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PRÁTICA TRABALHISTA 2ª etapa da OAB Professora: Isadora Athayde @isadora_athayde MÓDULO 1 - AÇÃO TRABALHISTA CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com LEI 9610/98 - É proibida a reprodução parcial ou total deste exemplar. Contato: (31) 3227-4656 | 97139-9102 CEIA: centrodeestudosiada@hotmail.com | ceiacursos.com.br Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com Sumário • 1) PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO • 2) PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO • 3) PETIÇÃO INICIAL/ RECLAMAÇÃO TRABALHISTA - ORGANOGRAMA • VERBAS RESCISÓRIAS • MODALIDADE DE EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO - VERBAS RESCISÓRIAS • VERBAS RESCISÓRIAS ADVINDAS DA EXTINÇÃO DO CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO • VERBAS RESCISÓRIAS ADVINDAS DA EXTINÇÃO DO CONTRATO POR DISPENSA IMOTIVADA E RESCISÃO INDIRETA • VERBAS RESCISÓRIAS ADVINDAS DA EXTINÇÃO DO CONTRATO POR ACORDO ENTRE AS PARTES • VERBAS RESCISÓRIAS ADVINDAS DA DEMISSÃO • VERBAS RESCISÓRIAS ADVINDAS DA DISPENSA MOTIVADA – JUSTA CAUSA (RESOLUÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO) • VERBAS RESCISÓRIAS ADVINDAS DA CULPA RECÍPROCA • COMO CALCULAR AS VERBAS RESCISÓRIAS • MULTAS ART. 477, §8º E ART. 467, CLT • MÉRITO • 1) FÉRIAS EM DOBRO • 2) 13º SALÁRIO • 3) FGTS • 4) JORNADA / HORAS EXTRAS – EMPREGADO PADRÃO • JORNADA / HORAS EXTRAS - INTERVALO A MENOR • JORNADA / HORAS EXTRAS - INTERVALO A MAIOR • 5) TEMPO À DISPOSIÇÃO • 6) JORNADA ESPECIAL - BANCÁRIO • 7) ALTO EMPREGADO BANCÁRIO • 8) TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO • 9) ADICIONAL NOTURNO • 10) COMISSIONISTA • 11) JORNADAS ESPECIAIS • 12) REPOUSO SEMANAL REMUNERADO • 13) ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA • 14) ADICIONAL DE INSALUBRIDADE ART. 189, 191,192, CLT • 15) ADICIONAL DE PERICULOSIDADE ART. 193, CLT • 16) EQUIPARAÇÃO SALARIAL • 17) INTERVALO INTERJONADA • 18)PLR (PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS) • 19) INDENIZAÇÃO ADICIONAL • 20) GRUPO ECONÔMICO • 21) SUCESSÃO TRABALHISTA • 22) VALE TRANSPORTE LEI 7418/85 • 23) SALÁRIO UTILIDADE • 24) DIÁRIAS PARA VIAGEM, AJUDA DE CUSTO, AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO, PRÊMIOS • 25) RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO DO EMPREGADO URBANO - CLT • 26) RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO DE EMPREGADO DOMÉSTICO • EMPREGADO DOMÉSTICO X EMPREGADO URBANO • 27) REINTEGRAÇÃO • 28) TERCEIRIZAÇÃO • 29) INDENIZAÇÃO • 30) CONCLUSÃO 6 11 14 23 23 25 27 31 32 33 35 37 46 51 52 53 53 54 57 59 61 62 65 68 71 75 78 79 81 84 90 94 97 98 100 103 104 106 109 112 114 115 116 119 132 141 146 Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 1 LEGENDA CEIA • LARANJA - VERBAS RESCISÓRIAS • AZUL – JORNADA • ROSA – SALÁRIO E REMUNERAÇÃO • VERDE – VERBAS NÃO SALARIAIS SÃO AQUELAS QUE NÃO VÃO GERAR EFLEXOS • ROXO – LEIS ESPECÍFICAS • VERMELHO (USE LÁPIS DE COR) – EXECUÇÃO • CINZA OU PRATA – QUESTÕES PROCESSUAIS • DOURADO (USE LÁPIS DE COR) – HIPÓTESES DE SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 2 NOÇÕES INTRODUTÓRIAS NOÇÕES INTRODUTÓRIAS SOBRE A REFORMA TRABALHISTA (2017) A lei 13467/2017 denominada de reforma trabalhista, trouxe várias alterações para as normas trabalhistas e, desde o XXV exame já temos a cobrança das respectivas alterações. A apostila do CEIA, claro, já está toda atualizada com as inovações (da reforma e posteriores). Mas, nós vamos te explicar alguns pontos que geraram grande impacto para que possa ficar mais claro pra você, tá bom? Nós temos como principal alteração da reforma trabalhista o tão falado “negociado sobre o legislado”. Vamos entender? Um dos princípios basilares do direito do trabalho é o PRINCÍPIO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL, que determina que, no caso concreto, a norma mais favorável ao trabalhador deve ser aplicada no caso de coexistência de mais de uma norma. A “reforma trabalhista” trouxe uma flexibilização desse princípio em razão de 2 artigos, vejamos: Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais; II - banco de horas anual; III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas; IV - adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei no 13.189, de 19 de novembro de 2015; V - plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança; VI - regulamento empresarial; VII - representa VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente; IX - remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remuneração por desempenho individual; X - modalidade de registro de jornada de trabalho; XI - troca do dia de feriado; XII - enquadramento do grau de insalubridade; XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho; XIV - prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de incentivo; XV - participação nos lucros ou resultados da empresa. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 3 Então, quer dizer que todos esses direitos elencados nas alíneas do art. 611-A, CASO EXISTA ACORDO OU CONVENÇÃO COLETIVA, vão se sobrepor ao que está disciplinado na lei, MESMO QUE DESFAVORÁVEIS. Aqui na nossa apostila, todas as vezes que algum direito puder ser concedido de forma diversa por acordo ou convenção coletiva, nós colocaremos o seguinte apontamento: art. 611-A – acordo coletivo e convenção coletiva de trabalho pode dispor de forma diversa do que está previsto na lei: “negociado sobre o legislado”. O outro artigo que flexibiliza esse princípio é o art. 620 da CLT: Art. 620. As condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho sempre prevalecerão sobre as estipuladas em convenção coletiva de trabalho. Quer dizer que o ACORDO COLETIVO (que é feito entre o sindicato e a empresa) “vale mais” que a CONVENÇÃO COLETIVA (que é feita entre sindicato dos empregados e sindicato das empresas) O nosso legislativo pensando que essa flexibilização poderia não ser vista com bons olhos pelo judiciário, também inseriu o art. 8º, §3º da CLT: Art. 8 § 3o No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade477, caput e §6º) MULTAS – ART. 477, §6 E §8 (1 salário mensal) + ART. 467 (50% sobre as verbas incontroversas) NÃO FAZ JUS: Seguro desemprego VERBAS RESCISÓRIAS ADVINDAS DA DEMISSÃO A demissão é rescisão unilateral do contrato de trabalho, mas aqui a manifestação volitiva parte do empregado (o empregado deseja sair). No caso de demissão o empregado fará jus à: Saldo de salário; Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 33 salário referente ao aviso prévio, (obrigação do empregado) – se não conceder o aviso prévio, não terá direito ao pagamento e o empregador poderá descontar o aviso prévio do seu acertO (art. 487 §2º da CLT). 13º salário proporcional; férias proporcionais acrescidas do terço constitucional; FGTS (sobre tudo acima, com exceção das férias proporcionais) (art. 15 da lei 8036/90) Entrega dos documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes (art. 477, caput e §6º) MULTAS – ART. 477, §6 E §8 (1 salário mensal) + ART. 467 (50% sobre as verbas incontroversas) NÃO FAZ JUS: indenização de 40% sobre o FGTS, Seguro desemprego Como na demissão a iniciativa de extinguir o contrato de trabalho é do empregado não há que se falar em pagamento da indenização de 40% sobre o FGTS, por se tratar essa de uma indenização compensatória. VERBAS RESCISÓRIAS ADVINDAS DA DISPENSA MOTIVADA – JUSTA CAUSA (RESOLUÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO) A dispensa motivada é forma de resolução do contrato de trabalho por parte do empregador em virtude da prática de falta grave (hipóteses previstas no art. 482, CLT) pelo empregado. Art. 482, CLT - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: a) ato de improbidade; b) incontinência de conduta ou mau procedimento; c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; e) desídia no desempenho das respectivas funções; f) embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo da empresa; h) ato de indisciplina ou de insubordinação; i) abandono de emprego Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 34 j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; l) prática constante de jogos de azar. m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional Nos casos supracitados, fará o autor jus às seguintes parcelas: Saldo de salário (direito adquirido), FGTS (sobre saldo de salário) (art. 15 da lei 8036/90) Entrega dos documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes (art. 477, caput e §6º) MULTAS – ART. 477, §6 E §8 (1 salário mensal) + ART. 467 (50% sobre as verbas incontroversas) NÃO FAZ JUS: aviso prévio 13º salário proporcional férias proporcionais acrescidas do terço constitucional, indenização de 40% sobre o FGTS, Seguro desemprego SUM-32, TST ABANDONO DE EMPREGO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer. VÍDEO BÔNUS – JUSTA CAUSA Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 35 VERBAS RESCISÓRIAS ADVINDAS DA CULPA RECÍPROCA Nessa forma de extinção do contrato de trabalho o empregado e o empregador contribuem para o término do contrato de trabalho. Art. 484, CLT - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade. empregado fará jus às seguintes verbas rescisórias: Saldo de salário (direito adquirido) 50 % do salário referente ao aviso prévio; 50% 13º salário proporcional; 50% das férias proporcionais acrescidas do terço constitucional, FGTS (sobre tudo acima, com exceção das férias proporcionais) (art. 15 da lei 8036/90) indenização de 20% sobre o FGTS, (art. 18 §2º da Lei 8036/90), Entrega dos documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes (art. 477, caput e §6º) MULTAS – ART. 477, §6 E §8 (1 salário mensal) + ART. 467 (50% sobre as verbas incontroversas) SUM-14 CULPA RECÍPROCA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 36 DISPENSA IMOTIVADA RESCISÃO INDIRETA (Art. 483, CLT) JUSTA CAUSA (Art. 482, CLT) DEMISSÃO EXTINÇÃO POR ACORDO (art. 484-A) Saldo de salário Saldo de salário Saldo de salário Saldo de salário Saldo de salário Aviso Prévio Aviso Prévio - Aviso prévio dado pelo empregado ½ do aviso prévio, se indenizado 13° salário proporcional 13° salário proporcional - 13° salário proporcional 13° salário proporcional Férias + 1/3 constitucional Férias + 1/3 constitucional - Férias + 1/3 constitucional Férias + 1/3 FGTS FGTS FGTS FGTS FGTS Indenização de 40% Indenização de 40% - - Indenização de 20% Multas - Multas Multas Multas NESSE TEMA TEVE INOVAÇÃO COM A REFORMA! Não vamos esquecer da importante inovação da reforma trabalhista! Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo § 6o A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a partir do término do contrato. Dessa forma, em todas as extinções contratuais o empregador deverá, NO PRAZO DE 10 DIAS APÓS O TÉRMINO DO CONTRATO (com a projeção do aviso prévio), pagaras verbas rescisórias e entregar os documentos que comprovem a comunicação aos órgãos competentes. ATENÇÃO: Extinção estabelecimento/empresa = será tratado igual dispensa imotivada. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 37 Extinção estabelecimento por força maior = será tratado igual dispensa imotivada acima com a ressalva do art. 18 Lei 8036/90 que é a indenização de 20% e não de 40% sobre o FGTS. Em caso de morte do EMPREGADOR só não terá a indenização, pois não há vontade deste em terminar o contrato. VEJAMOS CADA UMA DAS VERBAS RESCISÓRIAS E COMO CALCULÁ-LAS Para que fique bem claro, utilizaremos um único exemplo para fazer o cálculo das verbas rescisórias: Admissão: 10/05/2015 Dispensa: 15/08/2020 não houve a concessão de aviso prévio. SALDO DE SALÁRIO (“X” DIAS) LEGENDA: LARANJA O saldo de salário será sempre em relação ao último dia trabalhado (efetivamente). Ex: empregado foi dispensado dia 15/08/2020. Dessa forma, o saldo de salário dele será de 15 dias. (NOSSO EXEMPLO) Ex: empregado foi dispensado dia 20/05/2020. Dessa forma, o saldo de salário dele será de 20 dias. Dessa forma, basta olhar para a data da dispensa e colocar a resposta!!! AVISO PRÉVIO INDENIZADO (ART. 487, 488 CLT) LEGENDA: LARANJA Como disposto no artigo 487 da CLT, não havendo prazo estipulado, a parte que sem justo motivo, quiser rescindir o contrato de trabalho deverá avisar a outra com antecedência mínima de: I - oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 38 II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa. SÚMULA Nº 441 DO TST: AVISO PRÉVIO. PROPORCIONALIDADE - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 O direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço somente é assegu- rado nas rescisões de contrato de trabalho ocorridas a partir da publicação da Lei nº 12.506, em 13 de outubro de 2011. Entrou em vigor no dia 13/10/11 a Lei 12.506/11 que veio regulamentar o art. 7º, XXI, CR. O AVISO PRÉVIO PROPORCIONAL por tempo de serviço é benefício do EMPREGADO. Agora, o aviso prévio deverá ser concedido na proporção de 30 dias aos empregados que trabalharam por até 1 ano de serviço na mesma empresa, devendo ser concedido 3 dias a mais por cada ano completo trabalhado na empresa, até o máximo de 90 dias (ou seja: 30 dias do primeiro ano + 3 dias acrescidos por ano completo no máximo de 90 dias). Dessa forma, quando se tratar de ruptura contratual por ato patronal, deverá o empregador conceder o aviso prévio proporcional. ATENÇÃO! Quando se tratar de demissão, será do empregado o dever de con- ceder o aviso prévio e SEMPRE será de 30 dias (30 dias – sem direito as redu- ções do art. 488 da CLT). É importante frisar que não basta ao empregador conceder o aviso prévio, mas sim concedê-lo de forma REGULAR. O aviso prévio deverá ser cumprido com redução de 2h na jornada ou redução de 7 dias corridos (a opção é do empregado). Quando for concedido de forma irregular desconsidera-se a sua concessão, ou seja, é como se não tivesse sido concedido, é NULO. POR QUÊ? A redução tem como finalidade a procura de um novo emprego pelo empregado. Caso a redução não seja concedida, não há que se falar em cumprimento da finalidade do aviso prévio e, ele será considerado NULO. E como ocorrerá a redução prevista no art. 488? A CLT prevê em seu art.488 que o horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzida de 2 horas diárias ou 7 dias corridos, Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 39 sem prejuízo do salário integral. E essa obrigação ocorre porque, se foi de iniciativa do empregador a extinção do contrato de trabalho, nada mais justo que seja concedido tempo para que o empregado procure um novo emprego. Correto? O ponto mais importante em relação ao aviso prévio e cálculo das verbas rescisórias está relacionado ao fato de que essas devem ser calculadas com a projeção do aviso prévio. Isso acontece porque o período do aviso prévio integra o tempo de serviço do empregado para todos os fins (art.487,§1 da CLT), ou seja, acaba refletindo na proporcionalidade das férias e da gratificação natalina; gera depósito de FGTS e assegura ao empregado o direito aos reajustes salariais ocorridos durante todo o período. Vejamos o nosso exemplo: - admissão: 10/05/2015 e dispensa dia 15/08/20 - sem concessão do aviso prévio. Para que saibamos qual a data do TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO temos que fazer a projeção do aviso prévio, para que todas as parcelas sejam calculadas com base nessa data. Então se a dispensa foi dia 15/08/2020 e o aviso prévio é proporcional, uma vez que na data da dispensa a nova lei do aviso prévio já estava em vigor, vejamos o macete do cálculo: calculo quanto anos INTEIROS o empregado trabalhou na empresa X multiplico por 3 + (somo) 30 dias. FICA FÁCIL! No nosso exemplo o empregado trabalhou 5 anos inteiros na empresa. 5 anos inteiros x 3 = 15 anos + 30 = 45 dias de aviso prévio. AVISO PRÉVIO PROPORCIONAL DE 45 DIAS. O mês de agosto tem 31 dias – 15/08 + 30 DIAS: teremos a projeção para o dia 14/09/20 + 15 DIAS = 29/09/20 (data do término do contrato de trabalho – OJ 82, SDI-I, TST). Todas as verbas rescisórias deverão ser calculadas com a data da projeção do aviso prévio que é a data do nosso TÉRMINO DO CONTRATO. PARA MEMORIZAR!!! Quando o mês da dispensa tiver 30 dias a data da projeção será o MESMO dia, só que no mês seguinte. Agora, se o mês da dispensa tiver 31 dias, a data da projeção será no mês seguinte com 1 dia a menos. Ex: dispensa dia 15/08 (agosto tem 31 dias) + 30 DIAS projeção: dia 14/09 (um dia a menos NO MÊS SEGUINTE) Ex: dispensa dia 15/09 (setembro tem 30 dias) + 30 projeção: dia 15/10 (mesmo dia no NO MÊS SEGUINTE) Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 40 SÚMULA 44 AVISO PRÉVIO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da indenização, simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso prévio. ATENÇÃO! Essa indenização de que trata a súmula não foi recepcionada pela CR/88, que promoveu a universalização do FGTS, mas a súmula continua em vigor já que trata da obrigatoriedade do pagamento do aviso prévio nos casos de encerramento da atividade empresarial. SUM-73, TST DESPEDIDA. JUSTA CAUSA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A ocorrência de justa causa, salvo a de abandono de emprego, no decurso do prazo do aviso prévio dado pelo empregador, retira do empregadoqualquer direito às verbas rescisórias de natureza indenizatória. SUM-230, TST AVISO PRÉVIO. SUBSTITUIÇÃO PELO PAGAMENTO DAS HORAS REDUZIDAS DA JORNADA DE TRABALHO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas correspondentes. SUM-276 AVISO PRÉVIO. RENÚNCIA PELO EMPREGADO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprova- ção de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego. SUM-305 FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO. INCIDÊNCIA SOBRE O AVISO PRÉ- VIO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O pagamento relativo ao período de aviso prévio, trabalhado ou não, está sujeito a contribuição para o FGTS. SUM-348 AVISO PRÉVIO. CONCESSÃO NA FLUÊNCIA DA GARANTIA DE EMPREGO. INVALIDA- DE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 É inválida a concessão do aviso prévio na fluência da garantia de emprego, ante a incompatibilidade dos dois institutos. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 41 SUM-371 AVISO PRÉVIO INDENIZADO. EFEITOS. SUPERVENIÊNCIA DE AUXÍLIO-DOENÇA NO CURSO DESTE (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 40 e 135 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 A projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão do aviso prévio indenizado, tem efeitos limitados às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso, ou seja, salários, reflexos e verbas rescisórias. No caso de concessão de auxílio-doença no curso do aviso prévio, todavia, só se concretizam os efeitos da dis- pensa depois de expirado o benefício previdenciário. (ex-OJs nºs 40 e 135 da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, em 28.11.1995 e 27.11.1998) SUM-380 AVISO PRÉVIO. INÍCIO DA CONTAGEM. ART. 132 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002 (con- versão da Orientação Jurisprudencial nº 122 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 Aplica-se a regra prevista no “caput” do art. 132 do Código Civil de 2002 à contagem do prazo do aviso prévio, excluindo-se o dia do começo e incluindo o do vencimento. (ex-OJ nº 122 da SBDI-1 - inserida em 20.04.1998) OJ-SDI1-82 AVISO PRÉVIO. BAIXA NA CTPS (inserida em 28.04.1997) A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado. OJ-SDI1-83 AVISO PRÉVIO. INDENIZADO. PRESCRIÇÃO (inserida em 28.04.1997) A prescrição começa a fluir no final da data do término do aviso pré- vio. Art. 487, § 1º, CLT. 13º SALÁRIO PROPORCIONAL (“X”/12) LEI 4090/62 – LEI 4749/65 DEC.57.155/65 - ART. 7º VIII, CR/88 LEGENDA: LARANJA O décimo terceiro proporcional é o do último ano do contrato de trabalho. No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será paga uma gratificação salarial independentemente da remuneração à que fizer jus. §1º – a gratificação corresponderá à 1/12 (um doze avos) da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço do ano correspondente. §2º – a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será havida como mês integral para os efeitos do parágrafo anterior. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 42 15 dias ou + = 1/12 Dessa forma, para calcular o décimo terceiro salário, basta olhar para a data do término do contrato. O número de “doze avos” irá equivaler ao número de meses trabalhados, lembrando que contamos os meses inteiros e, em relação ao último mês, só levaremos em conta se o empregado tiver trabalhado 15 dias ou mais. Vejamos no nosso exemplo: - dispensa: 15/08/20 com a projeção do aviso prévio proporcional (45 dias): 29/09/20 (data do término do contrato de trabalho) Então, no ano da dispensa o empregado trabalhou nos meses: • Janeiro (inteiro) = 1/12 • Fevereiro (inteiro) = 1/12 • março (inteiro) = 1/12 • abril (inteiro) = 1/12 • maio (inteiro) = 1/12 • junho (inteiro) = 1/12 • julho (inteiro) = 1/12 • agosto (inteiro) = 1/12 • setembro = 9/12 data do TÉRMINO DO CONTRATO: dia 29/09. Dessa forma, como trabalhou mais de 15 dias – entra na conta !!!!!! Esse empregado terá direito ao décimo terceiro proporcional no importe de 9/12 (nove doze avos). FÉRIAS – ART. 134, 137 CLT LEGENDA: laranja Art. 134, CLT - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito Art. 137, CLT - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. O empregado trabalha um ano seguido para adquirir o direito às férias (período aquisitivo) e o empregador tem o ano seguinte (período concessivo) para concedê-las. Voltemos ao nosso exemplo: Ex: data de admissão: 10/05/15 data da dispensa: 15/08/20 data do TÉRMINO Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 43 DO CONTRATO: 29/09/20. Férias concedidas em julho de 2016 e julho de 2017 10/05/15 -------------------------- 09/05/16 - OK – férias concedidas 10/05/16 ------------ ------------ 09/05/17 - OK – férias concedidas 10/05/17 ------------ ------------ 09/05/18 FÉRIAS EM DOBRO (art. 137, CLT) 10/05/18 -------------------------- 09/05/19 FÉRIAS EM DOBRO (art. 137, CLT) 10/05/19 -------------------------- 09/05/20 FÉRIAS SIMPLES 10/05/20 ----- -------------------- 09/05/2021 FÉRIAS PROPORCIONAIS 29/09/20 (DATA DO TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO) Esgotado um período concessivo sem que o empregado goze as férias, o empregador deve pagar as férias em dobro. Cálculo das férias proporcionais (período aquisitivo – art. 146, parágrafo único, CLT + art. 147, CLT). Temos que contar de mês a mês: 10/05/20 ----------- 09/06/20 10/06/20 ----------- 09/07/20 10/07/20 ----------- 09/08/20 10/08/20 ----------- 09/09/20 10/09/20 ----- ----- 09/10/20 29/09/20 (data do término do contrato) = férias proporcional – 5/12 (porque do dia 10/09/20 ao dia 29/09/20 temos mais que quinze dias) atenção! SEMPRE que você escrever a palavra “férias” acrescidas do terço constitucional. (art. 7º XVII, CR) SUM-171 FÉRIAS PROPORCIONAIS. CONTRATO DE