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SUMÁRIO 
 
Língua Portuguesa ........................................................................ 3 
Direito Constitucional .............................................................. 185 
Direito Administrativo ............................................................. 239 
Geografia do Brasil .................................................................. 293 
Matemática ............................................................................... 379 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Língua Portuguesa 
1) CESGRANRIO - Of (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Produção I/2018 
A palavra grafada corretamente é: 
a) baichela 
b) chuchu 
c) chícara 
d) xamego 
e) machiche 
Gabarito: B 
 
 
2) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Carga e Descarga I/2018 
Texto I 
Exagerado 
Amor da minha vida 
Daqui até a eternidade 
Nossos destinos 
Foram traçados na maternidade 
Paixão cruel, desenfreada 
Te trago mil rosas roubadas 
Pra desculpar minhas mentiras 
Minhas mancadas 
Exagerado 
Jogado aos teus pés 
Eu sou mesmo exagerado 
Adoro um amor inventado 
Eu nunca mais vou respirar 
Se você não me notar 
Eu posso até morrer de fome 
Se você não me amar 
E por você eu largo tudo 
Vou mendigar, roubar, matar 
Até nas coisas mais banais 
Pra mim é tudo ou nunca mais 
Exagerado 
Jogado aos teus pés 
Eu sou mesmo exagerado 
 
 
 
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Adoro um amor inventado 
E por você eu largo tudo 
Carreira, dinheiro, canudo 
Até nas coisas mais banais 
Pra mim é tudo ou nunca mais 
Exagerado 
Jogado aos teus pés 
Eu sou mesmo exagerado 
Adoro um amor inventado 
Jogado aos teus pés 
Com mil rosas roubadas 
Exagerado 
Eu adoro um amor inventado 
ARAÚJO NETO, Agenor de Miranda (Cazuza); SIQUEIRA JR, Carlos Leoni Rodrigues. Exagerado. In: CAZUZA. Exagerado. Rio de 
Janeiro: Sigla/Som Livre, 1985. Lado A, faixa 1. 
Qual é a frase em que a palavra destacada está grafada de acordo com a norma-padrão da 
língua portuguesa? 
a) As declarassões de amor são sempre importantes. 
b) A paixão trás alegria à vida. 
c) Ele se declarou no momento ezato da noite. 
d) O coração quase explodiu de tanto amor! 
e) O silênsio às vezes fala mais que as palavras. 
Gabarito: D 
 
 
3) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Motorista Granel I/Operador de Gás I/2018 
Carta aos meus filhos adolescentes 
Nossa relação mudará, não se assustem, continuo amando absurdamente cada um de 
vocês. Estarei sempre de plantão, para o que der e vier. Do mesmo jeito, com a mesma 
vontade de ajudar. 
É uma fase necessária: uma aparência de indiferença recairá em nossos laços, uma casca 
de tédio grudará em nossos olhares. 
Mas não durará a vida inteira, posso garantir. 
Nossa comunicação não será tão fácil como antes. A adolescência altera a percepção dos 
pais, tornei-me o chato daqui por diante. 
Eu me preparei para a desimportância, guardei estoque de cartõezinhos e cartas de vocês 
pequenos, colecionei na memória as declarações de “eu te amo” da última década, ciente 
de que não ouvirei nenhuma jura por um longo tempo. 
 
 
 
 
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A vida será mais árida, mais constrangedora, mais lacônica. É um período de estranheza, 
porém essencial e corajoso. Todos experimentam isso, em qualquer família, não tem como 
adiar ou fugir. 
Serei obrigado agora a bater no quarto de vocês e aguardar uma licença. Existe uma casa 
chaveada no interior de nossa casa. Não desfruto de chave, senha, passaporte. Não posso 
aparecer abrindo a porta de repente. Às vezes mandarei um WhatsApp apenas para saber 
onde estão, mesmo quando estiverem dentro do apartamento. Passarei essa vergonha. 
Perguntarei como estão e ganharei monossílabos de presente. Talvez um ok. Talvez a sorte 
de um tudo bem. As confissões não acontecerão espontaneamente. 
“Me deixe em paz” despontará como refrão diante de qualquer cobrança. 
Precisarei ser mais persuasivo. Nem alcanço alguma ideia de como, para mim também é 
uma experiência nova, tampouco sei agir. Os namoros e os amigos assumirão as suas 
prioridades. 
Verei vocês somente saindo ou chegando, desprovido de convergência para um abraço 
demorado. 
Já não me acharão um máximo, já não sou grande coisa. Perceberam os meus pontos 
fracos, decoraram os meus defeitos, não acreditam mais em minhas histórias, não sou a 
única versão de vocês. Qualquer informação que digo, vão checar no Google. 
Mas vamos sobreviver: o meu amor é imenso para resistir ao teste da diferença de idade e 
de geração. Espero vocês do outro lado da ternura, quando tiverem a minha idade. 
CARPINEJAR, F. Carta aos meus filhos adolescentes. Disponível em: <https://blogs.oglobo.globo.com/fabricio-
carpinejar/post/carta-aos-meus-fi lhos-adolescentes.html>. Acesso em: 10 jul. 2018. Adaptado. 
A frase em que as palavras em destaque estão corretamente grafadas é: 
a) A conversa franca sempre trás bons resultados na resolução de conflitos familiares. 
b) Os pais devem proteger os f ilhos, senão podem ser responsabilizados legalmente. 
c) Meu f ilho, ao longo da adolescência, sempre deixava a toalha molhada encima da 
cama. 
d) Devemos educar nossos f ilhos afim de que possam se tornar boas pessoas na vida 
adulta. 
e) Os f ilhos sempre perguntam porquê não podem ir aonde quiserem sem o 
consentimento dos pais. 
Gabarito: B 
 
 
4) CESGRANRIO - Tec Cien (BASA)/BASA/Medicina do Trabalho/2018 
A questão baseia no texto apresentado abaixo. 
Quanto nós merecemos? 
Lya Luft O ser humano é um animal que deu errado em várias coisas. A maioria das pessoas 
que conheço, se f izesse uma terapia, ainda que breve, haveria de viver melhor. Os 
problemas podiam continuar ali, mas elas aprenderiam a lidar com eles. 
Sem querer fazer uma interpretação barata ou subir além do chinelo: como qualquer pessoa 
que tenha lido Freud e companhia, não raro penso nas rasteiras que o inconsciente nos 
passa e em quanto nos atrapalhamos por achar que merecemos pouco. 
Pessoalmente, acho que merecemos muito: nascemos para ser bem mais felizes do que 
somos, mas nossa cultura, nossa sociedade, nossa família não nos contaram essa história 
direito. Fomos onerados com contos de ogros sobre culpa, dívida, deveres e... mais culpa. 
 
 
 
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Um psicanalista me disse um dia: 
– Minha prof issão ajuda as pessoas a manter a cabeça à tona d’água. Milagres ninguém faz. 
Nessa tona das águas da vida, por cima da qual nossa cabeça espia – se não naufragamos 
de vez –, somos assediados por pensamentos nem sempre muito inteligentes ou positivos 
sobre nós mesmos. 
As armadilhas do inconsciente, que é onde nosso pé derrapa, talvez nos façam vislumbrar 
nessa fenda obscura um letreiro que diz: “Eu não mereço ser feliz. Quem sou eu para estar 
bem, ter saúde, ter alguma segurança e alegria? Não mereço uma boa família, af etos 
razoavelmente seguros, felicidade em meio aos dissabores”. Nada disso. Não nos ensinaram 
que “Deus faz sofrer a quem ama”? 
Portanto, se algo começa a ir muito bem, possivelmente daremos um jeito de que 
desmorone – a não ser que tenhamos aprendido a nos valorizar. 
Vivemos o efeito de muita raiva acumulada, muito mal-entendido nunca explicado, mágoas 
infantis, obrigações excessivas e imaginárias. Somos ofuscados pelo danosomito da mãe 
santa e da esposa imaculada e do homem poderoso, pela miragem dos f ilhos mais que 
perfeitos, do patrão infalível e do governo sempre confiável. Sofremos sob o peso de quanto 
“devemos” a todas essas entidades inventadas, pois, af inal, por trás delas existe apenas 
gente, tão frágil quanto nós. 
Esses fantasmas nos questionam, mãos na cintura, sobrancelhas iradas: 
– Ué, você está quase se livrando das drogas, está quase conquistando a pessoa amada, 
está quase equilibrando sua relação com a família, está quase obtendo sucesso, vive com 
alguma tranquilidade f inanceira... será que você merece? Veja lá! 
Ouvindo isso, assustados réus, num ato nada falho tiramos o tapete de nós mesmos e 
damos um jeito de nos boicotar – coisa que aliás fazemos demais nesta curta vida. 
Escolhemos a droga em lugar da lucidez e da saúde; nos fechamos para os afetos em lugar 
de lhes abrir espaço; corremos atarantados em busca de mais dinheiro do que 
precisaríamos; se vamos bem em uma atividade, f icamos inquietos e queremos trocar; se 
uma relação f loresce, viramos críticos mordazes ou traímos o outro, dando um jeito de 
podar carinho, confiança ou sensualidade. 
Se a gente pudesse mudar um pouco essa perspectiva, e não encarar drogas, bebida em 
excesso, mentira, egoísmo e isolamento como “proibidos”, mas como uma opção burra e 
destrutiva, quem sabe poderíamos escolher coisas que nos favorecessem. E não passar uma 
vida inteira afastando o que poderia nos dar alegria, prazer, conforto ou serenidade. 
No conflitado e obscuro território do inconsciente, que o velho sábio Freud nos ensinaria a 
arejar e iluminar, ainda nos consideramos maus meninos e meninas, crianças 
malcomportadas que merecem castigo, privação, desperdício de vida. Bom, isso também 
somos nós: estranho animal que nasceu precisando urgente de conserto. 
Alguém sabe o endereço de uma oficina boa, barata, perto de casa – ah, e que não lide com 
notas frias? 
Disponível em: <http://arquivoetc.blogspot.com.br/2005/12/ veja-lya-luft-quanto-ns-merecemos.html>. Acesso em: 
16 mar. 2018. 
Na língua escrita, há situações em que algumas palavras e locuções oferecem maior 
dif iculdade, pois podem ser grafadas junto ou separadamente. A frase em que a expressão 
em negrito está corretamente grafada é: 
a) Não mereço ter sucesso, tão pouco ser feliz. 
b) Nada nos resta se não a angústia de nos saber sabotados. 
c) Procuramos um psicólogo a fim de evitarmos maior sofrimento. 
 
 
 
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d) Escolhemos a droga, com tudo trata-se de uma opção destrutiva. 
e) Conversávamos a cerca de nossas dif iculdades com os sentimentos. 
Gabarito: C 
 
 
5) CESGRANRIO - Conf (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/I/2018 
A seguinte frase está escrita de acordo com as normas da ortograf ia vigente: 
a) Eu me sinto mais vunerável quando viajo à noite. 
b) Preciso que vocês viagem para o Perú imediatamente. 
c) Alguns roteiros tem um acúmulo grande de deslocamentos. 
d) Fiz um voo gratuito porque ganhei uma passagem num sorteio. 
e) Fizemos um multirão para arrumar as malas, mas conseguimos. 
Gabarito: D 
 
 
6) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Motorista Granel I/2018 
O grupo em que todas as palavras atendem às exigências ortográf icas da norma-padrão da 
língua portuguesa é: 
a) abuso, buzina, improviso 
b) análise, paralizia, pesquisa 
c) atraso, rasoável, uso 
d) despreso, acusação, visita 
e) piso, aviso, revesamento 
Gabarito: A 
 
 
7) CESGRANRIO - Ass (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Administrativo I/2018 
Mobilidade e acessibilidade desafiam cidades 
A população do mundo chegou, em 2011, à marca of icial de 7 bilhões de pessoas. Desse 
total, parte cada vez maior vive nas cidades: em 2010, esse contingente superou os 50% 
dos habitantes do planeta, e até 2050 prevê-se que mais de dois terços da população 
mundial será urbana. 
No Brasil, a população urbana já representa 84,4% do total, de acordo com o Censo 2010. 
É preciso, então, que questões de mobilidade e acessibilidade urbana passem a ser 
discutidas. 
No passado, a noção de mobilidade era estreitamente ligada ao automóvel. Hoje, como 
resultado, os moradores de grande maioria das cidades brasileiras lidam diariamente com 
congestionamentos insuportáveis, que causam enormes perdas. Isso, sem falar no alto 
índice de mortes em vias urbanas do país. Depreendemos daí que a dependência do 
automóvel como meio de transporte é um fator que impede a mobilidade urbana. 
 
 
 
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É importante investir em infraestrutura pedestre, cicloviária e em sistemas mais ef icazes e 
adequados de ônibus. Ao mesmo tempo, podemos desenvolver cidades mais acessíveis, 
onde a maior parte dos serviços esteja próxima às moradias e haja opções de transporte 
não motorizado para nos locomovermos. 
BROADUS, V. Portal Mobilize Brasil. 16 jul. 2012. Disponível em: 
<http://www.mobilize.org.br/noticias/2419/mobilidade-acessibilidade- e-deficiencias-fisicas.html>. Acesso em: 9 jul. 
2018. Adaptado. 
Glossário: 
Mobilidade urbana – É a facilidade de locomoção das entre as diferentes zonas de uma 
cidade. 
Acessibilidade urbana – É a garantia de condições às pessoas portadoras de deficiência 
ou com mobilidade reduzida, 
O grupo em que as duas palavras estão grafadas de acordo com a norma-padrão da língua 
portuguesa é 
a) beleza, querozene 
b) burguezia, esquisito 
c) cortesia, pesquiza 
d) improvizo, análise 
e) represa, paralisia 
Gabarito: E 
 
 
8) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Carga e Descarga I/2018 
Qual é o par de palavras que está grafado de acordo com a ortograf ia vigente da língua 
portuguesa? 
a) procimidade - distânssia 
b) cazamento - compreenção 
c) carregamento - compaixão 
d) criassão - satisfassão 
e) f lorez - comemorassão 
Gabarito: C 
 
 
9) CESGRANRIO - Conf (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/I/2018 
Assim como a palavra desfecho se escreve com ch, a seguinte dupla de palavras se 
escreve corretamente com esse dígrafo: 
a) tó chico ; f i chinha 
b) coa char ; a chatar 
c) cheirosa ; in chado 
d) ma chismo ; chaveco 
e) co cheira ; dei char 
Gabarito: C 
 
 
 
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10) CESGRANRIO - PTNM (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/Ambiental/2018 
“Guerra” virtual pela informação 
A internet quebrou a rígida centralização no f luxo mundial de dados, criando uma situação 
inédita na história recente. As principais potências econômicas e militares do planeta 
decidiram partir para a ação ao perceberem que seus segredos começam a ser divulgados 
com facilidade e frequência nunca vistas antes. 
As mais recentes iniciativas no terreno da espionagem virtual mostram que o essencial é o 
controle da informação disponível no mundo - não mais guardar segredos, mas saber o que 
os outros sabem ou podem vir a saber. Os estrategistas em guerra cibernética sabem que 
a possibilidade de vazamentos de informações sigilosas é cada vez maior e eles tendem a 
se tornar rotineiros. 
A datif icação, processo de transformação em dados de tudo o que conhecemos, aumentou 
de forma vertiginosa o acervo mundial de informações. Diariamente circulam na web pouco 
mais de 1,8 mil petabytes de dados (um petabyte equivale a 1,04 milhão de gigabytes), 
dos quais é possível monitorar apenas 29 petabytes. 
Pode parecer muito pouco, mas é um volume equivalente a 400 vezes o total de páginas 
web indexadas diariamente pelo Google e 156 vezes o total de vídeos adicionados ao 
YouTube a cada 24 horas. 
Como não é viável exercer um controle material sobre o f luxo de dados na internet, os 
centros mundiais de poder optaram pelo desenvolvimento de uma batalha pela informação. 
O manejo dos grandes dados permite estabelecer correlações entre fatos,dados e eventos, 
com amplitude e rapidez impossíveis de serem alcançados até agora. 
Como tudo o que fazemos diariamente é transformado em dados pelo nosso banco, pelo 
correio eletrônico, pelo Facebook, pelo cartão de crédito etc., já somos passíveis de 
monitoração em tempo real, em caráter permanente. São esses dados que alimentam os 
softwares analíticos que produzem correlações que servem de base para decisões 
estratégicas. 
CASTILHO, Carlos. Observatório da imprensa. 21/08/2013. Disponível em: 
<http://observatoriodaimprensa.com.br/codigo- aberto/quando-saber-o-que-os-espioes-sabem-gera-uma- -guerra-
virtual-pela-informacao/.> Acesso em: 29 fev. 2018. Adaptado. 
Obedecem às regras ortográf icas da língua portuguesa as palavras 
a) admissão, paralisação, impasse 
b) bambusal, autorização, inspiração 
c) consessão, extresse, enxaqueca 
d) banalisação, reexame, desenlace 
e) desorganisação, abstração, cassação 
Gabarito: A 
 
 
11) CESGRANRIO - Of (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Produção I/2018 
Texto II 
O acendedor de lampiões e nós 
Outro dia tive uma visão. Uma antevisão. Eu vi o futuro. O futuro estampado no passado. 
Como São João do Apocalipse, vi descortinar aos meus olhos o que vai acontecer, mas que 
já está acontecendo. 
 
 
 
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Havia acordado cedo e saí para passear com minha cachorrinha, a meiga Pixie, que volta e 
meia late de estranhamento sobre as transformações em curso. Pois estava eu e ela 
perambulando pela vizinhança quando vi chegar o jornaleiro, aquele senhor com uma pilha 
de jornais, que ia depositando de porta em porta. Fiquei olhando. Ele lá ia cumprindo seu 
ritual, como antigamente se depositava o pão e o leite nas portas e janelas das casas. 
Vou confessar: eu mesmo, menino, trabalhei entregando garrafas de leite aboletado na 
carroça do ‘seu’ Gamaliel, lá em Juiz de Fora. 
E pensei: estou assistindo ao f im de uma época. Daqui a pouco não haverá mais jornaleiro 
distribuindo jornais de porta em porta. Esse entregador de jornais não sabe, mas é 
semelhante ao acendedor de lampiões que existia antes de eu nascer. Meus pais falavam 
dessa f igura que surgia no entardecer e acendia nos postes a luz movida a gás, e de manhã 
vinha apagar a tal chama. [...] 
SANT’ANNA, Affonso Romano de. O acendedor de lampiões e nós. Estado de Minas/Correio Brasiliense. 22 ago. 
2010. Fragmento. 
A palavra em destaque está empregada de acordo com a norma-padrão em: 
a) Não há como resistir ao progresso tecnológico, mais podemos conservar alguns hábitos 
antigos. 
b) O acendedor de lampiões é um prof issional que não existe mas. 
c) A chama era acesa ao entardecer, mas apagada pela manhã. 
d) As casas do subúrbio são simples, mais são lares para seus moradores. 
e) Certas mudanças são formidáveis, mais também são assustadoras. 
 Gabarito: C 
 
 
12) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Carga e Descarga I/2018 
Texto II 
O amor é valente 
Mesmo que mil tipos 
De ódio o mal invente, 
O amor, mesmo sozinho, 
Será sempre mais valente. 
Valente, forte, profundo 
Capaz de mudar o mundo 
Acalmar qualquer dor 
Vivemos nesse conflito. 
Mas confio e acredito 
Na valentia do amor. 
BESSA, Bráulio. Poesia com rapadura. Fortaleza: Editora CENE, 2017. 
O par de palavras que está grafado de acordo com a ortograf ia vigente da língua portuguesa 
é: 
a) amisade – traição 
 
 
 
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b) beleza – declarassão 
c) vazio – dedicassão 
d) entuziasmo – companhera 
e) delicadeza – decisão 
Gabarito: E 
 
 
13) CESGRANRIO - Moto (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Caminhão Granel I/2018 
O grupo em que todas as palavras estão grafadas de acordo com a norma-padrão da língua 
portuguesa é: 
a) admissão, infração, renovação 
b) diversão, excessão, sucessão 
c) extenção, eleição, informação 
d) introdução, repreção, intenção 
e) transmissão, conceção, omissão 
Gabarito: A 
 
 
14) CESGRANRIO - Trad ILS (UNIRIO)/UNIRIO/2016 
Texto III 
Quando eu for bem velhinho — continuação 2 
O tempo do carnaval era obrigatório. A despeito de todas as mudanças, ele continua sendo 
a pausa que dá sentido e razão ao tempo como uma majestade humana. Este imperador 
sem rivais que diz que passa quando, de fato, quem passa somos nós. 
Uma lenda escandinava, traduzida à luz da análise pelo sábio das línguas e costumes euro- 
-europeus Georges Dumézil, conta a história de um camponês que, sem querer, libertou o 
diabo de um caixote que ele transportava para um padre na sua carroça. Livre e solto, o 
diabo — que está sempre fazendo alguma coisa — começou a surrar o seu involuntário 
libertador, perguntando ansiosamente: “O que devo fazer?” O camponês mandou que ele 
construísse uma ponte de pedra e, em instantes, ela f icou pronta. E logo o diabo perguntou 
novamente: “O que devo fazer?” O camponês mandou que o diabo juntasse todos os 
excrementos de cavalo do reino da Dinamarca e, num instante, a tarefa estava cumprida. 
Aterrorizado porque ia apanhar novamente, o camponês teve a feliz ideia de mandar que o 
diabo recuperasse o tempo. Sabendo que o tempo era precioso, o diabo saiu em sua busca, 
mas não conseguia alcançá-lo. Trouxe dele pedaços, mas não o tempo inteiro como 
ordenara o camponês. Não tendo observado a tarefa, o diabo voltou para a caixa. 
O tempo como potência impossível de ser apanhada foi brilhantemente descrito por Frei 
Antônio das Chagas num poema escrito nos mil seiscentos e tanto: 
Deus pede estrita conta de meu tempo. 
E eu vou do meu tempo dar-lhe conta. 
Mas como dar, sem tempo, tanta conta 
Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo? 
 
 
 
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Para dar minha conta feita a tempo, 
O tempo me foi dado e não fiz conta, 
Não quis, sobrando tempo, fazer conta. 
Hoje, quero acertar conta, e não há tempo. 
Oh, vós, que tendes tempo sem ter conta, 
Não gasteis vosso tempo em passatempo. 
Cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta! 
Pois aqueles que, sem conta, gastam tempo, 
Quando o tempo chegar de prestar conta, 
Chorarão, como eu, o não ter tempo... 
Af inal, somos nós que brincamos o carnaval ou é o carnaval que brinca conosco o tempo 
todo? 
DAMATTA, R. O Globo, Rio de Janeiro, 10 fev. 2016. Primeiro Caderno, p. 13. Adaptado. 
Assim como análise, também se escreve corretamente com s o substantivo 
a) valise 
b) linse 
c) esato 
d) maselas 
e) cansela 
Gabarito: A 
 
 
15) CESGRANRIO - Ag PM (IBGE)/IBGE/2016 
Texto 
Feliz por nada 
Geralmente, quando uma pessoa exclama “Estou tão feliz!”, é porque engatou um novo 
amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que 
precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade 
dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir 
feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada. 
Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém o elogiou. Feliz porque existe uma 
perspectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém hoje. 
Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor 
do que sua cama. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito. 
Feliz por nada, nada mesmo? Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. 
Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as 
chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e 
não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não 
estando “realizado”, também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma. 
Consciência. É ter talento para aturar o inevitável,é tirar algum proveito do imprevisto, é 
f icar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é 
que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo. 
 
 
 
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Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem 
cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem 
sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que 
podem. 
Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da 
patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre. 
Adequação à sociedade e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a 
energia de uma usina. Para que se consumir tanto? 
A vida não é um questionário. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas 
qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se 
autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado 
e que muda de opinião sem a menor culpa. 
Ser feliz por nada talvez seja isso. 
MEDEIROS, Martha. Feliz por nada. Porto Alegre: L&PM, jul. 2011. 
Todas as palavras estão grafadas corretamente em 
a) locomoção, intersessão 
b) abolissão, estagnação 
c) comissão, excurção 
d) abreviação, obseção 
e) aclamação, emissão 
Gabarito: E 
 
 
16) CESGRANRIO - Ag PM (IBGE)/IBGE/2016 
Texto 
Do fogo às lâmpadas de LED 
Ao longo de nossa evolução, desenvolvemos uma forma muito ef iciente de detectar a luz: 
nosso olho. Esse órgão nos permite enxergar formas e cores de maneira ímpar. O que 
denominamos luz no cotidiano é, de fato, uma onda eletromagnética que não é muito 
diferente, por exemplo, das ondas de rádio ou micro-ondas, usadas em comunicação via 
celular, ou dos raios X, empregados em exames médicos. 
Para que pudesse enxergar seu caminho à noite, o homem buscou o desenvolvimento de 
fontes de iluminação artif icial. Os primeiros humanos recolhiam restos de queimadas 
naturais, mantendo as chamas em fogueiras. Posteriormente, descobriu-se que o fogo 
poderia ser produzido ao se atritarem pedras ou madeiras, dando o primeiro passo rumo à 
tecnologia de iluminação artif icial. 
A necessidade de transporte e manutenção do fogo levou ao desenvolvimento de 
dispositivos de iluminação mais compactos e de maior durabilidade. Assim, há cerca de 50 
mil anos, surgiram as primeiras lâmpadas a óleo, feitas a partir de rochas e conchas, tendo, 
como pavio, f ibras vegetais que queimavam em óleo animal ou vegetal. Mais tarde, a 
ef iciência desses dispositivos foi aumentada, com o uso de óleo de tecidos gordurosos de 
animais marinhos, como baleias e focas. 
As lâmpadas a óleo não eram adequadas para que áreas maiores (ruas, praças etc.) fossem 
iluminadas, o que motivou o surgimento das lâmpadas a gás obtido por meio da destilação 
 
 
 
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do carvão mineral. Esse gás poderia ser transportado por tubulações ao local de consumo 
e inf lamado para produzir luz. 
O domínio da tecnologia de geração de energia elétrica e o entendimento de efeitos 
associados à passagem de corrente elétrica em materiais viabilizaram o desenvolvimento 
de novas tecnologias de iluminação: lâmpadas incandescentes, com f ilamentos de bambu 
carbonizado, que garantem durabilidade de cerca de 1,2 mil horas à sua lâmpada; e as 
lâmpadas halógenas, com maior vida útil e luz com maior intensidade e mais parecida com 
a luz solar. 
AZEVEDO, E. R.; NUNES, L. A. O. Revista Ciência Hoje. Rio de Janeiro: Instituto Ciência Hoje. n. 327, julho 2015, p. 
38-40. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2015/327/ do-fogo-as-lampadas-led>. Acesso em: 4 
ago. 2015. Adaptado. 
Todas as palavras estão corretamente grafadas em: 
a) êxito, estensão, machucado 
b) começo, salça, sussego 
c) enxova, pesquisa, paralizia 
d) consciência, açucena, cansaço 
e) diciplina, sucesso, ricaço 
Gabarito: D 
 
 
17) CESGRANRIO - TA (ANP)/ANP/2016 
Festival reúne caravelas em barcos 
Dizem que o passado não volta, mas a cada cinco anos boa parte da história marítima da 
Europa se reúne para navegar junto entre o Mar do Norte e o canal de Amsterdã. Caravelas 
e barcos a vapor do século passado se juntam a veleiros e lanchas contemporâneas que 
vêm de vários países para um dos maiores encontros náuticos gratuitos do mundo. Durante 
o Amsterdam Sail, entre os dias 19 e 23 de agosto, cerca de 600 embarcações celebram a 
arte de deslizar sobre as águas. 
Desde 1975 o grande encontro aquático junta apaixonados pelo mar e curiosos às margens 
dos canais para ver barcos históricos e gente fazendo festa ao longo de cinco dias – na 
última edição, o público estimado foi de 1,7milhão de pessoas. Há aulas de vela e de remo 
para adultos e crianças, além de atrações musicais. [...] 
Você pode até achar que é coisa de criança, mas o jogo em que cada um leva o próprio 
balde e simula as tarefas a bordo de um navio é instrutivo e divertido para todas as idades. 
MORTARA, F. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 4 ago. 2015, Caderno D, p. 10. Adaptado. 
Assim como apaixonados, também se escreve corretamente com x o substantivo 
a) pixação 
b) xicote 
c) bruxa 
d) deboxe 
e) f lexa 
Gabarito: C 
 
 
 
 
 
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18) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Carga e Descarga I/2015 
Texto II 
A água do planeta vai acabar? 
Dizem que a água do planeta Terra está diminuindo. Ela vai acabar um dia? Existe previsão 
de quando isso vai acontecer? O que está sendo feito para resolver a situação? 
O engenheiro Léo Heller, da Universidade Federal de Minas Gerais, explicou que a 
quantidade de água no planeta é a mesma nos últimos milênios e não deve mudar no futuro, 
ou seja, a água como um todo não vai acabar. O problema, porém, é que a quantidade de 
água de boa qualidade e disponível para o consumo humano – aquela que podemos usar 
para beber e cozinhar – está diminuindo. 
Ele conta que as mudanças no clima do planeta geram secas, enchentes e outros eventos 
que causam impactos nos rios e lagoas que abastecem as cidades. “Pouca coisa tem sido 
feita a respeito, mas é hora de planejarmos situações de emergência e de criarmos 
condições para que as cidades estejam mais preparadas para enfrentar a falta de água”, 
alerta Léo. 
Se cada um fizer sua parte, o desperdício de água será cada vez menor. Pequenas atitudes 
como evitar banhos muito demorados, fechar a torneira enquanto escovamos os dentes e 
até mesmo regar as plantas ao amanhecer e ao entardecer já fazem uma grande diferença! 
Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/a-agua- -do-planeta-vai-acabar>. Acesso em: 11 maio 2015. 
A palavra que é grafada corretamente com ch, como se verif ica em enchente é 
a) ameicha 
b) abacachi 
c) caicha 
d) chão 
e) licho 
Gabarito: D 
 
 
19) CESGRANRIO - Ass (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Administrativo I/2015 
Donos do próprio dinheiro 
Quando pensamos em bancos, imaginamos grandes empresas com agências elegantes, 
equipadas com caixas eletrônicos e funcionários engravatados, muita burocracia e mil 
procedimentos de segurança. Mas dezenas de pequenas instituições f inanceiras estão 
mudando a relação que milhares de brasileiros têm com o próprio dinheiro. São os bancos 
comunitários, que contam com moeda e sistema de crédito próprios e desenvolvem as 
economias locais. 
Todas as agências são geridas e f iscalizadas pela comunidade. Hoje já existem 104 dessas 
instituições no país, e elas estão proliferando. De 2006 a 2012, o número de bancos 
comunitários aumentou dez vezes, de nove para 98 agências. Diferentemente das agências 
convencionais, essas instituições não consultam o nome do cliente no Serasa ou no Serviço 
de Proteção ao Crédito antes de abrir uma conta. Consultam a comunidade. 
Uma das condições para a criação de um banco comunitário, como o próprio nome já dá a 
entender, é o envolvimento da comunidade. Isso porque o objetivo f inal não é o lucro, e 
sim o desenvolvimento da economia do entorno. Para tanto é criada uma moeda própria, 
 
 
 
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que circula apenas na comunidade. O dinheiro para iniciar os bancos comunitários também 
vem do local, seja de rifas, seja de vaquinhas ou de eventos de arrecadação de fundos. 
Os moradores podem pegar dois tipos de empréstimo: um para produção, como reforma de 
uma loja ou compra de estoque, em reais, e outro para consumo, compra de alimentos e 
outros produtos, na moeda do banco. 
Dessa forma, artigos como alimentos, roupas, sapatos e até serviços de beleza ou aulas são 
consumidos na comunidade, nas lojas que aceitam a nova moeda, fazendo com que o 
dinheiro não deixe a região e sirva para desenvolver a economia local. 
VELOSO, L. Revista Planeta. n. 504, novembro 2014. Adaptado. 
O par de palavras grafadas corretamente é 
a) chaminé, xícara 
b) chave, xipanzé 
c) enxente, chale 
d) enxada, xuxu 
e) fachina, chifre 
Gabarito: A 
 
 
20) CESGRANRIO - Of (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Produção I/2015 
Texto II 
Prova falsa 
Quem teve a ideia foi o padrinho da caçula — ele me conta. Trouxe o cachorro de presente 
e logo a família inteira se apaixonou pelo bicho. Ele até que não é contra isso de se ter um 
animalzinho em casa, desde que seja obediente e com um mínimo de educação. 
— Mas o cachorro era um chato — desabafou. Desses cachorrinhos de raça, cheios de nhém-
nhém-nhém, que comem comidinha especial, precisam de muitos cuidados, enfim, um chato 
de galocha. E, como se isto não bastasse, implicava com o dono da casa. 
— Vivia de rabo abanando para todo mundo, mas, quando eu entrava em casa, vinha logo 
com aquele latido f ininho e antipático de cachorro de francesa. 
Ainda por cima era puxa-saco. Lembrava certos políticos da oposição, que espinafram o 
ministro, mas quando estão com o ministro f icam mais por baixo que tapete de porão. 
Quando cruzavam num corredor ou qualquer outra dependência da casa, o desgraçado 
rosnava ameaçador, mas quando a patroa estava perto abanava o rabinho, f ingindo-se seu 
amigo. 
— Quando eu reclamava, dizendo que o cachorro era um cínico, minha mulher brigava 
comigo, dizendo que nunca houve cachorro f ingido e eu é que implicava com o “pobrezinho”. 
Num rápido balanço poderia assinalar: o cachorro comeu oito meias suas, roeu a manga de 
um paletó de casimira inglesa, rasgara diversos livros, não podia ver um pé de sapato que 
arrastava para locais incríveis. A vida lá em sua casa estava se tornando insuportável. 
Estava vendo a hora em que se desquitava por causa daquele bicho cretino. Tentou mandá-
lo embora umas vinte vezes e era uma choradeira das crianças e uma espinafração da 
mulher. 
— Você é um desalmado — disse ela, uma vez. Venceu a guerra fria com o cachorro graças 
à má educação do adversário. O cãozinho começou a fazer pipi onde não devia. Várias vezes 
 
 
 
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exemplado, prosseguiu no feio vício. Fez diversas vezes no tapete da sala. Fez duas na 
boneca da f ilha maior. Quatro ou cinco vezes fez nos brinquedos da caçula. E tudo culminou 
com o pipi que fez em cima do vestido novo de sua mulher. 
— Aí mandaram o cachorro embora? — perguntei ao meu amigo. 
— Mandaram. Mas eu f iz questão de dá-lo de presente a um sujeito que adora cachorros. 
Ele está levando um vidão em sua nova residência. 
— Ué... mas você não o detestava? Como é que arranjou essa sopa pra ele? 
— Problema da consciência — explicou: — O pipi não era dele. 
E suspirou cheio de remorso. 
PONTE PRETA, Stanislaw. Prova falsa. In: Para gostar de ler. v. 13. p. 51-52. São Paulo: Ática, 1993. Adaptado. 
A palavra em que o ç foi empregado corretamente é: 
a) mição 
b) atenção 
c) agreção 
d) suspenção 
e) transmição 
Gabarito: B 
 
 
21) CESGRANRIO - Tec Ban (BASA)/BASA/2015 
Texto II 
Sobe e desce 
Ascensorista é uma das prof issões que desapareceram no mundo moderno. Era certamente 
a mais tediosa das prof issões, e não apenas porque o ascensorista estava condenado a 
passar o dia ouvindo histórias pela metade, anedotas sem desenlace, brigas sem resolução, 
só nacos e vislumbres da vida dos passageiros. 
Pode-se imaginar que muitos ascensoristas tenham tentado combater o tédio, variando a 
sua própria fala. 
Dizendo “ascende”, em vez de “sobe”, por exemplo. 
Ou “Eleva-se”. 
Ou “Para cima”. 
— Para o alto. 
— Escalando. 
Quando perguntassem “Sobe ou desce?”, responderia “A primeira alternativa”. Ou diria 
“Descendente”, “Ruma para baixo”. “Cai controladamente”. 
E se justif icaria dizendo: 
— Gosto de improvisar. 
Mas, como toda arte tende para o excesso, o ascensorista entediado chegaria fatalmente 
ao preciosismo. Quando perguntassem “Sobe?”, responderia “É o que veremos...” Ou então, 
“Como a Virgem Maria”. 
Ou recorreria a trocadilhos: 
 
 
 
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— Desce? 
— Dei. 
Nem todo mundo o compreenderia, mas alguns o instigariam. 
Quando comentassem que devia ser uma chatice trabalhar em elevador, ele não responderia 
“tem altos e baixos”, como esperavam. Responderia, “cripticamente”, que era melhor do 
que trabalhar em escada. 
Ou que não se importava, embora seu sonho fosse, um dia, comandar alguma coisa que 
também andasse para os lados... 
E quando ele perdesse o emprego porque substituíssem o elevador antigo por um moderno, 
daqueles com música ambiental, diria: 
— Era só me pedirem. Eu também canto! 
Mas, enquanto não o despedissem, continuaria inovando. 
— Sobe? 
— A ideia é essa. 
— Desce? 
— Se ainda não revogaram a lei da gravidade, sim. 
— Sobe? 
— Faremos o possível. 
— Desce? 
— Pode acreditar. 
VERISSIMO, L. F. Jornal O Globo, p. 15, 28 jun. 2015. 
A palavra em destaque está grafada corretamente em: 
a) É preciso reavaliar o prosesso. 
b) O bancos fortalecem a estrutura finançeira do país. 
c) O mercado é sencível ao consumo. 
d) Sempre se deve fazer esse tipo de inspeção. 
e) A tacha de juros será mantida nesse percentual. 
Gabarito: D 
 
 
22) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Carga e Descarga I/2015 
Texto II 
A água do planeta vai acabar? 
Dizem que a água do planeta Terra está diminuindo. Ela vai acabar um dia? Existe previsão 
de quando isso vai acontecer? O que está sendo feito para resolver a situação? 
O engenheiro Léo Heller, da Universidade Federal de Minas Gerais, explicou que a 
quantidade de água no planeta é a mesma nos últimos milênios e não deve mudar no futuro, 
ou seja, a água como um todo não vai acabar. O problema, porém, é que a quantidade de 
água de boa qualidade e disponível para o consumo humano – aquela que podemos usar 
para beber e cozinhar – está diminuindo. 
 
 
 
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Ele conta que as mudanças no clima do planeta geram secas, enchentes e outros eventos 
que causam impactos nos rios e lagoas que abastecem as cidades. “Pouca coisa tem sido 
feita a respeito, mas é hora de planejarmos situações de emergência e de criarmos 
condições para que as cidades estejam mais preparadas para enfrentar a falta de água”, 
alerta Léo. 
Se cada um fizer sua parte, o desperdício de água será cada vez menor. Pequenas atitudes 
como evitar banhos muito demorados, fechar a torneira enquanto escovamos os dentes e 
até mesmo regar as plantas ao amanhecer e ao entardecer já fazem uma grande diferença!Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/a-agua- -do-planeta-vai-acabar>. Acesso em: 11 maio 2015. 
Qual é a frase em que a palavra assinalada está grafada corretamente? 
a) Economisar água é a palavra de ordem. 
b) É preciso paciença e decisão para enfrentar o problema. 
c) A união traz a força para a resolução. 
d) Com o esforsso de todos, a situação mudará. 
e) O planejamento é a xave da mudança. 
Gabarito: C 
 
 
23) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Motorista Granel I/2015 
Texto II 
Superficial 
O mal no futebol é que quase tudo nele é superf icial. As discussões sobre os grandes temas 
são feitas na base da crença e da opinião. Pouco valor se dá aos conceitos, e a simplif icação 
toma conta de tudo, desde a raiz. O modelo iceberg, que olha só para o que aparece na 
superf ície e evita o mergulho no mais relevante, por sorte, embalou-nos docemente até 
2002. 
Se não mudarmos, vamos f icar perdendo campeonatos, qualidade e a alegria de curtir 
jogos, com estaduais melancólicos e uma seleção que não empolga. 
 PORTELLA, José Luiz. Lance!, 6331. S. Paulo: Areté Editorial, 1 abr. 2015, p. 24. 
Assim como a palavra crença se escreve com ç, a seguinte dupla de palavras se escreve 
corretamente com essa letra: 
a) balça ; impulço 
b) mança ; imença 
c) poupança ; falço 
d) dança ; vizinhança 
e) ofença ; recompença 
Gabarito: D 
 
24) CESGRANRIO - Eng Jr (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Elétrica/2014 
Sobre Marte, os drones e vidas humanas 
Na missão espacial mais ambiciosa dos últimos tempos, o robô Curiosity pousou 
recentemente no solo marciano, um ambiente inóspito para seres humanos. A imagem da 
 
 
 
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conquista de um planeta longínquo por uma máquina reúne dois sonhos de f icção científ ica 
— a criação de robôs e a exploração espacial. O robô que pousou em Marte é apenas o 
exemplo mais recente e eloquente de uma realidade que há tempos já saiu dos livros e 
f ilmes para entrar em nosso dia a dia. Há mais de 8 milhões de robôs aqui mesmo na Terra, 
em atividades tão distintas quanto aspirar o pó da sala, auxiliar médicos em cirurgias 
delicadas, dirigir automóveis, vigiar as fronteiras e — em seu uso mais controverso — matar 
inimigos em conflitos armados. 
Na verdade, sem que o percebamos, os robôs começam a tomar conta de diferentes 
aspectos da nossa vida. Até que ponto devemos delegar a máquinas tarefas que 
consideramos essencialmente humanas ou mesmo a tomada de decisões que envolvem 
vidas e valores fundamentais? Qual o risco representado pelos drones, os aviões que, 
comandados à distância, conseguem exterminar o inimigo com elevado grau de precisão? 
Que tipo de aplicação essa nova realidade tem sobre a sociedade e sobre a visão que temos 
de humanidade? 
Tais questões representam um dos maiores desafios que deveremos enfrentar neste século. 
Seria um despropósito deixar de aproveitar as conquistas da robótica para aperfeiçoar 
atividades tão necessárias quanto a medicina, o policiamento ou mesmo a limpeza 
doméstica. Mas também seria ingênuo acreditar que máquinas ou robôs podem um dia nos 
substituir em decisões complexas, que envolvem menos um cálculo racional e mais emoções 
ou crenças. Para o futuro, prenunciam-se perguntas mais dif íceis, mais desafiadoras — e 
até ameaçadoras — do que aquelas relativas ao uso de drones. Perguntas cuja resposta 
nenhum robô poderá dar. 
GUROVITZ, Hélio. Revista Época, 13 ago. 2012, p. 8. Adaptado. 
O grupo em que todas as palavras estão grafadas de acordo com a norma-padrão da Língua 
Portuguesa é 
a) gorjeta, ogeriza, lojista, ferrujem 
b) pedágio, ultrage, pagem, angina 
c) refújio, agiota, rigidez, rabujento 
d) vigência, jenipapo, fuligem, cafajeste 
e) sargeta, jengiva, jiló, lambujem 
Gabarito: D 
 
 
25) CESGRANRIO - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Exploração de 
Petróleo/Geologia/2014 
Árvores de araque 
— Você está vendo alguma coisa esquisita nessa paisagem? — perguntou o meu amigo Fred 
Meyer. Olhei em torno. Estávamos no jardim da residência da Embaixada do Brasil no 
Marrocos, onde ele vive — é o nosso embaixador no país —, cercados de tamareiras, 
palmeiras e outras árvores de diferentes tipos. Um casal de pavões se pavoneava pelo 
gramado, uma dezena de galinhas d’angola ciscava no chão, passarinhos iam e vinham. No 
terraço da casa ao lado, onde funciona a Embaixada da Rússia, havia um mar de parabólicas, 
que devem captar até os suspiros das autoridades locais. Lá longe, na distância, mais 
tamareiras e palmeiras espetadas contra um céu azul de doer. Tudo me parecia normal. 
— Olha aquela palmeira alta lá na frente. Olhei. Era alta mesmo, a maior de todas. Tinha 
um ninho de cegonhas no alto. 
— Não é palmeira. É uma torre de celular disfarçada. 
 
