol que nos aquece (EF02CI08) Comparar o efeito da radiação solar (aquecimento e re- flexão) em diferentes tipos de superfície (água, areia, solo, superfí- cies escura, clara e metálica etc.). 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 26 10/3/19 2:50 PM MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAIS XXVII Bibliografia ALMEIDA, Semíramis Pedrosa et al. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina: Embrapa, 1998. ANGELIS, Rebeca Carlota. A importância de alimentos vegetais na proteção da saúde. São Paulo: Atheneu, 2001. ANTAS, Paulo de Tarso Z.; CAVALCANTI, Roberto B. Aves comuns do Planalto Central. Brasília: Ed. da UnB, 1998. ARDLEY, Neil. Dicionário temático de Ciências. São Paulo: Scipione, 1997. ASTOLFI, Jean-Pierre et al. A didática das Ciências. Campinas: Papirus, 1995. BARRAVIERA, Benedito. 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A Ciência através dos tempos. São Paulo: Moderna, 1994. CIÊNCIA HOJE NA ESCOLA. Céu e Terra, Corpo Humano e Saúde, Meio Ambiente e Águas, Ver e Ouvir, Tempo e Espaço. Rio de Janeiro: SBPC; São Paulo: Global, 1999. COLEÇÃO MÃO NA CIÊNCIA. São Paulo: Edições SM, 2005. COLL, César. Aprendizagem escolar e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 1994. ; PALACIOS, J.; MARCHESI, A. Desenvolvimento psicológico e educação: psicologia da educação. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1996. CORSON, Walter H. (Org.). Manual global de ecologia. São Paulo: Augustus, 1993. CRESTANA, Silvério et al. Centros e museus de Ciência. São Paulo: Saraiva, 1998. CUNHA CAMPOS, M. C.; NIGRO, R. G. Didática de Ciências: o ensino-aprendizagem como investigação. São Paulo: FTD, 1999. CUNHA, Paulo; MONTANARI, Valdir. Sentidos que filtram o mundo. São Paulo: Moderna, 1996. DAJOZ, Roger. Ecologia geral. 2. ed. Petrópolis: Vozes; São Paulo: Edusp, 1973. DEUTSCH, L.; PUGLIA, L. R. R. 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HERNÁNDEZ, Fernando; VENTURA, Montserrat. A organização do currículo por projetos de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 1997. Referências e sugestões de leitura 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 27 10/11/19 2:21 PM MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAISXXVIII HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. 20. ed. Porto Alegre: Mediação, 2007. HOMMA, Alfredo K. O. Amazônia: meio ambiente e desenvolvimento agrícola. Brasília: Embrapa, 1998. LEVINSON, Warren; JAWETZ, Ernest. Microbiologia médica e imunologia. Porto Alegre: Artmed, 1998. LITTMANN, Mark et al. Totality. New York: Oxford University Press, 1999. LORENZI, Harri. Árvores brasileiras. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 1998. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 2005. LURIA, Alexandre R. Desenvolvimento cognitivo. São Paulo: Ícone, 1990. MACEDO, Lino. Ensaios construtivistas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994. 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Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/orientacoes_ etnicoraciais.pdf>. Acesso em: 28 set. 2017. BRETONES, Paulo (Org.). Jogos para o ensino de Astronomia. Campinas: Átomo, 2013. CAMPOS, Casemiro de Medeiros. Saberes docentes e autonomia dos professores. Petrópolis: Vozes, 2007. CHASSOT, Attico. A ciência através dos tempos. São Paulo: Moderna, 1994. COLL, César. Aprendizagem escolar e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 1994. ; PALACIOS, J.; MARCHESI, A. Desenvolvimento psicológico e educação: psicologia da educação. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1996. DESPRESBITERIS, L. Avaliação da aprendizagem do ponto de vista técnico-científico e filosófico-político. São Paulo: FDE, 1998. (Série Ideias, n. 8). GULLAR, Ferreira. Dr. Urubu e outras fábulas. Rio de Janeiro: José Olympio, 2005. HERNÁNDEZ, F.; VENTURA, M. A organização do currículo por projetos de trabalho. São Paulo: Artmed, 1997. KOFF, Adélia Maria; SERRÃO, Mônica Armond. Água: um direito de todos. Rio de Janeiro: Novamerica, 2004. KOHL, Mary Ann F.; POTTER, Jean. Descobrindo a ciência pela arte: propostas de experiências. Porto Alegre:Artmed, 2003. LEGAN, Lucia. A escola sustentável: alfabetizando pelo ambiente. São Paulo: Imesp, 2007. MACHADO, Nílson José. Ética e educação. São Paulo: Ateliê Editorial, 2012. PAULO, Iliana Aida; GUERSOLA, Marilena Varejão. Conviva com a diferença! Diga não à discriminação! – oficinas pedagógicas para crianças do Ensino Fundamental – 1a a 4a série. Rio de Janeiro: Novamerica, 2006. PINSKY, J. 12 faces do preconceito. São Paulo: Contexto, 1999. RAMOS, Anna Claudia. Hoje é amanhã? Rio de Janeiro: YH Lucerna, 2005. RIORDAN, James. Histórias do mar. São Paulo: Martins Fontes, 2005. SAGAN, Carl. Bilhões e bilhões. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. . O romance da Ciência. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982. SCHEFFLER, I. A linguagem da educação. São Paulo: Edusp, 1974. VYGOTSKY, L. S. Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984. 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Páginas com conteúdos científicos e tecnológicos � SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – Disponível em: <www.sbpcnet.org.br>. � Com Ciência – Revista Eletrônica de Jornalismo Científico da SBPC – Disponível em: <www.comciencia.br/comciencia/>. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 29 12/4/17 09:18 MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAISXXX � Ciência Hoje – SBPC – Disponível em: <http://www.cienciahoje.org.br/>. � Ciência Hoje das Crianças on-line – Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/jogos-2/>. � Jornal da Ciência – SBPC – Disponível em: <www.jornaldaciencia.org.br/>. � Canal Ciência e Cultura – SBPC – Disponível em: <http://cienciaecultura.bvs.br/>. � Estação Ciência da USP – Disponível em: <www.eciencia.usp.br/>. � Inovação tecnológica – Disponível em: <www.inovacaotecnologica.com.br>. � How Stuff Works – Como tudo funciona – Disponível em: <https://www.howstuffworks.com/>. � Ciência e Cultura na Escola – Disponível em: <www.ciencia-cultura.com/>. � Portal do Jornalismo Científico – Disponível em: <www.jornalismocientifico.com.br/>. 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Páginas sobre educação de Ciências � Banco Internacional de Objetos Educacionais – Disponível em: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/>. � Olimpíada de Ciências – Disponível em: <http://www.onciencias.org/>. � Centro de Divulgação Científica e Cultural/USP São Carlos – Disponível em: <www.cdcc.sc.usp.br/>. � Casa da Ciência – Disponível em: <www.cciencia.ufrj.br/>. � Museu Virtual de Ciência e Tecnologia – Disponível em: <http://museus.cultura.gov.br/espaco/8554/>. Acesso em: 1o dez. 2017. Programa freeware � LibreOffice – pacote com editor de texto, planilha de cálculo, etc. – Disponível em: <http://pt-br.libre.openoffice.org/>. Acesso em: 1o dez. 2017. Meio ambiente e Ciências da Terra � Google Maps – ver mapas da Terra. – Disponível em: <http://maps.google.com/?hl=pt-BR>. � Ciclo da água – animação – no Canal Kids – Disponível em: <www.canalkids.com.br/meioambiente/sos/ciclo.htm>. � O que aprendemos/herdamos deles? – Disponível em: <www.canalkids.com.br/viagem/brasil/habitacoes2.htm>. � Explorando a Mata Atlântica – Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/explorando-a-mata-atlantica/>. � Vista da Terra – Disponível em: <www.fourmilab.ch/cgi-bin/Earth>. � Página ilustrada sobre o ciclo da água – Disponível em: <http://educar.sc.usp.br/ciencias/recursos/agua.html> � Site do governo brasileiro sobre o Pantanal, com vários links, filmes e ilustrações – Disponível em: <www.mre.gov.br/cdbrasil/itamaraty/web/port/meioamb/ ecossist/pantanal/>. Acesso em: 1o dez. 2017. Gerais � Saiba mais sobre os índios – Disponível em: <www.canalkids.com.br/viagem/brasil/habitacoes.htm>. � Origâmi, aviões e barcos – Disponível em: <www.origami-kids.com/avioesdepapel/ barquinhosdepapel.htm>. � Faz fácil – Disponível em: <www.fazfacil.com.br/>. Acesso em: 1o dez. 2017. Física � Ilusão de óptica – Disponível em: <www.ilusaodeotica.com/>. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 30 12/4/17 09:18 MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAIS XXXI � Feira de Ciências – Disponível em: <www.feiradeciencias.com.br/>. � Seara da Ciência. A óptica da visão humana: ilusões de óptica. Disponível em: <www.seara.ufc.br/tintim/fisica/ visao/tintim4-5.htm>. Acesso em: 1o dez. 2017. Química � Laboratório Didático Virtual de Química/Unesp – Disponível em: <www2.fc.unesp.br/lvq/>. Acesso em: 1o dez. 2017. Biologia e saúde � Biólogo – Disponível em: <www.biologo.com.br/>. � Revista Brasileira de Biologia – Disponível em: <www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0034-7108>. � Dermatologia: site abrangente sobre pele, doenças, cuidados com o Sol, etc. – Disponível em: <www.dermatologia.net>. Acesso em: 1o dez. 2017. Astronomia � Telescópios na escola – Disponível em: <www.telescopiosnaescola.pro.br/>. � Constelações indígenas do Brasil – Disponível em: <www.telescopiosnaescola.pro.br/indigenas.pdf>. � Canal Kids. Astronomia. Planetas – Disponível em: <www.canalkids.com.br/cultura/ciencias/astronomia/ planetas.htm>. � Nasa. 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Tecnologia � 500 anos de muita criatividade – história das invenções no Brasil – Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/500-anos-de-muita- criatividade/>. � Carro solar CHC – Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/e-um-passaro-e-um-aviao/>. � Museu das Invenções – Disponível em: <www.museudasinvencoes.com.br/>.� Sociedade do Sol (aquecimento solar) – Disponível em: <www.sociedadedosol.org.br/>. � Inovação tecnológica – Disponível em: <www.inovacaotecnologica.com.br/index.php>. Acesso em: 1o dez. 2017. Artigos, entrevistas e reportagens � RICARDO, E. C.; CUSTÓDIO, J. F.; REZENDE JR., M. F. A tecnologia como referência dos saberes escolares: perspectivas teóricas e concepções dos professores. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 29, n. 1, 2007. Disponível em: <www.scielo.br/scielo.php?script= sci_arttext& pid=S1806-11172007000100020>. � Nova Escola. Em entrevista, Melina Furman afirma que é preciso ensinar atitudes científicas. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/859/melina-furman- afirma-que-e-preciso-ensinar-atitudes-cientificas>. � Nova Escola. A busca pelo saber científico – a observação de fenômenos e a experimentação são fundamentais para que os alunos ampliem os conhecimentos na área. Disponível em: <https:// novaescola.org.br/conteudo/7494/a-busca-pelo-saber>. � Nova Escola. Iniciação científica nos anos iniciais – observar, registrar e comprovar hipóteses sem simplificar a linguagem nem infantilizar. Esse é o caminho para a iniciação científica. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/1139/ iniciacao-cientifica-nas-series-inciais>. � Nova Escola. Em Ciências, é preciso estimular a curiosidade do pesquisador – a tendência atual da disciplina é fazer com que o aluno observe, pesquise em diversas fontes, questione e registre para aprender. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/7690/curiosidade-de- pesquisador>. � Nova Escola. “Passo a passo a feira vira um sucesso” – já no Ensino Fundamental, todos podem desenvolver e exibir experimentos inspirados em problemas reais. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/377/passo-a- passo-a-feira-vira-um-sucesso>. � Nova Escola. Em entrevista, Ana Maria Espinoza diz que é essencial ensinar a ler textos de Ciências. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/860/ana-maria- espinoza-e-essencial-ensinar-a-ler-textos-de-ciencias>. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 31 12/4/17 09:18 MANUAL DO PROFESSOR – ORIENTAÇÕES GERAISXXXII � Nova Escola. Reportagem “Um livro inesquecível” – alunos do Maranhão usam textos informativos, procedimentos de pesquisa e conteúdos de Ciências para fazer uma enciclopédia. Disponível em: <https://novaescola.org.br/ conteudo/1118/um-livro-inesquecivel>. � Nova Escola. Reportagem “Estudar o bairro pode mudar o planeta” – grandes questões, levadas à sala de aula, ajudam os estudantes a compreender o meio em que vivem e procurar transformá-lo. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/1108/estudar-o-bairro- pode-mudar-o-planeta>. � Nova Escola. Em entrevista, a presidente da SBPC diz que o segredo é provocar os alunos – o professor deve reformular as questões que propõe a eles. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/862/o-segredo-e- provocar-os-alunos>. � Nova Escola. Reportagem “As situações didáticas de Ciências” – a observação de fenômenos, a experimentação e a reflexão. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/1146/as-situacoes- didaticas-de-ciencias>. � Nova Escola. Em entrevista, Rita Mendonça diz que o educador ambiental ensina por suas atitudes. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/861/rita-mendonca-o- educador-ambiental-ensina-por-suas-atitudes>. � Nova Escola. A reportagem “Por quê? Por quê? Por quê?” mostra que crianças adoram fazer perguntas. E nada melhor que uma aula de Ciências para estimular essa curiosidade. São apresentadas algumas das perguntas que mais aparecem em sala de aula e o melhor jeito de dar – ou buscar – respostas simples, que conseguem passar bem o conteúdo que elas abordam. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/1128/por-que-por-que- por-que>. � Nova Escola. A matéria “O que e como ensinar em Ciências” mostra que a tendência atual da disciplina é fazer com que o aluno observe, pesquise em diversas fontes, questione e registre para aprender. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/48/o-que-ensinar-em- ciencias>. � Nova Escola. Em entrevista, Marcelo Gleiser diz que a Ciên cia se torna fascinante quando você não fica só na teoria. Disponível em: <https://novaescola.org. br/conteudo/858/marcelo-gleiser-a-ciencia-se-torna- fascinante-quando-voce-nao-fica-so-na-teoria>. � Nova Escola. Em defesa do planeta. Artigo mostra que a humanidade acordou para a necessidade de preservar o meio ambiente e impedir a destruição da própria espécie. Traz histórias de escolas que já estão ajudando os alunos a mudar de atitude para se transformar em cidadãos mais conscientes. Disponível em: <https://novaescola.org. br/conteudo/1170/em-defesa-do-planeta>. � CARDOSO, Sheila Pressentin; COLINVAUX, Dominique. Explorando a motivação para estudar química. Química Nova, v. 23, n. 3, 2000. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0100-40422000000300018>. Acesso em: 1o dez. 2017. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Geral_CIENCIAS.indd 32 12/4/17 09:18 1MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. São Paulo, 1a edição, 2017. Atualizado de acordo com a BNCC. CÉSAR DA SILVA JÚNIOR Licenciado em História Natural pela Faculdade de Filosofi a, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP) Professor de Biologia da rede particular de ensino de São Paulo SEZAR SASSON Licenciado em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da USP Professor e autor de Biologia PAULO SÉRGIO BEDAQUE SANCHES Bacharel em Física pelo Instituto de Física da USP Licenciado em Física pela Faculdade de Educação da USP (habilitação em Física, Química e Matemática) Mestre em Educação a Distância pela Universidad Nacional de Educación a Distancia (Uned) – Cátedra Unesco, Madri, Espanha SONELISE AUXILIADORA CIZOTO Bacharel em Pedagogia pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo Pós-graduada em Educação pela Faculdade Integrada Metropolitana de Campinas (Metrocamp), São Paulo Professora de graduação e pós-graduação nas áreas de Psicologia e Educação DÉBORA CRISTINA DE ASSIS GODOY Bacharel em Pedagogia e especialista em Alfabetização pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Professora e coordenadora de Ensino Fundamental da rede particular de ensino na região de Campinas, São Paulo Ciências Ensino Fundamental • Anos Iniciais • Componente Curricular: Ciências ano2 o 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 001a007.indd 12LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 001a007.indd 1 11/12/19 4:13 PM11/12/19 4:13 PM 2 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 2 Direção geral: Guilherme Luz Direção editorial: Luiz Tonolli e Renata Mascarenhas Gestão de projeto editorial: Tatiany Renó Gestão e coordenação de área: Isabel Rebelo Roque Edição: Daniela Teves Nardi, Carlos Eduardo de Oliveira e Giovana Pasqualini da Silva Gerência de produção editorial: Ricardo de Gan Braga Planejamento e controle de produção: Paula Godo, Roseli Said e Marcos Toledo Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), Kátia Scaff Marques (coord.), Rosângela Muricy (coord.), Ana Curci, Ana Paula C. Malfa, Arali Gomes, Carlos Eduardo Sigrist, Claudia Virgilio, Gabriela M. Andrade, Heloísa Schiavo, Larissa Vazquez, Luciana B. Azevedo, Marília Lima, Raquel A. Taveira, Sueli Bossi e Vanessa P. Santos Arte: Daniela Amaral (ger.), André Gomes Vitale (coord.) e Renato Akira dos Santos (edit. arte) Diagramação: Estúdio Typegraphic Iconografia: Sílvio Kligin (ger.), Roberto Silva (coord.) e Karina Tengan (pesquisa iconográfica) Licenciamentos de conteúdos de terceiros: Cristina Akisino (coord.), Angra Marques (licenciamento de textos), Erika Ramires e Claudia Rodrigues (analistasadm.) Tratamento de imagem: Cesar Wolf e Fernanda Crevin Ilustrações: Jótah, PriWi e Waldomiro Neto Design: Gláucia Correa Koller (ger.), Erika Tiemi Yamauchi Asato (projeto gráfico e capa) e Talita Guedes da Silva (capa) Foto de capa: Artsplav/Shutterstock Ilustração de capa: Rodrigo ICO Todos os direitos reservados por Saraiva Educação S.A. Avenida das Nações Unidas, 7221, 1o andar, Setor A – Espaço 2 – Pinheiros – SP – CEP 05425-902 SAC 0800 011 7875 www.editorasaraiva.com.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Índices para catálogo sistemático: 1. Ciências : Ensino fundamental 372.35 2017 Código da obra CL 820391 CAE 623897 (AL) / 623898 (PR) 1a edição 1a impressão Atualizado de acordo com a BNCC. Impressão e acabamento 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 001a007.indd 22LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 001a007.indd 2 11/12/19 4:13 PM11/12/19 4:13 PM 3MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 3 APRESENTAÇÃO O MUNDO EM QUE VIVEMOS É MARAVILHOSO! NELE, ACONTECEM MUITAS COISAS QUE NOS DEIXAM CURIOSOS . QUANDO VOCÊ OBSERVA O MUNDO E PENSA SOBRE ELE, COMEÇA A FAZER PERGUNTAS . ESSE É O MOMENTO PARA INVESTIGAR, EXPERIMENTAR, TESTAR E FAZER NOVAS PERGUNTAS… FAZER ISSO É FAZER CIÊNCIA! QUANDO VOCÊ COMPREENDE MELHOR O MUNDO, PODE AGIR NELE COM MAIS CONSCIÊNCIA . ASSIM, VAI RESPEITAR MAIS A VOCÊ MESMO, AOS OUTROS E À NATUREZA . SUAS DECISÕES SERÃO MAIS ACERTADAS, E VOCÊ PODERÁ VIVER MELHOR NESTE MUNDO TÃO INCRÍVEL! OS AUTORES 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 001a007.indd 3 12/4/17 09:02 4 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. CONHEÇA SEU LIVRO 4 31 AGORA É HORA DE PENSAR SOBRE O QUE VOCÊ EXPERIMENTOU E APRENDEU. MARQUE UM X NA OPÇÃO QUE MELHOR REPRESENTA SEU DESEMPENHO. 1. IDENTIFICO AS PRINCIPAIS PARTES DE UMA PLANTA. 2. ENTENDO A FUNÇÃO DE ALGUMAS PARTES DAS PLANTAS. 3. COMPREENDO A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA E DA LUZ PARA AS PLANTAS. 4. RECONHEÇO AS RELAÇÕES ENTRE AS PLANTAS E OS DEMAIS SERES VIVOS. AUTOAVALIAÇÃO PARA LER • ERA UMA VEZ UMA SEMENTE, DE JUDITH ANDERSON E MIKE GORDON. EDITORA SCIPIONE. O LIVRO CONTA A HISTÓRIA DE UMA SEMENTE QUE VAI VIRAR UMA PLANTA ADULTA. ACOMPANHE A HISTÓRIA DE UMA MENINA E SEU AVÔ, QUE OBSERVAM O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DAS PLANTAS. • MAMÃO, MELANCIA, TECIDO E POESIA, DE FÁBIO SOMBRA. EDITORA MODERNA. QUE TAL DECIFRAR ADIVINHAS SOBRE AS FRUTAS TROPICAIS? POR MEIO DE RIMAS E VERSOS, SAIBA MAIS SOBRE AS FRUTAS ENCONTRADAS EM PAÍSES DE CLIMA TROPICAL. SUGESTÕES R e p ro d u ç ã o /E d . S c ip io n e E d it o ra M o d e rn a /A rq u iv o d a e d it o ra 105104 Conectando saberes Decomposição dos materiais Quando reciclamos o lixo, ajudamos a diminuir a quantidade de material a ser retirado da natureza. Mas esse não é o único motivo pelo qual devemos reciclar o lixo. Existem materiais, como alguns tipos de plástico, borracha, e mesmo goma de mascar, que, até que ocorra sua decomposição, podem fi car por muitos anos depositados no meio ambiente, causando poluição. O tempo que um material demora para se transformar depende das condições do ambiente em que ele está. Se um material é jogado no mar, por exemplo, vai se decompor de maneira diferente do que se for jogado no rio ou na terra. Veja abaixo quanto tempo leva para alguns materiais se decomporem quando jogados no solo. Decomposição: processo pelo qual os materiais são transformados em nutrientes que serão absorvidos pela natureza. Poluição: contaminação do meio ambiente. Como a decomposição dos materiais demora muito tempo, a quantidade de lixo que se acumula no meio ambiente é imensa e cresce a cada dia. 1 Você utiliza os objetos ou materiais mostrados na página ao lado? 2 Existe algo que você pode fazer para diminuir o consumo desses objetos e materiais? 3 Um copo descartável de plástico pode levar até cinquenta anos para se decompor. Se você for a uma festa em que as bebidas forem servidas em copos descartáveis, o que você pode fazer para evitar utilizar muitos copos? Reflexão Antes de comprar ou de pedir a alguém que compre algo para você, como um brinquedo, uma roupa, um sapato ou até mesmo um alimento, é importante fazer algumas perguntas para si mesmo: • Eu preciso mesmo desse produto? • Qual é o preço dele? • Ele é adequado ou apropriado para mim? • Esse produto tem uma embalagem de tamanho adequado ou vai gerar muito lixo? Essas perguntas ajudam a refl etir sobre o impacto que os itens que consumimos causam ao meio ambiente e nos ajudam a tomar decisões mais conscientes. Adaptado de: <http://dgi.unifesp.br/ecounifesp/index. php?option=comcontent&view=article&id=16&itemid=11>. Acesso em: 23 fev. 2017. Il u s tr a ç õ e s : W a ld o m ir o N e to /A rq u iv o d a e d it o ra Il u s tr a ç õ e s : W a ld o m ir o N e to /A rq u iv o d a e d it o ra PAPEL de 3 a 6 meses GOMA DE MASCAR 5 anos BORRACHA tempo indeterminado METAL mais de 100 anos VIDRO mais de 4 mil anos Il u s tr a ç õ e s : W a ld o m ir o N e to /A rq u iv o d a e d it o ra TECIDO de 6 meses a 1 ano GARRAFA PLÁSTICA (PET) 400 anos MADEIRA PINTADA mais de 100 anos • Cores artificiais • Esquema simplificado • Elementos não proporcionais entre si ABERTURA DA UNIDADE • NA ABERTURA DE CADA UNIDADE VOCÊ VAI OBSERVAR IMAGENS E REFLETIR SOBRE ELAS . ESSE É O MOMENTO PARA VER O QUE VOCÊ JÁ SABE E DESPERTAR SEU INTERESSE PELO TEMA QUE SERÁ ESTUDADO . • CONECTANDO SABERES A PARTIR DE TEMAS INTERESSANTES, DESCUBRA COMO A CIÊNCIA SE RELACIONA COM OUTRAS ÁREAS DO CONHECIMENTO . SUGESTÕES • NESTA SEÇÃO, VOCÊ ENCONTRARÁ RECOMENDAÇÕES DE LIVROS, VÍDEOS, FILMES, MÚSICAS E ENDEREÇOS NA INTERNET . 9 NESTA UNIDADE VOCÊ VAI: 8 UNIDADE 1 K id S to ck /G e tt y I m a g e s OBSERVE A IMAGEM E CONVERSE COM SEUS COLEGAS: 1. QUAIS SERES VIVOS VOCÊ CONSEGUE OBSERVAR NA IMAGEM? ELES SÃO DIFERENTES ENTRE SI? 2. O QUE A CRIANÇA ESTÁ FAZENDO? 3. POR QUE VOCÊ ACHA QUE ELA ESTÁ FAZENDO ISSO? SERES VIVOS: ANIMAIS E PLANTAS RECONHECER AS DIFERENÇAS E AS SEMELHANÇAS ENTRE OS SERES VIVOS. RECONHECER ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DE PLANTAS E DE ANIMAIS. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 001a007.indd 4 12/4/17 09:02 5MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 5 16 VAMOS FALAR SOBRE... BICHO-DA-SEDA O BICHO-DA-SEDA NÃO FAZ SEDA. QUEM FAZ É A LARVA DO BICHO. A SEDA É O FIO DO CASULO DELA. CADA CASULO É FEITO DE UM ÚNICO FIO, QUE CHEGA A TER QUASE UM QUILÔMETRO DE COMPRIMENTO. NINGUÉM IMAGINA, DE TÃO FININHO E ENROLADO. O FIO É UMA BABA GOSMENTA, QUE SAI DA BOCA DA LARVA; FICA DURA E BRILHANTE NO AR. A SEDA VEM DA BABA DA BOCA DA LARVA DO BICHO-DA-SEDA. A LARVA MORA SÓ UM TEMPO NO CASULO. […] ADAPTADO DE: ARTHUR NESTROVSKI. BICHOS QUE EXISTEM & BICHOS QUE NÃO EXISTEM. SÃO PAULO: COSAC & NAIFY, 2002. LARVA: FORMA JOVEM DE UM ANIMAL, QUE VAI PASSAR POR MUDANÇAS ATÉ SE TRANSFORMAR EM UM ADULTO. 1. VOCÊ JÁ VIU BICHOS-DA-SEDA? 2. ASSIM COMO O BICHO-DA-SEDA, EXISTEM OUTROS ANIMAIS QUE, DEPOIS DA FASE DE CRESCIMENTO, FICAM MUITO DIFERENTES. VOCÊ CONHECE ALGUM? QUAL? 3. A SEDA DO BICHO-DA-SEDA É EXTRAÍDA PARA FABRICAÇÃO DE TECIDO. DE QUE OUTROS ANIMAIS APROVEITAMOS MATERIAL PARA PRODUZIR ROUPAS? LARVAS (LAGARTAS) DO BICHO-DA- -SEDA, COM CERCA DE 6 CENTÍMETROS, DENTRO DOS CASULOS, ONDE FICAM ATÉ SE TRANSFORMAREM EM ADULTOS. O BICHO-DA-SEDA ADULTO SAI DO CASULO TRANSFORMADO EM MARIPOSA, MEDINDO CERCA DE 5 CENTÍMETROS. D e Ag o s ti n i/ G e tt y I m a g e s E . R . D e g g in g e r/ S c ie n c e S o u rc e /F o to a re n a • ELEMENTOS NÃO PROPORCIONAIS ENTRE SI 36 VAMOS INVESTIGAR CONCLUSÃO • ACOMPANHE COM O PROFESSOR OS ITENS QUE VOCÊ E SEUS COLEGAS ASSINALARAM. ESCREVA NO QUADRO OS RESULTADOS DA INVESTIGAÇÃO. O QUE HÁ EM TODAS AS MORADIAS DOS ALUNOS DA SALA O QUE HÁ EM ALGUMAS MORADIAS DOS ALUNOS DA SALA O QUE NÃO HÁ NAS MORADIAS DOS ALUNOS DA SALA PENSANDO SOBRE OS RESULTADOS 1 OS COMPONENTES DOS AMBIENTES SÃO SEMPRE OS MESMOS? SIM NÃO 2 QUE OUTROS AMBIENTES VOCÊ COSTUMA FREQUENTAR EM SEU DIA A DIA? ESCOLHA UM E FAÇA UM DESENHO DELE EM UMA FOLHA À PARTE. 3 QUAIS SERES VIVOS HABITAM O AMBIENTE QUE VOCÊ DESENHOU? 102 Agora é com você 1 Você já pensou na quantidade de resíduos que você e sua família geram em uma semana? O que você pode fazer para produzir menos lixo? Assinale com um X as afirmações que apresentam medidas adequadas para diminuir a produção de lixo doméstico. Reutilizar materiais usados que seriam jogados no lixo. Dar preferência para o uso de sacos plásticos e embalagens não recicláveis. Reciclar os materiais descartados por meio de coleta seletiva. Comprar objetos novos mesmo que os antigos estejam em boas condições. 2 Escreva uma legenda para cada ilustração, alertando as crianças para o perigo. A le k s a n d ra S u zi /S h u tt e rs to ck Il u s tr a ç õ e s : W a ld o m ir o N e to /A rq u iv o d a e d it o ra 108 Luz e sombra Depois que o sol se põe, a noite chega e não temos luz solar. Tudo fica escuro e precisamos de luz artificial para enxergar o que existe ao nosso redor. As árvores bloqueiam a passagem da luz solar: onde a luz não chega diretamente, forma-se uma região escura chamada sombra. Parque Ibirapuera, São Paulo, São Paulo, 2014. Para enxergar bem o que há em um ambiente, precisamos de luz. Porém, durante o dia, quando estamos em um local aberto, em um dia bem ensolarado, podemos ver os animais, as plantas, os objetos e tudo o que há à nossa volta. Também é possível observar algumas regiões mais escuras, onde a luz do Sol não chega diretamente. Essas regiões são as sombras. O lly y /S h u tt e rs to ck F ili p e F ra za o /S h u tt e rs to ck Luz artificial: luz produzida pelo ser humano, como a luz de lanternas, lâmpadas e faróis. GLOSSÁRIO • AQUI VOCÊ VAI ENCONTRAR O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS DESTACADAS NO TEXTO . • AGORA É COM VOCÊ NESTA SEÇÃO, VOCÊ VAI UTILIZAR O QUE APRENDEU PARA FAZER NOVAS DESCOBERTAS . • VAMOS FALAR SOBRE . . . ENTENDA COMO OS SEUS CONHECIMENTOS DE CIÊNCIAS PODEM AJUDAR A COMPREENDER TEMAS RELACIONADOS À CIDADANIA, À CULTURA, ENTRE OUTROS . VAMOS INVESTIGAR • NESTA SEÇÃO, VOCÊ VAI REALIZAR EXPERIMENTOS COM ATIVIDADES DE OBSERVAÇÃO E PRÁTICA PARA ENRIQUECER E AMPLIAR O ESTUDO DO TEMA . ORAL EM DUPLA EM GRUPO ÍCONES QUE INDICAM COMO REALIZAR AS ATIVIDADES: 36 VAMOS INVESTIGAR CONCLUSÃO • ACOMPANHE COM O PROFESSOR OS ITENS QUE VOCÊ E SEUS COLEGAS ASSINALARAM. ESCREVA NO QUADRO OS RESULTADOS DA INVESTIGAÇÃO. O QUE HÁ EM TODAS AS MORADIAS DOS ALUNOS DA SALA PENSANDO SOBRE OS RESULTADOS 1 OS COMPONENTES DOS AMBIENTES SÃO SEMPRE OS MESMOS? SIM 2 QUE OUTROS AMBIENTES VOCÊ COSTUMA FREQUENTAR EM SEU DIA A DIA? ESCOLHA UM E FAÇA UM DESENHO DELE EM UMA FOLHA À PARTE. 3 QUAIS SERES VIVOS HABITAM O AMBIENTE QUE VOCÊ DESENHOU? VAMOS INVESTIGAR 35 TODAS AS MORADIAS SÃO IGUAIS? VAMOS INVESTIGAR AS CARACTERÍSTICAS DAS MORADIAS? OBSERVAÇÕES 1 VEJA A MORADIA INDÍGENA ABAIXO. ELA SE PARECE COM A SUA? 2 OLHE O DESENHO QUE VOCÊ FEZ NA PÁGINA ANTERIOR. QUAIS SÃO AS SEMELHANÇAS ENTRE A SUA MORADIA E A MORADIA INDÍGENA? 3 QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS ENTRE AS DUAS MORADIAS? COLETA DE DADOS • OBSERVE O DESENHO DA SUA MORADIA NA PÁGINA ANTERIOR E MARQUE COM UM X O QUE EXISTE NELA. LUZ AR SOLO PEDRAS PLANTAS ANIMAIS COGUMELOS çGUA W a ld o m ir o N e to /A rq u iv o d a e d it o ra 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 001a007.indd 5 12/4/17 09:03 6 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 6 SUMÁRIO SERES VIVOS: ANIMAIS E PLANTAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 SERES VIVOS: DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 AS PLANTAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 OS ANIMAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 • AGORA É COM VOCÊ . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 • VAMOS INVESTIGAR PLANTAS E ANIMAIS DA ESCOLA . . . . . . . . . . 15 • VAMOS FALAR SOBRE... BICHO-DA-SEDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 • AUTOAVALIAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 • SUGESTÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 COMO SÃO AS PLANTAS? . . . . . . . 18 A DIVERSIDADE DAS PLANTAS . . . . . . . . . 20 • AGORA É COM VOCÊ . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 AS CARACTERÍSTICAS DAS PLANTAS . . . . 22 • VAMOS FALAR SOBRE... ÁRVORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 • VAMOS INVESTIGAR A GERMINAÇÃO DA SEMENTE DO FEIJÃO . . . 25 • AGORA É COM VOCÊ . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 AS PLANTAS E OS ANIMAIS NO AMBIENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 • AGORA É COM VOCÊ . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 • AUTOAVALIAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 • SUGESTÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 UNIDADE 1 UNIDADE 2 ONDE HABITAM OS SERES VIVOS? . . . . . . . . . . . . . . . 32 COMO É MINHA MORADIA . . . . . . . . . . . . 34 • VAMOS INVESTIGAR TODAS AS MORADIAS SÃO IGUAIS? . . . . . . . 35 COMO É MINHA ESCOLA . . . . . . . . . . . . . . 37 OS AMBIENTES DA TERRA . . . . . . . . . . . . . 38 • VAMOS INVESTIGAR TERRÁRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 • AGORA É COM VOCÊ . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 SER VIVO E ELEMENTO NÃO VIVO . . . . . . 42 • VAMOS FALAR SOBRE... O LIXO NO AMBIENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 • AGORA É COM VOCÊ . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 • AUTOAVALIAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 • SUGESTÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 CONECTANDO SABERES MAIS ÁRVORES, POR FAVOR! . . . . . . . . . . . . 46 Os ambientes podem ser modificados? . . . . . . . . . . . . . . . . 48 Os ambientes naturais e os ambientes modifi cados . . . . . . . . . . . 50 • Agora é com você . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 Alguns ambientes modifi cados . . . . . . . . . 52 Os campos de cultivo . . . . . . . . . . . . . . . . 53 • Agora é com você . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 Os seres vivos e os ambientes modifi cados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 • Vamos falar sobre... Os bichos da cidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 • Agora é com você . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 • Autoavaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 • Sugestões . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . 59 UNIDADE 3 UNIDADE 4 M a d le n /S h u tt e rs to c k 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 001a007.indd 6 11/07/18 17:08 7MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 7 Cuidando dos ambientes . . . . . . . . . 60 Cuidando do que é de todos . . . . . . . . . . . 62 Cuidando dos ambientes naturais . . . . . . . 63 • Vamos falar sobre... Efeito dominó . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 • Agora é com você . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64 A água nos ambientes . . . . . . . . . . . . . . . . 66 • Agora é com você . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68 O lixo nos ambientes . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 O lixo no seu devido lugar . . . . . . . . . . . . 71 • Vamos investigar Que lixo é produzido na sala de aula? . . . . . . . 73 • Autoavaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 • Sugestões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 Do que os objetos são feitos? . . . . . 76 Por que os objetos são úteis? . . . . . . . . . . 78 A origem dos materiais . . . . . . . . . . . . . . . 79 • Agora é com você . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80 Transformações dos materiais . . . . . . . . . . 83 • Vamos falar sobre... Instrumentos musicais indígenas . . . . . . . . . . 84 • Agora é com você . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86 • Vamos investigar Materiais de ontem e de hoje . . . . . . . . . . . . 