TRABALHO. EXTINÇÃO (republicada em razão de erro material no registro da referência legis-lativa), DJ 05.05.2004 Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, a extinção do con-trato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração das férias propor- cionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12 (doze) meses (art. 147 da CLT) (ex-Prejulgado nº 51). SUM-261 FÉRIAS PROPORCIONAIS. PEDIDO DE DEMISSÃO. CONTRATO VIGENTE HÁ MENOS DE UM ANO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O empregado que se demite antes de complementar 12 (doze) meses de serviço tem direito a férias proporcionais. Mesma regra do 13º: 15 dias ou + trabalhados = 1/12 Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegidopor Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 44 FGTS ART. 15 DA LEI 8036/90 LEGENDA: LARANJA Todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8% da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador (esse é o FGTS contratual). O FGTS incide sobre tudo que possui natureza salarial, por esse motivo não incidirá sobre as férias proporcionais, pois as mesmas tem natureza indenizatória. Em virtude do término do contrato de trabalho (FGTS rescisório), o FGTS incidirá sobre as verbas rescisórias (sobre saldo de salário, aviso prévio, 13º salário proporcional). ATENÇÃO!!!! Os 8% que são calculados durante todo o contrato de trabalho (todo mês), deverão ser calculados sobre a remuneração do empregado. Então, se por exemplo o piso da categoria do empregado era de R$900,00 mas a re- muneração dele era maior (ex: 1.200,00), o cálculo deverá ser feito sobre o va- lor da REMUNERAÇÃO e não do piso da categoria. Nesses casos, de depósito irregular de FGTS, além do pedido do mesmo como verba rescisória, também deverá ser feito um TÓPICO no MÉRITO pedindo a regularização desses de- pósitos que ocorreram de forma indevida durante todo o contrato de trabalho (verba contratual). Ademais, é um benefício do empregado e uma obrigação do empregador. O empregador recolhe o FGTS, não podendo DESCONTÁ-LO do empregado, sob pena do dever de restituição. INDENIZAÇÃO DE 40% SOBRE O FGTS – ART. 18º DA LEI 8036/90 LEGENDA: laranja Se trata de uma indenização compensatória. Na dispensa imotivada e na rescisão indireta é o empregador que dá fim ao contrato de trabalho. Por isso que nessas 2 formas de extinção do contrato, o empregado fará jus à indenização de 40% sobre o FGTS. Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na conta vinculada do trabalhador, importância igual a 40% do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada, durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 45 Obs: na extinção por acordo entre as partes, a indenização será de 20%. (art. 484-A , §1º da CLT) SUM-461 FGTS. DIFERENÇAS. RECOLHIMENTO. ÔNUS DA PROVA - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016 É do empregador o ônus da prova em relação à regularidade dos depósitos do FGTS, pois o pagamento é fato extintivo do direito do autor (art. 373, II, do CPC de 2015). OJ-SDI1-42 FGTS. MULTA DE 40% (nova redação em decorrência da incorporação das Orienta- ções Jurisprudenciais nºs 107 e 254 da SBDI-1) - DJ 20.04.2005 I - É devida a multa do FGTS sobre os saques corrigidos monetariamente ocorridos na vigência do contrato de trabalho. Art. 18, § 1º, da Lei nº 8.036/90 e art. 9º, § 1º, do Decreto nº 99.684/90. (ex-OJ nº 107 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997) II - O cálculo da multa de 40% do FGTS deverá ser feito com base no saldo da conta vinculada na data do efetivo pagamento das verbas rescisórias, desconsiderada a projeção do aviso prévio indenizado, por ausência de previsão legal. (ex-OJ nº 254 da SBDI-1 - inserida em 13.03.2002) TÓPICO VERBAS RESCISÓRIAS COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? Em virtude da dispensa imotivada OU da demissão OU justa causa OU rescisão indireta OU da extinção por acordo entre as partes OU do término do contrato por prazo determinado, o autor tem direito ao recebimento das seguintes verbas rescisórias: saldo de salário (“x” dias), salário referente ao aviso prévio indenizado proporcional (se for o caso) de “x” dias considerada a projeção do término do contrato de trabalho para a data x , 13ºsalário proporcional do ano de -- (“x”/12), férias do período aquisitivo ... de forma proporcional (“X”/12) acrescidas do terço constitucional; FGTS sobre saldo de salário, aviso prévio, 13º salário proporcional, e indenização de 40% sobre o FGTS. DA BAIXA E ENTREGA DOS DOCUMENTOS Por fim, deverá ser dada baixa na CTPS do autor, fazendo constar como data de saída o dia ..., considerada a projeção do término do contrato em virtude do aviso prévio; entrega das guias TRCT e CD/SD para saque do FGTS e requerimento do seguro desemprego; bem como a entrega dos documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual, conforme art. 477 caput e §6º e §10º da CLT. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 46 VÍDEO BÔNUS – VERBAS RESCISÓRIAS PARA MEMORIZAR!! O silogismo de verbas rescisórias deve conter: saldo de salário salário referente ao aviso prévio 13º salário proporcional Férias proporcionais acrescidas do terço constitucional FGTS sobre todas as verbas rescisórias com exceção das férias proporcionais indenização de 40% sobre o FGTS. Entrega dos documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes (art. 477, caput e §6º, 10º) MULTAS ART. 477, §8º E ART. 467, CLT As multas são devidas em razão do atraso no pagamento das verbas rescisórias. Aprendemos que o “BLOCO DA EXTINÇÃO DO CONTRATO” é composto de verbas rescisórias + multas (além da entrega dos documentos que comprovem a comunicação da dispensa aos órgãos competentes, lembram?). Quando o contrato é extinto, nasce a obrigação do pagamento das verbas rescisórias. Mas essa obrigação deve ser cumprida dentro de um prazo determinado pela lei: art. 477, § 6 da CLT: 10 dias contados do TÉRMINO DO CONTRATO. Já a multa de 50% é referente ao dinheiro das VERBAS INCONTROVERSAS que devem ser entregues na audiência. Caso o empregador não pague as verbas incontroversas na audiência, essas serão acrescidas de 50%. SUM-462 MULTA DO ART. 477, § 8º, DA CLT. INCIDÊNCIA. RECONHECIMENTO JUDI- CIAL DA RELAÇÃO DE EMPREGO - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016 A circunstância de a relação de emprego ter sido reconhecida ape- nas em juízo não tem o condão de afastar a incidência da multa prevista no art. 477, §8º, da CLT. A referida multa não será devida apenas quando, comprovada- mente, o empregado der causa à mora no pagamento das verbas rescisórias. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 47 OJ-SDI1-14 AVISO PRÉVIO CUMPRIDO EM CASA. VERBAS RESCISÓRIAS. PRAZO PARA PAGAMENTO (título alterado e inserido dispositivo) - DJ 20.04.2005 Em caso de aviso prévio cumprido em casa, o prazo para pagamento das ver- bas rescisórias é até o décimo dia da notificação de despedida. OJ-SDI1-162 MULTA. ART. 477 DA CLT. CONTAGEM DO PRAZO. APLICÁVEL O ART. 132 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002 (atualizada a legislação e inserido dispositivo) - DJ 20.04.2005 A contagem do prazo para quitação das verbas decorrentes da rescisão contra- tual prevista no artigo 477 da CLT exclui necessariamente o dia da notificação da demissão e inclui o dia do vencimento, em obediência ao disposto no artigo 132 do Código Civil de 2002 (artigo125 do Código Civil de 1916) OJ-SDI1-238 MULTA. ART. 477 DA CLT. PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO. APLICÁ- VEL (inserido dispositivo) - DJ 20.04.2005 Submete-se à multa do artigo 477 da CLT a pessoa jurídica de direito público que não observa o prazo para pagamento das verbas rescisórias, pois nivela-se a qualquer particular, em direitos e obrigações, despojando-se do “jus imperii” ao celebrar um contrato de emprego. TÓPICO MULTAS COMO ESCREVER ESSETÓPICO NA PROVA? Como as verbas rescisórias não foram pagas no prazo de 10 dias previsto no art. 477, §6º, restou configurada a mora do empregador, razão pela qual o autor tem direito ao recebimento da multa prevista no §8º do referido artigo no importe de 1 salário mensal. Ainda, caso as verbas incontroversas não sejam pagas na audiência, deverão ser pagas acrescidas de 50% na forma do art. 467 da CLT. VÍDEO BÔNUS – BLOCO DA EXTINÇÃO DO CONTRATO Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 48 COMO AS VERBAS RESCISÓRIAS + MULTAS JÁ FORAM PONTUADAS NO ESPELHO DE CORREÇÃO DA FGV? X EXAME – FGV ENUNCIADO ADAPTADO Zenga Modas Ltda., CNPJ 1.1.0001/00, com sede na Rua Lopes Quintas, 10 – Maceió – AL, encontra-se na seguinte situação: Joana Firmino, brasileira, casada, costureira, residente na Rua Lopes Andrade, 20 – Maceió – AL – CEP 10.0001-00, foi contratada pela, em 12.09.2008, para exercer a função de costureira, na unidade de Maceió - AL, sendo dispensada sem justa causa em 11.10.2012, mediante aviso prévio indenizado. Naquele dia Joana entregou a CTPS à empresa para efetuar as atualizações de férias, e tal documento ainda se encontra custodiado no setor de recursos humanos. Joana foi cientificada de que no dia 15.10.2012, às 10:00 h, seria homologada a ruptura e pagas as verbas devidas no sindicato de classe de Joana. Contudo, na data e hora designadas, a empregada não compareceu, recebendo a empresa certidão nesse sentido emitida pelo sindicato. Procurado por Zenga Modas Ltda. em 17.10.2012, apresente a medida judicial adequada à defesa dos interesses empresariais, sem criar dados ou fatos não informados [...] GABARITO COMENTADO AVISO PRÉVIO PROPORCIONAL AO TEMPO DE SERVIÇO – o examinando deve identificar o direito e realizar a oferta do aviso prévio de forma proporcional ao tempo de serviço na razão de 42 dias. SALDO SALARIAL – o examinando deve identificar o direito e realizar a oferta do saldo salarial de 11 dias do mês de outubro de 2012. 13º SALÁRIO PROPORCIONAL - o examinando deve identificar o direito e realizar a oferta do 13º salário proporcional de 11/12 avos. FÉRIAS PROPORCIONAIS - o examinando deve identificar o direito e realizar a oferta das férias proporcionais na razão de 2/12 avos com acréscimo de 1/3. FGTS – deverão ser oferecidas as guias para saque do FGTS ou TRCT, fazendo-se menção ao depósito da indenização de 40%. SEGURO DESEMPREGO – deverão ser oferecidos os formulários para percepção do seguro desemprego. GABARITO ATUALIZADO: Hoje não temos mais a necessidade da entrega das GUIAS, já que a própria CTPS permite o requerimento do seguro desemprego e o saque do FGTS. Apesar da FGV ainda exigir o Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 49 requerimento de guias, sempre requerer junto: Entrega dos documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes (art. 477, caput e §6º) ITEM PONTUAÇÃO Aviso prévio (0,20) proporcional ao tempo de serviço de 42 dias (0,20). 0,00/0,20/0,40 Saldo salarial (0,20) de 11 dias do mês de outubro de 2012 (0,20). 0,00/0,20/0,40 13º salário proporcional (0,20) de 11/12 avos (0,20). 0,00/0,20/0,40 Férias proporcionais + 1/3 (0,20) de 2/12 avos (0,20). 