 
 
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Fiquei besta. Depois de conhecer sua real identidade, não havia mais como confundi-la com 
as demais; mas enquanto eu não soube o que era, não me chamara a atenção. Passei os 
vinte dias seguintes me divertindo em buscar antenas disfarçadas na paisagem. Fiz dezenas 
de fotos delas, e postei no Facebook, onde causaram sensação. A maioria dos meus amigos 
nunca tinha visto isso; outros já conheciam de longa data, e mencionaram até espécimes 
plantados no Brasil. Alguns, como Luísa Cortesão, velha amiga portuguesa que acompanho 
desde os tempos do Fotolog, têm posição radicalmente formada a seu respeito: odeiam. 
Parece que Portugal está cheio de falsas coníferas. [...] 
A moda das antenas disfarçadas em palmeiras começou em 1996, quando a primeira da 
espécie foi plantada em Cape Town, na África do Sul; mas a invenção é, como não podia 
deixar de ser, Made in USA. Lá, uma empresa sediada em Tucson, Arizona, chamada Larson 
Camouflage, projetou e desenvolveu a primeiríssima antena metida a árvore do mundo, um 
pinheiro que foi ao ar em 1992. A Larson já tinha experiência, se não no conceito, pelo 
menos no ramo: começou criando paisagens artif iciais e camuflagens para áreas e 
equipamentos de serviço. 
Hoje existem inúmeras empresas especializadas em disfarçar antenas de telecomunicações 
pelo mundo afora, e uma quantidade de disfarces diferentes. É um negócio próspero num 
mundo que quer, ao mesmo tempo, boa conexão e paisagem bonita, duas propostas mais 
ou menos incompatíveis. Os custos são elevados: um disfarce de palmeira para torre de 
telecomunicações pode sair por até US$ 150 mil, mas há fantasias para todos os bolsos, de 
silos e caixas d’água à la Velho Oeste a campanários, mastros, cruzes, cactos, esculturas. 
A Verizon se deu ao trabalho de construir uma casa cenográfica inteira numa zona 
residencial histórica em Arlington, Virgínia, para não ferir a paisagem com caixas de 
switches e cabos. A antena f icou plantada no quintal, pintada de verde na base e de azul 
no alto; mas no terreno em frente há um jardim sempre conservado no maior capricho e, 
volta e meia, entregadores desavisados deixam jornais e revistas na porta. A brincadeira 
custou cerca de US$ 1,5 milhão. A vizinhança, de início revoltada com a ideia de ter uma 
antena enfeiando a área, já se acostumou com a falsa residência, e até elogia a operadora 
pela boa manutenção do jardim. 
RONAI, C. O Globo, Economia, p. 33, 22 mar. 2014. Adaptado. 
Vocabulário: de araque - expressão idiomática que signif i ca “falso”. 
No texto abaixo, apenas uma palavra, dentre as destacadas, está grafada corretamente e 
de acordo com a norma- -padrão. 
Um fotógrafo sulafricano apresentou uma bela expozição com doze imagens de pássaro 
em voo entorno de uma antena disfarçada. Quem não pôde ver o trabalho do fotógrafo 
vai têr outra oportunidade em breve. 
A palavra nessas condições é 
a) sulafricano 
b) expozição 
c) entorno 
d) pôde 
e) têr 
Gabarito: D 
 
 
 
 
 
 
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26) CESGRANRIO - AET (BB)/BB/2014 
Ando meio desligado 
Ando meio desligado 
Eu nem sinto meus pés no chão 
Olho e não vejo nada 
Eu só penso se você me quer 
Eu nem vejo a hora de lhe dizer 
Aquilo tudo que eu decorei 
E depois o beijo que eu já sonhei 
Você vai sentir, mas... 
Por favor, não leve a mal 
Eu só quero que você me queira 
Não leve a mal 
BAPTISTA, A.; LEE, R.; DIAS, S. Ando meio desligado. Intérprete: Os Mutantes. In: MUTANTES. A divina comédia ou 
Ando meio desligado. Rio de Janeiro: Polydor/Polyfar. p1970. 1 disco sonoro, Lado 1, faixa 1 (3 min 2s). 
O seguinte par de palavras (verbo e substantivo a ele relacionado) está grafado 
corretamente: 
a) Escavar - excavação 
b) Expulsar - espulsão 
c) Expandir - espansão 
d) Explicar - esplicação 
e) Estender - extensão 
Gabarito: E 
 
 
27) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Motorista Granel I/2014 
A negação do meio ambiente 
O século 20 conseguiu consolidar o apartheid entre a humanidade e as dinâmicas próprias 
dos ecossistemas e da biosfera. Até o f inal do século 19, quando nasceu meu avô, a vida 
na Terra, em qualquer que fosse o país, tinha estreitos laços com os produtos e serviços da 
natureza. O homem dependia de animais para a maior parte do trabalho, para locomoção e 
mal começava a dominar máquinas capazes de produzir força ou velocidade. Na maioria das 
casas, o clima era regulado ao abrir e fechar as janelas e, quando muito, acender lareiras, 
onde madeira era queimada para produzir calor. 
Cem anos depois, a vida é completamente dominada pela tecnologia, pela mecânica, pela 
química e pela eletrônica, além de todas as outras ciências que tiveram um exponencial 
salto desde o f inal do século 19. Na maior parte dos escritórios das empresas que dominam 
a economia global, a temperatura é mantida estável por equipamentos de ar-condicionado, 
as comunicações são feitas através de telefones sem f io e satélites posicionados a milhares 
de quilômetros em órbita, as dores de cabeça são tratadas com comprimidos, e as comidas 
vêm em embalagens com códigos de barra. 
Não se trata aqui de fazer uma negação dos benefícios do progresso científ ico, que 
claramente ajudou a melhorar a qualidade de vida de bilhões de pessoas, e também deixou 
à margem outros bilhões, mas de fazer uma ref lexão sobre o quanto de tecnologia é 
realmente necessário e o que se pode e o que não se pode resolver a partir da engenharia. 
As distâncias foram encurtadas e hoje é possível ir a qualquer parte do mundo em questão 
de horas, e isso é fantástico. No entanto, nas cidades, as distâncias não se medem mais em 
 
 
 
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quilômetros, mas sim em horas de trânsito. E isso se mostra um entrave para a qualidade 
de vida. 
Há certo romantismo em pensar na vida em comunhão com a natureza, na qual as pessoas 
dedicam algum tempo para o contato com plantas, animais e ambientes naturais. Eu 
pessoalmente gosto e faço caminhadas regulares em praias e trilhas. Mas não é disso que 
se trata quando falo na ruptura entre a engenharia humana e as dinâmicas naturais. Há 
uma crença que está se generalizando de que a ciência, a engenharia e a tecnologia são 
capazes de resolver qualquer problema ambiental que surja. E esse é um engano que pode 
ser, em muitos casos, crítico para a manutenção do atual modelo econômico e cultural das 
economias centrais e, principalmente, dos países que agora consideramos “emergentes”. 
Alguns exemplos de que choques entre a dinâmica natural e o engenho humano estão 
deixando fraturas expostas. A região metropolitana de São Paulo está enfrentando uma das 
maiores crises de abastecimento de água de sua história. As nascentes e áreas de 
preservação que deveriam proteger a água da cidade foram desmatadas e ocupadas, no 
entanto a mídia e as autoridades em geral apontam a necessidade de mais obras de 
infraestrutura para garantir o abastecimento, como se a produção de água pelo ecossistema 
não tivesse nenhum papel a desempenhar. 
No caso da energia também existe uma demanda incessante por mais eletricidade, mais 
combustíveis e mais consumo. Isso exige o aumento incessante da exploração de recursos 
naturais e não renováveis. Pouco ou nada se fala na elaboração de programas generalizados 
de ef iciência energética, de modo a economizar energia sem comprometer a qualidade de 
vida nas cidades. 
Todos esses dilemas, porém, parecem alheios ao cotidiano das grandes cidades. A 
desconexão vai além da simples percepção, nas cidades as pessoas se recusam a mudar 
comportamentos negligentes como o descarte inadequado de resíduos ou desperdícios de 
água e energia. Há muito a mudar. 
Pessoas, empresas, governos e organizações sociais são os principais atores de 
transformação, mudanças desejáveis e possíveis, mas que precisam de uma ref lexão de 
cada um sobre o papel do meio ambiente na vida moderna. 
DAL MARCONDES, (Adalberto Marcondes). A negação do meio ambiente. Disponível em: 
<http://www.cartacapital.com.br /sustentabilidade/ a-negacao-do-meio-ambiente-9277.html>. Acesso em: 02 jul. 
2014. Adaptado. 
Na conjugação do verbo surgir, alterna-se o uso da letra g e da letra j. 
Outro verbo em cuja conjugação se observa a alternância dessas letras é: 
a) reger 
b) viajar 
c) vigiar 
d) ingerir 
e) enrijecer 
Gabarito: A 
 
 
28) CESGRANRIO - Ag PM (IBGE)/IBGE/2014 
Viver com menos 
De quantos objetos você precisa para ter uma vida tranquila? Certamente o kit essencial 
inclui peças de roupas, celular, cartões de crédito, móveis e eletrodomésticos como cama, 
 
 
 
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geladeira, fogão, computador, e uma casa para guardar tudo isso. Talvez você também 
tenha um carro e acredite que para levar uma vida plena só precisa de mais aquela casa na 
praia. Se dinheiro não for um empecilho, a lista pode aumentar. Não é preciso ir muito longe 
para perceber que vivemos cercados por uma enorme quantidade de objetos e acabamos 
gastando boa parte do tempo cuidando de sua manutenção. 
Nosso objetivo é tornar a vida mais fácil e confortável, mas muitas vezes acabamos reféns 
de nossos próprios objetos de desejo. Um dos lugares que ostentam as consequências do 
consumo excessivo são os engarrafamentos. Diante do sonho do carro próprio, as pessoas 
preferem f icar presas em um engarrafamento do que andar de transporte público. 
Mas de quantas dessas coisas de fato precisamos e quantas não são apenas desperdícios 
de espaço, de dinheiro e de tempo? Por que compramos coisas que sabemos que não iremos 
usar? Para alguns estudiosos, a diferença entre o que precisamos e o que desejamos acaba 
se confundindo na cabeça do consumidor em meio à enxurrada de publicidade que 
recebemos todos os dias. Os objetos que compramos geralmente se encaixam em três 
categorias: a das necessidades, a dos desejos e a dos “necejos”, os objetos de desejo que, 
por imposição da publicidade, acabam se tornando uma necessidade. Tão necessários que 
as pessoas têm de lutar contra a corrente do marketing. 
Mas há uma tendência que se contrapõe a isso, a do minimalismo – também conhecido 
como “consumo mínimo” ou “simplicidade voluntária”. Por exemplo, alguns assumem o 
desafio de viver um ano com apenas 100 itens, incluindo roupas, livros, aparelhos 
eletrônicos, lembranças de família e objetos pessoais. Outros procuram ir ainda mais fundo, 
vivendo sem casa e com apenas 50 itens. Há quem pregue o desafio de f icar um ano sem 
comprar nada, vivendo na base de trocas e doações. 
O minimalismo não trata apenas da quantidade ou do valor dos itens que se encontram em 
nossas casas. Minimalismo é viver com o essencial, e cada pessoa decide o que é essencial 
para si. Então, por definição, o minimalismosempre será algo subjetivo e indiv idual. Por 
exemplo, todo mundo que mora numa casa ou apartamento grande em uma área mais 
barata da cidade poderia, pelo mesmo valor, morar em um cubículo mais bem localizado. 
Essa é uma revolução minimalista: ter menos tralha e mais experiências. 
VELOSO, Larissa. Viver com menos. Revista Planeta. São Paulo: Três Editorial. n. 490, ago. 2013. Seção 
Comportamento. Adaptado. 
O verbo contrapor, presente no texto na forma verbal contrapõe, dá origem ao 
substantivo derivado contraposição, grafado com ç. 
Os dois verbos que formam substantivos derivados grafados com ç são 
a) valorizar, aceitar 
b) ascender, considerar 
c) transmitir, polarizar 
d) confirmar, progredir 
e) conceder, admitir 
Gabarito: A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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29) CESGRANRIO - Conf (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/2014 
Texto II 
Pichação 
Os códigos usados na pichação são símbolos e siglas empregados para identif icar o autor 
da obra. Uma pichação é essencialmente a assinatura de um grupo de pichadores, a turma. 
Pode conter o nome dela, a abreviação dos apelidos dos integrantes e dados como região e 
data. As turmas se relacionam de maneira amistosa ou hostil entre si, e isso também fica 
marcado nas paredes. Existem turmas tradicionais que surgiram na década de 90 e 
perduram até hoje: ou porque um de seus membros nunca parou de pichar — sim, existem 
pichadores com mais de 40 anos —, ou porque ele selecionou algum sucessor para carregar 
o nome para a frente. 
Criado na cidade de São Paulo nos anos 80, o estilo mais popular é chamado de pichação 
reta e é respeitado por todos os adeptos. É vandalismo, sim, com marca registrada. 
Mundo Estranho. S. Paulo: Abril, n. 147, dez. 2013, p. 46. 
Assim como pichação, também se escreve corretamente com ch o substantivo 
a) caichote 
b) frouchidão 
c) achado 
d) luchação 
e) micharia 
Gabarito: C 
 
 
30) CESGRANRIO - Asst (CEFET RJ)/CEFET RJ/Administração/2014 
BORBOLETAS 
Havia em Belo Horizonte um médico chamado Dr. Cathoud, que resolvera dedicar -se à 
entomologia, e em especial aos lepdópteros — horrível designação com que são conhecidas 
cientif icamente as borboletas. 
Certo dia uma amiga, que o Dr. Cathoud fora visitar, disse-lhe ter uma surpresa para ele. 
E deulhe de presente três lindas borboletas que havia apanhado: uma branca, uma amarela 
e uma azul. Ela também gostava de borboletas e usava, mesmo, uma daquelas varas com 
rede, para caçá-las no pomar de sua casa. Só não dispunha de local adequado para 
conservá-las vivas e as havia aprisionado numa compoteira. 
Dr. Cathoud exultou com o precioso presente, transferindo logo as três borboletas da 
compoteira para o seu chapéu e colocando-o na cabeça. Assim elas estariam a salvo até 
que chegasse em casa. 
E foi então que o Dr. Cathoud se viu personagem de uma cena surrealista digna de uma 
página de Lewis Carroll ou um f ilme de Jacques Tati. A caminho de casa, ao cruzar com uma 
senhora sua conhecida na Avenida Afonso Pena, cumprimentou-a, tirando-lhe 
respeitosamente o chapéu, como se usava então. 
E não apenas ela, mas os demais transeuntes, espantados, viram sair da cabeça do Dr. 
Cathoud, adejando no ar, três lindas borboletas: uma branca, uma amarela e uma azul. 
SABINO, F. Livro Aberto. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 531. 
 
 
 
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Num processo seletivo de emprego, o avaliador recebeu o seguinte texto de um dos 
candidatos: “Precizamos primeiramente melhorar muito os assuntos aprezentados pelos 
canais de televisão, sobretudo nos programas para adolecentes.” 
Na correção, o avaliador deveria ter assinalado quantos erros de ortograf ia? 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
Gabarito: C 
 
 
31) CESGRANRIO - Ag PM (IBGE)/IBGE/2014 
Viver com menos 
De quantos objetos você precisa para ter uma vida tranquila? Certamente o kit essencial 
inclui peças de roupas, celular, cartões de crédito, móveis e eletrodomésticos como cama, 
geladeira, fogão, computador, e uma casa para guardar tudo isso. Talvez você também 
tenha um carro e acredite que para levar uma vida plena só precisa de mais aquela casa na 
praia. Se dinheiro não for um empecilho, a lista pode aumentar. Não é preciso ir muito longe 
para perceber que vivemos cercados por uma enorme quantidade de objetos e acabamos 
gastando boa parte do tempo cuidando de sua manutenção. 
Nosso objetivo é tornar a vida mais fácil e confortável, mas muitas vezes acabamos reféns 
de nossos próprios objetos de desejo. Um dos lugares que ostentam as consequências do 
consumo excessivo são os engarrafamentos. Diante do sonho do carro próprio, as pessoas 
preferem f icar presas em um engarrafamento do que andar de transporte público. 
Mas de quantas dessas coisas de fato precisamos e quantas não são apenas desperdícios 
de espaço, de dinheiro e de tempo? Por que compramos coisas que sabemos que não iremos 
usar? Para alguns estudiosos, a diferença entre o que precisamos e o que desejamos acaba 
se confundindo na cabeça do consumidor em meio à enxurrada de publicidade que 
recebemos todos os dias. Os objetos que compramos geralmente se encaixam em três 
categorias: a das necessidades, a dos desejos e a dos “necejos”, os objetos de desejo que, 
por imposição da publicidade, acabam se tornando uma necessidade. Tão necessários que 
as pessoas têm de lutar contra a corrente do marketing. 
Mas há uma tendência que se contrapõe a isso, a do minimalismo – também conhecido 
como “consumo mínimo” ou “simplicidade voluntária”. Por exemplo, alguns assumem o 
desafio de viver um ano com apenas 100 itens, incluindo roupas, livros, aparelhos 
eletrônicos, lembranças de família e objetos pessoais. Outros procuram ir ainda mais fundo, 
vivendo sem casa e com apenas 50 itens. Há quem pregue o desafio de f icar um ano sem 
comprar nada, vivendo na base de trocas e doações. 
O minimalismo não trata apenas da quantidade ou do valor dos itens que se encontram em 
nossas casas. Minimalismo é viver com o essencial, e cada pessoa decide o que é essencial 
para si. Então, por definição, o minimalismo sempre será algo subjetivo e indiv idual. Por 
exemplo, todo mundo que mora numa casa ou apartamento grande em uma área mais 
barata da cidade poderia, pelo mesmo valor, morar em um cubículo mais bem localizado. 
Essa é uma revolução minimalista: ter menos tralha e mais experiências. 
VELOSO, Larissa. Viver com menos. Revista Planeta. São Paulo: Três Editorial. n. 490, ago. 2013. Seção 
Comportamento. Adaptado. 
 
 
 
 
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No Texto, aparece a palavra empecilho, cuja graf ia da sílaba inicial normalmente provoca 
dúvidas que podem resultar em erros, devido ao modo como é produzida na oralidade. 
A respeito da graf ia da primeira sílaba, todas as palavras estão grafadas corretamente em: 
a) involver, incomodar, encarecer 
b) embaraçar, empedir, empurrar 
c) impossível, encaixado, impacotado 
d) empregado, empolgado, informado 
e) indescritível, empregnado, estorvar 
Gabarito: D 
 
 
32) CESGRANRIO - Ass Adm (EPE)/EPE/Apoio Administrativo/2014 
Coração e mente de uma cidade 
Toda grande cidade cultiva, entre seus prédios, ruas e muros, uma soma de aspirações e 
opiniões sobre a sua própria forma de se organizar. Embora muitas vezes imperceptíveis, 
elas apontam tendências do que serão os grandes centros no futuro. 
Para debater a dinâmica dos espaços urbanos, um projeto mergulhou dois anos no cotidiano 
das metrópoles Nova York, Berlim e Mumbai. Explorou a forma como lidam com sua 
arquitetura, arte, design, tecnologia, educação, sustentabilidade e disposição urbana. Dessa 
experiência, extraiu-se um raio X de uma cidade, uma lista de cem tendências e 
pensamentos,cuja conclusão é de que cada vez mais a população fará a diferença no futuro. 
São os próprios moradores que promoverão mudanças — e, para isso, precisam de canais 
mais diretos para interferirem nas decisões. Chamada de 100 trending topics, a lista traz 
tendências que podem soar utópicas ou abstratas, mas há também exemplos concretos, 
que já começam a se impor nas ligações entre população e governos. 
Nesse contexto, surge o conceito de “hackear” a cidade, transformar seu sistema por meio 
de ações informais dos cidadãos. O modelo seria uma contraposição às ditas “cidades 
inteligentes”, em que máquinas tomariam conta de todos os ambientes. Seria sim um 
urbanismo de “código aberto”, ou seja, em que qualquer um pode interferir, de forma 
constante, para mudar a estrutura da cidade. 
Para atingir esse objetivo, cada vez mais o design passa a ser pensado como uma 
ferramenta que promove a inclusão. Em uma população diversif icada como a do mundo de 
hoje, as cidades precisam garantir que ambientes e serviços permaneçam igualmente 
acessíveis a todos, independentemente da idade, cultura ou condição social. 
Outra ideia é o “departamento de escuta”, instituição utópica que tornaria o ato de reclamar 
muito mais prático e menos penoso: o governo ouviria nossos anseios com sinceridade e 
atenção. No lugar de um atendente estilo telemarketing, que, apenas com um script em 
mãos, muitas vezes nos frustra, estaria alguém preparado para nos responder no ato, sem 
parecer seguir um protocolo. 
Essas iniciativas demonstram que uma democracia pode ir muito além de um sistema 
eleitoral tradicional. É o que diversos grupos e associações no mundo inteiro têm tentado 
colocar em prática, estendendo as decisões da cidade a uma série de outras dimensões 
sociais. A ideia é fazer com que todos os ambientes de nossas vidas funcionem de forma 
democrática: trabalho, educação, serviços públicos e outros. A sociedade precisa escolher 
qual linha de metrô ela quer, qual praça precisa receber mais atenção, quais investimentos 
 
 
 
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devem ser prioritários. E esse processo se dá com novos fóruns locais, que estabeleçam 
canais de negociação com os moradores e as associações comerciais. 
Para intensif icar a democracia participativa na cidade, deve-se apostar na disseminação da 
informação, com dados menos gerais. Os indicadores precisam contemplar as diferentes 
realidades das comunidades, que poderiam ser vistas como microcidades. Também há 
necessidade de mais e melhores espaços e fóruns de discussão sobre as políticas públicas. 
E o mundo digital trouxe novas ferramentas para medir a informação produzida pelas 
cidades e transformá-la em fatos, f iguras e visualizações. A quantidade de dados coletados 
entre os primórdios da humanidade e 2003 equivale, atualmente, ao que se coleta a cada 
dois dias. Mas o volume maciço de dados por si só não torna uma cidade mais inteligente. 
É preciso criar mecanismos capazes de f iltrar esta riqueza de informação e torná-la acessível 
a todos. Com estimativas mais precisas e transparentes, há mais espaço para ações 
independentes. O desafio é integrar o f luxo de informação através de plataformas digitais 
abertas em que o cidadão possa inserir, pesquisar dados e cruzar informações que o ajudem 
a resolver problemas do cotidiano. Investigar a inteligência social das multidões é 
reconhecer suas individualidades para além de números e traduzir anseios em serviços. 
Assim, a webcidadania ganha força no mundo através de petições on-line, f inanciamentos 
colaborativos ou plataformas para acompanhar gastos públicos. 
TORRES, B. Jornal O Globo, Caderno Amanhã, p. 12-19. 12 nov. 2013. Adaptado. 
O grupo em que todas as palavras estão grafadas corretamente, de acordo com a norma-
padrão da Língua Portuguesa é 
a) admissão, climatização, repercussão, cooperação 
b) adaptação, reverção, presunção, transgressão 
c) invensão, obsessão, transmissão, omissão 
d) presunção, comissão, proteção, excessão 
e) detenção, captação, extenção, demolição 
Gabarito: A 
 
 
33) CESGRANRIO - Tec Jr (BR)/BR/Administração e Controle/2013 
Morar só por prazer 
O número de residências habitadas por uma única pessoa está aumentando velozmente no 
Brasil e no mundo. Morar sozinho é um luxo que tem pouco a ver com solidão e segue uma 
tendência generalizada em países desenvolvidos. Cada vez mais gente batalha para 
conquistar o seu espaço individual. 
Há quem diga que é coisa de eremita ou então puro egoísmo, típico da “era moderna”. 
Chega-se até a falar na “ruína da família” e no “f im do convívio em comunidade”. Entretanto, 
o crescimento no número de casas habitadas por uma só pessoa, no Brasil e no mundo, não 
signif ica necessariamente isso. 
O antropólogo carioca Gilberto Velho, estudioso dos fenômenos urbanos, faz questão de 
enfatizar que a cultura que desponta não é marcada pelo egoísmo, mas sim pelo 
individualismo. Embora os dois conceitos muitas vezes se confundam no linguajar informal, 
e até nos dicionários, para a f ilosof ia, o egoísmo é um julgamento de valor e o 
individualismo, uma doutrina baseada no indivíduo. 
De acordo com a psicanalista Junia de Vilhena, ter uma casa só para si é criar um espaço 
de individualidade, o que é muito saudável para o crescimento pessoal de cada um, seja 
homem, seja mulher, jovem ou adulto, solteiro, casado ou viúvo. “Em muitas famílias não 
 
 
 
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há espaço para o indivíduo. O sistema familiar pode abafar e sufocar. Não dá mais para 
idealizar o conceito de família. Acredito que o aumento dos lares unipessoais nos propõe 
uma ref lexão: que tipo de família queremos construir?” 
Junia lembra que nem sempre uma casa com dois ou vários moradores é um espaço de 
troca. Ser sociável, ou não, depende do jeito de ser das pessoas. Morar sozinho não define 
isso, embora possa reforçar características dos tímidos. Para os expansivos, ter um 
ambiente próprio de recolhimento propicia a tranquilidade que lhes permite recarregar as 
energias para viver o ritmo acelerado das grandes cidades. 
MESQUITA, Renata. Revista Planeta, ed. 477. São Paulo: Editora Três, junho de 2012. Adaptado. 
Todas as palavras estão corretamente escritas, de acordo com a norma-padrão da Língua 
Portuguesa, em 
a) analizar, pesquisar, anestesiar 
b) atrás, admissão, canção 
c) concurso, atravez, atenção 
d) promessa, progresso, apezar 
e) trânsito, atrazo, empresa 
Gabarito: B 
 
 
34) CESGRANRIO - Ass (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Administrativo I/2013 
Todas as palavras estão grafadas de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa em 
a) amizade, princeza, fusil 
b) asa, pezinho, pesquisador 
c) briza, portuguesa, repreza 
d) despesa, obzéquio, granizo 
e) fusível, felisardo, repouso 
Gabarito: B 
 
 
35) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Motorista Granel I/2013 
Texto 
Comer, celebrar, amar 
É em volta da mesa que mantemos acesos nossos laços sociais e afetivos ao festejar a 
refeição nossa de cada dia. A alimentação, mais que matar a fome, foi um movimento de 
construção da nossa sociabilidade. 
É bem verdade que, antes de qualquer coisa, comer é uma necessidade. Trata-se de um 
dos instintos mais básicos da humanidade esse de alimentar-se, nutrir-se. Sem comida, não 
sobreviveríamos. 
Entretanto, mal paramos para pensar na representatividade que uma simples refeição pode 
ter em nossa vida. Foi ao redor da mesa (ou da fogueira, voltando mais o botão da máquina 
do tempo) que nos constituímos seres humanos e seres sociais, capazes de sentar, interagir 
e celebrar com nossos semelhantes. 
 
 
 
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Mesmo que a princípio seja um ato para aplacar uma necessidade individual, comerse 
tornou uma atividade essencialmente coletiva para nós. Antes do advento do cozimento, 
partilhávamos o trabalho, homens na caça, mulheres a preparar o alimento. Após esse 
marco histórico, passamos a nos reunir em volta da fogueira ou da mesa — passou a valer 
a política do “um por todos, todos por um”. 
Fizemos de uma necessidade biológica — a fome — uma necessidade afetiva e social: reunir, 
confraternizar e estar perto das pessoas em função do alimento. 
TONON, Rafael. Comer, celebrar, amar. Vida simples. São Paulo: Abril, n. 117, Abr. 2012. p. 58-62. Adaptado. 
No trecho do texto “capazes de sentar, interagir e celebrar com nossos semelhantes.”, o 
verbo destacado dá origem ao substantivo derivado celebração, grafado com ç. 
Os dois verbos que formam substantivos derivados grafados com ç são 
a) combinar, nomear 
b) elaborar, agredir 
c) permitir, denominar 
d) progredir, coroar 
e) trair, compreender 
Gabarito: A 
 
 
36) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Carga e Descarga I/2013 
O par de palavras que está grafado corretamente é 
a) asúcar – xá 
b) bicicleta – juísa 
c) cabessa – confuzão 
d) competissão – ezemplo 
e) exame – lixo 
Gabarito: E 
 
 
37) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Carga e Descarga I/2013 
A palavra em destaque está escrita corretamente, respeitando o contexto em que se 
encontra, em: 
a) Para evitar acidentes, mantenha o boeiro fechado. 
b) O armazenamento de butano deve ser em local fresco. 
c) Aqui os carros dormem em pátio cuberto. 
d) O cumprimento da mangueira pode ser de 80 cm. 
e) Para fogões domésticos, use o butijão de 13 kg. 
Gabarito: B 
 
 
 
 
 
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38) CESGRANRIO - Of (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Produção I/2013 
Texto 
Sozinhos 
Esta ideia para um conto de terror é tão terrível que, logo depois de tê-la, me arrependi. 
Mas já estava tida, não adiantava mais. Você, leitor, no entanto, tem uma escolha. Pode 
parar aqui, e se poupar, ou ler até o f im e provavelmente nunca mais dormir. Vejo que 
decidiu continuar. Muito bem, vamos em frente. Talvez, posta no papel, a ideia perca um 
pouco do seu poder de susto. Mas não posso garantir nada. É assim: 
Um casal de velhos mora sozinho numa casa. Já criaram os f ilhos, os netos já estão grandes, 
só lhes resta implicar um com o outro. Retomam com novo fervor uma discussão antiga. 
Ela diz que ele ronca quando dorme, ele diz que é mentira. 
— Ronca. 
— Não ronco. 
— Ele diz que não ronca — comenta ela, impaciente, como se falasse com uma terceira 
pessoa. 
Mas não existe outra pessoa na casa. Os f ilhos raramente visitam. Os netos, nunca. A 
empregada vem de manhã, faz o almoço, deixa o jantar e sai cedo. Ficam os dois sozinhos. 
— Eu devia gravar os seus roncos, pra você se convencer — diz ela. E em seguida tem a 
ideia infeliz. 
— É o que eu vou fazer! Esta noite, quando você dormir, vou ligar o gravador e gravar os 
seus roncos. 
— Humrfm — diz o velho. 
Você, leitor, já deve estar sentindo o que vai acontecer. Pare de ler, leitor. Eu não posso 
parar de escrever. As ideias não podem ser desperdiçadas, mesmo que nos custem amigos, 
a vida ou o sono. Imagine se Shakespeare tivesse se horrorizado com suas próprias ideias 
e deixado de escrevê-las, por puro comedimento. Não que eu queira me comparar a 
Shakespeare. Shakespeare era bem mais magro. Tenho que exercer este of ício, esta 
danação. Você, no entanto, não é obrigado a me acompanhar, leitor. Vá passear, vá tomar 
um sol. Uma das maneiras de controlar a demência solta no mundo é deixar os escritores 
falando sozinhos, exercendo sozinhos a sua prof issão malsã, o seu vício solitário. Você ainda 
está lendo. Você é pior do que eu, leitor. Você tinha escolha. 
Sozinhos. Os velhos sozinhos na casa. Os dois vão para a cama. Quando o velho dorme, a 
velha liga o gravador. Mas em poucos minutos a velha também dorme. O gravador f ica 
ligado, gravando. Pouco depois a f ita acaba. 
Na manhã seguinte, certa do seu triunfo, a velha roda a f ita. Ouvem-se alguns minutos de 
silêncio. Depois, alguém roncando. 
— Rarrá! — diz a velha, feliz. 
Pouco depois, ouve-se o ronco de outra pessoa, a velha também ronca! 
— Rarrá! — diz o velho, vingativo. 
E em seguida, por cima do contraponto de roncos, ouve-se um sussurro. Uma voz 
sussurrando, leitor. Uma voz indefinida. Pode ser de homem, de mulher ou de criança. A 
princípio — por causa dos roncos — não se distingue o que ela diz. Mas aos poucos as 
palavras vão f icando claras. São duas vozes. É um diálogo sussurrado. 
 “Estão prontos?” 
“Não, acho que ainda não...” 
 
 
 
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 “Então vamos voltar amanhã...” 
 (VERISSIMO, L. F. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 33-35). 
 A palavra horrorizado tem a letra z na terminação izado. 
A palavra que apresenta corretamente o emprego da letra z é 
a) analizado 
b) civilizado 
c) improvizado 
d) pesquizado 
e) reprizado 
Gabarito: B 
 
 
 
39) CESGRANRIO - Ass (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Administrativo I/2013 
O verbo celebrar dá origem ao substantivo derivado celebração, grafado com ç. 
Os dois verbos que formam substantivos derivados grafados com ç são 
a) combinar, nomear 
b) elaborar, agredir 
c) permitir, denominar 
d) progredir, coroar 
e) trair, compreender 
Gabarito: A 
 
 
40) CESGRANRIO - Ana (CITEPE)/CITEPE/Comércio Exterior/2012 
Texto II 
Mais ritos 
Coluna recente, em que falei de certos rituais do cinema americano do passado, envelopes 
que se fechavam com uma simples lambida, cigarros soltos dentro dos bolsos, etc., 
despertou a memória de meu amigo Celso Arnaldo Araújo, companheiro de “Manchete” nos 
anos 70. Ele me lembrou de outras manias daqueles f ilmes. 
Por exemplo, quando as balas do revólver do bandido acabavam, este jogava o revólver 
fora. Qualquer cheque, mesmo de milhões de dólares, era preenchido e assinado 
perfunctoriamente, em menos de dois segundos. [...] 
As ligações telefônicas eram sempre interrompidas abruptamente, com a pessoa batendo o 
telefone no gancho — ninguém dizia um simples “tchau, tchau” ao f im da conversa, mesmo 
que não estivesse braba com o interlocutor. E, nos apartamentos, a campainha tocava, o 
herói ia abrir e a visita era sempre surpreendente — nunca se viu um porteiro ou interfone 
nos velhos f ilmes americanos. 
Eu acrescentaria aqueles fósforos que se acendiam ao ser riscados em qualquer lugar na 
parede, na sola do sapato e até na careca do coadjuvante. Em 1974, percorri meio EUA em 
busca dos tais fósforos, mas não os encontrei em lugar nenhum. 
 
 
 
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Assim como eu, Celso Arnaldo vê com divertida perplexidade esses ritos de Hollywood ou 
de Brasília, em que, por mais que um político pinte e borde, não bastam as provas mais 
contundentes para classif icá-lo como corrupto e justif icar sua defenestração. 
Como nos f ilmes, exige-se que se faça de conta que tudo aquilo é normal. 
CASTRO, Ruy. Mais ritos. Disponível em:< http://avaranda.blogspot.com/2009/08/ruy-castro_03.html>. Acesso em: 
13 out. 2011. Adaptado. 
O verbo acrescentar, destacado no trecho, abaixo, retirado do Texto II, apresenta um 
dígrafo (duas letras representando um único som) comum na língua: sc. 
 “Eu acrescentaria aqueles fósforos que se acendiam ao ser riscados em qualquer lugar 
na parede [...]” 
A seguinte palavra NÃO apresenta essa estrutura ortográf ica: 
a) di___iplina 
b) pi___ina 
c) displi___ência 
d) na___imento 
e) re___isão 
Gabarito: C 
 
 
41) CESGRANRIO - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Contabilidade/2012 
Texto I 
Indústria tem a maior queda desde abril 
A maior concorrência com os produtos importados e a desaceleração do consumo no 
mercadointerno f izeram a produção industrial recuar 2% em setembro ante agosto. Foi a 
maior queda desde abril, quando caíra 2,3%. Em relação ao mesmo mês de 2010, a 
produção industrial f icou 1,6% menor. O resultado veio abaixo das projeções de mercado, 
que esperavam baixas entre 0,6% e 1,5%. 
De acordo com o IBGE e economistas, a queda se intensif icou em setembro. No mês, 16 
dos 27 setores produziram menos. O destaque f icou no setor automotivo. Estoques em alta 
e vendas em baixa derrubaram a produção de carros e caminhões em 11% em relação a 
agosto. Segundo o gerente da pesquisa, a queda do setor automotivo foi o principal 
responsável pelo recuo de 5,5% entre os bens de capital (máquinas e equipamentos) e de 
2,9% entre os de consumo. 
A queda nas exportações de produtos em geral, fruto das incertezas nos países 
desenvolvidos, também contribuiu para esse quadro. Economistas também citaram a 
concorrência com os importados, que ganharam espaço com a queda do dólar. 
Com esse resultado, renomadas consultorias e bancos começam a revisar a projeção do 
Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Apesar de outubro já apresentar uma melhora, ainda 
há um esforço de redução de estoques por parte da indústria, pois se criou uma expectativa 
maior do que efetivamente aconteceu. 
ROSA, Bruno. Indústria tem a maior queda desde abril. O Globo, Rio de Janeiro, 02 nov. 2011, seção Economia, p. 24. 
Adaptado. 
No Texto I, aparecem substantivos grafados com ç que são derivados de verbos, 
como produção, redução, desaceleração, projeção. 
Os verbos a seguir formam substantivos com a mesma graf ia: 
 
 
 
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a) admitir, agredir, intuir 
b) discutir, emitir, aferir 
c) inquirir, imprimir, perseguir 
d) obstruir, intervir, conduzir 
e) reduzir, omitir, extinguir 
Gabarito: D 
 
 
42) CESGRANRIO - Alu-Pub (PROMINP)/PROMINP/Grupo A/2012 
Texto II 
Que calorão! 
O clima na Terra não é sempre igual e a temperatura aumenta e diminui de vez em quando. 
O grande problema é que nem sempre isso acontece naturalmente. Atualmente os cientistas 
estão muito preocupados porque acham que a ação do homem está fazendo o planeta f icar 
mais quente. 
A causa disso pode ser o efeito estufa. Para entender esse fenômeno, imagine uma estufa 
daquelas em que se cultivam plantas. Lá dentro faz bastante calor. Com a Terra é a mesma 
coisa, mas, em vez de vidros, há gases na atmosfera que conservam o calor. A energia solar 
passa por eles e aquece a superf ície do planeta. Parte dessa energia, que seria ref letida 
para o espaço, acaba f icando na atmosfera, barrada pelos gases. 
Isso é normal e, se não existisse o efeito estufa, a temperatura do planeta hoje seria cerca 
de −76 o Celsius. 
Ninguém conseguiria viver em um lugar tão gelado e até os oceanos congelariam. Mas agora 
a quantidade de gases na atmosfera está aumentando e o calor também. 
Bichos em perigo 
O gás carbônico, por exemplo, sempre existiu, mas nunca em quantidade tão grande, pois 
é liberado com a queima de combustíveis como carvão, petróleo e gás natural, muito usados 
atualmente. Com isso a temperatura na Terra pode subir demais e esse aquecimento vai 
causar muitas mudanças em todo o planeta. [...] 
Alguns efeitos do aquecimento exagerado já foram percebidos. O derretimento acelerado 
do gelo nas regiões polares, por exemplo, está prejudicando a sobrevivência de vários 
animais, que não conseguem caçar ou encontrar alimentos. 
[...] alguns (cientistas) acreditam que mudanças no clima causaram a extinção de um sapo 
da Costa Rica. Para diminuir o problema é preciso usar outras fontes de energia, como o sol 
e o vento, que não emitem gases perigosos. 
Revista Recreio. São Paulo: Abril, ano 2, n. 59, 2001. 
A palavra cuja separação em sílabas está de acordo com as regras ortográf icas é 
a) Te – rra 
b) ci – en – ti – sta 
c) at – mos – fe – ra 
d) sup – er – f í – ci – e 
e) ba – rra – da 
Gabarito: C 
 
 
 
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43) CESGRANRIO - Almo (CITEPE)/CITEPE/2012 
TEXTO II 
O trabalho 
Tal como a chuva caída 
Fecunda a terra, no estio, 
Para fecundar a vida 
O trabalho se inventou. 
Feliz quem pode, orgulhoso, 
Dizer: “Nunca fui vadio: 
E, se hoje sou venturoso, 
Devo ao trabalho o que sou!” 
É preciso, desde a infância, 
Ir preparando o futuro; 
Para chegar à abundância, 
É preciso trabalhar. 
Não nasce a planta perfeita, 
Não nasce o fruto maduro; 
E, para ter a colheita, 
É preciso semear... 
Vocabulário: 
∙∙ Fecundar: fertilizar, desenvolver, conceber. 
∙∙ Estio: verão. 
∙∙ Semear: lançar sementes, tornar fértil. 
∙∙ Venturoso: feliz. 
BILAC, Olavo. Poesias Infantis. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1929. 
Estão grafadas corretamente todas as palavras do seguinte período: 
a) É preciso compreenssão com os trabalhadores afastados do mercado. 
b) Não é possível advinhar os bons frutos que o trabalho pode trazer. 
c) É necessário investirmos na qualif icação dos trabalhadores. 
d) Trabalhadores sem estímulo produzem pouquícimo. 
e) O trabalho é um elemento enobresedor na vida do homem. 
Gabarito: C 
 
 
44) CESGRANRIO - PTNM (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/Química do Petróleo/2012 
A frase em que todas as palavras estão corretamente grafadas é: 
a) A obra foi paralisada devido ao grande vazamento de água. 
 
 
 
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b) Quando o assunto é fome, é impossível banalizar a discução. 
c) A análise dos fatos levou a se considerar a excessão como regra. 
d) Ao canalisar o rio que passava na cidade, grandes enxentes aconteceram. 
e) Não foi possível utilisar a metodologia programada para a execussão do projeto. 
Gabarito: A 
 
 
45) CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração/2012 
Texto I 
O gigolô das palavras 
Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa 
mesma missão, designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o 
estudo da Gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. 
Suspeitei de saída que o tal professor lia esta coluna, se descabelava diariamente com suas 
afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar. Já 
estava até preparando, às pressas, minha defesa (“Culpa da revisão! Culpa da revisão!”). 
Mas os alunos desf izeram o equívoco antes que ele se criasse. Eles mesmos tinham 
escolhido os nomes a serem entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo 
errado? Não. Então vamos em frente. 
Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser 
julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para 
evitar os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de 
uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por 
exemplo: dizer “escrever claro” não é certo, mas é claro, certo? O importante é comunicar. 
(E quando possível surpreender, iluminar, divertir, mover… Mas aí entramos na área do 
talento, que também não tem nada a ver com Gramática.) A Gramática é o esqueleto da 
língua. [...] É o esqueleto que nos traz de pé, mas ele não informa nada, como a Gramática 
é a estrutura da língua, mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam 
entre si em Gramática pura. 
Claro que eu não disse isso tudo para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância 
com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo 
em Português. Mas – isso eu disse – vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão 
dispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. 
Sou um gigolô das palavras. Vivoàs suas custas. E tenho com elas exemplar conduta de 
um cáften prof issional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhec idas são 
perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas f lexões 
inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me 
deixo dominar por elas. [...] 
Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão 
inef iciente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. 
VERISSIMO, Luis Fernando. O gigolô das palavras. In: LUFT, Celso Pedro. Língua e liberdade: por uma nova concepção 
de língua materna e seu ensino. Porto Alegre: L&PM, 1985. p. 36. Adaptado. 
 
Texto II 
Aula de português 
A linguagem 
na ponta da língua, 
 
 
 
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tão fácil de falar 
e de entender. 
A linguagem 
na superf ície estrelada de letras, 
sabe lá o que ela quer dizer? 
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, 
e vai desmatando 
o amazonas de minha ignorância. 
Figuras de gramática, equipáticas, 
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. 
Já esqueci a língua em que comia, 
em que pedia para ir lá fora, 
em que levava e dava pontapé, 
a língua, breve língua entrecortada 
do namoro com a prima. 
O português são dois; o outro, mistério. 
ANDRADE, Carlos Drummond de. Aula de português. In: Reunião: 10 livros de poesia. Rio de Janeiro: José Olympio 
Editora, 1974. p. 81. 
De acordo com a ortograf ia da língua portuguesa, sabida e ensinada pelo professor do 
Texto II, a seguinte frase respeita “a linguagem / na superf ície estrelada de letras”: 
a) A última paralização ocorreu há cerca de dois anos. 
b) A última paralizassão ocorreu acerca de dois anos. 
c) A última paralização ocorreu a cerca de dois anos. 
d) A última paralisação ocorreu há cerca de dois anos. 
e) A última paralisação ocorreu a cerca de dois anos. 
Gabarito: D 
 
 
46) CESGRANRIO - PTNS (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/Químico de Petróleo/2012 
Ao escrever frases, que deveriam estar de acordo com a norma-padrão, um funcionário se 
equivocou constantemente na ortograf ia. 
Ele só NÃO se enganou em: 
a) O homem foi acusado de estuprar várias vítimas. 
b) A belesa da duquesa era realmente de se admirar. 
c) Porque o sapato deslisou na lama, a mulher foi ao chão. 
d) Sem exitar, as crianças correram para os brinquedos do parque. 
e) Sem maiores pretenções, o time venceu o jogo e se classif icou para a f inal. 
Gabarito: A 
 
 
47) CESGRANRIO - Eng (TERMOBAHIA)/TERMOBAHIA/Segurança/2012 
7 bilhões: expresso Terra lotado 
Um menino pobre nascido em outubro de 2011, na Índia, pode imprimir um novo marco na 
história, por ser o sétimo bilionésimo habitante do planeta. Todas as estatísticas convergem: 
o país tem o maior número de nascimentos no mundo – 27 milhões por ano – e a incidência 
 
 
 
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natural de nascimentos por sexo, na região, favorece os meninos. Em 2018, a Índia deterá 
o “inacreditável” título de país mais populoso do mundo, à frente da China. 
O expresso Terra está lotado, mas é preciso dar “mais um passinho à frente” para acomodar 
9 bilhões em 2030. Como vamos fazer isso? 
Todas as gerações tiveram o seu “profeta do apocalipse” demográfico. Porém a grande crise 
não chega, e a contagem aumenta, ano após ano, atualizando a pergunta recorrente: até 
quando? Não há limite? Quanta gente cabe no mundo? Afinal, há apenas 12 anos o planeta 
possuía 6 bilhões de habitantes. Há 100, em 1911, éramos somente 1,6 bilhão. 
Uma resposta à ansiedade pode ser “9 bilhões”. Segundo a ONU, a população mundial 
deverá estabilizar- se em torno de 2050, atingindo o equilíbrio entre nascimentos e mortes, 
com uma população entre 8 bilhões e 10,5 bilhões de habitantes - se não houver 
imprevistos. A melhor aposta é 9 bilhões, em 2045. Depois desse patamar, os números 
deverão começar a diminuir, uma vez que o crescimento já estagnou na maioria dos países 
em desenvolvimento. 
O problema será organizar 9 bilhões. Sete bilhões já dão trabalho. “É óbvio que, quanto 
mais gente existir, maiores serão os impactos ambientais e sociais”, diz o biólogo Paul 
Ehrlich, da Universidade Stanford, nos Estados Unidos. “Os 2 bilhões a mais até 2050 
gerarão muito mais dano ambiental do que os últimos 2 bilhões agregados, porque os 
padrões de consumo são mais intensivos”, ressalta. 
Mas o olhar pessimista também pode ser invertido, e o crescimento demográfico ser visto 
como sinal de prosperidade. A mortalidade infantil declina e a expectativa de vida aumenta 
na maior parte dos países. O esgoto, o saneamento e o tratamento da água corrigiram a 
incubação de pestes e doenças nas cidades, como tifo e cólera. A higiene e os antibióticos 
elevaram a expectativa de vida europeia de 35 anos, em 1800, para 77 anos, em 2010. 
Apesar da desigualdade do desenvolvimento tecnológico, depois da Segunda Guerra Mundial 
os antibióticos e a Revolução Verde ampliaram enormemente os poderes da medicina e da 
agricultura. A biotecnologia e os alimentos processados industrialmente tornaram os surtos 
de fome “nacionais” mais raros, mesmo ampliando o risco de epidemias, como a da vaca 
louca, em 1992. Além disso, o crescimento econômico vem aumentando a prosperidade dos 
países. 
Com tanto crescimento, a espaçonave Terra está cada vez mais pesada. Os cálculos indicam 
que o consumo global ultrapassou a capacidade de regeneração do planeta em 1987 e, se 
continuarmos no ritmo atual, a humanidade precisará de dois planetas. Para os 
ambientalistas, a demanda econômica está erodindo o solo, esgotando a água, poluindo a 
atmosfera e gerando montanhas de lixo cada vez maiores. A espécie humana talvez seja 
uma “praga” sobre a Terra. 
ARNT, Ricardo. 7 bilhões: expresso Terra lotado Revista Planeta. São Paulo: Editora Três. jun. 2011, ano 39, n. 465. 
p. 22-28. Adaptado. 
No trecho “Os cálculos indicam que o consumo global ultrapassou a capacidade 
de regeneração do planeta em 1987”, a palavra destacada é derivada do 
verbo regenerar. 
O grupo em que todos os verbos também formam substantivos derivados grafados com ç é 
a) ampliar, convergir, estagnar 
b) agredir, converter, diminuir 
c) declinar, imprimir, organizar 
d) continuar, estabilizar, poluir 
e) discutir, indicar, omitir 
Gabarito: D 
 
 
 
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48) CESGRANRIO - Alu-Pub (PROMINP)/PROMINP/Grupo B/2012 
A moça tecelã 
Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E 
logo sentava-se ao tear. 
Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os f ios 
estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte. 
Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira 
grossos f ios cinzentos do algodão mais felpudo. 
Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os 
pássaros, bastava a moça tecer com seus belos f ios dourados, para que o sol voltasse a 
acalmar a natureza. 
Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear 
para frente e para trás, a moça passava os seus dias. 
Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira 
vez pensou em como seria bom ter um marido ao lado. 
Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, 
começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos 
seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato 
engraxado. Estava justamente acabando de entremear o último f io do ponto dos sapatos, 
quando bateram à porta. 
Nem precisou abrir. O moço meteua mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi 
entrando em sua vida. 
E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em f ilhos, logo os 
esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas 
coisas todas que ele poderia lhe dar. 
— Uma casa melhor é necessária — disse para a mulher. 
Mas pronta a casa, já não lhe pareceu suficiente. 
— Para que ter casa, se podemos ter palácio? — perguntou o homem. 
Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos e portas, e pátios e escadas, 
e salas e poços. 
Af inal o palácio f icou pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear 
o mais alto quarto da mais alta torre. 
— É para que ninguém saiba do tapete — ele disse. 
Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos. 
E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio 
com todos os seus tesouros. E pela primeira vez pensou em como seria bom estar sozinha 
de novo. 
Só esperou anoitecer. Levantou-se, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear. 
Segurou a lançadeira ao contrário, começou a desfazer seu tecido. Desteceu os cavalos, as 
carruagens, as estrebarias, os jardins. E novamente se viu na sua casa pequena. 
A noite acabava quando o marido estranhando a cama dura, acordou, e, espantado, olhou 
em volta. 
Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus 
pés desaparecendo, sumindo as pernas. 
 
 
 
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Então, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os f ios, que a 
manhã repetiu na linha do horizonte. 
COLASANTI, Marina. Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento. Rio de Janeiro: Global Editora, 2000. p. 18. 
Adaptado. 
No trecho “a claridade da manhã desenhava o horizonte.”, nota-se a correta graf ia das 
palavras da nossa língua. 
Nas frases relacionadas a seguir, também ocorre esse respeito à norma ortográf ica, EXCETO 
em: 
a) Ela percebeu com muita claresa o egoísmo dele. 
b) Somente a riqueza importava a ele. 
c) O mais importante era sua franqueza. 
d) A estupidez prejudicou-lhe muito. 
e) Ele frisou que queria f icar rico. 
Gabarito: A 
 
 
49) CESGRANRIO - Alu-Pub (PROMINP)/PROMINP/Grupo A/2012 
Texto I 
Asa Branca 
Quando olhei a terra ardendo 
Qual a fogueira de São João 
Eu perguntei a Deus do céu, ai 
Por que tamanha judiação 
Que braseiro, que fornalha 
Nem um pé de plantação 
Por falta d’água perdi meu gado 
Morreu de sede meu alazão 
Até mesmo a asa branca 
Bateu asas do sertão 
Então eu disse, adeus, Rosinha 
Guarda contigo meu coração 
Hoje longe, muitas léguas 
Numa triste solidão 
Espero a chuva cair de novo 
Pra mim voltar pro meu sertão 
Quando o verde dos teus olhos 
Se espalhar na plantação 
Eu te asseguro não chore não, viu 
Que eu voltarei, viu, meu coração 
GONZAGA, Luiz; TEIXEIRA, Humberto. Asa Branca. Intérprete: Luiz Gonzaga. In: O canto jovem de Luiz 
Gonzaga [S.L.]: RCA, p.1971. Faixa 6. Adaptado. 
 
