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MARC 02/ ISABELLA AFONSO SÍFILIS CONGÊNITA ⭐É uma doença infecciosa, resultado da disseminação hematogênica do treponema pallidum a partir da infecção materna em QUALQUER estágio clínico da doença ou idade gestacional. ⭐A transmissão do agente se dá através da via transplacentária ou através da contaminação do bebê durante sua saída pelo canal de parto. TRANSMISSÃO FETAL ⭐A doença pode ser transmitida por via sexual (adquirida), ou verticalmente pela placenta (congênita). ⭐ Na gravidez quanto mais precoce adquirido a doença, mais a chance de transmissão, pois, a parasitemia é maior nos primeiros estágios da doença. ⭐ Pode ocorrer em qualquer mês, mas a chance é menor até o 4° mês, já que o fluxo da placenta aumenta até o 3° trimestre. ⭐Acomete fígado, e pode-se disseminar para pele, mucosas, esqueleto, pulmões e sistema nervoso central do feto. Pneumonia alba- lesão pulmonar incompatível com a vida. CLÍNICA NO FETO Precoce ⭐Ocorre logo após o nascimento até os 2 primeiros anos de vida, e tardia. Hepatomegalia, esplenomegalia, anemia, púrpura e icterícia com grande aumento de transaminases. 1- Lesões cutâneas- pênfigo palmoplantar, condilomas sifílides, placas mucosas podem aparecer nos lábios, língua, palato e genitália, Paroníquia, Rinite (coriza sifilítica). 2- Lesões ósseas- acometimento simétrico, localizado, firmular, as lesões ósseas são autolimitadas, curando-se com ou sem tratamento. Outros são? esteococndrite metafisária , sinal de weimberg e periosite. 3- Lesões viscerais- hepatite, hepatomegalia e síndrome nefrótica 4- Sistema hematopoiético- Anemia hemolítica com coombs negativo 5- Lesões nervosas- meningite, hidrocefalia obstrutiva, cronificação do quadro meningovascular, hemiplegia e convulsões. 6- Lesões oculares-Coriorretinite (aspecto de sal e pimento), ceratite intersticial, glaucoma, catarata, uveíte, cranco nas pálpebras e atrofia ótica. 7- Outras lesões- miocardite, síndrome de má absorção, desnutrição e falta de ganho ponderal. TARDIA ⭐Acima dos 2 anos de idade ⭐Sequelas da periostite na fase aguda: bossa frontal, espessamento da junção esternoclavicular, arqueamento da porção ½ da tíbia. ⭐Anormalidades dentárias: dentes de hutchinson e molares de forma amordo. Face: maxilar curto, nariz em sela, com ou sem perfusão do septo nasal, rápages, cricatrizes nasolabiaisa, Sinais de hutchinson. ⭐ Articulação de clutton – derrame articular estéreo nos joelhos. Ceratite insterticial, coroidite, retinite, atrofia óptica com possível evolução para cegueira Lesão do nervo vestíbulo-coclear levando a surdez e vertigem Hidrocefalia Retardo mental CLÍNICA NA MÃE SÍFILIS 1° ⭐Lesão única, indolor, com bordas delimitadas, base endurecida, fundo limpo, coloração rosa avermelhada- Cranco duro- rico em bactérias. ⭐ Lesão localizada na vulva, mucosa vaginal e anal, no colo do útero e na muscosa oral. Pode ter linfadenopatia regional Desaparece sozinha, MARC 02/ ISABELLA AFONSO independente do tratamento, após 3-6 semanas. SÍFILIS 2° ⭐Lesões cutâneo mucosas, papulosa palmoplantar, pode ter alopecia areata, e lesões pápulo hipertróficas nas mucosas ou pregas cutâneas. Pode apresentar febre, mal-estar e cefaleia. Além de lues maligna. ⭐Aparece os sintomas de 6 semanas a 6 meses depois do cancro duro. SÍFILIS 3° ⭐Lesões gonodosas e nodulares, parestesia generalizada, periostite, meningite, etc. ⭐Formação de granulomas destrutivos e quase total ausência de treponemas; 2 a 40 anos após o início da infecção. SÍFILIS LATENTE ⭐Paciente não tem sintomas mas têm sorologia +. DIAGNÓSTICO NO PRÉ NATAL 1. PESQUISA DIRETA DO TREPONEMA ⭐Material deve ser colhido de lesões úmidas e das fossas nasais, feito por pessoas experientes ⭐ Negativa após o 1° dia de tratamento ⭐Avalia progressão da doença FTA-ABS IGM ⭐ Detecta IgM ⭐ Em casos pode indicar apenas transferência de anticorpos da mãe Uma vez que anticorpos maternos da classe IgM não ultrapassam a placenta, foi criado o teste FTA-ABS-IgM. Isso indica que o RN esta produzindo anticorpos, sendo + especifico que o FTA simples. ⭐ Permanece positivo a vida toda mesmo depois de curado ⭐ Obs: Estes testes não são recomendados no RN e devem ser realizados apenas após 18 meses, quando os anticorpos adquiridos de forma passiva através da placenta não são mais detectáveis. TPHA ⭐Detecta anticorpos e permanece muito tempo positivo Muito sensível e específico ⭐ É recomendável que todos os resultados positivos sejam confirmados pelo procedimento de FTA-ABS, porque algum paciente pode dar falso +. 2. REAÇÕES NÃO TREPONÊMICAS ⭐ Empregam antígenos lipídicos não específico, isolados a partir do coração do boi (cardiopipina). ⭐Não específicos- Não avalia anticorpos contra treponema, mas contra o complexo lipídico que o treponema libera quando lesionado. ⭐ Teste de fixação de complemento ⭐ Teste de floculação CRLL e PRR ⭐Uteis para excluir falsos + VDRL ⭐Observa as imunoglobulinas IgG e IgM ⭐Um exame positivo não significa infecção do RN pois a IgG pode passar a placenta. Tem que suspeitar quando: o título de anticorpo do RN for igual ou maior que o da mãe, em 4 diluições. ⭐ Repete em 15 dias em casos de aumento do título, a infecção é provavelmente ativa. ⭐Caso + faz os testes treponêmicos ⭐Fica positivo por longos períodos mas apresenta queda progressiva até não ser reagente. Acompanha evolução e resposta ao tratamento. MARC 02/ ISABELLA AFONSO PUNÇÃO ⭐ Realiza-se punção lombar para investigar comprometimento neurológico em todos casos suspeitos de sífilis congênita ⭐ Sempre que o VDRL for + no LCR o Rn deve ser considerado com neurossífilis congênita. ⭐VDRL – não afasta neurolues > 25 hemácias e > 150 mg/dl de proteínas no LCR ou LCR inconclusivo o RN é portador de neurossífilis VDRL TRIAGEM : ⭐1° trimestre Inicio do 3° Trimestre (28 semanas) ⭐Admissão para parto ou aborto VDRL + faz teste treponêmico para confirmar. ⭐Considera-se um caso de risco para sífilis congênita qualquer titulação de VDRL materno para gestantes não tratadas ou tratadas inadequadamente. AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR DO NEONATO ⭐VDRL de sangue periférico ⭐ Radiografia de ossos longos ⭐LCR ⭐Hemograma (anemia, plaquetopenia), fundoscopia (coriorretinite) ⭐ Dosagem de bilirrubinas, enzimas hepáticas, raio-x de tórax , função renal, etc. Dependendo da manifestação clínica. ⭐ USG: hidrocefalia. MANEJO DO RN A- Nos recém-nascidos de mães com sífilis não tratada ou inadequadamente tratada, independentemente do resultado do VDRL do recém-nascido, realizar: hemograma, radiografia de ossos longos, punção lombar (na impossibilidade de realizar este exame, tratar o caso como neurossífilis), e outros exames, quando clinicamente indicados. A1- Se tiver alteraçãos clínicas e/ou sorológicas e/ou radiológicas e/ou hematológicas, o tratamento deverá ser feito com penicilina G cristalina A2- Se houver alteração liquórica, o tratamento deverá ser feito com penicilina G cristalina 5, e em doses diferentes A3- Se não houver alterações clínicas, radiológicas, hematológicas e/ou liquóricas, e a sorologia for negativa, deve-se proceder ao tratamento com penicilina G benzatina 7 dias por via intramuscular na dose única de 50.000 UI/kg. Acompanhar a criança B- Nos recém-nascidos de mães adequadamente tratadas: realizar o VDRL em amostra de sangue periférico do recém-nascido; se este for reagente com titulação maior do que a materna, e/ou na presença de alterações clínicas, realizar hemograma, radiografia de ossos longos e análise do LCR: ⭐Se houver alterações clínicas e/ou radiológicas, e/ou hematológica sem alterações liquóricas, o tratamento deverá ser feito como em A1 ⭐ Se houver alteração liquórica, o tratamento deverá ser feito como em A2 ⭐ Se for assintomático e o VDRL não for reagente proceder apenas ao seguimento clínico laboratorial. ⭐ Se for assintomático e tiver o VDRL reagente, com título igual ou menor que o materno acompanhar clinicamente. 