0,00/0,20/0,40 Entrega dos documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes + GUIA TRCT E CD/SD (art. 477, caput e §6º, §10º) GABARITO ATUALIZADO: 0,00/0,7 XXVII EXAME – FGV ENUNCIADO ADAPTADO Nelson Aviz procura você, como advogado(a), afirmando que foi empregado da sociedade empresária Alfa Ltda. na sede desta, localizada em Sete Lagoas/MG, de 17/12/2017 a 28/04/2018, tendo exercido, na prática, a função de técnico de informática. Nelson informa que foi despedido por justa causa, apesar de não ter feito nada de errado, não recebendo qualquer indenização, mas apenas o saldo salarial do último mês. Nelson ainda exibiu sua CTPS, na qual consta admissão em 17/12/2017 e saída em 28/04/2018, na função de auxiliar de serviços gerais; na parte de anotações gerais, há anotação de que o empregado foi dispensado por justa causa em razão de conduta inadequada. GABARITO COMENTADO Deverá ser requerida a anulação da justa causa porque o trabalhador não cometeu nenhuma das irregularidades previstas no Art. 482 da CLT, sendo da empresa o ônus de comprovar a falta grave praticada pelo empregado, conforme Arts. 818, II, da CLT e 373, II, do CPC e, consequentemente, deve ser postulado o pagamento das verbas resilitórias típicas: aviso prévio, 13º salário proporcional, férias proporcionais acrescidas de 1/3, formulários para saque do FGTS e indenização de 40% sobre o FGTS. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 50 ITEM PONTUAÇÃO Anulação da dispensa por justa causa porque o autor não praticou falta grave prevista em Lei (0,30). Indicação Art. 482, CLT (0,10) Ou O ônus de provar a falta grave (justa causa) é do empregador (0,30). Indicação art. 818, II, CLT OU 373, II, CPC (0,10) Ou Pelo princípio da continuidade da relação de emprego, o ônus da prova da justa causa é do empregador (0,30). Indicação Súmula, 212 TST (0,10) 0,00/0,30/0,40 Verbas resilitórias: aviso prévio (0,10), 13º salário proporcional (0,10), férias proporcionais + 1/3 (0,10), formulários para saque do FGTS (0,10), indenização de 40% sobre o FGTS (0,10) 0,00/0,10/0,20/ 0,30/0,40/0,50 XXIX EXAME – FGV ENUNCIADO ADAPTADO A sociedade empresária Ômega S.A., estabelecida em Campinas, dedica-se à construção civil. Ela contratou o empregado João da Silva, em 05/01/2018, para exercer a função de pedreiro. Contudo, diante da necessidade de redução do seu quadro de pessoal, concedeu-lhe aviso prévio, em 10/10/2018, na forma indenizada. (...) anotou a dispensa na sua CTPS e solicitou que ele retornasse 60 dias após, para que fossem feitos o pagamento e a retirada dos pertences. No dia marcado, João não compareceu. GABARITO COMENTADO O candidato deverá confeccionar uma petição inicial de ação de Consignação em Pagamento, com base no Art. 539 do CPC, identificando consignante, consignatário e oferecendo os direitos devidos ao ex-empregado: saldo salarial de 10 dias, aviso prévio, 13º salário proporcional, férias proporcionais acrescidas de 1/3, entrega das guias para saque do FGTS (ou o TRCT), indenização de 40% sobre o FGTS (ou a juntada do comprovante do depósito da indenização de 40%), entrega dos formulários de seguro-desemprego, multa prevista no Art. 477, § 8º, da CLT, no valor de um salário do empregado, em razão do atraso no pagamento e consignação das fotografias e da camisado clube de futebol. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 51 ITEM PONTUAÇÃO Depósito do saldo salarial (0,40) 0,00/0,40 Depósito do aviso prévio (0,40) 0,00/0,40 Depósito do 13º salário proporcional (0,40) 0,00/0,40 Depósito das férias proporcionais (0,20), acrescidas de 1/3 (0,20) 0,00/0,20/0,40 Depósito das guias para saque do FGTS OU do TRCT (0,40) 0,00/0,40 Depósito dos formulários de seguro desemprego (0,40) 0,00/0,40 Depósito da multa pelo atraso na quitação da rescisão (0,30). Indicação do Art. 477, § 8º, CLT (0,10) 0,00/0,30/0,40 MÉRITO VÍDEO BÔNUS - MÉRITO A partir de agora vamos analisar as questões de mérito que podem ou não estar presentes na sua peça, a depender do caso concreto. Cada ponto apresentado pela FGV deverá ser um ponto dentro do seu mérito que sempre deverá obedecer o seguinte formalismo: TÍTULO (ex: horas extras, adicional de insalubridade, indenização, etc) §1 FUNDAMENTO LEGAL – aqui você apresenta o artigo, lei, súmula, OJ, que justifica o direito do autor. (esse parágrafo QUE VALE ponto!) §2 CASO CONCRETO – basta escrever a situação concreta que aconteceu com o empregado (o exercício lhe dará essa informação). §3 CONCLUSÃO – “dessa forma, faz jus o autor/tem direito a ....” Aqui vamos apresentar alguns “ESTUDOS DE CASOS” que podem ser pontos dos méritos na sua prova. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 52 1) FÉRIAS EM DOBRO Fundamentação legal: art. 129, 130, 134 e 137, 142 CLT Legenda: ROSA (tudo que é rosa é salarial) ESTUDO DE CASO: o empregado lhe informou que foi contratado em 05/05/2017 e seu contrato foi extinto em 10/07/2020, mas que apenas teve férias em outubro de 2019. Vejamos: 05/05/2017 ------------- 04/05/2018 FÉRIAS EM DOBRO (ART. 137, CLT) 05/05/2018 ------------- 04/05/2019 OK 05/05/2019 ------------- 04/05/2020 05/05/2020 ------------- 04/05/2021 10/07/2020 – término do contrato Férias concedidas No caso em questão as férias do período aquisitivo do ano de 2017/2018 que deveriam ter sido concedidas no concessivo de 2018/2019 não foram dadas, devendo ser pagas em dobro. COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? O art. 134 da CLT dispõe que as férias serão concedidas pelo empregador nos 12 meses subsequentes a data em que o empregado tiver adquirido o direito (art. 129 e 130, I, CLT), sob penas de serem pagas em dobro (art. 137, caput, CLT). No caso, o empregador não concedeu as férias referentes ao período aquisitivo 2017/2108. Assim, o autor tem direito ao recebimento das férias referentes ao período aquisitivo 2017/2018 de forma dobrada, uma vez que não foram concedidas no período concessivo respectivo acrescidas do terço constitucional. NESSE TEMA TEVE INOVAÇÃO COM A REFORMA! Art. 134 § 1o Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. § 3o É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 53 2) 13º SALÁRIO Fundamentação legal: Art. 7, VIII, CR LEI 4090/62 (art. 1º caput + § 1º + § 2) LEI: 4749/65 ( art. 1º + art. 2º) DECRETO 57155/65 (art. 1º caput e pú. + art. 3º) Legenda: ROSA ESTUDO DE CASO: o empregado lhe informou que o empregador não efetuou o pagamento do 13º do ano de 2018. COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? Com fulcro no art.7º, VIII, CR e o art.1º caput; § 1º e §2ºda Lei 4090/62, bem como o art. 1º e 2º da lei 4749/65 no mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será paga, pelo empregador, uma gratificação salarial, independentemente da remuneração a que fizer jus, sendo proporcional à 1/12 por mês trabalhado no ano correspondente ou fração igual ou superior a 15 dias. No caso em questão o autor não recebeu o 13º salário do ano de 2018. Dessa forma faz jus ao recebimento do 13º salário do ano de 2018, de forma integral. 3) FGTS Fundamentação legal: Art. 7º, III, CR Lei 8036/90 – art. 15 Legenda: ROSA ESTUDO DE CASO: o empregado lhe informou que seu empregador nunca efetuou os depósitos do FGTS. COMO EU ESCREVERIA ESSE TÓPICO NA PROVA? Com fulcro no art.7º, III, CR e o art.15 da Lei 8036/90 todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8% da remuneração paga ou devida, no mês anterior. No caso em questão o empregador nunca efetuou o depósito do FGTS. Dessa forma, faz jus o autor a regularização dos depósitos do FGTS de todo o contrato de trabalho. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 54 NESSE TEMA TEVE INOVAÇÃO COM A REFORMA! Nova hipótese de saque Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes situações: I-A - extinção do contrato de trabalho prevista no art. 484-A da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto- Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943; 2) na hipótese de extinção por acordo entre as partes, a indenização de 40% sobre o FGTS será devida pela metade, ou seja 20% 3) antes da reforma a movimentação da conta do FGTS era feita através da guia TRCT. Hoje, basta a CTPS, desde que o empregador tenha feita a comunicação aos órgãos competentes. Art. 477, § 10. A anotação da extinção do contrato na Carteira de Trabalho e Previdência Social é documento hábil para requerer o benefício do seguro- desemprego e a movimentação da conta vinculada no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, nas hipóteses legais, desde que a comunicação prevista no caput deste artigo tenha sido realizada. 4) JORNADA / HORAS EXTRAS – empregado padrão art. 611-A – acordo coletivo e convenção coletiva de trabalho pode dispor de forma diversa do que está previsto na lei: “negociado sobre o legislado”. Fundamentação legal: Art. 7, XIII, CR + art. 58, CLT ART. 71, CLT Legenda: AZUL Resumo do direito material pertinente: jornada padrão 8 horas diárias carga semanal 44 horas semanais Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 55 NESSE TEMA TEVE INOVAÇÃO COM A REFORMA! PRORROGAÇÃO DA JORNADA POR NECESSIDADE IMPERIOSA: ART 61 § 1º O excesso, nos casos deste artigo, pode ser exigido independentemente de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. Intervalos intrajornada – art. 71, caput e §1º da CLTaté 4 horas por dia – não tem direito a intervalo + de 4 horas, até 6 horas por dia – tem direito a 15 minutos de intervalo (art.71,§1) + de 6 horas por dia – o intervalo será de no mínimo 1hora e de no máximo 2 horas. (art. 71 caput) ATENÇÃO!!! Podemos ter a redução do intervalo mínimo de 1 hora em jornadas superiores a 6 horas em 2 situações 1) Art 71, § 3º da CLT – requisitos: • Empresas com refeitório • Autorização do MT • Desde que não exista habitual extrapolação de jornada. 2) redução para 30 minutos mediante acordo coletivo ou convenção coletiva (art. 611-A) Para efeito de cálculo de horas extras, devemos ficar atentos ao fato de que o intervalo NÃO INTEGRA A JORNADA DO EMPREGADO, ou seja, eu devo sempre diminuir o período de intervalo para descobrir quantas horas extras o empregado faz jus. O intervalo não integra a jornada do autor, ou seja, não é remunerado – devo descontar (art. 71, §2). E se conceder o intervalo MENOR do que o estabelecido na lei? Art. 71 §4º, CLT – toda vez que o empregador não conceder o intervalo intrajornada mínimo, ele deverá remunerar APENAS O PERÍODO SUPRIMIDO acrescido de 50% = HORA EXTRA FICTA. ATENÇÃO! Agora a hora extra ficta tem natureza indenizatória, conforme expressa previsão legal, OU SEJA, não gera reflexos, não possui natureza salarial. E se conceder o intervalo MAIOR do que o estabelecido na lei? Na hora do cálculo das horas extras, devemos diminuir apenas o intervalo MÁXIMO LEGAL para efeito de cálculos de horas extras. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 56 Regra de cálculo de horas extras: se o empregado trabalha ATÉ 5 dias na semana: cálculo POR DIA (considero o limite legal diário) se o empregado trabalha mais de 5 dias na semana: cálculo por semana (considero o limite legal semanal) PARA MEMORIZAR!!!! Se o empregado trabalha menos de 6 dias por semana, calculo hora extra por dia (ou seja, importa o limite diário)! Se trabalha 6 ou 7 dias por semana, calculo a hora extra por semana (ou seja, importa o limite semanal) !!!! O adicional é de 50% é o mínimo!!! Se for acordado entre as partes um percentual maior, vamos pedir a quantidade que foi acordada – princípio da norma mais benéfica (SUM. 51) !! O MÍNIMO NUNCA PODE SER ALTERADO por acordo ou convenção coletiva. ESTUDO DE CASO 1: o empregado lhe informou que trabalhou durante todo o contrato de trabalho de 8:00 às 20:00, com 1 hora de intervalo de segunda à sexta-feira. No nosso estudo de caso em questão o cálculo seria assim: 20h – 8h = 12 horas – 1h (intervalo) = 11 horas trabalhadas O intervalo não integra a jornada do autor, ou seja, não é remunerado – devo descontar (art. 71, §2) Como a carga semanal é de segunda a sexta, temos que fazer o cálculo de horas extras por dia (se fosse de segunda a sábado, seria por semana). 