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Tarefa de TIC 
Nome: João Pedro Roma 
Tema da Semana: Doença Rara- Vacina Oxford - COVID 
Data: 14/05/24 
 
RESPOSTA: 
 A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) é uma condição neurológica rara, porém 
grave, que afeta os nervos periféricos. É uma doença autoimune que afeta o sistema 
nervoso periférico, o qual é composto por nervos que se estendem a partir do 
cérebro e da medula espinal para o restante do corpo. Nessa síndrome, o sistema 
imunológico ataca equivocadamente a bainha de mielina (camada protetora isolante 
que envolve os axônios, que são as partes dos nervos que conduzem os impulsos 
elétricos) que envolve os nervos periféricos, danificando-a ou destruindo-a 
completamente. Com a destruição da bainha de mielina, os nervos periféricos ficam 
desprotegidos e sua função é comprometida. Isso pode levar ao surgimento dos 
sintomas iniciais da síndrome de Guillain-Barré, que podem incluir fraqueza 
muscular nos membros inferiores, dormência, formigamento e sensações de 
queimação. Esses sintomas geralmente progridem para os membros superiores, 
afetando músculos respiratórios e, em casos graves, podendo levar a paralisia 
respiratória. 
Mas além da avaliação clínica para fechar o diagnóstico dessa síndrome é 
necessário a avaliação do exame físico e de exames laboratoriais. Nessa 
perspectiva, podemos encontrar no exame físico: fraqueza muscular, redução dos 
reflexos tendinosos profundos e, em alguns casos, perda de sensação. O exame 
pode também revelar alterações autonômicas, tais como aumento ou 
diminuição da frequência cardíaca, pressão arterial instável e sudorese excessiva. 
Já os exames laboratoriais são usados para ajudar a confirmar o diagnóstico da 
síndrome, mas também para descartar outras doenças com sintomas semelhantes. 
Logo, é necessário fazer uma análise do líquido cefalorraquidiano, colhido por meio 
de punção lombar, que geralmente revela um aumento do número de células 
brancas, uma diminuição de proteínas e uma ausência de bactérias. Além disso, 
testes de eletroneuromiografia podem ser realizados para avaliar a função nervosa 
e muscular. 
 
Diagnóstico Clínico da Síndrome de Guillain-Barré (SGB): 
O diagnóstico clínico da SGB é geralmente baseado na apresentação dos 
sintomas e no exame neurológico. Os sintomas típicos incluem fraqueza muscular 
ascendente, formigamento, dormência e, às vezes, dor muscular. Esses sintomas 
geralmente começam nas pernas e podem progredir para os braços e para os 
músculos respiratórios. Uma história clínica detalhada também é essencial para 
identificar possíveis fatores precipitantes, como infecções recentes, vacinação ou 
eventos cirúrgicos. 
 
 
 
 
 
Propedêutica (Exames) Mais Adequada: Exames laboratoriais: 
Os exames de sangue podem ser solicitados para ajudar a excluir outras 
condições que podem mimetizar a SGB, como a síndrome de Miller Fisher ou 
mielopatia. Eletroneuromiografia (ENMG): Este exame é fundamental para 
diagnosticar a SGB. Ele avalia a condução dos sinais elétricos através dos nervos 
periféricos e a função dos músculos. Na SGB, a ENMG geralmente mostra 
características de desmielinização e bloqueio de condução nervosa. Testes de 
função pulmonar: Como a SGB pode afetar os músculos respiratórios, os testes de 
função pulmonar são frequentemente realizados para avaliar a função respiratória. 
 
Punção Lombar em Pacientes com SGB: 
A punção lombar, também conhecida como punção raquidiana, é 
frequentemente realizada em pacientes com suspeita de SGB para avaliar o líquido 
cefalorraquidiano (LCR). Na SGB, a punção lombar geralmente revela uma elevação 
da proteína no LCR, sem uma contagem significativa de células brancas 
(pleocitose). Esse padrão é conhecido como albuminocitológico dissociado. A 
presença de pleocitose no LCR pode sugerir outras condições, como infecções 
virais do sistema nervoso central, que precisam ser consideradas no diagnóstico 
diferencial. 
 
REFERÊNCIAS: 
 
1º LEONHARD, Sonja E. et al. Diretrizes Baseadas em Evidências Diagnóstico e 
manejo da Síndrome de Guillain–Barré em dez etapas. Revista Neurociências, v. 29, 
p. 1-52, 2021. 
 
2º LOZ, Sabrina Hafemann et al. MIELITE TRANSVERSA E VACINA COVID-19: UMA 
ASSOCIAÇÃO TEMPORAL. The Brazilian Journal of Infectious Diseases, v. 26, p. 
101803, 2022. 
 
3º LINS, Izadora Castro et al. Repercussões clínicas no paciente com Covid-19 e 
desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré: relato de caso. Brazilian Journal of 
Health Review, v. 6, n. 5, p. 23371-23376, 2023. 
 
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