1. Penicilina cristalina – RN internados. 50.000 U/kg/dose, IV por dez dias, de 12/12 horas na primeira semana e de 8/8 horas após a primeira semana. 2.Penicilina procaína- 50.000 U/kg/dia, IM em dose única diária, por dez dias Penicilina benzatina – casos excepcionais e de baixo risco, pois, não atravessa a barreira hematoencefálica. ⭐ O RN com sífilis congênita precoce deve ser isolado, uma vez que as lesões cutaneomucosas são ricas em treponemas, 24 hrs depois não infectam mais. MARC 02/ ISABELLA AFONSO ⭐Alergia entra com eritromicina ou cefalosporinas. ⭐Avaliações mensais até o sexto mês e bimensais do sexto ao 12° mês. Diante das elevações de títulos sorológicos, ou da sua não negativação até os 18 meses, reinvestigar o paciente e tratar. ⭐Recomenda-se o acompanhamento oftalmológico, neurológico e audiológico semestral por dois anos. CRITÉRIOS DE CURA DA CRIANÇA ⭐Os exames sorológicos negativam-se em torno de seis meses. Caso o VDRL continue reagente com 18 meses ou os títulos forem ascendentes, a criança deverá ser retratada TRATAMENTO MATERNO ⭐Tratar também os contatos sexuais. ⭐ Sífilis primária (cancro duro): Penicilina G Benzatina - 2.400.000 UI/I ⭐ Sífilis secundária ou latente recente (menos de 1 ano de evolução): Penicilina G Benzatina - 2.400.000 UI/IM, repetindo a mesma dose uma semana depois. Dose total: 4.800.000 UI ⭐Sífilis terciária, sífilis com mais de 1 ano de evolução, ou com duração ignorada: Penicilina G Benzatina 2.400.000 UI/IM, em 3 aplicações, com intervalo de 1 semana entre cada aplicação. Dose total: 7.200.000 UI. Alergia entra com eritromicina ou doxiciclina CRITÉRIOS DE CURA DA MÃE CURA: queda de dois ou mais títulos (1:32 para 1:8) ou negativação após seis meses. NOVO TRATAMENTO: elevação dos testes em duas diluições (ex.: 1:16 para 1:64) TOXOPLASMOSE CONGÊNITA ⭐Zoonose produzida pelo toxoplasma gondii, parasita intracelular obrigatório, que está em vários animais. ⭐Ocorrerá após infecção materna primária durante a gestação, podendo eventualmente resultar da reativação da infecção latente em mulheres imunodeprimidas. Tem como hospedeiro definitivo o gato, e intermediário, homem, mamíferos e aves. ⭐ Causado pela ingestão de água e alimentos contaminados, raramente pelo contato direto com fezes de gatos. ⭐ A transmissão ocorre para o neonato na forma de taquizoíta, que cruza a placenta. Os cistos podem ser destruídos no freezer, após 3 dias em ≥ -12° C ou pelo aquecimento a ≥ 67°C. ⭐Ao adquirir a infecção primária, a mãe infecta o seu feto em 17-65% das vezes pela via transplacentária. Quanto mais precoce a idade gestacional, menor é a probabilidade de transmissão, porém mais grave é a infecção. O contrário ocorre no final da gestação, quando há uma maior probabilidade da infecção, porém de forma menos grave. ⭐ 50% dos bebês não apresentam manifestações clínicas. 10% forma clínica grave 34% manifestações leves ETIOPATOGENIA ⭐Depois de replicar-se ativamente na placenta, a parasitemia atinge praticamente todos os sistemas orgânicos do feto, com exceção da hemácia. Os locais mais acometidos são as túnicas oculares e o Sistema Nervoso Central (SNC). No cérebro, encontramos áreas de necrose, acompanhadas de processos inflamatórios perivasculares, que sofrem calcificação precoce. CLÍNICA NA MÃE ⭐ Assintomático ou com sinais inespecíficos como: febre, mialgia, linfadenopatia, odinofagia, exantema maculopapular e hepatoesplenomegalia. CLÍNICA DO RN ⭐ Assintomático 90%, Quando sintomático apresenta manifestações