11 horas trabalhadas por dia – 8 horas (limite diário) = 3 horas extras por dia + 50% e reflexos. ATENÇÃO! Sempre que formos pedir horas extras, será assim: “X” horas extras + adicional de 50% e reflexos. COMO EU ESCREVERIA ESSE TÓPICO NA PROVA? §1 O art. 7º XIII, CR dispõe que a duração do trabalho normal não será superior a 8 horas diárias e 44 horas semanais. Além do mais, o art.71 caput da CLT determina que em jornadas superiores a 6 horas é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação de no mínimo 1 hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo, no máximo 2 horas. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 57 §2 No caso em questão, durante todo o contrato de trabalho, o autor trabalhava de 8 horas às 20 horas com uma hora de intervalo, de segunda-feira à sexta-feira, de forma que sua jornada era extrapolada. §3 Dessa forma, faz jus ao pagamento de 3 horas extras por dia, observado o adicional de 50% e reflexos. JORNADA / HORAS EXTRAS - INTERVALO A MENOR ESTUDO DE CASO 2: o empregado lhe informou que trabalhou durante todo o contrato de trabalho de 8:00 às 18:00, com 30 minutos de intervalo de segunda à sexta-feira. No nosso estudo de caso em questão o cálculo seria assim: 18h – 8h = 10 horas – 30 min (intervalo) = 9:30 horas trabalhadas O intervalo não integra a jornada do autor, ou seja, não é remunerado – devo descontar (art. 71, §2) Como a carga semanal é de segunda a sexta, temos que fazer o cálculo de horas extras por dia (se fosse de segunda a sábado, seria por semana). 9:30 horas trabalhadas por dia – 8 horas (limite diário) = 1:30 hora extra por dia + 50% e reflexos. ATENÇÃO! Sempre que formos pedir horas extras, será assim: “X” horas extras + adicional de 50% e reflexos. Nesse nosso estudo de caso temos uma pequena diferença em relação ao estudo de caso 1, pois o intervalo MÍNIMO aqui não foi concedido pelo empregador. Então nós vamos fazer 2 pedidos. Um para pedir as horas extras e outro para pedir a PENALIDADE em razão da concessão do intervalo a menor. Todas as vezes que o intervalo mínimo não for concedido, além das horas extras, também pediremos a penalidade do art. 71, §4 da CLT que nada mais é que o pagamento APENAS DO PERÍODO SUPRIMIDO acrescido do adicional de 50%. Como o empregado trabalhava mais de 6 horas, seu intervalo deveria ter sido de 1 hora. (porque no caso concreto não ocorreu nenhuma das 2 exceções, lembra? Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 58 Não é o caso do art. 71, §3 e também não teve redução do intervalo mediante acordo ou convenção coletiva) ATENÇÃO!! A HORA EXTRA FICTA também será devida na hipótese do empregador NÃO conceder o intervalo, mesmo que não extrapolada a jornada máxima. NESSE TEMA TEVE INOVAÇÃO COM A REFORMA! Art 71, § 4o A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? § 1 O art. 7º XIII, CR dispõe que a duração do trabalho normal não será superior a 8 horas diárias e 44 horas semanais. Além do mais, o art.71 caput da CLT determina que em jornadas superiores a 6 horas é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação de no mínimo 1 hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo, no máximo 2 horas. Além do mais, o art. 71 §4º da CLT dispõe que quando o intervalo intrajornada não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a pagar o período suprimido acréscimo de no mínimo 50%, sobre o valor da remuneração da hora normal do trabalho. § 2 No caso, durante todo o contrato de trabalho o autor trabalhava de 8h às 18h e gozava apenas de 30 minutos à título de intervalo intrajornada. §3 dessa forma, faz jus o empregado a 1 hora e 30 minutos extras por dia, acrescido do adicional de 50% e reflexos. Além do mais, faz jus a 30 minutos EXTRAS FICTOS em razão da concessão do intervalo aquém do mínimo legal (1 hora). Obs: vocês perceberam que esse nosso silogismo são 2 pedidos? Isso apenas aconteceu emrazão do intervalo mínimo da lei não ter sido concedido. Dessa forma, pedimos as horas extras + a penalidade em razão da não concessão do intervalo mínimo. (A penalidade vai ser sempre o tempo SUPRIMIDO + 50%. Ah! E não tem reflexos essa penalidade, pois ela é de natureza indenizatória – art. 71, §4 – superação da sum. 437 do TST após a reforma) Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 59 JORNADA / HORAS EXTRAS - INTERVALO A MAIOR ESTUDO DE CASO 3: o empregado lhe informou que trabalhou durante todo o contrato de trabalho de 8:00 às 20:00, com 3 horas de intervalo de segunda à sábado. No nosso estudo de caso em questão o cálculo seria assim: 20h – 8h = 12 horas – 2h (intervalo) = 10 horas trabalhadas O intervalo não integra a jornada do autor, ou seja, não é remunerado – devo descontar (art. 71, §2). MAS ATENÇÃO! Como aprendemos, o intervalo para os empregados que trabalham mais de 6 horas deve ser de no mínimo 1 hora e no máximo de 2, SALVO ACORDO OU CONVENÇÃO COLETIVA (art. 71, CLT). Como no nosso caso NÃO HOUVE acordo ou convenção, devemos diminuir apenas o máximo estabelecido pela lei, qual seja, 2 horas. A 3ª hora concedida é considerada tempo à disposição do empregador. (art. 4º da CLT) Como a carga semanal é de segunda a sábado, temos que fazer o cálculo de horas extras por semana (se fosse de segunda a sexta, seria por dia). 10 horas trabalhadas por dia X 6 dias na semana = 60 horas trabalhadas por semana – 44 (limite semanal) = 16 horas extra por semana + 50% e reflexos. ATENÇÃO!!! Sempre que formos pedir horas extras, será assim: “X” horas extras + adicional de 50% e reflexos. COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? § 1 O art. 7º, XIII da CR e art.58 da CLT determinam que a duração do trabalho não poderá ser superior a 8 horas diárias e 44 horas semanais. Sendo que o art. 71, caput da CLT estabelece que em jornadas superiores a 6 horas é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação de no mínimo 1 hora e, salvo acordo escrito ou negociação coletiva, no máximo 2 horas. § 2 No caso, durante todo o contrato de trabalho, o autor trabalhava de 8 horas às 20 horas gozando de 3h à título de intervalo intrajornada. Tem-se assim que ele permanecia 1 hora à disposição do reclamante, período que nos termos do art.4º da CLT e SUM 118, TST, considera-se como de serviço efetivo, integrando a jornada do autor. § 3 Dessa forma, faz jus ao pagamento de 16 horas extras por semana, observado o adicional de 50% e reflexos. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 60 Atenção!!!! No caso do intervalo concedido à maior não há que se falar em pedido de HORA EXTRA FICTA!!!! o artigo 71§4º só é aplicado no caso de intervalo à menor. SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS PERTINENTES SUM. 118 TST + ART. 4º CAPUT E § 2º DA CLT Intervalos Concedidos pelo Empregador - Jornada de Trabalho - Horas Extras - Previsão Legal Os intervalos concedidos pelo empregador, na jornada de trabalho, não previs- tos em lei, representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da jornada. SUM. 264 TST Remuneração do Serviço Suplementar - Composição A remuneração do serviço suplementar é composta do valor da hora normal, integrado por parcelas de natureza salarial e acrescido do adicional previsto em lei, contrato, acordo, convenção coletiva ou sentença normativa SUM. 291 TST A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar presta- do com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas supri- midas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão. SUM. 431 SALÁRIO HORA. EMPREGADO SUJEITO AO REGIME GERAL DE TRABALHO (art. 58, caput, da CLT). 40 HORAS SEMANAIS. CÁLCULO. APLICAÇÃO DO DIVISOR 200. Para os empregados a que alude o art. 58, caput, da CLT, quando sujeitos a 40 horas semanais de trabalho, aplica‐se o divisor 200 para o cálculo do valor do salário hora. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 61 5) TEMPO À DISPOSIÇÃO SOBREAVISO X PRONTIDÃO art. 611-A – acordo coletivo e convenção coletiva de trabalho pode dispor de forma diversa do que está previsto na lei: “negociado sobre o legislado”. Fundamentação legal: Sobreaviso – art. 244, § 2, CLT Prontidão – art. 244, § 3, CLT Legenda: AZUL Resumo do direito material pertinente: SOBREAVISO PRONTIDÃO ART. 244, § 2 ART. 244 §3 Aplicado por analogia a qualquer profissão Aplicado aos ferroviários OU qualquer outra atividade em que o empregado aguarda nas DEPENDÊNCIAS DA EMPRESA. O empregado fica impedido de ir e vir, aguardando a qualquer momento o chamado para trabalhar (fica em casa ou qualquer outro local combinado). O empregado fica nas dependências da empresa aguardando ordens. Recebe 1/3 da hora normal – máximo de 24h Recebe 2/3 da hora normal – máximo de 12h Se convocado para trabalhar haverá o pagamento da hora normal Se convocado para trabalhar haverá o pagamento da hora normal ESTUDO DE CASO: o empregado (técnico de elevadores) lhe informou que seu empregador havia lhe fornecido um celular e pedido que ele aguardasse seu chamado durante seu regime de plantão no final de semana. COMO EU ESCREVERIA ESSE TÓPICO NA PROVA? § 1 O art. 244, § 2 da CLT estabelece que considera-se de sobreaviso o empregado que permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Além do mais, a sum. 428 do TST, inciso II dispõe que considera-se em Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 62 sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a controle patronal por instru- mentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão ou equiva- lente, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o período de descanso. § 2 No caso o empregado foi submetido a controle patronal através do celular forne- cido, ficando impedido de ir e vir, já que seu empregador lhe pediu que aguardasse o chamado dele para que esse fosse trabalhar durante o final de semana, estando assim em regime de plantão. § 3 Dessa forma, faz jus o autor ao pagamento das horas de sobreaviso à razão de 1/3 do seu salário normal. VÍDEO BÔNUS TEMPO À DISPOSIÇÃO SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS PERTINENTES: SUM-229 SOBREAVISO. ELETRICITÁRIOS (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Por aplicação analógica do art. 244, § 2º, da CLT, as horas de sobreavisodos eletricitários são remuneradas à base de 1/3 sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial. SUM-428 SOBREAVISO. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, § 2º DA CLT (redação al- terada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012 – DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela em- presa ao empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso. II - Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento o cha- mado para o serviço durante o período de descanso. 6) JORNADA ESPECIAL - BANCÁRIO Fundamentação legal: art. 224 e seguintes da CLT, Sum 102. do TST Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 63 Legenda: AZUL Resumo do direito material pertinente: Jornada 6 horas Carga semanal 30 horas intervalo: 15 minutos – OJ 178, TST. OBS: empregados de empresa de crédito, financiamento ou investimento. SUM. 55, TST empregado de empresa de processamento de dados que presta serviço para banco integrante do mesmo grupo econômico e NÃO presta serviço pra empresas não bancárias. SUM.239, TST porteiros, telefonistas de mesa (contratados diretamente pelo banco) - art. 226, equiparam-se aos bancários para efeitos do art.224 da CLT CLT SUM. 257, TST importante: O vigilante, contratado diretamente por banco ou por intermédio de empresas especializadas, NÃO é bancário. (jornada padrão) ESTUDO DE CASO: o empregado lhe informou que era caixa do banco com uma jornada de 9h às 17h, com 15 minutos de intervalo, de segunda a sexta feira. No nosso estudo de caso em questão o cálculo seria assim: 17h – 9h = 8 horas – 15 minutos (intervalo) = 7:45 horas trabalhadas Como a carga semanal é de segunda a sexta, temos que fazer o cálculo de horas extras por dia (se fosse de segunda a sábado, seria por semana). 