 
 
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Qual é o par em que a palavra apresenta o plural de forma adequada, segundo a norma-
padrão da língua? 
a) plantação / plantaçãos 
b) irmão / irmãs 
c) sertão / sertões 
d) cão / cões 
e) paixão / paixãos 
Gabarito: C 
 
 
50) CESGRANRIO - Mec Tex (CITEPE)/CITEPE/2011 
A SEDA 
A seda sempre trouxe consigo um certo ar de nobreza e até um certo folclore criado em 
torno da sua história. Conta-se que ela foi descoberta por uma imperatriz chinesa, que 
tomava uma xícara de chá sob uma amoreira, quando um casulo do bicho-da-seda caiu no 
seu chá. Ela, ao tentar puxar a ponta de f io do casulo, fez com que f ino f io de seda se 
desenrolasse, amolecido pela água quente do chá. Diz ainda a lenda que a imperatriz fez 
um f ino manto de seda para o imperador. 
A f ibra produzida pelo cultivo do bicho-da-seda é, sem dúvida, um dos mais nobres materiais 
têxteis que o homem já utilizou para a fabricação de f ios e tecidos. Seu brilho, aspecto e 
toque são próprios e exclusivos. 
A seda é muito conhecida por um brilho e toque únicos. Os seus f ilamentos são um dos mais 
f inos que conhecemos na natureza e, além disso, é uma f ibra bem resistente, absorve 
umidade e suor, o que a torna bastante adequada aos climas quentes e “meia estação” 
como temos no Brasil, mas a qualidade mais importante da seda é exatamente a imagem 
de nobreza que ela traz consigo desde a época de sua descoberta. 
Tais características f izeram com que a seda fosse um material extremamente desejado 
durante centenas de anos. Por muito tempo o oriente manteve em segredo a sua produção. 
Na Idade Média, os nobres chegaram a trocar um quilo de ouro por um quilo de seda. A 
seda então cruzava por terra caminhos intermináveis para ser comercializada, constituindo 
o que f icou conhecido pela “rota da seda”. 
FERREIRA, Robson. Disponível em: <http://www.fashionbubbles.com/ tecnologia-textil-e-da-confeccao/a-seda/>. 
Acesso em: 11 dez. 2010. (Fragmento) (Adaptado) 
Dentre os pares de palavras abaixo, aquele em que a segunda palavra é grafada com a 
mesma letra ou dígrafo destacada(o) na primeira é: 
a) nobreza – qui___ 
b) xícara – en___ente 
c) casulo – cateque___e 
d) bicho – fa___ina 
e) imagem – ___eito 
Gabarito: C 
 
 
 
 
 
 
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51) CESGRANRIO - Tec Cien (BASA)/BASA/Tecnologia da Informação/2021 
A frase em que a palavra ou expressão destacada respeita as regras ortográf icas e 
gramaticais da norma padrão é: 
a) As crianças querem estar aonde a fantasia está. 
b) Queremos saber por que a ideia de eternidade nos fascina. 
c) O gosto adocicado do chicle mau acaba e queremos outro. 
d) Nada como balas e chicletes durante uma seção de cinema. 
e) A ideia de viver para sempre persegue o homem a séculos. 
Gabarito: B 
 
 
52) CESGRANRIO - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração e Controle/2018 
No trecho “um dos principais desafios da humanidade atualmente é construir centros 
urbanos onde haja convivência sem discriminação”, o pronome relativo onde foi utilizado 
de acordo com as exigências da norma-padrão da língua portuguesa. 
Isso ocorre também em: 
a) É necessário garantir respeito à diversidade em todos os espaços onde haja necessidade 
de convívio social. 
b) Todas as questões onde a diversidade de modelos de cidades foi analisada mostraram a 
necessidade de atingir a sustentabilidade. 
c) O século XXI, de acordo com as propostas da ONU, utilizará modelos inovadores onde o 
planejamento dos espaços respeitará a diversidade. 
d) Os cientistas debatem ideias onde se evidencia que a cidade do futuro será inadequada 
à vida humana. 
e) Os países assinaram vários tratados para aprovarem propostas onde estejam detalhadas 
as características das cidades do futuro. 
Gabarito: A 
 
 
53) CESGRANRIO - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração e Controle/2018 
A palavra destacada está corretamente grafada de acordo com a norma-padrão da língua 
portuguesa em: 
a) A existência de indivíduos com suas diferentes culturas faz com que o mundo se torne 
muito complexo, mais essa convivência só se tornará possível se as diferenças forem 
respeitadas. 
b) A superlotação das cidades prejudica a qualidade de vida, mais a busca por melhores 
oportunidades mantém o processo de migração rural para os centros urbanos. 
c) A tecnologia nos torna muito dependentes porque precisamos dela em todos os 
momentos, mais ela tem proporcionado grandes conquistas para a humanidade. 
d) As novas tecnologias de comunicação têm contribuído para a vida das pessoas de forma 
decisiva, mais precisamente nas relações interpessoais de caráter virtual.43 
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e) As recentes discussões a respeito das desigualdades sociais revelam que ainda falta 
muito para serem eliminadas, mais é preciso enfrentar questões fundamentais. 
Gabarito: D 
 
 
54) CESGRANRIO - Aux Sau (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/2018 
A palavra ou a expressão destacada aparece corretamente grafada, de acordo com a norma-
padrão da língua portuguesa, em: 
a) A história da energia mostra porquê até a invenção da máquina a vapor a prática de 
cortar árvores não prejudicava tanto as f lorestas. 
b) A utilização dos combustíveis fósseis aumentou por quê a indústria automobilística vem 
colocando grande número de veículos circulando nas cidades. 
c) As pessoas deveriam saber os riscos de um apagão para conhecerem melhor o por 
quê da necessidade de economizar energia. 
d) Os tóxicos ambientais são substâncias prejudiciais por que causam danos aos seres 
vivos e ao meio ambiente. 
e) A energia está associada ao meio ambiente porque toda a sua produção é resultado 
da utilização das forças oferecidas pela natureza. 
Gabarito: E 
 
 
55) CESGRANRIO - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração e Controle/2018 
A palavra destacada está corretamente empregada de acordo com a norma-padrão da 
língua portuguesa em: 
a) As atletas olímpicas se esforçaram para conquistar os títulos cobiçados a poucos dias do 
encerramento do campeonato. 
b) Daqui há menos de dois anos, o Japão será o anfitrião dos Jogos Olímpicos e os 
preparativos estão adiantados. 
c) Os jogadores brasileiros de futebol estão há poucos meses de se dirigirem à Rússia para 
participar da Copa do Mundo. 
d) Os japoneses comemoravam, a alguns anos, a escolha de Tóquio como sede dos Jogos 
Olímpicos de 2020, derrotando Istambul e Madri. 
e) Um dos estádios onde serão realizados os Jogos Olímpicos está situado há apenas poucos 
quilômetros do centro da capital. 
Gabarito: A 
 
 
56) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Motorista Granel I/2018 
Água — a economia que faz sentido 
A água é um recurso f inito e não tão abundante quanto pode parecer; por isso deve ser 
economizada. Essa é uma noção que só começou a ser difundida nos últimos anos, à medida 
que os racionamentos se tornaram mais urgentes e necessários, até mesmo no Brasil, que 
é um dos países com maior quantidade de reservas hídricas — cerca de 15% do total da 
 
 
 
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água doce do planeta. Não é por acaso que cada vez mais pessoas e organizações estão se 
unindo em defesa de seu uso racional. Segundo os cientistas da Organização das Nações 
Unidas (ONU), no século 20 o uso da água cresceu duas vezes mais que a população. A 
situação é tão preocupante que existe quem preveja uma guerra mundial originada por 
disputas em torno do precioso líquido. 
Para não se chegar a esse ponto, a saída é poupar — e o esforço tem de ser coletivo. “São 
questões de comportamento que se encontram no centro da crise”, diz o relatório da ONU 
sobre água no mundo. A ideia de que sobra água se deve ao fato de que ela ocupa 70% da 
superf ície terrestre. Mas 97,5% desse total é constituído de água salgada. Dois terços do 
restante se encontram em forma de gelo, nas calotas polares e no topo de montanhas. Se 
considerarmos só o estoque de água doce renovável pelas chuvas, chegamos a 0,002% do 
total mundial. 
Mesmo a suposta fartura hídrica do Brasil é relativa. A região Nordeste, com 29% da 
população, conta com apenas 3% da água, enquanto o Norte, com 7% dos habitantes, tem 
68% dos recursos. Até na Amazônia, pela precária infraestrutura, há pessoas não atendidas 
pela rede de distribuição. Portanto, a questão muitas vezes não se resume à existência de 
água, mas às condições de acesso a um bem que deveria ser universal. 
Somados os dois problemas, resulta que 40% da população mundial não contam com 
abastecimento de qualidade. Cinco milhões de crianças morrem por ano de doenças 
relacionadas à escassez ou à contaminação da água. Sujeira é o que não falta: 2 milhões 
de toneladas de detritos são despejados em lagos, rios e mares no mundo todo dia, incluindo 
lixo químico, lixo industrial, dejetos humanos e resíduos de agrotóxicos. 
Revista Nova Escola. 01 jun. 2005. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/1065/agua-a-economia-
que--faz-sentido>. Acesso em: 18 mar. 2018. Adaptado. 
A palavra em destaque está grafada de acordo com as exigências da norma-padrão da 
língua portuguesa em: 
a) A população da região Nordeste está a alguns anos sofrendo devido aos efeitos da seca, 
que mata o gado e traz prejuízos às plantações. 
b) As reservas hídricas mundiais estão há beira do esgotamento devido ao desperdício dos 
usuários e das grandes indústrias. 
c) Daqui há cem anos, o nosso planeta poderá vivenciar uma escassez de água tão grande 
que gerará disputas pelos mananciais. 
d) Estamos a onze dias do início da Conferência da ONU sobre a Água, que discutirá 
soluções para uma distribuição mais equilibrada desse bem universal. 
e) Os cientistas anunciavam, a alguns anos, a possibilidade de esgotamento dos 
mananciais de água em determinadas regiões do mundo. 
Gabarito: D 
 
 
57) CESGRANRIO - Ass (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Administrativo I/2018 
Mobilidade e acessibilidade desafiam cidades 
A população do mundo chegou, em 2011, à marca of icial de 7 bilhões de pessoas. Desse 
total, parte cada vez maior vive nas cidades: em 2010, esse contingente superou os 50% 
dos habitantes do planeta, e até 2050 prevê-se que mais de dois terços da população 
mundial será urbana. 
 
 
 
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No Brasil, a população urbana já representa 84,4% do total, de acordo com o Censo 2010. 
É preciso, então, que questões de mobilidade e acessibilidade urbana passem a ser 
discutidas. 
No passado, a noção de mobilidade era estreitamente ligada ao automóvel. Hoje, como 
resultado, os moradores de grande maioria das cidades brasileiras lidam diariamente com 
congestionamentos insuportáveis, que causam enormes perdas. Isso, sem falar no alto 
índice de mortes em vias urbanas do país. Depreendemos daí que a dependência do 
automóvel como meio de transporte é um fator que impede a mobilidade urbana. 
É importante investir em infraestrutura pedestre, cicloviária e em sistemas mais ef icazes e 
adequados de ônibus. Ao mesmo tempo, podemos desenvolver cidades mais acessíveis, 
onde a maior parte dos serviços esteja próxima às moradias e haja opções de transporte 
não motorizado para nos locomovermos. 
BROADUS, V. Portal Mobilize Brasil. 16 jul. 2012. Disponível em: 
<http://www.mobilize.org.br/noticias/2419/mobilidade-acessibilidade- e-deficiencias-fisicas.html>. Acesso em: 9 jul. 
2018. Adaptado. 
Glossário: 
Mobilidade urbana – É a facilidade de locomoção das entre as diferentes zonas de uma 
cidade. 
Acessibilidade urbana – É a garantia de condições às pessoas portadoras de deficiência 
ou com mobilidade reduzida, 
A palavra destacada está grafada de acordo com as exigências da norma-padrão da língua 
portuguesa em: 
a) As cidades mais populosas têm estimulado, há alguns anos, novos hábitos de vida para 
melhorar a mobilidade. 
b) O aumento do número de carros, verif icado a algum tempo, tem causado grandes 
transtornos às populações urbanas. 
c) O conceito das pessoas sobre conforto, bem-estar e sustentabilidade vai modif icar-se 
daqui há algumas gerações. 
d) O debate sobre a questão da mobilidade urbana intensif ica- se há cada dia, mas ainda 
está muito longe de se esgotar. 
e) Os habitantes da periferia dos grandes centros estão a tempos esperando soluções para 
seus problemas de transporte. 
Gabarito: A 
 
 
58) CESGRANRIO - Moto (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Caminhão Granel I/2018 
O termo destacado está grafadode acordo com as exigências da norma-padrão da língua 
portuguesa em: 
a) O estagiário foi mal treinado, por isso não desempenhava satisfatoriamente as tarefas 
solicitadas pelos seus superiores. 
b) O time não jogou mau no último campeonato, apesar de enfrentar alguns problemas 
com jogadores descontrolados. 
c) O menino não era mal aluno, somente tinha dif iculdade em assimilar conceitos mais 
complexos sobre os temas expostos. 
 
 
 
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d) Os funcionários perceberam que o chefe estava de mal humor porque tinha sofrido um 
acidente de carro na véspera. 
e) Os participantes compreendiam mau o que estava sendo discutido, por isso não 
conseguiam formular perguntas. 
Gabarito: A 
 
 
59) CESGRANRIO - Cond (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/Mecãnico/2018 
A palavra ou a expressão destacada aparece grafada de acordo com a norma-padrão da 
Língua Portuguesa em: 
a) O aquecimento global pode afetar a sobrevivência da população em muitas regiões por 
que água e comida já se mostram escassas. 
b) O Dia Mundial do Meio Ambiente serve para nos lembrar o por quê de todos terem de 
contribuir para a preservação da natureza. 
c) O principal tema discutido entre governos e organizações é a globalização, por que afeta 
a vida dos indivíduos. 
d) Os especialistas defendem que o clima na Terra tem passado por ciclos de mudanças 
mas divergem sobre o porquê desse fato. 
e) Os cientistas têm estudado o porque de as emissões de gases poluentes na atmosfera 
estarem relacionadas às mudanças climáticas 
Gabarito: D 
 
 
60) CESGRANRIO - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Segurança/2017 
Energia eólica na história da Humanidade 
Energia, derivada de energeia, que em grego signif ica “em ação”, é a propriedade de um 
sistema que lhe permite existir, ou seja, realizar “trabalho” (em Física). Energia é vida, é 
movimento — sem a sua presença o mundo seria inerte. Saber usar e administrar sua 
produção por meio de diferentes fontes de energia é fundamental. 
Desde o início da vida em sociedade, as fontes de energia de que o homem precisa devem 
ser geradas continuamente, ou armazenadas para serem consumidas nos momentos de 
necessidade. A utilização de diversas formas de energia possibilita ao homem cozinhar seu 
alimento, fornecer combustível aos seus sistemas de transporte, aquecer ou refrigerar suas 
residências e movimentar suas indústrias. 
Existem fontes de energia alternativas que, adequadamente utilizadas, podem substituir os 
combustíveis fósseis em alguns de seus usos, reservando-os para aquelas situações em que 
a substituição ainda não é possível. A energia eólica é uma delas. 
A energia eólica é a energia gerada pela força do vento, ou seja, é a força capaz de 
transformar a energia do vento em energia aproveitável. É captada através de estruturas 
como: aerogeradores, que possibilitam a produção de eletricidade; moinhos de vento, com 
o objetivo de produzir energia mecânica que pode ser usada na moagem de grãos e na 
fabricação de farinha; e velas, já que a força do ar em movimento é útil para impulsionar 
embarcações. 
 
 
 
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A mais antiga forma de utilização da energia eólica foi o transporte marítimo. Naus e 
caravelas movidas pelo vento possibilitaram empreender grandes viagens, por longas 
distâncias, levando a importantíssimas descobertas. 
Atualmente, o desenvolvimento tecnológico descobriu outras formas de uso para a força 
eólica. A mais conhecida e explorada está voltada para a geração de força elétrica. Isso é 
possível por meio de aerogeradores, geradores elétricos associados ao eixo de cata-ventos 
que convertem a força cinética contida no vento em energia elétrica. A quantidade de 
energia produzida vai depender de alguns fatores, entre eles a velocidade do vento no local 
e a capacidade do sistema montado. 
A criação de usinas para captação da energia eólica possui determinadas vantagens. O 
impacto negativo causado pelas grandes turbinas é mínimo quando comparado aos 
causados pelas grandes indústrias, mineradoras de carvão, hidrelétricas, etc. Esse baixo 
impacto ocorre porque usinas eólicas não promovem queima de combustível, nem geram 
dejetos que poluem o ar, o solo ou a água, além de promoverem maior geração de empregos 
em regiões desfavorecidas. É uma fonte de energia válida economicamente pois é mais 
barata. 
A energia eólica é uma fonte de energia que não polui e é renovável, mas que, apesar disso, 
causa alguns impactos no ambiente. Isso acontece devido aos parques eólicos ocuparem 
grandes extensões, com imensos aerogeradores instalados. Essas interferências no 
ambiente são vistas, muitas vezes, como desvantagens da energia eólica. Assim, citam-se 
as seguintes desvantagens: a vasta extensão de terra ocupada pelos parques eólicos; o 
impacto sonoro provocado pelos ruídos emitidos pelas turbinas em um parque eólico; o 
impacto visual causado pelas imensas hélices que provocam certas sombras e ref lexos 
desagradáveis em áreas residenciais; o impacto sobre a fauna, provocando grande 
mortandade de aves que batem em suas turbinas por não conseguirem visualizar as pás em 
movimento; e a interferência na radiação eletromagnética, atrapalhando o funcionamento 
de receptores e transmissores de ondas de rádio, TV e micro-ondas. 
Esse tipo de energia já é uma realidade no Brasil. Nosso país já conta com diversos parques 
e usinas. A tendência é que essa tecnologia de geração de energia cresça cada vez mais, 
com a presença de diversos parques eólicos espalhados pelo Brasil. 
Disponível em: <http://www.fontesdeenergia.com/tipos/renovaveis/energia-eolica/>. Acesso em: 5 ago. 2017. 
Adaptado. 
A palavra ou a expressão destacada aparece corretamente grafada, de acordo com a norma-
padrão da língua portuguesa, em: 
a) O preço dos combustíveis vem aumentando, mas a indústria automobilística desconhece 
o porque do crescimento da frota veicular nas cidades. 
b) Os poluentes derivados dos combustíveis fósseis são substâncias prejudiciais por 
que causam danos aos seres vivos e ao meio ambiente. 
c) Os cidadãos deveriam saber os riscos de um apagão para conhecerem melhor 
o porquê da necessidade de economizar energia. 
d) A fabricação de veículos movidos a combustão explica por quê aumentou 
signif icativamente a poluição nas grandes cidades. 
e) Seria impossível falar de energia sem associar o meio ambiente ao tema, porquê toda 
a energia produzida é resultado da utilização das forças oferecidas pela natureza. 
Gabarito: C 
 
 
 
 
 
 
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61) CESGRANRIO - Ag PT (IBGE)/IBGE/2016 
Feliz por nada 
Geralmente, quando uma pessoa exclama “Estou tão feliz!”, é porque engatou um novo 
amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que 
precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade 
dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir 
feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada. 
Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém o elogiou. Feliz porque existe uma 
perspectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém 
hoje. Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais 
acolhedor do que sua cama. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por 
muito. 
Feliz por nada, nada mesmo? Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. 
Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as 
chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e 
não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliztambém. Não 
estando “realizado”, também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma. 
Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é 
f icar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é 
que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo. 
Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem 
cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem 
sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que 
podem. 
Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da 
patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre. 
Adequação à sociedade e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a 
energia de uma usina. Para que se consumir tanto? 
A vida não é um questionário. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas 
qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se 
autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado 
e que muda de opinião sem a menor culpa. 
Ser feliz por nada talvez seja isso. 
MEDEIROS, Martha. Feliz por nada. Porto Alegre: L&PM, jul. 2011. 
No trecho do Texto “Há sempre um porquê.”, a palavra destacada está grafada de acordo 
com a norma-padrão da língua portuguesa. 
A palavra ou a expressão destacada aparece corretamente grafada em: 
a) É dif ícil entender o porquê de não serem implementadas políticas mais ef icientes para 
evitar a degradação de nossos principais biomas. 
b) Programas de proteção ambiental têm tentado reduzir a pobreza das populações das 
f lorestas por quê é uma forma de evitar o desmatamento. 
c) Por quê tantas pessoas são infelizes e reclamam que não conseguem atingir seus 
objetivos na vida? 
d) As pressões sociais impedem que as pessoas alcancem a felicidade porquê impõem 
valores que podem não combinar com as aspirações próprias. 
e) As pessoas devem procurar viver de uma forma mais relaxada de modo a conhecerem 
melhor o por quê de suas atitudes. 
Gabarito: A 
 
 
 
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62) CESGRANRIO - Ag PM (IBGE)/IBGE/2016 
Texto 
Feliz por nada 
Geralmente, quando uma pessoa exclama “Estou tão feliz!”, é porque engatou um novo 
amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que 
precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade 
dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir 
feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada. 
Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém o elogiou. Feliz porque existe uma 
perspectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém hoje. 
Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor 
do que sua cama. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito. 
Feliz por nada, nada mesmo? Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. 
Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as 
chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e 
não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não 
estando “realizado”, também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma. 
Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é 
f icar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é 
que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo. 
Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem 
cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem 
sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que 
podem. 
Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da 
patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre. 
Adequação à sociedade e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a 
energia de uma usina. Para que se consumir tanto? 
A vida não é um questionário. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas 
qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se 
autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado 
e que muda de opinião sem a menor culpa. 
Ser feliz por nada talvez seja isso. 
MEDEIROS, Martha. Feliz por nada. Porto Alegre: L&PM, jul. 2011. 
No trecho do Texto “Há sempre um porquê.”, a palavra destacada está grafada de acordo 
com a norma-padrão da língua portuguesa. 
A palavra ou a expressão destacada aparece corretamente grafada em: 
a) As pessoas devem procurar viver de uma forma mais relaxada de modo a conhecerem 
melhor o por quê de suas atitudes. 
b) É dif ícil entender o porquê de não serem implementadas políticas mais ef icientes para 
evitar a degradação de nossos principais biomas. 
c) As pressões sociais impedem que as pessoas alcancem a felicidade porquê impõem 
valores que podem não combinar com as aspirações próprias. 
d) Programas de proteção ambiental têm tentado reduzir a pobreza das populações das 
f lorestas por quê é uma forma de evitar o desmatamento. 
e) Por quê tantas pessoas são infelizes e reclamam que não conseguem atingir seus 
objetivos na vida? 
Gabarito: B 
 
juju_
Lápis
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Lápis
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63) CESGRANRIO - Tec Ban (BASA)/BASA/2015 
Texto I 
Agricultura familiar 
O que é agricultura familiar? 
A agricultura familiar consiste em uma forma de organização social, cultural, econômica e 
ambiental, na qual são trabalhadas atividades agropecuárias e não agropecuárias de base 
familiar, desenvolvidas em estabelecimento rural ou em áreas comunitárias próximas, 
gerenciadas por uma família com predominância de mão de obra familiar e apresenta papel 
relevante para o desenvolvimento do País. 
 
Por que a agricultura familiar é importante? 
A agricultura familiar apresenta importante função para garantir a segurança alimentar; 
preserva os alimentos tradicionais, além de contribuir para uma alimentação balanceada, 
para a proteção da agrobiodiversidade e para o uso sustentável dos recursos naturais. 
No cenário nacional, a agricultura familiar responde por 38% do valor bruto da produção 
agropecuária e é responsável por mais de 70% dos alimentos que chegam à mesa dos 
brasileiros. 
Considerando-se o número de estabelecimentos rurais, a agricultura familiar consegue 
empregar três vezes mais do que a agricultura não familiar. 
Disponível em: <http://www.bancoamazonia.com.br/index.php/ agriculturaa-familiar>. Acesso em: 29 jul. 2015. 
Adaptado. 
A palavra ou expressão em destaque está grafada corretamente e de acordo com a norma-
padrão em: 
a) A agricultura familiar é importante por que preserva os alimentos tradicionais. 
b) A Agricultura Familiar é importante por quê? 
c) A Agricultura Familiar apresenta importante função porquê garante a segurança 
alimentar. 
d) O Texto I esclarece o motivo porque a Agricultura Familiar contribui para o uso 
sustentável dos recursos naturais. 
e) O Texto I expõe o porque de a Agricultura Familiar ser importante para o país. 
Gabarito: B 
 
 
64) CESGRANRIO - Eng Jr (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Mecânica/2015 
Daqui a vinte e cinco anos 
Perguntaram-me uma vez se eu saberia calcular o Brasil daqui a vinte e cinco anos. Nem 
daqui a vinte e cinco minutos, quanto mais vintee cinco anos. Mas a impressão-desejo é a 
de que num futuro não muito remoto talvez compreendamos que os movimentos caóticos 
atuais já eram os primeiros passos af inando-se e orquestrando-se para uma situação 
econômica mais digna de um homem, de uma mulher, de uma criança. E isso porque o povo 
já tem dado mostras de ter maior maturidade política do que a grande maioria dos políticos, 
e é quem um dia terminará liderando os líderes. Daqui a vinte e cinco anos o povo terá 
falado muito mais. 
 
juju_
Lápis
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Mas se não sei prever, posso pelo menos desejar. Posso intensamente desejar que o 
problema mais urgente se resolva: o da fome. Muitíssimo mais depressa, porém, do que 
em vinte e cinco anos, porque não há mais tempo de esperar: milhares de homens, 
mulheres e crianças são verdadeiros moribundos ambulantes que tecnicamente deviam 
estar internados em hospitais para subnutridos. Tal é a miséria, que se justif icaria ser 
decretado estado de prontidão, como diante de calamidade pública. Só que é pior: a fome 
é a nossa endemia, já está fazendo parte orgânica do corpo e da alma. E, na maioria das 
vezes, quando se descrevem as características f ísicas, morais e mentais de um brasileiro, 
não se nota que na verdade se estão descrevendo os sintomas f ísicos, morais e mentais da 
fome. Os líderes que tiverem como meta a solução econômica do problema da comida serão 
tão abençoados por nós como, em comparação, o mundo abençoará os que descobrirem a 
cura do câncer. 
LISPECTOR, C. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999. p. 33. 
No trecho “E isso porque o povo já tem dado mostras de ter maior maturidade política do 
que a grande maioria dos políticos”, verif ica-se a graf ia adequada da expressão destacada, 
uma vez que funciona como conjunção explicativa. A frase em que a expressão em destaque 
também está adequadamente empregada é 
a) Não se sabe por que a desigualdade social ainda existe. 
b) É comum não se compreender o por quê da fome no país. 
c) Por quê os políticos não se movimentam para acabar com a fome? 
d) O povo liderará os governantes por que tem maior maturidade política. 
e) A fome é uma doença, mas não se entende por que. 
Gabarito: A 
 
 
65) CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração/2014 
Aprendo porque amo 
Recordo a Adélia Prado: “Não quero faca nem queijo; quero é fome”. Se estou com fome e 
gosto de queijo, eu como queijo... Mas e se eu não gostar de queijo? Procuro outra coisa 
de que goste: banana, pão com manteiga, chocolate... Mas as coisas mudam de f igura se 
minha namorada for mineira, gostar de queijo e for da opinião que gostar de queijo é uma 
questão de caráter. Aí, por amor à minha namorada, eu trato de aprender a gostar de 
queijo. 
Lembro-me do f ilme “Assédio”, de Bernardo Bertolucci. A história se passa numa cidade do 
norte da Itália ou da Suíça. Um pianista vivia sozinho numa casa imensa que havia recebido 
como herança. Ele não conseguia cuidar da casa sozinho nem tinha dinheiro para pagar 
uma faxineira. Aí ele propôs uma troca: ofereceu moradia para quem se dispusesse a fazer 
os serviços de limpeza. 
Apresentou-se uma jovem negra, recém-vinda da África, estudante de medicina. Linda! A 
jovem fazia medicina ocidental com a cabeça, mas o seu coração estava na música da sua 
terra, os atabaques, o ritmo, a dança. Enquanto varria e limpava, sofria ouvindo o pianista 
tocando uma música horrível: Bach, Brahms, Debussy... Aconteceu que o pianista se 
apaixonou por ela. Mas ela não quis saber de namoro. Achou que se tratava de assédio 
sexual e despachou o pianista falando sobre o horror da música que ele tocava. 
O pobre pianista, humilhado, recolheu-se à sua desilusão, mas uma grande transformação 
aconteceu: ele começou a frequentar os lugares onde se tocava música africana. Até que 
aquela música diferente entrou no seu corpo e deslizou para os seus dedos. De repente, a 
 
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jovem de vassoura na mão começou a ouvir uma música diferente, música que mexia com 
o seu corpo e suas memórias... E foi assim que se iniciou uma estória de amor atravessado: 
ele, por causa do seu amor pela jovem, aprendendo a amar uma música de que nunca 
gostara, e a jovem, por causa do seu amor pela música africana, aprendendo a amar o 
pianista que não amara. Sabedoria da psicanálise: frequentemente, a gente aprende a 
gostar de queijo por meio do amor pela namorada que gosta de queijo... 
Isso me remete a uma inesquecível experiência infantil. Eu estava no primeiro ano do grupo. 
A professora era a dona Clotilde. Ela fazia o seguinte: sentava-se numa cadeira bem no 
meio da sala, num lugar onde todos a viam — acho que fazia de propósito, por maldade —
, desabotoava a blusa até o estômago, enfiava a mão dentro dela e puxava para fora um 
seio lindo, liso, branco, aquele mamilo atrevido... E nós, meninos, de boca aberta... Mas 
isso durava não mais que cinco segundos, porque ela logo pegava o nenezinho e o punha 
para mamar. E lá f icávamos nós, sentindo coisas estranhas que não entendíamos: o corpo 
sabe coisas que a cabeça não sabe. 
Terminada a aula, os meninos faziam f ila junto à dona Clotilde, pedindo para carregar sua 
pasta. Quem recebia a pasta era um felizardo, invejado. Como diz o velho ditado, “quem 
não tem seio carrega pasta”... Mas tem mais: o pai da dona Clotilde era dono de um 
botequim onde se vendia um doce chamado “mata-fome”, de que nunca gostei. Mas eu 
comprava um mata-fome e ia para casa comendo o mata-fome bem devagarzinho... 
Poeticamente, trata-se de uma metonímia: o “mata-fome” era o seio da dona Clotilde... 
Ridendo dicere severum: rindo, dizer as coisas sérias... Pois rindo estou dizendo que 
frequentemente se aprende uma coisa de que não se gosta por se gostar da pessoa que a 
ensina. E isso porque — lição da psicanálise e da poesia — o amor faz a magia de ligar 
coisas separadas, até mesmo contraditórias. Pois a gente não guarda e agrada uma coisa 
que pertenceu à pessoa amada? Mas a “coisa” não é a pessoa amada! “É sim!”, dizem 
poesia, psicanálise e magia: a “coisa” f icou contagiada com a aura da pessoa amada. 
 [...] 
A dona Clotilde nos dá a lição de pedagogia: quem deseja o seio, mas não pode prová-lo, 
realiza o seu amor poeticamente, por metonímia: carrega a pasta e come “mata-fome”... 
ALVES, R. O desejo de ensinar e a arte de aprender. São Paulo: Fundação Educar, 2007. p. 30. 
No trecho “lugares onde se tocava música africana.”, a colocação do pronome em destaque 
se justif ica pela mesma regra que determina sua colocação em: 
a) O aluno se sentiu inebriado ao ver o seio da professora. 
b) Os professores que se envolvem com o ensino devem ser respeitados. 
c) Recorrer-se ao amor é uma estratégia para garantir a aprendizagem. 
d) Muitos educadores lembram-se sempre de sua missão em sala de aula. 
e) O pianista se deve entregar de corpo e alma a sua arte. 
Gabarito: B 
 
 
66) CESGRANRIO - Eng Jr (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Elétrica/2014 
Sobre Marte, os drones e vidas humanas 
Na missão espacial mais ambiciosa dos últimos tempos, o robô Curiosity pousou 
recentemente no solo marciano, um ambiente inóspito para seres humanos. A imagem da 
conquista de um planeta longínquo por uma máquina reúne dois sonhos de f icção científ ica 
— a criação de robôs e a exploração espacial. O robô que pousou em Marte é apenas o 
 
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exemplo mais recente e eloquente de uma realidade que há tempos já saiu dos livros e 
f ilmes para entrar em nosso dia a dia. Há mais de8 milhões de robôs aqui mesmo na Terra, 
em atividades tão distintas quanto aspirar o pó da sala, auxiliar médicos em cirurgias 
delicadas, dirigir automóveis, vigiar as fronteiras e — em seu uso mais controverso — matar 
inimigos em conflitos armados. 
Na verdade, sem que o percebamos, os robôs começam a tomar conta de diferentes 
aspectos da nossa vida. Até que ponto devemos delegar a máquinas tarefas que 
consideramos essencialmente humanas ou mesmo a tomada de decisões que envolvem 
vidas e valores fundamentais? Qual o risco representado pelos drones, os aviões que, 
comandados à distância, conseguem exterminar o inimigo com elevado grau de precisão? 
Que tipo de aplicação essa nova realidade tem sobre a sociedade e sobre a visão que temos 
de humanidade? 
Tais questões representam um dos maiores desafios que deveremos enfrentar neste século. 
Seria um despropósito deixar de aproveitar as conquistas da robótica para aperfeiçoar 
atividades tão necessárias quanto a medicina, o policiamento ou mesmo a limpeza 
doméstica. Mas também seria ingênuo acreditar que máquinas ou robôs podem um dia nos 
substituir em decisões complexas, que envolvem menos um cálculo racional e mais emoções 
ou crenças. Para o futuro, prenunciam-se perguntas mais dif íceis, mais desafiadoras — e 
até ameaçadoras — do que aquelas relativas ao uso de drones. Perguntas cuja resposta 
nenhum robô poderá dar. 
GUROVITZ, Hélio. Revista Época, 13 ago. 2012, p. 8. Adaptado. 
A expressão em destaque está grafada de acordo com a norma-padrão da Língua 
Portuguesa em: 
a) A civilização maia e as grandes dinastias chinesas entraram em declínio por 
que sofreram efeitos de eventos climáticos. 
b) A humanidade precisa compreender a razão por que precisa evitar que os gases do 
efeito estufa aqueçam o planeta. 
c) Algumas civilizações antigas foram destruídas por quê eventos climáticos afetaram a 
produtividade agrícola. 
d) Os cientistas pesquisam as variações climáticas por que as consideram essenciais à 
previsão de desastres ambientais. 
e) Os resultados das pesquisas evidenciam o por quê do aumento do aquecimento global 
nas últimas décadas. 
Gabarito: B 
 
 
67) CESGRANRIO - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Manutenção/Mecânica/2014 
Árvores de araque 
— Você está vendo alguma coisa esquisita nessa paisagem? — perguntou o meu amigo Fred 
Meyer. Olhei em torno. Estávamos no jardim da residência da Embaixada do Brasil no 
Marrocos, onde ele vive — é o nosso embaixador no país —, cercados de tamareiras, 
palmeiras e outras árvores de diferentes tipos. Um casal de pavões se pavoneava pelo 
gramado, uma dezena de galinhas d’angola ciscava no chão, passarinhos iam e vinham. No 
terraço da casa ao lado, onde funciona a Embaixada da Rússia, havia um mar de parabólicas, 
que devem captar até os suspiros das autoridades locais. Lá longe, na distância, mais 
tamareiras e palmeiras espetadas contra um céu azul de doer. Tudo me parecia normal. 
 
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— Olha aquela palmeira alta lá na frente. Olhei. Era alta mesmo, a maior de todas. Tinha 
um ninho de cegonhas no alto. 
— Não é palmeira. É uma torre de celular disfarçada. 
Fiquei besta. Depois de conhecer sua real identidade, não havia mais como confundi-la com 
as demais; mas enquanto eu não soube o que era, não me chamara a atenção. Passei os 
vinte dias seguintes me divertindo em buscar antenas disfarçadas na paisagem. Fiz dezenas 
de fotos delas, e postei no Facebook, onde causaram sensação. A maioria dos meus amigos 
nunca tinha visto isso; outros já conheciam de longa data, e mencionaram até espécimes 
plantados no Brasil. Alguns, como Luísa Cortesão, velha amiga portuguesa que acompanho 
desde os tempos do Fotolog, têm posição radicalmente formada a seu respeito: odeiam. 
Parece que Portugal está cheio de falsas coníferas. [...] 
A moda das antenas disfarçadas em palmeiras começou em 1996, quando a primeira da 
espécie foi plantada em Cape Town, na África do Sul; mas a invenção é, como não podia 
deixar de ser, Made in USA. Lá, uma empresa sediada em Tucson, Arizona, chamada Larson 
Camouflage, projetou e desenvolveu a primeiríssima antena metida a árvore do mundo, um 
pinheiro que foi ao ar em 1992. A Larson já tinha experiência, se não no conceito, pelo 
menos no ramo: começou criando paisagens artif iciais e camuflagens para áreas e 
equipamentos de serviço. 
Hoje existem inúmeras empresas especializadas em disfarçar antenas de telecomunicações 
pelo mundo afora, e uma quantidade de disfarces diferentes. É um negócio próspero num 
mundo que quer, ao mesmo tempo, boa conexão e paisagem bonita, duas propostas mais 
ou menos incompatíveis. Os custos são elevados: um disfarce de palmeira para torre de 
telecomunicações pode sair por até US$ 150 mil, mas há fantasias para todos os bolsos, de 
silos e caixas d’água à la Velho Oeste a campanários, mastros, cruzes, cactos, esculturas. 
A Verizon se deu ao trabalho de construir uma casa cenográfica inteira numa zona 
residencial histórica em Arlington, Virgínia, para não ferir a paisagem com caixas de 
switches e cabos. A antena f icou plantada no quintal, pintada de verde na base e de azul 
no alto; mas no terreno em frente há um jardim sempre conservado no maior capricho e, 
volta e meia, entregadores desavisados deixam jornais e revistas na porta. A brincadeira 
custou cerca de US$ 1,5 milhão. A vizinhança, de início revoltada com a ideia de ter uma 
antena enfeiando a área, já se acostumou com a falsa residência, e até elogia a operadora 
pela boa manutenção do jardim. 
RONAI, C. O Globo, Economia, p. 33, 22 mar. 2014. Adaptado.Vocabulário: de araque - expressão idiomática que 
signifi ca “falso”. 
O período em que a(s) palavra(s) em destaque está(ão) usada(s) de acordo com a norma-
padrão é: 
a) Não sei porque as garças gostam de fazer ninhos no alto das árvores. 
b) Gostaria de verif icar por que você está falando isso. 
c) As crianças sempre nos perguntam o por quê das coisas. 
d) Tenho certeza se você vai. 
e) Percebi se alguém entrou na sala. 
Gabarito: B 
 
 
 
 
 
 
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68) CESGRANRIO - AC (IBGE)/IBGE/Geoprocessamento/2014 
Comércio ambulante: sob as franjas do sistema 
Definir uma política para a economia informal – ou mais especif icamente para o comércio 
ambulante – signif ica situá-la em contextos de desigualdade, entendendo de que maneira 
ela se relaciona com a economia formal e de que forma ela é funcional para a manutenção 
dos monopólios de poder político e econômico. Dependendo do contexto, o poder público 
formula políticas considerando o caráter provisório do trabalho informal, justif icando 
políticas de formalização com a crença de uma possível “erradicação” da informalidade. 
Desse ponto de vista, a falta de um plano municipal para o comércio ambulante nas grandes 
cidades é emblemática. Trata-se de um sinal que aponta que o comércio ambulante é visto 
como política compensatória, reservada a alguns grupos com dif iculdades de entrada no 
mercado de trabalho, como deficientes f ísicos, idosos e, em alguns países, veteranos de 
guerra. Entretanto, a realidade do comércio ambulante em São Paulo mostra que essa 
atividade é uma alternativa consolidada para uma parcela importante dos ocupados que não 
se enquadram em nenhuma das três categorias acima. [...] 
Há políticas que reconhecem a informalidade como exceção permanente do capitalismo e 
que acreditam que somente podem “gerenciá-la” ou “domesticá-la” se determinada 
atividade não gerar conflitos e disputas entre setores da sociedade. Nessa concepção, 
“gerenciar” a informalidade signif ica tolerá-la, limitando-a arbitrariamente a um número 
ínf imo de pessoas que podem trabalharde forma legalizada, deixando um grande 
contingente de trabalhadores à mercê da falta de planejamento e vulnerável à corrupção e 
à violência. Esse perf il de “gestão da exceção” delimita a inclusão de poucos e se omite no 
planejamento para muitos. No caso de São Paulo, o número de licenças de trabalho 
vigentes, por exemplo, corresponde no ano de 2013 a apenas 2,5% do contingente total de 
trabalhadores ambulantes. Em Nova York, apesar de toda a gestão militarizada e 
excludente, o percentual é de 20%. 
Dentro desse raciocínio, “domesticar” a informalidade signif ica destinar ao comércio 
ambulante apenas alguns espaços na cidade, mas somente os que não confrontem a lógica 
de reprodução do capital e, consequentemente, a imagem que se quer manter dos espaços 
em valorização imobiliária. Não só trabalhadores ambulantes, como catadores de material 
reciclável, moradores de habitações precárias e população em situação de rua são obrigados 
a ocupar espaços distantes dos vetores de reconfiguração urbana e dos megaeventos 
corporativos e midiáticos. A “demarcação” de terras onde eles podem estar, trabalhar ou 
circular passa a ser não uma política af irmativa do direito à cidade, mas do deslocamento 
dessa população para longe das vistas do “progresso” e do “moderno”. [...] 
Em resumo, a ausência de políticas de inclusão é em si uma política. Em algumas das 
grandes cidades brasileiras, as leis que regulam o comércio ambulante apenas 
aparentemente servem para incluir, quando, na verdade, são instrumentos de exclusão dos 
trabalhadores das ruas. 
ALCÂNTARA, A.; SAMPAIO, G.; ITIKAWA, L. Comércio ambulante: sob as franjas do sistema. Disponível em: 
<http://www.cartacapital. com.br/sociedade/sob-as-franjas-do-sistema-o-comercio-ambulante-nas-grandes-cidades-
325.html>. Acesso em: 26 dez. 2013. Adaptado. 
De acordo com a norma-padrão, o pronome onde em “A demarcação de terras onde eles 
podem estar” poderá ser substituído pela palavra aonde, se o verbo estar for substituído 
por 
a) f icar 
b) chegar 
c) trabalhar 
d) abrigar-se 
e) estabelecer-se 
Gabarito: B 
 
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69) CESGRANRIO - Ag PM (IBGE)/IBGE/2014 
Desinteresse de jovens por carros preocupa montadora 
Um recente estudo informa que os jovens mudaram de atitude em relação à questão da 
mobilidade urbana. A geração entre 18 e 24 anos está-se importando mais com os outros 
e com o mundo em que vive, superando antigos valores e necessidades de consumo que já 
não os convencem e, muito menos, os satisfazem. 
Há poucas décadas, o carro representava, para muitas gerações, o ideal de liberdade. Hoje, 
com ruas congestionadas, doenças respiratórias, atropelamentos e falta de espaço para as 
pessoas nas cidades, os jovens se deram conta de que isso não tem nada a ver com ser 
livre, e passaram a valorizar meios de transporte mais limpos e acessíveis, como bicicleta, 
ônibus e trajetos a pé. Além do mais, hoje Facebook, Twitter, Orkut e mensagens de texto 
permitem que os adolescentes e jovens de 20 e poucos anos se conectem sem rodas. 
Para entender esse movimento, o artigo conta que uma das principais montadoras de 
automóvel do mundo, para reconquistar prestígio com o pessoal de 20 e poucos anos, 
pretende desenvolver estratégias focadas no público jovem. Porém, a situação não parece 
ser reversível. Em uma pesquisa realizada com 3 mil consumidores nascidos entre 1981 e 
2000 – geração chamada de ‘millennials’ – sobre suas 31 marcas preferidas, nenhuma 
marca de carro f icou entre as top 10, f icando bem abaixo de empresas de internet. Além 
disso, 46% dos motoristas de 18 a 24 anos declararam que preferem acesso à internet a 
ter um carro. Assim, f ica bem mais dif ícil acreditar que a liberdade dependa de uma caixa 
metálica que desagrega e polui nossas cidades. 
Esse é o desejo dos jovens que também já mudaram e, agora, estão sonhando, mas de 
olhos bem abertos, para cuidar do mundo em que vivem. 
CAVALCANTI, M. Portal Mobilize Brasil. Associação Abaporu. Disponível em: 
<http://www.mobilize.org.br/noticias/1838/desinteresse- dos-jovens-por-carros-preocupa-montadora.html?print=s>. 
9 abr. 2012. Acesso em: 27 dez. 2013. Adaptado. 
A palavra em destaque está grafada de acordo com a norma- padrão, EXCETO em: 
a) Os carros vêm poluindo as cidades a muito tempo. 
b) Os ambientalistas procuram há décadas uma solução definitiva. 
c) O desinteresse pelos automóveis passou a despertar a atenção dos estudiosos. 
d) Nas cidades planejadas, as zonas residenciais devem ficar a dez km do centro comercial. 
e) Em alguns países, há excesso de veículos nas ruas. 
Gabarito: A 
 
 
70) CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Engenharia Ambiental/2014 
O futuro transumano 
Um mundo habitado por seres com habilidades sobre-humanas parece f icção científ ica, mas 
essa poderia ser a visão que nossos antepassados longínquos teriam de nós. Vive-se mais 
e com melhor qualidade que eles; cruzam-se grandes distâncias em poucas horas e 
estabelece-se comunicação instantânea com pessoas do outro lado do planeta, só para citar 
alguns exemplos que deixariam nossos tataravós boquiabertos. O que esperar então dos 
humanos do futuro? 
Uma das tendências, segundo especialistas, é a integração da tecnologia a nossos corpos – 
uma espécie de hibridização. Seguindo o movimento que ocorreu ao longo do século 20, de 
miniaturização dos artefatos tecnológicos, estes f icariam tão pequenos a ponto de serem 
incorporados a nosso organismo e conectados a nosso sistema nervoso. Com o avanço dessa 
hibridização, haveria uma escala de radicalidade na adoção da tecnologia, com alguns 
 
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indivíduos optando por todas as modif icações possíveis, e outros sendo mais contidos. Em 
um horizonte mais distante, nos questionaríamos sobre qual é o limite entre o natural e o 
artif icial. 
É provável que o leitor já tenha usado algum tipo de melhoramento das capacidades 
cognitivas, ou seja, das habilidades de adquirir, processar, armazenar e recuperar 
informação. Se já tomou café para se manter acordado, usou o estimulante cafeína, 
presente na bebida, para melhorar seu estado de alerta. Isso não parece particularmente 
controverso, assim como não é o emprego de técnicas mnemônicas para facilitar a 
memorização de uma determinada informação. Nos últimos anos, porém, novas 
modalidades de melhoramento cognitivo surgiram, como o consumo de drogas que não se 
desenvolveram para esse objetivo. 
Um dos principais problemas éticos associados a esse tipo de melhoramento é que ele 
ampliaria a desigualdade social, criando uma elite superinteligente, rica e poderosa, além 
de polarizar a sociedade entre os mais e os menos aptos. Entretanto, segundo estudiosos, 
a tendência é que melhoramentos se tornem mais baratos com o tempo, sendo acessíveis 
para todos. Se as pessoas puderem escolher quais melhoramentos adquirir, é pouco 
provável que se formem apenas dois grupos sociais distintos, sendo mais factível que haja 
um contínuo de indivíduos modif icados. 
O melhoramento f ísico e cognitivo dos humanos por meio de novas tecnologias é a principal 
bandeira do transumanismo. Esse movimento defende que a forma atual do ser humano 
não representa o f im do nosso desenvolvimento, mas sim uma fase relativamente precoce. 
Assim como usamos métodos racionais para melhorar as condições sociais e o mundo 
externo, podemos utilizar essa mesma abordagem no nosso organismo, sem 
necessariamente nos limitarmos a meios tradicionais, como educação e desenvolvimento 
cultural. 
Já os opositores dos transumanistas, chamados de bioconservadores, alertam sobre os 
vários problemas que tecnologias de melhoramento criarão para a sociedade, como a já 
citada polarização e oaumento da desigualdade social. 
Além do melhoramento f ísico e cognitivo da humanidade, alguns transumanistas defendem 
a eliminação do sofrimento, tanto f ísico quanto emocional. Sua intenção é eliminar males 
como depressão e síndrome do estresse pós-traumático, para promover a saúde mental e 
a felicidade. Apesar de ser um objetivo aparentemente nobre, esse tipo de alteração, mais 
do que melhoramentos f ísicos, parece tocar na nossa essência, naquilo que consideramos o 
cerne da humanidade. Uma questão central nessa discussão é o que é ser humano. 
FURTADO, F. O futuro transumano. Revista Ciência Hoje, n. 307, v. 52, set. 2013. Rio de Janeiro: Instituto Ciência 
Hoje. p. 18-23. Adaptado 
A expressão em destaque está grafada de acordo com a norma-padrão da Língua 
Portuguesa em: 
a) A internet, tal como a conhecemos, aberta, livre e democrática, é um fenômeno sem 
igual porquê é incontrolável. 
b) As melhores universidades do mundo abrem as portas da excelência porque oferecem 
na rede cursos inteiros de graça. 
c) Os professores que pesquisam os cursos a distância explicaram o por quê do sucesso 
atual da educação via internet. 
d) Os cursos na internet começam a ter peso fora do mundo virtual por que várias 
instituições começaram a aceitar créditos conquistados on-line. 
e) Porque a revolução da educação on-line de alto nível já se tornou, de fato, uma realidade 
em todo o mundo? 
Gabarito: B 
 
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71) CESGRANRIO - Eng Jr (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Civil/2013 
Texto 
Nascer no Cairo, ser fêmea de cupim 
Conhece o vocábulo escardinchar? Qual o feminino de cupim? Qual o antônimo de póstumo? 
Como se chama o natural do Cairo? 
O leitor que responder “não sei” a todas estas perguntas não passará provavelmente em 
nenhuma prova de Português de nenhum concurso of icial. Mas, se isso pode servir de algum 
consolo à sua ignorância, receberá um abraço de felicitações deste modesto cronis ta, seu 
semelhante e seu irmão. 
Porque a verdade é que eu também não sei. Você dirá, meu caro professor de Português, 
que eu não deveria confessar isso; que é uma vergonha para mim, que vivo de escrever, 
não conhecer o meu instrumento de trabalho, que é a língua. 
Concordo. Confesso que escrevo de palpite, como outras pessoas tocam piano de ouvido. 
De vez em quando um leitor culto se irrita comigo e me manda um recorte de crônica 
anotado, apontando erros de Português. Um deles chegou a me passar um telegrama, 
felicitando-me porque não encontrara, na minha crônica daquele dia, um só erro de 
Português; acrescentava que eu produzira uma “página de bom vernáculo, exemplar”. Tive 
vontade de responder: “Mera coincidência” — mas não o f iz para não entristecer o homem. 
Espero que uma velhice tranquila — no hospital ou na cadeia, com seus longos ócios — me 
permita um dia estudar com toda calma a nossa língua, e me penitenciar dos abusos que 
tenho praticado contra a sua pulcritude. (Sabem qual o superlativo de pulcro? Isto eu sei 
por acaso: pulquérrimo! Mas não é desanimador saber uma coisa dessas? Que me 
aconteceria se eu dissesse a uma bela dama: a senhora é pulquérrima? Eu poderia me 
queixar se o seu marido me descesse a mão?) 
Alguém já me escreveu também — que eu sou um escoteiro ao contrário. “Cada dia você 
parece que tem de praticar a sua má ação — contra a língua.” Mas acho que isso é exagero. 
Como também é exagero saber o que quer dizer escardinchar. Já estou mais perto dos 
cinquenta que dos quarenta; vivo de meu trabalho quase sempre honrado, gozo de boa 
saúde e estou até gordo demais, pensando em meter um regime no organismo — e nunca 
soube o que fosse escardinchar. Espero que nunca, na minha vida, tenha escardinchado 
ninguém; se o f iz, mereço desculpas, pois nunca tive essa intenção. 
Vários problemas e algumas mulheres já me tiraram o sono, mas não o feminino de cupim. 
Morrerei sem saber isso. E o pior é que não quero saber; nego-me terminantemente a saber, 
e, se o senhor é um desses cavalheiros que sabem qual é o feminino de cupim, tenha a 
bondade de não me cumprimentar. 
Por que exigir essas coisas dos candidatos aos nossos cargos públicos? Por que fazer do 
estudo da língua portuguesa uma série de alçapões e adivinhas, como essas histórias que 
uma pessoa conta para “pegar” as outras? O habitante do Cairo pode ser cairense, cairel, 
caireta, cairota ou cairiri — e a única utilidade de saber qual a palavra certa será para 
decifrar um problema de palavras cruzadas. Vocês não acham que nossos funcionários 
públicos já gastam uma parte excessiva do expediente matando palavras cruzadas 
da Última Hora ou lendo o horóscopo e as histórias em quadrinhos de O Globo? 
No fundo o que esse tipo de gramático deseja é tornar a língua portuguesa odiosa; não 
alguma coisa através da qual as pessoas se entendam, mas um instrumento de suplício e 
de opressão que ele, gramático, aplica sobre nós, os ignaros. 
Mas a mim é que não me escardincham assim, sem mais nem menos: não sou fêmea de 
cupim nem antônimo de póstumo nenhum; e sou cachoeirense, de Cachoeiro, 
honradamente — de Cachoeiro de Itapemirim! 
 