viscerais, neurológicas ou oftalmológicas. ⭐ 1° tri= repercussões graves/óbito fetal/neonatal/sequelas importantes ⭐ 2° Tri= manifestações subclínicas MARC 02/ ISABELLA AFONSO ⭐ 3° tri= manifestações subclínicas e raramente quadro grave de parasitemia FORMAS GRAVES NEUROLÓGICA : resultante de uma infecção nas fases iniciais da gestação. ⭐Caracteriza-se por alterações liquóricas, calcificações intracranianas, hidrocefalia, convulsões, microcefalia e retinocoroidite. ⭐Hidrocefalia tipo obstrutiva- manifestação neurológica clássica mais comum ⭐Crises convulsivas, retardo do crescimento, opistótono, dificuldade de deglutição e paralisia de membros. GENERALIZADA A forma generalizada pode ocorrer após a infecção em fases mais tardias da gestação. Os bebês podem se apresentar com retinocoroidite, alterações liquóricas, hepatoesplenomegalia, linfadenopatia, icterícia, trombocitopenia, anemia, pneumonite, miocardite, síndrome nefrótica e alterações ósseas. ⭐ Tétrade de sabin- caracterizada por coriorretinite, calcificações intracranianas, hidrocefalia ou microcefalia e retardo mental. Muitos bebês apresentam sequelas tardias, principalmente oftalmológicas (retina e coroide, podendo complicar com catarata, glaucoma, etc) Coriorretinite é o comprometimento mais comum. Ocorre muita uveite posterior também. EXAMES DE IMAGEM ⭐Radiografia: Calcificações intracranianas difusas, sem localização característica. Aparecem a partir do 3° mês de vida ⭐TC: Mostram atrofia cortical e dilatações ventriculares e calcificações também. Pode-se encontrar nódulos calcificados no fígado e baço. Ademais, tem-se alterações de ossos longos, mas são inespecíficas. ⭐ USG: Assim como na sífilis pode ter: placentomegalia DIAGNÓSTICO DA MÃE Na 1° consulta deve se realizar a sorologia de IgG e Igm. O IgM permanece positivo por 2 a 3 meses. O IgG também se eleva de 1 ou 2 semanas mas permanece positivo toda a vida. ⭐Para confirmar o momento da infecção deve-se realizar o teste da avidez do IgG. Caso elevada, afirma-se que ocorreu a mais de 16 semanas, e por isso a sorologia deve ser realizada até a 16° semana de gestação. ⭐ IgG+ /IgM-: imune Não precisa repetir o exame, se HIV+ encaminha para infecto. ⭐IgG+/IgM+: Infecção aguda ou cicatriz sorológica? 1- IG< 16 semanas- solicitar avidez para IgG/ Iniciar espiramicina 2- IG 32 semanas- iniciar esquema tríplice e encaminhar para CENTRO ESPECIALIZADO ⭐IgG-/ IgM-: suscetível Repetir a sorologia a cada 2 meses (particular), no SUS a cada 3 meses. Orientações sobre carnes malcozidas, lavagem de frutas e verduras e convívio com gatos e contato com suas fezes. ⭐IgG- / IgM+: Infecção recente ou falso positivo Iniciar tratamento de acordo com IG. E repetir IgM e IgG em 2 ou 3 semanas. DIAGNÓSTICO FETAL USG: alargamento dos ventrículos cerebrais, calcificações intracranianas, calcificações de plexo coroide, aumento da espessura da placenta, ascite e hepatoesplenomegalia. ⭐ Amniocentese e PCR: pode se fazer a partir das 18 semanas. DIAGNÓSTICO NO RECÉM-NASCIDO Toxoplasmose- detectada no teste do pezinho ampliado. Hemograma: linfocitose com eusinofilia, anemia e trombocitopenia. Bioquímica: elevação de bilirrubina direta, baixa de proteínas totais. MARC 02/ ISABELLA AFONSO ⭐ USG transfontanela (mais indicado) e TC: Dilatações ventriculares ou calcificações intracranianas. ⭐ Líquor: aspecto xancrômico, com elevados valores de proteínas e baixos níveis de glicose, pleocitose a custa de células linfomonocitárias, e aumento de eosinófilos. ⭐Oftalmoscopia: exame de fundo de olho deve ser feito a cada 6 meses até idade escolar em caso de infecção por toxoplasmose., e depois anualmente, pois, lesões ativas novas e reativadas podem surgir. ⭐ Exame auditivo Pesquisa de agente etiológico: pode ser encontrado em líquor, sangue periférico ou do cordão umbilical. EXAMES