87 • Autoavaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89 • Sugestões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89 Como usamos os objetos . . . . . . . . . 90 Os materiais e suas características . . . . . . 92 • Vamos investigar Características dos materiais . . . . . . . . . . . . . 93 Os objetos e seus materiais . . . . . . . . . . . . 94 • Agora é com você . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95 Utilizamos os objetos, e depois? . . . . . . . 98 • Vamos falar sobre... Um plástico feito de mandioca . . . . . . . . . . 100 UNIDADE 5 UNIDADE 6 UNIDADE 7 Proteja-se: você pode prevenir acidentes! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101 • Agora é com você . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102 • Autoavaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 • Sugestões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 CONECTANDO SABERES Decomposição dos materiais . . . . . . . . . . . . 104 De onde vem a sombra? . . . . . . . . 106 Luz e sombra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108 • Agora é com você . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110 • Vamos investigar Teatro de sombras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 • Vamos falar sobre... Silhuetas de animais . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113 Tamanho da sombra . . . . . . . . . . . . . . . . 114 • Vamos investigar Qual é o comprimento da sombra? . . . . . . . 115 • Agora é com você . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 • Autoavaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119 • Sugestões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119 O Sol que nos aquece . . . . . . . . . . . 120 A temperatura ao longo do dia . . . . . . . 122 • Agora é com você . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125 Todos os materiais se aquecem da mesma maneira? . . . . . . . . . . . . . . . . . 126 • Vamos investigar O aquecimento dos materiais . . . . . . . . . . . 127 • Agora é com você . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129 Aquecimento solar . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131 • Vamos falar sobre... Aquecedores de água . . . . . . . . . . . . . . . . . 131 • Agora é com você . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132 • Autoavaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133 • Sugestões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133 CONECTANDO SABERES Poluição luminosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134 BIBLIOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136 UNIDADE 8 UNIDADE 9 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 001a007.indd 7 11/07/18 17:08 8 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. NESTA UNIDADE VOCÊ VAI: 8 UNIDADE 1 OBSERVE A IMAGEM E CONVERSE COM SEUS COLEGAS: 1. QUAIS SERES VIVOS VOCÊ CONSEGUE OBSERVAR NA IMAGEM? ELES SÃO DIFERENTES ENTRE SI? 2. O QUE A CRIANÇA ESTÁ FAZENDO? 3. POR QUE VOCÊ ACHA QUE ELA ESTÁ FAZENDO ISSO? A criança está plantando uma muda. SERES VIVOS: ANIMAIS E PLANTAS RECONHECER AS DIFERENÇAS E AS SEMELHANÇAS ENTRE OS SERES VIVOS. RECONHECER ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DE PLANTAS E DE ANIMAIS. Resposta pessoal. Habilidade da BNCC trabalhada nesta unidade EF02CI04 Descrever características de plantas e animais (tamanho, for- ma, cor, fase da vida, local onde se desenvolvem etc.) que fazem parte de seu cotidiano e relacioná-las ao ambiente em que eles vivem. As questões iniciais são um mote, um disparador para que os alunos co- mentem o que sabem sobre os seres vivos, e para que você, professor, co- lete os conhecimentos prévios deles. Especifi camente nas questões iniciais pode ser que o aluno responda que a criança, a moça e as plantas são se- res vivos e que são diferentes entre si. Os alunos podem citar inúmeras dife- renças entre eles, tais como: muitas plantas são verdes, dão frutos, fl ores e não se locomovem. Já as pessoas se locomovem, se alimentam (se essa característica surgir, é interessante questioná-los sobre o alimento das plantas), brincam, falam, vão à escola, etc. Além disso, por meio da leitura da imagem, é provável que respon- dam que a criança pretende plantar a muda que está no vaso. Objetivos da unidade Nesta unidade pretende-se que o aluno aprenda a reconhecer e diferenciar os seres vivos e notar que eles apresentam semelhan- ças, tais como: têm necessidade de água e alimento para sobre- viver e comumente passam por um ciclo no qual nascem, cres- cem, se desenvolvem, podem se reproduzir e morrem. Além disso, espera-se que o aluno reconheça algumas características das plan- tas e dos animais, como forma, habitat, cores, tamanhos, loco- moção, etc. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 008a017.indd 8 10/3/19 2:54 PM 9MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 9 K id S to ck /G e tt y I m a g e s O objetivo da imagem de abertura é despertar nos alunos o interesse em reconhecer a diversidade de seres vivos – com suas semelhanças e di- ferenças – que podem fazer parte de sua vida cotidiana, e também levar os alunos a refl etir sobre a relação entre as espécies. Será que seus alunos reconhecem plantas como seres vivos? Esse é o mo- mento ideal para instigar a curiosida- de deles levantando os conhecimentos prévios (por meio de perguntas), sem a preocupação de obter respostas corre- tas. Motive a turmaa discutir o assunto e a contar o que já sabe, incentivando- -a a descobrir mais. Os alunos terão, ao longo desta unidade, a oportunidade de ampliar, reconstruir e incrementar os conhecimentos prévios que devem vir à tona nessa conversa. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 008a017.indd 9 12/4/17 09:02 10 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 10 SERES VIVOS: DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS CONVERSE COM SEUS COLEGAS: 1 EXISTEM DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS ENTRE VOCÊ E SEUS COLEGAS? QUAIS SÃO? 2 HÁ MAIS SEMELHANÇAS OU MAIS DIFERENÇAS ENTRE VOCÊS? 3 O QUE VOCÊ DIRIA SOBRE AS SEMELHANÇAS E AS DIFERENÇAS ENTRE VOCÊ E AS PLANTAS, COMO UMA ÁRVORE, POR EXEMPLO? ALGUMAS CARACTERÍSTICAS SÃO IGUAIS PARA TODOS OS SERES VIVOS: TODOS HABITAM O PLANETA TERRA E PRECISAM DE ÁGUA E ALIMENTO PARA VIVER. TODOS OS SERES VIVOS NASCEM, CRESCEM, REPRODUZEM-SE E MORREM. • CONTORNE OS SERES VIVOS NA ILUSTRAÇÃO ABAIXO. Unidade 1 Desenvolvimento da aula Nesta página, os alunos vão fazer um exercício de observação entre as diferenças e as semelhanças dos seres vivos. Permita que os alunos deem sua opinião sobre as diferenças entre eles, os colegas e as plantas. Faça um quadro na lousa e anote as diferen- ças e semelhanças relatadas por eles. Assim todos visualizarão um registro das ideias iniciais sobre o tema, con- tribuindo também para o processo de alfabetização. No momento dos regis- tros na lousa, você também poderá contar com a participação dos alunos para anotar as palavras, desde que todos tenham a oportunidade de escre- ver, no decorrer das atividades do livro. Na leitura da imagem, espera-se que o aluno identifi que como seres vivos todos os animais (incluindo as pessoas) e plantas presentes na ilus- tração. Pode ser que os alunos não circulem as minhocas e a borboleta, por exemplo. Na correção do exercí- cio, solicite novamente a participação da turma e elabore uma nova lista na lousa com todos os seres vivos que aparecem na imagem, reforçando aos alunos por que cada um é considerado um ser vivo. A habilidade de construir listas é também muito importante no proces- so de alfabetização. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 008a017.indd 10 12/4/17 09:02 11MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 11 AS PLANTAS AS PLANTAS SÃO SERES VIVOS, ASSIM COMO OS ANIMAIS. ELAS SÃO ENCONTRADAS EM TODAS AS REGIÕES DO PLANETA. • VOCÊ CONHECE PLANTAS QUE VIVEM PERTO DE RIOS E MARES? COMO ELAS SÃO? OS MUSGOS SÃO PLANTAS MUITO PEQUENAS. MEDEM CERCA DE 1 CENTÍMETRO. PODEM SER ENCONTRADAS EM TODAS AS REGIÕES, DESDE AS MAIS FRIAS, COMO A ANTÁRTIDA, ATÉ AS MAIS QUENTES, COMO O DESERTO. G e ra s ch e n k o T y m o fi i/ S h u tt e rs to ck AS SEQUOIAS SÃO ÁRVORES QUE ATINGEM ATÉ 100 METROS DE ALTURA. ELAS PODEM SER ENCONTRADAS NO ESTADO DA CALIFÓRNIA, NOS ESTADOS UNIDOS. N a s h P h o to s /G e tt y I m a g e s Waldomiro Neto/Arquivo da editora • ELEMENTOS NÃO PROPORCIONAIS ENTRE SI Desenvolvimento da aula Nesta página são apresentadas algumas características das plantas. Como exemplo são apresentadas fo- tos de musgos e sequoias. Nestas imagens é possível identifi car algumas características das plantas, como for- ma e tamanho distintos. A atividade desta página pretende verifi car o conhecimento prévio do aluno com relação às características das plantas que vivem perto dos rios e mares. Nesse momento pode-se dizer aos alunos que existem plantas adap- tadas à vida em ambientes aquáticos, que são chamadas de plantas aquá- ticas. É interessante mostrar algumas imagens de diferentes tipos de plantas aquáticas – você pode utilizar o com- putador com fotografi as previamente selecionadas – como, por exemplo, a fl or de lótus, a vitória-régia, o aguapé, a alface-d’água, algumas espécies de junco, etc. É importante que o aluno tenha esse contato visual para ajudar a construir o seu conhecimento. Se na região da escola ou nos lo- cais onde os alunos moram existirem plantas aquáticas, instigue-os a contar o que observaram, a descrever como são essas plantas, etc. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 008a017.indd 11 12/4/17 09:02 12 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 12 OS ANIMAIS OS ANIMAIS SÃO SERES VIVOS QUE PODEM SER ENCONTRADOS EM DIFERENTES AMBIENTES. HÁ ANIMAIS QUE HABITAM REGIÕES GELADAS, COMO O POLO NORTE E O POLO SUL. PINGUINS, FOCAS, LEÕES-MARINHOS, URSOS-POLARES E ALGUMAS AVES CONSEGUEM SOBREVIVER NESSAS REGIÕES. ALGUNS ANIMAIS VIVEM NAS FLORESTAS. PEIXES E MUITOS OUTROS ANIMAIS VIVEM NOS RIOS, NOS LAGOS, NOS MARES E NOS OCEANOS. FOCA SOBRE O GELO. TAMANHO: CERCA DE 1 METRO E 70 CENTÍMETROS. S to ck P h o to s /L a ti n s to ck O MICO-LEÃO-DOURADO VIVE EM FLORESTAS BRASILEIRAS. TAMANHO: CERCA DE 30 CENTÍMETROS. S to ck P h o to s /L a ti n s to ck AS MINHOCAS ESCAVAM PEQUENOS TÚNEIS EMBAIXO DA TERRA. TAMANHO: PODEM CHEGAR A 15 CENTÍMETROS. M a ry n a P le s h k u n /S h u tt e rs to ck PEIXES E CORAIS NO FUNDO DO MAR. th in k 4 p h o to p /S h u tt e rs to ck • ELEMENTOS NÃO PROPORCIONAIS ENTRE SI • EM UMA FOLHA DE PAPEL À PARTE, DESENHE UM ANIMAL OU UMA PLANTA DE QUE VOCÊ GOSTA. NÃO SE ESQUEÇA DE DESENHAR ONDE ELE VIVE. DEPOIS, EXPONHA SEU DESENHO NA SALA. Unidade 1 Desenvolvimento da aula Aqui são apresentadas algumas ca- racterísticas dos animais, como loco- moção e lugares onde habitam, além de exemplos de animais que vivem nos diferentes ambientes do planeta. Para iniciar o tema, promova um debate em sala, perguntando aos alu- nos onde vivem os animais que eles conhecem. É possível que algum aluno fale que animais como pássaros po- dem viver no ar. Na verdade, aves ou insetos, embora se locomovam no ar, são considerados animais terrestres. No caso das aves, basta pensar que elas dependem do meio terrestre para realizar várias atividades, como loco- mover-se pelo solo, buscar alimento, construir moradia, etc., enquanto peixes e outros animais realizam ati- vidades de locomoção, alimentação, reprodução, etc., no meio aquático. Um dos exemplos de animais citados é o mico-leão-dourado. Vale a pena ressaltar para os alunos que somente algumas espécies de maca- cos das Américas têm cauda preênsil (estrutura que possibilita a esse prima- ta fi xar-se em algo, como um galho de árvore, auxiliando na sua locomoção) e que são os mais especializados na loco- moção nas árvores. Algumas espécies de macacos da Europa e da Ásia apre- sentam cauda mais curta e não preên- sil, e a sua locomoção nas árvores não é tão ágil. Já no continente africano, o chimpanzé e o gorila, por exemplo, passam boa parte do tempo no chão. Todas essas informações você pode comentar com a turma, mas não é necessário, em momento algum, que eles saibam isso ou que esse conhe- cimento seja solicitado em momentos posteriores. No fi nal da página é apresentada uma atividade que propõe ao alu- no desenhar uma planta ou animal de que ele goste, bem como o lugar onde ele vive. Aproveite a exposição dos desenhos para acrescentar infor- mações relevantes como: se o corpo é recoberto por pele, pelos ou escamas (para os animais) e informações sobre o tipo da folhagem, se apresentam fl ores e frutos, se são árvores ou não, tamanho, etc. (para as plantas). Sugestão para os alunos Caso a escola possua equipamento audiovisual, assista com os alunos a Bita e os animais, indi- cada no fi nal da unidade. Essa animação apresenta canções sobre os animais e os ambientes em que vivem. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 008a017.indd 12 12/4/17 09:02 13MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reproduçãodo Livro do Estudante em tamanho reduzido. 13 AGORA É COM VOCÊ A) QUE PLANTAS É POSSÍVEL OBSERVAR NESSAS IMAGENS? Árvore, planta aquática, plantas rasteiras. B) E QUE ANIMAIS? Bicho-preguiça, rã, dromedário e pinguins. BICHO-PREGUIÇA EM ÁRVORE. TAMANHO: CERCA DE 70 CENTÍMETROS. RÃ SOBRE UMA PLANTA AQUÁTICA. TAMANHO: CERCA DE 15 CENTÍMETROS. DROMEDÁRIO EM UM DESERTO. TAMANHO: CERCA DE 2 METROS. PINGUINS NA ANTÁRTIDA. TAMANHO: CERCA DE 1 METRO E 20 CENTÍMETROS. 1 OBSERVE AS IMAGENS ABAIXO E RESPONDA ËS QUESTÍES. A th ap et P iru ks a/ S hu tt er st oc k ro be rt ha rd in g/ A la m y/ La tin st oc k K ob by D ag an /S hu tt er st oc k Ju lia n S ch al da ch /S hu tt er st oc k • ELEMENTOS NÃO PROPORCIONAIS ENTRE SI Desenvolvimento da aula As atividades da seção Agora é com você sistematizam e ampliam os exemplos de animais e plantas presentes nos ambientes. Na atividade 1 espera-se que os alunos reconheçam as diversas plantas e animais presentes nas imagens. Insti- gue os alunos a classifi car as plantas de acordo com as imagens apresentadas. Nesse momento é importante retomar com os alunos os exemplos das plantas aquáticas, inserindo a imagem da plan- ta aquática com uma rã como exemplo. Para as imagens que apresentam animais, faça a mesma atividade, ana- lisando as fotos junto com os alunos e deixando que eles exponham as suas ideias. Nesta atividade são apresentadas algumas medidas dos animais em centímetros e em metros. Seus alunos podem concretizar ainda mais esses conhecimentos ao manusearem uma régua escolar (dessas que são de plásti- co com 30 cm) sob suas orientações. O ideal é que cada um tenha uma régua em mãos. Pergunte o que eles obser- vam na régua. Instigue-os a falar sobre os números que veem e também sobre os “risquinhos”. Depois, conte a eles que a régua é um instrumento que nos ajuda a medir, que cada número da ré- gua indica um centímetro e que a con- tagem sempre começa no zero. Avance a discussão e a observação da régua com a turma dizendo que o espaço entre um número e outro é sempre igual. Peça que contem quan- tos risquinhos há entre o número dois e o número três, por exemplo. Depois oriente-os a fazer a contagem entre os números três e quatro. Essas descobertas já estarão in- serindo seus alunos em importantes conhecimentos sobre medidas. Agora é o momento de pedir que observem na régua quanto é 15 centímetros. Eles visualizarão o tamanho da rã da fotografi a. Depois, mostre a eles a união de três réguas para que visua- lizem a medida do bicho-preguiça. Conte para a turma que, para formar um metro (para o caso do pinguim e do dromedário), são necessários cem centímetros. Mostre um metro numa fi ta métrica ou fazendo uma “fi la” de réguas dos alunos. Sugestões para os alunos Esse é um bom momento para ler com os alunos os livros: Bichos de cá, indicado no fi nal da unidade. O livro tem poesias e textos informativos sobre ani- mais do Brasil. No CD que acompanha a obra, os animais viram tema de canções apresentadas em ritmos bem brasileiros. Tanto bicho, indicado no fi nal da unidade. O livro mostra a diversidade de animais do Brasil e suas relações de equilíbrio na natureza. Mostra também a importância de preservação do meio ambiente. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 008a017.indd 13 12/4/17 09:02 14 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. AGORA É COM VOCÊ 14 2 LEIA ESTA HISTÓRIA EM QUADRINHOS. DEPOIS, RESPONDA ÀS QUESTÕES. © M a u ri c io d e S o u s a /M a u ri c io d e S o u s a E d it o ra L td a . TURMA DA MïNICA, DE MAURICIO DE SOUSA. A) O ANIMAL DE ESTIMAÇÃO DO CEBOLINHA CHAMA-SE FLOQUINHO. QUE ANIMAL É ESSE? Cachorro. B) QUE ANIMAIS FLOQUINHO FINGE SER DURANTE A HISTÓRIA? Gato, galo, passarinho, cavalo e cabra. C) O QUE FLOQUINHO FAZ PARA TENTAR SE PASSAR POR OUTROS ANIMAIS? Imita o som e alguns movimentos característicos desses animais. Unidade 1 Desenvolvimento da aula Para desenvolver a atividade 2, faça a leitura, em conjunto com os alunos, da história em quadrinhos da Turma da Mônica e peça a eles que analisem a história, quadro a quadro, e digam qual animal o cachorro da personagem Cebolinha está imitando. Pergunte: Por que o Floquinho fi nge ser outros animais? Ajude-os a per- ceber que ele não quer ser vacinado. Caso haja difi culdade, ajude-os repro- duzindo as onomatopeias que estão descritas nas imagens e em seguida pergunte à turma qual animal faz aquele som. Deixe que todos expo- nham suas ideias e, ao fi nal, cheguem a um consenso. Você também pode pedir que a turma reproduza sons de diferentes animais. Solicite inicialmente que os alunos façam sons, um a um, para que a turma imite e depois que todos imitem juntos os animais que você indicar ou que você sortear. Para o sorteio, distribua um pedaço de papel para cada aluno e peça que registre o nome do animal que gostaria que a turma imitasse o som. Recolha os pa- péis, dobre-os e coloque-os em uma caixinha para o sorteio. Seus alunos vão sentir-se motivados a escrever, o que contribui para o processo de al- fabetização. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 008a017.indd 14 12/4/17 09:02 15MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. VAMOS INVESTIGAR 15 PLANTAS E ANIMAIS DA ESCOLA VOCÊ JÁ REPAROU NAS PLANTAS E NOS ANIMAIS QUE EXISTEM NA ESCOLA? VAMOS INVESTIGAR QUAIS PODEMOS ENCONTRAR? COLETA DE DADOS 1 VOCÊ E SEUS COLEGAS VÃO OBSERVAR AS PLANTAS E OS ANIMAIS QUE ENCONTRAREM NA ESCOLA. DEPOIS VÃO ANOTAR NO QUADRO O QUE DESCOBRIREM. TIPO DE PLANTA EM QUE LOCAL DA ESCOLA ESSA PLANTA ESTÁ? O QUE MAIS CHAMOU A ATENÇÃO DE VOCÊS NESSA PLANTA? ALGUM ANIMAL VIVE NESSA PLANTA? QUAL? 2 VOCÊS ENCONTRARAM ANIMAIS EM OUTROS LOCAIS, SEM SER NAS PLANTAS? QUAIS? ONDE ELES ESTAVAM? PENSANDO SOBRE OS RESULTADOS 1 OS ANIMAIS QUE VOCÊS ENCONTRARAM SOBRE AS PLANTAS PODEM VIVER SEM ELAS? SIM NÃO 2 HÁ ANIMAIS QUE PODEM VIVER SEM AS PLANTAS? 3 COMO VOCÊ E SEUS COLEGAS PODEM AJUDAR A MANTER AS PLANTAS E OS ANIMAIS DA ESCOLA? Respostas variáveis de acordo com a observação. Resposta pessoal. Resposta pessoal. Não. Desenvolvimento da aula Para realizar a atividade 1 da etapa Coleta de dados da seção Vamos investigar, leve os alunos para um passeio fora da sala de aula. Escolha um ambiente onde eles pos- sam observar diversos tipos de plantas e possivelmente alguns pequenos ani- mais que vivem em jardins e quintais, tais como: borboletas, tatuzinhos, minhocas, caracóis, grilos, formigas, etc. Se isso não for possível, avalie se é pertinente que os alunos façam suas observações por conta própria (desde que sob a supervisão de um adulto) e anotem no quadro o que descobrirem com palavras, desenhos, fotografi as ou outra forma de registro. Para a atividade 2, os alunos po- dem observar pombos, pequenos in- setos (formigas, joaninhas, besouros, moscas, pernilongos, borboletas, etc.) em diversos locais da escola. Na atividade 2 da etapa Pensan- do sobre os resultados é possível que os alunos concluam erroneamente que sim, animais que comem carne po- dem viver sem plantas. Questione-os: Esse animal (o citado) não come plan- ta, come outro animal. Mas o que esse outro animal come? Pensem em um sapo que se alimenta apenas de ga- fanhotos. O que gafanhotos comem? O que aconteceria com esse animal se todas as plantas acabassem?. Nesse momento, converse com eles a respei- to, explicando que todos os animais necessitam das plantas para obter ali- mento, seja ao comê-las diretamente, seja comendo animais que, por sua vez, dependem das plantas. Podemos facilitar a compreensão apresentando outras situações, por exemplo: a onça- -parda come carne – e aparentemente não depende de plantas. No entanto,ela se alimenta de animais como vea- dos, que são herbívoros. Na atividade 3, espera-se que os alunos indiquem cuidados com plan- tas e animais tais como: não pisar nas plantas pequenas, não arrancar ga- lhos, fl ores, folhas, não pisar nos inse- tos, não maltratar animais, etc. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 008a017.indd 15 12/4/17 09:03 16 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 16 VAMOS FALAR SOBRE... BICHO-DA-SEDA O BICHO-DA-SEDA NÃO FAZ SEDA. QUEM FAZ É A LARVA DO BICHO. A SEDA É O FIO DO CASULO DELA. CADA CASULO É FEITO DE UM ÚNICO FIO, QUE CHEGA A TER QUASE UM QUILÔMETRO DE COMPRIMENTO. NINGUÉM IMAGINA, DE TÃO FININHO E ENROLADO. O FIO É UMA BABA GOSMENTA, QUE SAI DA BOCA DA LARVA; FICA DURA E BRILHANTE NO AR. A SEDA VEM DA BABA DA BOCA DA LARVA DO BICHO-DA-SEDA. A LARVA MORA SÓ UM TEMPO NO CASULO. […] ADAPTADO DE: ARTHUR NESTROVSKI. BICHOS QUE EXISTEM & BICHOS QUE NÃO EXISTEM. SÃO PAULO: COSAC & NAIFY, 2002. LARVA: FORMA JOVEM DE UM ANIMAL, QUE VAI PASSAR POR MUDANÇAS ATÉ SE TRANSFORMAR EM UM ADULTO. 1. VOCÊ JÁ VIU BICHOS-DA-SEDA? Resposta pessoal. 2. ASSIM COMO O BICHO-DA-SEDA, EXISTEM OUTROS ANIMAIS QUE, DEPOIS DA FASE DE CRESCIMENTO, FICAM MUITO DIFERENTES. VOCÊ CONHECE ALGUM? QUAL? Resposta pessoal. 3. A SEDA DO BICHO-DA-SEDA É EXTRAÍDA PARA FABRICAÇÃO DE TECIDO. DE QUE OUTROS ANIMAIS APROVEITAMOS MATERIAL PARA PRODUZIR ROUPAS? LARVAS (LAGARTAS) DO BICHO-DA- -SEDA, COM CERCA DE 6 CENTÍMETROS, DENTRO DOS CASULOS, ONDE FICAM ATÉ SE TRANSFORMAREM EM ADULTOS. O BICHO-DA-SEDA ADULTO SAI DO CASULO TRANSFORMADO EM MARIPOSA, MEDINDO CERCA DE 5 CENTÍMETROS. D e A g o s ti n i/ G e tt y I m a g e s E . R . D e g g in g e r/ S c ie n c e S o u rc e /F o to a re n a • ELEMENTOS NÃO PROPORCIONAIS ENTRE SI Do carneiro e da ovelha (lã), do boi e da vaca (couro). Unidade 1 Desenvolvimento da aula Na seção Vamos falar sobre... faça a leitura compartilhada do texto com os alunos e escreva na lousa as ideias principais. É importante ensinar os alunos desde cedo a extraírem do texto as ideias principais. Essa é uma habilidade que precisa ser ensinada e sistematizada aos poucos. Em um pri- meiro momento, eles costumam achar que tudo é importante. Mas, aos pou- cos, aprendem a identifi car o que de fato é importante em um texto. Conduza as atividades apresenta- das ao fi nal desta página na forma de debate. É importante que os alu- nos aprendam a expor suas ideias e a ouvir a opinião de seus colegas. Na atividade 2 reforce aos alunos que as borboletas, assim como os bichos- -da-seda, quando jovens, têm a forma de larva e confeccionam o casulo, de- pois transformam-se em adultos. Já as larvas dos sapos (girinos) não fazem casulos; a transformação de girino em sapo ocorre quando perdem as carac- terísticas exclusivamente aquáticas, como cauda e brânquias, e adquirem a forma adulta. Pode ser que os alunos tenham difi - culdade em responder à atividade 3. Se isso ocorrer, direcione o debate per- guntando aos alunos de quais animais extraímos a lã e o couro, que muitas vezes são utilizados como matéria-pri- ma para a confecção de vestimentas. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 008a017.indd 16 12/4/17 09:03 17MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 17 AGORA É HORA DE PENSAR SOBRE O QUE VOCÊ EXPERIMENTOU E APRENDEU. MARQUE UM X NA OPÇÃO QUE MELHOR REPRESENTA SEU DESEMPENHO. 1. RECONHEÇO DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS ENTRE OS SERES VIVOS. 2. RECONHEÇO ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DOS ANIMAIS. 3. RECONHEÇO ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DAS PLANTAS. AUTOAVALIAÇÃO PARA LER • BICHOS DE CÁ, DE EDSON PENHA E XAVIER BARTABURU. EDITORA BAMBOOZINHO. O LIVRO TEM POEMAS E TEXTOS INFORMATIVOS SOBRE ANIMAIS DO BRASIL. NO CD QUE ACOMPANHA A OBRA, OS ANIMAIS VIRAM TEMA DE CANÇÕES APRESENTADAS EM RITMOS BEM BRASILEIROS. • TANTO BICHO, DE MARIA HILDA DE PAIVA ANDRADE E MARTA BOUISSOU MORAIS. EDITORA DIMENSÃO. CONHEÇA A DIVERSIDADE DE ANIMAIS DO BRASIL E SUAS RELAÇÕES COM O EQUILÍBRIO DA NATUREZA E ENTENDA A IMPORTÂNCIA DA PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE. PARA ASSISTIR • BITA E OS ANIMAIS (DVD), SONY MUSIC. ANIMAÇÃO COM CANÇÕES SOBRE OS ANIMAIS E OS AMBIENTES EM QUE VIVEM. SUGESTÕES Desenvolvimento da aula Pode ser que esta seja a primeira vez que seus alunos são convidados a se autoavaliarem. Explique a eles o que signifi ca “autoavaliação” por meio de um paralelo com autorretrato. Diga que é o momento de pensarem sobre o que aprenderam e de regis- trarem isso. Peça que todos abram a página do livro e leia os tópicos da autoavaliação com eles. O objetivo desta seção é retomar os pontos principais da unidade, per- mitindo ao aluno perceber a evolução de seu conhecimento. Se necessário, incentive os alunos a consultar o texto da unidade, tire possíveis dúvidas e se certifi que de que todos os alunos con- seguiram compreender os temas abor- dados nesta unidade. Retome também as respostas dos alunos às questões iniciais, verifi cando se as ideias levan- tadas por eles se confi rmaram ou não. Mostre através delas quanto aprende- ram nesta unidade. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 008a017.indd 17 12/4/17 09:03 18 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. ENVIREIRA EMBAÚBA CEDRORANA 18 UNIDADE 2 OBSERVE AS IMAGENS E CONVERSE COM SEUS COLEGAS: 1. TODAS AS PLANTAS ILUSTRADAS SÃO ÁRVORES? ELAS SÃO IGUAIS? 2. ELAS SE PARECEM COM ÁRVORES QUE VOCÊ CONHECE? 3. VOCÊ JÁ VIU ÁRVORES TÃO DIFERENTES UMAS DAS OUTRAS COMO ESTAS? 4. VOCÊ ACHA QUE AS ÁRVORES PODEM SERVIR DE MORADA PARA OS ANIMAIS? COMO SÃO AS PLANTAS? IDENTIFICAR AS PRINCIPAIS PARTES DE UMA PLANTA. ENTENDER A FUNÇÃO DE ALGUMAS PARTES DAS PLANTAS. COMPREENDER A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA E DA LUZ PARA AS PLANTAS. RECONHECER AS RELAÇÕES ENTRE AS PLANTAS E OUTROS SERES VIVOS. NESTA UNIDADE VOCÊ VAI: Habilidades da BNCC trabalhadas nesta unidade EF02CI05 Investigar a importância da água e da luz para a manuten- ção da vida de plantas em geral. EF02CI06 Identifi car as principais partes de uma planta (raiz, caule, folhas, fl ores e frutos) e a função desempenhada por cada uma de- las, e analisar as relações entre as plantas, o ambiente e os demais seres vivos. As questões iniciais são disparadoras para a discussão e incrementadas pelas ilustrações de abertura desta unidade. Instigue os alunos a observar as ilustra- ções, conte que foram feitas pelos índios Ticuna. Pergunte como são as árvores mostradas nos desenhos. Oriente-os a observar as semelhanças e as diferenças entre elas e, em seguida, peça que ver- balizem o que notaram. Pode ser que os alunos respondam que todas as árvores mostradas no desenho são diferentes, porque elas possuem tamanho e cores das folhas diferentes, algumas dão fru- tos e outras não, etc. e que são “iguais” por apresentarem caule do tipo tronco. Incentive os alunos a dizer as carac- terísticas das árvores que eles conhe- cem e, em seguida, peça a eles que olhem a imagem da abertura e digam se alguma das árvores que eles conhe- cem se parece com alguma árvore re- presentada no desenho. Objetivos da unidade Nesta unidade pretende-se que o aluno aprenda a identifi car as principais partes de uma planta, tais como: raiz, caule, folhas, fl o- res, frutos e sementes. Além dis- so, espera-se que o aluno apren- da quais as funções que cada uma delas desempenha. Também pretende-se que os alunos com- preendam a importância que a água e a luz têm para as plantas: a água carrega os nutrientes do solo e é por meio da luz que as plantas produzem alimentos. Além disso, pretende-se que o aluno reconheça as relações exis- tentes entre as plantas eoutros seres vivos. Se na sua turma houver algum aluno com de- fi ciência visual, peça a ajuda dos alunos para fa- zer a descrição oral do que os diversos desenhos mostram. Além de desenvolve rem a habilidade para descrever, seus alunos estarão exercitando o respeito ao outro, o companheirismo, sendo so- lidários e vivenciando de forma concreta que as pessoas não são iguais, precisam de ajudas dife- rentes e que, muitas vezes, eles podem oferecer essa ajuda. É um momento precioso para exerci- tarem a cidadania. Nesse momento os alunos podem começar a analisar e discutir a importância das árvores. Uma ca- racterística que eles podem mencionar é a formação de frutos pelas árvores. Além disso, auxilie-os a com- preender que as árvores podem ser moradas de ani- mais. Pergunte: Que animais podem morar nas árvo- res? Você já viu algum animal em uma árvore? Conte. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 018a031.indd 18 10/3/19 2:56 PM 19MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. MARUPÁ SUCUPIRA ACAPU TANIBUCA MAÇARANDUBA CEDRO LOURO UCUUBA ANANI 19 G R U B E R , J u s s a ra G o m e s ( O rg .) ; O rg a n iz a ç ã o G e ra l d o s P ro fe s s o re s T ic u n a B ilí n g u e s . O l iv ro d a s á rv o re s . B e n ja m in C o n s ta n t: 1 9 9 7. D is p o n ív e l e m : < w w w .d o m in io p u b lic o .g o v. b r/ d o w n lo a d /t e x to /m e 0 0 2 0 4 0 .p d f> . • CORES ARTIFICIAIS • ELEMENTOS NÃO PROPORCIONAIS ENTRE SI ILUSTRAÇÕES PRODUZIDAS POR INDÍGENAS DA ETNIA TICUNA PARA A OBRA O LIVRO DAS ÁRVORES. A partir da observação das ilustra- ções, queremos despertar a curiosida- de dos alunos em relação à diversidade das plantas. Instigue-os perguntando, por exemplo: Onde vocês imaginam que existam árvores como essas mos- tradas nos desenhos? Ao nosso redor será que também existem árvores di- ferentes? Você já desenhou árvores diferentes assim, com detalhes mos- trando cores, folhas, troncos e frutos? Se possível, faça uma investigação sobre os tipos de árvores encontrados no entorno da escola e, também, na casa ou na rua onde os alunos moram. Avalie a possibilidade de construir um “livro das árvores”, com ilustrações e legendas com curiosidades, nome das árvores, animais que habitam aquela árvore, ou qualquer outra informação que seja interessante e pertinente para eles. Uma possibilidade para este traba- lho é cada aluno contribuir com uma ou duas fotos de árvores, que podem con- seguir por meio do celular de um adul- to e, eventualmente, imprimir. Oriente o aluno a levantar mais informações sobre as árvores que ele fotografou, como: local onde foi feita a fotografi a, se há animais que vivem na árvore, o nome da árvore, etc. Esse livro poderá, como trabalho coletivo da classe, ser levado para a casa de cada aluno para ser apreciado pelas famílias. Avalie a possibilidade de inserir algumas páginas a mais, em branco, para que as famílias também façam desenhos sobre as árvores. Sugestão para o professor Caso sinta necessidade, sugerimos ler o livro que inspirou esta abertura: O livro das árvores. Organizado por Jussara Gomes Gruber. Editora Global. Disponível em: <www.dominiopublico.gov. br/download/texto/me002040.pdf>. Acesso em: 4 set. 2017. O livro descreve a natureza segundo o povo indígena Ticuna. É relatada a intensa e rica relação entre esse povo e as árvores que formam as fl orestas onde vive. É uma oportunidade de os alunos conhecerem um pouco sobre os Ticuna, contemplar seus desenhos e aprender sobre a importância e a diversidade das árvores. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 018a031.indd 19 12/4/17 09:02 20 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 20 A DIVERSIDADE DAS PLANTAS AS PLANTAS PODEM TER CARACTERÍSTICAS BEM DIFERENTES UMAS DAS OUTRAS, COMO AS CORES DIFERENTES QUE PODEMOS OBSERVAR EM UM JARDIM. QUANTOS TIPOS DE PLANTA VOCÊ CONSEGUE IDENTIFICAR NAS IMAGENS ABAIXO? JARDIM BOTÂNICO DE CURITIBA, PARANÁ, 2015. AS RAÍZES DA VITÓRIA-RÉGIA, UMA PLANTA AQUÁTICA, SE FIXAM NO FUNDO DE LAGOS E DE RIOS. SUAS FOLHAS MEDEM CERCA DE 1 METRO E 50 CENTÍMETROS. POCONÉ, MATO GROSSO, 2017. A ARAUCÁRIA (PINHEIRO-DO-PARANÁ) CRESCE EM REGIÕES FRIAS E PODE ATINGIR 50 METROS. CAMPOS DO JORDÃO, SÃO PAULO, 2012. O MANDACARU É UM CACTO QUE ATINGE CERCA DE 5 METROS E É ENCONTRADO EM REGIÕES QUENTES DO BRASIL. ICAPUÍ, CEARÁ, 2014. F a b io C o lo m b in i/ A c e rv o d o f o tó g ra fo A n d ré D ib /P u ls a r Im a g e n s R u b e n s C h a v e s /P u ls a r Im a g e n s C e s a r D in iz /P u ls a r Im a g e n s • ELEMENTOS NÃO PROPORCIONAIS ENTRE SI Unidade 2 Desenvolvimento da aula O foco agora é reconhecer as ca- racterísticas visuais das plantas, como cores, tamanhos e regiões onde são encontradas. Também é importante que os alunos reconheçam que as ca- racterísticas das plantas que compõem determinado ambiente variam de acor- do com as condições climáticas desse ambiente. Você poderá comentar isso com eles a partir das fotografi as. Alguns exemplos de plantas são apresentados nas imagens que com- põem a página. Explore-as com os alunos, ajudando-os a perceber as diferentes cores, tamanhos e ambien- tes onde são encontradas. Quanto ao tamanho da vitória-régia, explique aos alunos que no livro estamos indicando o comprimento do diâmetro da plan- ta. Explique, em linhas gerais, o que é diâmetro. É interessante desenhar uma circunferência na lousa, marcar o centro e traçar uma reta de um lado a outro da circunferência passando pelo centro. Se possível, providencie um bar- bante cortado no diâmetro da vitó- ria-régia (1,50 m) e peça ajuda de dois alunos para abrirem o barbante e mostrarem para toda a turma. Peça que a classe observe o tamanho da vitória-régia fazendo comparações com os tamanhos dos alunos. Se na região da escola existir algumas des- sas plantas, você poderá incrementar a discussão propondo mais perguntas ao considerar que eles já visualizaram a espécie de perto. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 018a031.indd 20 12/4/17 09:02 21MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 21 AGORA É COM VOCÊ 1 OBSERVE A IMAGEM A SEGUIR. NELA VEMOS UMA HORTA COM ALGUNS TIPOS DE PLANTA. • COMO VOCÊ PODE DIFERENCIAR UMA PLANTA DA OUTRA? 2 DESENHE A FRUTA, A VERDURA OU O LEGUME QUE VOCÊ MAIS GOSTA DE COMER. DEPOIS, ESCREVA O NOME DO ALIMENTO. O M M B /S h u tt e rs to c k Desenvolvimento da aula A seção Agora é com você traz uma atividade que tem por objetivo reforçar e ampliar o conhecimento dos alunos dos tipos de plantas. Com a atividade 1, espera-se que os alunos observem todas as partes das plantas, sua estrutura, cor, tama- nho, etc. A atividade 2 pretende instigar os alunos a pensar em como eles conso- mem diferentes partes de várias plan- tas na sua alimentação. Vale destacar que, como seus alunos estão imer- sos no processo de alfabetização, as oportunidades de registro escrito são valorosas, principalmente ao serem associadas a atividades pertinentes, concretas de uso da linguagem. Aqui, particularmente, você pode estimular o aluno a escrever o nome do alimen- to. Se possível, organize um mural na sala de aula. Assim os alunos poderão ampliar as descobertas observando os trabalhos dos colegas. Aproveite a oportunidade para ampliar o processo de alfabetização com uma atividade de construção de um “dicionário dos nossos alimentos”, por exemplo. As- socie texto à ilustração e oriente-os quanto às especifi cidades de um di- cionário. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 018a031.indd 21 12/4/17 09:02 22 MANUAL DO PROFESSOR Reproduçãodo Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 22 AS CARACTERÍSTICAS DAS PLANTAS COMO TODOS OS SERES VIVOS, AS PLANTAS CRESCEM, REPRODUZEM-SE E MORREM. SERÁ QUE AS PLANTAS, ASSIM COMO OS ANIMAIS, TAMBÉM SE LOCOMOVEM? PARA RESPONDER A ESSA PERGUNTA, ANDE COM SEUS COLEGAS PELA SALA DE AULA. ISSO É LOCOMOÇÃO. DEPOIS PAREM EM UM LOCAL E MOVIMENTEM APENAS OS BRAÇOS. • QUE DIFERENÇA VOCÊS OBSERVARAM ENTRE LOCOMOVER-SE E MOVIMENTAR-SE? AS PLANTAS TÊM ALGUMAS CARACTERÍSTICAS QUE AS TORNAM DIFERENTES DOS ANIMAIS, COMO O FATO DE QUE ELAS NÃO SE LOCOMOVEM. NO ENTANTO, ELAS PODEM SE MOVIMENTAR. AS FLORES DO GIRASSOL, ESPÉCIE QUE PODE ATINGIR 2 METROS, SE MOVEM ACOMPANHANDO A POSIÇÃO DO SOL. AS FOLHAS DA DORMIDEIRA SE FECHAM COM UM LEVE TOQUE. RAMO COM CERCA DE 5 CENTÍMETROS. AO CONTRÁRIO DOS ANIMAIS, AS PLANTAS NÃO DEPENDEM DE OUTROS SERES VIVOS PARA SE ALIMENTAR. ELAS PRODUZEM SEU PRÓPRIO ALIMENTO. PARA ISSO, PRECISAM DE ÁGUA, LUZ E AR. S to c k P h o to s /L a ti n s to c k F o to s : M a rt in S h ie ld s /S c ie n c e S o u rc e /F o to a re n a • ELEMENTOS NÃO PROPORCIONAIS ENTRE SI Unidade 2 Desenvolvimento da aula Este é o momento para o trabalho com os conceitos de locomover-se e movimentar-se. Para os alunos vi- venciarem esses conceitos é proposta uma atividade na qual eles andam pela sala de aula e param em um lo- cal; em seguida eles mexem apenas os braços. Após a atividade, peça que diferenciem o signifi cado de locomo- ver-se e movimentar-se. Na verdade, a ideia de movimento é mais ampla e abarca, também, a ideia de loco- mover-se. Desta forma, a locomoção nada mais é do que um tipo de movi- mento especial, que leva o organismo a se deslocar no espaço. Se você tiver um dicionário coletivo sendo produzi- do com a turma, aproveite para pedir que insiram essas duas palavras. Você pode, ainda, pegar um dicionário e ler para a turma as duas defi nições. A questão fi nal da atividade tem por objetivo verifi car se os alunos compreenderam a diferença entre lo- comover-se e movimentar-se. Esse é o momento para solicitar que deem alguns sinônimos para essas palavras. Por exemplo: Locomover – andar, ir, caminhar, deslocar-se, etc. Movimentar – mexer, sacudir, agi- tar, balançar, etc. No fi nal da página começam a ser inseridos os conceitos de alimentação das plantas. Esses conceitos são relati- vamente abstratos, e eles serão refor- çados na página seguinte. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 018a031.indd 22 12/4/17 09:02 23MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 23 A MAIORIA DAS PLANTAS TEM RAÍZES, CAULE E FOLHAS. ALGUMAS TAMBÉM POSSUEM FLORES E FRUTOS. AS RAÍZES ABSORVEM ÁGUA COM NUTRIENTES DO SOLO. O CAULE LEVA ESSA ÁGUA PARA TODAS AS PARTES DA PLANTA. NA PRESENÇA DE LUZ, AS FOLHAS TRANSFORMAM A ÁGUA E PARTE DO AR ABSORVIDO EM ALIMENTO, QUE É DISTRIBUÍDO PARA TODAS AS PARTES DA PLANTA. • CORES ARTIFICIAIS • ESQUEMA SIMPLIFICADO • ELEMENTOS NÃO PROPORCIONAIS ENTRE SI AS RAÍZES FIXAM A PLANTA NO SOLO. NUTRIENTE: SUBSTÂNCIA QUE NUTRE E É ESSENCIAL PARA A VIDA. A PLANTA MORRE SE NÃO RECEBER ÁGUA PARA PRODUZIR SEU ALIMENTO. FRUTO FOLHA CAULE RAIZ FLOR W a ld o m ir o N e to /A rq u iv o d a e d it o ra S h a m s a n o r/ S h u tt e rs to ck F a b io C o lo m b in i/ A c e rv o d o f o tó g ra fo Desenvolvimento da aula A imagem usada nesta página apresenta um tomateiro (com indica- ção de suas partes), planta que pode ser encontrada em quase todo o Brasil. Para complementar essa atividade, é interessante que você leve para a escola uma planta de pequeno porte, que pode ser obtida em fl oriculturas ou lojas de jardinagem. Assim, os alunos poderão identifi car com mais detalhe cada parte do vegetal. Orien- te-os a manusear a planta com cuida- do, possibilitando seu replantio após o término da atividade. Chame a atenção dos alunos para as formas e a textura das folhas. Expli- que que nas raízes e no caule há tubos fi nos, invisíveis a olho nu, que condu- zem a água e os sais minerais que as plantas absorvem (retiram) do solo. Conte aos alunos que as fl ores, mais tarde, originam os frutos, dentro dos quais existem sementes. Apresente assim a ideia de que fl ores, frutos e se- mentes estão relacionados à formação de novas plantas iguais (reprodução). A princípio, falar em “alimento” fa- bricado pela planta pode parecer abs- trato e não palpável para os alunos. Por isso, comente que, assim como os seres humanos precisam de alimento para viver, as plantas também preci- sam. Pode-se falar que esse alimento é um tipo de açúcar e que seu excesso quase sempre é armazenado em par- tes subterrâneas da própria planta, sob a forma de amido, maior compo- nente das farinhas, como a farinha de trigo, a fécula de batata, a farinha de mandioca. Os frutos e as sementes também armazenam o açúcar produ- zido nas folhas. Com esses exemplos você pode auxiliar o aluno a compreender que as plantas produzem seu próprio ali- mento e que parte desse alimento é utilizada por elas e a outra parte, pelos animais que dependem delas direta ou indiretamente. Diretamente no caso de animais que só comem plantas e indiretamente no caso de animais que comem os animais que comem as plantas. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 018a031.indd 23 12/4/17 09:02 24 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 24 OS FRUTOS DAS PLANTAS CONTÊM SEMENTES. A PARTIR DESSAS SEMENTES, NOVAS PLANTAS NASCEM E SE DESENVOLVEM. AS SEMENTES FICAM DENTRO DO FRUTO. ÁRVORES AS ÁRVORES SÃO AS MAIORES PLANTAS DO MUNDO. A MAIORIA DELAS FICA MUITO MAIS ALTA DO QUE NÓS. TODAS AS ÁRVORES TÊM TRONCO, FOLHAS, GALHOS E RAÍZES COMPRIDAS QUE SE ESTICAM PARA DEBAIXO DO SOLO. AS ÁRVORES VIVEM BEM MAIS QUE NÓS. A MAIS VELHA QUE EXISTE TEM CERCA DE 4 MIL ANOS E FICA NA CALIFÓRNIA, NOS ESTADOS UNIDOS. PENELOPE ARLON. ÁRVORES. SÃO PAULO: CARAMELO, 2006. (COLEÇÃO PRIMEIRAS DESCOBERTAS). 1. AS ÁRVORES SÃO AS MAIORES PLANTAS DO MUNDO, MAS ELAS NÃO COMEÇAM A VIDA JÁ GRANDES. COMO É O INÍCIO DA VIDA DE UMA ÁRVORE? 2. NA SUA OPINIÃO, É IMPORTANTE PRESERVAR AS PLANTAS? O QUE VOCÊ PODE FAZER PARA COLABORAR COM A PRESERVAÇÃO DELAS? Com uma semente. Resposta pessoal. VAMOS FALAR SOBRE... S te v e A lle n /S h u tt e rs to ck Unidade 2 Desenvolvimento da aula Inicie o trabalho lembrando que os frutos e sementes sempre provêm de uma fl or. Ao discutir sobre o fruto, ressalte que fruto geralmente contém sementes, tais como: a vagem, a be- rinjela, o pepino ou o tomate. Deixe isso claro para que os alunos não con- siderem apenas o que é conhecido po- pularmente como fruta (frutos comes- tíveis mais adocicados, como maçã, pera, laranja, etc.). Ou seja, fruto, em termos botânicos, é toda estrutura, doce ou não, que contém sementes. As sementes são as partes da planta que, quando germinarem, darão ori- gem a novas plantas. A seção Vamos falar sobre... traz um texto sobre as árvores e algu- mas de suas estruturas. Faça a leitura compartilhada com os alunos e peça a eles que façam as atividades. Na atividade 1, espera-se que o aluno responda que o início da vida de uma árvore se dá com a semente. Esta atividade pode ser estimulada por perguntas como: Como uma árvore começa a nascer?; Alguém já plantou uma árvore?; Qual era o tamanho dela nesse momento? Na atividade 2, direcione a con- versa fazendo outros questionamen- tos, por exemplo: Se todas as árvores grandes fossem derrubadas do plane- ta Terra, muitas aves perderiam seus locais naturais para fazer ninhos. Isso seria ruim? Mencione aos alunos que muitas aves, assim como os insetos, têm o papel de polinizar asfl ores das plantas, o que permite sua reprodu- ção. Assim, várias plantas que de- pendem das aves para a polinização poderiam desaparecer e isso poderia afetar a quantidade de alimento dis- ponível para os animais e para os se- res humanos. Como você pode ajudar a preservar as plantas? Sugestão para os alunos Esse é um bom momento para ler com os alunos o livro Era uma vez uma semente, indicado no fi nal da unidade. O livro traz a história de uma semente que vai virar uma planta adulta. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 018a031.indd 24 12/4/17 09:02 25MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. VAMOS INVESTIGAR 25 A GERMINAÇÃO DA SEMENTE DO FEIJÃO VAMOS TESTAR A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA E DA LUZ NA GERMINAÇÃO DO FEIJÃO. LEVANTANDO HIPÓTESES • PINTE O QUE VOCÊ ACHA QUE OS FEIJÕES PRECISAM PARA GERMINAR. OS FEIJÕES PRECISAM DE ÁGUA E DE LUZ. OS FEIJÕES PRECISAM DE ÁGUA, MAS NÃO DE LUZ. OS FEIJÕES PRECISAM DE LUZ, MAS NÃO DE ÁGUA. MATERIAL • ALGODÃO • PAPEL-ALUMÍNIO • DEZESSEIS SEMENTES DE FEIJÃO • QUATRO POTES PEQUENOS DE PLÁSTICO NÃO TRANSPARENTE, LIMPOS E SECOS COMO FAZER 1. NUMERE OS POTES DE 1 A 4. 2. COLOQUE ALGODÃO NO FUNDO DOS QUATRO POTES. 3. EM CADA POTE, SOBRE O ALGODÃO, COLOQUE QUATRO FEIJÕES. 4. MOLHE O ALGODÃO DO POTE 1, SEM ENCHARCAR. 5. MOLHE O ALGODÃO DO POTE 2, SEM ENCHARCAR. DEPOIS, CUBRA COM PAPEL-ALUMÍNIO E FIXE BEM. GERMINAÇÃO: PROCESSO INICIAL DE DESENVOLVIMENTO DE UMA SEMENTE. SEMENTE DE FEIJÃO GERMINANDO. S o l d e Z u a s n a b a r B re b b ia /G e tt y I m a g e s Desenvolvimento da aula A seção Vamos investigar pro- põe um experimento no qual os alu- nos vão identifi car o que é necessário para que o feijão germine. Eles farão o trabalho de levantamento de hipó- teses, realização do experimento, ob- servação dos resultados e, fi nalmente, obtenção da conclusão, aceitando ou rejeitando as suposições, ou melhor, as hipóteses iniciais. Antes de fazer o experimento, esti- mule os alunos a pensar sobre o que é necessário para que as sementes germinem. Nesse primeiro momento, deixe que os alunos escolham sua res- posta reforçando que é uma primeira suposição e que essa hipótese será confi rmada ou não por uma investiga- ção que eles farão em seguida. É comum que os alunos queiram “acertar”, ou ainda que desejem agradar o professor indicando qual é a resposta correta. Estimule sempre sua turma, em todas as situações de aprendizagem, a levantar suposições e hipóteses, pois esta é uma forma de testar nossas ideias, nossas previsões. Nossas suposições podem ser confi r- madas ou não pelos resultados dos experimentos. O que mais importa é registrar nossa hipótese para depois partir para a observação, os testes e as análises dos resultados, que nos levarão às conclusões e à checagem das nossas suposições iniciais. Esse é o procedimento de uma investigação científi ca e você estará propiciando que seus alunos sejam inseridos nesse universo de forma concreta, com sua assistência e com muitas aprendiza- gens signifi cativas. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 018a031.indd 25 12/4/17 09:02 26 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 26 VAMOS INVESTIGAR 6. NÃO MOLHE O ALGODÃO DO POTE 3. 7. NÃO MOLHE O ALGODÃO DO POTE 4. DEPOIS CUBRA COM PAPEL-ALUMÍNIO E FIXE BEM. 8. DEIXE TODOS OS POTES NO MESMO LOCAL DURANTE SEIS DIAS. OBSERVAÇÕES 1. APÓS SEIS DIAS, RETIRE O PAPEL-ALUMÍNIO E OBSERVE O QUE ACONTECEU EM CADA UM DOS QUATRO POTES. 2. ANOTE SUAS OBSERVAÇÕES. SE POSSÍVEL, FOTOGRAFE O RESULTADO DE CADA UM DOS POTES. 3. COMPARE SEUS RESULTADOS COM OS DE SEUS COLEGAS. CONCLUSÃO 1 O QUE VOCÊ OBSERVOU APÓS SEIS DIAS? ASSINALE COM UM X OS POTES ONDE OS FEIJÕES GERMINARAM: X POTE 1 – FEIJÕES QUE RECEBERAM ÁGUA E LUZ. X POTE 2 – FEIJÕES QUE RECEBERAM APENAS ÁGUA. POTE 3 – FEIJÕES QUE RECEBERAM APENAS LUZ. POTE 4 – FEIJÕES QUE NÃO RECEBERAM ÁGUA NEM LUZ. 2 DO QUE NECESSITAM AS SEMENTES DE FEIJÃO PARA GERMINAR? OS FEIJÕES PRECISAM DE ÁGUA E DE LUZ PARA GERMINAR. X OS FEIJÕES PRECISAM DE ÁGUA, MAS NÃO DE LUZ. OS FEIJÕES PRECISAM DE LUZ, MAS NÃO DE ÁGUA. 3 COMPARE OS RESULTADOS COM SUA HIPÓTESE. ELA SE CONFIRMOU? SIM NÃO Resposta pessoal. Unidade 2 Desenvolvimento da aula Explique para a turma que testar cada fator – água e luz – isoladamen- te e comparar os resultados obtidos é importante para obter conclusões con- fi áveis. Essa explicação é fundamental para que os alunos entendam como fazer a preparação dos potinhos. Leia todas as etapas do procedi- mento com seus alunos para que eles entendam como fazer a preparação do experimento. Após a realização do experimento, espera-se que as sementes que rece- beram água e luz (pote 1) germinem, assim como as sementes que rece- beram somente água (pote 2). Já as sementes dos potes 3 e 4, que não fo- ram molhadas, não devem germinar. Isso poderá ser uma surpresa para os alunos, que, assim, deverão concluir que apenas a água, mas não a luz, é necessária à germinação do feijão. Isso não se aplica, necessariamente, a todos os tipos de semente. Por ou- tro lado, a luz é necessária mais tarde para o crescimento das plântulas de feijão (quando as folhinhas aparece- rem), já que participa do processo de fabricação de alimento da planta (fo- tossíntese). Peça que os alunos registrem os resultados observados. Eles devem anotar a data em que foi feita a ob- servação e o que eles observaram. O registro pode ser feito por meio de desenho, escrita ou fotografi as. Ou ainda com associação de dois ou três desses elementos. Volte às suposições inicialmente feita pelos alunos para fechar as conclusões a que chegaram após o período de observações, veri- fi cando se as suposições se confi rma- ram ou não. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 018a031.indd 26 12/4/17 09:02 27MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 27 AGORA É COM VOCÊ A n to n -B u ra k o v /S h u tt e rs to ck S to ck P h o to s /L a ti n s to ck S to ck P h o to s /L a ti n s to ck 1 A MAIORIA DAS PLANTAS TEM RAIZ, CAULE, FOLHA, FLOR, FRUTO E SEMENTE. CADA UMA DESSAS PARTES TEM UMA OU MAIS FUNÇÕES. A) LIGUE CADA PARTE DE DIFERENTES PLANTAS À FUNÇÃO QUE ELA REALIZA. 1. PRODUZIR ALIMENTO. 2. PROTEGER AS SEMENTES. 3. GERMINAR FORMANDO UMA NOVA PLANTA. 4. SUSTENTAR A PLANTA, COM SEUS GALHOS E FOLHAS. 5. ABSORVER ÁGUA DO SOLO E FIXAR A PLANTA. 6. FORMAR O FRUTO E A SEMENTE. to n g o 5 1 /S h u tt e rs to ck S to ck P h o to s /L a ti n s to ck M a d le n /S h u tt e rs to ck • ELEMENTOS NÃO PROPORCIONAIS ENTRE SI Desenvolvimento da aula A atividade 1 da seção Agora é com você tem por objetivo sis- tematizar e ampliar o conhecimento dos alunos acerca das partes e fun- ções das plantas. Reforce a noção de que flores formam frutos e se- mentes, portanto este conjunto está relacionado à reprodução da planta. Espera-se que o aluno faça as se- guintes relações: Produzir alimento – Folhas Proteger as sementes – Fruto Germinar, formando uma nova planta – Sementes Sustentar a planta, com seus ga- lhos e folhas – Caule Absorver água do solo e fi xar a planta – Raiz Formar os frutos e as sementes – Flores 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 018a031.indd 27 12/4/17 09:03 28 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 2 Desenvolvimento da aula Para o item b da atividade 1 es- pera-se que os alunos reconheçam no desenho quais são as seis partes da planta que estudaram na unidade. A atividade 2 apresenta uma tiri- nha da Turma da Mônica na qual cada uma das personagens está cuidando de uma planta diferente. Essaativi- dade tem por fi nalidade desenvolver a habilidade de interpretar imagens. Espera-se que eles notem que as per- sonagens Magali e Cebolinha estão regando as plantas. Já a personagem Cascão não está regando a sua planta (um cacto), pois essa planta não pre- cisa de muita água para crescer, além do fato de a personagem Cascão ter medo de água. Pergunte se alguém cultiva cacto em casa e peça que conte como a planta é cuidada. Aproveite para conversar com eles sobre o cuidado com os cactos, uma vez que eles apresentam espinhos que podem ferir as pessoas. Você pode comentar com seus alu- nos que, no caso do item a da ativi- dade 2, há mais de uma resposta possível. Incentive-os a descobrir que respostas são essas: além de ambos estarem molhando a planta, também estão olhando para ela e pensando nela. A rigor, a única coisa que eles não estão fazendo é podar a planta. Sugestão para os alunos Este é um bom momento para ler com os alunos o livro Mamão, melancia, tecido e poesia, indicado no fi nal da unidade. O livro apresenta várias adivinhas sobre as frutas tropicais. De forma divertida os alunos podem tentar adivinhar as frutas. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. AGORA É COM VOCÊ 28 © M a u ri c io d e S o u s a /M a u ri c io d e S o u s a E d it o ra L td a . TURMA DA MïNICA, DE MAURICIO DE SOUSA. B) INDIQUE, NA FIGURA AO LADO, OS NÚMEROS QUE CORRESPONDEM A CADA UMA DAS PARTES DA PLANTA. MARQUE COM UM X: A) O QUE CEBOLINHA E MAGALI ESTÃO FAZENDO PARA QUE A PLANTA POSSA CRESCER? X ESTÃO MOLHANDO A PLANTA. ESTÃO PODANDO A PLANTA. ESTÃO OLHANDO A PLANTA. ESTÃO PENSANDO NA PLANTA. B) CASCÃO NÃO ESTÁ FAZENDO A MESMA COISA QUE CEBOLINHA E MAGALI. POR QUE ELE ESCOLHEU UM CACTO COMO PLANTA DE ESTIMAÇÃO? Porque o cacto não precisa de muita água para viver. • CORES ARTIFICIAIS • ESQUEMA SIMPLIFICADO • ELEMENTOS NÃO PROPORCIONAIS ENTRE SI 2 LEIA A HISTÓRIA EM QUADRINHOS. W a ld o m ir o N e to / A rq u iv o d a e d it o ra 1. RAIZ 2. CAULE 3. FLOR 4. FOLHA 5. FRUTO 4 2 1 5 3 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 018a031.indd 28 12/4/17 09:03 29MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Desenvolvimento da aula Faça a leitura compartilhada do texto com os alunos. Nesse momento é importante que eles compreendam que todos os animais dependem das plantas. Alguns comem plantas dire- tamente (como a cutia), outros comem animais que comem plantas (como a jaguatirica). Sem as plantas, que fa- bricam seu alimento, os animais não poderiam sobreviver. No momento em que estiver con- duzindo a discussão, é interessante inserir questões aos alunos como: “A luz é fundamental para que as plantas produzam seu alimento. Nesse caso, ela também é fundamental para os animais?”. Ao pensar sobre essas questões, esperamos que os alunos entendam que os seres não dependem apenas uns dos outros para sobrevi- ver. Outros elementos do ambiente, como luz, água, ar, solo e vento, tam- bém são essenciais para a manuten- ção da vida na Terra, ainda que, nesse momento, os alunos reconheçam mais facilmente apenas a importância e a necessidade da luz e da água. Esse assunto será retomado e apro- fundado na unidade 1 do volume 2. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 29 AS PLANTAS E OS ANIMAIS NO AMBIENTE VOCÊ APRENDEU QUE AS PLANTAS PRODUZEM SEU PRÓPRIO ALIMENTO. OS ANIMAIS NÃO FAZEM ISSO. PARA SE ALIMENTAREM, ELES PODEM COMER PLANTAS OU OUTROS ANIMAIS. UMA CUTIA EM UMA FLORESTA PODE COMER FRUTOS. UMA JAGUATIRICA, NESSA MESMA FLORESTA, PODE SE ALIMENTAR DA CUTIA. A CUTIA E A JAGUATIRICA VIVEM NA MATA ATLÂNTICA. • A CUTIA DEPENDE DAS PLANTAS PARA SE ALIMENTAR. VOCÊ ACHA QUE A JAGUATIRICA TAMBÉM DEPENDE DAS PLANTAS DE QUE A CUTIA SE ALIMENTA? CUTIA. TAMANHO: CERCA DE 60 CENTÍMETROS. JAGUATIRICA. TAMANHO: CERCA DE 1 METRO. V in ic iu s B a c a ri n /S h u tt e rs to ck J u rg e n & C h ri s ti n e S o h n s /F L P A /D io m e d ia • ELEMENTOS NÃO PROPORCIONAIS ENTRE SI 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 018a031.indd 29 12/4/17 09:03 30 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 2 Desenvolvimento da aula Por meio da realização destas ati- vidades seus alunos poderão sintetizar e fi xar o conteúdo que foi aprendido durante a unidade. Na atividade 1, pretende-se que o aluno relacione cor- retamente cada um dos seres vivos com a forma como ele interage com o meio ambiente e com outros seres vivos. A fi m de ajudar os alunos nessa interpre- tação, a atividade apresenta fotos com exemplos dessas interações. Converse com eles, conduzindo a observação das fotos especifi camente nesse tópico para que visualizem tais interações. A atividade 2 tem por fi nalidade reforçar a ideia de que todos os seres vivos de um ambiente dependem uns dos outros e do ambiente em que vi- vem para sobreviver. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 30 AGORA É COM VOCÊ 1 OBSERVE AS IMAGENS. DEPOIS, LIGUE O NOME DO SER VIVO À FORMA COMO ELE INTERAGE COM O AMBIENTE. 2 AS IMAGENS A SEGUIR MOSTRAM DOIS SERES VIVOS DIFERENTES. PERIQUITO VIVE NA ÁGUA E SE ALIMENTA DE OUTROS ANIMAIS. ÁRVORE PRECISA DAS ÁRVORES PARA VIVER E COME FRUTOS. VACA PRODUZ SEU PRÓPRIO ALIMENTO NA PRESENÇA DE LUZ. JACARÉ COME GRAMA E PODE SER ALIMENTO DE OUTROS ANIMAIS. ASSINALE COM UM X AS AFIRMAÇÕES CORRETAS SOBRE ESSES SERES VIVOS. UM DESSES SERES VIVOS PODE SERVIR DE ABRIGO PARA OUTROS. OS DOIS SERES VIVOS CRESCEM, REPRODUZEM-SE E MORREM. A ÁRVORE DEPENDE DO AMBIENTE PARA VIVER, E O MACACO NÃO DEPENDE. TANTO A ÁRVORE COMO O MACACO TÊM A CAPACIDADE DE SE LOCOMOVER. X X O n d re j P ro s ic k y /S h u tt e rs to ck C a tc h e r o f L ig h t, I n c ./ S h u tt e rs to ck G ri s h a B ru e v /S h u tt e rs to ck s m e re k a /S h u tt e rs to ck PAU-BRASIL. E d s o n G ra n d is o li/ P u ls a r Im a g e n s MACACO-PREGO COMENDO UM FRUTO. d p a P ic tu re A lli a n c e /A la m y /L a ti n • ELEMENTOS NÃO PROPORCIONAIS ENTRE SI 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 018a031.indd 30 12/4/17 09:03 31MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Desenvolvimento da aula O objetivo desta seção é retomar os pontos principais da unidade, per- mitindo ao aluno perceber a evolução de seu conhecimento. Se necessário, incentive os alunos a consultar o texto da unidade, tire possíveis dúvidas e se certifi que de que todos os alunos con- seguiram compreender os temas abor- dados nesta unidade. Retome também as respostas dos alunos às questões iniciais, verifi cando se as ideias levan- tadas por eles se confi rmaram ou não. Mostre através delas quanto aprende- ram nesta unidade. De posse dos registros focados em suas avaliações processuais, apresente aos seus alunos, ou a alguns pontual- mente, os progressos e as conquistas que tiveram nas aprendizagens no transcorrer do trabalho nesta unidade. Eles poderão, assim, visualizar os diver- sos estágios das aprendizagens, com- preender como evoluíram, se alegrar por tais conquistas e se motivar a se- guir em frente aprendendo muito mais. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 31 AGORA É HORA DE PENSAR SOBRE O QUE VOCÊ EXPERIMENTOU E APRENDEU. MARQUE UM X NA OPÇÃO QUE MELHOR REPRESENTA SEU DESEMPENHO. 1. IDENTIFICO AS PRINCIPAIS PARTES DE UMA PLANTA. 2. ENTENDO A FUNÇÃO DE ALGUMAS PARTES DAS PLANTAS. 3. COMPREENDO A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA E DA LUZ PARA AS PLANTAS. 4. RECONHEÇO AS RELAÇÕES ENTRE AS PLANTAS E OS DEMAIS SERES VIVOS. AUTOAVALIAÇÃO PARA LER • ERA UMA VEZ UMA SEMENTE, DE JUDITH ANDERSON E MIKE GORDON. EDITORA SCIPIONE. O LIVRO CONTA A HISTÓRIA DE UMA SEMENTE QUE VAI VIRAR UMA PLANTA ADULTA. ACOMPANHE A HISTÓRIA DE UMA MENINA E SEU AVÔ, QUE OBSERVAM O PROCESSODE DESENVOLVIMENTO DAS PLANTAS. • MAMÃO, MELANCIA, TECIDO E POESIA, DE FÁBIO SOMBRA. EDITORA MODERNA. QUE TAL DECIFRAR ADIVINHAS SOBRE AS FRUTAS TROPICAIS? POR MEIO DE RIMAS E VERSOS, SAIBA MAIS SOBRE AS FRUTAS ENCONTRADAS EM PAÍSES DE CLIMA TROPICAL. SUGESTÕES R e p ro d u ç ã o /E d . S c ip io n e E d it o ra M o d e rn a /A rq u iv o d a e d it o ra 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 018a031.indd 31 12/4/17 09:03 32 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. NESTA UNIDADE VOCÊ VAI: 32 UNIDADE 3 OBSERVE A IMAGEM E CONVERSE COM SEUS COLEGAS: 1. O QUE ESTÁ REPRESENTADO NA PINTURA? 2. HÁ SERES VIVOS NESTE AMBIENTE? QUAIS? 3. E O QUE MAIS EXISTE NESTE AMBIENTE? 4. VOCÊ ACHA QUE ESTE É UM AMBIENTE AQUÁTICO OU UM AMBIENTE TERRESTE? Uma fl oresta com vegetação variada e animais. Um ambiente terrestre. ONDE HABITAM OS SERES VIVOS? OBSERVAR O AMBIENTE EM QUE VOCÊ VIVE. IDENTIFICAR OS COMPONENTES DOS AMBIENTES. CLASSIFICAR OS TIPOS DE AMBIENTE. DIFERENCIAR SER VIVO DE ELEMENTO NÃO VIVO. Sim, serpente, macacos e plantas. O céu, pedra e água. Habilidades da BNCC trabalhadas nesta unidade Nesta unidade é apresentado um conteúdo adicional não relacionado diretamente às habilidades da BNCC, mas que favorece o trabalho com a unidade temática Vida e evolução e que aborda o ambiente em que os alunos vivem e os elementos que o compõem. As questões iniciais poderão ser respondidas oralmente. Essa conver- sa possibilita o desenvolvimento da habilidade oral e a integração en- tre os alunos. Também é uma ótima oportunidade para você, professor, estimular a curiosidade da turma, para instigá-los tanto nos procedimentos de observação quanto nas discussões em sala ao relatarem e ouvirem o que observaram. Espera-se que, ao atentar para a imagem, o aluno perceba a presen- ça de elementos que ele já conhece, como a vegetação variada e animais. Pode ser que algum aluno cite tam- bém a pedra e o solo. Anote, na lou- sa, todos os elementos que os alunos citarem. Em seguida, pergunte quais deles são seres vivos, esperando que eles respondam que são as plantas, a serpente e os macacos. Pergunte o que mais eles podem observar na imagem e anote na lousa as respostas. Nesse momento é im- portante comentar que, apesar de não ser possível ver na pintura, o ar é um elemento não vivo que está presente no ambiente retratado. Comente com eles que é o mesmo que ocorre com o ar que está ao nosso redor. Objetivos da unidade Nesta unidade pretende-se que o aluno reconheça o ambiente em que vive identifi cando os compo- nentes desse ambiente, sejam eles seres vivos ou elementos não vi- vos. Além disso, pretende-se que o aluno reconheça as principais características dos seres vivos e dos elementos não vivos, possibili- tando estabelecer diferenças, bem como perceber a dependência que há entre os elementos que com- põem o ambiente. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 032a047.indd 32 12/4/17 09:02 33MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 33 FLORESTA TROPICAL COM MACACOS, DE HENRI ROUSSEAU, 1910. ÓLEO SOBRE TELA, COLEÇÃO PARTICULAR. A rt o k o lo ro Q u in t L o x L im it e d /A la m y /L a ti n s to ck /G a le ri a N a c io n a l d e A rt e , W a s h in g to n , D C , E U A . Oriente os alunos a contemplarem a pintura, peça que reparem nos traços dos desenhos, nas cores utilizadas e no que mais possa atrair a atenção de- les. Questione a turma: Quem fez essa pintura? Quando foi? Como se chama o quadro pintado por Henri Rousseau? Onde foi que vocês descobriram tudo isso? Seus alunos reconhecerão a im- portância das informações obtidas através de legendas, como neste caso. Se julgar interessante, explique-lhes o que signifi ca a técnica “óleo sobre tela” e a informação “coleção particu- lar”. Vale a pena orientá-los sobre as formas de descobrir essas informações e de se apropriar de conhecimentos que chegam até nós de maneiras di- ferentes, como o caso dessa legenda. Diga aos alunos que nesta unida- de eles vão observar e comparar os ambientes. Depois, pergunte-lhes em que ambientes eles vivem. Talvez eles digam que o ambiente em que eles vi- vem é a casa onde moram, ou o bairro onde está a casa, ou a cidade. Todos esses lugares são ambientes onde o aluno está inserido. Ao longo da unidade ele terá condições de ir cons- truindo o conceito de ambiente. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 032a047.indd 33 12/4/17 09:02 34 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 3 Desenvolvimento da aula Faça a leitura do texto de for- ma compartilhada com seus alunos. Caso se deparem com alguma pala- vra desconhecida, oriente-os sobre o signifi cado. Antes de trabalharem na elaboração do desenho, permita que contem quais são os seres vivos que há na casa onde moram. Trata-se tam- bém de mais um momento para exer- citar a capacidade de falar e de ouvir. Na primeira atividade os alunos po- dem desenhar tanto o espaço interno quanto o externo da casa. Deixe-os li- vres para reproduzir qualquer que seja a imagem da moradia onde habitam. Incentive-os a produzir um desenho detalhado, pois, quanto mais detalhes houver, mais bem realizada será a ati- vidade da seção Vamos investigar, proposta na página seguinte. A atividade oral solicita a conversa sobre algum espaço lúdico, onde ge- ralmente acontecem suas brincadeiras – o quarto, o quintal, a sala, etc. Es- timule os alunos a lembrar de como é esse espaço e os elementos contidos nele. Se houver no grupo algum aluno com defi ciência visual, peça que ele descreva oralmente as percepções que tem do local onde vive. Ele po- derá fazer tal relato para toda a tur- ma. Trata-se de uma maneira de ele também participar do processo de investigação. Sugestão para os alunos Esse é um bom momento para ler com os alunos o livro O joão-de-barro, indicado no fi nal da unidade. O livro apresenta como é a casa e a vida do joão-de-barro, ave que é uma excelente construtora. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 34 COMO É MINHA MORADIA TUDO QUE ESTÁ EM TORNO DE NÓS PODE SER CHAMADO DE AMBIENTE. OS LOCAIS ONDE MORAMOS, ESTUDAMOS, PASSEAMOS E BRINCAMOS SÃO AMBIENTES. EM CADA AMBIENTE, PODEM EXISTIR ELEMENTOS VARIADOS, COMO A ÁGUA, O AR, O SOLO, A LUZ, OS SERES VIVOS, AS CONSTRUÇÕES, ETC. COSTUMAMOS CHAMAR O AMBIENTE ONDE MORAMOS DE “NOSSA CASA”. A NOSSA CASA É A NOSSA MORADIA, E NELA VIVEM PESSOAS E, MUITAS VEZES, OUTROS SERES VIVOS, COMO PLANTAS E ANIMAIS. EXISTEM VÁRIOS TIPOS DE MORADIA. COMO É A SUA? FAÇA UM DESENHO NO QUADRO ABAIXO. • EM QUAL ESPAÇO DA SUA CASA VOCÊ MAIS GOSTA DE FICAR? O QUE EXISTE NESSE LUGAR QUE AGRADA VOCÊ? Resposta pessoal. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 032a047.indd 34 12/4/17 09:02 35MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Desenvolvimento da aula Leia os textos de forma coletiva so- licitando a participação dos alunos. Em seguida, convide a turma a descrever a imagem da moradia indígena desta página procurando, conjuntamente, levantar as semelhanças e diferenças com relação à casa do colega. Na atividade 1, após os alunos analisarem a imagem da moradia in- dígena, comente que há diversos tipos de moradias indígenas e que nem to- das elas são coletivas. Os Wajãpi, que vivem nos estados do Amapá e do Pará, no Brasil, e na Guiana Francesa, constroem casas em que habita uma única família. Diga também que as formas das casas variam segundo os costumes de cada grupo: podem ser circulares, retangulares, pentagonais, ovais. O formato das aldeias também muda de acordo com o povo. Nas atividades 2 e 3 os alunos, ao observarem seu desenho, podem perceber quehá mais no ambiente em que vivem do que conseguiram repre- sentar. Dessa forma, sugerimos pedir a eles que completem os desenhos com itens que assinalaram e que não foram representados. Entre os itens que apre- sentamos, há seres vivos, como plantas, animais e cogumelos, e elementos não vivos, como ar, água, solo e luz. Nesse momento não há necessidade de deta- lhar a diferença entre os seres vivos e os elementos não vivos, pois ela será apre- sentada com mais detalhes ainda nesta unidade. É provável que alguns alunos não reconheçam a presença de cogume- los em sua moradia, pois eles costumam estar presentes em lugares bem úmidos, por isso não podem ser observados em moradias como apartamentos. Proponha aos alunos que observem os dois tipos de moradia e que des- crevam o que veem neles. Se possível, faça perguntas como: Quais seres vi- vos podem viver no ambiente em que está essa moradia?; Quais difi cilmente poderiam ser encontrados? Caso haja na sala algum aluno com defi ciência visual, seria interessante pe- dir a ele que descreva aos colegas como ele percebe a presença da luz do Sol, do ar e de cada um dos elementos citados. É importante que os alunos compreen- dam que a percepção do ambiente pode acontecer por outros órgãos dos sentidos além da visão, como o tato. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. VAMOS INVESTIGAR 35 TODAS AS MORADIAS SÃO IGUAIS? VAMOS INVESTIGAR AS CARACTERÍSTICAS DAS MORADIAS? OBSERVAÇÕES 1 VEJA A MORADIA INDÍGENA ABAIXO. ELA SE PARECE COM A SUA? 2 OLHE O DESENHO QUE VOCÊ FEZ NA PÁGINA ANTERIOR. QUAIS SÃO AS SEMELHANÇAS ENTRE A SUA MORADIA E A MORADIA INDÍGENA? 3 QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS ENTRE AS DUAS MORADIAS? COLETA DE DADOS • OBSERVE O DESENHO DA SUA MORADIA NA PÁGINA ANTERIOR E MARQUE COM UM X O QUE EXISTE NELA. LUZ AR SOLO PEDRAS PLANTAS ANIMAIS COGUMELOS ÁGUA W a ld o m ir o N e to /A rq u iv o d a e d it o ra 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 032a047.indd 35 12/4/17 09:02 36 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 3 Desenvolvimento da aula Para iniciar a conclusão da ativi- dade, leia item por item e separe na lousa aqueles assinalados por todos, os que só alguns marcaram e os que não foram assinalados por ninguém. Ao preencherem o quadro da con- clusão, espera-se que todos os alunos tenham assinalado o AR como item das moradias. Embora haja partículas de água suspensa no ar, não é espe- rado que eles marquem a ÁGUA. As demais marcações dependem da com- binação de itens iguais assinalados pelos alunos. Na atividade 1, ao analisarem os resultados, espera-se que os alunos concluam que nem sempre os compo- nentes dos ambientes são os mesmos, pois, embora algum elemento possa ser igual, não há uma regra que deter- mine que o mesmo ambiente (mora- dia) tenha sempre os mesmos compo- nentes (como animais, por exemplo). Na atividade 2, os alunos cos- tumam desenhar a escola, o clube, praças, parques ou qualquer outro ambiente com o qual tenham contato. Ao conferir as respostas da ati- vidade 3, verifi que se os alunos consideraram seres vivos que podem ocorrer no ambiente e quais são eles. Se necessário, lembre a eles que os in- setos também são seres vivos. Provavelmente seus alunos terão tal conhecimento porque talvez já te- nham deparado com a necessidade de eliminar pernilongos e mosquitos. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 36 VAMOS INVESTIGAR CONCLUSÃO • ACOMPANHE COM O PROFESSOR OS ITENS QUE VOCÊ E SEUS COLEGAS ASSINALARAM. ESCREVA NO QUADRO OS RESULTADOS DA INVESTIGAÇÃO. O QUE HÁ EM TODAS AS MORADIAS DOS ALUNOS DA SALA O QUE HÁ EM ALGUMAS MORADIAS DOS ALUNOS DA SALA O QUE NÃO HÁ NAS MORADIAS DOS ALUNOS DA SALA PENSANDO SOBRE OS RESULTADOS 1 OS COMPONENTES DOS AMBIENTES SÃO SEMPRE OS MESMOS? SIM X NÌO 2 QUE OUTROS AMBIENTES VOCÊ COSTUMA FREQUENTAR EM SEU DIA A DIA? ESCOLHA UM E FAÇA UM DESENHO DELE EM UMA FOLHA À PARTE. 3 QUAIS SERES VIVOS HABITAM O AMBIENTE QUE VOCÊ DESENHOU? Resposta pessoal. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 032a047.indd 36 12/4/17 09:02 37MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Desenvolvimento da aula O processo de alfabetização, no qual os alunos estão inseridos, pode ser benefi ciado com a confecção de listas, que é um tipo de texto. Produza na lousa, de forma coletiva, uma lista solicitando, nesse primeiro momento, que os alunos participem oralmente citando todos os espaços do ambiente escolar. Caso sinta necessidade, você pode ajudá-los fazendo perguntas do tipo: Em que lugar vocês costumam pegar os livros?; Em que local vocês costumam fazer o lanche?; entre ou- tras. No segundo momento, também com o intuito de aprimorar o processo de alfabetização, solicite que os alu- nos façam os registros dos espaços que foram listados coletivamente na lousa. O desenho a ser produzido será um desses espaços, aquele de que o aluno mais gosta. Se possível, disponibilize retalhos de papel, folhas de revistas, para que incrementem o desenho com colagens. Permita que a turma tenha a oportunidade de compartilhar todos os desenhos feitos. Para isso, ao fi nali- zarem o trabalho, basta que deixem o livro aberto sobre a carteira, que se le- vantem e caminhem pela sala de aula visualizando assim todos os trabalhos. É possível que façam comentários sobre os diversos trabalhos que observam. Trata-se de um ótimo momento para exercitarem o coleguismo e o respeito ao trabalho de cada um. É bom estimulá-los para atitudes positivas em coletividade, como fazer observações respeitosas ou até elo- giosas sobre o trabalho dos colegas. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 37 COMO É MINHA ESCOLA ASSIM COMO A NOSSA CASA, A ESCOLA TAMBÉM É UM AMBIENTE NO QUAL PASSAMOS GRANDE PARTE DO DIA. VOCÊ JÁ PENSOU NAS DIFERENÇAS ENTRE A ESCOLA E A SUA CASA? • COM A AJUDA DO PROFESSOR, FAÇA UMA LISTA COM TODOS OS ESPAÇOS QUE EXISTEM NO SEU AMBIENTE ESCOLAR. DEPOIS, DESENHE NO QUADRO ABAIXO O ESPAÇO DE QUE VOCÊ MAIS GOSTA EM SUA ESCOLA. W a ld o m ir o N e to /A rq u iv o d a e d it o ra 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 032a047.indd 37 12/4/17 09:02 38 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 3 Desenvolvimento da aula Após o estudo dos componentes dos ambientes, é hora de classifi car os ambientes em aquáticos e terres- tres. Utilize as imagens para conversar com a turma sobre o assunto. Escolha alunos com diferentes graus de auto- nomia na leitura para ler as legendas das imagens. Peça a colaboração da turma durante as leituras, destacando que todos nós precisamos de treino nas mais variadas atividades para fi - carmos cada vez mais acostumados a executá-las. Assim também acontece na leitura. Deixe a imagem da Terra e da Lua por último. Explique aos alunos que a composição da foto é resultado de várias imagens de satélite captadas pela agência espacial norte-americana Nasa. Essas imagens são combinadas, justapondo umas às outras para for- mar a imagem fi nal. As cores são apli- cadas depois que a composição fi ca pronta. Nesse ponto, faça a pergunta presente no livro, indagando o que eles acham que cada cor representa. Espera-se que o aluno associe o azul à água e a parte branca às nuvens. Após fazer a diferenciação dos am- bientes aquático e terrestre, mostre à turma as duas imagens presentes no fi nal da página. Explique o que cada uma representa. Para reforçar o con- ceito, peça aos alunos que respondam à questão do fi nal da página. Pode ser que algum aluno classifi que a cidade de Recife como um ambiente aquá- tico, porque na foto ela está cortada pelo rio Capibaribe. Reforce que a cidade de Recife é um ambiente ter- restre banhado pelo oceano e cortado por rios. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.38 OS AMBIENTES DA TERRA A TERRA É O PLANETA EM QUE VIVEMOS. NELE HÁ VÁRIOS AMBIENTES, COM MUITAS DIFERENÇAS ENTRE ELES. VAMOS CONHECER ALGUNS? IMAGEM DE SATÉLITE MOSTRANDO A TERRA E A LUA. O QUE CADA PARTE COLORIDA DA TERRA REPRESENTA? RIO CAPIBARIBE E CIDADE DO RECIFE, PERNAMBUCO, 2017. NAS FLORESTAS, EXISTE UMA GRANDE DIVERSIDADE DE PLANTAS E ANIMAIS. SANTARÉM, PARÁ, 2017. NOS DESERTOS CHOVE POUCO E HÁ POUCA ÁGUA. AINDA ASSIM, HÁ SERES VIVOS QUE LÁ HABITAM. DESERTO DA CALIFÓRNIA, ESTADOS UNIDOS, 2017. NOS AMBIENTES POLARES, HÁ GELO POR TODA PARTE E FAZ MUITO FRIO. HÁ SERES VIVOS POR LÁ TAMBÉM. ÁRTICO, NORUEGA, 2016. OS OCEANOS, MARES, RIOS E LAGOS SÃO AMBIENTES AQUÁTICOS. AS PORÇÕES DE TERRA SÃO AMBIENTES TERRESTRES. FUNDO DO OCEANO ATLÂNTICO NO PARQUE NACIONAL MARINHO DE ABROLHOS. CARAVELAS, BAHIA, 2016. R ic ha rd W hi tc om be /A la m y/ D io m ed ia H an s Vo n M an te uf fe l/O pç ão B ra si l I m ag en s • A CIDADE DO RECIFE É UM AMBIENTE AQUÁTICO OU TERRESTRE? É um ambiente terrestre cortado por rios, que são ambientes aquáticos. G od da rd M ed ia S tu di os /N A S A Lu ci an a W hi ta ke r/ P ul sa r Im ag en s aliciamariemassie/Shutterstock Felix Lipov/Alamy/Latinstock • ELEMENTOS NÃO PROPORCIONAIS ENTRE SI 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 032a047.indd 38 12/4/17 09:02 39MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Desenvolvimento da aula Nesta atividade, propõe-se a mon- tagem de um terrário, que é um mo- delo de ambiente. Cuide para que os alunos manuseiem a terra com luvas de jardinagem ou, se possível, luvas descartáveis. Na ausência desses ma- teriais, improvise protegendo as mãos com saquinhos plásticos. Para montar o terrário, faça um corte na parte superior da garrafa (aproximadamente 1/4 da altura) para as crianças manipularem mais facil- mente os elementos do terrário. Ao fi nal da montagem do ambiente, essa tampa deve ser colocada de volta e presa com fi ta adesiva. Acompanhe de perto todo o procedimento dos alunos, sobretudo a manipulação do arame. Os seres vivos sugeridos para o ter- rário podem ser encontrados em jar- dins. Mas lembre-se de que, para fazer coleta de material biológico em qual- quer espaço público, é necessário ter autorização do órgão público respon- sável pela administração local. Caso não encontre todos, utilize os que esti- verem disponíveis, sempre ressaltando aos alunos a importância de manusear e tratar todos e quaisquer seres vivos com respeito e cuidado. Durante a co- leta desses animais, tenha a atenção redobrada, devido ao perigo de os alunos tocarem em possíveis animais peçonhentos. Se achar mais prudente, faça você mesmo a coleta desses ani- mais. Instrua os alunos sobre a quanti- dade de animais no terrário para que a água disponível não seja insufi ciente. O tamanho médio de um tatuzinho- -de-quintal é de 1 cm; de um caracol é de 3 cm e de uma minhoca, de 15 cm. Para ter um terrário mais rico e variado, pode-se usar um vidro para aquário, que é mais amplo e pode ser fechado com tampa de vidro. Se o ter- rário fi car na sala de aula, escolha um lugar que não receba diretamente os raios solares. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. VAMOS INVESTIGAR 39 TERRÁRIO UM TERRÁRIO É UM RECIPIENTE NO QUAL É MONTADO UM PEQUENO AMBIENTE, COM PLANTAS, TERRA E ALGUNS OUTROS SERES VIVOS. VAMOS CONSTRUIR UM TERRÁRIO DENTRO DE UMA GARRAFA PLÁSTICA? MATERIAL • GARRAFA PLÁSTICA (TRANSPARENTE) DE 5 LITROS COM TAMPA • TATUZINHOS-DE-QUINTAL • PEDAÇO DE ARAME COM PONTA RECURVADA • PEDRINHAS • PLANTAS PEQUENAS • TERRA VEGETAL • MINHOCAS • CARACÓIS • LUVAS PARA JARDINAGEM COMO FAZER 1. VISTA AS LUVAS E COMECE COLOCANDO AS PEDRINHAS NO FUNDO DA GARRAFA. 2. COLOQUE TERRA ATÉ OCUPAR UM POUCO MENOS DA METADE DA GARRAFA. 3. COM O ARAME, ABRA PEQUENOS BURACOS NA TERRA E ENTERRE AS RAÍZES DAS PLANTAS. 4. MOLHE BEM A TERRA. 5. COLOQUE OS ANIMAIS. 6. FECHE A GARRAFA. 7. COLOQUE O TERRÁRIO EM LUGAR QUE TENHA LUZ, MAS SEM RECEBER DIRETAMENTE OS RAIOS SOLARES. TATUZINHO-DE-QUINTAL. TAMANHO: CERCA DE 1 CENTÍMETRO. MINHOCA. TAMANHO: DE 10 A 15 CENTÍMETROS. CARACOL. TAMANHO: CERCA DE 3 CENTÍMETROS. T h in k s to ck /G e tt y I m a g e s T h in k s to ck /G e tt y I m a g e s T h in k s to ck /G e tt y I m a g e s D o tt a 2 /A rq u iv o d a e d it o ra • ELEMENTOS NÃO PROPORCIONAIS ENTRE SI ATENÇÃO: USE LUVAS. TENHA MUITO CUIDADO AO MEXER NO ARAME E NÃO FAÇA NADA SEM A PRESENÇA DO PROFESSOR. TENHA CUIDADO E RESPEITO AO MANIPULAR OS SERES VIVOS. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 032a047.indd 39 12/6/17 19:08 40 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 3 Desenvolvimento da aula Antes de iniciar as observações do terrário, peça aos alunos que levantem as hipóteses do que pode ocorrer com o terrário durante o período que ele for observado. Para isso, oriente-os como proceder nas observações. É espera- do que todos os seres vivos sobrevi- vam, pois a água evapora e depois se condensa, caindo novamente sobre a terra, as plantas fazem fotossíntese e os animais comem plantas. Observe atentamente o terrário e, se necessá- rio, intervenha para que as plantas e os animais sobrevivam. Pode, no entanto, acontecer de alguns animais morrerem, mas provavelmente não será por falta de água, de alimento ou de ar. Durante esse período as plantas vão crescer, as minhocas vão cavar túneis, os tatuzinhos-de-jardim vão fi car escondidos, os caracóis talvez se fechem dentro da concha. Para responder à atividade 1, o aluno deve ter observado que as pa- redes da garrafa fi cam embaçadas. Isso ocorreu porque parte da água evaporou, e o vapor condensou-se no- vamente nas paredes da garrafa, sob a forma de gotículas líquidas. Na atividade 2, espera-se que os alunos digam que os animais se alimentam de plantas ou outros seres vivos, pois há espécies de caracóis e de tatuzinhos-de-quintal carnívoras. Na atividade 3, espera-se que os alunos digam que os seres vivos são as minhocas, o tatuzinho-de-jardim, o caracol e as plantas. Aproveite o momento para dizer que há também seres microscópicos, ou seja, que não são vistos a olho nu. Na atividade 4, espera-se que os alunos digam que os elementos não vivos são o solo, a água, o ar, as pedri- nhas, o plástico da garrafa e o da tampa. Feche a atividade dizendo que as plantas conseguem sobreviver quando recebem luz solar, água (da terra) e ar. Com isso, elas fabricam seu alimento. Os pequenos animais se alimentam das plantas ou de outros seres vivos. Após o fi m do experimento, abra o terrário, retire as plantas e os animais com cuidado e, se possível, devolva-os ao local original ou coloque-os no jar- dim da escola (se houver) ou em uma Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 40 VAMOS INVESTIGAR LEVANTANDO HIPÓTESES VOCÊ VAI OBSERVAR O TERRÁRIO DURANTE UM MÊS. • MARQUE UM X NAS ALTERNATIVAS QUE INDICAM O QUE VOCÊ ACHA QUE VAI ACONTECER NO TERRÁRIO DURANTE ESSE TEMPO. AS PLANTAS VÃO MORRER. OS ANIMAIS VÃO MORRER. AS PLANTAS VÃO SOBREVIVER. OS ANIMAIS VÃO SOBREVIVER. OBSERVAÇÕES ACOMPANHE O DESENVOLVIMENTO DO TERRÁRIO TODOS OS DIAS. ANOTE AS MUDANÇAS NO CADERNO. • APÓS ESSE PERÍODO, SUAS HIPÓTESES FORAM CONFIRMADAS? SIM NÃO PENSANDO SOBRE OS RESULTADOS 1 O QUE ACONTECEU COM AS PAREDES DA GARRAFA? Elas ficaram embaçadas e é possível observar a presença de pequenas gotas de água na parte interna da garrafa. 2 DE QUE OS ANIMAIS SE ALIMENTAM DENTRO DA GARRAFA? Eles se alimentam das plantas ou de outros seres vivos. 3 QUAIS SÃO OS SERES VIVOS DESSE AMBIENTE TERRESTRE? Minhoca, tatuzinho-de-quintal, caracol, plantas. 4 ALÉM DOS SERES VIVOS, O QUE EXISTE NESSE AMBIENTE? Partículas do solo, água, ar, pedrinhas, plástico da garrafa eda tampa. Resposta pessoal. Resposta de acordo com as hipóteses. área verde próxima. O mesmo pode ser feito com a terra, que também pode ser devolvida. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 032a047.indd 40 12/4/17 09:02 41MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Desenvolvimento da aula Esta atividade tem por fi nalidade sintetizar e aperfeiçoar o conheci- mento do aluno acerca dos conceitos apresentados de ambiente aquático e terrestre. Oriente-os a realizar a leitura das legendas e a observação das foto- grafi as. Instigue-os a comparar as imagens. Dessa forma poderão reco- nhecer quais ambientes são terrestres, aquáticos ou ambos. Socialize as res- postas. Pergunte para a turma como classifi car o ambiente no qual está a escola. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 41 AGORA É COM VOCÊ 1 OBSERVE OS AMBIENTES DAS IMAGENS. ÁREA COM PLANTAÇÃO DE TRIGO. LONDRINA, PARANÁ, 2017. DESERTO SEM VEGETAÇÃO. DUBAI, EMIRADOS ÁRABES UNIDOS, 2017. • ASSINALE COM UM X O AMBIENTE DE CADA IMAGEM NA TABELA ABAIXO. OCEANO E ILHA. ILHA DO SAL, CABO VERDE, 2016. ÁREA OCUPADA POR CONSTRUÇÕES. CURITIBA, PARANÁ, 2017. P a u lo V ile la /S h u tt e rs to ck A n n e -M a ri e P a lm e r/ A la m y /L a ti n s to ck E rn e s to R e g h ra n /P u ls a r Im a g e n s fo k k e b a a rs s e n /S h u tt e rs to ck AMBIENTE TERRESTRE AQUÁTICO TERRESTRE E AQUÁTICO PLANTAÇÃO X OCEANO E ILHA X DESERTO X CIDADE X 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 032a047.indd 41 12/4/17 09:02 42 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 3 Desenvolvimento da aula Faça a leitura compartilhada do texto, solicitando a participação dos seus alunos. As atividades propostas têm por objetivo verifi car os conheci- mentos que eles já possuem sobre os conceitos acerca de elementos vivos e elementos não vivos do ambiente. É esperado que os alunos citem como seres vivos: pessoas, animais (incluin- do insetos) e plantas. Também existem seres microscópicos, que difi cilmente serão mencionados por eles. Caso não apontem os seres microscópicos não há problema. Aproveite esse momento e pergunte aos alunos o que entendem por seres não vivos. Lembre-se de que, no mo- mento, não deve haver julgamento das respostas como corretas ou incorretas, já que este primeiro momento serve somente para levantar o conhecimento prévio dos alunos. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 42 SER VIVO E ELEMENTO NÃO VIVO JÁ VIMOS QUE UM SER VIVO NASCE, CRESCE E PODE SE REPRODUZIR. TAMBÉM SABEMOS QUE, PARA VIVER, ELE PRECISA SE ALIMENTAR E QUE, UM DIA, ELE MORRE. ENTÃO, PODEMOS DIZER QUE UM BESOURO E UM ABACATEIRO SÃO SERES VIVOS. POR QUE UM LÁPIS OU UMA PEDRA NÃO SÃO CONSIDERADOS SERES VIVOS? VAMOS PENSAR UM POUCO MAIS SOBRE ISSO. OBSERVE A IMAGEM E RESPONDA ÀS QUESTÕES. 1 QUAIS SÃO OS SERES VIVOS DESSE AMBIENTE? 2 QUAIS SÃO OS ELEMENTOS NÃO VIVOS ILUSTRADOS ACIMA? OBSERVE AS IMAGENS ABAIXO. FILHOTES DE CÃO MAMANDO. PÉS DE FEIJÃO CRESCENDO. PEDRAS EM AMBIENTE NATURAL. BRINQUEDOS FABRICADOS PELO SER HUMANO. T h in k s to ck /G e tt y I m a g e s T h in k s to ck /G e tt y I m a g e s W a ld o m ir o N e to /A rq u iv o d a e d it o ra H e rr in g I m a g e s /S h u tt e rs to ck P e te r V a n c o /S h u tt e rs to ck • ELEMENTOS NÃO PROPORCIONAIS ENTRE SI 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 032a047.indd 42 12/4/17 09:02 43MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Desenvolvimento da aula O texto de abertura desta página traz informações acerca dos elementos não vivos. Leia com a turma e peça ou- tros exemplos de elementos não vivos. A seção Vamos falar sobre... traz um texto que reporta a problemá- tica do lixo no litoral brasileiro acar- retando um perigo iminente para o atobá-marrom (ave marinha). Faça a leitura compartilhada do texto e peça aos alunos que digam quais são as ideias importantes apre- sentadas nele. Em seguida, peça a eles que façam as atividades que estão no fi nal do texto. Espera-se que os alunos reconheçam que o lixo é um elemen- to não vivo que está ocasionando a ameaça aos atobás e que seus fi lhotes ingerem restos de lixo devido a sua necessidade de se alimentar. É importante fi car claro para os alunos que o lixo, apesar de ser um elemento não vivo, é produzido pelo ser humano (este sim é um ser vivo, que descarta seus resíduos de forma não responsável). Sugestões para os alunos Esse é um bom momento para ler estes livros, que estão indicados no fi nal da unidade. Menino do mato. Esse livro vai reforçar a ideia de que todos nós devemos estar em contato com o ambiente que nos cerca e com a natureza. A reforma da natureza. A história se passa no conhecido Sítio do Pica-Pau-Amarelo. Emília e sua amiga transformam o sítio em um laboratório maluco. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 43 AO CONTRÁRIO DOS SERES VIVOS, OS ELEMENTOS NÃO VIVOS NÃO NASCEM, NÃO CRESCEM E NÃO SE REPRODUZEM. OS ELEMENTOS NÃO VIVOS NÃO SE ALIMENTAM, NÃO SE MOVIMENTAM E, POR NÃO TEREM VIDA, NÃO MORREM. O LIXO NO AMBIENTE O ATOBÁ-MARROM É UMA AVE MARINHA QUE PODE SER ENCONTRADA EM TODO O LITORAL BRASILEIRO. [...] ESSAS AVES PARECEM LEVAR UMA VIDA TRANQUILA, MAS UM PERIGO ESTÁ CADA VEZ MAIS PERTO DELAS: O LIXO. EM VEZ DE USAR GRAVETOS, FOLHAS E OUTROS MATERIAIS NATURAIS PARA ACOMODAR SEUS FILHOTES, OS PAIS ATOBÁS-MARRONS USAM TAMBÉM [...] QUALQUER MATERIAL DEIXADO POR HUMANOS NAS PROXIMIDADES DAS ILHAS. O CONTATO DOS FILHOTES COM A POLUIÇÃO DESDE O INÍCIO DE SUAS VIDAS PODE CONSTITUIR UMA AMEAÇA [...]. EXISTEM DOIS GRANDES RISCOS. O PRIMEIRO É O EMARANHAMENTO EM CORDAS, LINHAS E REDES DE PESCA, QUE PODE CAUSAR SUFOCAMENTO OU A FRATURA DAS ASAS E PATAS, E A MORTE DOS ANIMAIS. O SEGUNDO É QUANDO O FILHOTE ENGOLE PEDACINHOS DE PLÁSTICOS, ESPONJAS, ANZÓIS E OUTROS ITENS, QUE PODEM CAUSAR SUFOCAMENTO, ENGASGO OU FERIDAS INTERNAS NO SEU APARELHO DIGESTÓRIO, E TAMBÉM CAUSAR A SUA MORTE. [...] DAVI CASTRO TAVARES. O ATOBÁ-MARROM E O LIXO. CIÊNCIA HOJE DAS CRIANÇAS. DISPONÍVEL EM: <HTTP://CHC.ORG.BR/O-ATOBA-MARROM-E-O-LIXO/>. ACESSO EM: 7 AGO. 2017. 1. O QUE ESTÁ SENDO UMA AMEAÇA AOS ATOBÁS: OS SERES VIVOS OU OS ELEMENTOS NÃO VIVOS? 2. QUE NECESSIDADE COMUM A TODOS OS SERES VIVOS FAZ O FILHOTE DE ATOBÁ ENGOLIR RESTOS DE LIXO? VAMOS FALAR SOBRE... Os elementos não vivos (lixo). A necessidade de se alimentar. D a v i C a s tr o T a v a re s /A c e rv o d o f o tó g ra fo 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 032a047.indd 43 12/4/17 09:03 44 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 3 Desenvolvimento da aula As atividades desta página têm por fi nalidade retomar e ampliar o conhe- cimento dos alunos. É esperado que eles percebam que as pedras são ele- mentos não vivos e a planta fl orida é um ser vivo. Além disso, é esperado que nesse momento os alunos possam compreender que as pedras não se movimentam sozinhas, não respiram, não se alimentam, não crescem, não se reproduzem e, por não terem vida, não morrem. Já as fl ores apresentam movimento, respiram, se alimentam, crescem (se desenvolvem), podem se reproduzir e morrem. Atenção: retome com a turma a diferença entre locomover-se e mo- vimentar-se. As plantas se movimen- tam, mas não se locomovem. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 44 AGORA É COM VOCÊ 1 NO QUADRO ABAIXO, ESTÃO ESCRITOS OS NOMES DE ALGUNS SERES VIVOS E DE ALGUNS ELEMENTOS NÃO VIVOS. CÃO PEDRA CARRO ÁGUA VENTO CARACOL ÁRVORE AR LUZ ONÇA FORMIGA BEBÊ • ESCREVA AS PALAVRAS DO QUADRO NAS TABELAS, SEPARANDO OS SERES VIVOS DOS ELEMENTOS NÃO VIVOS. SER VIVO Cão Formiga Árvore Caracol Onça Bebê ELEMENTO NÌO VIVOPedra Luz Ar Água Carro Vento 2 ESCREVA O NOME DE DOIS SERES VIVOS E DE DOIS ELEMENTOS NÃO VIVOS QUE EXISTEM NO LOCAL ONDE VOCÊ ESTÁ. SERES VIVOS: ELEMENTOS NÃO VIVOS: 3 CITE DUAS CARACTERÍSTICAS DA PLANTA QUE NÃO EXISTEM NAS PEDRAS E QUE PERMITEM DIZER QUE A PLANTA É UM SER VIVO. Resposta possível: A planta produz seu próprio alimento e pode se reproduzir. Th in ks to ck /G et ty Im ag es M ad le n/ S hu tt er st oc k • ELEMENTOS NÃO PROPORCIONAIS ENTRE SI 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 032a047.indd 44 12/4/17 09:03 45MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Desenvolvimento da aula O objetivo desta seção é retomar os pontos principais da unidade, per- mitindo ao aluno perceber a evolução de seu conhecimento. Se necessário, incentive os alunos a consultar o texto da unidade, tire possíveis dúvidas e se certifi que de que todos conseguiram compreender os temas abordados nesta unidade. Retome também as respostas dos alunos às questões ini- ciais, verifi cando se as ideias levanta- das por eles se confi rmaram ou não. Mostre através delas quanto aprende- ram nesta unidade. De posse dos registros focados em suas avaliações processuais, apresente aos seus alunos, ou a alguns pontual- mente, os progressos e as conquistas q ue tiveram nas aprendizagens no transcorrer do trabalho nesta unida- de. Eles poderão, assim, visualizar os diversos estágios das aprendizagens, compreender como evoluíram, se ale- grarem por tais conquistas e se moti- varem a seguir em frente aprendendo muito mais. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 45 AGORA É HORA DE PENSAR SOBRE O QUE VOCÊ EXPERIMENTOU E APRENDEU. MARQUE UM X NA OPÇÃO QUE MELHOR REPRESENTA SEU DESEMPENHO. 1. OBSERVO O AMBIENTE EM QUE VIVO E IDENTIFICO OS SEUS COMPONENTES. 2. CLASSIFICO OS AMBIENTES EM TERRESTRES E AQUÁTICOS. 3. DIFERENCIO ELEMENTOS NÃO VIVOS DE SERES VIVOS. AUTOAVALIAÇÃO PARA LER • A REFORMA DA NATUREZA, DE MONTEIRO LOBATO. EDITORA GLOBO. A HISTÓRIA SE PASSA NO CONHECIDO SÍTIO DO PICA-PAU-AMARELO. EMÍLIA E SUA AMIGA TRANSFORMAM O SÍTIO EM UM LABORATÓRIO MALUCO. • MENINO DO MATO, DE MANOEL DE BARROS. EDITORA OBJETIVA. ESTE LIVRO VAI REFORÇAR A IDEIA DE QUE TODOS NÓS DEVEMOS ESTAR EM CONTATO COM O AMBIENTE QUE NOS CERCA E COM A NATUREZA. • O JOÃO-DE-BARRO, DE NEIDE SIMÕES DE MATTOS E SUZANA FACCHINI GRANATO. EDITORA BIRUTA. O LIVRO APRESENTA COMO É A CASA E A VIDA DO JOÃO-DE-BARRO, AVE QUE É UMA EXCELENTE CONSTRUTORA. PARA ACESSAR • WWW.SOSMA.ORG.BR VEJA ALGUMAS DICAS DE COMO AJUDAR NA PRESERVAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA MESMO MORANDO NA CIDADE. ACESSO EM: 20 FEV. 2017. SUGESTÕES 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 032a047.indd 45 12/4/17 09:03 46 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 3 Desenvolvimento da aula A seção Conectando saberes traz um texto que aborda a impor- tância das árvores na natureza: a sensação de bem-estar que nos pro- porcionam as sombras, que diminuem a temperatura dos ambientes. Elas também são fontes de alimentos para nós e servem de moradia para alguns animais. Aproveite o texto para desenvolver nos alunos a consciência de que eles fazem parte de um todo e de que suas ações estão diretamente ligadas à vida de outros seres vivos. Trabalhe as imagens com eles mostrando o bene- fício das árvores nas grandes cidades. Se achar pertinente, peça autorização dos responsáveis pelos alunos e agen- de um plantio de árvores em um local permitido pela prefeitura da cidade. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. CONECTANDO SABERES 46 MAIS ÁRVORES, POR FAVOR! IMAGINE UM LUGAR BONITO, CALMO E AGRADÁVEL EM QUE VOCÊ SE SINTA MUITO BEM. SE VOCÊ PENSOU EM UM LUGAR EM MEIO À NATUREZA, É PROVÁVEL QUE TENHA IMAGINADO UM LUGAR COM ÁRVORES. ÁRVORES, ASSIM COMO AS DEMAIS PLANTAS, PODEM PROMOVER UM ESTADO DE BEM-ESTAR E RELAXAMENTO. ALÉM DE PROPORCIONAR SOMBRA, AS ÁRVORES EMBELEZAM OS LUGARES E PODEM SER FONTE DE ALIMENTO, JÁ QUE PRODUZEM DIVERSOS TIPOS DE FRUTO. IMAGINE COMO SERIA ESTA PAISAGEM SEM A PRESENÇA DAS ÁRVORES. PARQUE NACIONAL DA SERRA DO CIPÓ, MINAS GERAIS, 2017. V it o r M a ri g o /O p • ‹ o B ra s il Im a g e n s 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 032a047.indd 46 12/4/17 09:03 47MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Desenvolvimento da aula Ao fi nal do texto, são apresentadas algumas atividades. Uma forma de se obter um melhor aproveitamento do texto e das atividades é promover um debate em sala de aula para permitir ao aluno perceber que, com a ajuda de um adulto, ele também pode con- tribuir para a preservação das árvores da rua onde mora ou da escola, ao manter, por exemplo, o canteiro limpo, adubar e regar de tempos em tempos, cercar as árvores mais jovens para pro- tegê-las, etc. Comente com os alunos que, com a participação de adultos e a autori- zação dos órgãos públicos, é possível plantar mudas em espaços públicos, como praças e parques. Se achar oportuno, promova uma refl exão com os alunos sobre a impor- tância desse tipo de espaço público para a convivência e o bem-estar das pessoas. Estimule-os a pensar sobre as diferenças e semelhanças entre esse tipo de espaço e um condomínio ou parque privado, por exemplo. Sugestão para os alunos Caso a escola disponha de uma sala de informática com conexão à internet, acesse o site <www.sosma.org.br>. Veja algumas dicas de como ajudar na preservação da mata Atlântica. Acesso em: 14 set. 2017. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 47 NAS CIDADES, AS ÁRVORES TAMBÉM TÊM IMPORTANTES FUNÇÕES. VEJA AS ILUSTRAÇÕES A SEGUIR. CONVERSE COM SEUS COLEGAS: 1 NAS CIDADES, AS PRAÇAS E OS PARQUES PÚBLICOS SÃO ESPAÇOS DE CONVÍVIO ONDE GERALMENTE ENCONTRAMOS MUITAS ÁRVORES. VOCÊ FREQUENTA ALGUM LUGAR DESSES? VOCÊ GOSTARIA QUE HOUVESSE MAIS ESPAÇOS COMO ESSES NA CIDADE EM QUE VOCÊ MORA? POR QUÊ? 2 COMO VOCÊ PODE CONTRIBUIR PARA MANTER E AUMENTAR O NÚMERO DE ÁRVORES NA CIDADE? Resposta pessoal. ADAPTADO DE: ÁRVORE, SER TECNOLÓGICO. DISPONÍVEL EM: <HTTPS://ARVORESERTECNOLOGICO.TUMBLR.COM/ IMAGE/154077111467>. ACESSO EM: 21 JUN. 2017. Il u s tr a ç õ e s : W a ld o m ir o N e to /A rq u iv o d a e d it o ra REFRESCAM O AR. DIMINUEM O USO DE AR-CONDICIONADO. AUMENTAM A BIODIVERSIDADE. VALORIZAM O ENTORNO. DIMINUEM A POLUIÇÃO DO AR. REGULAM O FLUXO DE ÁGUA. Resposta pessoal. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 032a047.indd 47 12/4/17 09:03 48 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Habilidades da BNCC trabalhadas nesta unidade Nesta unidade é apresentado um conteúdo adicional não relacionado diretamente às habilidades da BNCC, mas que, ao abordar modifi cações em ambientes naturais promovidas pelo ser humano, favorece o trabalho com o eixo Vida e evolução. As questões iniciais têm por objeti- vo levantar o que os alunos entendem por ambientes naturais e ambientes modifi cados. Por meio dessas ques- tões, promova um debate entre os alunos procurando englobar a parti- cipação de todos eles na discussão. Para enriquecer ainda mais essa con- versa leve outras imagens de ambien- tes para os alunos, como uma fazenda frutífera, uma reserva de mata Atlân- tica, entre outras. Pode ser que, du- rante esse debate, algum aluno diga que a fazenda é um ambiente natural; nesse momento é importante ressaltar que, mesmo o ambiente da imagem apresentando uma ampla vegetação, ele sofre muitas intervenções do ser humano, por isso é um ambiente mo- difi cado. Objetivos da unidade Nesta unidade pretende-se que o aluno reconheça a diferença entre os ambientes naturais e os modifi cados e entenda que as ações dos seres humanos podem modifi car os ambientes naturais. Dessa forma os alunos poderão reconhecer alguns exemplos de ambientes modificados – um bom exemplo são as cidades. Além disso, pretende-se que o aluno entenda que todas essas modifi cações dos ambientes cau- sam consequências que podem afetar diretamente todos os seres vivos que os habitam. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 48 Nesta unidade você vai: UNIDADE 4 Observe a imagem e converse com seus colegas: 1. Que parte da imagem é um ambiente que não foi modificado pelo ser humano? 2. Como o ser humano modificou uma parte dessa região? Por meio da construção de ruas, de cal- çadas e de casas, suprimindo espécies animais e vegetais que viviam na região. Os ambientes podem ser modificados? Reconhecer a diferença entre ambientes naturais e ambientes modificados. Reconhecer alguns exemplos de ambientes modificados. Identificar algumas consequências das modificações dos ambientes. 1. A parte que mostra a mata não sofreu modificação pelo ser humano. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 048a059.indd 48 12/4/17 09:02 49MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Ao analisar a imagem da abertu- ra, é muito comum, nesse primeiro momento, os alunos pensarem que qualquer ambiente em que há plantas é um ambiente natural, sem se darem conta de que muitos desses ambientes foram construídos pelas pessoas. Durante a discussão, deixe claro aos alunos que é muito difícil encon- trarmos ambientes intocados, ou seja, sem nenhum tipo de modifi cação cau- sada pela ação humana. Essa área de mata, no entanto, tem sido preserva- da exatamente pelo fato de perceber- mos hoje a necessidade de se manter ao máximo alguns ambientes com mí- nima interferência humana. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 49 F lá v io G ri e g e r/ A g ê n c ia A n h a n g u e ra d e N o tí c ia s /C e d o c G ru p o R a c Vista parcial da Mata de Santa Genebra, área remanescente de Mata Atlântica, próxima a um bairro da cidade de Campinas, São Paulo, 2012. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 048a059.indd 49 12/4/17 09:02 50 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 4 Desenvolvimento da aula Nesta seção, os alunos vão iden- tifi car os ambientes das fotografi as e dizer quais são naturais e quais são modifi cados. As duas primeiras imagens representam ambientes que sofreram pouca ou nenhuma interven- ção humana. Já as duas últimas ima- gens apresentam ambientes com mui- tas intervenções humanas. A imagem da esquerda retrata uma cidade com muitos prédios, casas e quase nenhu- ma vegetação, e a imagem da direita retrata uma fl oresta tropical desma- tada e queimada. Essas intervenções humanas mais drásticas causam diver- sos prejuízos não só à vegetação, mas também à biodiversidade animal. No fi m da página é apresenta- da uma questão que visa verifi car a compreensão do estudante quanto ao assunto que acabou de estudar. Espera-se que os alunos citem, como diferença entre as imagens da pági- na, aspectos gerais dos elementos da paisagem, como presença de água, relevo, etc. Além disso, espera-se que falem também do impacto humano. No caso da penúltima fotografi a, há o soerguimento de uma grande cidade. No caso da fl oresta, houve desmata- mento e queimada. Nesse momento é interessante fa- lar que a modifi cação dos ambientes causa grande impacto à biodiversida- de da fl ora e da fauna. Sugestão para os alunos Caso a escola tenha equipamento audiovisual, assista com os alunos ao fi lme Wall-E, indicado no fi nal da unidade, que apresenta um bom exemplo de como a exploração do ambiente pode modifi cá-lo prejudicando todos os seres vivos que nele habitam. