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Módulo Controle da Incidência Tributária 
SEMINÁRIO VII - IPTU, ITR E IPVA 
Questões 
1. Construa as regras-matrizes de incidência do IPTU, ITR e IPVA. 
R. RMIT – IPTU: 
Critério Material: Ser proprietário ou possuidor a qualquer título de bem imóvel; 
Critério Espacial: Imóvel situado em perímetro urbano; 
Critério Temporal: Primeiro dia do exercício fiscal. 
Critério Pessoal: Sujeito Ativo – Município e Distrito Federal // Sujeito Passivo – Proprietário, 
possuidor a qualquer título. 
Critério Quantitativo: Base de cálculo – Valor venal do imóvel // Alíquota – Variável de acordo 
com legislação local. 
RMIT – ITR: 
Critério Material: Ser proprietário ou possuidor a qualquer título de propriedade rural; 
Critério Espacial: Imóvel situado fora do perímetro urbano, em área rural; 
Critério Temporal: 1º de Janeiro de cada ano. 
Critério Pessoal: Sujeito Ativo – União // Sujeito Passivo – Proprietário, possuidor a qualquer 
título ou quem exerce domínio útil sobre a propriedade rural. 
Critério Quantitativo: Base de cálculo – É o valor da terra nua tributável// Alíquota – A alíquota 
variará de 0,3% a 20%, de acordo com a progressão contida no art. 153, §4º da CF. 
RMIT – IPVA: 
Critério material: Ser proprietário de veículo automotor; 
Critério espacial: Limite territorial do ente tributante; 
Critério temporal: Fixado pelos legisladores estaduais, mas deve guardar compatibilidade com o 
critério material. Geralmente o primeiro dia do exercício fiscal. Para veículos novos, no instante 
da aquisição (a base de cálculo é proporcional) 
Critério pessoal: Sujeito ativo: Estado de registro do veículo / Sujeito passivo: proprietário do 
veículo automotor 
Critério quantitativo: Base de cálculo: valor do veículo / Alíquota: variável de acordo com estado 
2. Diferençar os conceitos de propriedade, domínio útil e posse do art. 1º da Lei n. 
Módulo Controle da Incidência Tributária 
9.393/96, correlacionando-os com o de propriedade do art. 153, VI, da CF. Há 
competência da União para instituir como critério material do ITR o domínio útil e 
a posse (vide anexos I, II e III)? 
 
R. Entende-se o proprietário como aquele que detém de forma plena os direitos reais do imóvel, 
constando no respetivo registro do bem perante o RGI. Nas palavras de Clóvis Beliváqua 
“juridicamente, a propriedade é o poder assegurado pelo grupo social à utilização dos bens da 
vida psíquica e moral, havendo o poder de ocupar a coisa, e dela tirar todos os proveitos, todos 
os produtos, periódicos ou não, todos os acréscimos, poder de modificá-la, de dividi-la, de aliená-
la, de destruí-la, mesmo, salvo as restrições legais; enfim, de reivindicá-las das mãos de 
terceiros”. 
 Como domínio útil, é possível compreender como o exercício, pela pessoa (física ou 
jurídica), o direito de utilizar, gozar e dispor da propriedade, recebida pelo proprietário, de modo 
a conservar o domínio direto. 
 
 Por fim, a posse passível de ser tributada pelo ITR, e conforme o entendimento da 
jurisprudência, é aquela com o chamado animus domini, ou seja, com vontade de possuir como 
se fosse dono (ainda que de má-fé), não bastando a posse precária para atrair a sujeição passiva 
do imposto. 
 Assim, em que pese o texto art. 153, VI, da CF/88, transcreva apenas a 3 palavra 
“propriedade”, é bem sabido que, no caso do ITR, o termo propriedade não de ser interpretado no 
seu sentido literal, mais sim na aceção de imóvel. Por este motivo, as descrições do critério 
material do ITR não se restringe ao conceito literal de propriedade, abarcando também o 
entendimento acerca da posse e domínio útil, mesmo que estes possuam significados diferentes. 
 
Desse modo, no que tange à interpretação dos significados de domínio útil e posse na Lei 
9393/96, é importante notar que CTN também se disciplinou acerca dos referidos conceitos em 
seu artigo 29 que “(...) O imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural 
tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como 
definido na lei civil, localização fora da zona urbana do Município. 
 