7:45 horas trabalhadas por dia - 6 horas (limite diário do bancário- caixa) = 1:45 horas extras por dia + 50% e reflexos. ATENÇÃO! Sempre que formos pedir horas extras, será assim: “X” horas ex- tras + adicional de 50% e reflexos. O intervalo não integra a jornada do autor, ou seja, não é remunerado – devo descontar (OJ 178). Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 64 COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? § 1 O art. 224 da CLT determina que a duração normal do trabalho dos bancários será de 6 horas perfazendo um total de 30 horas por semana. Ainda, o §1º do referido artigo assegura aos bancários um intervalo de 15 minutos para alimentação no horário diário. § 2 No caso, nos períodos em que o autor exerceu as funções de caixa, cumpria jornada de 9h às 17h gozando de 15 minutos de intervalo intrajornada, de segunda-feira à sexta-feira. § 3 Dessa forma, tem direito ao pagamento de 1 horas e 45 minutos extras por dia, acrescidas de adicional de 50% e reflexos. SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS PERTINENTES SUM-113 BANCÁRIO. SÁBADO. DIA ÚTIL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O sábado do bancário é dia útil não trabalhado, não dia de repouso remunera- do. Não cabe a repercussão do pagamento de horas extras habituais em sua remuneração. SUM-124 BANCÁRIO. SALÁRIO-HORA. DIVISOR (redação alterada na sessão do Tribu- nal Pleno realizada em 14.09.2012) – Res. 185/2012 – DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I – O divisor aplicável para o cálculo das horas extras do bancário, se houver ajuste individual expresso ou coletivo no sentido de considerar o sábado como dia de descanso remunerado, será: a) 150, para os empregados submetidos à jornada de seis horas, prevista no caput do art. 224 da CLT; b) 200, para os empregados submetidos à jornada de oito horas, nos termos do § 2º do art. 224 da CLT. II – Nas demais hipóteses, aplicar-se-á o divisor: a)180, para os empregados submetidos à jornada de seis horas prevista no caput do art. 224 da CLT; b) 220, para os empregados submetidos à jornada de oito horas, nos termos do § 2º do art. 224 da CLT. SUM-199 BANCÁRIO. PRÉ-CONTRATAÇÃO DE HORAS EXTRAS (incorporadas as Orien- tações Jurisprudenciais nºs 48 e 63 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 65 I - A contratação do serviço suplementar, quando da admissão do trabalha- dor bancário, é nula. Os valores assim ajustados apenas remuneram a jornada normal, sendo devidas as horas extras com o adicional de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento), as quais não configuram pré-contratação, se pactuadas após a admissão do bancário. (ex-Súmula nº 199 – alterada pela Res. 41/1995, DJ 21.02.1995 - e ex-OJ nº 48 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996) II - Em se tratando de horas extras pré-contratadas, opera-se a prescrição total se a ação não for ajuizada no prazo de cinco anos, a partir da data em que fo- ram suprimidas. (ex-OJ nº 63 da SBDI-1 - inserida em 14.03.1994) OJ-SDI1-178 BANCÁRIO. INTERVALO DE 15 MINUTOS. NÃO COMPUTÁVEL NA JORNADA DE TRABALHO (inserido dispositivo) - DJ 20.04.2005 Não se computa, na jornada do bancário sujeito a seis horas diárias de traba- lho, o intervalo de quinze minutos para lanche ou descanso. 7) ALTO EMPREGADO BANCÁRIO Fundamentação legal: art. 224§ 2 da CLT Legenda: AZUL Resumo do direito material pertinente: Exceção: art. 224 § 2º - As disposições especiais de jornada não se aplicam aos que exercem funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, ou que desempenhem outros cargos de confiança, desde que o valor da gratificação não seja inferior a 1/3 (um terço) do salário do cargo efetivo. (requisitos cumulativos) Dessa forma, quando o bancário exercer função diferenciada + para tanto recebam gratificação de função de no mínimo 1/3 do salário efetivo, a jornada aplicada será do art. 225 da CLT, ou seja, 8 horas diárias e 40 horas semanais devendo ser aplicado o intervalo de no mínimo 1 hora e, no máximo 2 horas, conforme o art.71 caput da CLT. PARA MEMORIZAR: bancário que exerce cargo de confiança (pensamos sempre no gerente + recebe uma gratificação de 1/3 do salário efetivo) calculo as horas extras com a jornada de 8 horas diárias e 40 semanais. ATENÇÃO!!! “quebra de caixa” não é gratificação de função!!! Se o bancário recebe, não altera nada. Será jornada especial (6 horas diárias e 30 semanais – com intervalo de 15 minutos) SUM. 247, TST Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 66 ESTUDO DE CASO: o autor lhe informou que era gerente do banco e que recebia um salário de R$1000,00 com uma gratificação de função de R$400,00. Sua jornada era de 8h às 18h, com 1 hora de intervalo, de segunda a sexta.Nesse caso, foram cumpridos os 2 requisitos do art. 224, § 2, motivo pelo qual deveremos aplicar as disposições do art. 225 da CLT, ou seja: limite de 8 horas diárias e 40 horas semanais. No nosso estudo de caso em questão o cálculo seria assim: 18h – 8h = 10 horas – 1h (intervalo) = 9:00 horas trabalhadas Como a carga semanal é de segunda a sexta, temos que fazer o cálculo de horas extras por dia. 9:00 horas trabalhadas por dia - 8 horas (limite diário do bancário- gerente) = 1h hora extra por dia + 50% e reflexos. ATENÇÃO! Sempre que formos pedir horas extras, será assim: “X” horas extras + adicional de 50% e reflexos. COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? O art. 224, § 2º da CLT determina que aos bancários que exercem funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes não se aplicam a jornada de 6 horas, desde que o valor da gratificação não seja inferior a 1/3 do salário do cargo efetivo. Ainda, o art. 225 determina que a jornada dos bancários não poderá exceder 8 horas diárias e 44 horas semanais. No caso em questão, o autor exerceu a função de gerente e, tendo em vista que recebia gratificação de função superior à 1/3 do seu salário efetivo, deve ser aplicada a regra do art. 224 §2º da CLT, bem como a jornada do art.225, CLT. No caso, trabalhando de 8h às 18h com 1 hora de intervalo intrajornada de segunda a sexta feira recebendo gratificação de função superior à 1/3 do seu salário efetivo de gerente. Dessa forma, tem direito ao pagamento de 1 hora extra por dia, observado o adicional de 50% e reflexos. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 67 SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS PERTINENTES SUM-102 BANCÁRIO. CARGO DE CONFIANÇA (mantida) - Res. 174/2011, DEJT divulga- do em 27, 30 e 31.05.2011 I - A configuração, ou não, do exercício da função de confiança a que se refere o art. 224, § 2º, da CLT, dependente da prova das reais atribuições do empregado, é insuscetível de exame mediante recurso de revista ou de embargos. (ex-Sú- mula nº 204 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) II - O bancário que exerce a função a que se refere o § 2º do art. 224 da CLT e recebe gratificação não inferior a um terço de seu salário já tem remunera- das as duas horas extraordinárias excedentes de seis. (ex-Súmula nº 166 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982 e DJ 15.10.1982) III - Ao bancário exercente de cargo de confiança previsto no artigo 224, § 2º, da CLT são devidas as 7ª e 8ª horas, como extras, no período em que se verifi- car o pagamento a menor da gratificação de 1/3. (ex-OJ nº 288 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003) IV - O bancário sujeito à regra do art. 224, § 2º, da CLT cumpre jornada de tra- balho de 8 (oito) horas, sendo extraordinárias as trabalhadas além da oitava. (ex-Súmula nº 232- RA 14/1985, DJ 19.09.1985) V - O advogado empregado de banco, pelo simples exercício da advocacia, não exerce cargo de confiança, não se enquadrando, portanto, na hipótese do § 2º do art. 224 da CLT. (ex-OJ nº 222 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) VI - O caixa bancário, ainda que caixa executivo, não exerce cargo de confian- ça. Se perceber gratificação igual ou superior a um terço do salário do posto efetivo, essa remunera apenas a maior responsabilidade do cargo e não as duas horas extraordinárias além da sexta. (ex-Súmula nº 102 - RA 66/1980, DJ 18.06.1980 e republicada DJ 14.07.1980) VII - O bancário exercente de função de confiança, que percebe a gratificação não inferior ao terço legal, ainda que norma coletiva contemple percentual su- perior, não tem direito às sétima e oitava horas como extras, mas tão somente às diferenças de gratificação de função, se postuladas. (ex-OJ nº 15 da SBDI-1 - inserida em 14.03.1994) SUM-109 GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O bancário não enquadrado no § 2º do art. 224 da CLT, que receba gratificação de função, não pode ter o salário relativo a horas extraordinárias compensado com o valor daquela vantagem. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 68 SUM-247 QUEBRA DE CAIXA. NATUREZA JURÍDICA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A parcela paga aos bancários sob a denominação “quebra de caixa” possui natureza salarial, integrando o salário do prestador de serviços, para todos os efeitos legais. 8) TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO Fundamentação legal: Art.7º XIV, CR Legenda: AZUL Resumo do direito material pertinente: Jornada 6 horas Carga semanal 36 horas intervalo: 15 minutos – que deverão ser descontados da jornada do autor, ou seja, não integram a jornada Para que um empregado se enquadre na jornada especial do “TIR” (turno ininterrupto de revezamento) se fazem necessários a cumulação de 2 requisitos: Revezamento de turnos (semanal ou quinzenal) + 1 dos turnos deve ser TOTAL ou PARCIALMENTE noturno o que a CLT considera como turno noturno? Aquele exercido de 22h às 5h. Aqui, temos que lembrar, que em razão da hora noturna ser considerada como de 52 minutos e 30 segundos, as 7 horas trabalhadas serão consideradas como 8 horas para efeito de cálculo de horas extras. Art. 73. § 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos. § 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 69 Ex. 1: SEMANA 1: 6h às 12:15h com 15 min de intervalo SEMANA 2: 12h às 18:15h – com 15 min de intervalo SEMANA 3: 18h às 24:15h – com 15 min de intervalo SEMANA 4: 24 às 6:15 – com 15 min de intervalo segunda-feira à sábado. 6 horas e 15 min. (-) 15 minutos de intervalo = 6 horas. Nesse caso, diminuindo o intervalo de 15 minutos, não teríamos extrapolação de jornada. O empregado trabalhava em turno ininterrupto (PORQUE HAVIA REVEZAMENTO DE TURNOS E UM DESSES TURNOS ERA NOTURNO) ESTUDO DE CASO: Ex 2: SEMANA 1: 08h às 16h – 15 MINUTOS de intervalo - Seg. a Sab. SEMANA 2: 22h às 6h – 15 MINUTOS de intervalo - Seg. a Sab. SEMANA 1 – cálculo: 8 às 16h = 8 horas – 15 minutos de intervalo = 7:45horas X 6 dias (o cálculo é semanal. Se fosse de segunda a sexta, seria diário) = 46:30 horas (-) 36 horas (máximo da carga semanal) = 10:30 horas extras por semana, acrescidas do adicional de 50% e reflexos. ATENÇÃO! Sempre que formos pedir horas extras, será assim: “X” horas extras + adicional de 50% e reflexos SEMANA 2 – cálculo: Então, no nosso exemplo temos: 22h ----- ---------- 5h--------6h (22 às 5 horas= 52min e 30 seg.) (5h às 6h = hora diária) De 22h às 5h da manhã (período noturno) temos 7 horas, mas como o período noturno possui a HORA FICTA (52 min. E 30 seg.) o empregado vai trabalhar 7 horas, mas receberá como se tivesse trabalhado 8 horas. OU SEJA, o empregado trabalha 7 horas noturnas mas recebe 8 horas. (em razão da situação mais gravosa). 