 
 
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BRAGA, Rubem. Nascer no Cairo, ser fêmea de cupim. In: Ai de Ti, Copacabana. 11. ed. Rio de Janeiro: Record, 
1993. p. 159-161. 
A palavra pois, empregada em “se o f iz, mereço desculpas, pois nunca tive essa intenção.”, 
pode ser substituída, respeitando a norma-padrão e mantendo-se o sentido original, pelo 
que se destaca em: 
a) Se o f iz, mereço desculpas, por que nunca tive essa intenção. 
b) Por que nunca tive essa intenção, se o f iz, mereço desculpas. 
c) Se o f iz, mereço desculpas, nunca tive porquê essa intenção. 
d) Se o f iz, mereço desculpas, nunca tive essa intenção por quê. 
e) Porque nunca tive essa intenção, mereço desculpas se o f iz. 
Gabarito: E 
 
 
72) CESGRANRIO - Of (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Produção I/2013 
Para estar de acordo com a norma-padrão, a frase abaixo deve ser completada. 
Esperamos que, daqui alguns anos, não tenhamos de lidar com os mesmos 
problemas que enfrentamos já duas décadas no Brasil. 
A sequência de palavras que completa as lacunas acima de acordo com a norma-padrão é: 
a) a – mas – há 
b) a – mais – a 
c) a – mais – há 
d) há – mas – há 
e) há – mais – a 
Gabarito: C 
 
 
73) CESGRANRIO - PTNS (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/Administração/2012 
A palavra a, na língua portuguesa, pode ser grafada de três formas distintas entre si, sem 
que a pronúncia se altere: a, à, há. No entanto, signif icado e classe gramatical dessas 
palavras variam. 
A frase abaixo deverá sofrer algumas alterações nas palavras em destaque para adequar -
se à norma-padrão. 
A muito tempo não vejo a parte da minha família a qual foi deixada de 
herança a fazenda a que todos devotavam grande afeto. 
De acordo com a norma-padrão, a correção implicaria, respectivamente, esta sequência de 
palavras: 
a) A - a - à - há - à 
b) À - à - a - a - a 
c) Há - a - à - a - a 
d) Há - à - à - a - a 
e) Há - a - a - à - à 
Gabarito: C 
 
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74) CESGRANRIO - ProV (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/2012 
Eu sei, mas não devia 
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. 
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não 
as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, 
porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não 
abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E,à medida que se acostuma, 
esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. 
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o 
café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o 
tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque 
já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter 
vivido o dia. 
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os 
mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar 
nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da 
guerra, dos números, da longa duração. 
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir ao telefone: hoje não posso ir. A sorrir 
para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto 
ser visto. 
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para 
ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer f ila para 
pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. [...] E a procurar mais trabalho, para ganhar 
mais dinheiro, para ter com que pagar nas f ilas em que se cobra. [...] 
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar-condicionado e cheiro de cigarro. 
À luz artif icial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias 
da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. 
Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia 
dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta. 
A gente se acostuma a coisas de mais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não 
perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema 
está cheio, a gente senta na primeira f ila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está 
contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. [...] E se no f im de 
semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda f ica satisfeito porque 
tem sempre sono atrasado. 
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma 
para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. 
A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto 
acostumar, se perde de si mesma. 
COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996. p. 9. Adaptado. 
As palavras destacadas abaixo não se diferem somente quanto à pronúncia mais ou menos 
forte. 
 “A gente se acostuma a coisas de mais.” 
 “não há muito o que fazer” 
A frase em que a palavra destacada foi usada adequadamente à norma-padrão é a seguinte: 
a) Sua casa f ica a muitos quilômetros daqui. 
 
 
 
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b) Visitarei meu irmão daqui há dois dias. 
c) Passei no vestibular a cerca de sete anos. 
d) Há muitas crianças dediquei a minha vida. 
e) A dois dias cheguei da viagem ao Pará. 
Gabarito: A 
 
 
75) CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração/2012 
Texto I 
O gigolô das palavras 
Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa 
mesma missão, designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o 
estudo da Gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. 
Suspeitei de saída que o tal professor lia esta coluna, se descabelava diariamente com suas 
afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar. Já 
estava até preparando, às pressas, minha defesa (“Culpa da revisão! Culpa da revisão!”). 
Mas os alunos desf izeram o equívoco antes que ele se criasse. Eles mesmos tinham 
escolhido os nomes a serem entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo 
errado? Não. Então vamos em frente. 
Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser 
julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para 
evitar os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de 
uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por 
exemplo: dizer “escrever claro” não é certo, mas é claro, certo? O importante é comunicar. 
(E quando possível surpreender, iluminar, divertir, mover… Mas aí entramos na área do 
talento, que também não tem nada a ver com Gramática.) A Gramática é o esqueleto da 
língua. [...] É o esqueleto que nos traz de pé, mas ele não informa nada, como a Gramática 
é a estrutura da língua, mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam 
entre si em Gramática pura. 
Claro que eu não disse isso tudo para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância 
com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo 
em Português. Mas – isso eu disse – vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão 
dispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. 
Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas exemplar conduta de 
um cáften prof issional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhec idas são 
perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas f lexões 
inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me 
deixo dominar por elas. [...] 
Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão 
inef iciente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. 
VERISSIMO, Luis Fernando. O gigolô das palavras. In: LUFT, Celso Pedro. Língua e liberdade: por uma nova concepção 
de língua materna e seu ensino. Porto Alegre: L&PM, 1985. p. 36. Adaptado. 
 
 
 
 
 
 
 
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Texto II 
Aula de português 
A linguagem 
na ponta da língua, 
tão fácil de falar 
e de entender. 
A linguagem 
na superf ície estrelada de letras, 
sabe lá o que ela quer dizer? 
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, 
e vai desmatando 
o amazonas de minha ignorância. 
Figuras de gramática, equipáticas, 
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. 
Já esqueci a língua em que comia, 
em que pedia para ir lá fora, 
em que levava e dava pontapé, 
a língua, breve língua entrecortada 
do namoro com a prima. 
O português são dois; o outro, mistério. 
ANDRADE, Carlos Drummond de. Aula de português. In: Reunião: 10 livros de poesia. Rio de Janeiro: José Olympio 
Editora, 1974. p. 81. 
Um professor de gramática tradicional, ao corrigir uma redação, leu o trecho a seguir e 
percebeu algumas inadequações gramaticais em sua estrutura. 
Os grevistas sabiam o porque da greve, mas não entendiam porque havia tanta repressão. 
O professor corrigirá essas inadequações, produzindo o seguinte texto: 
a) Os grevistas sabiam o por quê da greve, mas não entendiam porque havia tanta 
repressão. 
b) Os grevistas sabiam o porque da greve, mas não entendiam porquê havia tanta 
repressão. 
c) Os grevistas sabiam o porquê da greve, mas não entendiam por que havia tanta 
repressão. 
d) Os grevistas sabiam o por que da greve, mas não entendiam porque havia tanta 
repressão. 
e) Os grevistas sabiam o porquê da greve, mas não entendiam porquê havia tanta 
repressão. 
Gabarito: C 
 
 
76) CESGRANRIO - ProV (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/2012 
Eu sei, mas não devia 
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. 
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não 
as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, 
porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque nãoabre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, 
esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. 
 
juju_
Lápis
juju_
Lápis
juju_
Lápis
juju_
Lápis
 
 
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A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o 
café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o 
tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque 
já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter 
vivido o dia. 
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os 
mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar 
nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da 
guerra, dos números, da longa duração. 
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir ao telefone: hoje não posso ir. A sorrir 
para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto 
ser visto. 
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para 
ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer f ila para 
pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. [...] E a procurar mais trabalho, para ganhar 
mais dinheiro, para ter com que pagar nas f ilas em que se cobra. [...] 
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar-condicionado e cheiro de cigarro. 
À luz artif icial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias 
da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. 
Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia 
dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta. 
A gente se acostuma a coisas de mais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não 
perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema 
está cheio, a gente senta na primeira f ila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está 
contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. [...] E se no f im de semana 
não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda f ica satisfeito porque tem sempre 
sono atrasado. 
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma 
para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. 
A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto 
acostumar, se perde de si mesma. 
COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996. p. 9. Adaptado. 
No parágrafo do texto, a autora propõe uma relação de causa e efeito para justif icar seu 
ponto de vista sobre o tema abordado a partir do emprego do conectivo porque, cuja grafia 
é orientada por seu valor gramatical. 
Está também grafado corretamente o que se destaca em: 
a) Sei porquê você chorou ontem. 
b) Não sei o por quê de tanta pressa. 
c) Ele está triste porquê foi transferido. 
d) Não sei o motivo por que ele não veio. 
e) Quero saber porque você não foi à festa. 
Gabarito: D 
 
 
 
 
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Lápis
juju_
Lápis
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Lápis
 
 
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77) CESGRANRIO - Alu-Pub (PROMINP)/PROMINP/Grupo C/2012 
Texto I 
Poesia: a melhor autoajuda 
Calma, esperançoso leitor, iludida leitora, não f iquem bravos comigo, mas ler autoajuda 
geralmente só é bom para os escritores de autoajuda. Pois não existe receita para ser feliz 
ou dar certo na vida. 
Sabe por quê? 
Porque, na maior parte das vezes, apenas você sabe o que é bom e serve para você. O que 
funciona para um nem sempre funciona para outro. 
Os únicos livros de autoajuda que merecem respeito, e são úteis mesmo, são aqueles que 
ensinam novas receitas de bolo, como consertar objetos quebrados em casa ou como operar 
um computador. Ou seja, lidar com as coisas concretas, reais, exige um conhecimento 
também real, tintim por tintim, item por item. 
Com gente é diferente. Gente não vem com manual de instruções quando nasce. Nem para 
viver nem para morrer. 
E se você precisa de conforto ou conselhos, existem caminhos bem mais fáceis, boa parte 
deles de graça: igrejas, templos, botecos, amigos ou parentes… Lembrou? Se alguém anda 
necessitado de regras, palavras de ordem e comandos enérgicos sobre o que fazer, melhor 
entrar para o exército. Mas, se você não quer deixar ninguém mandar em você, tenha 
coragem e encare-se de frente. Não adianta fugir de seus medos, suas dores, suas 
fragilidades, suas tristezas. Elas sempre correm juntinho, coladas em você. Tentar ser 
perfeito, fazer o máximo, transformar-se em outro dói mais ainda. Colar um sorriso no 
rosto, enquanto chora por dentro, é para palhaço de circo. 
Portanto, entregue-se, seja apenas um ser humano cheio de dúvidas e certezas, alegrias e 
af lições. Aproveite e use algo que, isso sim, com certeza é igual em todos nós: a capacidade 
de imaginar, de voar, se entregar. Se nem Freud explica, tente a poesia. 
A poesia vai resolver seus problemas existenciais? Provavelmente, não. A poesia, às vezes, 
é como aquele bordão do Chacrinha, não veio para explicar, mas para confundir. Quando 
acerta, é por acaso, como na vida. Ficar confuso é o normal, relaxe e aproveite. 
Selecionamos alguns trechos de poemas que provavelmente falam das respostas que você 
anda procurando em livros de autoajuda. Tomara que ajudem. 
O próprio pai da Psicanálise, Sigmund Freud [...], admitiu que, aonde quer que ele fosse ou 
olhasse, um poeta já havia passado por ali. Então, venha junto com os poetas que indicamos 
aqui. 
O sábio poeta Mário Quintana já dizia que um bom poema é aquele que nos dá a impressão 
de que está lendo a gente… e não a gente a ele. 
[...] Poesia está mais para lição de vida que lição de casa. E depois vá em frente. Procure 
outros poetas. Estão todos na livraria, biblioteca ou página da internet mais próxima. 
Você nunca mais estará tão sozinho a ponto de achar que precisa de um livro de autoajuda 
para mostrar o caminho das pedras. 
TAVARES, Ulisses. Discutindo Literatura. Escala Educacional. São Paulo, ano 2, n. 8. p. 20-21. Adaptado. 
Na sentença “Sabe por quê?” (Texto I), a palavra destacada é um pronome interrogativo. 
Em qual das sentenças há também pronome interrogativo? 
a) O portão por que você passou quebrou. 
b) O porquê da escola é ensinar. 
 
 
 
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c) O motivo por que não vou à cidade é particular. 
d) Eu vou à cidade porque me pediram. 
e) Gostaria de saber por que você não quer ir ao cinema. 
Gabarito: E 
 
 
78) CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Geofísica/Geologia/2012 
Texto I 
O sonho do livre comércio acabou? 
Era uma vez um mundo que negociava a abertura dos mercados. Ele f icou lá atrás, na 
década passada, e deu lugar à desglobalização 
O cidadão brasileiro que gosta de desfrutar o que há de bom e barato na indústria mundial, 
de eletrônicos a vinhos, passando por roupas e calçados, talvez não tenha percebido, mas 
uma guerra se aproxima. Há séculos, ocorre um embate entre os interessados em abrir 
mercados – por meio do livre-comércio de bens e serviços entre países – e os interessados 
em fechá-los. Nas últimas décadas, os advogados do livre-comércio pareciam em 
vantagem, suficiente até para que os protecionistas temessem o que chamavam de 
excessos da globalização. Veio a crise, e os dois lados acreditavam que, assim que ela fosse 
embora, retomariam a discussão do ponto em que haviam parado. Estavam errados. A crise, 
somada ao impressionante nível de agressividade e competência da China e de outrospaíses 
asiáticos na conquista de mercados, mudou as perspectivas para o restante do século XXI. 
O mundo deverá se aproximar, nos próximos anos, não de um paraíso global das compras, 
mas sim de um campo minado de batalhas comerciais intermináveis. Bem-vindo à era da 
desglobalização. 
Num cenário em que a crise e os países asiáticos mudam o jogo, as nações esquecem as 
negociações sobre abertura comercial e passam a defender seus mercados contra os 
estrangeiros. Como resultado, todos perdem. Nas batalhas comerciais, usa-se, hoje, um 
arsenal variado, que inclui subsídios diretos a empresas selecionadas; barreiras que 
atendem a supostos padrões ambientais mais elevados; e restrições às compras que os 
governos podem fazer. Ao todo, 122 medidas protecionistas foram adotadas pelos 20 
maiores países do mundo entre outubro de 2010 e abril passado, em comparação com as 
54 no período anterior. 
Em um relatório publicado no primeiro semestre, a OMC concluiu que o alto desemprego 
nos países desenvolvidos fortalecerá os que defendem o fechamento dos mercados e o 
isolamento de produtos e trabalhadores estrangeiros. A desglobalização se torna um cenário 
assustador e cada vez mais plausível. Se estivermos mesmo nesse caminho, quais as 
consequências para o mundo? 
CORONATO, M.; CÂNDIDO, K.; CORNACHIONE, D. Revista Época. São Paulo: Abril. n. 697, 26 set. 2011. p. 64-70. 
Adaptado. 
A palavra ou expressão em destaque está empregada de acordo com a norma-padrão em: 
a) A razão porquê quem acorda cedo é mais produtivo é defendida por alguns 
especialistas. 
b) É melhor você estudar, por que o programa dessa fase do curso é muito detalhado. 
c) Ninguém entendeu o por quê do aumento do lixo doméstico enviado para a reciclagem. 
d) Os esportistas às vezes erram durante as partidas decisivas por que são muito ansiosos. 
e) Os estudiosos querem saber por que há tantas expressões em inglês no dia a dia do 
trabalho. 
Gabarito: E 
 
 
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Lápis
juju_
Lápis
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Lápis
juju_
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79) CESGRANRIO - PTNS (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/Químico de Petróleo/2012 
Science fiction 
O marciano encontrou-me na rua 
e teve medo de minha impossibilidade humana. 
Como pode existir, pensou consigo, um ser 
que no existir põe tamanha anulação de existência? 
Afastou-se o marciano, e persegui-o. 
Precisava dele como de um testemunho. 
Mas, recusando o colóquio, desintegrou-se 
no ar constelado de problemas. 
E f iquei só em mim, de mim ausente. 
ANDRADE, Carlos Drummond de. Science fiction. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988, p. 330-331. 
O elemento em destaque está grafado de acordo com a norma-padrão em: 
a) O marciano desintegrou-se por que era necessário. 
b) O marciano desintegrou-se porquê? 
c) Não se sabe por que o marciano se desintegrou. 
d) O marciano desintegrou-se, e não se sabe o porque. 
e) Por quê o marciano se desintegrou? 
Gabarito: C 
 
 
80) CESGRANRIO - Op (CITEPE)/CITEPE/Têxtil/2012 
Texto I 
Interativos demais 
Antigamente, os escritores eram admirados apenas pelo que publicavam em livros e 
revistas. Quando algum leitor gostava muito do que havia lido e queria compartilhar com 
alguém, dava o livro de presente ou emprestava o seu. O conteúdo mantinha-se preservado, 
assim como seu autor. [...] Ninguém inf iltrava parágrafos do Rubem Braga num texto do 
Sartre, ninguém criava novos f inais para os poemas de Cecília Meireles. O escritor e sua 
obra eram respeitados, e os leitores podiam confiar no que estavam consumindo. 
Além disso, artistas de cinema, músicos e esportistas eram mitos a cuja intimidade não se 
tinha acesso. Marylin Monroe, Frank Sinatra e Pelé entregavam ao público o que prometiam 
— sua arte — e o resto era especulação. Mais tarde pipocavam biograf ias, saciando a 
curiosidade do público, mas o legado desses ícones manteve-se para sempre incorruptível: 
eram os donos legítimos de sua imagem, de sua voz e de suas palavras. 
Era uma época em que aceitávamos pacif icamente nossa condição de plateia, até que se 
inventou o conceito de interatividade e as ferramentas para exercê-la. [...] 
Mas o uso dessas ferramentas acabou involuindo para a maledicência e a promiscuidade 
virtual. 
Hoje ninguém consegue mais ter controle sobre sua imagem ou seu trabalho. [...] 
Fofocas se disseminam no Facebook, vídeos íntimos são divulgados no You Tube, fotos de 
modelos vão parar em catálogos de prostituição internacional e a credibilidade foi para o 
beleléu. Ninguém mais confia totalmente no que vê ou lê e isso pouco importa. Informações 
 
juju_
Lápis
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Lápis
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Lápis
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são inventadas, adulteradas, inexatas porque, por trás das telas dos computadores, há 
muita gente querendo ter seu dia de autor, mesmo que autor de uma mentira. 
Sinto nostalgia pelo tempo em que éramos seduzidos de frente, não pelas costas. Não se 
sabia toda a verdade sobre nossos ídolos, mas o mistério era justamente a melhor parte. 
Sentíamo-nos honrados por sermos receptores apenas do que eles tinham de melhor, o seu 
talento. 
Hoje não só engolimos qualquer factoide, qualquer manipulação, como também a 
produzimos. A invencionice suplantou a arte. 
MEDEIROS, Martha. Revista O Globo. p. 24. 28 ago. 2011. Adaptado. 
 “A invencionice suplantou a arte.” 
Com a intenção de saber a causa, essa frase, na forma interrogativa, deve ser: 
a) Por que a invencionice suplantou a arte? 
b) Por quê a invencionice suplantou a arte? 
c) Pôr que a invencionice suplantou a arte? 
d) Porque a invencionice suplantou a arte? 
e) Porquê a invencionice suplantou a arte? 
Gabarito: A 
 
 
81) CESGRANRIO - AECI (CMB)/CMB/2005 
Guarani, a língua proibida 
Até meados do século XVIII, falar português não era o suf iciente para se comunicar 
no Brasil. Na Colônia, predominava ainda a chamada língua geral. Baseada originariamente 
no tupi, ela passou por modif icações ao longo dos contatos entre índios e europeus, até 
tornar-se a linguagem característica da sociedade colonial. A língua geral era, portanto, 
falada não apenas pelos índios, mas também por amplas camadas da população. Em 
algumas regiões da Colônia, como em São Paulo e na Amazônia, ela era utilizada pela 
maioria dos habitantes, a ponto de exigir que as autoridades portuguesas enviadas a esses 
lugares se valessem de intérpretes para se comunicar. 
Por tudo isso, na segunda metade do século XVIII, a Coroa portuguesa criou uma série de 
leis para transformar os índios em súditos iguais aos demais colonos. Com as mudanças, 
pretendia-se eliminar as diferenças culturais características dos grupos indígenas, fazendo 
deles pessoas “civilizadas”. (...) O principal mentor desta política foi Sebastião José de 
Carvalho e Melo, conhecido mais tarde como Marquês de Pombal. 
A Coroa pretendia impor o uso do idioma português entre as populações nativas da América 
porque Pombal entendia que as línguas indígenas reforçavam os costumes tribais, que ele 
pretendia extinguir. Na sua visão, o uso da língua portuguesa ajudaria a erradicar esses 
costumes, aumentando a sujeição das populações indígenas ao Rei e à Coroa. 
F. GARCIA, Elisa. Revista de História da Biblioteca Nacional, jul. 2005, p.73/74 (com adaptações). 
Observe as af irmativas abaixo sobre as razões para que o texto utilize letras maiúsculas 
para as palavras “Até”, “Brasil” e “Colônia” e indique se são falsas (F) ou verdadeiras(V). 
( )O uso da letra maiúscula se faz necessário porque as três palavras são substantivos 
próprios. 
( ) O uso da maiúscula em “Até” deve-se ao fato de a palavra estar iniciando frase e o uso 
em “Brasil”, porque este é um nome próprio. 
 
juju_
Lápis
juju_
Lápis
juju_
Lápis
 
 
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( ) A palavra “Colônia” é um substantivo comum personif icado e, portanto, deve ser grafado 
com maiúscula. 
A seqüência correta é: 
a) V - F - F 
b) V - V - F 
c) F - F - V 
d) F - V - V 
e) F - V - F 
Gabarito: D 
 
 
82) CESGRANRIO - Tec Cien (BASA)/BASA/Tecnologia da Informação/2021 
Medo da eternidade 
Jamais esquecerei o meu af litivo e dramático contato com a eternidade. Quando eu era 
muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. 
Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu 
tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas. 
Af inal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou: 
— Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira. 
— Como não acaba? 
— Parei um instante na rua, perplexa. 
— Não acaba nunca, e pronto. 
Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e 
fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. 
Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes 
tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E 
eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo 
impossível do qual eu já começara a me dar conta. Com delicadeza, terminei af inal pondo 
o chicle na boca. 
— E agora que é que eu faço? 
— Perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver. 
— Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto 
você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi 
vários. Perder a eternidade? Nunca. O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer 
que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola. 
— Acabou-se o docinho. E agora? 
— Agora mastigue para sempre. 
Assustei-me, não sabia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele 
puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas 
me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser 
bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade 
ou de inf inito. Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava 
af lição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar. Até que não suportei 
 
juju_
Lápis
 
 
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mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão 
de areia. 
— Olha só o que me aconteceu! 
— Disse eu em f ingidos espanto e tristeza. 
— Agora não posso mastigar mais! A bala acabou! 
— Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ele não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. 
Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o 
chicle na cama. Não f ique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá. 
Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que 
pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso. Mas aliviada. Sem o peso da 
eternidade sobre mim. 
LISPECTOR, Clarice. Medo da eternidade.Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, Caderno B, p.2, 6 jun. 1970. 
No texto, foram empregadas as palavras aí e ótimo, ambas acentuadas graf icamente. 
Duas outras palavras corretamente acentuadas pelos mesmos motivos que aí e ótimo são, 
respectivamente, 
a) juíz e ébano 
b) Icaraí e rítmo 
c) caquís e incrédulo 
d) país e sonâmbulo 
e) abacaxí e econômia 
Gabarito: D 
 
 
83) CESGRANRIO - Ass Adm (UNIRIO)/UNIRIO/2019 
Texto III 
Beira-mar 
Quase f im de longa tarde de verão. Beira do mar no Aterro do Flamengo próximo ao Morro 
da Viúva, frente para o Pão de Açúcar. Com preguiça, o sol começava a esconder-se atrás 
dos edif ícios. Parecia resistir ao chamado da noite. Nas pedras do quebra-mar caniços de 
pesca moviam-se devagar, ao lento vai e vem do calmo mar de verão. Cercados por quatro 
ou cinco pescadores de trajes simples ou ordinários, e toscas sandálias de dedo. 
Bermuda bege de f ino brim, tênis e camisa polo de marcas célebres, Ricardo deixara o carro 
em estacionamento de restaurante nas imediações. Nunca f isgara peixe ali. Olhado com 
desconfiança. Intruso. Bolsa a tiracolo, balde e vara de dois metros na mão. A boa técnica 
ensina que o caniço deve ter no máximo dois metros e oitenta centímetros para a chamada 
pesca de molhes, nome sofisticado para quebra-mar. Ponta de agulha metálica para 
transmitir à mão do pescador maior sensibilidade à f isgada do peixe. É preciso 
conhecimento de juiz para enganar peixes. 
A uma dezena de metros, olhos curiosos viam o intruso montar o caniço. Abriu a bolsa de 
utensílios. 
Entre vários rolos de linha, selecionou os de espessura entre quinze e dezoito centésimos 
de milímetro, ainda f iel à boa técnica. 
— Na nossa prof issão vivemos sempre preocupados e tensos: abertura do mercado, sobe e 
desce das cotações, situação f inanceira de cada país mundo afora. Poucas coisas na vida 
 
 
 
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relaxam mais do que pescaria, cheiro de mar trazido pela brisa, e a paisagem marítima 
— costuma confessar Ricardo na roda dos colegas da f inanceira onde trabalha. 
LOPES, L. Nós do Brasil. Rio de Janeiro: Ponteio, 2015, p. 101. Adaptado. 
A presença ou ausência de acento gráf ico nem sempre se repete quando uma palavra está 
no singular ou no plural. Quanto ao emprego do acento gráf ico, a seguinte palavra se altera 
quando vai para o plural: 
a) item 
b) viúva 
c) açúcar 
d) f iel 
e) técnica 
Gabarito: D 
 
 
84) CESGRANRIO - Ass Adm (UNIRIO)/UNIRIO/2019 
Texto II 
Serviu suas famosas bebidas para Vinicius, Carybé e Pelé 
Os pedaços de coco in natura são colocados no liquidif icador e triturados. O líquido 
resultante é coado com uma peneira de palha e recolocado no aparelho, onde é batido com 
açúcar e leite condensado. Ao f im, adiciona-se aguardente. 
A receita de Diolino Gomes Damasceno, ditada à Folha por seu f ilho Otaviano, parece trivial, 
mas a conhecida batida de coco resultante não é. Af inal, não é possível que uma bebida 
qualquer tenha encantado um time formado por Jorge Amado (diabético, tomava sem 
açúcar), Pierre Verger, Carybé, Mussum, João Ubaldo Ribeiro, Angela Rô Rô, Wando, 
Vinicius de Moraes e Pelé (tomava dentro do carro). 
Baiano nascido em 1931 na cidade de Ipecaetá, interior do estado, Diolino abriu seu 
primeiro estabelecimento em 1968, no bairro do Rio Vermelho, reduto boêmio de Salvador. 
Localizado em uma garagem, ganhou o nome de MiniBar. 
A batida de limão — feita com cachaça, suco de limão galego, mel de abelha de 
primeiríssima qualidade e açúcar ref inado, segundo o escritor Ubaldo Marques Porto Filho — 
chamava a atenção dos homens, mas Diolino deu por falta das mulheres da época. É que 
elas não queriam ser vistas bebendo em público, e então arranjavam alguém para comprar 
as batidas e bebiam dentro do automóvel. 
Diolino bolou então o sistema de atendimento direto aos veículos , em que os garçons iam 
até os carros que apenas encostavam e saíam em disparada. A novidade alavancou a fama 
do bar. No auge, chegou a produzir 6.000 litros de batida por mês. 
SETO, G. Folha de S.Paulo. Caderno “Cotidiano”. 17 maio 2019, p. B2. Adaptado. 
A palavra saíam contém hiato acentuado. 
Deve também ser acentuado o hiato de 
a) juizes 
b) rainha 
c) coroo 
d) veem 
e) suada 
Gabarito: A 
 
juju_
Lápis
juju_
Lápis
 
 
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85)CESGRANRIO - Aux Sau (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/2018 
O lado sombrio da luz 
O domínio do fogo, e consequentemente da luminosidade, possibilitou ao ser humano 
exercer grande controle sobre o meio em que vivia, proporcionando imensurável vantagem 
seletiva. A luz também foi fundamental para incontáveis avanços tecnológicos, que nos 
proporcionam mais comodidade e praticidade. Mas, apesar de ser em muitas culturas 
símbolo do progresso, pureza e beleza, a luz também tem seu lado sombrio. 
A poluição luminosa — toda luz desnecessária ou excessiva produzida artif icialmente — é a 
que mais cresce no planeta e, infelizmente, os impactos do seu mau uso e os mecanismos 
com os quais podemos minimizá-los têm pouquíssimo destaque se comparados aos de 
outros tipos de poluição. 
A revolução industrial alavancou os efeitos da poluição luminosa para níveis altíssimos nos 
dias de hoje. É possível ver o intenso brilho noturno dos centros urbanos até em fotos de 
satélites. Mais de perto, a poluição luminosa pode ser notada quando se observa uma “aura” 
de luz no horizonte, olhando na direção de uma grande cidade. Esse brilho do céu noturno 
é causado por luzes terrestres direcionadas ou ref letidas para a atmosfera. 
A iluminação artif icial excessiva, principalmente na área rural, foi associada a uma maior 
probabilidade de epidemias por atrair vetores de doenças, como o barbeiro (doença de 
Chagas), o mosquito-palha (leishmaniose) e o mosquito-prego (malária). 
Acredita-se também que a iluminação noturna em centros urbanos inf luencie fatores 
psicossociais, sendo mencionada como uma das causas que contribuem para o aumento da 
criminalidade e depressão. Quebras no relógio biológico humano são relacionadas aos mais 
diversos problemas de saúde, como distúrbios cardiovasculares, diabetes e obesidade. 
Não só seres humanos, mas insetos e aves sofrem consequências da poluição luminosa. Na 
natureza intacta, as únicas fontes de luz durante a noite eram as estrelas e a luz ref letida 
pela Lua. Os animais, incluindo os humanos, e as plantas evoluíram nos regimes de luz 
natural; portanto, é fácil imaginar que sofram direta ou indiretamente com as alterações 
artif iciais da luz noturna. 
Vaga-lumes e outros insetos são afetados pela iluminação artif icial de formas 
distintas. Alguns insetos utilizam a posição das estrelas e o sentido da luz para navegação. 
Mariposas e besouros têm seus ciclos de vida alterados e são atraídos e desorientados pela 
luz, tornando-se vítimas fáceis de aves, morcegos e outros predadores. Esses insetos 
desempenham diversas funções nos ecossistemas, como polinização, alimento para outros 
animais, controle de populações de pragas, decomposição de material orgânico e até 
dispersão de sementes. Fica claro, portanto, que estamos longe de compreender a poluição 
luminosa, seus efeitos e consequências no meio ambiente. 
Como as plantas utilizam a luz solar para realizar fotossíntese e direcionar seu crescimento, 
mudanças na duração dos dias causadas por luminárias provocam confusão em relação à 
estação do ano em que se encontram, resultando na produção de f lores, frutos ou queda 
de folhas em épocas inesperadas. Tais alterações podem resultar em graves consequências 
para outros seres que delas dependam, como insetos polinizadores. Nos pássaros, a luz 
vermelha interfere na orientação magnética; e, nas mariposas e nos besouros, focos de luz 
atraem as mais diversas espécies, tornando-as mais vulneráveis a predadores. 
Com o desenvolvimento tecnológico das lâmpadas LED (sigla em inglês para diodo emissor 
de luz), a iluminação artif icial torna-se mais ef iciente energeticamente. Mas, em vez de 
usarmos tal ef iciência para reduzir o consumo de energia, o menor custo energético está 
sendo utilizado para aumentar o f luxo luminoso e, consequentemente, a poluição luminosa. 
Medidas simples podem reduzir a emissão de luz e sua inf luência negativa sobre outros 
seres, inclusive sobre nós. Isso sem mencionar a conta de energia. Para combater a poluição 
 
 
 
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luminosa, é necessário (i) repensar o que precisa ser iluminado, usando, por exemplo, 
holofotes direcionados e que não irradiem luz para a atmosfera; (ii) reduzir o tempo de 
iluminação com o uso de temporizadores e sensores de presença; (iii) avaliar se precisamos 
de luzes tão fortes e brancas para todas as tarefas; (iv) tentar reduzir a exposição à luz 
artif icial forte fora dos horários naturais de luz. 
Trocar as lâmpadas brancas por luzes mais amareladas nos locais em que elas não são 
necessárias, assim como trocar o celular ou o computador por uma boa revista sob luz 
branda antes de dormir, podem proporcionar uma noite mais bem dormida. 
HAGEN, O.; BARGHINI, A. Revista Ciência Hoje, n. 340. 21 set. 2016. Disponível em: http://www.cienciahoje.org.br/ 
revista/materia/id/1094/n/o_lado_sombrio_da_luz. Acesso em: 5 dez. 2017. Adaptado. 
A palavra tecnológicos, recebe acento gráf ico, de acordo com as regras da norma-padrão 
da língua portuguesa. O grupo em que todas as palavras devem ser acentuadas pela mesma 
regra é 
a) fácil, orgânico, vítimas 
b) satélites, altíssimos, vítimas 
c) fotossíntese, atraídos, domínio 
d) saúde, possível, biológicos 
e) vulneráveis, luminárias, incontável 
Gabarito: B 
 
 
86) CESGRANRIO - Ass (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Administrativo I/2018 
A palavra que precisa ser acentuada graf icamente para estar correta quanto às normas em 
vigor está destacada na seguinte frase: 
a) Todo escritor de novela tem o desejo de criar um personagem inesquecível. 
b) Os telespectadores veem as novelas como um espelho da realidade. 
c) Alguns novelistas gostam de superpor temas sociais com temas políticos. 
d) Para decorar o texto antes de gravar, cada ator rele sua fala várias vezes. 
e) Alguns atores de novela constroem seus personagens fazendo pesquisa. 
Gabarito: D 
 
 
87) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Motorista Granel I/2018 
O grupo em que todas as palavras atendem às exigências da norma-padrão da língua 
portuguesa, quanto à acentuação gráf ica, é 
a) ambito, ninguém, potável 
b) ausência, assembleia, tragédia 
c) espécie, econômico, orgãos 
d) número, provavel, potência 
e) ladainha, saida, consciência 
Gabarito: B 
 
juju_
Lápis
juju_
Lápis
juju_
Lápis
juju_
Lápis
juju_
Lápis
juju_
Lápis
juju_
Lápis
juju_
Lápis
juju_
Lápis
juju_
Lápis
 
 
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88) CESGRANRIO - PTNM (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/Ambiental/2018 
“Guerra” virtual pela informação 
A internet quebrou a rígida centralização no f luxo mundial de dados, criando uma situação 
inédita na história recente. As principais potências econômicas e militares do planeta 
decidiram partir para a ação ao perceberem que seus segredos começam a ser divulgados 
com facilidade e frequência nunca vistas antes. 
As mais recentes iniciativas no terreno da espionagem virtual mostram que o essencial é o 
controle da informação disponível no mundo - não mais guardar segredos, mas saber o que 
os outros sabem ou podem vir a saber. Os estrategistas em guerra cibernética sabem que 
a possibilidade de vazamentos de informações sigilosas é cada vez maior e eles tendem a 
se tornar rotineiros. 
A datif icação, processo de transformação em dados de tudo o que conhecemos, aumentou 
de forma vertiginosa o acervo mundial de informações. Diariamente circulam na web pouco 
mais de 1,8 mil petabytes de dados (um petabyte equivale a 1,04 milhão de gigabytes), 
dos quais é possível monitorar apenas 29 petabytes. 
Pode parecer muito pouco, mas é um volume equivalente a 400 vezes o total de páginas 
web indexadas diariamente pelo Google e 156 vezes o total de vídeos adicionados ao 
YouTube a cada 24 horas. 
Como não é viável exercer um controle materialsobre o f luxo de dados na internet, os 
centros mundiais de poder optaram pelo desenvolvimento de uma batalha pela informação. 
O manejo dos grandes dados permite estabelecer correlações entre fatos, dados e eventos, 
com amplitude e rapidez impossíveis de serem alcançados até agora. 
Como tudo o que fazemos diariamente é transformado em dados pelo nosso banco, pelo 
correio eletrônico, pelo Facebook, pelo cartão de crédito etc., já somos passíveis de 
monitoração em tempo real, em caráter permanente. São esses dados que alimentam os 
softwares analíticos que produzem correlações que servem de base para decisões 
estratégicas. 
CASTILHO, Carlos. Observatório da imprensa. 21/08/2013. Disponível em: 
<http://observatoriodaimprensa.com.br/codigo- aberto/quando-saber-o-que-os-espioes-sabem-gera-uma- -guerra-
virtual-pela-informacao/.> Acesso em: 29 fev. 2018. Adaptado. 
Em conformidade com o Acordo Ortográf ico da Língua Portuguesa vigente, atendem às 
regras de acentuação todas as palavras em: 
a) andróide, odisseia, residência 
b) arguição, refém, mausoléu 
c) desbloqueio, pêlo, escarcéu 
d) feiúra, enjoo, maniqueísmo 
e) sutil, assembléia, arremesso 
Gabarito: B 
 
 
89) CESGRANRIO - Of (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Produção I/2018 
Texto I 
Gente Humilde 
Tem certos dias em que eu penso em minha gente 
E sinto assim todo o meu peito se apertar 
 
juju_
Lápis
juju_
Lápis
 
 
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Porque parece que acontece de repente 
Feito um desejo de eu viver sem me notar 
Igual a como quando eu passo no subúrbio 
Eu muito bem, vindo de trem de algum lugar 
E aí me dá como uma inveja dessa gente 
Que vai em frente sem nem ter com quem contar 
São casas simples com cadeiras na calçada 
E na fachada escrito em cima que é um lar 
Pela varanda, f lores tristes e baldias 
Como a alegria que não tem onde encostar 
E aí me dá uma tristeza no meu peito 
Feito um despeito de eu não ter como lutar 
E eu que não creio peço a Deus por minha gente 
É gente humilde, que vontade de chorar. 
SARDINHA, A.A. (Garoto); HOLLANDA, C.B.; MORAES, V. Gente humilde. Intérprete: Chico Buarque. In: C.B. 
Hollanda nº 4. Direção de produção: Manoel Barebein. Rio de Janeiro: Companhia Brasileira de Discos, p1970. 1 
disco sonoro. Lado 1, faixa 4. 
A palavra em destaque está corretamente acentuada em: 
a) Eu não gostaria de tocar nesse aspécto da questão. 
b) Hoje a gente acende lâmpadas, não lampiões. 
c) As melâncias já estão maduras? 
d) Esse livro é referênte a que assunto? 
e) Você pode trabalhar em seu rítmo. 
Gabarito: B 
 
 
90) CESGRANRIO - Conf (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/I/2018 
Texto II 
O Brasil na memória 
A viagem tem uma estruturalidade típica. Há a escolha do destino, uma f inalidade antevista, 
uma partida e um retorno, um trajeto por lugares, um tempo de duração. Há situações 
iniciais e f inais, outras intermediárias, numa dimensão linear, e há atores, um dos quais o 
viajante, que serve de f io condutor entre pessoas, acontecimentos, locais e deslocamentos. 
Supõe uma subjetividade que se abre ao desconhecido, a perda de referências familiares, 
o abandono do mesmo pelo diferente, o encontro com o outro e o reencontro consigo 
mesmo. Em contrapartida, a narrativa de viagem depende em primeiro lugar da memória e 
de anotações. Seleciona experiências, precisa estabelecer um projeto de narração, não 
necessariamente cronológico ou causal, torna-se, mesmo sem intenção, um testemunho. E 
é orientada por perspectivas do narrador-viajante, que incluem seu estilo de vida, sua 
mentalidade, assim como sua visão de mundo e sua posição de sujeito, ou seja, o local 
cultural de onde fala. 
BORDINI, Maria da Glória. In: Descobrindo o Brasil. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2011, p. 353. 
 
juju_
Lápis
juju_
Lápis
juju_
Lápis
juju_
Lápis
 
 
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A primeira palavra acentuada do Texto II é típica. 
Pela mesma regra, também se acentuam as palavras 
a) rúbrica e túnica 
b) íberos e íntimos 
c) diagnóstico e protótipo 
d) étnico e f ilântropo 
e) ínterim e ávaro 
Gabarito: C 
 
 
91) CESGRANRIO - TA (ANP)/ANP/2016 
Festival reúne caravelas em barcos 
Dizem que o passado não volta, mas a cada cinco anos boa parte da história marítima da 
Europa se reúne para navegar junto entre o Mar do Norte e o canal de Amsterdã. Caravelas 
e barcos a vapor do século passado se juntam a veleiros e lanchas contemporâneas que 
vêm de vários países para um dos maiores encontros náuticos gratuitos do mundo. Durante 
o Amsterdam Sail, entre os dias 19 e 23 de agosto, cerca de 600 embarcações celebram a 
arte de deslizar sobre as águas. 
Desde 1975 o grande encontro aquático junta apaixonados pelo mar e curiosos às margens 
dos canais para ver barcos históricos e gente fazendo festa ao longo de cinco dias – na 
última edição, o público estimado foi de 1,7milhão de pessoas. Há aulas de vela e de remo 
para adultos e crianças, além de atrações musicais. [...] 
Você pode até achar que é coisa de criança, mas o jogo em que cada um leva o próprio 
balde e simula as tarefas a bordo de um navio é instrutivo e divertido para todas as idades. 
MORTARA, F. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 4 ago. 2015, Caderno D, p. 10. Adaptado. 
Das palavras acentuadas reúne, países, águas, última e vêm, as duas que recebem 
acento por seguirem a mesma norma ortográf ica são: 
a) águas e vêm 
b) última e vêm 
c) reúne e águas 
d) reúne e países 
e) países e última 
 Gabarito: D 
 