SOROLÓGICOS IgM ELISA IgM ISAGA TRATAMENTO DA MÃE ⭐IG< 16 semanas + avidez baixa: iniciar o espiramicina ⭐ IG< 16 semanas + avidez alta: faz nada ⭐IG 32 semanas esquema tríplice 1. Esquema único: espiramicina 500 mg 2 cp8/8 hrs/dia 2. Esquema tríplice: Sulfadiazina 500 mg 2 comprimidos 8/8 horas, Primitamina 35 mg 1 comprimido 12/12 horas, Ácido folínico 15 mg antes do almoço+ encaminhar para CENTRO ESPECIALIZADO TRATAMENTO DO NEONATO Todos neonatos com toxoplasmose confirmada ou nos filhos de mãe com toxoplasmose comprovada ou provável, deverão receber tratamento por 12 meses. 1- Pirimetamina (drapin 1 mg/kg/dia) 2- Sulfadiazina 100 mg/kg/dia) 3- Glicocorticoide 1 mg/kg/diacomprometimento do SNC 4- Ácido folínico- usar durante a utilização de pirimetamina, para diminuir a toxidade. 10mg 3 x/semana. Obs: tríplice + glicocorticoide COMPROVAÇÃODE TRATAMENTO Crianças que tem negativação do título de IgG ou queda comprovada após 6 meses da suspensão dos medicamentos No caso de neonatos assintomáticos, mas com mãe com diagnóstico possível ou inconclusivo, deverão fazer sorologia a cada 2 meses. RUBÉOLA CONGÊNITA ⭐MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DEficiência auditiva 90%, retardo do crescimento intrauterino, manifestações cardíacas, malformações oculares, microcefalia, meningoencefalite, etc. ⭐DIAGNÓSTICO NA GESTAÇÃO Inibição da hemaglutinação- pesquisa de anticorpos antirrubéula. ⭐ DIAGNÓSTICO RN Confirmado após concepto, quando as malformações estão estabelecidas. Sorologia IgG e IgM método ELISA. Isolamento viral pode ser feito também para detecção da rubéola ⭐ PROFILAXIA Vacina tríplice viral com 12 meses e reforço entre 4 e 6 anos. Mulheres que pesquisam e estão com sorologia negativa devem vacinar, e não podem engravidar por 30 dias. ⭐TRATAMENTO Sem tratamento medicamentoso. Apenas manifestações clínicas passíveis de correção cirúrgicas são tratadas. CITOMEGALOVIROSE CONGÊNITA ⭐MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Prematuridade, CIUR, Hepatoesplenomegalia, hepatite e icterícia, pneumonia, anemia, trombocitopenia, microcefalia, calcificações intracranianas periventriculares, atrofia óptica. Surdez é muito comum! Doença de inclusão citomegálica –forma grave ⭐ DIAGNÓSTICO GESTANTE Realiza-se sorologia para Citomegalovirus IgG e IgM 1- Caso positivo pode-se fazer avidez para IgG, pois a avideZ é baixa nas primeiras 8-12 semanas após a primo-infecção. MARC 02/ ISABELLA AFONSO 2- Uma suspeita de infecção aguda: Coleta de líquido amniótico + PCR ⭐DIAGNÓSTICO RN Isolamento do vírus ou PCR na Urina dos bebês. ⭐TRATAMENTO DA GESTANTE Ganciclovir (dose de 12 mg/kg/dia EV). HERPES congênita ⭐MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A infecção perinatal é aquela cuja transmissão ocorre durante a passagem pelo canal do parto. Em geral, o RN só se torna sintomático no final da primeira semana de vida ou início da segunda. ⭐ FORMA LOCALIZADA: Ceroconjuntivite, retinocoroidite, úlcera de córnea, catarata e atrofia óptica. Lesões de pele vesiculares ⭐FORMA NEUROLÓGICA: Ocorre durante a segunda semana de vida e consiste em letargia, irritabilidade, convulsões, febre alta e crises de apneia. ⭐FORMA DISSEMINADA: Forma mais grave e mais comum. Acomete o SNC e dissemina-se para as vísceras ⭐DIAGNÓSTICO Cultura do vírus em células teciduais Anticorpo fluorescente- usa-se raspado das vesículas Hemograma: neutropenia e queda de plaquetas ⭐TRATAMENTO Deve ser isolado pelo risco de transmissão nosocomial Parto Cesário recomendado para gestantes com lesões ativas (isso diminui a eficácia caso a bolsa esteja rota há mais de 4 horas). Aciclovir 20 mg/kg/dose 8/8 horas por 21 dias. MO����CAÇÕES GE���� DO OR����S�O MA���N� ⭐As adaptações ocorrem da reação orgânica a presença do concepto e seus tecidos (aloenxerto), da