3. A quem compete definir as zonas urbana e rural? Qual o veículo legislativo adequado 
Módulo Controle da Incidência Tributária 
para tanto? Os imóveis industriais, comerciais e prestadores de serviços situados fora 
dos núcleos urbanos municipais estão sujeitos à incidência do IPTU? (vide anexo IV). 
E os de exploração vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial, quando situados 
dentro dos núcleos urbanos municipais? (vide anexos V, VI e VII). 
 
R. Conforme a literalidade do Código Tributário Nacional (art. 32), compete aos municípios 
a definição de área urbana, através de lei municipal, observados no mínimo dois requisitos 
presentes no mencionado art. 32. Quais sejam: 
Art. 32. O impôsto, de competência dos Municípios, sôbre a propriedade 
predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio 
útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como 
definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município. 
§ 1º Para os efeitos dêste impôsto, entende-se como zona urbana a definida 
em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de 
melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, 
construídos ou mantidos pelo Poder Público: 
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; 
II - abastecimento de água; 
III - sistema de esgotos sanitários; 
IV - rêde de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição 
domiciliar; 
V - escola primária ou pôsto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) 
quilômetros do imóvel considerado. 
 
 Desse modo, em que pese a competência conferida aos municípios, certo de que estes 
devem observar os requisitos criados pelo próprio CTN. 
 
 Conforme a jurisprudência do STJ, e do artigo 15 do Decreto-Lei nº 57/96, incide ITR 
sobre imóveis situados em áreas urbanas desde que seja utilizado em exploração extrativa vegetal, 
agrícola, pecuária ou agro-industrial. Incidindo assim, sobre o mesmo, o ITR e demais tributos 
com o mesmo cobrados. 
 
 O oposto, contudo, não ocorre. Isto é, não incide IPTU sobre o imóvel rural cuja 
destinação é a atividade industriais, comerciais e prestadores de serviços, sob o fundamento de 
ausência de lei complementar nesse sentido. 
 
 Particularmente, entendo que a destinação económica do imóvel jamais poderia ser 
Módulo Controle da Incidência Tributária 
elemento a determinar incidência do IPTU ou ITR, uma vez que o critério utilizado pelo 
constituinte originário foi, tão somente, o territorial. 
 
4. A modificação da planta genérica, que determina a base de cálculo do IPTU, deve ser 
veiculada por lei, ou pode ser por meio de decreto? Há necessidade de publicação no 
diário oficial? (vide anexo VIII). 
 
R. O entendimento já consolidado sobre o tema é no sentido de ser necessária a edição de 
lei ordinária para a majoração do valor venal dos imóveis. O fundamento para tanto se encontra 
na própria constituição federal, (art. 150, I) que é clara ao vedar a exigência e o aumento de tributo 
sem lei que o estabeleça. 
5. Considerando o consequente tributário, especialmente o critério quantitativo 
no que tange às alíquotas do IPTU, discorra sobre a possibilidade ou não de se aplicar 
alíquotas diferenciadas para imóveis sem uso, imóveis fechados, com condição de 
habitabilidade ou pela sua localização dos mesmos. Desenvolva sua justificativa e 
explique se esta providência interfere na estrutura da norma tributária em sentido estrito 
ou se apenas surge em momento pré-legislativo, na construção da norma. 
 
R. A possibilidade de fixação de alíquotas diferenciadas adveio com a emenda 
constitucional nº 29/2000, na qual incluiu o parágrafo 1º, incisos I e II, transcritos a seguir: 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
I - propriedade predial e territorialurbana; 
(...) 
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, 
inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
 
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 29, de 2000) 
 
II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. 
 
 Desse modo, vale ressaltar que o próprio STF já proferiu entendimento sobre a matéria, 
reconhecendo a constitucionalidade da diferenciação de alíquotas em razão do uso do imóvel, em 
respeito ao princípio da função social da propriedade (RE 666156). 
 
Módulo Controle da Incidência Tributária 
 Desse modo, a existencia de lei municipal que, estabelece diferenciação de alíquota ante 
as especificidades do imóvel, influencia na construção da regra matriz, uma vez que deverá ser 
observado o critério consequente da regra matriz. 
 