 
92) CESGRANRIO - Trad ILS (UNIRIO)/UNIRIO/2016 
Texto III 
Quando eu for bem velhinho — continuação 2 
O tempo do carnaval era obrigatório. A despeito de todas as mudanças, ele continua sendo 
a pausa que dá sentido e razão ao tempo como uma majestade humana. Este imperador 
sem rivais que diz que passa quando, de fato, quem passa somos nós. 
 
juju_
Lápis
juju_
Lápis
juju_
Lápis
 
 
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Uma lenda escandinava, traduzida à luz da análise pelo sábio das línguas e costumes euro- 
-europeus Georges Dumézil, conta a história de um camponês que, sem querer, libertou o 
diabo de um caixote que ele transportava para um padre na sua carroça. Livre e solto, o 
diabo — que está sempre fazendo alguma coisa — começou a surrar o seu involuntário 
libertador, perguntando ansiosamente: “O que devo fazer?” O camponês mandou que ele 
construísse uma ponte de pedra e, em instantes, ela f icou pronta. E logo o diabo perguntou 
novamente: “O que devo fazer?” O camponês mandou que o diabo juntasse todos os 
excrementos de cavalo do reino da Dinamarca e, num instante, a tarefa estava cumprida. 
Aterrorizado porque ia apanhar novamente, o camponês teve a feliz ideia de mandar que o 
diabo recuperasse o tempo. Sabendo que o tempo era precioso, o diabo saiu em sua busca, 
mas não conseguia alcançá-lo. Trouxe dele pedaços, mas não o tempo inteiro como 
ordenara o camponês. Não tendo observado a tarefa, o diabo voltou para a caixa. 
O tempo como potência impossível de ser apanhada foi brilhantemente descrito por Frei 
Antônio das Chagas num poema escrito nos mil seiscentos e tanto: 
Deus pede estrita conta de meu tempo. 
E eu vou do meu tempo dar-lhe conta. 
Mas como dar, sem tempo, tanta conta 
Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo? 
Para dar minha conta feita a tempo, 
O tempo me foi dado e não fiz conta, 
Não quis, sobrando tempo, fazer conta. 
Hoje, quero acertar conta, e não há tempo. 
Oh, vós, que tendes tempo sem ter conta, 
Não gasteis vosso tempo em passatempo. 
Cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta! 
Pois aqueles que, sem conta, gastam tempo, 
Quando o tempo chegar de prestar conta, 
Chorarão, como eu, o não ter tempo... 
Af inal, somos nós que brincamos o carnaval ou é o carnaval quebrinca conosco o tempo 
todo? 
DAMATTA, R. O Globo, Rio de Janeiro, 10 fev. 2016. Primeiro Caderno, p. 13. Adaptado. 
Das palavras acentuadas (todas retiradas do Texto III) história, camponês, 
construísse e impossível, quais recebem acento em razão da mesma norma ortográf ica? 
a) Apenas duas, história e construísse, por serem paroxítonas terminadas em vogal. 
b) Apenas duas, construísse e impossível, por terem a mesma vogal tônica. 
c) Três delas, história, construísse e impossível, por serem proparoxítonas. 
d) Apenas duas, história e camponês, por serem substantivos. 
e) Nenhuma delas, pois as quatro palavras recebem acento em razão de normas 
ortográf icas diferentes. 
Gabarito: E 
 
 
 
 
 
 
juju_
Lápis
 
 
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93) CESGRANRIO - Ag PM (IBGE)/IBGE/2016 
Texto 
Do fogo às lâmpadas de LED 
Ao longo de nossa evolução, desenvolvemos uma forma muito ef iciente de detectar a luz: 
nosso olho. Esse órgão nos permite enxergar formas e cores de maneira ímpar. O que 
denominamos luz no cotidiano é, de fato, uma onda eletromagnética que não é muito 
diferente, por exemplo, das ondas de rádio ou micro-ondas, usadas em comunicação via 
celular, ou dos raios X, empregados em exames médicos. 
Para que pudesse enxergar seu caminho à noite, o homem buscou o desenvolvimento de 
fontes de iluminação artif icial. Os primeiros humanos recolhiam restos de queimadas 
naturais, mantendo as chamas em fogueiras. Posteriormente, descobriu-se que o fogo 
poderia ser produzido ao se atritarem pedras ou madeiras, dando o primeiro passo rumo à 
tecnologia de iluminação artif icial. 
A necessidade de transporte e manutenção do fogo levou ao desenvolvimento de 
dispositivos de iluminação mais compactos e de maior durabilidade. Assim, há cerca de 50 
mil anos, surgiram as primeiras lâmpadas a óleo, feitas a partir de rochas e conchas, tendo, 
como pavio, f ibras vegetais que queimavam em óleo animal ou vegetal. Mais tarde, a 
ef iciência desses dispositivos foi aumentada, com o uso de óleo de tecidos gordurosos de 
animais marinhos, como baleias e focas. 
As lâmpadas a óleo não eram adequadas para que áreas maiores (ruas, praças etc.) fossem 
iluminadas, o que motivou o surgimento das lâmpadas a gás obtido por meio da destilação 
do carvão mineral. Esse gás poderia ser transportado por tubulações ao local de consumo 
e inf lamado para produzir luz. 
O domínio da tecnologia de geração de energia elétrica e o entendimento de efeitos 
associados à passagem de corrente elétrica em materiais viabilizaram o desenvolvimento 
de novas tecnologias de iluminação: lâmpadas incandescentes, com f ilamentos de bambu 
carbonizado, que garantem durabilidade de cerca de 1,2 mil horas à sua lâmpada; e as 
lâmpadas halógenas, com maior vida útil e luz com maior intensidade e mais parecida com 
a luz solar. 
AZEVEDO, E. R.; NUNES, L. A. O. Revista Ciência Hoje. Rio de Janeiro: Instituto Ciência Hoje. n. 327, julho 2015, p. 
38-40. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2015/327/ do-fogo-as-lampadas-led>. Acesso em: 4 
ago. 2015. Adaptado. 
Todas as palavras do grupo devem receber corretamente acentuação gráf ica em: 
a) tranquilo, paciente, poetico 
b) juri, nautico, inevitavel 
c) heroico, politico, item 
d) consciente, gratuito, facil 
e) presente, paises, inf lamavel 
Gabarito: B 
 
 
94) CESGRANRIO - TRPDACGN (ANP)/ANP/Química/2016 
Entrevista com Frédéric Martel 
Uma guerra mundial pelo conteúdo dos meios de comunicação se trava pela conquista do 
público dentro e fora dos países criadores. Batalhas se desenrolam pelo domínio da notícia, 
do formato de programas de TV e pela exibição de f ilmes, vídeos, música, livros. Nesse 
 
juju_
Lápis
 
 
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processo, um gigante domina: os Estados Unidos, com sua capacidade de produzir cultura 
de massas que agrada ao grande público em todos os continentes. Essa penetração cultural 
americana, que muitos críticos preferem chamar de imperialismo, leva os f ilmes, a música 
e a televisão americana para o mundo. Sua arma é o inverso da alta cultura, da 
contracultura, da subcultura, de nichos especializados. Visa o público em geral, cultura de 
massa, de milhões. Tornou-se a cultura internacional dominante, principal, a 
chamada mainstream, conforme o título do livro escrito pelo sociólogo francês Frédéric 
Martel. Para escrever Mainstream, ele percorreu 30 países durante cinco anos, entrevistou 
mais de 1.200 pessoas em todas as capitais do entertainment, analisou a ação dos 
protagonistas, a lógica dos grupos e acompanhou a circulação internacional de conteúdo. 
É um imperialismo diferente daquele político e militar. É uma espécie de imperialismo 
cultural que é bem recebido no mundo. A esse respeito, af irma Frédéric Martel: “É o que 
basicamente chamamos de soft power. Soft power signif ica inf luenciar as pessoas com 
coisas legais. Você é amigável, não é contundente. Você tem as forças armadas, tem a 
diplomacia tradicional e grandes empresas econômicas, que formam o hard power, e tem 
o soft power, que inf luencia as pessoas através de f ilmes, de livros, da internet e de 
valores.” 
 “A língua é importante. Eu acredito — e essa é a principal conclusão do meu livro — que, 
no mundo em que estamos entrando, que reúne globalização e digitalização, a língua é 
importante. E eu acredito que a batalha, a luta, mesmo a guerra de conteúdo, será uma 
batalha a respeito da cultura nacional. Você pode ouvir Lady Gaga, gostar de Avatar e ler O 
Código Da Vinci, mas, no f inal das contas, a maior parte da cultura que você consome e 
ama geralmente é nacional, local, regional, e não global. A cultura global é apenas uma 
pequena parte do que você gosta. Então, no f inal das contas, os americanos são os únicos 
a poder prover essa cultura dominante global, mas essa cultura dominante global continua 
pequena. Por quê? Porque a língua é muito importante, porque a identidade é muito 
importante. Quando você compra um livro de não f icção, quer saber o que acontece aqui, 
no seu país, e não na Coreia do Sul, por exemplo. Na Coreia do Sul você quer ouvir K-pop, 
que é a música pop coreana, e ver um drama coreano, e não ouvir uma música brasileira. 
Portanto, nós estamos em um mundo cada vez mais global, mas, ao mesmo tempo, a 
cultura ainda é e será muito nacional. Para resumir as coisas, eu diria que todos temos duas 
culturas: a nossa e a americana.” 
“Nós, como europeus, temos o mesmo tipo de relação que você, como brasileiro, tem com 
os EUA. Nós os amamos e odiamos. É uma complicada relação de amor e ódio. Nós 
esperamos que eles sejam como são; nós queremos criticá-los, mas, ao mesmo tempo, nós 
protestamos contra eles com tênis Nike nos pés. Nós trabalhamos para ser um pouco como 
eles, muito embora nós queiramos manter nossa identidade e cultura. E, a propósito, a boa 
notícia é que o debate no mundo hoje e no futuro não será entre nós — brasileiros, 
franceses, europeus — e os americanos. Será entre todos nós. O que eu quero dizer é que 
hoje não há apenas dois povos: nós e os EUA. O mundo é muito mais complicado, com 
países emergentes, que serão fundamentais nesse novo jogo.” 
“Para resumir, af irma Martel, eu diria que os EUA continuarão sendo peça importante da 
guerra de conteúdo, podemos dizer, nos próximos anos e décadas. Eu não acredito e não 
compro a ideia do declínio da cultura americana. Eu acho que eles são fortes e continuarão 
sendo fortes. Mas eles não são os únicos no jogo. Agora temos os países emergentes, que 
estão emergindo não só demográfica e economicamente, como pensávamos. E eu fui um 
dos primeiros a mostrar que eles estão emergindo com sua cultura, sua mídia e com a 
internet.” 
 “Nesse mundo, a internet pode ser uma peça importante. O Brasil,por exemplo, vai crescer 
com a internet, com certeza. Criam-se ferramentas inovadoras de alfabetização, por 
exemplo, em comunidades, em favelas, em lugares onde os moradores não têm acesso a 
uma livraria ou biblioteca. Mas eles terão acesso à internet em lan houses, por exemplo, e 
 
 
 
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mesmo no telefone. Hoje, todo mundo tem um telefone celular barato. Mesmo na África, 
todos têm celulares com funções básicas. Em cinco anos, todos terão um smartphone, pois 
os preços estão caindo muito. Assim, todos poderão acessar a internet pelo smartphone. Se 
você tem acesso à internet, pode baixar livros, acessar a rede, pode ver f ilmes e daí por 
diante.” 
 “A questão não é se essa tecnologia é boa, conclui Martel. A questão é: ela não será boa 
ou ruim sozinha. Ela será o que você, o povo, o governo deste país e nós formos capazes 
de fazer com ela, criando uma boa internet e uma maneira melhor de ter acesso ao conteúdo 
através da internet.” 
BOCCANERA, S. Entrevista concedida pelo sociólogo Frédéric Martel, Programa Milênio, Globo News. Disponível em: 
<http://www.conjur.com.br/2013-jan-25/ideias-milenio-fredericmartel- sociologo-jornalista-frances>. Acesso em: 10 
nov. 2015. Adaptado. 
O grupo de palavras que obedecem às normas de acentuação da Língua Portuguesa é 
a) raizes, dif icil, século 
b) rúbrica, saúva, amavel 
c) também, possível, êxito 
d) idolo, parabéns, ciencia 
e) indústria, saude, ninguem 
Gabarito: C 
 
 
95) CESGRANRIO - Tec Jr (BR)/BR/Química/2015 
A pátria de chuteiras 
O estilo de jogo e as celebrações dos torcedores são publicamente reconhecidos no Brasil 
como traços nacionais. Em um plano, temos o tão celebrado “futebol-arte” glorif icado como 
a forma genuína de nosso suposto estilo de jogo, e o entusiasmo e os diversos modos de 
torcer como características típicas de ser brasileiro. Mas, no plano organizacional, não 
enaltecemos determinados aspectos, uma vez que eles falam de algo indesejado na 
resolução de obstáculos da vida cotidiana. Nesse sentido, tais traços do famoso “jeitinho” 
brasileiro não são considerados como representativos do Brasil que idealizamos. 
Repetido diversas vezes e vendido para o exterior como uma das imagens que melhor 
retrata o nosso país, o epíteto “Brasil: país do futebol” merece uma investigação mais 
cuidadosa. Essa ideia foi uma “construção” histórica que teve um papel importante na 
formação da nossa identidade. Internamente a utilizamos, quase sempre, com um viés 
positivo, como uma maneira de nos sentirmos membros de uma nação singular, mais 
alegre. 
Não negamos a sua força nem sua ef icácia simbólica, mas começamos a questionar o papel 
dessa representação na virada do século, bem como a atual intensidade de seu impacto no 
cotidiano brasileiro. Se a paixão pelo futebol é um fenômeno que ocorre em diversos países 
do mundo, o que nos diferencia seria a forma como nos utilizamos dele para construirmos 
nossa identidade e conquistas em competições internacionais? Observemos, no entanto, 
que ser um aficionado não signif ica necessariamente se valer do futebol como metáfora do 
país. 
A Copa do Mundo possui uma estrutura narrativa que estimula os nacionalismos. O encanto 
da competição encontra-se justamente no fato de “f ingirmos” acreditar que as nações estão 
representadas por 11 jogadores. O futebol não é a nação, mas a crença de que e le o é move 
as paixões durante um Mundial. Mas, ao compararmos a situação atual com a carga 
 
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emocional de 1950 e 1970, especulamos sobre a possibilidade de estarmos assistindo a um 
declínio do interesse pelo futebol como emblema da nação. 
O jogador que veste a camisa nacional também representa clubes da Europa, além de 
empresas multinacionais. As marcas empresariais estão amalgamadas com o fenômeno 
esportivo. As camisas e os produtos associados a ele são vendidos em todas as partes do 
mundo. Esse processo de desterritorialização do ídolo e do futebol cria um novo processo 
de identidade cultural. Ao se enaltecer o futebol como um produto a ser consumido em um 
mercado de entretenimento cada vez mais diversif icado, sem um projeto que o articule a 
instâncias mais inclusivas, o que se consegue é esgarçar cada vez mais o vínculo 
estabelecido em décadas passadas. 
Se o futebol foi um dos fatores primordiais de integração nacional, sendo a seleção motivo 
de orgulho e identif icação para os brasileiros, qual seria o seu papel no século 21? Continuar 
resgatando sentimentos nacionalistas por meio das atuações da seleção ou estimulá-los 
despertando a população para um olhar mais crítico sobre o papel desse esporte na vida do 
país? 
HELAL, R. Ciência Hoje, n. 314. Rio de Janeiro: SBPC e Instituto Ciência Hoje. Maio de 2014. p. 18-23. Adaptado. 
No trecho “Em um plano, temos o tão celebrado ‘futebol- -arte’ glorif icado como a 
forma genuína de nosso suposto estilo de jogo”, a palavra destacada é acentuada 
graficamente pelo mesmo motivo pelo qual se acentua a palavra 
a) além 
b) declínio 
c) ídolo 
d) países 
e) viés 
Gabarito: D 
 
 
96) CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2015 
Cartilha orienta consumidor 
Lançada pelo SindilojasRio e pelo CDL-Rio, em parceria com o Procon-RJ, guia destaca os 
principais pontos do Código de Defesa do Consumidor (CDC), selecionados a partir das 
dúvidas e reclamações mais comuns recebidas pelas duas entidades. 
O Sindicato de Lojistas do Comércio do Rio de Janeiro (SindilojasRio) e o Clube de Diretores 
Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio) lançaram ontem uma cartilha para orientar lojistas e 
consumidores sobre seus direitos e deveres. Com o objetivo de dar mais transparência e 
melhorar as relações de consumo, a cartilha tem apoio também da Secretaria Estadual de 
Proteção e Defesa do Consumidor (Seprocon)/ Procon-RJ. 
Batizada de Boas Vendas, Boas Compras! – Guia prático de direitos e deveres para lojistas 
e consumidores, a publicação destaca os principais pontos do Código de Defesa do 
Consumidor (CDC), selecionados a partir das dúvidas e reclamações mais comuns recebidas, 
tanto pelo SindilojasRio e CDL-Rio, como pelo Procon-RJ. 
“A partir da conscientização de consumidores e lojistas sobre seus direitos e deveres, 
queremos contribuir para o crescimento sustentável das empresas, tendo como base a ética, 
a qualidade dos produtos e a boa prestação de serviços ao consumidor”, explicou o 
presidente do SindilojasRio e do CDL-Rio, Aldo Gonçalves. 
 
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Gonçalves destacou que as duas entidades estão comprometidas em promover mudanças 
que propiciem o avanço das relações de consumo, além do desenvolvimento do varejo 
carioca. 
“O consumidor é o nosso foco. É importante informá-lo dos seus direitos”, disse o 
empresário, ressaltando que conhecer bem o CDC é vital não só para os lojistas, mas 
também para seus fornecedores. 
Jornal do Commercio. Rio de Janeiro. 08 abr. 2014, A-9. Adaptado. 
No seguinte período, a palavra em destaque está grafada de acordo com a ortograf ia 
of icial: 
a) O sindicato se preocupa com o aspécto educativo da cartilha. 
b) Várias entidades mantêm convênio conosco. 
c) O consumidor tem de ser consciênte de seu papel de cidadão. 
d) O substântivo que traduz essa cartilha é “seriedade”. 
e) No rítmo em que a sociedade caminha, em breve exerceremos plena cidadania. 
Gabarito: B 
 
 
97) CESGRANRIO - Of (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Produção I/2015 
Texto I 
Caso de canário 
Casara-se havia duas semanas. Por isso, em casa dos sogros, a família resolveu que ele é 
que daria cabo do canário: 
— Você compreende. Nenhum de nós teria coragem de sacrif icar o pobrezinho, que nosdeu 
tanta alegria. Todos somos muito ligados a ele, seria uma barbaridade. Você é diferente, 
ainda não teve tempo de afeiçoar-se ao bichinho. Vai ver que nem reparou nele, durante o 
noivado. 
— Mas eu também tenho coração, ora essa. Como é que vou matar um pássaro só porque 
o conheço há menos tempo do que vocês? 
— Porque não tem cura, o médico já disse. Pensa que não tentamos tudo? É para ele não 
sofrer mais e não aumentar o nosso sofrimento. Seja bom; vá. 
O sogro, a sogra apelaram no mesmo tom. Os olhos claros de sua mulher pediram-lhe com 
doçura: 
— Vai, meu bem. 
Com repugnância pela obra de misericórdia que ia praticar, ele aproximou-se da gaiola. O 
canário nem sequer abriu o olho. Jazia a um canto, arrepiado, morto-vivo. É, esse está 
mesmo na última lona, e dói ver a lenta agonia de um ser tão gracioso, que viveu para 
cantar. 
— Primeiro me tragam um vidro de éter e algodão. Assim ele não sentirá o horror da coisa. 
Embebeu de éter a bolinha de algodão, tirou o canário para fora com inf inita delicadeza, 
aconchegou-o na palma da mão esquerda e, olhando para outro lado, aplicou-lhe a bolinha 
no bico. Sempre sem olhar para a vítima, deu-lhe uma torcida rápida e leve, com dois dedos 
no pescoço. 
E saiu para a rua, pequenino por dentro, angustiado, achando a condição humana uma 
droga. As pessoas da casa não quiseram aproximar-se do cadáver. Coube à cozinheira 
 
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recolher a gaiola, para que sua vista não despertasse saudade e remorso em ninguém. Não 
havendo jardim para sepultar o corpo, depositou-o na lata de lixo. 
Chegou a hora de jantar, mas quem é que tinha fome naquela casa enlutada? O sacrif icador, 
esse f icara rodando por aí, e seu desejo seria não voltar para casa nem para dentro de si 
mesmo. 
No dia seguinte, pela manhã, a cozinheira foi ajeitar a lata de lixo para o caminhão, e 
recebeu uma bicada voraz no dedo. 
— Ui! 
Não é que o canário tinha ressuscitado, perdão, reluzia vivinho da silva, com uma fome 
danada? 
— Ele estava precisando mesmo era de éter — concluiu o estrangulador, que se sentiu 
ressuscitar, por sua vez. 
ANDRADE, C. D. Cadeira de Balanço. Rio de Janeiro: José Olympio, 1966. 
A seguinte palavra deve ser acentuada graf icamente: 
a) retrospecto 
b) ef iciente 
c) valvula 
d) condutor 
e) raio 
Gabarito: C 
 
 
98) CESGRANRIO - Ass (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Administrativo I/2015 
Donos do próprio dinheiro 
Quando pensamos em bancos, imaginamos grandes empresas com agências elegantes, 
equipadas com caixas eletrônicos e funcionários engravatados, muita burocracia e mil 
procedimentos de segurança. Mas dezenas de pequenas instituições f inanceiras estão 
mudando a relação que milhares de brasileiros têm com o próprio dinheiro. São os bancos 
comunitários, que contam com moeda e sistema de crédito próprios e desenvolvem as 
economias locais. 
Todas as agências são geridas e f iscalizadas pela comunidade. Hoje já existem 104 dessas 
instituições no país, e elas estão proliferando. De 2006 a 2012, o número de bancos 
comunitários aumentou dez vezes, de nove para 98 agências. Diferentemente das agênc ias 
convencionais, essas instituições não consultam o nome do cliente no Serasa ou no Serviço 
de Proteção ao Crédito antes de abrir uma conta. Consultam a comunidade. 
Uma das condições para a criação de um banco comunitário, como o próprio nome já dá a 
entender, é o envolvimento da comunidade. Isso porque o objetivo f inal não é o lucro, e 
sim o desenvolvimento da economia do entorno. Para tanto é criada uma moeda própria, 
que circula apenas na comunidade. O dinheiro para iniciar os bancos comunitários também 
vem do local, seja de rifas, seja de vaquinhas ou de eventos de arrecadação de fundos. 
Os moradores podem pegar dois tipos de empréstimo: um para produção, como reforma de 
uma loja ou compra de estoque, em reais, e outro para consumo, compra de alimentos e 
outros produtos, na moeda do banco. 
 
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Dessa forma, artigos como alimentos, roupas, sapatos e até serviços de beleza ou aulas são 
consumidos na comunidade, nas lojas que aceitam a nova moeda, fazendo com que o 
dinheiro não deixe a região e sirva para desenvolver a economia local. 
VELOSO, L. Revista Planeta. n. 504, novembro 2014. Adaptado. 
A palavra que deve ser acentuada graf icamente, de acordo com as regras da norma-padrão 
do Português, é 
a) ali 
b) antes 
c) dif icil 
d) pacto 
e) potente 
Gabarito: C 
 
 
99) CESGRANRIO - Ag PM (IBGE)/IBGE/2014 
Viver com menos 
De quantos objetos você precisa para ter uma vida tranquila? Certamente o kit essencial 
inclui peças de roupas, celular, cartões de crédito, móveis e eletrodomésticos como cama, 
geladeira, fogão, computador, e uma casa para guardar tudo isso. Talvez você também 
tenha um carro e acredite que para levar uma vida plena só precisa de mais aquela casa na 
praia. Se dinheiro não for um empecilho, a lista pode aumentar. Não é preciso ir muito longe 
para perceber que vivemos cercados por uma enorme quantidade de objetos e acabamos 
gastando boa parte do tempo cuidando de sua manutenção. 
Nosso objetivo é tornar a vida mais fácil e confortável, mas muitas vezes acabamos reféns 
de nossos próprios objetos de desejo. Um dos lugares que ostentam as consequências do 
consumo excessivo são os engarrafamentos. Diante do sonho do carro próprio, as pessoas 
preferem f icar presas em um engarrafamento do que andar de transporte público. 
Mas de quantas dessas coisas de fato precisamos e quantas não são apenas desperdícios 
de espaço, de dinheiro e de tempo? Por que compramos coisas que sabemos que não iremos 
usar? Para alguns estudiosos, a diferença entre o que precisamos e o que desejamos acaba 
se confundindo na cabeça do consumidor em meio à enxurrada de publicidade que 
recebemos todos os dias. Os objetos que compramos geralmente se encaixam em três 
categorias: a das necessidades, a dos desejos e a dos “necejos”, os objetos de desejo que, 
por imposição da publicidade, acabam se tornando uma necessidade. Tão necessários que 
as pessoas têm de lutar contra a corrente do marketing. 
Mas há uma tendência que se contrapõe a isso, a do minimalismo – também conhecido 
como “consumo mínimo” ou “simplicidade voluntária”. Por exemplo, alguns assumem o 
desafio de viver um ano com apenas 100 itens, incluindo roupas, livros, aparelhos 
eletrônicos, lembranças de família e objetos pessoais. Outros procuram ir ainda mais fundo, 
vivendo sem casa e com apenas 50 itens. Há quem pregue o desafio de f icar um ano sem 
comprar nada, vivendo na base de trocas e doações. 
O minimalismo não trata apenas da quantidade ou do valor dos itens que se encontram em 
nossas casas. Minimalismo é viver com o essencial, e cada pessoa decide o que é essencial 
para si. Então, por definição, o minimalismo sempre será algo subjetivo e indiv idual. Por 
exemplo, todo mundo que mora numa casa ou apartamento grande em uma área mais 
barata da cidade poderia, pelo mesmo valor, morar em um cubículo mais bem localizado. 
Essa é uma revolução minimalista: ter menos tralha e mais experiências. 
 
 
 
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VELOSO, Larissa. Viver com menos. Revista Planeta. São Paulo: Três Editorial. n. 490, ago. 2013. Seção 
Comportamento. Adaptado. 
No trecho do Texto “poderia, pelo mesmo valor, morar em um cubículo mais bem 
localizado”, a palavra destacada é acentuada graf icamente pelo mesmo motivo pelo qual se 
acentua a palavra 
a) conteúdo 
b) pôr 
c) público 
d) saída 
e) pôde 
Gabarito: C 
 
 
100) CESGRANRIO - Aux (CEFET RJ)/CEFET RJ/Administração/2014 
Texto I 
Febre de liquidação 
Passo em frente da vitrine.Observo um paletó quadriculado, uma calça preta e duas camisas 
polo, devidamente acompanhados de um cartaz discreto anunciando a “remarcação”. Fujo 
apressadamente pelos labirintos do shopping. Tarde demais, fui f isgado. Mal atinjo as 
escadas rolantes, inicio o caminho de volta. O coração badala como um sino. A respiração 
ofegante. São os primeiros sintomas da febre por liquidação, que me ataca cada vez que 
vejo uma vitrine com promessas sedutoras. 
Atravesso as portas da loja, farejo em torno, com o mesmo entusiasmo de um leão vendo 
criancinhas em um safári. No primeiro momento, tenho a impressão de que entrei numa 
estação de metrô. A febre já atingiu a multidão. Os vendedores, cercados, parecem astros 
da Globo envoltos pelos fãs. Dou duas cotoveladas em um dos rapazes com ar de executivos 
e peço o tal paletó. O funcionário explica que só tem determinado número. Minto: 
— Acho que é o meu. 
Ele me observa, incrédulo. É dois algarismos menor, mas quem sabe? Acho que emagreci 
100 gramas na última semana. Experimento. Não fecha. 
Respiro fundo e abotoo. Assim devem ter se sentido as mulheres com espartilho. Gemo, 
quase sem voz: 
— Está um pouquinho apertado. 
— É o maior que temos — diz, cruel. 
Decido. Vou levar, apesar da barriga encolhida. 
O vendedor arregala os olhos. Explico: 
— Estou fazendo regime. No ano que vem vai caber direitinho. 
De qualquer maneira, só poderia usá-lo no próximo inverno. É de lã pesada, e está fazendo 
o maior calor. Só de experimentar f iquei suando. [...] 
Concordo que fui precipitado em comprar uma roupa para quando estiver magro, só para 
aproveitar o preço. Meu regime dura oito anos, sem resultados visíveis. 
 
 
 
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Desabafo com uma amiga naturalista, que vive apregoando um modo de vida mais simples, 
sem muitas posses. Ela me aconselha: Não compre mais nada. Resista. Aprendi muito 
quando passei a viver apenas com o necessário. Revela, com ar culpado: 
— Sabe, na minha fase consumista, juntei roupa para 150 anos. 
Sorrio, solidário. Ela pergunta, por mera curiosidade, os preços da loja. Também pede o 
endereço. 
Mais tarde a descubro no shopping, mergulhada na arara das blusas de lã. Febre de 
liquidação é pior que gripe, dá até recaída. Com um detalhe: a gente gasta, gasta, e ainda 
acha que levou vantagem. 
CARRASCO, W. O golpe do aniversariante e outras crônicas. In: Para Gostar de Ler. São Paulo: Ática, 2005. v.20, p. 
60-63. 
No trecho do Texto I “tenho a impressão de que entrei numa estação de metrô”., a palavra 
em destaque é acentuada graf icamente segundo a mesma regra que a palavra 
a) funcionário 
b) recaída 
c) safári 
d) até 
e) incrédulo 
Gabarito: D 
 
 
 
101) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Carga e Descarga I/2014 
Texto II 
O padeiro 
Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta 
do apartamento — mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de 
ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido”. De resto não 
é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; 
acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não 
sei bem o que do governo. 
Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E, enquanto tomo 
café, vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha 
deixar o pão à porta do apartamento, ele apertava a campainha, mas, para não incomodar 
os moradores, avisava gritando: 
— Não é ninguém, é o padeiro! 
Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo? 
 “Então você não é ninguém?” 
Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe 
acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra 
pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a 
pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro”. Assim 
f icara sabendo que não era ninguém... 
 
 
 
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Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-
lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele 
tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que 
deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela of icina — e muitas 
vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda 
quentinho da máquina, como pão saído do forno. 
Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque 
no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, 
ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta 
de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre 
todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!” 
E assobiava pelas escadas. 
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 11.ed. Rio de Janeiro:1996. p.36-37. Adaptado. 
A palavra acentuada pela mesma regra que se verif ica na palavra símbolos é 
a) já 
b) está 
c) respeitável 
d) esferográf ica 
e) desenvolverá 
Gabarito: D 
 
 
 
102) CESGRANRIO - Conf (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/2014 
Texto II 
Pichação 
Os códigos usados na pichação são símbolos e siglas empregados para identif icar o autor 
da obra. Uma pichação é essencialmente a assinatura de um grupo de pichadores, a turma. 
Pode conter o nome dela, a abreviação dos apelidos dos integrantes e dados como região e 
data. As turmas se relacionam de maneira amistosa ou hostil entre si, e isso também fica 
marcado nas paredes. Existem turmas tradicionais que surgiram na década de 90 e 
perduram até hoje: ou porque um de seus membros nunca parou de pichar — sim, existem 
pichadores com mais de 40 anos —, ou porque ele selecionou algum sucessor para carregar 
o nome para a frente. 
Criado na cidade de São Paulo nos anos 80, o estilo mais popular é chamado de pichação 
reta e é respeitado por todos os adeptos. É vandalismo, sim, com marca registrada. 
Mundo Estranho. S. Paulo: Abril, n. 147, dez. 2013, p. 46. 
Das palavras acentuadas (todas retiradas do Texto II) códigos, símbolos, também, 
década e até, três delas recebem acento porque seguem a regra que diz: 
a) as palavras proparoxítonas são sempre acentuadas. 
b) os ditongos recebem acento quando tônicos. 
c) as palavras de três sílabas sempre são acentuadas. 
d) os monossílabos tônicos terminados em vogal são acentuados. 
e) as palavras oxítonas terminadas em vogal aberta são acentuadas. 
Gabarito: A 
 
 
 
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103) CESGRANRIO - Conf (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/2014 
Texto I 
A torcida para que o carioca se anime e vá às compras 
Às 10h da última quarta-feira, um jovem vendedor do Mercadão de Madureira apontava 
para si a câmera do seu smartphone. Adriano Silva, de 21 anos, posava entre bandeiras, 
cornetas e bandanas amontoadas nas prateleiras de uma das quase 600 lojas ao seu redor. 
Ao lado, um colega de trabalho se divertia com a cena. Os dois tinham tempo de sobra, 
assim como os outros funcionários de um dos maiores mercados da cidade. Apesar dos 80 
mil visitantes diários, nenhum artigo temático da Copa do Mundo fora vendido naquela 
manhã. Faltam apenas 18 dias para o início do evento. Para quem vê os estoques lotados, 
porém, a impressão é de que falta muito mais. 
O encalhe de produtos temáticos é uma realidade familiar — e temida — aos comerciantes. 
Tanto que eles tentam desovar toda a sorte de artigos em verde e amarelo que 
permaneceram no estoque da última Copa, no afã de amortecerprejuízos de 2010. Exemplo 
disso é a grande caixa promocional na entrada de uma das lojas, abarrotada de camisas 10 
da seleção brasileira com o nome do jogador Kaká, a R$ 5. Kaká não está no escrete 
brasileiro deste ano. 
— Tem coisa aqui de 2006 — revela, em tom constrangido, Adriano. A expectativa é que as 
vendas alavanquem na primeira semana de junho. Caso contrário, o prejuízo será grande. 
De acordo com o cálculo dos lojistas, eles terão de vender cerca de 70% dos produtos até 
o f inal do Mundial, para não saírem perdendo. Mas a porcentagem, até agora, não ultrapassa 
a marca dos 5%. 
— O que mais tem saído é corneta e bandana. Mas, em relação a 2010, as vendas estão 
bem piores. Pelo visto, tem muita coisa que vai f icar aí por mais quatro anos — diz o 
vendedor. 
A TORCIDA para que o carioca se anime e vá às compras. O Globo. Rio de Janeiro, 25 maio 2014. Caderno 1, p. 18. 
A palavra que precisa ser acentuada graf icamente para estar correta quanto às normas em 
vigor está destacada na seguinte frase: 
a) Todo torcedor tem um sentimento especial em relação à seleção. 
b) Muita gente do exterior vem ao Brasil para ver a Copa do Mundo. 
c) Há árbitros que costumam supor que são os principais artistas do espetáculo. 
d) Alguns jogadores dizem nas entrevistas que eles sempre se doam nos jogos. 
e) Os jornalistas de emissoras diferentes também se reunem ao f inal do trabalho. 
Gabarito: E 
 
 
104) CESGRANRIO - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Exploração de 
Petróleo/Geodésia/2014 
Não é meu 
(...) 
Quando Trotsky caiu em desgraça na União Soviética, sua imagem foi literalmente apagada 
de fotograf ias dos líderes da revolução, dando início a uma transformação também 
revolucionária do conceito de fotograf ia: além de tirar o retrato de alguém, tornou-se 
possível tirar alguém do retrato. 
A técnica usada para eliminar o Trotsky das fotos foi quase tão grosseira — comparada com 
o que se faz hoje — quanto a técnica usada para eliminar o Trotsky em pessoa (um 
picaretaço, a mando do Stalin). 
 
 
 
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Hoje não só se apagam como se acrescentam pessoas ou se alteram suas feições, sua idade 
e sua quantidade de cabelo e de roupa, em qualquer imagem gravada. 
A frase “prova fotográf ica” foi desmoralizada para sempre, agora que você pode provar 
qualquer coisa fotograf icamente. 
Existe até uma técnica para retocar a imagem em movimento, e atrizes preocupadas com 
suas rugas ou manchas não precisam mais carregar na maquiagem convencional — sua 
maquiagem é feita eletronicamente, no ar. 
Nossas atrizes rejuvenescem a olhos vistos a cada nova novela (...).O fotoxópi é um revisor 
da Natureza. Lembro quando não existia fotoxópi e recorriam à pistola, um borrifador à 
pressão de tinta, para retocar as imagens. 
Se a prova fotográf ica não vale mais nada nestes novos tempos inconfiáveis, a assinatura 
muito menos. 
Textos assinados pela Martha Medeiros, pelo Jabor, por mim e por outros, e até pelo Jorge 
Luís Borges, que nenhum de nós escreveu — a não ser que o Borges esteja mandando 
matérias da sua biblioteca sideral sem que a gente saiba —, rolam na internet, e não se 
pode fazer nada a respeito a não ser negar a autoria — ou aceitar os elogios, se for o caso. 
Agora mesmo está circulando um texto atacando o “Big Brother Brasil”, com a minha 
assinatura, que não é meu. Isso tem se repetido tanto que já começo a me olhar no espelho 
todas as manhãs com alguma desconfiança. Esse cara sou eu mesmo? E se eu estiver 
fazendo a barba e escovando os dentes de um impostor, de um eu apócrifo? E — meu Deus 
— se esta crônica não for minha e sim dele?! 
VERISSIMO, L. F. Não é meu. Disponível em: <http:// oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2011/01/30/ nao-meu-
359850.asp>. Acesso em: 1 set. 2012. Adaptado. 
A palavra fotográfica recebe acento gráf ico em função da posição de sua sílaba tônica, o 
que faz dela uma proparoxítona. 
O mesmo ocorre com a seguinte palavra do texto: 
a) possível 
b) fotoxópi 
c) alguém 
d) líderes 
e) está 
Gabarito: D 
 
 
105) CESGRANRIO - Asst (CEFET RJ)/CEFET RJ/Alunos/2014 
Escrever é fácil? 
Para estimular crianças e jovens a escrever, há quem diga que escrever é fácil: basta pôr 
no papel o que está na cabeça. Na maioria das vezes, porém, este estímulo é deveras 
desestimulante. 
Há boas explicações para o desestímulo: se a pessoa não consegue escrever, convencê -la 
de que escrever é fácil na verdade a convence apenas da sua própria incompetência, a 
convence apenas de que ela nunca vai conseguir escrever direito; não se escreve pondo no 
papel o que está na cabeça, sob pena de ninguém entender nada; quem escreve 
prof issionalmente nunca acha que escrever é fácil, nem mesmo quando escreve há muito 
tempo — a não ser que já escreva mecanicamente, apenas repetindo frases e fórmulas. 
 
 
 
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Via de regra, nosso pensamento é caótico: funciona para alimentar nossas decisões 
cotidianas, mas não funciona se for expresso, em voz alta ou por escrito, tal qual se encontra 
na cabeça. Para entender o nosso próprio pensamento, precisamos expressá-lo para outra 
pessoa. Ao fazê-lo, organizamos o pensamento segundo um código comum e então, 
f inalmente, o entendemos, isto é, nos entendemos. Não à toa o jagunço Riobaldo, 
personagem do escritor Guimarães Rosa, dizia: professor é aquele que de repente aprende. 
Todo professor conhece este segredo: você entende melhor o seu assunto depois de dar 
sua aula sobre ele, e não antes. Ao falar sobre o meu tema, tentando explicá-lo a quem o 
conhece pouco, aumento exponencialmente a minha compreensão a respeito. Motivado 
pelas expressões de dúvida e até de estupor dos alunos, ref ino minhas explicações e, ao 
fazê-lo, entendo bem melhor o que queria dizer. Costumo dizer que, passados tantos anos 
de prof issão, gosto muito de dar aula, principalmente porque ensinar ainda é o me lhor 
método de estudar e compreender. 
Ora, do mesmo jeito que ensino me dirigindo a um grupo de alunos que não conheço, pelo 
menos no começo dos meus cursos, quem escreve o faz para ser lido por leitores que ele 
potencialmente não conhece e que também não o conhecem. Mesmo ao escrever um diário 
secreto, faço-o imaginando um leitor futuro: ou eu mesmo daqui a alguns anos, ou quem 
sabe a posteridade. Logo, preciso do outro e do leitor para entender a mim mesmo e, em 
última análise, para ser e saber quem sou. 
Exatamente porque esta relação com o outro, aluno ou leitor, é tão fundamental, todo 
professor sente um frio na espinha quando encontra uma nova turma, não importa há 
quantos anos exerça o magistério. 
Pela mesma razão, todo escritor f ica “enrolando” até começar um texto novo, arrumando a 
escrivaninha ou vagando pela internet, não importa quantos livros já tenha publicado. Pela 
mesmíssima razão, todo aluno não quer que ninguém leia sua redação enquanto a escreve 
ou faz questão de colocá-la debaixo da pilha de redações na mesa do professor, não importa 
se suas notas são boas ou não na matéria. 
Escrever definitivamente não é fácil, porque nos expõe no momento mesmo de fazê-lo. [...] 
Quem escreve sente de repente todas as suas hesitações, lacunas e omissões, percebendo 
como o seu próprio pensamento é incompleto e o quanto ainda precisa pensar. Quem 
escreve de repente entende o quanto a sua própria pessoa é incompleta e fraturada, o 
quanto ainda precisa se refazer, se inventar, enfim: se reescrever. 
BERNARDO, G. Conversas com um professor de literatura. Rio de Janeiro: Rocco, 2013. Adaptado. 
 
O acento diferencial é aquele utilizado para distinguir certas palavras homógrafas, ou seja, 
que têm a mesma graf ia. 
Ocorre esse tipo de acento em: 
a) é 
b) está 
c) fórmula 
d) pôr 
e) análise 
Gabarito: D 
 
 
 
 
 
 
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106) CESGRANRIO - Ana (IBGE)/IBGE/Administração Escolar/2013 
Contra o estigma da pobreza 
O livro ‘ Vozes do Bolsa Família – Autonomia, dinheiro e cidadania’ traz pesquisa que 
mergulha no universo dos beneficiários do programa do governo 
Durante os protestos de junho, alguns cartazes pediam a revogação do direito de voto dos 
beneficiários do programa Bolsa Família (BF). Tratava-se de um eco dos preconceitos 
veiculados nas redes sociais depois das eleições de 2010, segundo os quais Dilma só se 
elegera por causa dos votos das famílias beneficiárias, alegação fartamente desmontada 
por analistas eleitorais. É provável, contudo, que o BF tenha contribuído para a perda de 
inf luência de políticos que aproveitavam a dependência de eleitores extremamente pobres 
para formar clientelas com favores eventuais e personalizados, f inanciados com recursos 
públicos. O caráter universalista e regular do BF despersonif ica o benefício e o transfere do 
registro da caridade pessoal para o campo da institucionalidade de Estado. 
A desinformação não se restringe ao campo das paixões políticas. Empresários já 
manifestaram a opinião de que o BF reduz a procura por empregos e dif iculta a contratação, 
como se desconhecessem que o valor máximo do benefício é bem inferior ao salário mínimo 
e que quase metade dos beneficiários é de trabalhadores por conta própria. Alguns estudos 
mostram, ao contrário, que o BF tem um efeito muito positivo sobre o emprego, ao animar 
mercados locais de bens e serviços de baixa renda. Também há indícios de que o programa 
contribuiu para a redução da migração de regiões pobres para grandes cidades, mas 
o deficit de capacitação dos beneficiados não lhes permitiria disputar vagas oferecidas, por 
exemplo, pela indústria paulista caso forçados à migração.[...] 
Os autores do livro Vozes do Bolsa Família... partem da hipótese de que os mitos que culpam 
o acaso ou os próprios pobres pela pobreza secular herdada legitimam a indiferença dos 
ricos e humilham os pobres até levá-los à resignação ou, mais raramente, à violência. No 
Brasil, o predomínio de uma visão liberal que culpa os pobres por sua pobreza tem raízes 
históricas profundas. Seus antecedentes são os estereótipos que taxaram homens livres e 
pobres como vagabundos depois da Abolição, e que estigmatizavam o escravo como 
preguiçoso, leniente, lascivo e que, portanto, só trabalharia sob a coerção mais absoluta. 
A força dos estigmas produziu várias consequências políticas. Primeiro, vetou ou limitou 
políticas voltadas a reformar os arranjos estruturais que reproduzem a pobreza. Esses 
arranjos resultam da privação histórica do acesso à terra, à moradia e a oportunidades de 
capacitação política, econômica e educacional de grande maioria da população brasileira. 
Segundo, legitimou ações que mitigavam os efeitos da pobreza através da caridade, 
mantida no registro do favor a quem é culpado por seu próprio destino e, paradoxalmente, 
incapacitado de mudá-lo. Terceiro, emudeceu os pobres que internalizaram a imagem 
depreciativa e os colocou em situação de dependência pessoal do favor, enfraquecidos como 
sujeitos de direitos e incapacitados de mudar sua situação. Enfim, a ausência de reparação 
institucional, a carência de capacitações e a internalização da humilhação se reforçaram 
mutuamente para reproduzir a pobreza. 
O BF, por sua vez, transfere o registro da pobreza (e sua atenuação) do campo da caridade 
pessoal para a esfera da responsabilidade institucional e do direito à cidadania substantiva, 
ou seja, parte do reconhecimento institucional de uma dívida social e inicia o processo de 
habilitação de cidadãos. É diferente do assistencialismo tradicional porque, primeiro, 
assegura regularmente o atendimento de necessidades básicas sem as quais qualquer 
direito à cidadania é puramente formal. Segundo, exige a contrapartida da frequência 
escolar e, de fato, reduz o trabalho infantil, a repetência e a baixa escolaridade nas famílias 
beneficiadas, um arranjo central da reprodução da pobreza e subcidadania. Terceiro, a 
transferência de dinheiro aumenta a responsabilidade individual e confere uma autonomia 
mínima antes desconhecida pelas mães beneficiárias.[...] 
 