sobrecarga hormonal ou da ação mecânica desencadeada pelo útero gravídico. ⭐MODIFICAÇÕES CUTÂNEAS ESTRIAS GRAVÍDICAS/ VIBICES Causado pela diminuição da hidratação e ao estiramento da pele, acontece + em locais como abdome, mamas, nádegas e coxas. Durante a gestação são avermelhadas e no pósparto são brancacentas. Gestações anteriores deixam estrias pratas. ⭐ ALTERAÇÕES VASCULARES CUTÂNEAS São causados pela vasodilatação imposta pelo padrão hormonal na gestação, sobretudo o aumento do estrogênio. Eritema palmar Telangiectasias ou angiomas ou aranhas vasculares ⭐ALTERAÇÕES PIGMENTARES Os hormônios na gestação desencadeiam um aumento na produção de estrogênio e progesterona. Isso causa hipertrofia do lobo intermediário da hipófise que é responsável pelo metabolismo da pró-opiomelanocorticotrofina em betaendorfina e alfamelanotropina. Dessa forma, a hipertrofia causa liberação da alfamelanotropina que estimulas os melanócitos. Junto a exposição solar, tem se portanto, as alterações pigmentares: Linha nigrans e cloasma ou melasma gravídico ⭐HIPERSECREÇÃO DAS GLÂNDULAS SEBÁCEAS O aumento da ação de progesterona causa maior secreção de sebo, tornando a pele mais oleosa, o cabelo cai mais e aparece acnes. ⭐ MODIFICAÇÕES OSTEOARTICULARES POSTURA E MARCHA O peso desestabiliza o equilíbrio materno. Para corrigir o eixo corporal a gestante assume atitude involuntária de lordose lombar. Também amplia a base de sustentação afastando um pé do outro e modifica sua macha para passos curtos e lentos (macha anserina). ⭐SISTEMA ARTICULAR A embebição gravídica causa relaxamento dos ligamentos do sistema articular em todas MARC 02/ ISABELLA AFONSO articulações do corpo, mas principalmente sacrococcígeas e do pube, o que favorece no parto. ⭐MODIFICAÇÕES NAS MAMAS Mastalgia- ocorre da hiperplasia de glândulas com proliferação dos canais galactóforos e ramificação dos ductos mamários Tubérculos de Montgomery-No 2º trimestre da gestação, a progesterona, os estrogênios e a prolactina acarretam a expansão dos alvéolos a partir da árvore ductal. Na 8ª semana de gestação, as aréolas primárias tornam-se mais pigmentadas, e nelas surgem projeções denominadas de tubérculos de Montgomery. Rede de Haller- um aumento de vascularização venosa chamada de rede de haller. Sinal de Hunter- aumento da pigmentação dos mamilos os tornando imprecisões e formando a aréola secundária. Estrias gravídicas- os crescimentos das mamas causam as estrias devidos a hiperdistensão se dá pelo estiramento das fibras de colágeno. ⭐COLO UTERINO Cérvice torna-se amolecida e arroxeada. O muco cervical torna-se viscoso, mais espesso e não se cristaliza quando desidratado. O colo uterino é protegido pelo tampão mucoso, eliminado nos dias que antecedem o parto. ⭐ VAGINA E VULVA A vagina e a vulva apresentam-se violácea devido a embebição gravídica. Na vagina células musculares e as papilas da mucosa se hipertrofiam e a vagina aumenta de comprimento e largura. As fibras de colágeno encontram-se separadas o que permite afrouxamento do tecido conjuntivo. O aumento da vascularização e da atividade glandular resulta em aumento da secreção vaginal, que assume aspecto leitoso por conter células epiteliais descamadas. O pH vaginal torna-se mais ácido pela ação dos lactobacilos sobre o glicogênio acumulado nas paredes vaginais, com grande produção de ácido lático. Na vulva os grandes lábios, os pequenos e o meato uretral se hipertrofiam. ⭐ CORAÇÃO Síndrome hipercinética- sopros sistólicos, extrassístoles e desdobramento da primeira bulha também são comuns, e o ECG não se altera significativamente. A frequência cardíaca materna aumenta em 10 a 15 bpm. O DC aumenta em decorrência da diminuição da PA, da resistência vascular periférica, o crescimento do volume sanguíneo, peso materno e metabolismo basal. Atinge o pico na 