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 50 Os ambientes naturais e os ambientes modificados Os ambientes naturais são aqueles que sofreram pouca ou nenhuma alteração pela ação do ser humano. As imagens a seguir mostram alguns exemplos. A n d re D ib /P u ls a r Im a g e n s A n d re D ib /P u ls a r Im a g e n s Cachoeira Véu de Noiva. Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, 2016. Morro Dois Irmãos. Fernando de Noronha, Pernambuco, 2016. Os ambientes modificados são aqueles que sofreram muitas mudanças, causadas pela ação dos seres humanos. Veja alguns exemplos dessas alterações: A lf R ib e ir o /S h u tt e rs to ck g u e n te rm a n a u s /S h u tt e rs to ck Cidade de São Paulo, São Paulo, 2016. Floresta Tropical, Amazonas, 2016. • Compare as imagens desta página. Qual é a diferença entre os ambientes? Quais tipos de alteração humana você pode identificar nas duas últimas imagens? 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 048a059.indd 50 12/4/17 09:02 51MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Desenvolvimento da aula A atividade que compõe esta pági- na visa aprimorar o conhecimento dos alunos. Para cumprir esse objetivo, são apresentados três pares de ima- gens, para que o aluno diga quais de- las apresentam um ambiente natural. É possível que alguns alunos consi- derem o campo cultivado e o pasto com animais como ambientes naturais pelo fato de haver neles animais e plantas. Vale a pena aprofundar a discussão, contando que essas regiões, anterior- mente, foram provavelmente ocupadas por matas, que acabaram sendo derru- badas pela ação humana, dando lugar a plantações e criação de gado. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 51 Agora é com você • Faça um X nas imagens que apresentam um ambiente natural. X X X h a v e s e e n /S h u tt e rs to ck P a u lo V ile la /S h u tt e rs to ck D ie g o G ra n d i/ A la m y /L a ti n s to ck m a ri a m a la y a /S h u tt e rs to ck A u s tr a lia n C a m e ra /S h u tt e rs to ck N e s s a G n a to u s h /S h u tt e rs to ck 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 048a059.indd 51 12/4/17 09:02 52 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 4 Desenvolvimento da aula É importante que os alunos co- mecem a perceber que o processo de transformação dos ambientes naturais é antigo e foi crescendo com o avanço das civilizações. Esclareça que a po- pulação indígena já modifi cava o am- biente natural. É sabido, por exemplo, que muitas áreas de fl orestas originais já foram ao menos uma vez derruba- das e queimadas pelas populações in- dígenas que praticavam a agricultura itinerante. Por isso, o termo “mata virgem” é cada vez mais questionado, dando vez ao termo “mata madura” ou “antiga”. Além disso, os grupos in- dígenas que povoavam a América do Sul, incluindo o território onde hoje é o Brasil, foram bastante numerosos, alguns deles cruzando grandes distân- cias em trilhas largas que compunham caminhos abertos no meio da mata. Na Amazônia, as populações mara- joaras estabeleceram agrupamentos complexos. No entanto, por haver uma taxa de crescimento populacional menor do que as civilizações atuais e uma economia baseada na subsistên- cia, o impacto ambiental do período pré-colonial foi expressivamente me- nor do que o que se produziu com o avanço da economia de mercado e o boom populacional pós-colonização. Sugestão para os alunos Esse é um bom momento para ler com os alunos o livro A perigosa vida dos passarinhos peque- nos, indicado no fi nal da unidade. O livro conta a história de uma rebelião iniciada por pássaros pequenos contra a falta de árvores na região onde vivem. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 52 Alguns ambientes modificados É muito provável que você, assim como a maioria das pessoas, viva em ambientes modificados, como as cidades. Vamos conhecer dois exemplos de ambientes modificados. R e p ro d u ç ã o /C o le ç ã o B a n c o I ta ú , S ã o P a u lo , S P. Ponte de cip—, gravura de Johann Moritz Rugendas, cerca de 1820. Há mais de quinhentos anos, muitos povos indígenasviviam aqui. Eles caçavam, pescavam e realizavam coletas na mata. Essas atividades modificavam pouco o ambiente natural. Não existiam cidades da forma como as conhecemos hoje. Com a chegada dos portugueses, o número de pessoas aumentou e a vegetação foi derrubada para a construção de casas, igrejas, edifícios públicos, estradas e pontes. Os ambientes naturais começaram a se transformar mais rapidamente. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 048a059.indd 52 12/4/17 09:02 53MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Desenvolvimento da aula Ao fechar o texto dos ambien- tes modifi cados, fale que ainda hoje modifi camos o ambiente, seja para construirmos casas, ruas, escolas ou outros prédios, seja para implementar os campos de cultivo e pastos para os animais. Esse será o gancho para o próximo texto. É importante que os alunos percebam todas as modifi - cações que o ambiente natural sofre para que possamos produzir os nos- sos alimentos e que, dependendo da forma como essas modifi cações são conduzidas, elas podem ser prejudi- ciais ao meio ambiente. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 53 Derrubada de uma floresta, gravura de Johann Moritz Rugendas, cerca de 1820. Os campos de cultivo Plantações são espaços onde se cultiva um ou muitos tipos de planta, como verduras, legumes e árvores frutíferas. Se compararmos as plantações com uma cidade, podemos até pensar que elas sejam ambientes pouco modificados. Mas muitas modificações são feitas para transformar um ambiente natural em uma plantação. Por exemplo, para que seja possível cultivar um campo de cana-de-açúcar, é preciso primeiro derrubar a vegetação natural. F a b io C o lo m b in i/ A c e rv o d o f o tó g ra fo Plantação de cana-de-açúcar em Capixaba, Acre, 2015. Os povoados cresciam e se transformavam em vilas e, depois, em cidades. Além disso, a vegetação foi derrubada para dar lugar a plantações, para alimentar as pessoas, e a pastos, para alimentar as criações de animais. R e p ro d u ç ã o /C o le ç ã o B a n c o I ta ú , S ã o P a u lo , S P. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 048a059.indd 53 12/4/17 09:02 54 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 4 Desenvolvimento da aula Faça a leitura compartilhada das imagens para os alunos. É importante que eles percebam que, apesar de es- sas áreas parecerem ser um ambiente natural, elas sofreram muitas inter- venções humanas para serem usadas como área de plantio. A atividade no fi nal da página con- vida o aluno a pensar por que hoje em dia existe a preocupação em manter grandes áreas de preservação am- biental. Espera-se que o aluno refl ita que hoje existem muito poucas áreas naturais remanescentes no mundo, e estas estão ameaçadas por inúmeros fatores, como desmatamento, polui- ção, crescimento urbano, monocul- turas, criação de gado, etc. Por isso, existe uma preocupação mundial em protegê-las, já que se sabe da sua im- portância para o equilíbrio dos fenô- menos naturais, como o clima, a chu- va, a disponibilidade de água, etc., e, portanto, para a sobrevivência do ser humano e das demais espécies. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 54 Vitor Marigo/Opção Brasil Imagens T h o m a z V it a N e to /P u ls a r Im a g e n s Solo sendo preparado para cultivo de cana-de-açúcar. Planalto, São Paulo, 2016. Depois, o solo é preparado para o cultivo. Alguns agricultores queimam a vegetação que foi derrubada. Então, máquinas são usadas para revirar o solo e facilitar o plantio. • Hoje existe uma preocupação mundial muito grande em proteger os ambientes naturais. Por que voc• acha que ela existe? Resposta pessoal. Mata derrubada para plantio de soja. Mato Grosso, 2015. P a u lo W h it a k e r/ R e u te rs /L a ti n s to ck Reserva Ecológica de Guapiaçu, Cachoeiras de Macacu, Rio de Janeiro, 2017. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 048a059.indd 54 12/4/17 09:02 55MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Desenvolvimento da aula As atividades que compõem esta página têm por fi nalidade sistematizar e ampliar o conhecimento do aluno. Na atividade 1 é possível verifi car quanto de conhecimento o aluno con- seguiu assimilar. A atividade 2 tem por fi nalidade desenvolver a habilidade de falar em público. Promova um debate em sala de aula e oriente a discussão dessa questão. É importante que todos os alunos exponham as suas ideias. Se for preciso, intervenha dando dire- cionamentos para a discussão, per- guntando por exemplo: “O que vocês acham que acontece se a população humana crescer muito?”. Pode ser que os alunos respondam que ambientes naturais vão ser desmatados para a construção de casas, comércios, es- colas ou outro ambiente com que eles tenham maior contato. É importante lembrá-los de que, quanto maior a população, maior a demanda de ali- mentos e, portanto, de áreas adequa- das para o plantio, ou para a criação de gado. Isso implica desmatamento, com a possível extinção de espécies de plantas e animais, que dessa for- ma perdem seu hábitat natural. O aumento populacional também induz a expansão das áreas urbanas, o que contribui muito para a construção em áreas antes naturais ou até mesmo construções ilegais em áreas de pre- servação ambiental como em margens de córregos e rios. A atividade 3 pretende desenvol- ver a habilidade de interpretação de imagens e organização. É importante que o aluno relacione as imagens de forma que inicialmente se tenha um campo com vegetação nativa, em se- guida o mesmo campo desmatado, depois esse campo preparado para cultivo e por fi m o campo já com a plantação de milho. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 55 Agora é com você 4 1 Coloque C se a frase for correta e I se ela for incorreta. a) Ambientes naturais não podem ser transformados pelo ser humano. I b) Uma plantação de trigo é um ambiente modificado. C c) A água só existe em ambientes naturais. I d) As populações indígenas, no passado, modificavam pouco os ambientes. C 2 Com o aumento da população, os ambientes se transformam mais depressa. Você concorda com essa afirmação ou discorda dela? Por quê? 3 Numere as imagens abaixo ordenando-as de acordo com as etapas necessárias para que se faça uma plantação de milho. Resposta pessoal. 3 2 Il u s tr a ç õ e s : W a ld o m ir o N e to /A rq u iv o d a e d it o ra 1 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 048a059.indd 55 12/4/17 09:02 56 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 4 Desenvolvimento da aula O texto desta página apresenta aos alunos, de forma contextualizada, a problemática de mudanças drásticas do ambiente para todos os seres vivos. Explore a metáfora desta página. Ela é importante para que os alunos desenvolvam a consciência de que a ação do ser humano sobre os ambien- tes naturais tem um impacto muito grande no equilíbrio do ambiente e na sobrevivência dos animais silvestres. Esse é o momento de ler para os alunos o texto indicado abaixo sobre a onça-pintada que vive na Floresta Amazônica. Com a destruição da fl oresta, ela está perdendo território para caçar, além de locais para se abrigar e be- ber água. Por isso os cientistas estão acompanhando os movimentos das onças-pintadas e, dessa forma, estão protegendo esses animais. De olho nas on•as Cientistas do instituto [...] Mamirauá acabam de voltar de uma temporada de caça. Mas com um detalhe importante: seu objetivo não era retirar animais da floresta, e sim es- tudá-los em seu hábitat natural. Eles colocaram, em cinco onças-pintadas, colares eletrô- nicos que enviarão informações constantes sobre o paradeiro dos animais. Ci•ncia Hoje das Crian•as. Disponível em: <http://chc.org.br/de-olho-nas-oncas/>.Acesso em: 22 fev. 2017. Sugestões para os alunos Esse é um bom momento para ler com os alunos o livro Festa no meu jardim, indicado no fi nal da unidade. Com poemas delicados, o livro apresenta animais que vivem em um jardim. Além disso, como uma atividade lúdica, você pode confeccionar alguns animais usando a técnica presente no livro Origami para crianças: animais da terra, do ar e do mar, indicado no fi nal da uni- dade. Com explicação passo a passo e fotos, o livro ensina a fazer dobraduras de diversos animais. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 56 Os seres vivos e os ambientes modificados Imagine que será construída uma avenida na região onde você mora. Para isso, toda a área deverá ser desocupada, e você e todos os moradores das proximidades terão que deixar suas casas para morar em outro lugar. Quando um ambiente natural é modificado, algo semelhante acontece. Geralmente, os primeiros “moradores” removidos são as plantas. Animais, fungos e outros seres vivos que se abrigam ou vivem nelas também são removidos. Os animais que podem fugir saem à procura de outros lugares para viver. Assim, a modificação de um ambiente provoca a morte ou a expulsão da maioria dos seres que nele vivem. F lá v io B a c e lla r/ O lh a r Im a g e m A construção de uma nova estrada sempre modifica os ambientes naturais. Construção do anel viário Mário Covas. São Paulo, São Paulo, 2007. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 048a059.indd 56 12/4/17 09:02 57MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Desenvolvimento da aula O texto apresentado nesta página relata como os animais fogem do as- falto e como essa ação causa danos à biodiversidade da fl ora e da fauna. Logo após o texto, são apresentadas duas atividades. Na atividade 1, é esperado que os alunos tragam respostas como: eles fogem, morrem, perdem sua fonte de alimento e abrigo, invadem os am- bientes próximos e podem até atacar pessoas. Na atividade 2, espera-se que os alunos respondam que ter minas e cursos de água secos é ruim, pois a água é um recurso necessário a todos os seres vivos, incluindo o ser humano. Sugestão para o professor Caso a escola tenha equipamento audiovisual, assista com os alunos ao fi lme Os sem-fl oresta, indicado no fi nal da unidade. Com uma linguagem adequada à idade, o fi lme discute o impacto que o desmatamento das fl orestas para a construção das cidades causa aos animais que habitam essas fl orestas. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 57 Vamos falar sobre... Os bichos da cidade Quem mora em São Paulo já está acostumado com a agitação da cidade. Carros para lá e para cá, prédios enormes, pedestres à beça. Mas você sabia que a grande metrópole também abriga cerca de 400 espécies diferentes de bichos? [...] Tendo em mente o lema “Conhecer para preservar”, técnicos, biólogos e veterinários reuniram-se para fazer uma lista da fauna da cidade e descobriram que vivem na capital paulista preguiças, carpas, gaviões, rãs, tatus, cobras, lagartos, além de muitos outros animais. “Existem espécies que estão totalmente inseridas na cidade”, conta a bióloga Anelisa Magalhães, que participou da elaboração da lista. “Mesmo em áreas muito urbanizadas, elas fazem suas casas, alimentam-se e se reproduzem em meio à movimentação.” [...] Há bichos, porém, que fogem do concreto e procuram ambientes mais preservados para sobreviver, como as áreas de Mata Atlântica que existem ao redor de São Paulo. Ali vivem aves ameaçadas de extinção, como o pavão-do-mato e a araponga, que volta e meia são vistos em meio ao cinza da cidade. [...] ABREU, Cathia. Bichos da cidade. Ciência Hoje das Crianças. Disponível em: <http://chc.org.br/ bichos-da-cidade/>. Acesso em: 9 ago. 2017. Converse com seus colegas: 1. Você já encontrou na cidade em que mora algum dos animais descritos no texto? 2. Quando uma floresta é destruída, além de provocar a morte ou a fuga dos seres vivos, alteram-se também as minas e os cursos de água, que frequentemente secam. O que você acha disso? Resposta pessoal. Resposta pessoal. E d s o n G ra n d is o li/ P u ls a r Im a g e n s Capivara no campus da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2015. Tamanho: cerca de 1 metro e 20 centímetros. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 048a059.indd 57 12/4/17 09:02 58 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 4 Desenvolvimento da aula O texto traz um contraponto: até agora foram apresentados ao aluno exemplos de ambientes degradados. No entanto, o texto apresenta a ini- ciativa do fotógrafo Sebastião Salgado e de sua esposa Lélia para a recupera- ção de áreas degradadas na região do Espírito Santo. Caso necessário, ajude os alunos na leitura desse texto, uma vez que ele apresenta várias palavras que os alunos podem não conhecer. Caso isso ocorra, explique a eles o signifi cado delas e, se achar pertinen- te, apresente sinônimos para que eles entendam melhor o texto. Ao fi nal do texto são apresentadas duas atividades que têm por objetivo desenvolver a habilidade de inter- pretação de texto dos alunos. Nesse primeiro momento pode ser que os alunos tenham difi culdade em realizar as atividades sugeridas. Caso sinta ne- cessidade, oriente-os a lerem o texto novamente e ir anotando as principais ideias. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 58 Agora é com você 1 Frequentemente vemos exemplos de ambientes que foram modificados, seja por causa da poluição, do desmatamento ou da produção de alimentos, seja para a construção de cidades, etc. Veja a seguir um exemplo diferente e responda às questões. O sonho do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado e de sua esposa, Lélia Wanick, de plantar uma floresta deu origem ao Instituto Terra, ONG ambiental que desde 1998 trabalha na recuperação de áreas degradadas de Mata Atlântica na região do Vale do Rio Doce, entre os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo. A sede do instituto, que antes era uma fazenda de gado degradada, abriga hoje uma floresta rica em diversidade de espécies da Mata Atlântica. Junto com a recuperação da área verde, nascentes voltaram a jorrar e animais antes desaparecidos, como pacas, raposas, capivaras, onças e macacos, além de bandos de passarinhos e diversos tipos de serpentes, começaram a voltar. Fazenda Bulcão, sede do Instituto Terra. Aimorés, Minas Gerais, 2001. Fazenda Bulcão em 2011. a) Por que o exemplo é diferente do que estamos acostumados a ver? b) Marque com um X as frases que estão de acordo com o texto. X O exemplo mostra uma forma de modificação do ambiente. O ser humano apenas degrada os ambientes. Os animais sempre permaneceram na área degradada da antiga fazenda. X Com a recuperação da mata, as nascentes voltaram a jorrar. Porque ele mostra um caso de recuperação de um ambiente natural, e não de degradação. Im a g e m g e n ti lm e n te c e d id a p e lo I n s ti tu to T e rr a / A rq u iv o I n s ti tu to T e rr a Im a g e m g e n ti lm e n te c e d id a p e lo I n s ti tu to T e rr a . F o to g ra fi a : W e v e rs o n R o c io /A rq u iv o I n s ti tu to T e rr a 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 048a059.indd 58 12/4/17 09:02 59MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Desenvolvimento da aula O objetivo desta seção é retomar os pontos principais da unidade, per- mitindo ao aluno perceber a evolução de seu conhecimento. Se necessário, incentive os alunos a consultar o texto da unidade, tire possíveis dúvidas e se certifi que de que todos os alunos con- seguiram compreender os temas abor- dados nesta unidade. Retome também as respostas dos alunos às questões iniciais, verifi cando se as ideias levan- tadas por eles se confi rmaram ou não. Mostreatravés delas quanto aprende- ram nesta unidade. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 59 Agora é hora de pensar sobre o que você experimentou e aprendeu. Marque um X na opção que melhor representa seu desempenho. 1. Reconheço a diferença entre um ambiente natural e um ambiente modificado. 2. Reconheço alguns exemplos de ambientes modificados. 3. Identifico algumas consequências das modificações dos ambientes. Autoavaliação Para ler • A perigosa vida dos passarinhos pequenos, de Miriam Leitão. Editora Rocco. O livro conta a história de uma rebelião iniciada por pássaros pequenos contra a falta de árvores na região onde viviam. • Festa no meu jardim, de Marcos Bagno. Editora Positivo. Com poemas delicados, o livro apresenta animais que vivem em um jardim. • Origami para crianças: animais da terra, do ar e do mar, de Mari Ono e Roshin Ono. Editora Publifolhinha. Com explicações passo a passo e fotos, o livro ensina a fazer dobraduras de diversos animais. Para assistir • Os sem-floresta Direção de Tim Johnson e Karey Kirkpatrick, United International Pictures. O desmatamento das florestas para a construção de cidades atinge diretamente os animais que habitam essas florestas. • Wall-E Direção de Andrew Stanton, Disney Pixar. O filme discute os impactos causados pelo lixo e a necessidade de reciclar. Sugestões 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 048a059.indd 59 12/4/17 09:02 60 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 60 Nesta unidade você vai: UNIDADE J e s u s S a n z /S h u tt e rs to c k 5 Observe a imagem e converse com seus colegas: 1. O que as crianças estão fazendo? 2. Na sua opinião, por que elas estão fazendo isso? Resposta pessoal. Resposta pessoal. Cuidando dos ambientes Reconhecer a importância de cuidar dos ambientes. Reconhecer a importância da água nos ambientes. Identificar ações que contribuem para a preservação da água nos ambientes. Identificar ações que contribuem para o tratamento do lixo. Habilidade da BNCC trabalhada nesta unidade Nesta unidade é apresentado um conteúdo adicional não relacionado di- retamente às habilidades da BNCC, mas que, ao abordar o cuidado dos ambien- tes e de seus recursos naturais, favorece o trabalho com o eixo Vida e evolução. Espera-se que os alunos, ao anali- sarem a imagem da abertura, respon- dam que as crianças, cada uma à sua maneira, estão cuidando do planeta, protegendo os recursos naturais, a fl o- ra e a fauna, que estão demonstrando carinho e amor por ele. Para fechar as questões, espera-se que os alunos percebam que as crianças estão tendo essas atitudes para proteger o plane- ta. Se achar oportuno, diga a eles que, se não cuidarmos do planeta que, afi - nal, é o lugar onde moramos, recursos importantes, como as matas e a água, podem fi car escassos. Objetivos da unidade Nesta unidade pretende-se que o aluno reconheça a importân- cia do cuidado com o ambiente, desenvolvendo a consciência ambiental. Nesse contexto pre- tende-se também que o aluno re- conheça a importância de cuidar dos recursos hídricos, e aprenda a correta destinação do lixo que é gerado diariamente. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 060a075.indd 60 12/4/17 09:07 61MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 61 Escolhemos como imagem de aber- tura uma ilustração com elementos bastante lúdicos, que visam trabalhar a capacidade criativa e a imaginação dos alunos. Essa é uma maneira de ajudá-los a refl etir e a criticar. A partir das respostas obtidas, o trabalho com a unidade poderá ser conduzido, pas- sando da ludicidade para a realidade. Comente com os alunos os tipos de cuidados que as crianças estão tendo com o planeta e por que algumas es- tão demonstrando carinho e afeto por ele. É interessante também conversar sobre os possíveis problemas ou danos que o planeta deve estar sofrendo. Eles podem falar em poluição, mesmo que não consigam explicar exatamente do que se trata, do risco de extinção de animais e plantas, do desmatamento, etc. Tudo deverá ser acolhido. Permita que os alunos se sintam seguros para apresentar suas opiniões, observações e análises. Incentive-os tanto a falar como também a ouvir os demais. É importante que se sintam provocados com as respostas que os demais cole- gas fornecerem, fi cando motivados a investigar, descobrir e aprender mais. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 060a075.indd 61 12/4/17 09:07 62 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 62 Cuidando do que é de todos A casa e a escola são provavelmente os ambientes em que você passa a maior parte do seu tempo. Você já reparou que, por mais que brinque, bagunce e até mesmo faça sujeira, esses lugares voltam a ficar organizados e limpos? Isso não é mágica. Isso acontece porque os ambientes são cuidados pelas pessoas que os utilizam. Dessa maneira, eles podem ser usados novamente por todos, além de nos causar uma sensação de bem-estar. Afinal, quem não gosta de estar em um lugar limpo, bonito e organizado? Precisamos cuidar sempre dos ambientes que usamos, para que não fiquem sujos e bagunçados. Converse com seus colegas: 1 De que tipos de cuidado os ambientes da sua casa e da escola necessitam? 2 Você ajuda a cuidar desses ambientes? Por quê? Conte para a classe. 3 Você ajuda a cuidar de ambientes fora da sua casa e da escola? Como? a n to s 7 7 7 /S h u tt e rs to ck Respostas pessoais. Unidade 5 Desenvolvimento da aula O texto demonstra aos alunos que todos os ambientes precisam ser arrumados, não só por uma questão de higiene, mas também para trazer conforto e bem-estar a todos os que habitam esse espaço. Se achar opor- tuno, converse com os alunos sobre a ideia da responsabilidade do cuidado de espaços/ambientes públicos e pri- vados. É interessante demonstrar esse conceito dando um exemplo simples como o de pessoas que jogam lixo na rua (espaço público), mas não jogam lixo no chão de suas casas (espaço pri- vado). Ou, então, dar exemplos de as- sociações de bairros que se mobilizam para cuidar de praças e parques públi- cos por se sentirem também responsá- veis pela manutenção desses espaços. No fi m da página são propostas três atividades. Peça aos alunos que respondam; em seguida que eles com- partilhem suas respostas. Assim você estará desenvolvendo a oralidade dos alunos. Para a atividade 1, espera-se que os alunos respondam que esses ambientes necessitam de limpeza e organização e eventualmente reparos. Já as atividades 2 e 3 são respos- tas pessoais. Deixe que todos falem suas respostas às questões, lembran- do sempre de não emitir julgamento sobre essas respostas. O importante é, ao longo desta unidade, conduzir a conversa de forma a, gradativamente, desenvolver e incentivar a consciência de que todos nós somos responsáveis pelo todo. Ao longo da unidade poderão surgir ideias de como ajudar na preservação do ambiente da sala de aula, da esco- la, de uma praça, do bairro. Acolha as ideias e na medida do possível ajude sua turma a colocá-las em prática. Sugestão para os alunos Este é um bom momento para ler com os alunos o livro Se essa rua fosse minha, indicado no fi nal da unidade. O livro propõe um exercício interessante: O que você faria se a rua fosse sua? Deixaria que jogassem lixo no chão? Plantaria fl ores e árvores nas calçadas?. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 060a075.indd 62 12/4/17 09:07 63MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 63 Cuidando dos ambientes naturais Os ambientes naturais também devem ser cuidados. Lá vivem muitos seres vivos que dependem unsdos outros para sobreviver. Os animais, por exemplo, necessitam das plantas. As plantas, por sua vez, precisam de um solo adequado para fixar suas raízes e obter nutrientes. Precisam também de sol e água para produzir seu alimento. • Você já viu um ambiente natural malcuidado? Resposta pessoal. Quando cuidamos dos ambientes naturais, estamos cuidando de milhares de seres vivos que deles dependem. Reserva de Desenvolvimento Sustentável Iratapuru, Amapá, 2017. Efeito domin— Em grupos de três ou quatro alunos, leiam o texto abaixo. Depois, peguem as peças de dominó que trouxeram de casa e acompanhem as orientações do professor. Coloque várias peças de dominó em pé, enfileiradas uma atrás da outra, e dê um peteleco na primeira delas. As peças vão se esbarrando e, uma a uma, caem. Esse movimento, conhecido como “efeito dominó”, pode se aplicar a muitas outras situações em que um determinado fato leva a uma série de consequências. Na natureza, é comum observar isso. Plantas e bichos dependem sempre do ambiente ao seu redor e, se alguma coisa muda, é provável que muitas outras mudanças aconteçam em decorrência da primeira. Por exemplo: ao desmatarmos uma área, prejudicamos a vida de animais que vivem naquele habitat. [...] Fernanda Turino. Efeito dominó. Ciência Hoje das Crianças. Disponível em: <http://chc.org.br/efeito-domino/>. Acesso em: 5 jul. 2017. • Cite alguns efeitos causados pela derrubada de uma árvore. Vamos falar sobre... Z ig K o ch /O p • ‹ o B ra s il Im a g e n s Desenvolvimento da aula Esta atividade, bastante lúdica, servirá para explicar aos alunos uma ideia não muito fácil, que é o conceito de equilíbrio na natureza. Para realizar a atividade os alunos deverão trazer de casa (pelo menos um aluno em cada grupo de 4) algumas peças de dominó e arrumá-las em pé, enfi lei- radas, formando o desenho que cada grupo quiser. Em seguida, vão derru- bar a primeira peça da fi la e observar o que acontece com as demais peças. Você pode complementar essa ativi- dade com a leitura da história “Um problema chamado coiote”, presente no livro Gente, bicho, planta, o mundo me encanta, de Ana Maria Machado, indicado no boxe Sugestões. Aqui estamos fazendo uma analo- gia: as peças de dominó em pé repre- sentam vários elementos da natureza em equilíbrio. Assim, ao mexer uma peça, mexe-se as demais, numa rea- ção em cadeia. No ambiente natural, quando se desmata, por exemplo, muitos animais perdem o abrigo, a fonte de alimento, e possivelmente o ambiente adequado para sua reprodu- ção. Além disso, podem ser caçados mais facilmente por predadores e, eventualmente, têm que migrar para outras regiões. A derrubada da co- bertura vegetal também deixa a terra exposta à chuva, o que pode empo- brecê-la, já que a água, não sendo amortecida pela folhagem, cai, leva parte do solo e “lava“ os minerais nele presente, levando-os para o lençol de água subterrâneo. A terra desprotegi- da recebe o calor do Sol diretamen- te, endurece e muitas vezes torna-se inadequada para o crescimento de plantas. A taxa de transpiração das plantas se altera, e isso pode impactar a taxa de umidade do ar e o regime de chuvas da região. Assim, ao modi- fi car ou interferir em um elemento do ambiente natural, podemos alterar o equilíbrio entre todas as relações exis- tentes entre seres vivos e o ambiente. Sugestões para os alunos Esse é um bom momento para ler com os alunos os livros: Quem vai salvar a vida, indicado no fi nal da unidade. Acompanhe a história de um menino que tenta mostrar aos pais que o meio am- biente não é uma coisa que existe lá longe, e sim tudo que existe ao redor. Gente, bicho, planta, o mundo me encanta, de Ana Maria Machado. As histórias do livro mistu- ram realidade e fi cção científi ca, destacando como as pessoas, os bichos e as plantas dependem uns dos outros para manter o equilíbrio do planeta. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 060a075.indd 63 12/4/17 09:07 64 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 64 Agora é com você 1 Observe o cartaz criado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para combater a venda e compra de animais silvestres. a) O que significa a primeira frase do cartaz? b) Em sua opinião, por que há pessoas que compram esses animais? Você concorda com esse tipo de atitude? Por quê? c) Que consequências esse tipo de atitude tem para o ambiente de onde os animais são tirados? 2 Assinale as alternativas que descrevem atitudes de cuidado com os ambientes naturais. Comprar animais silvestres para tê-los como bichos de estimação e cuidar em casa. X Ao fazer trilhas em ambientes naturais, recolher o próprio lixo e descartá-lo em casa. Arrancar flores de ambientes naturais para formar um buquê para embelezar a casa. X Não jogar papel de bala e garrafas plásticas nas margens de rios e córregos. Ib a m a /M in is té ri o d o M e io A m b ie n te 1a. Significa que o comércio de animais silvestres só existe porque há pessoas que compram esses animais. Resposta pessoal. Resposta pessoal. Animal silvestre: animal que nasceu e se desenvolveu em ambientes naturais. Não é habituado com a presença do ser humano. Unidade 5 Desenvolvimento da aula O cartaz analisado permite aos alunos que reconheçam os elemen- tos principais que devem compor um cartaz: título, imagem e texto (que deve ser curto, direto e em linguagem clara). Trata-se aqui de uma ótima oportunidade para que os alunos, em grupos, elaborem cartazes a partir da observação e análise deste cartaz. Oriente-os para produzir cartazes que promovam a conscientização sobre a responsabilidade de cada um pelo comércio ilegal desses animais. Aceite sugestões dos alunos que sejam perti- nentes a tal assunto. A atividade 1 desta página visa desenvolver a interpretação do aluno, tanto visual como escrita. Quanto às respostas, espera-se que os alunos não concordem com esse tipo de ati- tude, pois ela estimula o comércio ile- gal de animais silvestres. Além disso, os alunos podem citar algumas con- sequências, tais como: diminuição da população desses animais na natureza (podendo até levar espécies à extin- ção), alteração nas relações alimenta- res entre a população desses animais com os demais seres vivos, alteração nos processos de dispersão de semen- tes e frutos caso a população desses animais participe desses processos, etc. No boxe Sugestão, indicamos um site que explica o que são animais silvestres e contém várias informações sobre o tráfi co desses animais. A atividade 2 tem por objetivo a fi xação dos conhecimentos adquiridos até o momento, além de ampliar a consciência ecológica dos alunos. Sugestão para o professor <www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ ambientais/animais_silvestres/>. Acesso em: 9 out. 2017. O site apresenta informações importantes sobre o tráfi co de animais silvestres que você pode usar para enriquecer sua aula. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 060a075.indd 64 12/4/17 09:07 65MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 65 • Agora escolha uma alternativa que você n‹o assinalou e a reescreva de modo que demonstre uma atitude de cuidado com o ambiente natural. Não comprar animais silvestres para tê-los como bichos de estimação e cuidar em casa. Não arrancar flores de ambientes naturais. 3 Encontre no diagrama as palavras que completam corretamente as frases a seguir. Depois, copie cada palavra na lacuna correta. B H V E Y N K C C U I D A R X X O B J E B U U O U P K F W M G S G M O S R K Q V O J S I L V E S T R E S Y N F K X I W M P P E I O O I F L M D E S M A T A M O S T I I A N U O I E I B Y U O Z I P N W K L L Q U H U E A E T A D E L M U E E Q Y A M XN I V U K P H E A T S Q V Z J T H V L L C E Q U I L Í B R I O M F A I V U R O P G G O K A G L W E D T U B R V Y S U R a) Todos nós somos responsáveis por cuidar dos ambientes, sejam eles naturais ou não. b) A ação do ser humano pode mudar os ambientes naturais, que são compostos de muitos seres vivos que vivem em equilíbrio . c) Animais silvestres vivem livres na natureza. d) Quando desmatamos uma floresta, estamos prejudicando todos os seres que lá vivem. Desenvolvimento da aula Uma forma de complementar a atividade 3 é propor aos alunos uma discussão sobre as frases apresenta- das, destacando e complementando as respostas. Especialmente quanto ao trabalho com a palavra “desmata- mos”, sugerimos que defi na o verbo desmatar: cortar a mata, retirar as ár- vores de uma fl oresta. Como você está inserindo os alunos constantemente no processo de alfabetização, aprovei- te o trabalho com a palavra para: a) inseri-la no dicionário que sua turma, porventura, estiver elaborando; b) chamar a atenção para o prefi xo -des (des + mato + ar = desmatar/ retirar a mata). Provoque-os para que apresen- tem outras palavras nas quais o -des também é usado para apresentar o sentido inverso da palavra original. Exemplos: obedecer/desobedecer, ar- rumar/desarrumar, montar/desmontar, amarrar/desamarrar, ligar/desligar. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 060a075.indd 65 12/4/17 09:07 66 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. A água nos ambientes Observe a charge a seguir e converse com seus colegas: 1 Os peixes vivem na água. Por que eles estão fora do rio? 2 O que você imagina que o cano está despejando no rio? 3 Pense em um curso de água que fica perto da sua casa ou escola. Como está a água desse lugar: limpa ou poluída? Conte aos colegas. A água é muito importante para a vida no planeta. Todos os seres vivos precisam de água para sobreviver. Os animais aquáticos não sobrevivem fora da água. Os animais terrestres também precisam de água para manter suas atividades corporais. A ri o n a u ro /A c e rv o d o c a rt u n is ta Resposta pessoal. Provavelmente esgoto (água suja) de casas e fábricas. Resposta pessoal. 66 Unidade 5 Desenvolvimento da aula Espera-se que os alunos discutam as possíveis interpretações da charge, que tem humor, mas ao mesmo tempo aponta para uma situação triste. Cha- me a atenção dos alunos para o fato de a charge apresentar uma “cena im- possível” como, por exemplo, peixes sentados à margem do rio com ex- pressão de tristeza. Essa é uma estra- tégia que o autor da charge usou para estimular as pessoas a pensarem so- bre o problema da degradação do rio. Os dois peixes “preferem” não fi car na água, porque o rio está sujo, poluído. Discuta com os alunos como seria essa situação na vida real: Se os peixes e os demais seres aquáticos pudessem optar por não viver em um ambiente poluído, que opção eles teriam? Estimule os alunos a refl etir sobre o fato de que córregos e rios tenham água limpa ou poluída depende da ação de todos (governo, empresas, indústrias e cidadãos). Em ambos os casos, é interessante conversar com os alunos sobre a infl uência das pe- quenas atitudes diárias, como jogar um papel de bala na rua para a de- gradação ou não de cursos de água presentes nas cidades. Chame a atenção dos alunos para a diferença entre a água do rio e o esgo- to que o cano está despejando. Sugestões para os alunos Esse é um bom momento para ler com os alunos o livro A história da água, indicado no fi nal da unidade. O livro mostra como a água se renova sem parar mesmo depois de ser usada tantas vezes. Aproveite a oportunidade para ouvir o CD Planeta Água, indicado no fi nal da unidade. Nele temos a compilação de diversos sons do nosso planeta. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 060a075.indd 66 12/4/17 09:07 67MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 67 Podemos encontrar água em todos os ambientes. Ela pode estar presente em rios, lagos, represas, oceanos e geleiras. Mesmo nos ambientes mais secos, como os desertos, é possível encontrar água. Rio São Francisco, próximo à cidade de Piranhas, Alagoas, 2017. Oceano Atlântico visto do Cabo da Roca, Sintra, Portugal, 2017. L u c ia n o Q u e ir o z/ P u ls a r Im a g e n s k v ik a /S h u tt e rs to ck A água é um bem tão precioso que em 22 de março comemora-se o Dia Mundial da Água. Em muitos países, como o Brasil, dada a importância dos corpos de água para a qualidade de vida das pessoas, existem leis que protegem rios, lagos e nascentes de água. Infelizmente, muitos rios, lagos e mares encontram-se degradados. A poluição é uma das principais ameaças. A água pode se tornar poluída pelo lançamento de esgoto. O esgoto prejudica animais e plantas que vivem na água ou dependem dela, além de torná-la imprópria para o consumo humano. Para cuidar das águas dos ambientes, todos precisam fazer a sua parte. Proteger e conservar as matas e as florestas permite que as nascentes dos rios continuem jorrando água. Corpo de água: qualquer grande acumulação de água, como represas, rios, lagos, córregos, mares e oceanos. Poluição: modificação do ar, da água ou do solo que é desfavorável à vida e prejudica animais, plantas e outros seres vivos. Julie rubacha/Alamy/Latinstock Geleira de Mendenhall, Alasca, Estados Unidos, 2017. Desenvolvimento da aula Este texto apresenta de forma sim- ples quão importante a água é para todos os seres vivos do planeta. Além disso, indica onde podemos encontrar água. Com isso espera-se que o aluno perceba a necessidade de preservação desses locais para que esse recurso natural não acabe. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 060a075.indd 67 12/4/17 09:07 68 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 68 Agora é com você 1 Leia a tirinha e responda à questão. Turma da M™nica, de Mauricio de Sousa. © M a u ri c io d e S o u s a /M a u ri c io d e S o u s a E d it o ra L td a . • O Cebolinha é um exemplo a ser seguido? X Sim Não 2 Observe o selo ao lado. Ele faz parte de um cartaz da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e foi criado para incentivar a economia de água. Analise o selo com os colegas e responda: a) O que quer dizer a frase: “Eu sou guardião das águas – eu não desperdiço”? b) O que você faz para não desperdiçar água? Pinte as frases com as ações corretas. Não tomo banhos demorados. Fecho a torneira enquanto escovo os dentes. Uso mangueira para ajudar meu pai a lavar a calçada. R e p ro d u • ‹ o /S a b e s p Unidade 5 Desenvolvimento da aula A seção Agora é com você tem por objetivo fi xar os conceitos apre- sentados para os alunos anterior- mente. Na atividade 1, por meio de interpretação do texto da tirinha, pre- tende-se que o aluno entenda o que as personagens fazem para economi- zar água e diga que a personagem Cebolinha é um exemplo a ser segui- do, já que ele demora menos em seu banho e assim economiza mais água. A atividade 2 apresenta o selo que a Sabesp criou para uma campa- nha de economia de água. Ajude os alunos a interpretarem o selo, pergun- tando o que eles entendem da palavra “guardião”. Deixe que eles exponham suas ideias e fi nalize dizendo que “guardião” é alguém que guarda, que protege uma pessoa ou um bem im- portante. A água é um bem precioso, e não desperdiçá-la é uma excelente ação para o uso consciente. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 060a075.indd 68 12/4/17 09:07 69MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 69 O lixo nos ambientes Observe esta imagem.Resposta pessoal. L u c a s C a rv a lh o /G e o I m a g e n s Converse com seus colegas: 1 O que você vê na imagem? 2 Se você pudesse mudar alguma coisa nessa cena, o que mudaria? Muitas de nossas atividades produzem lixo. Quando cozinhamos, por exemplo, tiramos partes de hortaliças e carnes e jogamos no lixo. Quando compramos uma roupa, um brinquedo ou mesmo um lanche, ou um suco, geralmente jogamos fora embalagens e sacolas que vêm junto com eles. Todo o lixo produzido deve ser encaminhado a locais adequados para não poluir o ambiente. Infelizmente, isso nem sempre acontece. Em muitos lugares é possível ver embalagens, garrafas, papéis, latas e outros lixos jogados, como os que vemos na imagem acima. Resposta pessoal. Desenvolvimento da aula Dando continuidade à construção da consciência ecológica dos alunos, é apresentada a eles uma imagem para analisarem e, em seguida, questões e um texto para entrelaçar os conceitos apresentados. Para a atividade 1, espera-se que os alunos respondam que a imagem mostra uma área verde com muito lixo, sobretudo material plástico. Já para a atividade 2, a análise da imagem permite aos alunos diver- sas respostas. Eles podem falar que gostariam que a área verde fosse mais bem cuidada, podem falar também que gostariam que o lixo não tivesse sido jogado no chão, e sim em uma lixeira. Sugestão para os alunos Esse é um bom momento para ler com os alunos o livro O menino que quase morreu afogado no lixo, indicado no fi nal da unidade. O livro conta a história de Waldisney, um menino que não gostava de arrumação e tinha preguiça de jogar o lixo no lixo. Até que um dia as coisas saíram do controle e o lixo tomou conta de tudo! 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 060a075.indd 69 12/4/17 09:07 70 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 5 Desenvolvimento da aula Continuando com a temática, res- salte aos alunos que o descarte incor- reto do lixo tanto no ambiente terres- tre quanto no ambiente aquático pode causar desiquilíbrio ambiental. Infor- me aos alunos que os animais desses ambientes podem confundir o lixo com alimento. Além disso, o lixo pode atrair bichos que transmitem doenças. Quanto à charge que compõe esta página, espera-se que os alunos discu- tam suas possíveis interpretações. Ela sugere, indevidamente, que não deve existir preocupação com o destino que damos ao lixo, já que ele pode ser jo- gado em qualquer lugar. Não é dessa forma que devemos cuidar do lixo; ele deve ser colocado em locais adequa- dos para ter a correta destinação e tratamento. Ao trabalhar a atividade 2 com os alunos, acolha todas as respos- tas relatadas, fazendo correções e esclarecimentos quando necessário. O objetivo dessa atividade é levantar o conhecimento dos alunos para a re- ciclagem, assunto que será abordado em seguida. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 70 O lixo acumulado no ambiente aumenta a proliferação de doenças e prejudica alguns animais que podem comer esse lixo por confundirem-no com alimentos. Garrafas e sacolas plásticas que vão parar nos oceanos são muitas vezes comidas por tartarugas marinhas e outros animais que as confundem com alimentos. Isso pode levar esses animais à morte. Observe a charge. R ic h C a re y /S h u tt e rs to ck Converse com seus colegas: 1 Você concorda com o jeito com que o lixo é tratado na charge? Por quê? 2 Você acha que tudo o que jogamos fora é realmente lixo? Resposta pessoal. Resposta pessoal. A ri o n a u ro /A c e rv o d o c a rt u n is ta 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 060a075.indd 70 12/4/17 09:07 71MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Desenvolvimento da aula Faça a leitura compartilhada do texto desta página. Essa é uma boa oportunidade para conversar com os alunos sobre o signifi cado da palavra “lixo” (material sem valor ou utilidade que se joga fora). Estimule os alunos a pensar em uma situação concreta, por exemplo: se jogarmos uma garra- fa plástica fora, ela seria considerada lixo. Mas se em vez de jogar fora, a reutilizarmos para fazer um brinque- do ou um objeto tipo porta-lápis, ela será considerada lixo? Por quê? Deixe os alunos darem outros exemplos que mostrem a reutilização e a reciclagem de lixo. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 71 O lixo no seu devido lugar Vimos a importância de dar a correta destinação ao lixo para que ele não polua os ambientes. Jogá-lo sempre em lixeiras ou guardá-lo conosco para jogá-lo em casa quando não há lixeira é uma responsabilidade de todos. Uma das maneiras de contribuir ainda mais para a conservação dos ambientes é reaproveitarmos os materiais que jogamos fora por meio da reciclagem. Afinal, nem todo lixo é lixo! Para a reciclagem acontecer, os materiais precisam passar por um processo que se inicia com a participação de cada um de nós. Acompanhe: 1. Separar o material que pode ser reciclado. Reciclagem: processo que transforma alguns materiais para que possam ser utilizados novamente. 2. Colocar esse material para ser recolhido na coleta de lixo reciclável da rua ou levá-lo para pontos de coleta seletiva do bairro. Metal, papel, plástico e vidro podem ser reciclados. F o to s : p h o tk a /S h u tt e rs to ck Ta le s A zz i/ P u ls a r Im a g e n s A coleta seletiva recolhe apenas material que pode ser reciclado. Lixeiras para coleta seletiva na estação de metrô Santo Amaro, São Paulo, São Paulo, 2015. EIementos não proporcionais entre si 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 060a075.indd 71 12/4/17 09:07 72 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 5 Desenvolvimento da aula As imagens desta página mostram como é feita a separação dos materiais reciclados pelas cooperativas. Ao fi - nal, tem-se uma atividade que promo- ve uma refl exão dos alunos acerca da reciclagem de materiais. Na refl exão, é esperado que os alunos digam que a reciclagem do lixo depende inicial- mente da separação do que pode ou não ser reciclado, o que ocorre toda vez que cada um de nós joga algum material fora. Por isso, sem a partici- pação da sociedade, a reciclagem do lixo torna-se difícil de acontecer. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 72 3. O material coletado é doado ou vendido para fábricas e empresas para ser transformado e reutilizado na fabricação de novos produtos. Muitas cooperativas realizam um trabalho importante com o material reciclável que é recolhido nas cidades. Central de Triagem de Irajá, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014. Latas de alumínio comprimidas em centro de reciclagem. São Paulo, São Paulo, 2015. • Para que a reciclagem do lixo ocorra, ela deve contar com a participação de todos nós. O que você pode fazer para contribuir com a reciclagem do lixo? F á b io M o tt a /A g ê n c ia E s ta d o P a u lo W h it a k e r/ R e u te rs /L a ti n s to ck Cooperativa: grupo de pessoas que se organizam para realizar um determinado trabalho ou serviço. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 060a075.indd 72 12/4/17 09:07 73MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Desenvolvimento da aula Para realizar a atividade desta se- ção, organize os alunos em quatro ou cinco grupos para a realização da pesquisa de forma coletiva. Leia, com os alunos, as instruções de como fazer a investigação. Faça uma escala, de forma que cada grupo se encarregue do lixo da sala em dias diferentes da semana. Peça que cada grupo se orga- nize de modo que alguns alunos vão manusear o cesto de lixo, despejando o lixo sobre uma superfície para anali- sá-lo e separá-lo, enquanto outros vão colocá-lo nos sacos plásticos de acordo com o tipo. Importante: acompanhe a ativida- de de perto e, caso seja necessário,auxilie na separação do lixo, evitando o contato dos alunos com lixo metáli- co e de vidro. Oriente-os que, caso a luva de plástico se rompa, a atividade deverá ser interrompida imediatamente e retomada apenas após a substituição das luvas. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Vamos investigar 73 Que lixo é produzido na sala de aula? Você já parou para observar a lixeira da sala de aula? Pois bem, nesta atividade vamos investigar o que compõe o lixo que a turma produz! O professor vai dividir a turma em grupos. Antes de iniciar a atividade, respondam: • Que tipo de lixo vocês acham que é produzido na sala de aula? Resposta pessoal. Material • luvas de plástico descartáveis • elásticos para prender as luvas nos pulsos • um plástico grande (pode ser um saco de lixo aberto) • vários sacos plásticos menores Como fazer 1. Esperem a lixeira da sala de aula ficar cheia. 2. Estendam o plástico no chão e despejem o lixo sobre ele. Usando as luvas, espalhem o lixo. 3. Coloquem em um saco plástico pequeno o que for orgânico: cascas ou caroços de fruta, pedaços de pão, etc. Depois, separem o lixo de acordo com o material: metal, papel, plástico. Dificilmente haverá um objeto de vidro; mas, se encontrarem algum, separem também. 4. Coloquem cada tipo de lixo em um saco plástico. 5. Joguem no cesto da cantina o lixo orgânico. Guardem os outros sacos em um canto da sala de aula. 6. Da próxima vez que a lixeira encher, outro grupo ficará encarregado de fazer a seleção do lixo para reciclagem. Que lixo é produzido na sala de aula? W a ld o m ir o N e to /A rq u iv o d a e d it o ra 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 060a075.indd 73 12/4/17 09:07 74 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 5 Desenvolvimento da aula Ao fi nal da pesquisa é interessante que se faça algum uso ou destino do material separado para que a atividade seja concluída. Pode-se elaborar uma atividade artística com o professor de Arte para a construção de brinquedos, instrumentos ou objetos de sucata, ou, então, levar o material separado a um ponto de coleta seletiva ou a uma cooperativa de catadores de material reciclado próximo da escola. Lembre a todos que, para que a coleta seletiva de lixo possa ser im- plementada na escola, é preciso o en- volvimento e a colaboração de todos, alunos, professores e funcionários. Assim, se os alunos demonstrarem interesse, é importante conversar com os demais professores e a direção da escola para que seja possível elaborar um planejamento de como isso pode ser feito (campanha de conscientiza- ção, implementação de cestos de co- leta, verifi cação de pontos ou dias de coleta seletiva no bairro, etc.). Para aprimorar o conhecimento do aluno, ao fi nal das atividades é apre- sentado o símbolo da reciclagem. As- sim, espera-se que o aluno responda que viu esse símbolo em embalagens ou em lixeiras ou postos de reciclagem. Além disso, é esperado que os alunos respondam que o símbolo faz referên- cia à ideia de ciclo, de continuidade, de que, no caso do lixo, os materiais podem ser reutilizados inúmeras vezes para a fabricação de novos produtos. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 74 Vamos investigar Conclusão 1 A turma produz maior quantidade de resíduos orgânicos ou de resíduos que podem ser reciclados? Resíduos orgânicos. Resíduos que podem ser reciclados. 2 Do lixo que pode ser reciclado, qual foi encontrado em maior quantidade? Plástico Metal Papel Vidro Pensando sobre os resultados 1 Converse com o professor e os colegas sobre o que vocês podem fazer com o lixo que pode ser reciclado. 2 A seleção de lixo poderá ser ampliada para as outras classes? E para nossa casa? Como? 3 Observe o símbolo ao lado. a) Você já viu este símbolo? Em que lugares ou situações? Resposta pessoal. b) Na sua opinião, o que este símbolo quer dizer? Resposta pessoal. Resposta pessoal. Resposta pessoal. Resposta pessoal. Resposta pessoal. K ri s ti D o d o /S h u tt e rs to ck 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 060a075.indd 74 12/4/17 09:07 75MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Desenvolvimento da aula O objetivo desta seção é retomar os pontos principais da unidade, per- mitindo ao aluno perceber a evolução de seu conhecimento. Se necessário, incentive os alunos a consultar o texto da unidade, tire possíveis dúvidas e se certifi que de que todos os alunos con- seguiram compreender os temas abor- dados nesta unidade. Retome também as respostas dos alunos às questões iniciais, verifi cando se as ideias levan- tadas por eles se confi rmaram ou não. Mostre através dela quanto aprende- ram nesta unidade. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 75 Agora é hora de pensar sobre o que você experimentou e aprendeu. Marque um X na opção que melhor representa seu desempenho. 1. Reconheço a importância de cuidar dos ambientes. 2. Reconheço a importância da água nos ambientes. 3. Identifico ações que contribuem para a preservação da água nos ambientes. 4. Identifico ações que contribuem para o tratamento do lixo. Autoavaliação Para ler • A história da água, de Jacqui Bailey e Matthew Lilly. Editora DCL. O livro mostra como a água se renova sem parar, mesmo depois de ser usada tantas vezes. • O menino que quase morreu afogado no lixo, de Ruth Rocha. Editora Salamandra. Waldisney era um menino que não gostava de arrumação, tinha preguiça de jogar o lixo no lixo. Até que um dia as coisas saíram do controle e o lixo tomou conta de tudo! • Quem vai salvar a vida?, de Ruth Rocha. Editora Salamandra. Acompanhe a história de um menino que tenta mostrar aos pais que meio ambiente não é uma coisa que existe lá longe, e sim tudo que existe ao redor. • Se essa rua fosse minha, de Eduardo Amos. Editora Moderna. O livro propõe um exercício interessante: O que você faria se a rua fosse sua? Deixaria que jogassem lixo no chão? Plantaria flores e árvores nas calçadas? Para ouvir • Planeta água, de Gallo. São Paulo: Azul Music, 2003. Você pode ouvir sons aquáticos do planeta nesse CD. Sugestões 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 060a075.indd 75 12/4/17 09:07 76 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 76 Nesta unidade você vai: UNIDADE 6 Observe a imagem e converse com seus colegas: 1. Quais objetos você reconhece na imagem? 2. Para que servem esses objetos? 3. Do que eles são feitos? Respostas pessoais. Do que os objetos são feitos? Reconhecer a utilidade dos objetos. Relacionar alguns materiais à sua origem na natureza. Identificar de que materiais são feitos os objetos presentes no dia a dia. Compreender com quais materiais alguns objetos eram produzidos no passado. Habilidade da BNCC trabalhada nesta unidade EF02CI01 Identifi car de que ma- teriais (metais, madeira, vidro, etc.) são feitos os objetos que fazem par- te da vida cotidiana, como esses ob- jetos são utilizados e com quais ma- teriais eram produzidos no passado. As questões iniciais têm o objetivo de verifi car quanto os alunos conhecem a origem e a utilidade de objetos pre- sentes no dia a dia e os materiais de que são feitos. Como os alunos estão inseri- dos em um processo de alfabetização, liste na lousa todos os objetos que os alunos citarem. Caso haja necessida- de, instigue os alunos a observarem atentamente a imagem, direcionando para os objetos que eles não citarem. Em seguida pergunte do que são feitos esses objetos, enriquecendo a lista de objetos citados anteriormente. Pode ser que os alunos não saibam de que material alguns objetos são feitos. Se isso ocorrer, ajude-os a identifi car a ori- gem do material por meio de exemplos de outros objetos que utilizam o mes- mo material.Lembre-se de que nesse momento não existe resposta certa ou errada; é apenas um levantamento de ideias. No decorrer da unidade, sempre que achar pertinente, volte a essa lista inicial e confi ra as respostas dos alu- nos, perguntando se eles ainda acham que os objetos são confeccionados com aquele material. Objetivos da unidade Nesta unidade pretende-se que o aluno aprenda a reconhecer a utili- dade dos objetos do seu cotidiano. Outra fi nalidade pretendida é que o aluno compreenda que alguns ma- teriais são extraídos da natureza, como a madeira, que é de origem vegetal, e os metais, que são de ori- gem mineral. Além disso, pretende- -se que o aluno identifi que que os objetos presentes em seu cotidiano são confeccionados por materiais dessas diferentes origens. É impor- tante que os alunos tenham essa percepção bem formada, para que eles compreendam que no passado alguns objetos eram produzidos com materiais diferentes dos atuais. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 076a089.indd 76 12/4/17 09:06 77MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 77 F lo o rt je /i S to ck /G e tt y I m a g e s Esta é a oportunidade para explo- rar os conhecimentos dos alunos sobre a utilidade de alguns objetos, de que materiais são feitos e qual a origem desses materiais. Nesse momento não solicite respostas precisas; fomente a observação da imagem, as análises, as refl exões sobre as questões pro- postas e o levantamento de hipóte- ses para responder às perguntas. É possível que os alunos digam que os talheres são feitos de metal ou que especifi quem o metal como ferro. Tal- vez digam que os metais vêm da terra, que o copo é feito de vidro, a mesa de madeira pintada, o guardanapo de tecido ou papel. Direcione a discus- são de modo que os alunos apontem os usos desses objetos. No copo, se coloca algum líquido para beber, no prato se colocam os alimentos, com o garfo se pega a comida, e assim por diante. O importante nesta atividade de leitura de imagem e levantamen- to do conhecimento prévio é que os alunos percebam que os objetos têm diferentes utilidades e que são feitos de diferentes materiais. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 076a089.indd 77 12/4/17 09:06 78 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 78 Por que os objetos são úteis? Você já pensou como seria difícil beber e comer usando apenas as mãos? E como você faria para andar descalço sobre o chão quente ou com pedras? Para realizar essas tarefas, usamos objetos, como os copos e talhares, que nos auxiliam durante uma refeição, e os calçados, que protegem nossos pés. Olhe ao seu redor: Que objetos ajudam você a realizar alguma atividade? Você sabe dizer do que esses objetos são feitos? Usamos muitos objetos que nos auxiliam em nosso dia a dia. Eles podem ser feitos de diferentes materiais. Veja alguns: Converse com seus colegas: 1 Quais são as utilidades dos objetos representados nas imagens? 2 De quais materiais eles são feitos? O copo serve para acomodar líquidos e facilitar sua ingestão, o vaso serve para acomodar uma planta, a sacola serve para acomodar e transportar diversos objetos, a colher de pau s erve para mexer a comida e a panela serve para cozinhar os alimentos. O copo é feito de vidro, o vaso, de barro, a sacola, de plástico, a colher, de madeira, e a panela, de metal (alumínio ou aço inoxidável). g lo v e rk /S h u tt e rs to ck D ia n a T a liu n /S h u tt e rs to ck jo c ic /S h u tt e rs to ck S to ck P h o to s /L a ti n s to ck M . Unal Ozm en/Shutterstock • Elementos não proporcionais entre si Unidade 6 Desenvolvimento da aula Após a leitura do texto, comente sobre os objetos presentes na sala de aula, como as carteiras, as janelas e as canetas. Nesse momento é importan- te que os alunos comecem a observar os materiais ao seu redor. Após essa atividade de observação dos objetos presentes na sala de aula, peça aos alunos que observem as imagens presentes no livro. Para en- riquecer ainda mais a aula, sugerimos que, para esta atividade, leve alguns desses objetos para serem vistos e manuseados pelos alunos. Espera-se que os alunos tenham facilidade em descrever em quais si- tuações esses objetos são utilizados. Caso eles tenham difi culdade em iden- tifi car do que o vaso é feito, disponi- bilize um vídeo mostrando como esse objeto é produzido do barro. Ao explorarem as fotografi as, per- gunte aos alunos se conhecem outros objetos feitos com o mesmo material. Faça perguntas como: Que outros ob- jetos vocês conhecem feitos de fi bra? E feitos de barro? Socialize a discus- são, levando-os a pensar sobre o uso que fazemos dos diferentes materiais. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 076a089.indd 78 12/4/17 09:06 79MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 79 A origem dos materiais Os materiais que utilizamos para fabricar ferramentas, utensílios de cozinha, móveis, automóveis, roupas e muitos outros objetos são retirados da natureza. Esses materiais extraídos da natureza podem ter origem animal, vegetal ou mineral. • Os materiais obtidos das plantas, como fibras e madeira, têm origem vegetal. As fibras e a madeira são exemplos de materiais de origem vegetal. S to ck P h o to s/ L at in st o ck L o tu s _ s tu d io /S h u tt e rs to ck P ic s � v e /S h u tt e rs to ck A lã e o couro são exemplos de materiais de origem animal. O vidro e os metais são exemplos de materiais de origem mineral. • Os materiais obtidos de animais, como lã e couro, têm origem animal. • Os materiais obtidos do solo e de rochas, como vidro e metais, têm origem mineral. Stock Photos/Latinstock T ig e rF o rc e /S h u tt e rs to ck Stock Photos/Latinstock • Elementos não proporcionais entre si Desenvolvimento da aula Esta é uma boa oportunidade para despertar nos alunos a consciência sobre atos que envolvam a aquisição, o uso e o descarte de bens de consu- mo. É importante que eles comecem a compreender que o consumo está atrelado à extração de recursos natu- rais e que o descarte dos objetos pro- duzidos a partir desses recursos pode acarretar diferentes impactos ambien- tais. Os alunos devem compreender que a reciclagem dos materiais é uma importante ferramenta de conserva- ção do meio ambiente, mas que ela não é sufi ciente e que, portanto, o ideal é reduzir o consumo de bens. Destaque que alguns recursos não são renováveis, que alguns métodos de extração são prejudiciais ao meio ambiente e que a geração de lixo não é sustentável. É importante também promover a conscientização a respeito dos materiais de origem animal. Destaque que alguns materiais po- dem ser produzidos pelo ser humano em laboratórios a partir de materiais obtidos da natureza. Esse tipo de ma- terial é chamado sintético, como o plástico. Promova com os alunos uma mos- tra de diversos materiais ou a con- fecção de um mural com colagens. Oriente-os na confecção de legen- das explicativas que acompanharão cada um dos materiais. As legendas podem conter o nome do material e a origem. Também podem ser incluí- das algumas características (caso os alunos as identifi quem) e como esse material é usado. Na mostra, incen- tive-os a percorrer todos os objetos expostos e auxilie-os na leitura das legendas. Esse momento pode ser re- gistrado com fotografi as e posterior- mente exposto para os alunos e em reuniões de pais ou responsáveis e/ ou feiras de Ciências. Sugestão para os alunos Caso ache interessante leia com os alunos o livro Criança curiosa – De onde as coisas vêm?, de Anne-Sophie Baumann. Neste livro os alunos irão descobrir a origem de alguns produtos. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica076a089.indd 79 12/4/17 09:06 80 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 80 Agora é com você 1 Os indígenas brasileiros usam materiais da natureza para fazer alguns objetos. a) Para fabricar os cestos, os indígenas usam fibras de milho, bambu, taquara e cipó. Mulher da etnia Guarani Mbya confeccionando cestos de taquara. Aldeia Kalipety, São Paulo, São Paulo, 2017. • Qual é a origem do material que os indígenas usam para fabricar cestos, peneiras e esteiras? Origem vegetal. b) Os indígenas também fazem panelas e outros objetos utilizando barro. • Qual é a origem do material que os indígenas usam para fazer panelas? Origem mineral. F a b io C o lo m b in i/ A c e rv o d o f o tó g ra fo Panela de barro feita por indígenas. Aldeia Waurá, Xingu, Mato Grosso, 2015. R o s a G a u d it a n o /S tu d io R • Elementos não proporcionais entre si Unidade 6 Desenvolvimento da aula Para a atividade 1, peça aos alu- nos que observem as imagens, leiam as legendas e expliquem o que cada imagem apresenta. Chame a atenção deles para o trabalho manual empre- gado para fazer os objetos de barro e os cestos. Explique que essas produ- ções não são industriais, ou seja, não são produzidas em série, nas fábricas. São peças feitas uma a uma por arte- sãos. Questione se algum dos alunos possui um objeto indígena feito do trançado de palha. Peça a autorização dos responsáveis perguntando se é possível os alunos levarem esse obje- to para a sala de aula. É uma ótima oportunidade para os alunos concreti- zarem esse aprendizado. Outra opção é apresentar um vídeo que mostre al- guns dos objetos artesanais feitos por povos indígenas. Sugestão para o professor Caso a escola disponha de uma sala de informática com conexão à internet, acesse o link <www. youtube.com/watch?v=fA82sUkakRs>. Assista, com os alunos, ao vídeo no qual é apresentada uma feira onde foram expostos vários objetos artesanais feitos por diversos povos indígenas. Acesso em: 18 set. 2017. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 076a089.indd 80 12/4/17 09:06 81MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 81 2 As roupas de couro e de lã podem ser usadas para nos aquecer no inverno. C a m ill e T o k e ru d /T a x i/ G e tt y I m a g e s Usamos roupas de lã e de couro para nos mantermos aquecidos. • Esses materiais têm origem vegetal, animal ou mineral? Explique. Animal, já que são obtidos de animais, como carneiros e bois. 3 Observe os filtros de água. • O que foi usado para fazer cada um destes filtros? Marque com um X sua resposta. X Barro Plástico Madeira Barro X Plástico Madeira D ir c e u P o rt u g a l/ F o to a re n a R e p ro d u ç ã o /A rq u iv o d a e d it o ra • Elementos não proporcionais entre si Desenvolvimento da aula A imagem da atividade 2 está representando roupas de couro e lã. Espera-se que os alunos digam que esses materiais têm origem animal. Explique aos alunos que o pelo do car- neiro e da ovelha é transformado em fi os, que são tingidos e tecidos em um tear – máquina usada para trançar os fi os. Ressalte que existem lã e couro sintéticos, que são produzidos com materiais processados em laboratório, cuja obtenção acarreta menos agres- são aos animais, em termos de extra- ção mas, ainda assim, podem causar impactos ambientais, como a extração de petróleo utilizado para produzir plásticos para a confecção de roupas de materiais sintéticos. Na atividade 3, pretende-se mos- trar ao aluno que muitas vezes um ob- jeto, para uma determinada fi nalidade, pode ser confeccionado com materiais diferentes. Esta atividade pretende demonstrar que o material usado para confeccionar alguns objetos muda com o tempo. No caso dos fi ltros de água, os primeiros que surgiram eram feitos de argila; com o tempo passa- ram a ser feitos de plástico. Vale dizer aos alunos que, com as preocupações ambientais, recentemente os fi ltros de argila voltaram ao mercado e pode ser que algum aluno o utilize em sua casa. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 076a089.indd 81 12/4/17 09:06 82 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Agora é com você 82 4 Leia a história em quadrinhos. a) Mônica fez um pedido no poço dos desejos usando uma moeda, mas o poço pediu um cartão de banco. A moeda é feita de: X metal papelão plástico b) O cartão de banco é feito de: X metal papelão X plástico c) A janela e partes do poço são feitas de madeira. Esses materiais têm origem: mineral animal X vegetal © M a u ri c io d e S o u s a /M a u ri c io d e S o u s a E d it o ra L td a . Turma da M™nica, de Mauricio de Sousa. Unidade 6 Desenvolvimento da aula A história em quadrinhos é um recurso efi ciente para estimular a lei- tura. Na atividade 4, incentive a lei- tura de todos os componentes da HQ, como fala das personagens, cartazes e placas. Destaque tópicos importantes das estruturas dos quadrinhos, como desenhos que compõem o cenário, falas curtas, expressões faciais, ruídos representados grafi camente, entre ou- tros. Com essa HQ, podemos enfatizar a composição de cada um dos objetos que a Mônica usou para fazer o pedi- do (a moeda é feita de metal e o car- tão é feito de plástico com um chip de metal), além de diferenciar a origem desses materiais. Aproveite essa atividade para de- senvolver a habilidade de interpre- tação de imagens dos alunos. A HQ possui poucos textos; para entender a história, os alunos precisam fazer essa interpretação. Caso sinta necessidade, ajude os alunos a interpretarem as imagens. Faça perguntas como: Por que as moedas que a Mônica jogou no poço dos desejos voltaram?; O que ela precisou fazer para que o poço rea- lizasse seu desejo?; Qual a conclusão a que ela chegou? 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 076a089.indd 82 12/4/17 09:06 83MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 83 Transformações dos materiais Há materiais que podem ser retirados da natureza e utilizados diretamente, sem passar por transformações que alterem suas propriedades. Cortamos a árvore e usamos o tronco para fazer tábuas. Com as tábuas, podemos fabricar móveis. T h in k s to ck /G e tt y I m a g e s g e n k u r/ S h u tt e rs to ck R a w i R o ch a n a v ip a rt /S h u tt e rs to ck D J S rk i/ S h u tt e rs to ck Outros materiais precisam sofrer transformações antes de serem utilizados, como é o caso do petróleo. Com o petróleo, fabricamos vários produtos, como combustíveis, plásticos e tintas. O petróleo é um material que passa por muitas transformações para ser utilizado. O plástico é obtido em laboratórios industriais depois de uma série de transformações do petróleo. • Elementos não proporcionais entre si Desenvolvimento da aula Neste momento vamos inserir um novo conceito aos alunos. É impor- tante que eles comecem a entender que para produzir os objetos que eles usam em seu dia a dia algumas das matérias-primas precisam sofrer trans- formações modifi cando suas proprie- dades; já outras podem ser retiradas da natureza e serem usadas direta- mente. A página apresenta dois exemplos: um em que a matéria-prima é retirada da natureza e usada diretamente na fabricação da mesa e outro em que a matéria-prima precisa passar por um processo de transformação para obter o produto fi nal. Reforce com os alunos que a madei- ra da árvore continua com as mesmas propriedades quando ela é transfor- mada em mesa (continua sendo ma- deira), já o plástico para ser produzido precisa sofrer diversas transformações paradeixar de ter as propriedades do petróleo e passar a ter as proprieda- des características do plástico. Para enriquecer a aula, você pode levar alguns objetos para a sala de aula, tais como copos de plástico e de vidro, utensílios domésticos de madei- ra e metal, etc. Mostre esses objetos aos alunos. Como teremos objetos que podem trazer algum perigo aos alunos, é importante que você mostre os obje- tos e não deixe que eles os manuseiem sem a sua aprovação. Quando mostrar os objetos, faça perguntas como: De que material este objeto é feito? Qual a origem deste material? O material precisou ser transformado antes de ser usado para fazer este objeto? 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 076a089.indd 83 12/4/17 09:07 84 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 84 Instrumentos musicais ind’genas A música é uma das principais atividades culturais dos povos indígenas. Para fabricar instrumentos de percussão e sopro, os índios usam grande variedade de materiais, como sementes, madeiras, fibras, pedras, objetos cerâmicos, ovos, ossos, chifres e cascos de animais. O nome dos instrumentos pode variar de acordo com a etnia. Adaptado de: <http://couroemadeira.no.comunidades.net/>. Acesso em: 11 maio 2017. Flauta: instrumento de sopro que pode ser fabricado com bambu. O som muda de acordo com o tamanho do tubo de bambu usado para direcionar o fluxo de ar soprado. Chocalho: instrumento que pode ser utilizado como guizo e atado ao corpo, em cintos ou tornozeleiras, ou manipulado diretamente. É geralmente feito de cabaças e pode ser preenchido com caroços de frutos, unhas ou dentes de animais. Vamos falar sobre... Flauta. Chocalhos. F a b io C o lo m b in i/ A c e rv o d o f o tó g ra fo F a b io C o lo m b in i/ A c e rv o d o f o tó g ra fo • Elementos não proporcionais entre si Unidade 6 Desenvolvimento da aula O texto da seção Vamos falar sobre... relata do que são feitos al- guns instrumentos musicais usados pelos povos indígenas. Forme duplas para que os alunos possam interagir e se auxiliar de maneira colaborativa na leitura. Ao fi nal, faça as atividades sugeridas. O estudo dos instrumentos mu- sicais diz muito sobre os materiais usados e sobre os povos que os cons- truíram. Alguns instrumentos são fei- tos de metais, tais como o saxofone, o pistão, a trombeta, o trombone, o clarim, etc., tanto que a parte de uma orquestra sinfônica que contém esses instrumentos se chama “ala dos me- tais”. Outros instrumentos são feitos de madeira, como o violão, o violino, o contrabaixo, a viola, o violoncelo, o cavaquinho, o banjo, o bandolim, a guitarra, etc. Todos esses têm cordas e alguns deles compõem as orquestras na “ala das cordas”. A riqueza desses instrumentos traz a oportunidade de estudar a cultura indígena brasileira (tambor, taquara, chocalhos, zumbidores, fl auta de Pã, etc.) e a infl uência da cultura africana (agogô, berimbau, afoxé, caxixi, cuíca, reco-reco, tambores, etc.), a maioria deles é produzida com cabaças, bam- bu, casca de coco, sementes da fl ores- ta, palha, pele de animais, etc. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 076a089.indd 84 12/4/17 09:07 85MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 85 Apito: instrumento que pode ser feito de casca de coco, folha de palmeira, chifre, concha, casca de caracol, madeira, etc. É usado também para a caça, pois o som de alguns apitos imita o canto de pássaros, o que atrai certas aves. 1. Cite três materiais que os indígenas utilizam para fabricar os instrumentos musicais. Resposta pessoal. 2. De onde os indígenas obtêm materiais para fabricar os instrumentos musicais? Esses materiais passam por transformações? Os materiais são retirados diretamente da natureza e utilizados sem passar por transformações. 3. Você conhece algum instrumento musical indígena? Qual? Resposta pessoal. Apito. F ra n c o H o ff /P u ls a r Im a g e n s Desenvolvimento da aula Para realizar essas atividades, pro- ponha aos alunos fazê-las como uma discussão. Destaque e complemente as respostas acertadas. Redirecione o debate caso surjam respostas não pertinentes. Promova a socialização das respos- tas e dos conhecimentos dos alunos sobre esse tema. Caso sua escola fi - que em uma região próxima a algum grupo indígena, enriqueça ainda mais esse debate com relatos e vivências dos alunos. Para a atividade 1, as respostas dos alunos podem ser diversas. Eles podem citar alguns materiais que os indígenas usam para fazer os seus instrumentos. Cabe a você instigá-los e assim obter e extrair a maior quan- tidade de conhecimento possível. Ao fi nal dessa atividade, se precisar, com- plemente as respostas dos alunos com itens como: sementes, cabaças, fi bras, pedras, objetos cerâmicos, ovos, os- sos, chifres, cascos de animais, ca- roços de frutos, unhas e dentes de animais, tábua/madeira, bambu, coco, folha de palmeira, concha, etc. Na atividade 2, pretende-se que os alunos percebam que esses instru- mentos não passam por transforma- ções, que a matéria-prima é retirada diretamente da natureza. Por fi m a atividade 3 busca ana- lisar o quanto o aluno tem contato com esses instrumentos. É importante incentivar o aluno a relatar seus co- nhecimentos. Ao fi nal desta unidade, estão in- dicados links para que os alunos fa- briquem os próprios instrumentos musicais. Vale a pena conversar sobre essa produção com eles, até mesmo relacionando-a com instrumentos mu- sicais indígenas. Sugestões para os alunos Caso a escola disponha de uma sala de informática com conexão à internet, acesse os links: • <www.tempojunto.com/2015/10/16/15-ideias-criativas-para-fazer-instrumentos-musicais-com- criancas/>. Esse site apresenta 15 ideias de como fazer alguns instrumentos musicais a partir de material reciclado. Acesso em: 19 set. 2017. • <http://brinquedoscomsucata.blogspot.com.br/2009/04/confeccao-de-instrumento-musical-o. html>. Esse site ensina a fazer o maracá, um instrumento musical de percussão de origem indí- gena. Acesso em: 19 set. 2017. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 076a089.indd 85 12/4/17 09:07 86 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 6 Desenvolvimento da aula As atividades desta seção visam despertar a consciência ecológica dos alunos. A atividade 1 convida o alu- no a pensar em como o desperdício de papel pode afetar o meio ambien- te. Converse com os alunos e diga a eles que o papel, dependendo das condições ambientais, demora alguns meses para se decompor e que isso já é um problema ambiental. Além dis- so, diga a eles que o papel é feito de celulose, que é extraída das árvores, e o uso exacerbado de papel pode causar o desmatamento de fl orestas. Informe-os de que eles também po- dem contribuir para a preservação do meio ambiente sem deixar de usar o papel: diga que é importante desti- nar o papel usado para empresas de reciclagem ou cooperativas de mate- rial reciclado e, quando for comprar papéis novos, sempre dar preferência aos reciclados ou àqueles provenien- tes de empresas que utilizam madeira de refl orestamento. Na atividade 2, comente com os alunos que há 60 anos o plástico era admirado por ser durável. Hoje sabe- mos que ele demora muito tempo para se decompor no meio ambiente; por- tanto, essa propriedade deixou de ser uma qualidade e virou um problema ambiental. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 86 Agora é com você 1 A madeira das árvores é utilizada na fabricação do papel. a) Que prejuízo causamos para a natureza quando jogamos no lixo folhas de papel que ainda poderiam ser usadas? O papel é fabricado com materiais extraídos das árvores; quanto menos utilizarmos ou desperdiçarmos papel,menos árvores serão cortadas. b) Como você pode ajudar a diminuir o desperdício de papel? Responda por meio de um desenho e inclua uma legenda explicativa. Resposta pessoal. 2 Em dupla, observem os quadrinhos. O que eles querem dizer? Resposta pessoal. J ó ta h /A rq u iv o d a e d it o ra 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 076a089.indd 86 12/4/17 09:07 87MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Desenvolvimento da aula Esta é uma tarefa para ser feita em casa, com acompanhamento de um adulto da família ou um responsável para contatar alguma pessoa com mais de 60 anos que possa responder às perguntas da entrevista. A propos- ta é que os alunos percebam a dinâmi- ca do mundo, ou seja, como as coisas mudam rapidamente. Entrevistando pessoas idosas, os alunos poderão perceber que alguns materiais que usamos atualmente não eram usados nem mesmo conhecidos na infância de seus pais ou avós, e também que alguns objetos que as pessoas mais velhas utilizavam não existem mais hoje em dia. A entrevista pode ser feita com apenas uma pessoa. Pode ser presen- cial, por telefone ou pela internet, de acordo com as possibilidades dos alu- nos. Além de materiais diferentes, há muitos objetos e equipamentos novos. Oriente bem os alunos quanto à ma- neira de proceder nessas entrevistas e comente depois os resultados, sempre com a intenção de evidenciar a dinâ- mica das produções. As respostas dependem do entre- vistado, mas é possível que citem al- guns tipos de plástico, como o PET, utilizado nas garrafas de refrigerante e água, e o PVC, utilizado para confec- ção de canos, que antes eram feitos de ferro. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Vamos investigar 87 Materiais de ontem e de hoje Esta é uma investigação para ser feita em casa. Com a ajuda de um adulto da sua família ou de um responsável, você deverá entrar em contato com uma pessoa com mais de 60 anos para realizar uma entrevista sobre os materiais e objetos de antigamente. Antigamente os canos de água eram de ferro e hoje são de plástico. E te ri O k ro ch e lid ze /S h u tt e rs to ck a n tp k r/ S h u tt e rs to ck Faça as perguntas indicadas abaixo e anote as respostas. Nome da pessoa entrevistada: Idade da pessoa: Perguntas da entrevista 1. Dos materiais que existem atualmente, há algum que não existia quando você era criança? • Elementos não proporcionais entre si 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 076a089.indd 87 12/4/17 09:07 88 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 6 Desenvolvimento da aula É esperado que os alunos recolham com os entrevistados citações de vá- rios objetos, como telefones, telefo- nes celulares, computadores, tablets, drones, panelas de vidro, chaleiras de aço, televisores de LED, etc. Ainda que não sejam propriamente objetos, tal- vez alguns entrevistados mencionem internet, e-mails, aplicativos de comu- nicação instantânea, etc. Quanto à telefonia fi xa, há sessen- ta anos, já existia esse tipo de telefo- ne. Talvez apareçam depoimentos de como era difícil conseguir uma linha de telefone antigamente e de como a qualidade das ligações era irregular. Havia uma maior comunicação por cartas, o que hoje é feito especial- mente por e-mail ou mensagens em aplicativos de chat. É importante que os alunos saibam que as facilidades digitais de hoje não existiam há pouco tempo e que certamente surgirão ou- tras. O mundo e a sociedade se trans- formam com rapidez e continuamente. Para fechar a atividade, convide os alunos a refl etirem sobre as respostas dadas. É esperado que eles compreen- dam que certamente existem objetos e materiais que não existiam no passado, como o plástico, que foi inventado há pouco mais de 100 anos. Alguns tipos de plástico, como o PET, o PVC, o nái- lon e outros materiais, são ainda mais recentes. Outro exemplo é o vidro refra- tário, usado em algumas panelas, que não existia tempos atrás. Além disso, muitos objetos foram sendo criados, tais como CDs, computadores, celula- res, tablets, televisores, automóveis, etc. E para fi nalizar, é importante deixar claro que novos objetos e novos ma- teriais são inventados ou criados para facilitar nossa vida. Em geral, trazem muitas vantagens e comodidades. Isso não signifi ca que não tragam desvan- tagens, como aumento da produção de lixo, poluição e pressão para au- mento de consumo. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 88 Vamos investigar 2. Cite objetos que não existiam quando você era criança e que existem atualmente. 3. Quando você era criança, havia muitos objetos descartáveis como atualmente? Refletindo sobre as respostas 1 Existem atualmente objetos e materiais que não existiam no passado? Resposta pessoal. 2 Quais são as vantagens de termos acesso a materiais e objetos que antes não existiam? E quais são as desvantagens? Respostas pessoais. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 076a089.indd 88 12/4/17 09:07 89MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Desenvolvimento da aula O objetivo desta seção é retomar os pontos principais da unidade, per- mitindo ao aluno perceber a evolução de seu conhecimento. Se necessário, incentive os alunos a consultar o texto da unidade, tire possíveis dúvidas e se certifi que de que todos os alunos con- seguiram compreender os temas abor- dados nesta unidade. Retome também as respostas dos alunos às questões iniciais, verifi cando se as ideias levan- tadas por eles se confi rmaram ou não. Mostre através delas quanto aprende- ram nesta unidade. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 89 Agora é hora de pensar sobre o que você experimentou e aprendeu. Marque um X na opção que melhor representa seu desempenho. 1. Reconheço a utilidade dos objetos. 2. Relaciono alguns materiais à sua origem na natureza. 3. Identifico de que materiais são feitos objetos presentes no dia a dia. 4. Compreendo com quais materiais alguns objetos eram produzidos no passado. Autoavaliação Para ler • De onde as coisas vêm?, de Anne-Sophie Baumann. Editora Salamandra. (Coleção Criança curiosa). Você já pensou sobre a origem dos produtos? Descubra muito mais nesse livro. Para acessar • www.tudointeressante.com.br/2014/02/21-coisas-que-voce-vai-amar- descobrir-como-sao-feitas.html Vídeos rápidos e divertidos mostrando como 21 coisas são feitas. • http://brinquedoscomsucata.blogspot.com.br/2009/04/confeccao-de- instrumento-musical-o.html • www.artesanatoereciclagem.com.br/547-instrumentos-musicais- de-material-reciclado.html • www.tempojunto.com/2015/10/16/15-ideias-criativas-para-fazer- instrumentos-musicais-com-criancas/ Você pode fazer seus instrumentos musicais. Veja como nos três endereços acima e divirta-se! Acesso em: 16 ago. 2017. Sugestões 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 076a089.indd 89 12/4/17 09:07 90 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 90 Nesta unidade você vai: UNIDADE 7 Observe a imagem e converse com seus colegas: 1. Você já brincou com barquinho de papel e o colocou na água? Conte como foi. 2. Você acha que o barco branco da imagem é feito somente de papel? 3. Na imagem há dois barcos. Na sua opinião, qual é o mais durável? Por quê? Respostas pessoais. Como usamos os objetos Entender o uso de materiais de acordo com suas características. Identificar o que pode ser feito para reduzir e reutilizar o lixo. Reconhecer ações para evitar acidentes domésticos. Habilidades da BNCC trabalhadas nesta unidade EF02CI02 Propor o uso de dife- rentes materiais para a construção de objetos de uso cotidiano, tendo em vista algumas propriedades desses materiais (fl exibilidade, du- reza, transparência etc.). EF02CI03 Discutiros cuidados ne- cessários à prevenção de acidentes domésticos (objetos cortantes e in- fl amáveis, eletricidade, produtos de limpeza e medicamentos, etc.). Utilize as questões iniciais para os alunos compartilharem hipóteses so- bre o tema da unidade de forma lúdica e utilizando seus conhecimentos pré- vios. Nesse momento espera-se que eles forneçam respostas pertinentes e também formulem hipóteses pouco precisas. Como os alunos sabem que um barquinho de folha de papel não é resistente à água, espera-se que eles consigam propor que o barco branco deve ser feito de papel e outros ma- teriais. Quanto à comparação entre os dois barcos da imagem, espera-se que digam que o barco de madeira é mais durável do que o de papel. Objetivos da unidade Nesta unidade espera-se que o aluno entenda o uso de materiais em seu cotidiano de acordo com algumas de suas características e perceba que para fazer diferentes objetos precisa-se de materiais com características diferentes. Ainda com o intuito de formar a consciência ecológica do estu- dante, é importante que ele, nes- sa faixa etária, já comece a pen- sar no que fazer com o lixo que cada vez mais está se tornando uma problemática mundial. Além disso, pretende-se que o aluno perceba que alguns obje- tos que temos em nossos lares podem trazer risco de acidentes, portanto é importante que o alu- no saiba como evitá-los. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 090a105.indd 90 10/3/19 2:58 PM 91MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 91 M ik a e l B u c k /R E X F e a tu re s /S h u tt e r O objetivo da imagem de abertu- ra é que os alunos sejam instigados a refl etir e assim construir novos co- nhecimentos e até mesmo mudar os já existentes. Com base na imagem, oriente-os a refl etir se o barco é real- mente feito somente de folhas de papel. Fale com eles sobre a origem da fotografi a. Trata-se de um barco feito a partir de um projeto de ori- gâmi gigante criado por engenheiros em Southwark Boating Lake, no sul de Londres (Inglaterra), para marcar a contagem regressiva de 50 dias para um evento, que promove carreiras em Ciência, Tecnologia, Engenharia e Ma- temática. Para fazer o barco de papel, com capacidade para carregar um adulto, os engenheiros utilizaram 93 metros de papel, 150 metros de fi ta adesiva, dois galões de 10 litros cada de cola (ideal para mantê-lo à prova d’água) e um papel ondulado na base (neces- sário para dar sustentação à pessoa), sendo que o barco fi nalizado chegou ao peso de 100 quilos. Sugestão para o professor Caso ache necessário, acesse o link e leia a reportagem completa: <www.gadoo.com.br/ entretenimento/barco-de-papel-gigante-e-criado-para-transportar-pessoas-em-um-lago-na-inglaterra/>. Acesso em: 20 set. 2017. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 090a105.indd 91 12/4/17 09:06 92 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 92 Os materiais e suas características Os materiais têm diferentes características. Eles podem ser, por exemplo, resistentes ou frágeis, transparentes ou opacos, flexíveis ou duros, lisos ou ásperos. Observe as imagens a seguir. O vidro é um material transparente, por isso a luz passa por ele. O plástico é um material impermeável, por isso a água não atravessa as garrafas. A rt is ti c P h o to /S h u tt e rs to ck S to ck P h o to s /L a ti n s to ck O ferro é um material difícil de entortar: ele é muito resistente. A massa de modelar é um material moldável porque podemos dar a ela várias formas. ch ru p k a /S h u tt e rs to ck S to ck P h o to s /L a ti n s to ck Unidade 7 Desenvolvimento da aula Neste momento começamos a apresentar aos alunos alguns concei- tos das características dos materiais. É importante que o aluno não fi que com dúvida acerca dos conceitos que iremos apresentar. Com esse objetivo, colocamos como exemplo fotos de ob- jetos diferentes e na legenda dizemos qual o material e uma das proprieda- des conferidas a ele. Uma forma de inserir os alunos na alfabetização é pedir que eles leiam as legendas das fotos. Caso ache necessário, dê mais exemplos para eles. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 090a105.indd 92 12/4/17 09:06 93MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Vamos investigar 93 Características dos materiais Vamos comparar diferentes materiais de objetos comuns do dia a dia? Levantando hipóteses • Observe os objetos que o professor vai colocar sobre a mesa. Sem tocá-los, responda às perguntas. As respostas dependem dos objetos. 1 Eles têm cores diferentes? Sim Não 2 É possível dizer se são duros ou macios? Sim Não 3 Alguns brilham mais do que outros? Sim Não Coleta de dados Agora, toque os objetos trazidos pelo professor e observe de perto suas características. Depois, preencha o quadro. Objeto Material Cor Rigidez Brilho Origem Borracha. Borracha. Verde. Flexível, mole. Sem brilho. Vegetal. Colher de madeira. Madeira. Marrom. Rígida, dura. Sem brilho. Vegetal. Copo de plástico. Plástico. Transparente. Rígido, duro. Sem brilho. Mineral. Objeto de couro. Couro. Marrom. Flexível, mole. Sem brilho. Animal. Moeda. Metal. Prateada. Rígida, dura. Brilhante. Mineral. Roupa de lã. Lã. Colorida. Flexível, mole. Sem brilho. Animal. Conclusão 1 Pense nas suas hipóteses. Elas estavam corretas? 2 Os materiais que compõem os objetos têm características diferentes? X Sim Não Sugestões de resposta: Desenvolvimento da aula Para esta atividade, será necessário levar para a sala de aula seis objetos de materiais diferentes, com caracte- rísticas distintas (resistência, cor, bri- lho, etc.). Pode-se usar uma borracha escolar, um copo de plástico transpa- rente, um pedaço de lã, um pedaço de papel, um objeto pequeno de madei- ra, um objeto de couro, um objeto de metal como uma moeda, etc. Procure levar materiais de origens diferentes (vegetal, animal ou mineral). Coloque os objetos escolhidos sobre a mesa e, no primeiro momento, solicite aos alunos que apenas observem, sem to- cá-los, para o levantamento de hipó- teses. Como os alunos deverão tocar os objetos, evite os pontiagudos, os de vidro e os cortantes por precaução. Anote as hipóteses iniciais dos alunos. Em seguida permita que os alunos manipulem os objetos. Caso desejem usar o sentido do olfato (além do tato e da visão) para essa investigação, permita. Apenas destacamos que não devem usar o sentido do paladar por- que os objetos não devem ser coloca- dos na boca. Faça na lousa um quadro semelhante ao indicado na página e o preencha junto com os alunos. A última coluna solicita conhecimentos trabalha- dos na unidade anterior. Instigue-os a indicar as características dos materiais e oriente melhor as descobertas quan- do necessário. Os alunos podem copiar os resultados no livro preenchendo as- sim seu próprio quadro. As respostas dependerão da per- cepção visual dos alunos sobre os materiais. Reserve um tempo para que eles observem as diferentes caracterís- ticas dos materiais que compõem os objetos com base nas questões pro- postas logo a seguir. Caso você tenha algum aluno com defi ciência visual, peça que os outros contem para ele o que estão vendo e que incluam no relato o nome do objeto. Por exem- plo: “É um copo e nós, sem colocar as mãos, estamos observando que ele é de plástico e transparente.”. No segundo momento, quando forem ma- nusear os objetos, envolva também o aluno com defi ciência visual. Ele po- derá relatar o que descobriu através do tato. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 090a105.indd 93 12/4/17 09:06 94 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudanteem tamanho reduzido. 94 Os objetos e seus materiais Você já sabe que os objetos podem ser feitos de diferentes materiais. Mas por que são feitos de um material e não de outro? Por que um barco não é feito de papel, e sim de madeira e de metal? O uso que fazemos de cada material está relacionado às suas características. Por exemplo, uma janela é feita de vidro, pois ele é um material transparente que permite a passagem da luz do Sol para dentro dos ambientes. Se, em vez de vidro, o material usado fosse madeira, os ambientes seriam úmidos e escuros mesmo durante o dia, já que a madeira é opaca e não permite a passagem da luz do Sol. O mesmo ocorre com as grades e os portões, que geralmente são feitos de metal, um material resistente. Imagine como seriam as grades e os portões se fossem feitos de um material frágil, como o papel! O cimento, ao ser misturado com água, forma uma pasta que endurece com o passar do tempo. Por isso, o cimento é um material usado para fixar tijolos. R a d o v a n 1 /S h u tt e rs to c k to o w a re t/ S h u tt e rs to c k • Converse com seus colegas: 1 Você já brincou com areia? Já misturou areia com água? Depois de passado um tempo, a mistura de areia e água endureceu? 2 A mistura de areia e água pode ser usada para fixar tijolos? Por quê? Unidade 7 Desenvolvimento da aula Leia o texto com os alunos e peça que deem exemplos de materiais e suas características. Por exemplo, ma- terial no qual a água não penetra (im- permeável): plástico, borracha, lona, etc. É importante acolher e avaliar as diferentes respostas dos alunos. Oriente os alunos a concluir que, como a mistura de água e areia não endurece, ela não pode ser utilizada para fi xar tijolos. Como o assunto é abordado utilizando uma mistura que os alunos fazem ao brincar, espera-se que eles cheguem com facilidade a essa conclusão. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 090a105.indd 94 12/4/17 09:07 95MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 95 Agora é com você 1 Nos dias de chuva, usamos botas, guarda-chuva e capa. a) As botas, o guarda-chuva e a capa podem ser feitos de algodão? Sim X Não b) Por quê? O algodão absorveria a água e � caria encharcado. c) Observe a imagem ao lado. As botas, o guarda-chuva e a capa são feitos de que material? São feitos de borracha, plástico ou silicone. 2 Nem todas as botas são feitas apenas para proteger nossos pés da chuva. Elas também são úteis nos dias frios. a) Que material de origem animal pode ser usado para fazer botas como as da imagem ao lado? Couro. b) Botas desse tipo podem ter sola de borracha. Indique com um X a origem desse material: X Vegetal Mineral Animal b lu e j e a n i m a g e s /G e tt y I m a g e s As botas protegem os pés e parte das pernas. O le g B e lo v /S h u tt e rs to ck Desenvolvimento da aula As atividades que são apresenta- das nesta página visam fi xar e aprimo- rar os conhecimentos adquiridos pelos alunos. Espera-se que eles indiquem que o algodão não serve porque não é impermeável. Eles poderão respon- der, por exemplo: “Porque o algodão molha.”. Nesse caso, explique que a capa, o guarda-chuva e as botas tam- bém molham, mas a água não penetra nesses objetos. Estimule-os a pensar sobre a diferença entre molhar e ab- sorver a água. Trata-se de uma forma concreta e interessante de analisar tal diferença e entender por que alguns materiais são usados na fabricação de certos objetos e outros, não. Comente com os alunos que exis- tem calçados feitos de couro sintético, que tem propriedades bastante simi- lares às do couro natural, e cuja pro- dução não está vinculada aos animais. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 090a105.indd 95 12/4/17 09:07 96 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Agora é com você 96 3 Muitas janelas são feitas de vidro com partes de metal ou madeira. a) Que material permite que a luz do Sol entre no ambiente? X Vidro Metal Madeira b) As características do vidro permitem que ele seja utilizado para fabricar jarras, copos, garrafas e janelas. Assinale com um X as características do vidro. Permeável X Impermeável X Transparente Opaco Macio X Duro 4 Leia a adivinha. O que é, o que é: Escreve mas não sabe ler, faz carta, conta e lição. É magro feito um palito, vive abraçado com a mão? Ricardo Azevedo. Meu material escolar. São Paulo: Quinteto Editorial, 2000. a) Qual é o objeto descrito no texto? Do que ele é feito? Lápis. É feito de madeira. In ka O ne /A la m y/ La tin st oc k Unidade 7 Desenvolvimento da aula Nesta página continuaremos com as atividades de fi xação. Na ativi- dade 3, espera-se que o aluno diga que o vidro deixa passar a luz porque ele é transparente, além de ser imper- meável e duro. A atividade 4 traz uma adivinha. Elas são muito lúdicas e podem contribuir para o processo de alfabetização dos alunos conferindo diversão e leveza, além de fomentar o interesse. Espera-se que, por meio da interpretação da adivinha, os alu- nos façam as atividades a seguir sem grandes problemas. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 090a105.indd 96 12/4/17 09:07 97MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 97 b) Observe a imagem ao lado. Que material é mais duro: a lâmina do apontador ou o lápis? Explique. A lâmina do apontador é mais dura do que a madeira do lápis; é por esse motivo que ela corta a madeira. 5 Os quadrinhos abaixo apresentam palavras com características dos materiais. Escolha e pinte dois deles. Depois, desenhe no quadro abaixo um objeto que combine com as características escolhidas. Frágil Flexível Macio Transparente Durável Impermeável N ik o lic h /S h u tt e rs to ck Resposta pessoal. Para a atividade 5, fomente a troca de ideias entre os alunos para a realização dos desenhos. Incentive-os a observar os materiais ao redor deles e até mesmo a investigar em outros ambientes da escola. Você também pode promover uma atividade lúdica orientando-os a investigar, usando o dicionário, por exemplo, entrevistan- do pessoas, pesquisando sinônimos e antônimos para as características de alguns materiais que foram trabalha- dos especifi camente nesta atividade. Trata-se de uma atividade rica para ampliar o processo de alfabetização dos alunos. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 090a105.indd 97 12/4/17 09:07 98 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 98 Utilizamos os objetos, e depois? Para fazer objetos, retiramos materiais da natureza. E, depois de usados, jogamos muitos deles no lixo. A retirada de materiais da natureza pode prejudicar o ambiente. Por exemplo, a derrubada de árvores para obter madeira destrói as florestas e o ambiente em que muitos animais vivem. Como podemos diminuir a quantidade de lixo que produzimos? Lixo é relativo O mundo é grande É tanta gente Com tanto gosto Tão diferente! Algo que não Quero mais ter Outra pessoa Pode querer Pode ser uma roupa Ou um brinquedo Se não quiser Só por capricho… Dou para alguém É um prazer! Em vez de apenas Jogar no lixo Se algo é útil No polo norte Pode ser lixo Em um deserto O lixo, às vezes, É algo sem sorte Que não achou O dono certo! Nílson José Machado e Silmara Racalha Casadei. Seis razões para diminuir o lixo no mundo. São Paulo: Escrituras, 2007. • O poema fala de uma forma de reduzir o lixo. Que forma é essa? Você já praticou essa forma? O poema fala da doação como forma de reduzir o lixo que geramos. W a ld o m ir o N e to /A rq u iv o d a e d it o ra Unidade 7 Conscientize os alunos de que exis-tem várias formas de reduzir o lixo que geramos, por exemplo: usando os objetos ao máximo e não consumindo itens de que não necessitamos. É im- portante lembrar que podemos doar a alguém aquilo que não usamos mais. Assim, outras pessoas não precisarão comprar novos produtos, que exigirão o uso de mais materiais da natureza. Essa conscientização é dada por meio de um poema; sua leitura pode enri- quecer muito o processo de alfabeti- zação no qual os alunos estão inseri- dos. Por meio do ritmo, das rimas e da cadência da leitura de um poema, eles vão experimentar diferentes rela- ções com o texto escrito. Além disso, o poema “Lixo é relativo” abre espaço para um debate sobre doações. Avalie se a escola pode promover feiras de trocas entre os alunos e campanhas para doações. Sugestão para os alunos Esse é o momento para solicitar que os alunos leiam o livro Eu separo o lixo – para reciclar. O livro apresenta ideias de como podemos ter uma ação mais consciente para preservar as reservas naturais e o meio ambiente. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 090a105.indd 98 12/4/17 09:07 99MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 99 Veja nas imagens a seguir outras formas de reduzir a quantidade de lixo. Comprar e consumir apenas o que realmente precisamos. Ter cuidado com a forma como descartamos o lixo. Reaproveitar os materiais. • Converse com seus colegas: 1 Tudo o que você joga no lixo é realmente lixo? 2 Quando reciclamos objetos, estamos ajudando a diminuir a quantidade de material que é retirado da natureza e o lixo que produzimos? Por quê? Objetos de metal, vidro, papel e plástico podem ser reciclados, possibilitando nova utilização dos materiais pela indústria. Para que sejam reciclados, devem ser descartados separadamente. Os tambores de coleta seletiva de lixo ajudam nessa separação. Tambores de coleta seletiva de lixo. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016. • Por que os tambores de coleta seletiva de lixo são de cores diferentes? A le x a n d re M a c ie ir a /T y b a w a v e b re a k m e d ia /S h u tt e rs to ck J o ã o P ru d e n te /P u ls a r Im a g e n s A d ri a n o F e rn a n d e s /S h u tt e rs to ck • Elementos não proporcionais entre si Desenvolvimento da aula Para trabalhar o assunto em sala de aula, diga aos alunos que retira- mos constantemente matéria-prima da natureza para produzir os objetos de que necessitamos. Mas os recursos do planeta são fi nitos e alguns deles já começaram a se tornar escassos. Assim, a reutilização de materiais não só é uma atitude inteligente, como ne- cessária para a preservação dos recur- sos naturais. O plástico, por exemplo, um derivado do petróleo, pode ser reciclado, reduzindo, assim, o consu- mo desse recurso natural que não é renovável. Além da questão da redu- ção da extração dos recursos naturais, a reciclagem diminui a quantidade de resíduos, principalmente não degra- dáveis, que são gerados no descarte de objetos, reduzindo os problemas de poluição ambiental. Esse ponto é de extrema importância e será tratado mais adiante, no decorrer do ano. Além disso é importante dizer aos alunos que a nossa sociedade está acostumada a consumir mais do que o necessário. O lixo em geral contém ob- jetos que ainda poderiam ser aprovei- tados, pois muitas vezes é mais barato e cômodo comprar um produto novo do que consertar ou reaproveitar. Refl ita com os alunos: Será que tudo aquilo que jogamos fora é realmente lixo e precisa ser descartado?. Ressalte aos alunos que os tambo- res de coleta seletiva, sendo de cores diferentes, facilitam o reconhecimento de onde devemos descartar determi- nado material. Até quem não sabe ler, pelas cores, pode identifi car onde des- cartar plásticos, papéis, vidro, metais ou material orgânico. Sugestão para os alunos Esse é o momento de sugerir que os alunos leiam o livro Seis razões para diminuir o lixo no mundo. Com poemas e textos muito interessantes o aluno vai descobrir maneiras de ajudar a diminuir o lixo no mundo. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 090a105.indd 99 12/4/17 09:07 100 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 7 Desenvolvimento da aula Para realizar essa atividade, forme duplas para que a leitura seja compar- tilhada e realizada de forma colabo- rativa. Fomente a interação entre os alunos durante a leitura. Ao fi nal da leitura, proponha aos alunos uma discussão acerca das ati- vidades apresentadas. Destaque e complemente as respostas acertadas. Redirecione o debate, caso surjam res- postas não pertinentes. Feche o debate informando que a decomposição do plástico de man- dioca é feita por fungos e bactérias, razão pela qual a embalagem é rapi- damente decomposta. Já o plástico é decomposto por intemperismo (calor, chuva, umidade, impactos, etc.), por isso permanece muito mais tempo no ambiente. Além do plástico feito de mandioca, há outras pesquisas desenvolvendo plásticos biodegradáveis com grandes chances de serem usados comercial- mente, o que benefi ciaria o meio am- biente. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, por exemplo, estão desenvolvendo plástico 100% biodegradável, feito de resíduos de babaçu. O produto é bara- to e carrega antioxidantes, que podem perfeitamente acondicionar verduras e legumes. Sugestão para o professor Para maiores informações sobre o plástico de babaçu, acesse o site <http://jornal.usp.br/ ciencias/ciencias-ambientais/usp-produz-plastico-100-biodegradavel-com-residuos-da-agroindustria/>. Acesso em: 1o dez. 2017. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 100 Vamos falar sobre... Um plástico feito de mandioca [...] Uma embalagem feita de plástico comum demora cerca de um século para se decompor. Já a que é feita à base de mandioca e açúcares leva apenas alguns meses, reduzindo o impacto ambiental causado pelas embalagens atuais. O plástico de mandioca tem ainda outros encantos. De acordo com os ingredientes adicionados em sua receita, ele pode adquirir propriedades que ajudam na conservação dos alimentos ou mesmo mostrar quando eles estão estragados. [...] só não há ainda previsão de quando ele poderá chegar ao mercado. Cathia Abreu. Plásticos do futuro. Ciência Hoje das Crianças. Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/plasticos- do-futuro/>. Acesso em: 11 jun. 2017. 1. Os diferentes tipos de plástico, em geral, são feitos a partir do petróleo. Qual é o material utilizado para fabricar o plástico citado no texto? Mandioca. 2. O plástico comum demora cerca de cem anos para se decompor. Por que o plástico citado na notícia pode ser uma boa solução para o problema do acúmulo de lixo no nosso planeta? Porque esse plástico se decompõe muito mais rapidamente e não se acumula no ambiente. Impacto ambiental: efeito muito forte, geralmente negativo, causado ao meio ambiente. R e p ro d u ç ã o /C B P a k T e c n o lo g ia 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 090a105.indd 100 12/4/17 09:07 101MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Desenvolvimento da aula Insira a temática dos acidentes domésticos, diga aos alunos que es- ses acidentes podem acontecer na escola, no parquinho, nas ruas, em clubes, etc. Ressalte que devemos estar sempre atentos para nos pro- teger. É importante que você reserve um tempo para falar sobre sufocação, afogamento, atropelamento e queda ao andar de bicicleta. Para isso, fale sempre com os alunos sobre as for- mas de prevenção, aconselhando que eles não nadem ou andem de bicicle- ta ou skate, etc. sozinhos. Ressalte a importância do uso de equipamentos de segurança como boias e capacetes. Mais informações podem ser obtidas na cartilha de acidentes domésticos infantis, indicadano boxe Sugestões desta página. Reserve um tempo para que os alunos leiam e discutam coletiva- mente as instruções apresentadas na página. Oriente-os a reconhecer os riscos e, principalmente, como agir. As crianças podem se colocar em situa- ções perigosas simplesmente por não compreenderem os riscos. Você pode ampliar esse debate divulgando pro- cedimentos e informações para toda a comunidade educativa. Mais infor- mações de como prevenir acidentes domésticos infantis podem ser obtidas nos sites indicados no boxe Sugestão desta página. Sugestão para o professor Este site apresenta informações e modos de prevenir acidentes domésticos: <www.blog. saude:gov.br/index.php/saudeemdia/32900-acidentes-domesticos-com-criancas-prevenir-e-o-melhor- remedio>. Acesso em: 20 set. 2017. Sugestão para os alunos Este site tem a missão de promover a prevenção de acidentes em geral: <http://criancasegura. org.br/>. Acesso em: 21 set. 2017. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 101 Proteja-se: você pode prevenir acidentes! Muitos objetos, produtos e equipamentos que estão dentro da nossa casa podem provocar acidentes. Com atitudes simples de prevenção é possível que você se proteja e ajude outras pessoas ao seu redor. Para se prevenir, veja o que você pode fazer. Fique sempre longe de fogão, forno, botijão de gás e fósforos. Não mexa em medicamentos. Não mexa em tesouras e objetos cortantes. Não manuseie tomadas e fios para evitar choques elétricos. Não manuseie inseticidas e produtos de limpeza. Fique longe do ferro elétrico, mesmo se você souber se ele está quente ou não. Não corra em piso molhado, pois poderá sofrer uma queda. Use perfumes, desodorantes e outros cosméticos somente na presença de um adulto. Il u s tr a ç õ e s : W a ld o m ir o N e to /A rq u iv o d a e d it o ra Em qualquer tipo de acidente é importante que você peça a ajuda de um adulto. O serviço de emergência pode ser acionado pelo telefone 192 (ambulância) ou 193 (Corpo de Bombeiros). • Devemos nos proteger contra os acidentes domésticos. Mas apenas em nossa casa podem ocorrer acidentes? Onde mais devemos estar atentos para nos proteger? 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 090a105.indd 101 12/4/17 09:07 102 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 7 Desenvolvimento da aula Esta última seção de atividades tem o objetivo de aprimorar e fi xar os conhecimentos adquiridos pelos alu- nos ao longo desta unidade. Na atividade 1, pretende-se que o aluno consiga assimilar as atitudes para a redução do lixo. Nesse momen- to é importante que você lembre aos alunos que o planeta está precisando cada vez mais de atitudes sustentáveis para que ele não entre em colapso. Na atividade 2, espera-se que o aluno reconheça nas imagens os pe- rigos de acidente doméstico e saiba quais atitudes ele deve tomar para que possa evitar esses acidentes. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 102 Agora é com você 1 Você já pensou na quantidade de resíduos que você e sua família geram em uma semana? O que você pode fazer para produzir menos lixo? Assinale com um X as afirmações que apresentam medidas adequadas para diminuir a produção de lixo doméstico. X Reutilizar materiais usados que seriam jogados no lixo. Dar preferência para o uso de sacos plásticos e embalagens não recicláveis. X Reciclar os materiais descartados por meio de coleta seletiva. Comprar objetos novos mesmo que os antigos estejam em boas condições. 2 Escreva uma legenda para cada ilustração, alertando as crianças para o perigo. A le k s a n d ra S u zi /S h u tt e rs to ck Il u s tr a ç õ e s : W a ld o m ir o N e to /A rq u iv o d a e d it o ra Resposta possível: “Mantenha-se distante do fogão.”. Resposta possível: “Nunca aproxime álcool (ou qualquer outro líquido in� amável) do fogo.”. Resposta possível: “Ao andar de bicicleta, use sempre equipamento de segurança, como o capacete.”. Resposta possível: “Entre na piscina somente com um adulto por perto, e use boia.”. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 090a105.indd 102 12/4/17 09:07 103MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Desenvolvimento da aula O objetivo desta seção é retomar os pontos principais da unidade, per- mitindo ao aluno perceber a evolução de seu conhecimento. Se necessário, incentive os alunos a consultar o texto da unidade, tire possíveis dúvidas e se certifi que de que todos os alunos con- seguiram compreender os temas abor- dados nesta unidade. Retome também as respostas dos alunos às questões iniciais, verifi cando se as ideias levan- tadas por eles se confi rmaram ou não. Mostre através delas quanto aprende- ram nesta unidade. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 103 Agora é hora de pensar sobre o que você experimentou e aprendeu. Marque um X na opção que melhor representa seu desempenho. 1. Entendo que o uso de materiais ocorre de acordo com suas características. 2. Identifico o que pode ser feito para reduzir e reutilizar o lixo. 3. Reconheço ações para evitar acidentes domésticos. Autoavaliação Para ler • Eu separo o lixo – para reciclar, de Jean-René Gombert. Editora Girafinha. Como podemos ter uma ação mais consciente para preservar as reservas naturais e o meio ambiente? O que o lixo tem a ver com isso tudo? Nesse livro você vai encontrar as respostas para essas e outras perguntas. • Seis razões para diminuir o lixo no mundo, de Nílson José Machado e Silmara Racalha Casadei. Editora Escrituras. Com poemas e textos muito interessantes, você vai descobrir maneiras de ajudar a diminuir o lixo no mundo. Para acessar • http://criancasegura.org.br/ Tem a missão de promover a prevenção de acidentes em geral. • www.blogdacrianca.com/dicas-de-prevencao-de-atropelamento/ Orientações para a prevenção de atropelamentos. Acesso em: 4 set. 2017. Sugestões E d it o ra G ir a � n h a /A rq u iv o d a e d it o ra 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 090a105.indd 103 12/4/17 09:07 104 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 7 Desenvolvimento da aula A seção Conectando saberes insere conceitos de poluição e decom- posição do lixo, ampliando o conhe- cimento dos alunos e convidando-os a pensar na importância de praticar a reciclagem. Após fazer a leitura do texto com os alunos, mostre a eles as imagens que são apresentadas no fi nal. O ob- jetivo dessas imagens é que o aluno reconheça o tempo que alguns pro- dutos levam para se decompor. É im- portante que o aluno perceba que, se todos descartarem o seu lixo de forma inapropriada, pode-se gerar um im- pacto ambiental, pois o planeta não terá como comportar todo o lixo pro- duzido. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 104 Conectando saberes Decomposição dos materiais Quando reciclamos o lixo, ajudamos a diminuir a quantidade de material a ser retirado da natureza. Mas esse não é o único motivo pelo qual devemos reciclar o lixo. Existem materiais, como alguns tipos de plástico, borracha, e mesmo goma de mascar, que, até que ocorra sua decomposição, podem fi car por muitos anos depositados no meio ambiente, causando poluição. O tempo que um material demora para se transformar depende das condições do ambiente em que ele está. Se um material é jogado no mar, por exemplo, vai se decompor de maneira diferente do que se for jogado no rio ou na terra. Veja abaixo quanto tempo leva para alguns materiais se decomporem quando jogados no solo. Decomposição: processo pelo qual os materiais são transformados em nutrientes que serão absorvidos pela natureza. Poluição: contaminação do meio ambiente. Adaptado de: <http://dgi.unifesp.br/ecounifesp/index. php?option=comcontent&view=article&id=16&itemid=11>.Acesso em: 23 fev. 2017. Il u s tr a ç õ e s : W a ld o m ir o N e to /A rq u iv o d a e d it o ra Il u s tr a ç õ e s : W a ld o m ir o N e to /A rq u iv o d a e d it o ra PAPEL de 3 a 6 meses GOMA DE MASCAR 5 anos BORRACHA tempo indeterminado METAL mais de 100 anos VIDRO mais de 4 mil anos Il u s tr a ç õ e s : W a ld o m ir o N e to /A rq u iv o d a e d it o ra TECIDO de 6 meses a 1 ano GARRAFA PLÁSTICA (PET) 400 anos MADEIRA PINTADA mais de 100 anos • Cores artificiais • Esquema simplificado • Elementos não proporcionais entre si 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 090a105.indd 104 12/4/17 09:07 105MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Desenvolvimento da aula Ao fi nal do texto peça aos alunos que resolvam as atividades. Na ati- vidade 1, é esperado que os alunos identifi quem vários dos materiais e objetos citados, pois são itens de uso bastante comum atualmente. Na atividade 2, espera-se que os alunos apresentem várias alter- nativas para diminuir o consumo dos materiais. Filtre as mais adequadas e direcione as respostas para atitudes realistas e possíveis de serem feitas, ressaltando que a reciclagem e a reuti- lização dos materiais são importantes, mas o principal é repensar o consumo. A redução do consumo de materiais industrializados é a melhor maneira de reduzir a quantidade de lixo gerado pelas pessoas. Na atividade 3, espera-se que os alunos percebam que, se utilizarem o mesmo copo do começo ao fi nal da festa, estarão contribuindo para a re- dução do consumo de materiais des- cartáveis. Essa é uma atitude simples e consciente que os alunos poderão incorporar como hábito. Ao fi nal da unidade, convidamos o aluno a refl etir como o consumo exacerbado pode impactar negati- vamente o meio ambiente. A simples atitude de pensar antes de comprar um produto ajuda a reduzir bastante o impacto ambiental que esse produto pode causar. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 105 Como a decomposição dos materiais demora muito tempo, a quantidade de lixo que se acumula no meio ambiente é imensa e cresce a cada dia. 1 Você utiliza os objetos ou materiais mostrados na página ao lado? Resposta pessoal. 2 Existe algo que você pode fazer para diminuir o consumo desses objetos e materiais? 3 Um copo descartável de plástico pode levar até cinquenta anos para se decompor. Se você for a uma festa em que as bebidas forem servidas em copos descartáveis, o que você pode fazer para evitar utilizar muitos copos? Resposta pessoal. Reflex‹o Antes de comprar ou de pedir a alguém que compre algo para você, como um brinquedo, uma roupa, um sapato ou até mesmo um alimento, é importante fazer algumas perguntas para si mesmo: • Eu preciso mesmo desse produto? • Qual é o preço dele? • Ele é adequado ou apropriado para mim? • Esse produto tem uma embalagem de tamanho adequado ou vai gerar muito lixo? Essas perguntas ajudam a refletir sobre o impacto que os itens que consumimos causam ao meio ambiente e nos ajudam a tomar decisões mais conscientes. Resposta pessoal. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 090a105.indd 105 12/4/17 09:07 106 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 106 Nesta unidade você vai: UNIDADE 106 8 Observe a imagem e converse com seus colegas: 1. Um dos objetos que aparecem na imagem é o guarda-sol. Para que ele serve? 2. Por que a mulher escolheu a cadeira em que está sentada, e não a outra? 3. Que diferenças devem existir entre a área onde a mulher está sentada e o seu entorno? 2. Porque a sombra produzida pelo guarda-sol está deslocada para o lado; por isso a mulher, que quer ficar na sombra, escolheu essa cadeira. A área sombreada é mais escura e provavelmente mais fresca, ou seja, com temperatura menor que a do entorno. De onde vem a sombra? Reconhecer que o Sol se move no céu ao longo do dia. Compreender o que é sombra e como ela é formada. Reconhecer que as sombras variam de comprimento ao longo do dia por causa do movimento do Sol. 1. O guarda-sol é um tipo de guarda- -chuva grande que serve para proteger contra os raios solares. Habilidade da BNCC trabalhada nesta unidade EF02CI07 Descrever as posições do Sol em diversos horários do dia e associá-las ao tamanho da som- bra projetada. Utilize as questões da abertura para medir o conhecimento dos alunos acerca do assunto. Espera-se que eles, ao observarem a imagem de abertu- ra, percebam que o guarda-sol está sendo usado para formar a sombra. Pode ser que os alunos não conheçam a palavra “guarda-sol” e chamem de guarda-chuva grande, guarda-chuva colorido, etc. Se isso ocorrer, diga a eles o nome correto e, se for preciso, informe-os para que ele serve. Ainda sobre as questões, espera-se que o aluno perceba que a mulher está sen- tada à sombra, pois esta é uma área mais escura e, portanto, deve ser mais fresca. Objetivos da unidade Nesta unidade espera-se que o aluno perceba o movimento do Sol no céu ao longo do dia e que é por meio da luz do Sol que as sombras são formadas. Além dis- so, espera-se que os alunos reco- nheçam que, com o fi nal do dia, a luz do Sol vai sumindo e, com isso, as sombras formadas pela luz do Sol nos objetos também vão sumindo. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 106a119.indd 106 10/3/19 2:59 PM 107MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 107107 w a tt a n a /S h u tt e rs to c k O propósito da imagem de abertu- ra é o aluno perceber que, quando te- mos a luz do Sol, os objetos expostos a ele formam sombras, que são áreas escuras onde a luz do Sol não conse- gue chegar. Não é necessário que nes- se primeiro momento o aluno saiba defi nir a sombra como região em que não incide a luz do Sol; o importan- te é ele saber ler a imagem, perceber que a mulher está sentada ao lado do guarda-sol porque essa região está mais escura e provavelmente menos quente. Você pode enriquecer a aula fazendo perguntas como: Durante o dia, a sombra estará sempre no mes- mo local? E o tamanho será sempre o mesmo? É importante que todos os alunos participem dessa discussão ini- cial. Caso em sua sala de aula tenha algum aluno com defi ciência visual, descreva a imagem para que ele possa socializar as suas ideias. Mas por que a região de sombra, que não recebe luz do Sol, não é total- mente escura? Mesmo dentro de casa, onde a luz do Sol não está batendo di- retamente, mesmo sem nenhuma luz acesa, ainda assim vemos os objetos. Ocorre que a atmosfera carrega partí- culas em suspensão, chamadas aeros- sóis. Essas partículas refl etem parte da luz do Sol e a espalham em todas as direções. Se não houvesse essas par- tículas em suspensão na atmosfera, essas regiões seriam bem escuras. É o que acontece na Lua, que não tem atmosfera e, portanto, não tem aeros- sóis. Lá, a região atingida pela luz so- lar é clara, e as regiões de sombra são bem escuras. Procure na web por fo- tos da Nasa (National Aeronautics and Space Administration) da superfície da Lua e poderá comprovar esse fato. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 106a119.indd 107 12/4/17 09:06 108 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 108 Luz e sombra Depois que o sol se põe, a noite chega e não temos luz solar. Tudo fica escuro e precisamos de luz artificial para enxergar o que existe ao nosso redor. As árvores bloqueiam a passagem da luz solar: onde a luz não chega diretamente, forma-se uma região escura chamada sombra. Parque Ibirapuera, São Paulo, São Paulo, 2014. Para enxergar bem o que há em um ambiente, precisamos de luz. Porém, durante o dia, quandoestamos em um local aberto, em um dia bem ensolarado, podemos ver os animais, as plantas, os objetos e tudo o que há à nossa volta. Também é possível observar algumas regiões mais escuras, onde a luz do Sol não chega diretamente. Essas regiões são as sombras. O lly y /S h u tt e rs to ck F ili p e F ra za o /S h u tt e rs to ck Luz artificial: luz produzida pelo ser humano, como a luz de lanternas, lâmpadas e faróis. Unidade 8 Desenvolvimento da aula Conceitue para o aluno o que são luz e sombra, demonstre a eles que a sombra depende da luz para ser formada. Para fi xar esses conceitos, proponha a leitura compartilhada das legendas e a observação das fotos desta página. Essas habilidades são importantes na formação dos alunos e na expansão da competência leitora. Caso na sua turma tenha alunos com defi ciência visual, faça a audio- descrição das imagens para que es- ses alunos participem das atividades. Nesse momento é interessante levar todos os alunos para fi car um tempo (curto) sob o Sol e relatar o que senti- ram. Nesse aspecto, a criança com de- fi ciência visual estará incluída porque será o sentido do tato a ser explorado e não o da visão. Comente com os alunos que à noi- te fi ca muito difícil enxergar os objetos, por isso usamos luzes artifi ciais para iluminar o ambiente. Nesse momento você pode dizer a eles que a luz artifi - cial pode ser elétrica, de uma vela, de uma lanterna, etc.; já durante o dia, a luz do Sol supre essa necessidade que temos de clarear o ambiente para que possamos enxergar os objetos. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 106a119.indd 108 12/4/17 09:07 109MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 109 O formato da sombra pode nos dar pistas sobre o formato do objeto. Por exemplo, podemos dizer, observando a sombra mostrada na imagem ao lado, que se trata de alguém em uma bicicleta. Mas será que é sempre assim? Será que pela forma da sombra podemos sempre dizer qual é o objeto que a produz? Na ilustração à direita, por exemplo, a sombra se parece com um gato. Mas na realidade ela está sendo produzida pelo braço e pelas mãos de uma pessoa. • Você já brincou de fazer sombras de animais com as mãos? Converse com seus colegas e com o professor para que todos possam compartilhar o que sabem. Do mesmo modo que a chuva não consegue atravessar o guarda-chuva... ... a luz do Sol não consegue atravessar o corpo do menino. Com isso, uma parte do chão fica escura, formando uma sombra. W a ld o m ir o N e to /A rq u iv o d a e d it o ra P a tr ic k F o to /G e tt y I m a g e s Z u ri je ta /S h u tt e rs to ck M e lis s a B ra n d e s /H e m e ra /G e tt y I m a g e s Desenvolvimento da aula Reforce para os alunos que a som- bra é uma região sem luz. Leia com eles a legenda das duas fotos iniciais para que eles possam entender que, assim como a chuva não atravessa um guarda-chuva, a luz do Sol não atravessa nossos corpos e por isso formam-se as sombras. Diga a eles que muitas vezes a sombra formada nos dá uma boa ideia do formato do objeto, porém há casos em que isso não ocorre – cite como exemplo a brincadeira de projetar a sombra nas paredes com as mãos. Neste momento, pode ser oportu- no abrir espaço para uma atividade de projetar as sombras das mãos criando formas de animais ou de objetos. Para um melhor aproveitamento, convém levar para a sala de aula duas ou três fontes de luz, como lanternas ou aba- jures. O ideal seria que a sala pudes- se ser escurecida com cortinas. Todas as paredes da sala podem ser usadas como tela de projeção. Organize a sala em grupos, conforme as possibilidades do espaço. Em cada grupo, os alunos poderão se revezar em segurar a fonte de luz e projetar as sombras. Sugestão para os alunos Caso a escola disponha de uma sala de informática com conexão à internet, acesse o site <www. youtube.com/watch?v=nN1TiqeFyPE>. Acesso em: 22 set. 2017. Este vídeo ensina a fazer alguns animais com as sombras das próprias mãos. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 106a119.indd 109 12/4/17 09:07 110 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 110 Agora é com você 1 Qual é a sombra de cada criança? Escreva o número correspondente a cada uma delas. X X X X X X X 2 A sombra da menina ao lado tem sete erros. Faça um X em cada um deles. W a ld o m ir o N e to /A rq u iv o d a e d it o ra 1 3 5 6 1 2 4 3 2 5 6 4 Il u s tr a ç õ e s : W a ld o m ir o N e to /A rq u iv o d a e d it o ra Unidade 8 Desenvolvimento da aula As atividades da seção Agora é com você são de fi xação do conhe- cimento do aluno. A atividade 1, de uma forma bem simples, pede que o aluno relacione a sombra com a pes- soa. Nesse caso espera-se que o aluno compreenda que a sombra refl ete exa- tamente o que a pessoa está fazendo, portanto as imagens se sobrepõem umas às outras. Com o mesmo intuito, porém de uma forma mais lúdica, a atividade 2 pede ao aluno que indique as 7 dife- renças entre a menina e a sua sombra. Com essa atividade esperamos que o aluno compreenda que a sombra deve representar fi elmente a silhueta da pessoa ou do objeto. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 106a119.indd 110 12/4/17 09:07 111MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Vamos investigar 111 Teatro de sombras O teatro de sombras é uma arte milenar de origem chinesa, em que histórias são contadas usando sombras de bonecos e de objetos. Podemos fazer um teatro de sombras utilizando cartolina e papelão. Que tal criar o seu próprio teatro de sombras? D o tt a 2 /A c e rv o d a e d it o ra Material • folhas de cartolina ou papelão • caixa de papelão • folhas de papel vegetal ou papel de seda • tesoura com pontas arredondadas • fita-crepe • palitos de madeira • lanterna ou abajur Como fazer 1. O professor vai formar grupos de três alunos. 2. Cada grupo deve escolher uma história curta para representar. 3. Desenhem na cartolina ou no papelão os personagens do espetáculo. Desenvolvimento da aula A seção Vamos investigar traz a arte milenar chinesa de contar histórias por meio da sombra dos bonecos e ob- jetos. Movendo-se os bonecos, objetos ou até mesmo a fonte de luz consegue- -se dar vida às sombras fazendo com que os bonecos consigam se mover e alcançar objetos. Com essa atividade esperamos que o aluno aprenda a re- conhecer e observar a sombra de cada objeto, aguçar a percepção visual e de- senvolver a imaginação. Caso utilizem abajur em vez de lan- terna, oriente os alunos sobre os cui- dados ao conectar o aparelho à ener- gia elétrica, bem como ao manusear o abajur, pois a lâmpada pode estar aquecida ou pode quebrar, se sofrer algum impacto, causando acidentes. Sugestão para os alunos Caso a escola disponha de uma sala de informática com conexão à internet, acesse o site <www. youtube.com/watch?v=NfVbPM8gjqw>. Acesso em: 22 set. 2017. Veja até onde pode ir a criativi- dade nesse espetáculo de teatro de sombras. 2LIGAMUNDO_CIE_Manual_Parte_Especifica 106a119.indd 111 12/4/17 09:07 112 MANUAL DO PROFESSOR Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 112 Vamos investigar 4. Com a supervisão do professor, recortem os personagens e, depois, colem todos com fita-crepe nos palitos de madeira. D o tt a 2 /A c e rv o d a e d it o ra 5. Para a confecção do cenário, recortem o fundo da caixa de papelão, de modo que ela fique vazada. 6. Com a fita-crepe, prendam o papel vegetal ou papel de seda em uma das aberturas da caixa. D o tt a 2 /A c e rv o d a e d