 
 
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Os autores defendem que a ampliação dos direitos de cidadania seria reforçada se as 
prefeituras não se limitassem a cadastrar as beneficiárias mas criassem canais de 
interlocução e controle social do programa. Afinal, o BF não assegura nem a solução do 
problema da pobreza nem a formação de uma cultura de cidadania ativa, embora seja o 
primeiro passo indispensável para ambas. Seu principal efeito, argumentam, não é o de 
superar o círculo vicioso da pobreza, mas iniciar um círculo virtuoso dos direitos, em que a 
expansão de um direito dá origem a reivindicações por outros direitos, em uma luta pelo 
reconhecimento da legitimidade de novas expectativas. Se estiverem certos, os f ilhos das 
famílias beneficiárias não apenas terão mais capacitações que os pais para cruzar as portas 
de saída do programa. Nos protestos de rua e de campo no futuro, portarão os cartazes que 
os pais estiveram incapacitados de escrever. 
BASTOS, P.P.Z. Contra o estigma da pobreza. Carta Capital. Disponível 
em:<http://www.cartacapital.com.br/economia/vozes-da-pobreza-1525.html>. Acesso em: 26 set. 2013. Adaptado. 
As proparoxítonas recebem, por regra, acento gráf ico. 
Um exemplo de palavra do texto acentuada por esse motivo é: 
a) contribuído 
b) caráter 
c) através 
d) hipótese 
e) indispensável 
Gabarito: D 
 
 
107) CESGRANRIO - Of (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Produção I/2013 
A seguinte palavra deve ser acentuada graf icamente: 
a) consciente 
b) doce 
c) cedo 
d) ritmo 
e) tenis 
Gabarito: E 
 
 
108) CESGRANRIO - Of (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Produção I/2013 
A palavra em destaque está grafada corretamente e de acordo com a norma-padrão em: 
a) A boa ideia têm de ser registrada. 
b) Esse conto de terror é muito rúim. 
c) Quem escolhe o que lê sábiamente? 
d) O júri de meus textos serão os leitores. 
e) As personágens de meus contos são destemidas. 
Gabarito: D 
 
 
 
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109) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Motorista Granel I/2013 
Texto 
Comer, celebrar, amar 
É em volta da mesa que mantemos acesos nossos laços sociais e afetivos ao festejar a 
refeição nossa de cada dia. A alimentação, mais que matar a fome, foi um movimento de 
construção da nossa sociabilidade. 
É bem verdade que, antes de qualquer coisa, comer é uma necessidade. Trata-se de um 
dos instintos mais básicos da humanidade esse de alimentar-se, nutrir-se. Sem comida, não 
sobreviveríamos. 
Entretanto, mal paramos para pensar na representatividade que uma simples refeição pode 
ter em nossa vida. Foi ao redor da mesa (ou da fogueira, voltando mais o botão da máquina 
do tempo) que nos constituímos seres humanos e seres sociais, capazes de sentar, interagir 
e celebrar com nossos semelhantes. 
Mesmo que a princípio seja um ato para aplacar uma necessidade individual, comer se 
tornou uma atividade essencialmente coletiva para nós. Antes do advento do cozimento, 
partilhávamos o trabalho, homens na caça, mulheres a preparar o alimento. Após esse 
marco histórico, passamos a nos reunir em volta da fogueira ou da mesa — passou a valer 
a política do “um por todos, todos por um”. 
Fizemos de uma necessidade biológica — a fome — uma necessidade afetiva e social: reunir, 
confraternizar e estar perto das pessoas em função do alimento. 
TONON, Rafael. Comer, celebrar, amar. Vida simples. São Paulo: Abril, n. 117, Abr. 2012. p. 58-62. Adaptado. 
Em “que nos constituímos seres humanos”, a palavra destacadaé acentuada 
graficamente, de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa. 
O grupo em que as duas palavras devem ser acentuadas pelo mesmo motivo é 
a) célebre, cerimônia 
b) construídas, móvel 
c) raízes, gastronômico 
d) saúde, conteúdo 
e) sobrevivência, dif ícil 
Gabarito: D 
 
 
110) CESGRANRIO - PB (BNDES)/BNDES/Administração/2013 
Texto 
Cidade: desejo e rejeição 
A cidade da modernidade se configurou a partir da Revolução Industrial e se tornou 
complexa pelo tamanho territorial e demográfico, antes jamais alcançado, e pelas 
exigências de infraestrutura e de serviços públicos. No início do século XX, se generalizou a 
ideia da cidade como instância pública. Até então, esta seria uma construção que resultava 
de interesses específ icos, de setores ou estratos sociais. 
A mudança do milênio vê, contraditoriamente, a expansão de modelos urbanísticos e a 
ocupação territorial que se opõem à “condição urbana” – de certo modo fazendo retornar a 
cidade à instância privada. Tal ambiguidade estabelece um patamar para o debate sobre os 
rumos da cidade. 
 
 
 
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O sistema urbano brasileiro estava em processo de consolidação como instância pública, 
quando, a partir dos anos 1960, sofre inf lexão importante. Razões externas ao urbanismo 
inf luenciam no redesenho de nossas cidades. 
A opção pelo transporte urbano no modo rodoviário, em detrimento do transporte sobre 
trilhos, então estruturador das principais cidades, é uma delas. 
Outros elementos adentram o cenário brasileiro nas últimas décadas e dispõem a cidade 
como instância privada: os condomínios fechados e os shopping centers. Ambos associados 
ao automóvel, exaltam a segmentação de funções urbanas. A multiplicidade e a variedade, 
valores do urbano, ali não são consideradas. O importante para os promotores imobiliários 
e para os que aderem a tais propostas é a sensação de que o modelo é algo à parte do 
conjunto. Há uma explícita “rejeição à cidade”. 
Além disso, com o crescimento demográfico e a expansão do sistema urbano, as áreas 
informais adquirem relevo e, em alguns casos, passam a compor a maior parte das cidades. 
Isto é, enquanto por um século e meio se concebe e se desenvolve a ideia da cidade como 
instância pública, uma parte maiúscula dessa mesma cidade é construída em esforço 
individual como instância privada. 
MAGALHÃES, Sérgio Ferraz. Cidade: desejo e rejeição. Revista Ciência Hoje. Rio de Janeiro: ICH. n. 290, mar. 2012, 
p. 75. 
O grupo em que ambas as palavras devem ser acentuadas de acordo com as regras de 
acentuação vigentes na língua portuguesa é 
a) aspecto, inicio 
b) instancia, substantivo 
c) inocente, maiuscula 
d) consciente, ritmo 
e) frequencia, areas 
Gabarito: E 
 
 
111) CESGRANRIO - Tec Adm (BNDES)/BNDES/2013 
Ciência do esporte – sangue, suor e análises 
Na luta para melhorar a performance dos atletas […], o Comitê Olímpico Brasileiro tem, há 
dois anos, um departamento exclusivamente voltado para a Ciência do Esporte. De estudos 
sobre a fadiga à compra de materiais para atletas de ponta, a chave do êxito é uma só: o 
detalhamento personalizado das necessidades. 
Talento é fundamental. Suor e entrega, nem se fala. Mas o caminho para o ouro olímpico 
nos dias atuais passa por conceitos bem mais profundos. Sem distinção entre gênios da 
espécie e reles mortais, a máquina humana só atinge o máximo do potencial se suas 
características individuais forem minuciosamente estudadas. Num universo olímpico em que 
muitas vezes um milésimo de segundo pode separar glória e fracasso, entra em campo a 
Ciência do Esporte. Porque grandes campeões também são moldados através de análises 
laboratoriais, projetos acadêmicos e modernos programas de computador. 
A importância dos estudos científ icos cresceu de tal forma que o Comitê Olímpico Brasileiro 
(COB) há dois anos criou um departamento exclusivamente dedicado ao tema. [...] 
— Nós trabalhamos para potencializar as chances de resultados. O que se define como 
Ciência do Esporte é na verdade uma quantidade ampla de informações que são trazidas 
para que técnico e atleta possam utilizá-las da melhor maneira possível. Mas o líder será 
 
 
 
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sempre o treinador. Ele decide o que é melhor para o atleta — ressalta o responsável pela 
gerência de desenvolvimento e projetos especiais, que cuida da área de Ciência do Esporte 
no COB, Jorge Bichara. 
A gerência também abrange a coordenação médica do comitê. Segundo Bichara, a área de 
Ciência do Esporte está dividida em sete setores: f isiologia, bioquímica, nutrição, psicologia, 
meteorologia, treinamento esportivo e vídeo análise. 
 
Reposição individualizada 
Na prática, o atleta de alto rendimento pode dispor desde novos equipamentos, que o 
deixem em igualdade de condições de treino com seus principais concorrentes, até dados 
f isiológicos que indicam o tipo de reposição ideal a ser feita após a disputa. 
— No futebol feminino, já temos o perf il de desgaste de cada atleta e pudemos desenvolver 
técnicas individuais de recuperação. Algumas precisam beber mais água, outras precisam 
de isotônico — explica Sidney Cavalcante, supervisor de Ciência do Esporte do comitê. […] 
As Olimpíadas não são laboratório para testes. É preciso que todas as inovações, 
independentemente da modalidade, estejam testadas e catalogadas com antecedência. 
Bichara af irma que o trabalho da área de Ciências do Esporte nos Jogos pode ser resumida 
em um único conceito: 
— Recuperação. Essa é a palavra-chave. […] 
CUNHA, Ary; BERTOLDO, Sanny. Ciência do esporte – sangue, suor e análises. O Globo, Rio de Janeiro, 25 maio 
2012. O Globo Olimpíadas - Ciência a serviço do esporte, p. 6. 
A palavra que deve ser acentuada pela mesma regra que olímpico é 
a) revolver 
b) carater 
c) bocaiuva 
d) solido 
e) amavel 
Gabarito: D 
 
 
112) CESGRANRIO - Tec Ban (BASA)/BASA/2013 
É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia 
Trabalho no projeto Saúde e Alegria, que começou com o apoio do BNDES em 1987, e hoje 
retomamos uma parceria com o Banco na área de saneamento, premiada pela Cepal, em 
Santiago do Chile. 
O tiro que eu daria seria na mudança de mentalidade. O Brasil começaria a entender a 
Amazônia não como um ônus, mas como um bônus. Vivemos neste exato momento duas 
crises. Uma econômica internacional, outra ambiental. Apesar de serem duas, a solução 
para a saída de ambas é uma só: pensar um novo modelo de desenvolvimento que una a 
questão ambiental à econômica. Sobretudo, que traga alegria, saúde, felicidade, com base 
não apenas no consumo desenfreado. 
A questão liga a Amazônia ao mundo não apenas pelo aspecto da regulação climática, mas 
também pela motivação na busca de uma solução para aquelas duas crises. Temos uma 
oportunidade única — principalmente por ser o Brasil um país que agrega a maioria do 
território amazônico — de construir, a partir da Amazônia, um modelo de desenvolvimento 
 
 
 
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“2.0” capaz de oferecer respostas em um sentido inverso ao atual. Em lugar de importar 
um modelo de desenvolvimento do Sul, construído em outras bases, deveríamos levar 
adiante algumas iniciativas que podem ser, até mesmo, replicadas em cidades como Rio de 
Janeiro ou São Paulo. 
Esse seria o tiro ligado à mudança de mentalidade. Às vezes, pensamos na Amazônia como 
um problema, como o escândalo do desmatamento. Raramente chegam às regiões Sul e 
Sudeste ou a Brasília notícias boas da Amazônia. 
O novo modelo de desenvolvimento — se fosse reduzido a alguns pilares — incluiria, 
obviamente, zerar o desmatamento (já há programas para isso) e combater a pobreza, 
entendendo-se que a solução para o meio ambientepassa, necessariamente, pela questão 
social. 
Se analisarmos as áreas que mais desmatam hoje no mundo, constataremos que são áreas 
com menor Índice de Desenvolvimento Humano [IDH]. Portanto, há uma necessidade 
premente de se criar um ambiente de negócios sustentáveis, com uma economia ligada ao 
meio ambiente. O investidor precisa ter segurança de investir, de gerar emprego com o 
mínimo de governança, para que esses negócios se perpetuem ao longo do tempo. 
Destaco outros pontos, como a política de proteção e f iscalização. É preciso sair da cultura 
do ilegalismo e entrar no legalismo. O normal lá é o ilegal. Vamos imaginar que sou do Rio 
Grande do Sul, sou um cara do bem, quero investir em produção madeireira na Amazônia. 
Faço tudo corretamente, plano de manejo, obtenho as licenças necessárias, pago encargos 
trabalhistas, etc. Vou enfrentar uma concorrência desleal, e minha empresa fechará no 
vermelho. Como posso concorrer com 99% dos empreendimentos, que são ilegais? Ou volto 
para o Rio Grande do Sul ou mudo de lado. Essa é a prática na Amazônia. E essa prática 
precisa acabar. 
Além da necessidade de governança, de gestão pública, há a necessidade de políticas que 
atendam ao fator amazônico. Às vezes, acho que o Brasil desconhece a Amazônia. Lido com 
políticos municipais, principalmente nas áreas de saúde e educação. Evidentemente, não 
podemos trabalhar com a mesma política de municípios como Campinas ou Santarém, 
equivalente ao tamanho da Bélgica. Na Amazônia, há comunidades que f icam distantes 20 
horas de barco e são responsabilidade do gestor municipal. Imaginem um secretário de 
Saúde tentando cumprir a Constituição, o direito do cidadão, com o orçamento limitado, 
numa situação amazônica, com as distâncias amazônicas. 
Outro ponto a ser levado em consideração é o ordenamento territorial. Também destaco os 
aspectos social e de infraestrutura, as cadeias produtivas, o crédito, o fomento e a 
construção de uma nova economia sobre REDD (do inglês Reducing Emissions from 
Deforestation and Degradation, que signif ica reduzir emissões provenientes de 
desf lorestamento e degradação) e o pagamento de serviços ambientais. 
Em resumo, se começarmos a pensar na Amazônia como uma oportunidade, acho que 
conseguiremos efetivar soluções em curto espaço de tempo. 
SCANNAVINO, Caetano. É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia. In: BNDES. Amazônia em debate: 
oportunidades, desafios e soluções. Rio de Janeiro: BNDES, 2010, p. 147-149. Adaptado. 
Seguem a mesma regra de acentuação gráf ica as seguintes palavras do texto: 
a) também, saúde, econômica 
b) climática, pública, Bélgica 
c) áreas, sustentáveis, única 
d) amazônica, só, bônus 
e) ônus, até, inglês 
Gabarito: B 
 
 
 
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113) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Carga e Descarga I/2013 
Texto 
Balada no 7 (Mané Garrincha) 
Sua ilusão entra em campo no estádio vazio 
Uma torcida de sonhos aplaude talvez 
O velho atleta recorda as jogadas felizes 
Mata a saudade no peito driblando a emoção 
Hoje outros craques repetem as suas jogadas 
Ainda na rede balança seu último gol 
Mas pela vida impedido parou 
E para sempre o jogo acabou 
Suas pernas cansadas correram pro nada 
E o time do tempo ganhou 
Cadê você, cadê você, você passou 
E o que era doce, o que não era se acabou 
Cadê você, cadê você, você passou 
No videoteipe do sonho, a história gravou 
Ergue os seus braços e corre outra vez no gramado 
Vai tabelando o seu sonho e lembrando o passado 
No campeonato da recordação faz distintivo do seu coração 
Que as jornadas da vida são bolas de sonho 
Que o craque do tempo chutou 
LUIZ, Alberto. Balada no 7 (Mané Garrincha). Intérprete: Moacyr Franco. In: MOACYR FRANCO. Nosso primeiro 
amor. São Paulo: Copacabana, p1970. 1 disco sonoro. Lado B, faixa 9. 
A palavra acentuada pela mesma razão pela qual se acentua Mané é 
a) gaúcho 
b) pôde 
c) juízes 
d) café 
e) conteúdo 
Gabarito: D 
 
 
114) CESGRANRIO - Tec Jr (BR)/BR/Administração e Controle/2013 
Morar só por prazer 
O número de residências habitadas por uma única pessoa está aumentando velozmente no 
Brasil e no mundo. Morar sozinho é um luxo que tem pouco a ver com solidão e segue uma 
tendência generalizada em países desenvolvidos. Cada vez mais gente batalha para 
conquistar o seu espaço individual. 
 
 
 
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Há quem diga que é coisa de eremita ou então puro egoísmo, típico da “era moderna”. 
Chega-se até a falar na “ruína da família” e no “f im do convívio em comunidade”. Entretanto, 
o crescimento no número de casas habitadas por uma só pessoa, no Brasil e no mundo, não 
signif ica necessariamente isso. 
O antropólogo carioca Gilberto Velho, estudioso dos fenômenos urbanos, faz questão de 
enfatizar que a cultura que desponta não é marcada pelo egoísmo, mas sim pelo 
individualismo. Embora os dois conceitos muitas vezes se confundam no linguajar informal, 
e até nos dicionários, para a f ilosof ia, o egoísmo é um julgamento de valor e o 
individualismo, uma doutrina baseada no indivíduo. 
De acordo com a psicanalista Junia de Vilhena, ter uma casa só para si é criar um espaço 
de individualidade, o que é muito saudável para o crescimento pessoal de cada um, seja 
homem, seja mulher, jovem ou adulto, solteiro, casado ou viúvo. “Em muitas famílias não 
há espaço para o indivíduo. O sistema familiar pode abafar e sufocar. Não dá mais para 
idealizar o conceito de família. Acredito que o aumento dos lares unipessoais nos propõe 
uma ref lexão: que tipo de família queremos construir?” 
Junia lembra que nem sempre uma casa com dois ou vários moradores é um espaço de 
troca. Ser sociável, ou não, depende do jeito de ser das pessoas. Morar sozinho não define 
isso, embora possa reforçar características dos tímidos. Para os expansivos, ter um 
ambiente próprio de recolhimento propicia a tranquilidade que lhes permite recarregar as 
energias para viver o ritmo acelerado das grandes cidades. 
MESQUITA, Renata. Revista Planeta, ed. 477. São Paulo: Editora Três, junho de 2012. Adaptado. 
No trecho “Morar sozinho é um luxo que tem pouco a ver com solidão e segue uma tendência 
generalizada em países desenvolvidos.”, a palavra destacada é acentuada. Duas palavras 
do texto recebem acento gráf ico pelo mesmo motivo da referida palavra países. São elas: 
a) ruína e viúvo 
b) egoísmo e número 
c) saudável e única 
d) tímidos e indivíduo 
e) dicionários e sociável 
Gabarito: A 
 
 
115) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Motorista Granel I/2012 
Texto II 
 
 
 
 
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Disponível em: <http://www.tecnologianaeducacaopdg.blogspot. com/2011/09/formacao-do-professor-para-o-
uso.html>. Acesso em: 05 mar. 2012. 
A palavra trânsito é acentuada em virtude da mesma regra verif icada em 
a) táxi 
b) saía 
c) atrás 
d) incrível 
e) número 
Gabarito: E 
 
 
116) CESGRANRIO - Alu-Pub (PROMINP)/PROMINP/Grupo C/2012 
A dupla de palavras em que ambas devem ser acentuadas graf icamente na sílaba destacada 
é: 
a) facil - tropeço 
b) Itaipu - dormencia 
c) juiz - Raul 
d) viril - juriti 
e) serio - tedio 
Gabarito: E 
 
 
117) CESGRANRIO - Tec (CMB)/CMB/Administrativo/Assistente/2012 
Algumas palavras são acentuadas com o objetivo exclusivo de distingui-las de outras. Uma 
palavra acentuada com esse objetivo é a seguinte: 
a) pôr 
b) ilhéu 
c) sábio 
d) também 
e) lâmpada 
Gabarito: A 
 
 
118) CESGRANRIO - Alu-Pub (PROMINP)/PROMINP/Grupo A/2012 
Texto II 
Que calorão! 
O clima na Terra não é sempre igual e a temperatura aumenta e diminui de vez em quando. 
O grande problema é que nem sempre isso acontece naturalmente. Atualmente os cientistasestão muito preocupados porque acham que a ação do homem está fazendo o planeta f icar 
mais quente. 
 
 
 
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A causa disso pode ser o efeito estufa. Para entender esse fenômeno, imagine uma estufa 
daquelas em que se cultivam plantas. Lá dentro faz bastante calor. Com a Terra é a mesma 
coisa, mas, em vez de vidros, há gases na atmosfera que conservam o calor. A energia solar 
passa por eles e aquece a superf ície do planeta. Parte dessa energia, que seria ref letida 
para o espaço, acaba f icando na atmosfera, barrada pelos gases. 
Isso é normal e, se não existisse o efeito estufa, a temperatura do planeta hoje seria cerca 
de −76 o Celsius. 
Ninguém conseguiria viver em um lugar tão gelado e até os oceanos congelariam. Mas agora 
a quantidade de gases na atmosfera está aumentando e o calor também. 
 
Bichos em perigo 
O gás carbônico, por exemplo, sempre existiu, mas nunca em quantidade tão grande, pois 
é liberado com a queima de combustíveis como carvão, petróleo e gás natural, muito usados 
atualmente. Com isso a temperatura na Terra pode subir demais e esse aquecimento vai 
causar muitas mudanças em todo o planeta. [...] 
Alguns efeitos do aquecimento exagerado já foram percebidos. O derretimento acelerado 
do gelo nas regiões polares, por exemplo, está prejudicando a sobrevivência de vários 
animais, que não conseguem caçar ou encontrar alimentos. 
[...] alguns (cientistas) acreditam que mudanças no clima causaram a extinção de um sapo 
da Costa Rica. Para diminuir o problema é preciso usar outras fontes de energia, como o sol 
e o vento, que não emitem gases perigosos. 
Revista Recreio. São Paulo: Abril, ano 2, n. 59, 2001. 
O par de palavras que apresenta a acentuação gráf ica de acordo com a norma-padrão é 
a) ninguém / soluvél 
b) automóveis / poluídos 
c) gáses / céu 
d) necessáriamente / água 
e) oceânos / pântanos 
Gabarito: B 
 
 
119) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Carga e Descarga I/2012 
Texto II 
O Sol vai esfriar? 
O Sol, como toda estrela, tem seus altos e baixos. O astro parece nascer forte, quente e 
brilhante todo dia. Mas essa constância é aparente. Nosso Sol passa por períodos de maior 
ou menor atividade, que afetam a quantidade de calor que ele transmite para a Terra. 
Agora, ele pode estar prestes a dar uma esfriada. 
No início de junho, pesquisadores previram que o Sol poderá entrar em uma longa fase mais 
fria em torno de 2020. Isso aconteceu entre 1600 e 1700, período chamado de Pequena 
Era do Gelo. Os invernos foram tão frios que a população europeia passou fome. 
Será que estamos diante de uma nova era do gelo como aquela? Não. Como a previsão para 
o aquecimento global é de 3 graus Celsius, a baixa atividade solar reduziria a temperatura 
no planeta em 0,3 grau até o f im do século, isto é, apenas um décimo da elevação prevista 
 
 
 
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pelos cientistas. Portanto, a atividade solar pode se reduzir, mas não vai refrescar a vida de 
ninguém. 
TELLES, Margarida; MOON, Peter. Revista Época, n. 685, 4 jul. 2011, p. 28. Adaptado. 
As palavras século e décimo do Texto II são acentuadas na antepenúltima sílaba, assim 
como 
a) alfabeto 
b) anatomia 
c) reporter 
d) sabado 
e) sanduiche 
Gabarito: D 
 
 
120) CESGRANRIO - Tec (TERMOBAHIA)/TERMOBAHIA/Administração e Controle/2012 
Crescimento da população é “desafio do século”, diz consultor da ONU 
O crescimento populacional é o “desafio do século” e não está sendo tratado de forma 
adequada na Rio+20, segundo o consultor do Fundo de População das Nações Unidas, 
Michael Herrmann. 
“O desafio do século é promover bem-estar para uma população grande e em crescimento, 
ao mesmo tempo em que se assegura o uso sustentável dos recursos naturais” [...] “As 
questões relacionadas à população estão sendo tratadas de forma adequada nas 
negociações atuais? Eu acho que não. O assunto é muito sensível e muitos preferem evitá-
lo. Mas nós estaremos enganando a nós mesmos se acharmos que é possível falar de 
desenvolvimento sustentável sem falar sobre quantas pessoas seremos no planeta, onde 
estaremos vivendo e que estilo de vida teremos”, af irmou. 
No f im do ano passado, a população mundial atingiu a marca de sete bilhões de pessoas. 
As projeções indicam que, em 2050, serão 9 bilhões. O crescimento é mais intenso nos 
países pobres, mas Herrmann defende que os esforços para o enfrentamento do problema 
precisam ser globais. 
“Se todos quiserem ter os padrões de vida do cidadão americano médio, precisaremos ter 
cinco planetas para dar conta. Isso não é possível. Mas também não é aceitável falar para 
os países em desenvolvimento ‘desculpa, vocês não podem ser ricos, nós não temos 
recursos suficientes’. É um desafio global, que exige soluções globais e assistência ao 
desenvolvimento”, af irmou. 
O consultor disse ainda que o Fundo de População da ONU é contrário a políticas de controle 
compulsório do crescimento da população. Segundo ele, as políticas mais adequadas são 
aquelas que permitem às mulheres fazerem escolhas sobre o número de f ilhos que querem 
e o momento certo para engravidar. Para isso, diz, é necessário ampliar o acesso à educação 
e aos serviços de saúde reprodutiva e planejamento familiar. [...] 
MENCHEN, Denise. Crescimento da população é “desafi o do século”,diz consultor da ONU. Folha de São Paulo. São 
Paulo, 11 jun. 2012. Ambiente. Disponível em:<http://www1.folha.uol.com. br/ambiente. 1103277-crescimento-da-
populacao-e-desafi o-do- -seculo-diz-consultor-da-onu.shtml>. Acesso em: 22 jun. 2012. Adaptado. 
A palavra do Texto I cuja acentuação gráf ica se justif ica segundo a mesma regra observada 
em sustentável é 
a) século 
b) evitá-lo 
 
 
 
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c) vocês 
d) possível 
e) também 
Gabarito: D 
 
 
121) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Motorista I/2012 
Texto I 
O mistério do futebol 
Começa quando a gente é criança. Quando qualquer coisa - até o corredor da casa - é um 
campo de futebol e qualquer coisa vagamente esférica é a bola. Se é genético, não se sabe. 
Um brasileiro criado na selva por chimpanzés, quando se pusesse de pé, começaria a fazer 
embaixadas com frutas, mesmo sem saber o que estava fazendo? Não se sabe. 
Nenhum prazer que teremos na vida depois, incluindo a primeira transa, se iguala ao prazer 
da primeira bola de verdade. Autobiograf ia: sou do tempo da bola de couro com cor de 
couro. A of icial, número 5. Ganhei a minha primeira com cinco ou seis anos. 
Ainda me lembro do cheiro. Depois de ganhá-la, você f icava num dilema: levá-la para a 
calçada e começar a chutá-la, ou preservar o seu couro reluzente? Uma bola futebol de 
verdade era uma coisa tão preciosa que se hesitava em estragá-la com o futebol. 
Futebol de calçada. O tamanho dos times variava. De um para cada lado a 14 ou 15 para 
cada lado. Duração das partidas: até escurecer ou a vizinhança reclamar, o que acontecesse 
primeiro. 
Nada interrompia as partidas. Ninguém saía. Joelho ralado, a mãe via depois. Gente 
passando na calçada que se cuidasse. Só se respeitava velhinha, def iciente f ísico e, vá lá, 
grávida. Os outros não estavam livres de ser atropelados. Quem mandara invadir nosso 
campo? 
Comparado com calçada, terreno baldio era estádio. E terreno baldio com goleiras, então, 
era Maracanã. As goleiras podiam ser feitas com sarrafos ou galhos de árvore. Não 
importava, eram goleiras. 
Um luxo antes inimaginável. 
O prazer de acertar um chute no ângulo da goleira. Qualquer goleira. O que pode se 
comparar, na experiência humana? Ou na experiência humana de um brasileiro? 
Todos estes prazeres passam - com o tempo e as obrigações, com a vida séria, com a 
barriga- mas o amor pelo nosso time continua. Confiamos ao nosso time a tarefa de 
continuar nossa infância por nós. Passamos-lhe a guarda dos nossos prazeres com a bola. 
A relação com o nosso time é a única das nossas relações infantis que perdura, tão intensa 
e irracional quanto antes. Ou mais. 
De onde vem isso? Que tipo de amor é esse? Um mistério. Dizem que no fundo é uma 
necessidade de guerra. De ter uma bandeira, ser uma nação e arrasar outras nações, nem 
que seja metaforicamente. 
Psicologia fácil. Não explica por que a pequena torcida do Atlético Cafundó, que nunca 
arrasará ninguém, continua torcendo pelo seu time. Talvez o que a gente ame no futebol 
seja o nosso amor pelo futebol. 
Isso que nos faz diferentes dos outros, que amam o futebol mas não tanto, não tão 
brasileiramente. 
 
 
 
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Ou talvez o que a gente ame seja justamente o mistério. 
VERISSIMO, Luis Fernando. O mistério do futebol. Marca da Cal, Porto Alegre, p.6, abr. 2007. 
VOCABULÁRIO: 
∙∙ goleira: baliza, meta, gol. É muito usada no sul do Brasil. 
A escrita da língua portuguesa necessita de acentos gráf icos. 
Qual palavra abaixo destacada deverá ser acentuada graf icamente? 
a) Essa bola é pesada como uma melancia. 
b) O cheiro doce do gramado me emociona. 
c) A torcida deixou o estádio melancolicamente. 
d) Futebol não tem logica. 
e) A paixão por futebol é eterna. 
Gabarito: D 
 
 
122) CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021 
O grupo de palavras que atende às exigências relativas ao emprego ou não do hífen, 
segundo o Vocabulário Ortográf ico da Língua Portuguesa, é 
a) extra-escolar / médico-cirurgião 
b) bem-educado / vagalume 
c) portarretratos / dia a dia 
d) arco-íris / contra-regra 
e) subutilizar / sub-reitor 
Gabarito: E 
 
 
123) CESGRANRIO - Ass Adm (UNIRIO)/UNIRIO/2019 
Texto III 
Beira-mar 
Quase f im de longa tarde de verão. Beira do mar no Aterro do Flamengo próximo ao Morro 
da Viúva, frente para o Pão de Açúcar. Com preguiça, o sol começava a esconder-se atrás 
dos edif ícios. Parecia resistir ao chamado da noite. Nas pedras do quebra-mar caniços de 
pesca moviam-se devagar, ao lento vai e vem do calmo mar de verão. Cercados por quatro 
ou cinco pescadores de trajes simples ou ordinários, e toscas sandálias de dedo. 
Bermuda bege de f ino brim, tênis e camisa polo de marcas célebres, Ricardo deixara o carro 
em estacionamento de restaurante nas imediações. Nunca f isgara peixe ali. Olhado com 
desconfiança. Intruso. Bolsa a tiracolo, balde e vara de dois metros na mão. A boa técnica 
ensina que o caniço deve ter no máximo dois metros e oitenta centímetros para a chamada 
pesca de molhes, nome sofisticado para quebra-mar. Ponta de agulha metálica para 
transmitir à mão do pescador maior sensibilidade à f isgada do peixe. É preciso 
conhecimento de juiz para enganar peixes. 
 
 
 
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A uma dezena de metros, olhos curiosos viam o intruso montar o caniço. Abriu a bolsa de 
utensílios. 
Entre vários rolos de linha, selecionou os de espessura entre quinze e dezoito centésimos 
de milímetro, ainda f iel à boa técnica. 
— Na nossa prof issão vivemos sempre preocupados e tensos: abertura do mercado, sobe e 
desce das cotações, situação f inanceira de cada país mundo afora. Poucas coisas na vida 
relaxam mais do que pescaria, cheiro de mar trazido pela brisa, e a paisagem marít ima 
— costuma confessar Ricardo na roda dos colegas da f inanceira onde trabalha. 
LOPES, L. Nós do Brasil. Rio de Janeiro: Ponteio, 2015, p. 101. Adaptado. 
Assim como ocorre com a palavra quebra-mar, emprega-se obrigatoriamente o hífen, de 
acordo com o sistema ortográf ico vigente, em 
a) casa-comercial 
b) linha-de-passe 
c) peixe-espada 
d) pedra-fundamental 
e) sala-de-jantar 
Gabarito: C 
 
 
124) CESGRANRIO - Conf (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/I/2018 
Texto II 
O Brasil na memória 
A viagem tem uma estruturalidade típica. Há a escolha do destino, uma f inalidade antevista, 
uma partida e um retorno, um trajeto por lugares, um tempo de duração. Há situações 
iniciais e f inais, outras intermediárias, numa dimensão linear, e há atores, um dos quais o 
viajante, que serve de f io condutor entre pessoas, acontecimentos, locais e 
deslocamentos. Supõe uma subjetividade que se abre ao desconhecido, a perda de 
referências familiares, o abandono do mesmo pelo diferente, o encontro com o outro e o 
reencontro consigo mesmo. Em contrapartida, a narrativa de viagem depende em primeiro 
lugar da memória e de anotações. Seleciona experiências, precisa estabelecer um projeto 
de narração, não necessariamente cronológico ou causal, torna-se, mesmo sem intenção, 
um testemunho. E é orientada por perspectivas do narrador-viajante, que incluem seu estilo 
de vida, sua mentalidade, assim como sua visão de mundo e sua posição de sujeito, ou 
seja, o local cultural de onde fala. 
BORDINI, Maria da Glória. In: Descobrindo o Brasil. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2011, p. 353. 
No Texto II, a autora criou a palavra “narrador-viajante” e empregou nela corretamente o 
hífen. 
Usando uma estratégia criativa semelhante, será necessário usar esse sinal gráf ico em 
a) pseudo-viajante 
b) super-viajante 
c) ex-viajante 
d) anti-viajante 
e) neo-viajante 
Gabarito: C 
 
 
 
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125) CESGRANRIO - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Segurança/2017 
Energia eólica na história da Humanidade 
Energia, derivada de energeia, que em grego signif ica “em ação”, é a propriedade de um 
sistema que lhe permite existir, ou seja, realizar “trabalho” (em Física). Energia é vida, é 
movimento — sem a sua presença o mundo seria inerte. Saber usar e administrar sua 
produção por meio de diferentes fontes de energia é fundamental. 
Desde o início da vida em sociedade, as fontes de energia de que o homem precisa devem 
ser geradas continuamente, ou armazenadas para serem consumidas nos momentos de 
necessidade. A utilização de diversas formas de energia possibilita ao homem cozinhar seu 
alimento, fornecer combustível aos seus sistemas de transporte, aquecer ou refrigerar suas 
residências e movimentar suas indústrias. 
Existem fontes de energia alternativas que, adequadamente utilizadas, podem substituir os 
combustíveis fósseis em alguns de seus usos, reservando-os para aquelas situações em que 
a substituição ainda não é possível. A energia eólica é uma delas. 
A energia eólica é a energia gerada pela força do vento, ou seja, é a força capaz de 
transformar a energia do vento em energia aproveitável. É captada através de estruturas 
como: aerogeradores, que possibilitam a produção de eletricidade; moinhos de vento, com 
o objetivo de produzir energia mecânica que pode ser usada na moagem de grãos e na 
fabricação de farinha; e velas, já que a força do ar em movimento é útil para impulsionar 
embarcações. 
A mais antiga forma de utilização da energia eólica foi o transporte marítimo. Naus e 
caravelas movidas pelo vento possibilitaram empreender grandes viagens, por longas 
distâncias, levando a importantíssimas descobertas. 
Atualmente, o desenvolvimento tecnológico descobriu outras formas de uso para a força 
eólica. A mais conhecida e explorada está voltada para a geração de força elétrica. Isso é 
possível por meio de aerogeradores, geradores elétricos associados ao eixo de cata -
ventos que convertem a força cinética contida no vento em energia elétrica. A quantidade 
de energia produzida vai depender de alguns fatores, entre eles a velocidade do vento no 
local e a capacidade do sistema montado. 
A criação de usinas para captação da energia eólica possui determinadas vantagens. O 
impacto negativo causado pelas grandes turbinas é mínimo quandocomparado aos 
causados pelas grandes indústrias, mineradoras de carvão, hidrelétricas, etc. Esse baixo 
impacto ocorre porque usinas eólicas não promovem queima de combustível, nem geram 
dejetos que poluem o ar, o solo ou a água, além de promoverem maior geração de empregos 
em regiões desfavorecidas. É uma fonte de energia válida economicamente pois é mais 
barata. 
A energia eólica é uma fonte de energia que não polui e é renovável, mas que, apesar disso, 
causa alguns impactos no ambiente. Isso acontece devido aos parques eólicos ocuparem 
grandes extensões, com imensos aerogeradores instalados. Essas interferências no 
ambiente são vistas, muitas vezes, como desvantagens da energia eólica. Assim, citam-se 
as seguintes desvantagens: a vasta extensão de terra ocupada pelos parques eólicos; o 
impacto sonoro provocado pelos ruídos emitidos pelas turbinas em um parque eólico; o 
impacto visual causado pelas imensas hélices que provocam certas sombras e ref lexos 
desagradáveis em áreas residenciais; o impacto sobre a fauna, provocando grande 
mortandade de aves que batem em suas turbinas por não conseguirem visualizar as pás em 
movimento; e a interferência na radiação eletromagnética, atrapalhando o funcionamento 
de receptores e transmissores de ondas de rádio, TV e micro-ondas. 
Esse tipo de energia já é uma realidade no Brasil. Nosso país já conta com diversos parques 
e usinas. A tendência é que essa tecnologia de geração de energia cresça cada vez mais, 
com a presença de diversos parques eólicos espalhados pelo Brasil. 
 
 
 
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Disponível em: <http://www.fontesdeenergia.com/tipos/renovaveis/energia-eolica/>.Acesso em: 5 ago. 2017. 
Adaptado. 
No trecho “Isto é possível através de aerogeradores, geradores elétricos associados ao eixo 
de cata-ventos”, a palavra destacada apresenta hífen porque o primeiro elemento é uma 
forma verbal. 
O grupo em que todas as palavras apresentam hífen pelo mesmo motivo é 
a) porta-retrato, quebra-mar, bate-estacas 
b) semi-interno, super-revista, conta-gotas 
c) guarda-chuva, primeiro-ministro, decreto-lei 
d) caça-níqueis, hiper-requintado, auto-observação 
e) bem-visto, sem-vergonha, f inca-pé 
Gabarito: A 
 
 
126) CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Engenharia Ambiental/2014 
O futuro transumano 
Um mundo habitado por seres com habilidades sobre-humanas parece f icção científ ica, mas 
essa poderia ser a visão que nossos antepassados longínquos teriam de nós. Vive-se mais 
e com melhor qualidade que eles; cruzam-se grandes distâncias em poucas horas e 
estabelece-se comunicação instantânea com pessoas do outro lado do planeta, só para citar 
alguns exemplos que deixariam nossos tataravós boquiabertos. O que esperar então dos 
humanos do futuro? 
Uma das tendências, segundo especialistas, é a integração da tecnologia a nossos corpos – 
uma espécie de hibridização. Seguindo o movimento que ocorreu ao longo do século 20, de 
miniaturização dos artefatos tecnológicos, estes f icariam tão pequenos a ponto de serem 
incorporados a nosso organismo e conectados a nosso sistema nervoso. Com o avanço dessa 
hibridização, haveria uma escala de radicalidade na adoção da tecnologia, com alguns 
indivíduos optando por todas as modif icações possíveis, e outros sendo mais contidos. Em 
um horizonte mais distante, nos questionaríamos sobre qual é o limite entre o natural e o 
artif icial. 
É provável que o leitor já tenha usado algum tipo de melhoramento das capacidades 
cognitivas, ou seja, das habilidades de adquirir, processar, armazenar e recuperar 
informação. Se já tomou café para se manter acordado, usou o estimulante cafeína, 
presente na bebida, para melhorar seu estado de alerta. Isso não parece particularmente 
controverso, assim como não é o emprego de técnicas mnemônicas para facilitar a 
memorização de uma determinada informação. Nos últimos anos, porém, novas 
modalidades de melhoramento cognitivo surgiram, como o consumo de drogas que não se 
desenvolveram para esse objetivo. 
Um dos principais problemas éticos associados a esse tipo de melhoramento é que ele 
ampliaria a desigualdade social, criando uma elite superinteligente, rica e poderosa, além 
de polarizar a sociedade entre os mais e os menos aptos. Entretanto, segundo estudiosos, 
a tendência é que melhoramentos se tornem mais baratos com o tempo, sendo acessíveis 
para todos. Se as pessoas puderem escolher quais melhoramentos adquirir, é pouco 
provável que se formem apenas dois grupos sociais distintos, sendo mais factível que haja 
um contínuo de indivíduos modif icados. 
O melhoramento f ísico e cognitivo dos humanos por meio de novas tecnologias é a principal 
bandeira do transumanismo. Esse movimento defende que a forma atual do ser humano 
 
 
 
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não representa o f im do nosso desenvolvimento, mas sim uma fase relativamente precoce. 
Assim como usamos métodos racionais para melhorar as condições sociais e o mundo 
externo, podemos utilizar essa mesma abordagem no nosso organismo, sem 
necessariamente nos limitarmos a meios tradicionais, como educação e desenvolvimento 
cultural. 
Já os opositores dos transumanistas, chamados de bioconservadores, alertam sobre os 
vários problemas que tecnologias de melhoramento criarão para a sociedade, como a já 
citada polarização e o aumento da desigualdade social. 
Além do melhoramento f ísico e cognitivo da humanidade, alguns transumanistas defendem 
a eliminação do sofrimento, tanto f ísico quanto emocional. Sua intenção é eliminar males 
como depressão e síndrome do estresse pós-traumático, para promover a saúde mental e 
a felicidade. Apesar de ser um objetivo aparentemente nobre, esse tipo de alteração, mais 
do que melhoramentos f ísicos, parece tocar na nossa essência, naquilo que consideramos o 
cerne da humanidade. Uma questão central nessa discussão é o que é ser humano. 
FURTADO, F. O futuro transumano. Revista Ciência Hoje, n. 307, v. 52, set. 2013. Rio de Janeiro: Instituto Ciência 
Hoje. p. 18-23. Adaptado 
No trecho “Um mundo habitado por seres com habilidades sobre-humanas parece f icção 
científ ica” (l.1), a palavra destacada apresenta hífen porque a natureza das partes que a 
compõem assim o exige. 
O grupo em que todas as palavras estão grafadas de acordo com a ortograf ia of icial é 
a) erva-doce, mal-entendido, sobrenatural 
b) girassol, bem-humorado, batepapo 
c) hiper-glicemia, vice-presidente, pontapé 
d) pan-americano, inter-estadual, vagalume 
e) subchefe, pós-graduação, inter-municipal 
Gabarito: A 
 
 
127) IDECAN - AgTecN (COGERP SE)/COGERP SE/2023 
Texto para a questão. 
Mulheres exigem direitos iguais no mundo do trabalho 
A garantia de direitos e igualdade de oportunidades para as mulheres no mundo do trabalho 
ganha um novo patamar neste Dia Internacional da Mulher. Um conjunto de ações será 
apresentado nesta quarta-feira (8), em ato no Palácio do Planalto pelo presidente Luiz Inácio 
Lula da Silva (PT) e por mim, a f im de reduzir injustiças nessa área. 
A começar pelo Projeto de Lei da Igualdade Salarial entre homens e mulheres. Pagar salário 
diferente a pessoas que exercem a mesma função é proibido pela Constituição e pela CLT 
(Consolidação das Leis do Trabalho). Apesar disso, dados do IBGE de 2016 mostram que as 
mulheres recebem, em média, 30% a menos do que os homens. Esse cenário perdura 
mesmo com as mulheres tendo maior escolaridade que os homens em todos os níveis (IBGE, 
2021). 
O que pode ser diferente agora? Uma lei específ ica com f iscalização. E ainda: formação dos 
agentes públicos responsáveis por esse trabalho, uma vez que a desigualdade pode se 
configurar como uma discriminação indireta, passível de tentativa de ser maquiada. 
Diferente, por exemplo, de irregularidadesóbvias, como a empregabilidade de menores de 
idade. Ainda nesse sentido, mas em âmbito internacional, o Brasil anuncia sua adesão à 
 
 
 
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Coalizão Internacional de Igualdade Salarial, iniciativa liderada pela Organização 
Internacional do Trabalho (OIT), ONU Mulheres e Organização para a Cooperação e 
Desenvolvimento Econômico (OCDE). 
(...) 
 (Cida Gonçalves. Ministra das Mulheres, é especialista em gênero e enfrentamento à violência contra as mulheres. 
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2023/03/mulheres-exigem-direitos-iguais-no-mundo-do-trabalho.shtml) 
No texto, as siglas foram grafadas corretamente, porém em uma das alternativas a seguir, 
isso não ocorreu. Assinale-a. 
a) Cofins 
b) UFCE 
c) IBAMA 
d) Funai 
e) BNDES 
Gabarito: C 
 
 
128) Instituto ACCESS - GM (Pref B Jardim)/Pref Belo Jardim/2023 
Agricultura nas cidades pode ser forte aliada no combate à fome 
O Brasil vive o paradoxo, fruto de suas desigualdades estruturantes, de ser um dos maiores 
exportadores agrícolas do mundo e, ao mesmo tempo, ter 33 milhões de pessoas sem saber 
se terão três refeições diárias. Em um mundo onde o crescimento e a concentração 
populacional ocorrem cada vez mais nos centros urbanos, que em 2050 responderá por 
quase 70% desse contingente, o país tem encontrado formas de lidar com o desafio de 
combater a fome em meio a um cenário de crise climática. Essas soluções partilham da 
visão de que as cidades precisam também produzir alimentos, superando o tabu de que tal 
atividade é exclusiva das zonas rurais. 
No cenário global, essas inovações vão desde possibilidades que f lertam com a f icção 
científ ica, como a carne produzida com cultura de células, até a construção de arranha-céus 
com fazendas verticais. No entanto, o Brasil tem se destacado por outros tipos de soluções, 
aquelas que privilegiam as pessoas e a natureza. Esse movimento “pé no chão” conta com 
atores dos mais variados perf is (agricultores, urbanistas, ativistas, academia, gestores, 
empresários) que se organizam para colocar a “mão na terra”, ganhando cada vez mais 
capilaridade pela multiplicação de espaços de cultivos nos interstícios das metrópoles. 
Esse retorno da agricultura à cidade ganha muitas formas: hortas residenciais ou 
comunitárias, pomares agrof lorestais, quintais produtivos, jardins comestíveis, praças 
públicas agroecológicas, cultivos sob linhas de transmissão, agricultura remanescentes dos 
antigos cinturões verdes, agrof lorestas urbanas, entre outras. 
Resultado de uma iniciativa do Pnuma, uma pesquisa realizada pela FGVces revelou que as 
cidades têm cada vez mais se interessado em apoiar tais iniciativas, desenvolvendo-as 
enquanto uma agenda própria de caráter intersetorial, principalmente durante a pandemia 
de covid-19. Esse estudo destaca que, além do apoio às iniciativas (terrenos públicos, 
insumos, ferramentas, bolsas e estrutura de comercialização), a agenda também tem se 
institucionalizado por meio de leis e marcos regulatórios. Assim, fortalecer e multiplicar os 
espaços de cultivos, enquanto se cria um arcabouço legal que convida a agricultura para 
retornar à cidade, são pontos vitais para a sobrevida da agenda através dos diferentes ciclos 
políticos. 
 