8 horas noturnas + 1 hora diurna (de 5h às 6h) = jornada de 9 horas 9 horas trabalhadas (-) 15 minutos de intervalo = 8:45 horas 8:45 horas X 6 dias = 52:30 horas. 52:30 – 36h (limite) =dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva. Dessa forma, o sindicato tem ampla liberdade nas negociações e o judiciário ficou limitado na possibilidade de anular essas pactuações. As negociações foram elevadas a categoria da lei e a CLT deixou de forma expressa quais as matérias em que o negociado prevalece (art. 611-A), quais os assuntos que a lei prevalece (art. 611-B). RESUMINDO: - Princípio da norma mais favorável foi flexibilizado - as matérias elencadas no art. 611-A QUANDO POSSUÍREM acordo coletivo ou convenção coletiva em relação a elas, A NEGOCIAÇÃO prevalece sobre a lei. - as matérias elencadas no art. 611-B NÃO podem ser negociadas – a lei SEMPRE PREVALECE - o acordo coletivo “vale mais” que a convenção coletiva Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 4 - o judiciário – em relação às matérias que podem ser negociadas (art.611-A) só poderão rever a matéria observado: Art 611-A - § 1o No exame da convenção coletiva ou do acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho observará o disposto no § 3o do art. 8o desta Consolidação princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva. § 2o A inexistência de expressa indicação de contrapartidas recíprocas em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho não ensejará sua nulidade por não caracterizar um vício do negócio jurídico. § 3o Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante o prazo de vigência do instrumento coletivo. § 4o Na hipótese de procedência de ação anulatória de cláusula de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, quando houver a cláusula compensatória, esta deverá ser igualmente anulada, sem repetição do indébito. Comentário art 611-A §4º: quando falamos de acordo coletivo ou convenção coletiva, sempre pensamos em transação/ contrapartida. Isso quer dizer que, na maioria das vezes que o empregador retira ou diminuiu algum direito do trabalhador, ele concede um benefício de outro lado. Quando essa “compensação” acontecer e por ventura o ACT ou CCT for anulado, o benefício concedido em contrapartida também o será. Ex: o acordo coletivo previa a redução do intervalo intrajornada de e 1 hora para 30 minutos. Como contrapartida, o empregador estabeleceu o pagamento de PLR anualmente. Se o acordo em relação ao intervalo for anulado, o PLR também será, não tendo direito os empregados a esse benefício. Outra alteração que devemos ter em mente antes do início dos nossos estudos é em relação aos altos empregados que presumidamente não se encontram em situação de hipossuficiência e podem negociar com o empregador de modo individual. Ou seja, esses altos empregados tem a prevalência do negociado de forma individual. O acordo INDIVIDUAL prepondera sobre os instrumentos coletivos. MAS QUEM SERIAM ESSES “ALTOS EMPREGADOS”? Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 5 2 REQUISITOS: Empregado portador do diploma de nível superior + percepção de salário mensal igual ou superior a 2 vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. (média de 12 mil reais) Art. 444 Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Só mais uma coisinha, antes de colocarmos a mão na massa: DIREITO INTERTEMPORAL. A Lei 13.467/17 não possui efeito retroativo, não devendo ser aplicada aos contratos extintos antes da data de sua vigência, ou seja - 11.11.17. Para os novos contratos a Reforma Trabalhista é inteiramente aplicável. A discussão estava na aplicação da lei aos contratos em curso. AGORA, com a IN 41/2018 do TST, o direito intertemporal das regras processuais foi definido. (em relação ao direito material, ainda continuamos com algumas instabilidades e polêmicas em relação aos contratos EM CURSO). A nova legislação será aplicada imediatamente aos processos em curso, já que o processo é constituído de uma sucessão de atos processuais, não havendo que se pensar no isolamento de todo o processo, mas apenas dos atos já realizados. ACONTECE que a instrução normativa foi um pouco incongruente ao não permitir a aplicação imediata de alguns pontos, como por exemplo – honorários advocatícios sucumbenciais. Mas o detalhamento dessa instrução não é o objetivo principal desse nosso trabalho, até porque a OAB/FGV sempre se mostra bem legalista e “foge” de questões controversas ok? Então, para sua prova, fique com o seguinte na cabeça – VOCÊ RESPONDERÁ SEMPRE DE ACORDO COM A REFORMA TRABALHISTA, sem se preocupar com o direito intertemporal, ok? Agora sim podemos começar nossos estudos!! Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 6 1) PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO / PROTETIVO / PROTETOR / TUTELAR É o mais importante dos Princípios do Direito do Trabalho. (princípio teleológico) Todos os demais princípios decorrem deste. Deve ser desmembrado em três Princípios: Princípio in dúbio pro operário / in dúbio pro misero Determinada norma pode ser dúbia, comportando várias interpretações. Assim, o intérprete deverá optar pela mais favorável ao empregado. É regra de interpretação e não de valoração da prova. Ex: Certo regulamento de empresa estipula uma gratificação aos empregados, tendo o salário como base de cálculo. Entretanto, a palavra salário sugere várias interpretações: mínimo, básico, contratual etc. Deste modo, o intérprete deve adotar a interpretação mais favorável, qual seja, a do salário mínimo contratual, pois é a maior base de cálculo. PRINCÍPIO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL/ DA APLICAÇÃO MAIS FAVORÁVEL AO TRABALHADOR Havendo mais de uma norma trabalhista igualmente aplicável ao caso concreto, deverá ser aplicada a norma mais favorável. Ex: Art.7º, XVI, CR prevê adicional de hora extra de, no mínimo 50% sobre o valor da hora normal. Contudo, o Estatuto da OAB, em seu art. 20, §2º, estipula o adicional de hora extra de, no mínimo 100%. Assim, para o empregado advogado o Estatuto será aplicado. Como um dos pilares da Lei 13.467, foi aprovado o chamado “negociado sobre o legislado”. O art. 611-A da CLT lista uma série de temas em que a negociação coletiva irá prevalecer sobre a legislação emanada do Estado. Dessa forma, tivemos uma flexibilização desse princípio. Então, hoje, as matérias listadas no art. 611-A da CLT quando forem objeto de negociação coletiva, vão se sobrepor a legislação, mesmo que a legislação seja mais favorável. Vamos ver quais são essas16:30 horas extras por semana, acrescidas do adicional de 50% e reflexos. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 70 ATENÇÃO! Sempre que formos pedir horas extras, será assim: “X” horas extras + adicional de 50% e reflexos COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? (exemplo 2) Estabelece o art. 7º, XIV da CR são direitos dos trabalhadores a jornada de 6 horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva, considerando ainda a OJ SDI1-360. Durante todo o contrato de trabalho o autor cumpria jornadas que variavam a cada semana. Assim, hora trabalhava de 8h às 16h, ora de 22h às 6h, com 15 minutos de intervalo intrajornada, de segunda feira à sábado. Para o período em que cumpriu jornada noturna, assim considerado o trabalho executado entre as 22h de um dia e as 5h do dia seguinte, deve ser aplicada a regra contida no art. 73 §1º da CLT que determina que a hora do trabalho noturno será computada como de 52 min. e 30 seg e ainda a OJ-SDI1-395. Assim, para os períodos em que trabalhou de 8h às 16h o autor tem direito ao pagamento de 10:30 horas extras por semana; nas semanas em que trabalhou de 22h às 6h, fará jus ao pagamento de 16:30 horas extras por semana, em todos os casos acrescidas do adicional de 50% e observados os reflexos. SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS PERTINENTES SUM. 360, TST TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. INTERVALOS INTRAJORNADA E SEMANAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A interrupção do trabalho destinada a repouso e alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, não descaracteriza o turno de re- vezamento com jornada de 6 (seis) horas previsto no art. 7º, XIV, da CF/1988. SUM. 391, TST PETROLEIROS. LEI Nº 5.811/1972. TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. HORAS EXTRAS E ALTERAÇÃO DA JORNADA PARA HORÁRIO FIXO (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 240 e 333 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - A Lei nº 5.811/1972 foi recepcionada pela CF/88 no que se refere à duração da jornada de trabalho em regime de revezamento dos petroleiros. II - A previsão contida no art. 10 da Lei nº 5.811/1972, possibilitando a mudança do regime de revezamento para horário fixo, constitui alteração lícita, não vio- lando os arts. 468 da CLT e 7º, VI, da CF/1988. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 71 SUM-423, TST TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JOR-NADA DE TRA- BALHO MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. VALIDADE. (conversão da Orien- tação Jurisprudencial nº 169 da SBDI-1) Res. 139/2006 – DJ 10, 11 e 13.10.2006 Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras. OJ-SDI1-274 TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FERROVI-ÁRIO. HORAS EXTRAS. DEVIDAS (inserida em 27.09.2002) O ferroviário submetido a escalas variadas, com alternância de turnos, faz jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da CF/1988. OJ-SDI1-275 TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. HORISTA. HORAS EXTRAS E ADI- CIONAL. DEVIDOS (inserida em 27.09.2002) Inexistindo instrumento coletivo fixando jornada diversa, o empregado horista submetido a turno ininterrupto de revezamento faz jus ao pagamento das horas extraordinárias laboradas além da 6ª, bem como ao respectivo adicional. OJ-SDI1-360 TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. DOIS TUR-NOS. HORÁRIO DIUR- NO E NOTURNO. CARACTERIZAÇÃO (DJ 14.03.2008) Faz jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da CF/1988 o trabalhador que exerce suas atividades em sistema de alternância de turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que compreendam, no todo ou em parte, o horário diurno e o noturno, pois submetido à alternância de horário prejudicial à saúde, sendo irrelevante que a atividade da empresa se desenvolva de forma ininterrupta. OJ-SDI1-395 TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. HORA NO-TURNA REDUZIDA. INCIDÊNCIA. (DEJT divulgado em 09, 10 e 11.06.2010) O trabalho em regime de turnos ininterruptos de revezamento não retira o di- reito à hora noturna reduzida, não havendo incompatibilidade entre as disposi- ções contidas nos arts. 73, § 1º, da CLT e 7º, XIV, da Constituição Federal. 