6. Quanto ao ITR pergunta-se: 
 a) O art. 11 da Lei n. 9.393/96 fixou as alíquotas do ITR em percentuais que variam de 
0,03% a 20%, conforme a área total do imóvel e o grau de utilização. No seu entender, referida 
progressividade atende ao disposto no art. 153, § 4º, da Constituição Federal? A alíquota de 20%, 
neste caso é confiscatória? Em caso negativo quando ter-se-ia caracterizado o efeito 
confiscatório? Justificar. 
 
R. A progressividade elencada pelo constituinte originário visa resguardar a função social 
da propriedade e desestimular a manutenção de latifúndios improdutivos. Desse modo, em que 
pese a alíquota variável (0,03% a 20%, conforme a área total do imóvel e grau de utilização), o 
legislador ordinário criou diversos mecanismos que visam desonerar o proprietário rural. 
 
 A sistemática de apuração da base de cálculo do ITR é complexa, e o legislador garante 
que a alíquota incida sobre o valor da terra nua tributável, isto é, excluem-se as benfeitorias, 
edificações, áreas de proteção ambiental e área produtiva da propriedade rural, de modo a enxugar 
a base de cálculo do imposto. 
 
 Assim, tem-se que a alíquota de 20% somente incidiria na hipótese de, excluídas as áreas 
legalmente dedutíveis, a propriedade tenha mais de 5 mil hectares de terra nua não utilizável. 
Nessa hipótese geral não há falar em efeito confiscatório, uma vez respeitada apenas a legislação 
específica da exação. 
 
 Possível falar em caráter confiscatório na hipótese de tributação de propriedade de 
concessionários de rodovia/geração de energia elétrica, porque: (i) a propriedade não é exercida 
com animus domini, mas advém de mera concessão do poder público para o uso; (ii) Tais 
concessões não exercem atividade rural, pelo que não seria possível deduzir a área utilizada/ não 
utilizada. 
 b) A que tipo de lançamento está sujeito o ITR? A exclusão da base de cálculo do ITR da 
Módulo Controle da Incidência Tributária 
área de reserva legal depende de sua averbação na matrícula? Pressupõe o protocolo de Ato 
Declaratório Ambiental (ADA) do IBAMA, ou do Cadastro Ambiental Rural (CAR - Lei nº 
12.651/12)? (vide anexos IX, X e XI). 
 
R. O ITR está sujeito a lançamento por homologação, uma vez que é apurado e recolhido 
pelo próprio contribuinte, independentemente de ato da administração, mediante declaração. 
 
 Assim, trata-se de longínqua divergência jurisprudencial acerca da exigibilidade, ou não, 
de ato declaratório do poder público e/ou averbação no RGI sobre área de preservação ambiental 
permanente. Isso porque, com a inserção do § 7º do art. 10 da Lei n. 9.393/96, através da Medida 
Provisória n. 2.166-67, de 24/08/2001, tem-se que a declaração da administração passou a ser 
momentaneamente dispensável, uma vez que o dispositivo foi revogado pela Lei 12.651/12. 
 
 Atualmente, a Secretaria da Receita Federal, para fins de comprovação destas áreas não 
tributáveis, exige que o contribuinte apresente o Ato Declaratório Ambiental (ADA) ao Ibama, a 
cada exercício, e comprove a inscrição no órgão ambiental competente por meio do Cadastro 
Ambiental Rural (CAR). Contudo, existem diferentes precedentes que admitem a comprovação 
através de outros meios idôneos, tal como a apresentação de laudo técnico. 
 
 Acredito que, por se tratar de obrigação acessória, seu descumprimento per si não poderia 
ensejar a revogação da isenção, mas sim a aplicação de multa e outras penalidades pelo 
descumprimento. O fisco, através de fiscalização para posterior homologação, tem os meios e 
órgãos capazes de atestar a validade/idoneidade da declaração do contribuinte e lançar o tributo 
complementar se for o caso. 
 
c) Caso o contribuinte não declare o imposto, de que forma deve o Fisco fazer o 
lançamento? A partir de quais elementos? Nessa hipótese estará autorizado, ipso facto, 
o lançamento com a exclusão total das áreas ambientais e, em consequência, pelas 
alíquotas mais gravosas? 
 