 
 
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Hoje muitas cidades têm programas de hortas urbanas que mostraram tal resiliência. Rio 
de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Canoas (RS), Maringá (PR) e Diadema (SP) mantêm 
áreas de até 50 hectares (correspondendo a 50 campos de futebol) de hortas comunitárias, 
sendo emblemáticos os 24 km lineares de cultivos que abraçam a cidade de Sete Lagoas 
(MG). Tais programas chegam ao patamar produtivo de até 80 toneladas por ano, em vários 
casos beneficiando diretamente mais de mil famílias em situação de vulnerabilidade. 
Estudos apontam que fortalecer essa agricultura e estimular sua transição agroecológica 
pode amplif icar esses benefícios e criar sistemas alimentares mais justos e resilientes às 
mudanças climáticas. 
Estudos do Instituto Escolhas, em parceria com o Pnuma, apontam que o potencial 
produtivo dentro da metrópole paulista, por exemplo, pode ser ampliado para corresponder 
à demanda por hortaliças e frutas dos seus 21 milhões de habitantes e, assim, gerar 180 
mil empregos. Adicionalmente, a adoção de práticas agroecológicas pode fortalecer a 
resiliência climática das cidades, ao resfriar 0,2 grau Celsius na temperatura, inf iltrar o 
volume de água correspondente a três piscinões de controle de enchentes e melhorar 
consideravelmente a recarga aos mananciais. São igualmente relevantes os benefícios 
relacionados à incorporação dos resíduos orgânicos da cidade e à melhoria da saúde f ísica 
e mental, que, dentre outros, resultam na diminuição dos gastos públicos. 
Essa resposta aos desafios da atualidade, construída com o “pé no chão” e a “mão na terra” 
por brasileiras e brasileiros, ainda carece de mais estudos que permitam entender como é 
possível dar escala às iniciativas, aumentar o investimento público e atrair a iniciativa 
privada. Mesmo que ainda existam lacunas, essa agenda tem rendido prêmios internacionais 
às experiências já maduras, como o Programa Hortas Cariocas, com mais de 15 anos de 
existência. A base que possuímos já é suf iciente para convidar novamente o governo 
federal, a iniciativa privada e outros atores estratégicos a celebrarem um pacto pelo retorno 
da agricultura às cidades, respondendo de maneira duradoura aos desafios da insegurança 
alimentar, das mudanças climáticas e da exclusão social. 
Com o Decreto 11.700/2023, que institui o Programa Nacional de Agricultura Urbana e 
Periurbana, publicado no último dia 12 de setembro, o Brasil dá um passo importante em 
busca de soluções sustentáveis para enfrentar os desafios da fome, das mudanças climáticas 
e da exclusão social no cenário urbano. Essa medida se alinha com a tendência global de 
repensar a relação entre as cidades e a produção de alimentos, contribuindo para sistemas 
alimentares mais sustentáveis. 
 (Gustau Mañéz e Jay Van Amstel. https://diplomatique.org.br/agricultura-nas-cidades-pode-ser-forte-
aliadano-combate-a-fome/13 de setembro de 2023, com adaptações) 
Na linha 31, a sigla Pnuma foi grafada corretamente, atendendo às regras convencionadas 
para tal. 
Assinale a alternativa em que a graf ia da sigla não tenha sido feita segundo a convenção. 
a) Ufpe 
b) PGE 
c) Ipva 
d) Sudene 
e) Cofins 
Gabarito: C 
 
 
 
 
 
 
 
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129) FGV - Tec (DPE RS)/DPE RS/Administrativa/2023 
Texto 1 
Menos mortes e engarrafamentos: movimento quer reduzir a velocidade nas cidades 
brasileiras (adaptado) 
Por Marcela Donini e Tiago Medina 
Mais que uma mudança de cidade e país, a vida da fonoaudióloga Paula Dallegrave Priori 
mudou de estilo a partir de 2021. Acompanhada do marido e da f ilha, então com menos de 
3 anos, ela trocou Porto Alegre por Barcelona. O carro da família, tão necessário para 
deslocamentos na capital gaúcha, f icou do lado de cá do oceano. Se antes era um elemento 
presente no cotidiano, tornou-se anacrônico na nova cidade. 
“A percepção do trânsito em relação a Porto Alegre é bem clara: aqui é muito melhor. Não 
percebemos o ambiente tóxico que é o trânsito aí”, compara ela, usuária frequente do 
metrô, além de pedestre habitual. Aliás, caminhar na rua com a f ilha é, agora, mais 
tranquilo. “Os carros não andam em alta velocidade, respeitam o pedestre, faixa de trânsito, 
usam a seta, enfim tu consegues prever o que vai acontecer.” 
Tendência em cidades que são exemplo em mobilidade ativa, a redução de velocidade foi 
decretada pelo governo espanhol em maio de 2021. Desde então, os limitesna maioria das 
vias urbanas de todas as cidades espanholas são de até 30 km/h [...]. 
Um movimento no Brasil quer entrar nessa onda e readequar os limites nas vias das cidades 
de todo o país. A União de Ciclistas do Brasil (UCB), em parceria com outras entidades como 
a Fundação Thiago Gonzaga, propõe uma alteração no Código de Trânsito Bras ileiro que 
f ixaria em 60km/h o máximo permitido nas vias de trânsito rápido e 50km/h nas vias 
arteriais. [...] O máximo para vias coletoras e locais permaneceria em 40km/h e 30 km/h. 
[...] 
O documento publicado pela entidade apoia-se ainda em experiências brasileiras e 
estrangeiras nas quais a redução das velocidades levou a maior segurança no trânsito. São 
Paulo, por exemplo, fez alterações signif icativas nesse sentido desde 2011. Em 2015, foram 
reduzidos os limites em duas das principais vias expressas, as marginais Tietê e Pinheiros 
[...]. O sucesso da operação, destaca o relatório da UCB, foi verif icado no ano seguinte, 
quando a cidade registrou uma queda de 52% no número de mortes nas duas marginais. 
Outras experiências dentro e fora do Brasil comprovam a relação entre velocidades menores 
e menos mortes, mas ainda falta comunicar efetivamente esses dados à população. Uma 
pesquisa de opinião encomendada pela UCB a uma empresa terceirizada revelou que 82% 
dos entrevistados conhecem alguém que morreu no trânsito, e 9 em cada 10 consideram 
alto o número de mortes nas vias brasileiras. Quando a questão são limites de velocidade 
mais baixos, metade concorda que isso evitaria mais óbitos, mas 8 em cada 9 deixaram de 
citar a redução dos limites como fator importante para essa queda. 
[...] “As pessoas sempre pensam que vão ter perda se forem mais devagar. Ao contrário, o 
trânsito f lui melhor”, diz, citando o exemplo da ponte Rio-Niterói, onde o limite passou de 
110km/h para 80km/h e houve melhoria na f luidez. “Por isso, estamos deixando de falar 
em redução, e usando o termo readequação de velocidades”, explica. 
Ana Luiza Carboni, coordenadora do projeto Vias Seguras, destaca uma ilustração didática 
aprendida com a engenheira de transportes e professora da Universidade Federal de Alagoas 
Jessica Lima. “Pense em uma torneira aberta, com ralo pequeno. Se você abrir toda a 
torneira, a água vai acumular. Se abrir menos, ela vai escoar, vai passar mais lentamente, 
mas constantemente”, exemplif ica. “É preciso mudar a visão de que ‘a velocidade vai fazer 
eu chegar primeiro’. Já está provado que a redução da velocidade máx ima não tem impacto 
 
 
 
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na velocidade média. As cidades são feitas de gargalos. Acelerar signif ica apenas que você 
vai chegar mais rápido num gargalo”, completa. 
[...] 
Status do carro 
Em cidades planejadas para o carro, não à toa a população mais vulnerável no trânsito são 
pedestres, ciclistas e motociclistas – e dentro desse grupo, as vítimas mais comuns são 
pessoas negras, destaca Carboni. 
Para a engenheira civil e gerente de mobilidade ativa do WRI, Paula Manoela dos Santos, a 
questão geracional é chave na mudança de visão que ainda precisa ser feita para o carro 
deixar de ser visto como o elemento central na mobilidade. “Ainda habita em nós uma 
questão de status do carro. A bicicleta é vista como veículo só no Código de Trânsito 
Brasileiro. Para as pessoas, nem sempre. Diria que até é um pouco marginalizada, como 
considerar que quem anda de bicicleta não teve sucesso”, diz. 
Carboni sabe bem do que Santos está falando. A ativista, que não tem carro há oito anos, 
costuma contar a história de suas idas ao mercado: “Na hora de pagar, sempre perguntam 
se tenho o ticket do estacionamento, e eu respondo que não tenho carro. Até que um dia 
uma caixa falou ‘Deus há de prover um pra você'”. 
Apesar de o caminho até um trânsito mais seguro ser longo, os especialistas ouvidos pelo 
Matinal são otimistas. Bohn lembra que já se avançou muito: “Hoje não é mais aceitável 
beber e dirigir como era 20 anos atrás”. A engenheira da WRI faz questão de ressaltar que 
as novas gerações têm outro entendimento, especialmente em relação ao carro. 
Paula que o diga. A porto-alegrense cuja história abre a reportagem tem convicção de que 
o novo estilo de vida irá mudar a perspectiva da f ilha, de 4 anos, sobre mobilidade. “Hoje, 
ela está muito mais acostumada a ver as pessoas fazendo as coisas de bicicleta. Os ciclistas 
enfrentam dia de chuva, de frio. Isso é normal”, diz. Além do automóvel, também ficou para 
trás o hábito de entregar o celular na mão da pequena para driblar a impaciência dos 
momentos de trânsito parado. 
Disponível em: https://www.matinaljornalismo.com.br/matinal/reportagem-matinal/reduzir-velocidade-nas-cidades-
brasileiras/ 
 “’Por isso, estamos deixando de falar em redução, e usando o termo readequação de 
velocidades’, explica.” 
Nessa passagem do texto 1, o emprego do itálico em “redução” e “readequação” cumpre a 
função de: 
a) atenuar o impacto das palavras destacadas, dada sua relevância para o texto; 
b) indicar que os termos em destaque foram usados de forma imprecisa ou pouco usual; 
c) indicar que as palavras em destaque são termos técnicos, pertencendo a um jargão 
prof issional especializado; 
d) marcar que os itens destacados fazem referência a palavras específ icas, e não a 
conceitos; 
e) sinalizar que as palavras destacadas são estrangeirismos. 
Gabarito: D 
 
 
 
 
 
 
 
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130) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Carga e Descarga I/2015 
Súplica Cearense 
Oh! Deus, perdoe este pobre coitado 
Que de joelhos rezou um bocado 
Pedindo pra chuva cair sem parar 
Oh! Deus, será que o Senhor se zangou 
E só por isso o sol arretirou 
Fazendo cair toda a chuva que há 
Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho 
Pedi pra chover, mas chover de mansinho 
Pra ver se nascia uma planta no chão 
Oh! Deus, se eu não rezei direito, o senhor me perdoe 
Eu acho que a culpa foi 
Desse pobre que nem sabe fazer oração 
Meu Deus, perdoe eu encher os meus olhos de água 
E ter-lhe pedido cheinho de mágoa 
Pro sol inclemente se arretirar 
Desculpe eu pedir a toda hora pra chegar o inverno 
Desculpe eu pedir para acabar com o inferno 
Que sempre queimou o meu Ceará 
MACEDO, W. A. (Gordurinha); NELINHO. Súplica cearense. Intérprete: Luiz Gonzaga. In: LUIZ GONZAGA. 
Eu e meu pai. São Paulo: RCA, p1979. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 3. 
A frase em que a palavra em negrito está grafada corretamente é: 
a) A mulher deu uma chícara de chá ao pobre coitado. 
b) No solo seco, não cressia nenhuma planta. 
c) Oh, Deus! Que solo orrível! 
d) O sertanejo valoriza suas raízes nordestinas. 
e) Os homens pediram uma esplicassão a Deus. 
Gabarito: D 
 
 
131) CESGRANRIO - Rev Tex (CEFET RJ)/CEFET RJ/2014 
Texto III 
A escrita e a oralidade em tempos de novas tecnologias da comunicação 
Contar histórias sempre foi uma tradição de todos os povos — dos mais primitivos aos mais 
sof isticados. Com essas histórias evocam-se lembranças, exercita-se e revitaliza-se a 
memória de pessoas e, principalmente, a coletiva. A diferença entre os povos primitivos e 
sof isticados não é a importância e o prazer de contar e narrar histórias, mas o modo como 
essas são registradas. Grandes poetas épicos como Horário, Virgílio, Camões, entre outros, 
tinham a função de coletar essas histórias e registrá-las para preservar a memória e o 
período histórico de seu povo e sua nação. 
O homem sempre contou histórias, antes mesmo de poder escrevê-las, porém o confronto 
entre a cultura oral e a cultura escrita nunca deixou de existir, principalmente devido à visão 
preconceituosa da sociedade “letrada”, tanto que à época da colonização toda a produção 
cultural dos povos ameríndios e, posteriormente, a dos povosafricanos foram desprezadas. 
 
 
 
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Uma rápida análise da história da humanidade deixa clara a importância do registro escrito 
na história dos povos e em suas relações. [...] 
A memória coletiva perpassa pelas histórias orais, que também podem ser produzidas no 
campo do poder, a partir de interesses pessoais e familiares. O f ilme de 2003, dirigido por 
Eliane Caffé, Narradores de Javé, nos mostra isso. Na possibilidade de ser submerso o 
pequeno vilarejo de Javé pelas águas de uma represa, os seus moradores se organizam 
para tentar salvá-lo. A salvação seria construir, já que não tinham, um patrimônio histórico, 
que são as narrativas orais de cada morador a respeito das origens históricas do vilarejo. 
[...] 
GARCEZ, F. F. A escrita e a oralidade em tempos de novas tecnologias da comunicação. Língua Portuguesa, n. 45. 
São Paulo: Escala. Adaptado. 
Observe a graf ia das palavras do trecho a seguir. 
A macro-história da humanidade mostra que todos encaram os relatos pessoais como uma 
forma de se manterem vivos. Desde a idade do domínio do fogo até a era das 
multicomunicações, os homens tem demonstrado que querem pôr sua marca no mundo 
porque se sentem superiores. 
A palavra que NÃO está grafada corretamente é 
a) macro-história 
b) multicomunicações 
c) tem 
d) pôr 
e) porque 
Gabarito: C 
 
 
132) CESGRANRIO - PB (BNDES)/BNDES/Administração/2009 
O PESO DA PALAVRA E DO RELACIONAMENTO 
Quem diz que vai para o escritório para trabalhar e não para fazer amigos está enganado. 
Ou melhor, estabelecer uma rede de relacionamentos, ser f lexível, se adaptar rapidamente 
a uma nova situação, saber se comunicar com a equipe ou colegas de trabalho, ter 
capacidade de negociação são características extras no atual mercado, que exige mais do 
que diploma. Não se trata de fazer amigos, mas de aprender o que se chama de linguagem 
corporativa. E este be-a-bá é feito de uma mistura de palavras claras, ditas no momento e 
para a pessoa certa, somado a uma dose de carisma. 
Não estou falando da política "mantenha um sorriso no rosto porque o cliente tem sempre 
razão", mas, sim, tentando mostrar que a facilidade em se expressar ou fazer 
relacionamentos tem peso tão importante quanto uma boa formação acadêmica. O que a 
intuição de muitos prof issionais de recursos humanos já indicava foi comprovado num 
estudo f inalizado no primeiro semestre deste ano pela ISMA-BR (International Stress 
Management Association no Brasil), associação internacional que estuda o estresse e suas 
formas de prevenção. 
De acordo com a pesquisa, feita entre 230 prof issionais — gerentes de três grandes 
empresas nacionais —, a ef iciência na comunicação interpessoal funciona como um colete 
salva-vidas, atenuando os efeitos negativos das pressões e demandas nos níveis f ísico, 
emocional e comportamental. Para chegar a esta conclusão foram analisados três fatores: 
as pressões e as demandas no trabalho, o nível de ansiedade (somática, comportamental e 
cognitiva) e o nível de tensão muscular e a satisfação prof issional. 
 
 
 
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Conclui-se, então, que o gerenciamento do estresse passa pelo desenvolvimento pessoal, 
além de programas efetivos de qualidade de vida no trabalho. Isso porque os custos do 
estresse não afetam apenas a saúde do trabalhador, mas, também, o bolso do empregador. 
Sabe-se que nos Estados Unidos o estresse prof issional tem custo estimado em 300 bilhões 
de dólares ao ano e nos países membros da União Europeia este valor gira em torno de 265 
bilhões de euros – números relativos ao absenteísmo, rotatividade, lesões no trabalho e 
seguro saúde. Por aqui, ainda não foi feito o cálculo desta conta, mas acredita-se que temos 
valores similares ao americano. 
Então, que tal começar a exercitar a linguagem? Faz bem para você e para aqueles com 
quem se relaciona. 
 ROSSI, Ana Maria. Disponível em: <http://www.catho.com.br> Acesso em: out. 2009. (com adaptações) 
O substantivo derivado do verbo está grafado INCORRETAMENTE em 
a) ascender: ascensão. 
b) proteger: proteção. 
c) catequizar: catequeze. 
d) progredir: progressão 
e) paralisar: paralisia. 
Gabarito: C 
 
 
133) CESGRANRIO - Alu-Pub (PROMINP)/PROMINP/Grupo A/2006 
Assinale a opção em que a palavra forma o plural do mesmo modo que cidadão. 
a) multidão. 
b) guardião. 
c) rapagão. 
d) irmão. 
e) pão. 
Gabarito: D 
 
 
134) CESGRANRIO - Of (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Produção I/2015 
Texto I 
Caso de canário 
Casara-se havia duas semanas. Por isso, em casa dos sogros, a família resolveu que ele é 
que daria cabo do canário: 
— Você compreende. Nenhum de nós teria coragem de sacrif icar o pobrezinho, que nos deu 
tanta alegria. Todos somos muito ligados a ele, seria uma barbaridade. Você é diferente, 
ainda não teve tempo de afeiçoar-se ao bichinho. Vai ver que nem reparou nele, durante o 
noivado. 
— Mas eu também tenho coração, ora essa. Como é que vou matar um pássaro só porque 
o conheço há menos tempo do que vocês? 
 
 
 
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— Porque não tem cura, o médico já disse. Pensa que não tentamos tudo? É para ele não 
sofrer mais e não aumentar o nosso sofrimento. Seja bom; vá. 
O sogro, a sogra apelaram no mesmo tom. Os olhos claros de sua mulher pediram-lhe com 
doçura: 
— Vai, meu bem. 
Com repugnância pela obra de misericórdia que ia praticar, ele aproximou-se da gaiola. O 
canário nem sequer abriu o olho. Jazia a um canto, arrepiado, morto-vivo. É, esse está 
mesmo na última lona, e dói ver a lenta agonia de um ser tão gracioso, que viveu para 
cantar. 
— Primeiro me tragam um vidro de éter e algodão. Assim ele não sentirá o horror da coisa. 
Embebeu de éter a bolinha de algodão, tirou o canário para fora com inf inita delicadeza, 
aconchegou-o na palma da mão esquerda e, olhando para outro lado, aplicou-lhe a bolinha 
no bico. Sempre sem olhar para a vítima, deu-lhe uma torcida rápida e leve, com dois dedos 
no pescoço. 
E saiu para a rua, pequenino por dentro, angustiado, achando a condição humana uma 
droga. As pessoas da casa não quiseram aproximar-se do cadáver. Coube à cozinheira 
recolher a gaiola, para que sua vista não despertasse saudade e remorso em ninguém. Não 
havendo jardim para sepultar o corpo, depositou-o na lata de lixo. 
Chegou a hora de jantar, mas quem é que tinha fome naquela casa enlutada? O sacrif icador, 
esse f icara rodando por aí, e seu desejo seria não voltar para casa nem para dentro de si 
mesmo. 
No dia seguinte, pela manhã, a cozinheira foi ajeitar a lata de lixo para o caminhão, e 
recebeu uma bicada voraz no dedo. 
— Ui! 
Não é que o canário tinha ressuscitado, perdão, reluzia vivinho da silva, com uma fome 
danada? 
— Ele estava precisando mesmo era de éter — concluiu o estrangulador, que se sentiu 
ressuscitar, por sua vez. 
 ANDRADE, C. D. Cadeira de Balanço. Rio de Janeiro: José Olympio, 1966. 
A palavra “ressuscitar” apresenta o dígrafo sc. Que outra palavra apresenta esse mesmo 
dígrafo e está escrita corretamente? 
a) Escelência 
b) Capascitar 
c) Disceminar 
d) Inasceitável 
e) Crescimento 
Gabarito: E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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135) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Carga e Descarga I/2014 
Texto I 
Eu e ele 
No vertiginoso mundo dos computadores, o meu, que devo ter há uns quatro ou cinco anos, 
já pode ser definido como uma carroça. Nosso convívio não tem sido muito confortável. Ele 
produz um texto limpo, e é só o que lhe peço. Desde que literalmente metíamos a mão no 
barro e depois gravávamos nossos símbolos primitivos com cunhas em tabletes até as 
laudasarrancadas da máquina de escrever para serem revisadas com esferográfica, não 
havia maneira de escrever que não deixasse vestígio nos dedos. Nem o abnegado monge 
copiando escrituras na sua cela asséptica estava livre do tinteiro virado. Agora, não. Damos 
ordens ao computador, que faz o trabalho sujo por nós. Deixamos de ser trabalhadores 
braçais e viramos gerentes de texto. Ficamos pós-industriais. Com os dedos limpos. 
Mas com um custo. Nosso trabalho f icou menos respeitável. O que ganhamos em asseio 
perdemos em autoridade. A um computador não se olha de cima, como se olhava uma 
máquina de escrever. Ele nos olha na cara. Tela no olho. A máquina de escrever fazia o que 
você queria, mesmo que fosse a tapa. Já o computador impõe certas regras. Se erramos, 
ele nos avisa. Não diz “Burro!”, mas está implícito na sua correção. Ele é mais inteligente 
do que você. Sabe mais coisas, e está subentendido que você jamais aproveitará metade 
do que ele sabe. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando estiver sendo 
programado por um igual. Isto é, outro computador. A máquina de escrever podia ter 
recursos que você também nunca usaria (abandonei a minha sem saber para o que servia 
“tabulador”, por exemplo), mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só 
aguenta os humanos por falta de coisa melhor, no momento. 
Eu e o computador jamais seríamos íntimos. Nosso relacionamento é puramente 
prof issional. Mesmo porque, acho que ele não se rebaixaria ao ponto de ser meu amigo. E 
seu ar de reprovação cresce. Agora mesmo, pedi para ele enviar esta crônica para o jornal 
e ele perguntou: “Tem certeza?” 
VERISSIMO, L. F. Eu e ele. Disponível em: <http://oglobo. globo.com/opiniao/eu-ele-12305041#ixzz307alRnzu>. 
Acesso em: 17 jun. 2014. Adaptado. 
Na palavra certeza, o som [z] é representado pela letra z. O mesmo caso é observado na 
seguinte palavra, que está grafada corretamente: 
a) azedo 
b) cazulo 
c) ezílio 
d) f ilózofo 
e) múzica 
Gabarito: A 
 
 
136) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Carga e Descarga I/2012 
Texto I 
Recomendações para a utilização de torno de bancada 
Este torno foi projetado e fabricado para torneamento simples de peças em metais frios, 
metais fundidos, ossos, madeira, ou outros materiais duros que não apresentam perigo à 
saúde. Não pode tornear borracha. Este torno deve ser instalado e operado somente em 
local seco e bem ventilado, onde não haja o perigo potencial de explosões. 
 
 
 
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Instruções para a segurança no seu uso da máquina: 
1) examine o torno para avaliar o estado das peças; 
2) respeite os limites máximos especif icados para o torno; 
3) observe o manual de instruções para montagem, manuseio, manutenção e reparo; 
4) use rede nos cabelos e luvas de segurança; 
5) use óculos de proteção, sapatos adequados e protetor de ouvido; 
6) observe as normas de prevenção de acidentes e segurança do trabalho; 
7) prenda a peça de trabalho com f irmeza antes de ativar o torno; 
8) desligue o torno enquanto estuda a peça a ser torneada. 
Se o torno for usado para um f im diferente do descrito acima, sem conhecimento do inspetor 
de segurança, se for modif icado sem autorização de seu fornecedor ou operado com dados 
de processamento diferentes, isto será considerado um uso impróprio. 
Nesse caso, não nos responsabilizamos por qualquer dano causado. 
O uso incorreto do torno pode trazer riscos a você, às outras pessoas, às máquinas e a 
outros itens utilizados pelos operadores, além de afetar a operação correta da máquina. 
 MANROD. Manual de operações de torno de bancada MR-334. p. 8 e 14. Adaptado. 
A letra x é utilizada em português para representar sons diferentes, como, por exemplo, 
nas seguintes palavras do Texto I: explosões, examine e máximos. 
O mesmo som da letra x em examine está presente em 
a) exercício 
b) explicação 
c) nexo 
d) ref lexo 
e) vexame 
Gabarito: A 
 
 
137) CESGRANRIO - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Inspetor de Segurança Interna/2011 
LOUCOS E SANTOS 
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. 
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. 
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. 
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. 
Deles não quero resposta, quero meu avesso. 
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. 
Para isso, só sendo louco. 
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. 
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. 
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. 
 
 
 
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Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. 
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. 
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. 
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas 
lutam para que a fantasia não desapareça. 
Não quero amigos adultos nem chatos. 
Quero-os metade infância e outra metade velhice! 
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca 
tenham pressa. 
Tenho amigos para saber quem eu sou. 
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de 
que “normalidade” é uma ilusão imbecil e estéril. 
 WILDE, Oscar. Disponível em: http://pensador.uol.com.br/frase/OTQzMw/ Acesso em: 29 jan. 2011. 
Em “quero meu avesso.” , o substantivo destacado, quando escrito no plural, mantém o 
som fechado da vogal tônica. 
O timbre da vogal tônica do substantivo, quando escrito no plural, altera de fechado para 
aberto em 
a) bolso - bolsos 
b) caroço - caroços 
c) contorno - contornos 
d) acordo - acordos 
e) almoço - almoços 
Gabarito: B 
 
 
138) CESGRANRIO - Alu-Pub (PROMINP)/PROMINP/Grupo A/2010 
A palavra que apresenta ERRO na separação de sílabas é 
a) fe - rru - gem. 
b) es - co - va. 
c) pro - du - tos. 
d) pro - te - ger. 
e) se - guir. 
Gabarito: A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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139) CESGRANRIO - ATA (AgeRIO)/AgeRIO/2023 
Floresta amazônica vai virar savana 
Pesquisadores afirmam que mudança no ecossistema da Amazônia é iminente 
Se a Amazônia perder mais de 20% de sua área para o desmatamento, ela pode se 
descaracterizar de tal forma que deixaria de ser uma f loresta e se transformaria em área 
de savana, alertam dois conceituados pesquisadores da área, em um artigo publicado 
recentemente. Hoje, o desmatamento acumulado está em 17%. 
Os cientistas acreditam que as sinergias negativas entre desmatamento, mudanças 
climáticas e uso indiscriminado de incêndios f lorestais indicam um tipping point (ponto 
crítico), um ponto sem volta, para transformar as partes Sul, Leste e central da Amazônia 
em um ecossistema não f lorestal se o desmatamento chegar a entre 20% e 25%. 
Os pesquisadores partiram do conceito da “savanização” da Amazônia, que surgiu após a 
descoberta de que as f lorestas interferem no regime de chuvas. Na Amazônia, por exemplo, 
estima-se que metade das chuvas na região é resultado da umidade produzida pela 
evapotranspiração (a transpiração das árvores), que “recicla” as correntes de ar úmido 
provenientes do Oceano Atlântico. 
Caso perca uma quantidade grande de árvores, a f loresta recicla menos chuva, f icando mais 
suscetível a incêndios. O fogo altera a vegetação, favorecendo o avanço de gramíneas onde 
antes havia espécies f lorestais. O resultado desse processo ecológico é que grandes 
fragmentos de f lorestas se transformam em savanas ou cerrados, descaracterizando a 
Amazônia como a conhecemos hoje. 
A primeira estimativa de qual seria o tipping point paraa Amazônia virar savana foi feita 
em um estudo em 2007, e chegou à conclusão de que esse valor era de 40% de f lorestas 
derrubadas. Só que esse estudo avaliou apenas uma variável, o desmatamento. Segundo 
um dos autores, quando se consideram outros fatores, como os incêndios f lorestais e o 
aquecimento global, essa margem diminui consideravelmente. Os focos de incêndio têm 
aumentado. O aquecimento global já está acontecendo, com um aumento de 1 grau Cels ius 
na temperatura média da Amazônia. 
De acordo com uma especialista em ciência e Amazônia, a hipótese de savanização precisa 
ser encarada com seriedade, porque a f loresta amazônica tem resiliência, ela consegue 
resistir a algum desmatamento. Mas essa possibilidade não é inf inita, chega a um ponto 
que não tem retorno. Além disso, é preciso considerar a população da região, investindo na 
produção com sustentabilidade. 
Uma das propostas para que se possa evitar o tipping point é o ref lorestamento. Com esse 
objetivo, o Brasil se comprometeu, na Conferência da ONU sobre Clima em Paris, em 2015, 
a ref lorestar 12 milhões de hectares até 2030. 
 CALIXTO, B. O Globo. Sociedade. Rio de Janeiro, 22 fev. 2018. Adaptado. 
No trecho “metade das chuvas na região é resultado da umidade produzida pela 
evapotranspiração (a transpiração das árvores)” (parágrafo 3), a palavra destacada é 
derivada do verbo transpirar, com o acréscimo do sufixo “ção”. 
O grupo em que todos os verbos também formam substantivos pelo acréscimo do sufixo 
“ção” é: 
a) ceder, conservar, repercutir 
b) conceder, transgredir, poluir 
c) evaporar, inserir, preservar 
d) renovar, devastar, admitir 
e) transmitir, permitir, introduzir 
Gabarito: C 
 
 
 
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140) CESGRANRIO - TRPDACGN (ANP)/ANP/Química/2016 
Entrevista com Frédéric Martel 
Uma guerra mundial pelo conteúdo dos meios de comunicação se trava pela conquista do 
público dentro e fora dos países criadores. Batalhas se desenrolam pelo domínio da notícia, 
do formato de programas de TV e pela exibição de f ilmes, vídeos, música, livros. Nesse 
processo, um gigante domina: os Estados Unidos, com sua capacidade de produzir cultura 
de massas que agrada ao grande público em todos os continentes. Essa penetração cultural 
americana, que muitos críticos preferem chamar de imperialismo, leva os f ilmes, a música 
e a televisão americana para o mundo. Sua arma é o inverso da alta cultura, da 
contracultura, da subcultura, de nichos especializados. Visa o público em geral, cultura de 
massa, de milhões. Tornou-se a cultura internacional dominante, principal, a 
chamada mainstream, conforme o título do livro escrito pelo sociólogo francês Frédéric 
Martel. Para escrever Mainstream, ele percorreu 30 países durante cinco anos, entrevistou 
mais de 1.200 pessoas em todas as capitais do entertainment, analisou a ação dos 
protagonistas, a lógica dos grupos e acompanhou a circulação internacional de conteúdo. 
É um imperialismo diferente daquele político e militar. É uma espécie de imperialismo 
cultural que é bem recebido no mundo. A esse respeito, af irma Frédéric Martel: “É o que 
basicamente chamamos de soft power. Soft power signif ica inf luenciar as pessoas com 
coisas legais. Você é amigável, não é contundente. Você tem as forças armadas, tem a 
diplomacia tradicional e grandes empresas econômicas, que formam o hard power, e tem 
o soft power, que inf luencia as pessoas através de f ilmes, de livros, da internet e de 
valores.” 
“A língua é importante. Eu acredito — e essa é a principal conclusão do meu livro — que, 
no mundo em que estamos entrando, que reúne globalização e digitalização, a língua é 
importante. E eu acredito que a batalha, a luta, mesmo a guerra de conteúdo, será uma 
batalha a respeito da cultura nacional. Você pode ouvir Lady Gaga, gostar de Avatar e ler O 
Código Da Vinci, mas, no f inal das contas, a maior parte da cultura que você consome e 
ama geralmente é nacional, local, regional, e não global. A cultura global é apenas uma 
pequena parte do que você gosta. Então, no f inal das contas, os americanos são os únicos 
a poder prover essa cultura dominante global, mas essa cultura dominante global continua 
pequena. Por quê? Porque a língua é muito importante, porque a identidade é muito 
importante. Quando você compra um livro de não f icção, quer saber o que acontece aqui, 
no seu país, e não na Coreia do Sul, por exemplo. Na Coreia do Sul você quer ouvir K-pop, 
que é a música pop coreana, e ver um drama coreano, e não ouvir uma música brasileira. 
Portanto, nós estamos em um mundo cada vez mais global, mas, ao mesmo tempo, a 
cultura ainda é e será muito nacional. Para resumir as coisas, eu diria que todos temos duas 
culturas: a nossa e a americana.” 
“Nós, como europeus, temos o mesmo tipo de relação que você, como brasileiro, tem com 
os EUA. Nós os amamos e odiamos. É uma complicada relação de amor e ódio. Nós 
esperamos que eles sejam como são; nós queremos criticá-los, mas, ao mesmo tempo, nós 
protestamos contra eles com tênis Nike nos pés. Nós trabalhamos para ser um pouco como 
eles, muito embora nós queiramos manter nossa identidade e cultura. E, a propósito, a boa 
notícia é que o debate no mundo hoje e no futuro não será entre nós — brasileiros, 
franceses, europeus — e os americanos. Será entre todos nós. O que eu quero dizer é que 
hoje não há apenas dois povos: nós e os EUA. O mundo é muito mais complicado, com 
países emergentes, que serão fundamentais nesse novo jogo.” 
“Para resumir, af irma Martel, eu diria que os EUA continuarão sendo peça importante da 
guerra de conteúdo, podemos dizer, nos próximos anos e décadas. Eu não acredito e não 
compro a ideia do declínio da cultura americana. Eu acho que eles são fortes e continuarão 
sendo fortes. Mas eles não são os únicos no jogo. Agora temos os países emergentes, que 
estão emergindo não só demográfica e economicamente, como pensávamos. E eu fui um 
 
 
 
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dos primeiros a mostrar que eles estão emergindo com sua cultura, sua mídia e com a 
internet.” 
“Nesse mundo, a internet pode ser uma peça importante. O Brasil, por exemplo, vai crescer 
com a internet, com certeza. Criam-se ferramentas inovadoras de alfabetização, por 
exemplo, em comunidades, em favelas, em lugares onde os moradores não têm acesso a 
uma livraria ou biblioteca. Mas eles terão acesso à internet em lan houses, por exemplo, e 
mesmo no telefone. Hoje, todo mundo tem um telefone celular barato. Mesmo na África, 
todos têm celulares com funções básicas. Em cinco anos, todos terão um smartphone, pois 
os preços estão caindo muito. Assim, todos poderão acessar a internet pelo smartphone. Se 
você tem acesso à internet, pode baixar livros, acessar a rede, pode ver f ilmes e daí por 
diante.” 
“A questão não é se essa tecnologia é boa, conclui Martel. A questão é: ela não será boa ou 
ruim sozinha. Ela será o que você, o povo, o governo deste país e nós formos capazes de 
fazer com ela, criando uma boa internet e uma maneira melhor de ter acesso ao conteúdo 
através da internet.” 
 BOCCANERA, S. Entrevista concedida pelo sociólogo Frédéric Martel, Programa Milênio, Globo News. Disponível em: 
<http://www.conjur.com.br/2013-jan-25/ideias-milenio-fredericmartel- sociologo-jornalista-frances>. Acesso em: 10 
nov. 2015. Adaptado. 
Algumas palavras são formadas pelo acréscimo de pref ixos ou de sufixos. É o caso de 
“contracultura”, que é formada pela combinação entre o pref ixo “contra” e a palavra 
“cultura”. 
O grupo que é formado por palavras em que “contra” é um pref ixo que expressa “sentido 
contrário” é 
a) contraexemplo, contraveneno 
b) contrátil, contraespionagem 
c) contrassenha, contratual 
d) contratura, contraversão 
e) contração, contratoGabarito: A 
 
 
141) CESGRANRIO - Ana (FINEP)/FINEP/Análise Estratégica em Ciência, Tecnologia e 
Inovação/2014 
A polêmica das biografias 
A liberdade de expressão está sujeita aos limites impostos pelas demais prerrogativas dos 
cidadãos: honra, privacidade etc. 
A jornalista Hildegard Angel fulminou no Twitter: “Num país em que a Justiça é caolha, não 
dá para liberar geral as biograf ias de bandeja pros grupos editoriais argentários”. 
A controvérsia em torno das biograf ias é a prova da desditosa barafunda institucional(a) que 
atormenta o Brasil. Nos códigos das sociedades modernas, aquelas que acolheram os 
princípios do Estado Democrático de Direito, a liberdade de expressão está sujeita aos 
limites impostos pelas demais prerrogativas dos cidadãos: a privacidade, a honra, o direito 
de resposta a ofensas e desqualif icações lançadas publicamente(b) contra a integridade 
moral dos indivíduos. 
Em 17 de dezembro de 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos af irmava: “O 
desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que 
ultrajaram a consciência da Humanidade e o advento de um mundo em que os homens 
 
 
 
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gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da 
necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do homem comum”. 
Em 2008, escrevi um artigo para celebrar os 60 anos da declaração. Naquela ocasião, 
percebi claramente que os fantasmas dos traumas nascidos das experiências totalitárias dos 
anos 1930 ainda assombram os homens, seus direitos e liberdades. 
Segundo a declaração, são consideradas intoleráveis as interferências na sua vida privada, 
na sua família, no seu lar ou na sua correspondência – atenção! –, tampouco são toleráveis 
ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais 
interferências ou ataques. O cidadão (note o leitor, o cidadão) tem direito à liberdade de 
opinião e de expressão. Esse direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e 
de procurar, receber e transmitir informações por quaisquer meios e independentemente 
de fronteiras. 
É proibido proibir, assim como é garantido o direito de retrucar e processar. O presidente 
do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, sugeriu a imposição de pesadas 
penas pecuniárias(c) aos detratores “argentários” que se valem das inaceitáveis demoras da 
Justiça. 
No Brasil de hoje não impera a expressão livre das ideias, mas predomina o que Deleuze 
chamou de Poder das Potências. Já tratei aqui desse tema, mas vou insistir. Nos tempos da 
sociedade de massa e do aparato de comunicação abrigado na grande mídia, as Potências 
estão desinteressadas em sufocar a crítica ou as ideias desviantes. Não se ocupam mais 
dessa banalidade. Elas se dedicam a algo muito mais importante: fabricam os espaços da 
literatura, do econômico, do político, espaços completamente reacionários, pré-moldados e 
massacrantes. “É bem pior que uma censura”, continua Deleuze, “pois a censura provoca 
efervescências subterrâneas, mas as Potências querem tornar isso impossível”. 
Nos espaços fabricados pelas Potências não é possível manter conversações, porque neles 
a norma não é a argumentação, mas o exercício da animosidade sob todos os seus disfarces, 
a prática desbragada da agressividade(d) a propósito de tudo e de todos, presentes ou 
ausentes, amigos ou inimigos. Não se trata de compreender o outro, mas de vigiá-lo. 
“Estranho ideal policialesco, o de ser a má consciência de alguém”, diz Deleuze. 
As redes sociais, onde as ideias e as opiniões deveriam trafegar livremente, se 
transformaram num espaço policialesco(e) em que a crítica é substituída pela vigilância. A 
vigilância exige convicções esféricas, maciças, impenetráveis, perfeitas. A vigilância deve 
adquirir aquela solidez própria da turba enfurecida, disposta ao linchamento. 
A Declaração dos Direitos Humanos, na esteira do pensamento liberal e progressista dos 
séculos XIX e XX, imaginou que a igualdade e a diferença seriam indissociáveis na sociedade 
moderna e deveriam subsistir reconciliadas, sob as leis de um Estado ético. Esse Estado 
permitiria ao cidadão preservar sua diferença em relação aos outros e, ao mesmo tempo, 
harmonizá-la entre si, manter a integridade do todo. Mas as transformações econômicas 
das sociedades modernas suscitaram o bloqueio das tentativas de impor o Estado ético e 
reforçaram, na verdade, a fragmentação e o individualismo agressivo e “argentário”. Assim, 
a “ética” contemporânea não é capaz de resistir à degradação das liberdades e sua 
transmutação em arma de vigilância e de assassinato de reputações. 
BELLUZZO Luiz Gonzaga. A polêmica das biografias. Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/revista/771/a-polemica- -das-biografias-
3204.html>. Acesso em: 24 nov. 2013. 
Uma palavra do texto cuja terminação reforça a intenção crítica é 
a) institucional. 
b) publicamente. 
c) pecuniárias. 
d) agressividade. 
e) policialesco. 
Gabarito: E 
 
 
 
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142) CESGRANRIO - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Exploração de 
Petróleo/Geodésia/2014 
Não é meu 
(...) 
Quando Trotsky caiu em desgraça na União Soviética, sua imagem foi literalmente apagada 
de fotograf ias dos líderes da revolução, dando início a uma transformação também 
revolucionária do conceito de fotograf ia: além de tirar o retrato de alguém, tornou-se 
possível tirar alguém do retrato. 
A técnica usada para eliminar o Trotsky das fotos foi quase tão grosseira — comparada com 
o que se faz hoje — quanto a técnica usada para eliminar o Trotsky em pessoa (um 
picaretaço, a mando do Stalin). 
Hoje não só se apagam como se acrescentam pessoas ou se alteram suas feições, sua idade 
e sua quantidade de cabelo e de roupa, em qualquer imagem gravada. 
A frase “prova fotográf ica” foi desmoralizada para sempre, agora que você pode provar 
qualquer coisa fotograf icamente. 
Existe até uma técnica para retocar a imagem em movimento, e atrizes preocupadas com 
suas rugas ou manchas não precisam mais carregar na maquiagem convencional — sua 
maquiagem é feita eletronicamente, no ar. 
Nossas atrizes rejuvenescem a olhos vistos a cada nova novela (...).O fotoxópi é um revisor 
da Natureza. Lembro quando não existia fotoxópi e recorriam à pistola, um borrifador à 
pressão de tinta, para retocar as imagens. 
Se a prova fotográf ica não vale mais nada nestes novos tempos inconfiáveis, a assinatura 
muito menos. 
Textos assinados pela Martha Medeiros, pelo Jabor, por mim e por outros, e até pelo Jorge 
Luís Borges, que nenhum de nós escreveu — a não ser que o Borges esteja mandando 
matérias da sua biblioteca sideral sem que a gente saiba —, rolam na internet, e não se 
pode fazer nada a respeito a não ser negar a autoria — ou aceitar os elogios, se for o caso. 
Agora mesmo está circulando um texto atacando o “Big Brother Brasil”, com a minha 
assinatura, que não é meu. Isso tem se repetido tanto que já começo a me olhar no espelho 
todas as manhãs com alguma desconfiança. Esse cara sou eu mesmo? E se eu estiver 
fazendo a barba e escovando os dentes de um impostor, de um eu apócrifo? E — meu Deus 
— se esta crônica não for minha e sim dele?! 
VERISSIMO, L. F. Não é meu. Disponível em: <http:// oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2011/01/30/ nao-meu-
359850.asp>. Acesso em: 1 set. 2012. Adaptado. 
A palavra picaretaço (l.5) é formada por: 
a) aglutinação 
b) justaposição 
c) parassíntese 
d) derivação sufixal 
e) derivação pref ixal 
Gabarito: D 
 
 
 
 
 
 
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143) CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Carga e Descarga I/2014 
Texto II 
O padeiro 
Levanto cedo,faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta 
do apartamento — mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de 
ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido”. De resto não 
é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; 
acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não 
sei bem o que do governo. 
Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E, enquanto tomo 
café, vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha 
deixar o pão à porta do apartamento, ele apertava a campainha, mas, para não incomodar 
os moradores, avisava gritando: 
— Não é ninguém, é o padeiro! 
Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo? 
“Então você não é ninguém?” 
Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe 
acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra 
pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a 
pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro”. Assim 
f icara sabendo que não era ninguém... 
Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-
lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele 
tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que 
deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela of icina — e muitas 
vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda 
quentinho da máquina, como pão saído do forno. 
Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque 
no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, 
ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta 
de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre 
todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!” 
E assobiava pelas escadas. 
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 11.ed. Rio de Janeiro:1996. p.36-37. Adaptado. 
A palavra pão faz o plural pães. 
Outra palavra que faz o seu plural também em -ÃES é 
a) órfão 
b) gavião 
c) capitão 
d) coração 
e) redação 
Gabarito: C 
 
 
 
 
 
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144) CESGRANRIO - Tec Ban (BASA)/BASA/2013 
É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia 
Trabalho no projeto Saúde e Alegria, que começou com o apoio do BNDES em 1987, e hoje 
retomamos uma parceria com o Banco na área de saneamento, premiada pela Cepal, em 
Santiago do Chile. 
O tiro que eu daria seria na mudança de mentalidade. O Brasil começaria a entender a 
Amazônia não como um ônus, mas como um bônus. Vivemos neste exato momento duas 
crises. Uma econômica internacional, outra ambiental. Apesar de serem duas, a solução 
para a saída de ambas é uma só: pensar um novo modelo de desenvolvimento que una a 
questão ambiental à econômica. Sobretudo, que traga alegria, saúde, felicidade, com base 
não apenas no consumo desenfreado. 
A questão liga a Amazônia ao mundo não apenas pelo aspecto da regulação climática, mas 
também pela motivação na busca de uma solução para aquelas duas crises. Temos uma 
oportunidade única — principalmente por ser o Brasil um país que agrega a maioria do 
território amazônico — de construir, a partir da Amazônia, um modelo de desenvolvimento 
“2.0” capaz de oferecer respostas em um sentido inverso ao atual. Em lugar de importar 
um modelo de desenvolvimento do Sul, construído em outras bases, deveríamos levar 
adiante algumas iniciativas que podem ser, até mesmo, replicadas em cidades como Rio de 
Janeiro ou São Paulo. 
Esse seria o tiro ligado à mudança de mentalidade. Às vezes, pensamos na Amazônia como 
um problema, como o escândalo do desmatamento. Raramente chegam às regiões Sul e 
Sudeste ou a Brasília notícias boas da Amazônia. 
O novo modelo de desenvolvimento — se fosse reduzido a alguns pilares — incluiria, 
obviamente, zerar o desmatamento (já há programas para isso) e combater a pobreza, 
entendendo-se que a solução para o meio ambiente passa, necessariamente, pela questão 
social. 
Se analisarmos as áreas que mais desmatam hoje no mundo, constataremos que são áreas 
com menor Índice de Desenvolvimento Humano [IDH]. Portanto, há uma necessidade 
premente de se criar um ambiente de negócios sustentáveis, com uma economia ligada ao 
meio ambiente. O investidor precisa ter segurança de investir, de gerar emprego com o 
mínimo de governança, para que esses negócios se perpetuem ao longo do tempo. 
Destaco outros pontos, como a política de proteção e f iscalização. É preciso sair da cultura 
do ilegalismo e entrar no legalismo. O normal lá é o ilegal. Vamos imaginar que sou do Rio 
Grande do Sul, sou um cara do bem, quero investir em produção madeireira na Amazônia. 
Faço tudo corretamente, plano de manejo, obtenho as licenças necessárias, pago encargos 
trabalhistas, etc. Vou enfrentar uma concorrência desleal, e minha empresa fechará no 
vermelho. Como posso concorrer com 99% dos empreendimentos, que são ilegais? Ou volto 
para o Rio Grande do Sul ou mudo de lado. Essa é a prática na Amazônia. E essa prática 
precisa acabar. 
Além da necessidade de governança, de gestão pública, há a necessidade de políticas que 
atendam ao fator amazônico. Às vezes, acho que o Brasil desconhece a Amazônia. Lido com 
políticos municipais, principalmente nas áreas de saúde e educação. Evidentemente, não 
podemos trabalhar com a mesma política de municípios como Campinas ou Santarém, 
equivalente ao tamanho da Bélgica. Na Amazônia, há comunidades que f icam distantes 20 
horas de barco e são responsabilidade do gestor municipal. Imaginem um secretário de 
Saúde tentando cumprir a Constituição, o direito do cidadão, com o orçamento limitado, 
numa situação amazônica, com as distâncias amazônicas. 
Outro ponto a ser levado em consideração é o ordenamento territorial. Também destaco os 
aspectos social e de infraestrutura, as cadeias produtivas, o crédito, o fomento e a 
construção de uma nova economia sobre REDD (do inglês Reducing Emissions from 
 
 
 
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Deforestation and Degradation, que signif ica reduzir emissões provenientes de 
desf lorestamento e degradação) e o pagamento de serviços ambientais. 
Em resumo, se começarmos a pensar na Amazônia como uma oportunidade, acho que 
conseguiremos efetivar soluções em curto espaço de tempo. 
SCANNAVINO, Caetano. É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia. In: BNDES. Amazônia em debate: 
oportunidades, desafios e soluções. Rio de Janeiro: BNDES, 2010, p. 147-149. Adaptado. 
Palavras como regulação e emissão, embora provenham igualmente de verbos (regular; 
emitir), apresentam uma divergência de graf ia em sua terminação. É grafada com -ção a 
palavra criada a partir do verbo 
a) omitir 
b) competir 
c) permitir 
d) conceder 
e) converter 
Gabarito: B 
 
 
145) CESGRANRIO - Tec IGE (IBGE)/IBGE/2013 
Sol novo, Sol velho 
Você gostaria de se ver mais velho? Se houvesse um espelho mágico capaz de mostrar sua 
imagem em uma, duas ou mais décadas, você olharia? 
Imagino que a opinião seria dividida, uns tantos sim, outros tantos não. Af inal, ver o futuro 
teria repercussão sobre como viveríamos no presente, o que criaria uma série de paradoxos. 
Se no futuro eu me visse gordo e resolvesse fazer uma dieta, emagreceria? Se emagrecesse, 
não estaria mudando o futuro? E será que isso é possível? Af inal, o espelho me mostrou 
gordo... Ou, quem sabe, o futuro não seja um apenas, mas feito de múltiplas opções. 
Deixandoessas preocupações um tanto humanas de lado, o fato é que em astronomia, ao 
menos, ver o futuro e o passado é extremamente útil. 
Tanto assim que um time internacional de astrônomos vem buscando estrelas semelhantes 
ao Sol, mais velhas e mais novas, para que possamos aprender sobre a evolução da nossa 
estrela-mãe. Para tal, é usado um gigantesco telescópio. Em artigo, o grupo revela dados 
de duas estrelas “gêmeas” do Sol, uma bem mais nova e outra bem mais velha. Ou seja, 
um olho no nosso passado e outro no nosso futuro ou, ao menos, no futuro do Sol. 
A mais velha tem 8,2 bilhões de anos e é bem mais velha do que o Sol, que tem 4,6 bilhões 
de anos. Na região mais próxima dela, podem existir planetas rochosos como a Terra. 
A questão de maior importância para o público é se o Sol é uma estrela típica ou atípica. É 
bom saber, pois sua sobrevivência na Terra depende do Sol e da sua estabilidade. Caso seja 
uma estrela normal, dentro de sua classif icação (estrelas aparecem em classes diferentes, 
dependendo da sua massa, temperatura etc.), o Sol continuará a gerar luz por muitos 
bilhões de anos, em torno do dobro da sua idade. Caso não seja normal, as coisas podem 
complicar. E, se complicarem, a vida na Terra poderá estar em apuros mais cedo do que 
gostaríamos. 
Estudando elementos químicos presentes nas três estrelas, o grupo mostrou que o Sol é 
uma estrela normal. Ou seja, da imagem do Sol idoso, aprendemos que o nosso Sol não 
 
 
 
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foge à regra, o que possibilita que outros como ele tenham planetas como a Terra e, quem 
sabe, abriguem também formas de vida. 
 GLEISER, Marcelo. Folha de São Paulo, 1 set. 2013. Adaptado. 
O grupo em que ambas as palavras contêm o mesmo pref ixo de negação que ocorre 
em atípica é 
a) alienado, atópico 
b) ativista, aleatório 
c) agramatical, acromático 
d) agrotóxico, alimentício 
e) assimétrico, acalorado 
Gabarito: C 
 
 
146) CESGRANRIO - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Inspetor de Segurança Interna/2012 
O futuro segundo os brasileiros 
Em 2050, o homem já vai ter chegado a Marte, e comprar pacotes turísticos para o espaço 
será corriqueiro. Em casa e no trabalho, vamos interagir regularmente com máquinas e 
robôs, que também deverão tomar o lugar das pessoas em algumas funções de atendimento 
ao público, e, nas ruas, os carros terão um sistema de direção automatizada. Apesar disso, 
os implantes corporais de dispositivos eletrônicos não serão comuns, assim como o uso de 
membros e outros órgãos cibernéticos. Na opinião dos brasileiros, este é o futuro que nos 
aguarda, revela pesquisa da empresa de consultoria OThink, que ouviu cerca de mil pessoas 
em todo o país entre setembro e outubro do ano passado. [...] 
De acordo com o levantamento, para quase metade das pessoas ouvidas (47%) um homem 
terá pisado em Marte até 2050. Ainda nesse ano, 49% acham que será normal comprar 
pacotes turísticos para o espaço. Em ambos os casos, os homens estão um pouco mais 
confiantes do que as mulheres, tendência que se repete quando levadas em conta a 
escolaridade e a classe social. 
As respostas demonstram que a maioria da população tem acompanhado com interesse 
esses temas – avalia Wagner Pereira, gerente de inteligência Estratégica da OThink. – E 
isso também é um sinal de que aumentou o acesso a esse tipo de informação pelos 
brasileiros. [...] 
– Nossa vida está cada vez mais automatizada e isso ajuda o brasileiro a vislumbrar que as 
coisas vão manter esse ritmo de inovação nos próximos anos – comenta Pereira. – Hoje, o 
Brasil tem quase 80 milhões de internautas e a revolução que a internet produziu no nosso 
modo de viver, como esse acesso maior à informação, contribui muito para esta visão 
otimista do futuro. 
Já a resistência do brasileiro quando o tema é modif icar o corpo humano é natural, analisa 
o executivo. De acordo com o levantamento, apenas 28% dos ouvidos creem que a evolução 
da tecnologia vai levar ao desenvolvimento e uso de partes do corpo artif iciais que 
funcionarão melhor do que as naturais, enquanto 40% acham que usaremos implantes 
eletrônicos para f ins de identif icação, informações sobre histórico médico e realização de 
pagamentos, por exemplo. 
– Esse preconceito não é exclusividade dos brasileiros – considera Pereira. – Muitos grupos 
não gostam desse tipo de inovação. Romper a barreira entre o artif icial e o natural, a 
tecnologia e o corpo, ainda é um tabu para muitas pessoas. [...] 
 