10 a 12° semana e mantém-se constante depois. A RVP diminui de modo mais acentuado no início que no termo da gestação, isso decorre da circulação uteroplacentária, da progesterona, prostaglandinas e estrogênios. ⭐PRESSÃO ARTERIAL A redução da PA é maior no 2° trimestre da gestação porque é o período que tem maior desenvolvimento placentários. A PA diastólica é a que mais sofre alteração. ⭐PRESSÃO VENOSA O útero em crescimento comprime as veias pélvicas e a veia cava inferior, o que dificulta o retorno venoso. HIPOTENSÃO SUPINA A síndrome de hipotensão supina descreve uma queda significativa do débito cardíaco, pela compressão da veia cava inferior pelo útero, quando a grávida permanece em decúbito dorsal por cerca de quatro a cinco minutos. Esta compressão desencadeia uma reação (reflexo) vasovagal que acarreta bradicardia, hipotensão e lipotímia. ⭐MODIFICAÇÕES HEMATOLÓGICAS ERITRÓCITOS Hematócrito cai 2 ou 3 pontos e a concentração total de hemoglobina cai progressivamente. Isso determina a anemia fisiológica da gestação LEUCÓCITOS Há uma diminuição da função de quimiotaxia e aderência dos leucócitos após o 2° trimestre, isso aumenta a chance de processos infecciosos, como pielonefrite e pneumonia. Tem uma supressão da MARC 02/ ISABELLA AFONSO imunidade humoral e celular para evitar rejeição fetal. FATORES DE COAGULAÇÃO Fribrinogênioaumentado, agentes prócoagulantes aumentados, fatores VII, VIII, IX e von willebrand com atividade aumentada, etc. Isso ajuda a combater os riscos de hemorragia na dequitação placentária, e aumenta o risco de TVP, TEP e coagulação intravascular disseminada. ⭐MODIFICAÇÕES METABÓLICAS GANHO PONDERAL A gestante adquire em média 12, 5 Kg em toda gestação. ⭐METABOLISMO HÍDRICO Existe um processo de retenção de água, mediada pela osmolaridade plasmática, o que causa edema de MMII. ⭐METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS Na segunda metade da gravidez, verifica-se o crescimento de hormônios contra insulínicos (lactogênio placentário, cortisol), que estimula lipólise, e por outro lado poupam glicose devido a resistência periférica a insulina. Assim, tem se o estado diabetogênico da grávida. ⭐MUDANÇAS GASTROINTESTINAIS O esvaziamento gástrico e o trânsito intestinal ficam mais lentos. A pirose, ou refluxo de secreções ácidas para a porção inferior do esôfago, decorre da diminuição do tônus e relaxamento do esfíncter esofagiano inferior, ao deslocamento do estômago e ao aumento da pressão abdominal. Hiperêmese gravídica: Síndrome caracterizada pela persistência de náuseas e vômitos, que aparecem antes da 20ª semana de gestação, associada à perda de peso (> 5%), desidratação, distúrbio hidroeletrolítico, cetose e cetonúria, na ausência de causas médicas específicas. O aparecimento é mais comum entre a 6ª e 14ª semana de gestação. ⭐ MUDANÇAS URINÁRIAS Há uma elevação do trígono vesical e diminuição dos tônus vesical- bexiga. P�É-NA��� O início do pré-natal deve ser o mais precoce possível, preferencialmente nos primeiros 120 dias de gestação. ⭐ MÍNIMO DE CONSULTAS: 6 CONSULTAS Uma consulta no 1° Tri Duas consultas no 2° Tri Três consultas no 3° Tri SEMPRE QUE POSSÍVEL REALIZAR: Até 28° semana- mensalmente 28° até a 36° semana- quinzenalmente 36° até a 41° semana- semanalmente ⭐QUAIS OS EXAMES FUNDAMENTAIS DO PN? Hemograma- 1° na primeira consulta e o 2° no terceiro trimestre Tipagem sanguínea e fator Rh= 1° consulta Coombs indireto (28, 32, 36 e 40 semanas), caso paciente negativa Glicemia de jejum- primeira consulta e no 3°trimestre Urinocultura e EAS- 1° consulta e 3° Tri Teste para sífilis e/ou VDRL na 1° consulta e no 3° Tri Teste rápido diagnóstico anti-HIV na primeira consulta Anti-HIV- 1° consulta e no 3° Tri Sorologia para toxoplasmose – 2/3 meses caso paciente suscetível Sorologia para hepatite B- 