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Escoliose Conceito: Deformidade complexa da coluna vertebral nos três planos (sagital, frontal e transverso) cujo principal componente é o desvio lateral anormal no plano frontal. Pode começar em qualquer período da vida, mas quando tiver esse início na vida adulta resulta de alterações degenerativas próprias da coluna e do envelhecimento. Pode haver progressão causada pela imaturidade esquelética, sendo mais comum durante o estirão puberal. Progressão é influenciada por: idade, sexo, causa e tipo de curva. Rara em esqueleto maduro, geralmente acontece acima de 40°. Acima de 60° pode comprometer a função cardiopulmonar pela diminuição da expansibilidade torácica. Etiologia: A causa idiopática é a mais comum e permanece sem explicação. A - Idiopática: 1 - Infantil (0-3 anos): na maior parte das vezes cursa com doenças cardíacas. 2 - Juvenil (3-10 anos) 3 - Adolescente (>10 anos) Pode ocorrer também por causa genética, causa neurológica e causa muscular distrófica. Curvaturas maiores que 10° graus no ângulo de Cobb no corte coronal são consideradas escolioses. Sinais e Sintomas: ● Desproporção dos membros; ● Dores musculares; ● Fadigas; ● Rigidez na coluna. Exame Físico: Exame do paciente sentado, em ortostase e deambulando. A observação do dorso com o paciente na posição ortostática pode revelar sinais associados à escoliose. As assimetrias do nível da altura dos ombros, dos contornos escapulares e das distâncias dos membros superiores em relação ao tronco são manifestações frequentes da escoliose. Teste de Adams: serve para a pesquisa de assimetria do dorso do paciente durante a flexão da coluna vertebral. Com a flexão da coluna vertebral, um dos lados da caixa torácica ficará mais alto. A presença de elevação assimétrica caracteriza o exame como positivo. Assimetria do trígono de talhe: Radiografia panorâmica: considerado o padrão ouro. Exames de Imagem: Pedir na incidência ântero-posterior. Ângulo de Cobb: avalia a magnitude do desvio. O método consiste na medição do ângulo formado entre as duas vértebras mais desviadas das extremidades da curva. A curva primária é a curva original, geralmente de maior magnitude, mais rígida e com maior rotação vertebral. Enquanto a curva secundária ou compensatória tem sentido oposto à curva primária, sendo de menor magnitude, mais flexível e menos rodada. Tomografia computadorizada: utilizada para o planejamento cirúrgico. Ressonância magnética: utilizada para padrões atípicos; Lesões neuronais ou neuromusculares. Utilizada também em início precoce (menos de 3 anos de vida). Tratamento: Tratamento conservador: restrito para curvaturas menores que 25° → fisioterapia e exercício físico. Uso de colete: utilizado em curvaturas entre 25 e 40°. Tratamento cirúrgico:para curvaturas acima de 45°, evita que a curvatura progrida, quanto mais precocemente feito, melhor. Fixa os os parafusos na vértebra permitindo o crescimento adequado de crianças. Questões 1) Na escoliose degenerativa do adulto, os sintomas de claudicação neurogênica: A) melhoram com a flexão do tronco, assim como na estenose de canal lombar. B) melhoram com a flexão do tronco, ao contrário da estenose de canal lombar. C) não melhoram com a flexão do tronco, assim como na estenose de canal lombar. D) não melhoram com a flexão do tronco, ao contrário da estenose de canal lombar. Gabarito: D.