R. O fisco deve lançar o tributo de ofício, por arbitramento, conforme a inteligência dos 
artigos 148 e 149 do CTN. Leia-se 
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Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em 
consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, 
a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou 
preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os 
esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo 
ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, 
avaliação contraditória, administrativa ou judicial. 
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade 
administrativa nos seguintes casos: 
(…) 
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e 
na forma da legislação tributária; 
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração 
nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da 
legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade 
administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo 
daquela autoridade; 
(…) 
 
 No entanto, em que pese a discricionariedade e permissivo legal para o Fisco lançar a 
exação, certo de que este deve obedecer outros princípios do direito tributário, como a busca pela 
verdade material. Desse modo, a técnica do arbitramento deve obedecer parâmetros reazoáveis 
para fixação da base de cálculo, sem deturpar a área do imóvel para fins de aplicação da alíquota 
mais gravosa, incorrendo em prática de tributação confiscatória. 
 
 Além disso, o fisco pode intimar o contribuinte a prestar esclarecimentos e indicar, por 
meio idôneo, a área de preservação. O mesmo pode ser arguido pelo contribuinte em sede de 
impugnação administrativa do lançamento, a fim de que seja apurada a verdade material. 
 
d) Hoje em dia vem ganhando força a adoção de formas alternativas de geração de 
energia. Diante desse quadro, indaga-se: como apurar o ITR no caso de instalação de 
parques eólicos ou de parques solares em imóveis rurais? Essas áreas serão consideradas 
improdutivas para fins de ITR? Caso não sejam consideradas improdutivas, como 
enquadrá-las no art. 10 da Lei nº 9.393/96? 
 
Módulo Controle da Incidência Tributária 
R. Atualmente, a forma posta na legislação atual não permite a exclusão dessas áreas para 
fins de determinação da base de cálculo do ITR. Fato que sujeitaria as propriedades descritas no 
enunciado à alíquotas mais gravosas por não serem, em tese, produtivas. 
 
 No entanto, acredita-se que seria irrazoável partir do princípio da improdutividade dessas 
áreas, em razão de uma mera interpretação lógica. Nesse sentido, em que pese a ausência de 
permissão legal expressa para dedução, é possível, partindo de uma interpretação lógica, 
enquadrá-las no art. 10 da Lei nº 9.393/96. Leia-se: 
Art. 10. A apuração e o pagamento do ITR serãoefetuados pelo contribuinte, 
independentemente de prévio procedimento da administração tributária, nos 
prazos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal, 
sujeitando-se a homologação posterior. 
 
§ 1º Para os efeitos de apuração do ITR, considerar-se-á: 
I - VTN, o valor do imóvel, excluídos os valores relativos a: 
a) construções, instalações e benfeitorias; 
(…) 
III - VTNt, o valor da terra nua tributável, obtido pela multiplicação do VTN 
pelo quociente entre a área tributável e a área total; 
 
IV - área aproveitável, a que for passível de exploração agrícola, pecuária, 
granjeira, aqüícola ou florestal, excluídas as áreas: 
 
a) ocupadas por benfeitorias úteis e necessárias; 
(…) 
 
 Como se lê, através de um exercício interpretativo, é possível tentar deduzir da base de 
cálculo as áreas ocupadas por benfeitorias úteis ou necessárias, o que naturalmente abrangeria os 
parques eólicos, ainda que de forma parcial. 
 
 Por fim, importante destacar a criação do Projeto de Lei nº 6146/19, que visa sanar essa 
controvérsia, ao propor a isenção de ITR para geração renovável em propriedade rural, e aguarda 
a análise por duas comissões temáticas do congresso. 
 
7. Com relação ao IPVA pergunta-se: 
 a) Que é “veículo automotor”? Embarcações e aeronaves enquadram-se no conceito de 
“veículo automotor”, sujeitando-se à incidência do IPVA? 
Módulo Controle da Incidência Tributária 
 
R. O conceito geral e amplamente aceito de “veículo automotor” refere-se a qualquer veículo 
com propulsão por meio de motor, construído com a finalidade de transportar pessoas ou carga. 
Desse modo, em que pese a possibilidade de se utilizar motores em aeronaves e embarcações, 
tem-se que seu conceito e qualificação técnica dispensa a existência do elemento ‘motor’ para 
fins de caracterização do bem como aeronave/embarcação. 
 