 
 
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BAIMA, Cesar. O futuro segundo os brasileiros. O Globo, 14 fev. 2012. 1o Caderno, Seção Ciência, p. 30. Adaptado. 
A palavra atendimento (l.2) é o substantivo ligado à ação do verbo atender. 
Qual verbo tem o substantivo ligado à sua ação com a mesma terminação (-mento)? 
a) Crescer 
b) Escrever 
c) Ferver 
d) Pretender 
e) Querer 
Gabarito: A 
 
 
147) CESGRANRIO - Ana (CITEPE)/CITEPE/Comércio Exterior/2012 
Texto I 
Poesia quentinha 
Se a literatura é mesmo o alimento da alma, então os mineiros estão diante de um 
verdadeiro banquete. Mais do que o pãozinho com manteiga, os moradores do bairro de 
Barreiro, em Belo Horizonte (MG), estão consumindo poesia brasileira no café da manhã. 
Graças ao projeto Pão e Poesia, que faz do saquinho de pão um espaço para veiculação de 
poemas, escritores como Affonso Romano de Sant’Anna e Fernando Brant dividem espaço 
com estudantes que passaram por of icinas de escrita poética. São ao todo 250 mil 
embalagens, distribuídas em padarias da região de Belo Horizonte, que trazem a boa 
literatura para o cotidiano de milhares de pessoas, além de dar uma chance a escritores 
novatos de ver seus textos impressos. 
Criado em 2008 por um analista de sistemas apaixonado por literatura, o Pão e Poesia já 
recebeu dois prêmios da cultura. [...] 
Revista Língua Portuguesa, São Paulo: Segmento n. 71, set. 2011, p.8. Adaptado. 
Em dois vocábulos do Texto I, há a ocorrência do sufixo -inho: pãozinho e saquinho. 
Nos dois casos, esse elemento assume um valor de 
a) posse 
b) ironia 
c) afetividade 
d) intensidade 
e) desrespeito 
Gabarito: C 
 
 
148) CESGRANRIO - Prof (SEEC RN)/SEEC RN/Língua Portuguesa/2011 
Texto 
As regras de ouro do e-mail 
Anterior à internet, o correio eletrônico continua sendo uma das formas de 
comunicação mais eficazes 
 
 
 
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Mais antigo do que a própria internet, o e-mail é uma das ferramentas mais importantes da 
comunicação virtual, e seu surgimento foi importante para que a rede mundial de 
computadores fosse aperfeiçoada e desenvolvida. A primeira troca de mensagens 
eletrônicas foi em 1965 e possibilitava a comunicação entre várias pessoas ao mesmo 
tempo. 
A velocidade dessas mensagens pode ser um prato cheio para desatenções por parte de 
redatores, resultando em erros muitas vezes constrangedores. Para que isso não ocorra, o 
texto de um e-mail deve ser simples, exigindo cuidados com sua releitura e acertos no tom 
da mensagem. 
No trabalho, em que a comunicação pode custar dinheiro ou mesmo o sucesso prof issional, 
um e-mail deve ser redigido com toda a atenção para não dar margem a mal-entendidos. 
Deve priorizar três pontos: simplicidade, clareza e objetividade. 
• O vocabulário deve pertencer à linguagem usual, sem expressões rebuscadas que 
possam complicar a mensagem; 
• Simplicidade não pode ser sinônimo de descuido. É preciso estar atento à repetição de 
termos sem necessidade, abreviações obscuras ou construções truncadas; 
• Para um texto conciso e claro, basta relê-lo e cortar termos desnecessários, evitando 
dizer em muitas palavras o que se poderia dizer em poucas; 
• Ter em mente o receptor de sua mensagem e tentar adequar o tom,com o cuidado de 
reler no f inal o texto; 
• Cuidado com palavras mal colocadas e destinatários errados. Uma simples mensagem 
destinada à pessoa errada por engano pode causar grandes estragos. 
MURANO, Edgard. Revista Língua. São Paulo: Segmento, ano 5, n. 64, fev. 2011. Adaptado. 
 “Para um texto conciso e claro, basta relê-lo e cortar termos desnecessários, evitando dizer 
em muitas palavras o que se poderia dizer em poucas;” 
Na formação da palavra desnecessários, o pref ixo desindica negação. 
No Texto, a palavra em que ocorre um pref ixo com o mesmo sentido é 
a) abreviações 
b) aperfeiçoada 
c) desatenções 
d) destinatários 
e) importantes 
Gabarito: C 
 
 
149) CESGRANRIO - Prof (SEEC RN)/SEEC RN/Língua Portuguesa/2011 
Texto 
As regras de ouro do e-mail 
Anterior à internet, o correio eletrônico continua sendo uma das formas de 
comunicação mais eficazes 
Mais antigo do que a própria internet, o e-mail é uma das ferramentas mais importantes da 
comunicação virtual, e seu surgimento foi importante para que a rede mundial de 
computadores fosse aperfeiçoada e desenvolvida. A primeira troca de mensagens 
 
 
 
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eletrônicas foi em 1965 e possibilitava a comunicação entre várias pessoas ao mesmo 
tempo. 
A velocidade dessas mensagens pode ser um prato cheio para desatenções por parte de 
redatores, resultando em erros muitas vezes constrangedores. Para que isso não ocorra, o 
texto de um e-mail deve ser simples, exigindo cuidados com sua releitura e acertos no tom 
da mensagem. 
No trabalho, em que a comunicação pode custar dinheiro ou mesmo o sucesso prof issional, 
um e-mail deve ser redigido com toda a atenção para não dar margem a mal-entendidos. 
Deve priorizar três pontos: simplicidade, clareza e objetividade. 
• O vocabulário deve pertencer à linguagem usual, sem expressões rebuscadas que 
possam complicar a mensagem; 
• Simplicidade não pode ser sinônimo de descuido. É preciso estar atento à repetição de 
termos sem necessidade, abreviações obscuras ou construções truncadas; 
• Para um texto conciso e claro, basta relê-lo e cortar termos desnecessários, evitando 
dizer em muitas palavras o que se poderia dizer em poucas; 
• Ter em mente o receptor de sua mensagem e tentar adequar o tom, com o cuidado de 
reler no f inal o texto; 
• Cuidado com palavras mal colocadas e destinatários errados. Uma simples mensagem 
destinada à pessoa errada por engano pode causar grandes estragos. 
MURANO, Edgard. Revista Língua. São Paulo: Segmento, ano 5, n. 64, fev. 2011. Adaptado. 
A palavra comunicação deriva do verbo comunicar, e seu sufixo (ÇÃO) segue o mesmo 
padrão ortográf ico do substantivo derivado de 
a) conter 
b) conceder 
c) compreender 
d) demitir 
e) verter 
Gabarito: A 
 
 
150) CESGRANRIO - Prof (SEEC RN)/SEEC RN/Língua Portuguesa/2011 
Texto 
Crianças on-line 
A onda da virtualização e da mobilidade via tecnologias digitais não é uma novidade da 
“nossa Era”. É, sim, a possibilidade da materialização de algo que a humanidade vem 
fazendo há milhares de anos, desde que precisou sobreviver e viver melhor em ambientes 
diversos e com condições nem sempre favoráveis. 
Virtualizar-se é expandir-se, é promover um movimento de autocriação e de brincar com 
dimensões de tempo e espaço de uma forma mais “palpável”. É proporcionar a ampliação 
de conhecimentos e de relações de todos os tipos. 
Estamos imersos em um contexto em que viver é estar também virtualmente presente, o 
que produz os multicenários e as sincronias midiáticas de criação e de exposição que vemos 
diariamente. A Era do Virtual é um caminho para essa perspectiva múltipla, e a mobilidade 
 
 
 
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é um meio para o alcance da liberdade de expressão que pode ocorrer a qualquer tempo, 
em qualquer lugar e com qualquer pessoa. 
Segundo pesquisas, as crianças brasileiras, as nossas crianças, estão passando cada vez 
mais tempo on-line, cerca de 73 horas por mês. Esses dados revelam que há uma nova 
cultura nascendo em todos os âmbitos, que vai desde o simples brincar ao crescer, estudar, 
trabalhar e se relacionar. Tal comportamento independe do que pensamos estar certo ou 
errado, pois este binômio não é mais aplicável com uma solução razoável. 
As instituições de ensino que incorporarem os meios digitais (tablets, notes, celulares 3G) 
estarão dando um passo à frente na possibilidade de realizar o seu papel de formação na 
educação, ampliando o espectro de conhecimentos dos alunos - uma vez que as instituições 
f ísicas, apenas mundo real, não serão mais capazes de fazer. 
No sentido de alargamento do contingente cognitivo, o segredo para uma educação ef icaz 
está em permitir que as pessoas possam extrair e ao mesmo tempo “gerar” conteúdo nesse 
novo contexto. Estamos em um momento no qual todos somos criadores e consumidores 
críticos de informações diversas. Isso signif ica podermos compilar aquilo que desejamos e 
transformarmos em novas informações. 
A geração de novos conhecimentos já está acontecendo dessa forma. Nesse novo modelo, 
os conteúdos não são mais simplesmente empacotados do professor para os alunos; mas 
são conteúdos que permitem a produção de contribuições pelo estudante, geradas por meio 
de buscas ou de interações com qualquer parte do mundo ou da História, e expressos nas 
mais diversas formas midiáticas que fomos, até ontem, capazes de conhecer. 
 GARRIDO, Susane. Crianças on-line. O Globo, Opinião. p.7, 25 set. 2011. Adaptado. 
A seguinte palavra pode ser considerada um neologismo formado por derivação sufixal e 
relacionado às descobertas científ icas e técnicas da atualidade: 
a) mobilidade 
b) multicenários 
c) on-line 
d) tablets 
e) virtualizar-se 
Gabarito: E 
 
 
151) CESGRANRIO - Prof (Salvador)/Pref Salvador/Língua Portuguesa/2010 
Texto 
Tive a má ideia de mudar o plano de minha TV por assinatura [A] para passar a receber 
canais em HD. Sim, caro leitor, esta é uma daquelas colunas em que o colunista [B] se 
aproveita do espaço que tem em jornal para protestar contra o mau trato que recebe 
como consumidor [C].(...) 
Assinei contrato novo e esperei cinco dias úteis para que a nova aparelhagem [D] fosse 
instalada na minha casa. Eu não estava presente. Quando enfim me deparei com a nova 
traquitana, surpresa: não havia um só canal em HD no ar. Não me desesperei. Não sou de 
me desesperar. Simplesmente, telefonei para o serviço de atendimento ao cliente. Uma voz 
feminina (...) me atendeu prontamente: 
— Vou pedir um reforço de sinal, senhor. O senhor deve estar esperando duas horas para 
que os canais entrem no ar. 
 
 
 
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Estranhei o gerundismo, que acreditava abolido do diálogo do telemarketing nacional, mas 
acreditei. Estive esperando por duas horas, e... os canais não entraram no ar. 
Não me desesperei. Como já disse, não sou de me desesperar. Liguei de novo para o SAC 
da minha TV por assinatura — insisto em não revelar seu nome para não ser acusado de 
estar aproveitando a minha coluna para conseguir atendimento especial — e expliquei que, 
duas horas depois, os canais em HD continuavam fora do ar. 
— Mas o senhor esperou com a TV ligada ou desligada? 
Não sei, não, aquela pergunta me deu a impressão de estar sendo vítima de uma pegadinha, 
mas não me desesperei. Fui gentil na resposta: 
— Desligada. 
— Ah, então foi por isso. A TV tinha que f icar ligada. Vou pedir um reforço de sinal e o 
senhor, por favor, deve estar esperando por duas horas com a TV ligada. 
Respirei fundo, agradeci e, com a TV ligada, estive esperando mais duas horas. Os canais 
não entraram no ar. Não me desesperei. Como todo mundo sabe, não me desespero. E 
ligueinovamente. 
— Então vou estar transferindo o senhor para um técnico.(...) 
Gentilíssimo, o técnico me pediu 213 informações. Solicitou que eu tirasse o cabo 1 do 
aparelho. Depois, que eu tirasse o cabo 2. Finalmente, que eu trocasse o cabo 1 com o cabo 
2. Diagnóstico: o sinalizador do cabo 2 não estava funcionando. 
— Vou estar agendando uma visita técnica para substituir o cabo. 
Três dias depois, o técnico foi lá em casa, f icou satisfeitíssimo [E] com o comportamento 
dos dois cabos e mudou o diagnóstico: 
— Vou estar solicitando um reforço de sinal, o senhor deve estar aguardando duas horas. 
Caso os canais HD não entrem no ar, o senhor deverá estar solicitando a troca do aparelho... 
Não me desesperei, mas interrompi o técnico. E tentei cancelar a minha assinatura ali 
mesmo. O técnico não aceitou. Telefonei, então, para o SAC mais uma vez. Minha ideia era 
cancelar a assinatura. Depois de fornecer meu CPF, a data de nascimento da minha falecida 
mãe, meu endereço, meu telefone celular, meu pintor preferido do Renascimento e minha 
novela inesquecível, a atendente me disse a frase que enfim me desesperou: 
— O senhor está ciente do valor da multa que deverá pagar? 
— Multa? Mas multa por quê? 
— Por quebra de contrato. 
— Mas eu não quebrei o contrato. Minha única obrigação era efetuar o pagamento da 
mensalidade. A obrigação de vocês era me fornecer os canais em HD. Eu paguei. Vocês não 
forneceram. Quem quebrou o contrato foram vocês. Se existe uma multa, vocês é que 
teriam que me pagar.(...) 
E foi assim que troquei de operadora de TV por assinatura. Mas alguma coisa me diz que, 
mais cedo ou mais tarde, a multa da antiga operadora vai chegar. Insisto em não revelar o 
nome da operadora, mas já vou logo avisando: se chegar, vou estar transferindo a multa 
para o Bruno Mazzeo. 
 XEXÉO, Artur. O Globo, 21 jul. 2010. 
Ao longo do texto, aparecem várias palavras derivadas por suf ixação. 
Numere a segunda coluna de acordo com a primeira, considerando a semelhança de função 
e o signif icado dos sufixos. 
 
 
 
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(1) “...assinatura...” 
(2) “...colunista...” 
(3) “...consumidor...” 
(4) “...aparelhagem...” 
(5) “...satisfeitíssimo...” 
( ) engenheiro 
( ) grandão 
( ) mostruário 
( ) atendente 
A sequência correta, de cima para baixo, é 
a) 2 – 5 – 4 – 3 
b) 2 – 1 – 4 – 5 
c) 3 – 5 – 1 – 4 
d) 3 – 4 – 1 – 2 
e) 5 – 3 – 4 – 1 
Gabarito: A 
 
 
152) CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Direito/2010 
Texto II 
Uma lição de vida 
Uma coisa que sempre me comoveu (e intrigou) é a alegria da rapaziada da coleta de lixo. 
Dia sim, dia não, o caminhão da SLU desce a minha rua e eles fazem aquela algazarra. 
Quase sempre estão brincando, tirando sarro uns com os outros, sorridentes e solíc itos com 
os moradores. Mesmo na pressa de apanhar os sacos de lixo, encontram tempo para gritar 
“bom dia, patrão” ou para comentar a vitória do Galo, a derrota do Cruzeiro ou vice-versa. 
Dia desses levantei de bom humor, o que nem sempre acontece nas manhãs quentes de 
verão. No momento em que saía de casa, vi surgir no topo da rua o grande caminhão 
amarelo. E eis que de sua traseira saltou um negão todo suado, com um sorriso branco no 
meio da cara. A vizinha do lado estava lavando o passeio, desperdiçando água como já é 
de costume. 
O sujeito limpou o suor na manga da camisa e a cumprimentou. “Será que a senhora me 
deixa beber um pouco d’água?”, ele perguntou sem rodeios. “Essa água não é boa”, ela 
disse. “Espera um pouco que eu busco água f iltrada.” “Que é isso, madame? Precisa não. 
Água da mangueira já está bom demais.” 
Ela estendeu o jato d’água e ele se deliciou. 
Depois de beber boas goladas, meteu a carapinha sob a água e se refrescou. O sol no céu 
azul estava de arrebentar mamona e o alto da rua oscilava sob o efeito do calor. O negão 
agradeceu a “caridade” da minha vizinha e seguiu correndo atrás do caminhão amarelo, 
dentro do qual atirava os sacos de lixo apanhados no passeio. 
Na esquina de baixo, o caminhão parou, pois o condomínio em frente sempre produz muitos 
sacos plásticos. Quando passei pelo negão e seu companheiro, ambos atiravam sacos no 
 
 
 
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triturador do caminhão. Parei na sombra de uma quaresmeira para observar o trabalho 
deles enquanto esperava ônibus. 
O motorista saiu da boleia com um cigarro na boca e perguntou se eu tinha fósforo. 
Emprestei-lhe o isqueiro e, enquanto ele acendia o seu “mata rato”, comentei: “Sempre 
admirei a alegria com que vocês trabalham.” 
O motorista soprou a fumaça, devolveu-me o isqueiro e comentou: “E por que a gente devia 
de ser triste?” “Não sei... Um trabalho desses não deve ser mole.” 
“Claro que não”, ele retrucou. “Mas duro mesmo é a vida de quem revira o lixo à procura 
de comida. A gente pelo menos não chegamos lá.” Em seguida, ele entrou na boleia, os dois 
homens de amarelo terminaram a coleta e subiram na carroceria. O caminhão arrancou e 
eu f iquei pensativo, enquanto esperava o “busun”. 
SANTOS, Jorge Fernando dos. Disponível em <http://umacoisaeoutra.com.br/cultura/jorge.htm>. Acesso em 10 dez. 
2009. 
O elemento mórf ico destacado NÃO está classif icado corretamente em 
a) beber – desinência modo-temporal. 
b) trabalham – tema. 
c) vizinha – desinência de gênero. 
d) sol – radical. 
e) triste – vogal temática. 
Gabarito: A 
 
 
153) CESGRANRIO - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Perfuração e Poços/2010 
Um dia você aprende… 
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e 
acorrentar uma alma. E você aprende que amar não signif ica apoiar-se, e que companhia 
nem sempre signif ica segurança ou proximidade. E começa a aprender que beijos não são 
contratos, tampouco promessas de amor eterno. Começa a aceitar suas derrotas com a 
cabeça erguida e olhos radiantes, com a graça de um adulto – e não com a tristeza de uma 
criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, pois o terreno do amanhã é 
incerto demais para os planos, uma vez que o futuro tem o costume de cair em meio ao 
vão. 
Depois de um tempo você aprende que o sol pode queimar se f icarmos expostos a ele 
durante muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe: algumas 
pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa o quão boa seja uma 
pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e, por isto, você precisa estar sempre disposto a 
perdoá-la. 
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva um certo tempo para 
construir confiança e apenas alguns segundos para destruí-la; e que você, em um instante, 
pode fazer coisas das quais se arrependerá para o resto da vida. Aprende que verdadeiras 
amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e que, de fato, os bons e 
verdadeiros amigos foram a nossa própria família que nos permitiu conhecer. Aprende que 
não temos que mudar de amigos: se compreendermos que os amigos mudam (assim como 
você), perceberá que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou até coisa 
alguma, tendo, assim mesmo, bons momentos juntos. 
 
 
 
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Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você 
muito cedo, ou muito depressa. Por isso, sempre devemos deixar as pessoas que 
verdadeiramente amamos com palavras brandas, amorosas, pois cada instante que passa 
carrega a possibilidade de ser a última vez em que as veremos; aprende que as 
circunstâncias e os ambientes possuem inf luência sobre nós, mas somente nós somos 
responsáveis por nós mesmos; começa a compreender que não se deve comparar -se com 
os outros, mas com o melhor que se pode ser. 
Descobreque se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se deseja tornar, e que o 
tempo é curto. Aprende que não importa até o ponto aonde já chegamos, mas para onde 
estamos, de fato, indo – mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar servirá. 
Aprende que: ou você controla seus atos e temperamento, ou acabará escravo de si mesmo, 
pois eles acabarão por controlá-lo; e que ser f lexível não signif ica ser fraco ou não ter 
personalidade, pois não importa o quão delicada ou frágil seja uma situação, sempre 
existem dois lados a serem considerados, ou analisados. 
Aprende que heróis são pessoas que foram suficientemente corajosas para fazer o que era 
necessário fazer, enfrentando as consequências de seus atos. Aprende que paciência requer 
muita persistência e prática. Descobre que, algumas vezes, a pessoa que você espera que 
o chute quando você cai poderá ser uma das poucas que o ajudará a levantar -se. (…) 
Aprende que não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido: simplesmente o 
mundo não irá parar para que você possa consertá-lo. Aprende que o tempo não é algo que 
possa voltar atrás. Portanto, plante você mesmo seu jardim e decore sua alma – ao invés 
de esperar eternamente que alguém lhe traga f lores. E você aprende que, realmente, tudo 
pode suportar; que realmente é forte e que pode ir muito mais longe – mesmo após ter 
pensado não ser capaz. E que realmente a vida tem seu valor, e, você, o seu próprio e 
inquestionável valor perante a vida. 
 SHAKESPEARE, Willian. Disponível em: http://esconderijosecreto.wordpress.com/2006/08/22/umdia- voce-aprende-
willian-shakespeare/ Acesso: 28 jan 2010. (Adaptado) 
Em “incerto” e “inquestionável” os pref ixos indicam negação. 
O par abaixo em que os pref ixos têm esse mesmo signif icado é 
a) ateu – introduzir. 
b) apor – antídoto. 
c) desamor – emergir 
d) desleal – anormal. 
e) refazer – descascar. 
Gabarito: D 
 
 
154) CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Direito/2010 
Texto I 
O PROFISSIONAL DO FUTURO - Num mundo globalizado 
A magnitude e a velocidade das mudanças em todo o mundo têm trazido um impacto 
dramático sobre as pessoas e seus locais de trabalho nos últimos tempos. O ritmo das 
mudanças é muito rápido. E o futuro nos acena com uma aceleração ainda maior em termos 
de inovação, tecnologia e globalização. 
Quando há uma era de profundas modif icações, o conhecimento se expande e aumenta em 
valor e em poder. Uma das maiores mudanças é a transformação de uma economia baseada 
 
 
 
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em indústrias para uma economia baseada em informações. Atualmente a quantidade de 
conhecimento disponível é imensa, sendo necessário saber selecionar o que devemos 
aprender e onde investir nosso tempo para nosso crescimento intelectual e prof issional. 
Precisamos nos esforçar para melhorar nossa f lexibilidade, velocidade e qualidade do 
trabalho realizado e ainda dar importância para o que permanece como uma das medidas 
mais importantes: a produtividade. 
Isto porque as organizações sabem que os clientes não apenas exigem produtos e serviços 
rápidos e com qualidade impecável: eles também querem que os produtos e serviços não 
sejam caros. 
Tudo mudou, está mudando e deverá mudar no futuro com uma rapidez cada vez maior. 
Por isso, nas organizações e até mesmo em nossa casa, existem mudanças na maneira 
como nos relacionamos, na forma como buscamos uma vida mais longa, mais saudável e 
mais feliz. 
Todos os trabalhadores, independente de trabalharem nas linhas de produção ou nos 
escritórios, precisam ver-se como um empresário, um vendedor especializado de serviços 
com uma marca especial, que seja conhecida por todos – VOCÊ. Então, se você não 
conseguir vender-se, não conseguirá atingir o sucesso. 
A cada dia mais os prof issionais precisam preocupar- se em se conhecer para saber quais 
características possuem, para poder fortalecer as qualidades e trabalhar os seus defeitos na 
área prof issional. [...] 
Uma boa maneira de conseguir diferenciar-se nesse novo contexto do mercado de trabalho 
é usar ao máximo a sua criatividade. Veja que isso é simplesmente buscar fazer de forma 
diferente aquilo que todos fazem de uma forma igual. Pensar uma nova maneira, mais 
prática, melhor, mais barata ou mais rápida de fazer as suas atividades, para conseguir 
atingir os resultados esperados. Assim, o prof issional que quiser crescer nas organizações 
precisa ser criativo, a f im de achar novas soluções para os problemas do dia a dia. 
Tendo todo um novo mundo de informações disponíveis e conhecendo bem essas regras do 
jogo, você poderá destacar-se e inovar. Concentre-se em observar essas pequenas 
diferenças entre os prof issionais, lembrando-se sempre de que o jogo pode mudar a 
qualquer hora. E apenas um bom profissional, que entenda e conheça tudo que acontece 
ao seu redor, será capaz de se adaptar a essas mudanças que sempre acontecem. 
E procure se lembrar sempre de que os líderes não gostam de dois tipos de colaboradores: 
os que não fazem o que eles pedem e os que só fazem o que eles pedem. Busque fazer 
sempre mais. E melhor. A melhoria contínua deve ser o maior desafio do ser humano. 
 JORDÃO, Sonia. Disponível em:<http://www.endeavor.org.br/wp- 
content/themes/endeavor/downloads/artigos/O%20PROFISSIONAL%20DO%20FUTURO.pdf> (Com adaptações) 
Em desigual e infeliz, os pref ixos destacados têm sentido de negação. O pref ixo que 
apresenta esse mesmo sentido está na palavra 
a) expatriar. 
b) imigrar. 
c) reação. 
d) anarquia. 
e) decapitar. 
Gabarito: D 
 
 
 
 
 
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155) CESGRANRIO - Tec ETel (DECEA)/DECEA/2009 
Os atropelos da pressa 
Há um frenesi de velocidade no ar e muita gente já está f icando sufocada com esse novo 
tipo de poluição. Ser cada vez mais rápido se tornou uma obsessão quase que neurótica na 
sociedade consumista atual. É o nosso computador que tem de ser mais veloz e, portanto, 
mais potente. É o celular que tem de ser trocado por ofertas mais tentadoras. Plantas que 
começam a produzir frutos em questão de semanas. Milhares de hectares de f lorestas são 
desmatados em apenas alguns dias pelos correntões dos tratores de esteira. Ef iciência hoje 
é mais produção no menor tempo possível, para mais consumo e mais lucro. Até o nosso 
presidente, diante dessa crise f inanceira atual, está-nos aconselhando a consumir mais, já 
que isso signif ica mais emprego. 
Sabemos que os sentimentos não podem conviver com o efêmero, nem com o fugidio. As 
nossas amizades, valores, crenças e os prazeres da alma são construídos de modo 
necessariamente lento. Por outro lado é sabido que todos nós gostamos de consumir, mas 
esse consumismo desbragado liberou, de modo tão exagerado, as amarras do desejo, esse 
sujeito ansioso, eternamente insatisfeito, que só se fala em busca, desapego e troca-troca 
interminável. Essas coisas passam longe do amor que é encontro, cuidado e merecimento. 
É certo que desejo e amor são partes constitutivas do humano, mas só o equilíbrio, que é 
a sábia opção do meio termo, poderia tornar a vida mais dignif icante. 
O mundo da pressa desgasta nossos valores maiores e dilacera o paciente e delicado tecido 
amoroso, que é feito com muita persistência, alegria, renúncia e doações. O mundo dos 
afetos não passa pela regulagem dos megabits, nem pelas trocas periódicas, ele é 
sabiamente vagaroso no seu desenvolver. Ele se sustenta nos pilares das coisas que não 
mudam assim tão facilmente. Estas coisas são os valores que nós perenizamos através das 
memórias e que comemoramos com o prazer da alma. É em homenagem a eles que fazemos 
as festas e algumas são muito especiais. A festa natalina, por exemplo, signif ica o 
nascimento da esperança em Jesus e o Ano Novo exprime a mortedo velho e o nascimento 
de um novo tempo. Um tempo que se perpetua, porque não destrói, não muda e nem mata. 
Portanto, fujamos dessa pressa incentivadora maior da ansiedade que penaliza a nossa 
capacidade de contemplar, de observar e de degustar com prazer o sabor do instante. Não 
podemos esquecer que um pouco de vagareza em nossas atitudes é um sinal positivo de 
que estamos tendo mais sabedoria, paz e serenidade em nosso bem viver. E assim, 
pronunciaremos mais raramente essa neurótica sentença: não tenho tempo! 
TRANCOSO, Alfeu, JB Ecológico, dez. 2008. (Adaptado) 
O processo de formação da palavra conviver tem a mesma classif icação em 
a) neurótica. 
b) fugidio. 
c) desmatam. 
d) troca-troca. 
e) amoroso. 
Gabarito: C 
 
 
 
 
 
 
 
 
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156) CESGRANRIO - Tec IAero (DECEA)/DECEA/2009 
Os atropelos da pressa 
Há um frenesi de velocidade no ar e muita gente já está f icando sufocada com esse novo 
tipo de poluição. Ser cada vez mais rápido se tornou uma obsessão quase que neurótica na 
sociedade consumista atual. É o nosso computador que tem de ser mais veloz e, portanto, 
mais potente. É o celular que tem de ser trocado por ofertas mais tentadoras. Plantas que 
começam a produzir frutos em questão de semanas. Milhares de hectares de f lorestas são 
desmatados em apenas alguns dias pelos correntões dos tratores de esteira. Ef iciência hoje 
é mais produção no menor tempo possível, para mais consumo e mais lucro. Até o nosso 
presidente, diante dessa crise f inanceira atual, está-nos aconselhando a consumir mais, já 
que isso signif ica mais emprego. 
Sabemos que os sentimentos não podem conviver com o efêmero, nem com o fugidio. As 
nossas amizades, valores, crenças e os prazeres da alma são construídos de modo 
necessariamente lento. Por outro lado é sabido que todos nós gostamos de consumir, mas 
esse consumismo desbragado liberou, de modo tão exagerado, as amarras do desejo, esse 
sujeito ansioso, eternamente insatisfeito, que só se fala em busca, desapego e troca-troca 
interminável. Essas coisas passam longe do amor que é encontro, cuidado e merecimento. 
É certo que desejo e amor são partes constitutivas do humano, mas só o equilíbrio, que é 
a sábia opção do meio termo, poderia tornar a vida mais dignif icante. 
O mundo da pressa desgasta nossos valores maiores e dilacera o paciente e delicado tecido 
amoroso, que é feito com muita persistência, alegria, renúncia e doações. O mundo dos 
afetos não passa pela regulagem dos megabits, nem pelas trocas periódicas, ele é 
sabiamente vagaroso no seu desenvolver. Ele se sustenta nos pilares das coisas que não 
mudam assim tão facilmente. Estas coisas são os valores que nós perenizamos através das 
memórias e que comemoramos com o prazer da alma. É em homenagem a eles que fazemos 
as festas e algumas são muito especiais. A festa natalina, por exemplo, signif ica o 
nascimento da esperança em Jesus e o Ano Novo exprime a morte do velho e o nascimento 
de um novo tempo. Um tempo que se perpetua, porque não destrói, não muda e nem mata. 
Portanto, fujamos dessa pressa incentivadora maior da ansiedade que penaliza a nossa 
capacidade de contemplar, de observar e de degustar com prazer o sabor do instante. Não 
podemos esquecer que um pouco de vagareza em nossas atitudes é um sinal positivo de 
que estamos tendo mais sabedoria, paz e serenidade em nosso bem viver. E assim, 
pronunciaremos mais raramente essa neurótica sentença: não tenho tempo! 
 TRANCOSO, Alfeu, JB Ecológico, dez. 2008. (Adaptado) 
O processo de formação da palavra conviver tem a mesma classif icação em 
a) neurótica. 
b) fugidio. 
c) desmatam. 
d) troca-troca. 
e) amoroso. 
Gabarito: C 
 
 
 
 
 
 
 
 
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157) CESGRANRIO - Aux (REFAP)/REFAP/Técnico/Administração/2007 
Aquele estranho animal 
Os do Alegrete dizem que o causo se deu em Itaqui, os de Itaqui dizem que foi no Alegrete, 
outros juram que só poderia ter acontecido em Uruguaiana. Eu não af irmo nada: sou neutro. 
Mas, pelo que me contaram, o primeiro automóvel que apareceu entre aquela brava indiada, 
eles o mataram a pau, pensando que fosse um bicho. A história foi assim (...). 
Ia um piazinho estrada fora no seu petiço — tropt, tropt, tropt (este é o barulho do trote) 
— quando de repente ouviu — fufufupubum ! fufufupubum chiiiipum! 
E eis que aí a “coisa”, até então invisível, apontou por detrás de um capão, bufando que 
nem touro brigão, saltando que nem pipoca, se traqueando que nem velha coroca, chiando 
que nem chaleira derramada e largando fumo pelas ventas como a mula-sem-cabeça. 
“Minha Nossa Senhora.” 
O piazinho deu meia-volta e largou numa disparada louca rumo da cidade (...). 
Chegado que foi, o piazinho contou a história como pôde, mal e mal e depressa, que o 
tempo era pouco e não dava para maiores explicações, pois já se ouvia o barulho do bicho 
que se aproximava. 
Pois bem, minha gente: quando este apareceu na entrada da cidade, caiu aquele montão 
de povo em cima dele, os homens uns com porretes, outros com garruchas que nem tinham 
tido tempo para carregar de pólvora, outros com boleadeiras, mas todos de a pé, porque 
também nem houvera tempo para montar, e as mulheres umas empunhando as suas 
vassouras, outras as suas pás de mexer marmelada, e os guris, de longe, se divertindo com 
seus bodoques, cujos tiros iam acertar em cheio nas costas dos combatentes. E tudo abaixo 
de gritos e pragas que nem lhes posso repetir aqui. 
Até que enfim houve uma pausa para respiração. 
O povo se afastou, resfolegante, e abriu-se uma clareira, no meio da qual se viu o auto 
emborcado, amassado, quebrado, escangalhado, e não digo que morto, porque as rodas 
ainda giravam no ar, nos últimos transes de uma teimosa agonia. E quando as rodas 
pararam, as pobres, eis que o motorista, milagrosamente salvo, saiu penosamente 
engatinhando por debaixo dos escombros do seu ex-automóvel. 
— A la pucha! — exclamou então um guasca, entre espantado e penalizado — o animal deu 
cria! 
 QUINTANA, Mário. Poesia Completa. Rio de Janeiro, Editora Nova Aguilar, 2005. 
O vocábulo que apresenta um processo de formação de palavras diferente dos demais é: 
a) piazinho. 
b) chaleira. 
c) girassol. 
d) boleadeira. 
e) brigão. 
Gabarito: C 
 
 
 
 
 
 
 
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158) CESGRANRIO - Inv Pol (PC RJ)/PC RJ/2006 
Texto II 
A morte da porta-estandarte 
Que adianta ao negro f icar olhando para as bandas do Mangue ou para os lados da Central? 
Madureira é longe e a amada só pela madrugada entrará na praça, à frente do seu cordão. 
O que o está torturando é a idéia de que a presença dela deixará a todos de cabeça virada, 
e será a hora culminante da noite. 
Se o negro soubesse que luz sinistra estão destilando seus olhos e deixando escapar como 
as primeiras fumaças pelas frestas de uma casa onde o incêndio apenas começou! ... 
Todos percebem que ele está desassossegado, que uma paixão o está queimando por 
dentro. Mas só pelo olhar se pode ler na alma dele, porque, em tudo mais, o preto se 
conserva misterioso, fechado em sua própria pele, como numa caixa de ébano. (...) 
Sua agonia vem da certeza de que é impossível que alguém possa olhar para Rosinha sem 
se apaixonar. E nem de longe admite que ela queira repartir o amor.(...) 
No fundo da Praça, uma correria e começo de pânico. Ouvem-se apitos. As portas de aço 
descem com fragor. As canções das Escolas de Samba prosseguem mais vivas, sinfonizando 
o espaço poeirento. 
— Mataram uma moça! (...) 
A mulata tinha uma rosa no pixaim da cabeça. Um mascarado tirou a mantilha da 
companheira, dobrou-a, e fez um travesseiro para a morta. Mas o policial disseque não 
tocassem nela. Os olhos não estavam bem fechados. Pediram silêncio, como se fosse 
possível impor silêncio àquela Praça barulhenta. (...) 
— Só se você visse, Bentinha, quanto mais a faca enterrava, mais a mulher sorria ... Morrer 
assim nunca se viu ... 
O crime do negro abriu uma clareira silenciosa no meio do povo. Ficaram todos estarrecidos 
de espanto vendo Rosinha fechar os olhos. O preto ajoelhado bebia-lhe mudamente o último 
sorriso, e inclinava a cabeça de um lado para outro como se estivesse contemplando uma 
criança. (...) 
Ele dobra os joelhos para beijá-la. Os que não queriam se comover foram-se retirando. O 
assassino já não sabe bem onde está. Vai sendo levado agora para um destino que lhe é 
indiferente. É ainda a voz da mesma canção que lhe fala alguma coisa ao desespero: 
Quem fez do meu coração seu barracão? 
Foi ela ... 
MACHADO, Aníbal M. In: Antologia escolar de contos brasileiros. Herberto Sales (Org.) Rio de Janeiro, Ed. Ouro, 
s/d. 
 
Assinale a opção em que NÃO há correspondência de signif icado entre os elementos 
destacados. 
a) Antiaéreo – anteposto 
b) Semicerrado – hemisfério 
c) Impossível – desassossegado 
d) Indiferente – imóvel 
e) Subterrâneo – hipoglicemia 
Gabarito: A 
 
 
 
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159) CESGRANRIO - Tec 1-I (IBGE)/IBGE/2006 
O mundo está envelhecendo. Em três décadas, haverá tantos idosos quantos jovens. Dessa 
questão tratam agora a ONU, demógrafos e economistas em pânico com as conseqüências 
para a previdência social. São problemas reais, mas do ponto de vista do indivíduo, a notícia 
do aumento da longevidade só pode ser alvissareira. Ninguém quer a morte, só saúde e 
sorte, sentenciou Gonzaguinha e, desde então, os brasileiros repetem em coro esse refrão. 
A geração dos que entram na terceira idade está começando, se tiver saúde e sorte, uma 
terceira vida. 
A constatação é perturbadora para quem chegou lá, porque será pioneiro em inventar essa 
terceira vida e o fará sem parâmetros que lhe digam o que é certo ou errado, aceitável ou 
ridículo, sadio ou malsão. Janus com uma face voltada para a liberdade e a outra para a 
angústia e a incerteza. Uma situação que se assemelha, hoje, estranhamente, à 
adolescência. 
“O que é chato no envelhecer é que eu sou jovem”, protestava Colette. Pessoas que se 
sentem jovens e ainda não se reconhecem em um corpo que não lhes parece seu, lembram 
os adolescentes que, com um pé na infância, assistem perplexos à revolução hormonal. Mas 
não é só o corpo que se torna morada incerta. Incerto é o momento em que a chamada 
vida ativa já se transformou para a maioria em tempo livre, em perda de identidade 
prof issional e é preciso buscar um novo perf il, como o adolescente face à vida adulta se 
perguntando o que eu vou ser quando crescer. O que se vai ser quando envelhecer é uma 
questão nova em um tempo em que já ninguém responde simplesmente: velho. 
A uma geração a quem se promete mais vinte ou trinta anos de vida, em boa saúde, f ísica 
e mental, estão colocados uma fantástica oferta de liberdade e um convite à invenção. 
Sobretudo em tempos de mudança de era, quando proscreveram o quadro de valores nos 
quais essas pessoas foram criadas e um corpo de conhecimentos que se tornou anacrônico. 
Essa geração foi atropelada pelas crises da família e do trabalho, pela globalização e pelas 
novas tecnologias. Já não é possível viver ignorando o que essas mutações representam 
como revolução na convivência entre as pessoas, a transformação que operam no acesso à 
informação, exigindo dos mais velhos um diálogo com essa cultura. 
Os jovens sempre olharam para os mais velhos como velhos. Só que, hoje, os chamados 
idosos não se comportam segundo a expectativa dos jovens. Mudou sua disposição de vestir 
os estereótipos com que se lhes ditava uma vida sem futuro. A presença maciça na 
sociedade de pessoas idosas com projetos, vivendo sua vida com energia e independência, 
dotadas de recursos e de tempo disponível, constitui um fenômeno imprevisto que está 
mudando as sociedades por dentro e que, para além de saber quem vai pagar a conta da 
previdência, questiona os costumes. 
 OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. O Globo, 05 mar. 2006 (com adaptações) 
 
Obs.: Janus – um dos antigos deuses de Roma, representado com dois rostos, um voltado 
para a direita outro para a esquerda. Colette – escritora francesa. 
Relacione as palavras ao seu respectivo processo de formação. 
(I) malsão 
(II) incerto 
(III) envelhecer 
(IV) aceitável 
(R) derivação sufixal 
(S) derivação pref ixal 
(T) derivação parassintética 
 
 
 
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A relação correta é: 
a) I – R , III – S, IV– T 
b) I – S , II – T, III – R 
c) I – T , II – S, III – R 
d) II – R , III – T, IV– S 
e) II – S , III – T, IV– R 
Gabarito: E 
 
 
160) CESGRANRIO - Tec 1-I (IBGE)/IBGE/2006 
O mundo está envelhecendo. Em três décadas, haverá tantos idosos quantos jovens. Dessa 
questão tratam agora a ONU, demógrafos e economistas em pânico com as conseqüências 
para a previdência social. São problemas reais, mas do ponto de vista do indivíduo, a notícia 
do aumento da longevidade só pode ser alvissareira. Ninguém quer a morte, só saúde e 
sorte, sentenciou Gonzaguinha e, desde então, os brasileiros repetem em coro esse refrão. 
A geração dos que entram na terceira idade está começando, se tiver saúde e sorte, uma 
terceira vida. 
A constatação é perturbadora para quem chegou lá, porque será pioneiro em inventar essa 
terceira vida e o fará sem parâmetros que lhe digam o que é certo ou errado, aceitável ou 
ridículo, sadio ou malsão. Janus com uma face voltada para a liberdade e a outra para a 
angústia e a incerteza. Uma situação que se assemelha, hoje, estranhamente, à 
adolescência. 
“O que é chato no envelhecer é que eu sou jovem”, protestava Colette. Pessoas que se 
sentem jovens e ainda não se reconhecem em um corpo que não lhes parece seu, lembram 
os adolescentes que, com um pé na infância, assistem perplexos à revolução hormonal. Mas 
não é só o corpo que se torna morada incerta. Incerto é o momento em que a chamada 
vida ativa já se transformou para a maioria em tempo livre, em perda de identidade 
prof issional e é preciso buscar um novo perf il, como o adolescente face à vida adulta se 
perguntando o que eu vou ser quando crescer. O que se vai ser quando envelhecer é uma 
questão nova em um tempo em que já ninguém responde simplesmente: velho. 
A uma geração a quem se promete mais vinte ou trinta anos de vida, em boa saúde, f ísica 
e mental, estão colocados uma fantástica oferta de liberdade e um convite à invenção. 
Sobretudo em tempos de mudança de era, quando proscreveram o quadro de valores nos 
quais essas pessoas foram criadas e um corpo de conhecimentos que se tornou anacrônico. 
Essa geração foi atropelada pelas crises da família e do trabalho, pela globalização e pelas 
novas tecnologias. Já não é possível viver ignorando o que essas mutações representam 
como revolução na convivência entre as pessoas, a transformação que operam no acesso à 
informação, exigindo dos mais velhos um diálogo com essa cultura. 
Os jovens sempre olharam para os mais velhos como velhos. Só que, hoje, os chamados 
idosos não se comportam segundo a expectativa dos jovens. Mudou sua disposição de vestir 
os estereótipos com que se lhes ditava uma vida sem futuro. A presença maciça na 
sociedade de pessoas idosas com projetos, vivendo sua vida com energia e independência, 
dotadas de recursos e de tempo disponível, constitui um fenômeno imprevisto que está 
mudando as sociedades por dentro e que, para além de saber quem vai pagar a conta da 
previdência, questiona os costumes. 
 OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. O Globo, 05 mar. 2006 (com adaptações) 
 
 
 
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