1° consulta e no 3° tri Teste de tolerância para glicose- 24 a 28 semanas (2° tri) Parasitológico de fezes= 1° consulta ⭐ALGUNS FATORES DE RISCO PARA PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO - Cardiopatas, pneumopatias graves, nefropatias graves, endocrinopatias, HAS crônica ou pacientes em uso de antihipertensivo, doenças neurológicas, psiquiátricas, autoimunes, TVP, TEP, Mal formações uterinas, miomatose, tumores, hanseníase, tuberculose, toxoplasmose, sífilis, HIV, dependência de drogas. - Morte intrauterina ou perinatal, histórico de hipertensão na gestação, aborto, esterilidade/infertilidade. - Restrição do MARC 02/ ISABELLA AFONSO crescimento intrauterino, polidrâmnio ou oligoidrâmnio, gemelaridade, mal formações fetais ou arritmia fetal, distúrbios hipertensivos da gestação, infecção urinária de repetição, ou 2 ou mais episódios de pielonefrite, anemia grave, DMG, etc. ANAMNESE Gesta- refere-se a quantidade de gestações, sem importar a duração. Ex: nuligesta, primigesta. Para- se refere as gestações que foram viáveis, excluindo-se abortos, não conta quantidade de crianças e sim gestações. Paridade. Aborto – feto com menos de 20-22 semanas e/ou pesando menos de 500g Idade- melhor período compreendido entre 18 a 35 anos. História GO- menarca, características dos ciclos, DUM cálculo da IG, data provável do parto DUM= é somado 7 ao dia; e 9 ao mês. ⭐EXAME FÍSICO Pesar e medir a altura- realizar IMC Exame físico geral: sinais vitais, deve-se observar o aspecto das mucosas, examinar o tórax e extremidades. Observar as mamas, fazer palpação abdominal a partir do 2° tri. MANOBRAS DE LEOPOLD-ZWEIFEL: 1- 1° tempo: o examinador se coloca ao lado direito da paciente, de frente para ela, com as duas mãos encurvadas delimita o fundo de útero e observa qual pólo fetal que o ocupa. Avalia a situação fetal. 2- 2° tempo: Deslizam-se as mãos do fundo em direção ao pólo inferior para identificar o dorso fetal de um lado e os membros do outro. Visa conhecer a posição fetal. 3- 3° tempo: Procura-se apreender o pólo entre o polegar e o dedo indicador ou médio, imprimindo-lhe movimentos de lateralidade para verificar o grau de penetração da apresentação na bacia e confirmar o diagnóstico da apresentação pela comparação com o outro pólo identificado no fundo uterino durante a primeira manobra. Visa-se explorar apresentação. Cefálica, pélvica ou córmica 4- 4° tempo: o examinador deve voltar suas costas para a paciente e colocar as mãos sobre as fossas ilíacas, caminhando-as em direção ao hipogastro. Com a ponta dos dedos, procura-se penetrar na pelve abarcando o pólo que aí se encontra para averiguar o grau de penetração do concepto no estreito superior da bacia. Visa conhecer a altura uterina ALTURA DO FUNDO UTERINO A partir de 20-32° semanas a medida da altura se correlaciona com a IG. Fita métrica com marco 0 na borda superior da síntese púbica, estendendo-se até o fundo uterino, delimitado com a mão. Paciente deve estar bexiga vazia. Avaliar também a circunferência abdominal ⭐ AUSCULTA DO BCF Sonar Doppler- 10-12 semanas Estetoscópio de pinard- a partir de 20 semanas Deve ser realizado: toque vaginal, exame especular, coleta de material vaginal e cervical (PCCU), e cultura. ⭐VACINAÇÃO Indicadas: Influenza, tríplice bacteriana, hepatite B. DTPA- TODAS as gestantes a partir da 27ª a 36ª semana de gestação Especiais: hepatite A pneumocócicas, meningocócicas e febre amarela. Contraindicadas: tríplice viral, HPV e varicela. VITAMINAS Ferro: 30 a 60 mg de ferro elementar por dia, de 20 semanas gestacionais ao término da lactação ou até o 2o -3o mês pós-parto, para as não lactantes. Ácido fólico: iniciar a dose de 5 mg/dia três meses antes da gestação, mantendo a reposição até o fim do primeiro trimestre. Vitamina, cálcio e proteínas são supridas pela dieta.