 Nessa esteira, importante ressaltar que o registro desses bens (aeronave/embarcação) é 
nacional e não estadual, tal como ocorre nos veículos. Fato que cria uma verdadeira imprecisão 
sobre a competência tributária ativa para fiscalizar e recolher a exação. Assim, aeronaves e 
embarcações não se sujeitam ao recolhimento de IPVA, cuja cobrança depende da edição de lei 
complementar sobre a matéria, pela União. 
 
 b) A Constituição Federal definiu o critério espacial da regra matriz de incidência 
tributária do IPVA? Caso a pessoa (física ou jurídica) tenha domicílios em diferentes Estados, 
nos termos dos arts. 71 e §1º do art. 75, do Código Civil Brasileiro, qual será o Estado competente 
para cobrança do IPVA? E se o veículo for registrado em um Estado, mas utilizado em outros? 
(vide anexos XII e XIII) 
 
R. O IPVA é devido no local de registro do veículo. Vale ressaltar que se trata de um imposto 
real e não pessoal, o que atrai a incidência do tributo com vistas a considerar apenas o bem em si. 
 c) É possível a exigência do imposto em relação ao domínio útil ou posse do veículo? 
Identificar, justificando sua resposta, quem pode integrar a relação jurídica tributária do IPVA, 
na qualidade de sujeito passivo, caso o veículo seja objeto das operações de: i) locação; ii) 
arrendamento mercantil (leasing); iii) alienação fiduciária (XIV, XV e XVI). 
 
R. Em regra, o sujeito passivo do IPVA será o proprietário do veículo, no qual deverá 
recolher em favor do estado onde o bem esta licenciado. Contudo, conforme os arts. 121 a 131 do 
CTN, é possível que o estados atribuam a responsabilidade tributária para aqueles que tenham 
relação com o fato gerador do imposto. Tratando de imposto real, além do proprietário seriam 
aqueles que possuem o domínio útil ou a posse direta deste. 
(i) Locação: Nesse caso não há transferência de propriedade do veículo, mas apenas a existência 
Módulo Controle da Incidência Tributária 
de contrato que permite a cessão do uso do bem por tempo determinado. Nessa hipótese, incabível 
a cobrança de IPVA face o locatário, ante o evidente exercício precário da posse. 
(ii) O arrendamento mercantil trata-se de espécie de ‘locação’ empresarial com a possibilidade de 
aquisição do bem pelo arrendatário, ao final do contrato. Nesse caso, existem precedentes que 
atribuem a responsabilidade solidária entre o arrendador (proprietário) e arrendatário (titular do 
domínio útil). 
(iii) na alienação fiduciária, estamos diante de um negócio jurídico que visa a alienação (venda) 
do bem com a utilização do mesmo como garantia. Assim, o alienante (vendedor) permanece 
proprietário do veículo durante o financiamento, cuja transmissão formal para o devedor 
fiduciário se dá com o adimplemento total da obrigação. 
 
Em caso de descumprimento da obrigação de pagar, pode a instituição financeira reaver a posse 
do bem de sua propriedade, uma vez que este é utilizado como garantia da operação. Nessas 
hipóteses, é reconhecida a sujeição passiva do credor credor fiduciário para o recolhimento do 
IPVA 
 d) Qual o critério temporal do imposto no caso de (i) veículo novo; e (ii) veículo usado? 
Pode um Estado cobrar o imposto já pago em outra unidade federada no caso de transferência do 
veículo usado durante o exercício? Sendo o veículo objeto de roubo, furto ou perda total durante 
o exercício, pode o contribuinte pedir a restituição proporcional do valor já pago a título de IPVA? 
 
R. Veículo novo: No momento de aquisição e licenciamento do bem, respeitada a 
proporcionalidade. 
Veiculo usado: Primeiro dia do exercício financeiro (geralmente atribuído pela legislação 
no dia 1º de janeiro de cada ano). 
É vedada, sob pena de bitributação, a cobrança do IPVA novamente, em caso de 
transferência durante o exercício. Proprietários têm direito à devolução proporcional do IPVA em 
casos de roubo, furto ou perda total por acidente de trânsito, a depender da legislação estadual de 
cada ente federativo.

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