9) ADICIONAL NOTURNO Fundamentação legal: art. 73, CLT Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 72 Legenda: ROSA Resumo do direito material pertinente: Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. § 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. Fiquem atentos, em razão do art. 7º, IX, a primeira parte do artigo – “salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal” – não foi recepcionado pela CR. PARA MEMORIZAR: toda vez que se tratar de jornada em período noturno, seja em turno ininterrupto ou não, temos que ter guardado que: o período noturno é o trabalho executado de 22h às 5h (art. 73 §2º) a hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos (HORA FICTA) a remuneração da hora noturna terá um adicional de 20% (art. 73 Caput CLT) quando o empregado trabalhar integralmente no período noturno, a hora que se exceder no período diurno terá incidência do adicional de 20%. (sum 60, II) Art. 73 § 5º Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste capítulo. SUM. 60 TST ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HO- RÁRIO DIURNO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 6 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos. (ex-Súmula nº 60 - RA 105/1974, DJ 24.10.1974) II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. Ex: empregado trabalha de 22h às 6h. O adicional noturno incidirá sobre quais horas??? Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 73 Sobre todo o período!!! De 22h às 6h, em vista do empregado ter trabalhado integralmente no período noturno haverá prorrogação do período noturno. Incidirá sobre as 9 horas da jornada. (8 horas do período noturno + 1 hora diurna devido a prorrogação da jornada noturna para efeitos de incidência do adicional noturno) Ex: empregado trabalha de 23h às 6h. O adicional noturno incidirá sobre quais horas??? APENAS de 23h às 5h da manhã. Como o empregado não trabalhouintegralmente, não haverá prorrogação. ESTUDO DE CASO: o autor lhe informou que trabalhava de 22h às 6 h da manhã de segunda a sexta. COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? O artigo 73 da CLT dispõe que o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% pelo menos sobre a hora diurna. Ainda, o §2º do art. 73, considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre às 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. Além do mais, a súmula 60, II (art, 73, §5º) estabelece que cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. No caso em questão, o autor trabalhava de 22h às 5h da manhã de segunda a sexta. Dessa forma, e tendo em vista que a hora ficta elastece a jornada do autor em 1 hora, tem direito o autor ao pagamento do adicional noturno incidente sobre 9 horas, ou seja, de 22 horas às 6 horas, inclusive àquela de 5h às 6h no importe de 20% sobre o valor da hora diurna. SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS PERTINENTES SUM-60 ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HO- RÁRIO DIURNO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 6 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos. (ex-Súmula nº 60 - RA 105/1974, DJ 24.10.1974) II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. (ex-OJ nº 6 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996) Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 74 SUM-112 TRABALHO NOTURNO. PETRÓLEO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O trabalho noturno dos empregados nas atividades de exploração, perfuração, produção e refinação do petróleo, industrialização do xisto, indústria petroquí- mica e transporte de petróleo e seus derivados, por meio de dutos, é regulado pela Lei nº 5.811, de 11.10.1972, não se lhe aplicando a hora reduzida de 52 mi- nutos e 30 segundos prevista no art. 73, § 2º, da CLT. OJ-SDI1-60 PORTUÁRIOS. HORA NOTURNA. HORAS EXTRAS. (LEI Nº 4.860/65, ARTS. 4º E 7º, § 5º) (nova redação em decorrência da incorporação da Orientação Jurisprudencial nº 61 da SBDI-1) - DJ 20.04.2005 I - A hora noturna no regime de trabalho no porto, compreendida entre dezeno- ve horas e sete horas do dia seguinte, é de sessenta minutos. II - Para o cálculo das horas extras prestadas pelos trabalhadores portuários, observar-se-á somente o salário básico percebido, excluídos os adicionais de risco e produtividade. (ex-OJ nº 61 da SBDI-1 - inserida em 14.03.1994) OJ-SDI1-97 HORAS EXTRAS. ADICIONAL NOTURNO. BASE DE CÁLCULO (inserida em 30.05.1997) O adicional noturno integra a base de cálculo das horas extras prestadas no período noturno. OJ-SDI1-127 HORA NOTURNA REDUZIDA. SUBSISTÊNCIA APÓS A CF/1988 (inserida em 20.04.1998) O art. 73, § 1º da CLT, que prevê a redução da hora noturna, não foi revogado pelo inciso IX do art. 7º da CF/1988. OJ-SDI1-259 ADICIONAL NOTURNO. BASE DE CÁLCULO. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO (inserida em 27.09.2002) O adicional de periculosidade deve compor a base de cálculo do adicional no- turno, já que também neste horário o trabalhador permanece sob as condições de risco. SUM-265 ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. POSSIBILIDA- DE DE SUPRESSÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 75 10) COMISSIONISTA Fundamentação legal: Art. 457 §1º, CLT, LEI 3.207/57 Legenda: ROSA (salarial) Resumo do direito material pertinente: Em relação ao cálculo de jornada de empregado comissionista, devemos ficar atentos a forma de pedir as mesmas. Podemos dividir os comissionistas em: COMISSIONISTA PURO (só recebe parte variável) COMISSIONISTA MISTO (recebe salário fixo + parte variável) parte variável = comissão: empregado que recebe “por tarefa”, “por peça” O autor em relação a parte variável só fara jus ao recebimento do adicional de 50%, já que as comissões por si só já remuneram as horas extras trabalhadas. Dessa forma, quando se tratar de comissionista devo separar o pedido de horas extras, levando em conta a parte fixa e variável (se for comissionista misto). PARA MEMORIZAR: quando o empregado for comissionista: parte fixa faz jus às horas extras acrescidas do adicional de 50%. (horas extras + adicional de 50%) parte variável faz jus apenas ao adicional de 50% OU SEJA, se o empregado for COMISSIONISTA PURO (só recebe parte variável) ele não terá direito ao pagamento de horas extras, se extrapolada sua jornada, mas apenas ao PAGAMENTO DO ADICIONAL DE 50%. ESTUDO DE CASO: o empregado lhe informou que recebia salário de R$1000,00 reais além de uma comissão de 3% sobre as vendas. Ainda lhe informou que trabalhava de 8h às 20h, com 1 hora de intervalo, de segunda a sexta feira. No nosso estudo de caso em questão o cálculo seria assim: 20h – 8h = 12 horas – 1h (intervalo) = 11 horas trabalhadas Como a carga semanal é de segunda a sexta, temos que fazer o cálculo de horas extras por dia. 11 horas trabalhadas por dia – 8 horas (limite diário) = 3h horas Como ele é comissionista MISTO terá direito: 3 horas extras + 50% EM RELAÇÃO A PARTE FIXA; Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 76 APENAS O ADICIONAL DE 50% EM RELAÇÃO A PARTE VARIÁVEL. ATENÇÃO!!! Sempre que formos pedir horas extras para o comissionista MISTO, será assim: “X” horas extras + adicional de 50% e reflexos EM RELAÇÃO A PARTE FIXA + APENAS O ADICIONAL DE 50% EM RELAÇÃO A PARTE VARIÁVEL. PARTE FIXA (R$1.000,00) PARTE VARIÁVEL (3%) COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? O art.7º XIII CR, bem como o art. 71 caput da CLT estabelecem que a duração normal do trabalho não será superior a 8 horas diárias ou 44 horas semanais. Já a OJ 397 estabelece o empregado que recebe remuneração mista, ou seja, uma parte fixa e outra variável, tem direito a horas extras pelo trabalho em sobrejornada. Em relação à parte fixa, são devidas as horas simples acrescidas do adicional de horas extras. Em relação à parte variável, é devido somente o adicional de horas extras, aplicando-se à hipótese o disposto na Súmula n.º 340 do TST. No caso, durante todo o contrato de trabalho, o autor trabalhava de 8h às 20h com 1 hora de intervalo, de segunda-feira à sexta-feira. Dessa forma, tem direito ao pagamento de 3 horas extras por dia acrescidas do adicional de 50% no que se refere a parte fixa de seu salário. Em relação a parte variável, tem direito a apenas o adicional de 50% uma vez que, sendo comissionista misto, as comissões recebidasjá remuneram por si só as horas extraordinárias e reflexos. VÍDEO BÔNUS - COMISSIONISTA faz jus ao recebimento del 3 horas extras por dia + 50% faz jus APENAS ao recebimento do de 50% Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 77 SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS PERTINENTES SUM-27 COMISSIONISTA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 É devida a remuneração do repouso semanal e dos dias feriados ao empregado comissionista, ainda que pracista. SUM-340, TST COMISSIONISTA. HORAS EXTRAS (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas. OJ-SDI1-181 COMISSÕES. CORREÇÃO MONETÁRIA. CÁLCULO (inserida em 08.11.2000) O valor das comissões deve ser corrigido monetariamente para em seguida obter-se a média para efeito de cálculo de férias, 13º salário e verbas rescisórias. OJ-SDI1-235 HORAS EXTRAS. SALÁRIO POR PRODUÇÃO (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 16.04.2012) – Res. 182/2012, DEJT divulgado em 19, 20 e 23.04.2012 O empregado que recebe salário por produção e trabalha em sobrejornada tem direito à percepção apenas do adicional de horas extras, exceto no caso do empregado cortador de cana, a quem é devido o pagamento das horas extras e do adicional respectivo. OJ-SDI1-397 COMISSIONISTA MISTO. HORAS EXTRAS. BASE DE CÁLCULO. APLICAÇÃO DA SÚMULA N.º 340 DO TST. (DEJT divulgado em 02, 03 e 04.08.2010) O empregado que recebe remuneração mista, ou seja, uma parte fixa e outra variável, tem direito a horas extras pelo trabalho em sobrejornada. Em relação à parte fixa, são devidas as horas simples acrescidas do adicional de horas extras. Em relação à parte variável, é devido somente o adicional de horas extras, aplicando-se à hipótese o disposto na Súmula n.º 340 do TST. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 78 11) JORNADAS ESPECIAIS Algumas categorias possuem jornadas diárias e semanais diferenciadas da regra geral imposta na CF/1988 (8 horas diárias e 44 horas semanais). E, se cair é bem tranquilo, basta você deixar marcada na sua CLT – VAMOS LÁ! ADVOGADO: O advogado empregado que trabalha sem dedicação exclusiva terá uma jornada máxima de 4 horas diárias e 20 horas semanais (Lei 8.906/1994, Art. 20 caput, Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB). A hora extra deste profissional será remunerada com adicional de mínimo 100% sobre valor da hora normal, e o adicional noturno será de 25% sobre valor da hora normal no horário compreendido entre 20h de um dia às 05h do dia seguinte. JORNALISTA: Já a jornada do jornalista será em regra de 05 horas, excetuado os casos de Cargo de Confiança (ex.: editores), que figuram no rol das exceções ao regime previsto nos Arts. 303 a 305 da Consolidação das Leis do Trabalho. Art. 303 CLT - A duração normal do trabalho dos empregados compreendidos nesta Seção não deverá exceder de 5 (cinco) horas, tanto de dia como à noite. Art. 304 CLT - Poderá a duração normal do trabalho ser elevada a 7 (sete) horas, mediante acordo escrito, em que se estipule aumento de ordenado, correspondente ao excesso do tempo de trabalho, em que se fixe um intervalo destinado a repouso ou a refeição. Art. 306 CLT - Os dispositivos dos arts. 303, 304 e 305 não se aplicam àqueles que exercem as funções de redator-chefe, secretário, subsecretário, chefe e subchefe de revisão, chefe de oficina, de ilustração e chefe de portaria. Parágrafo único - Não se aplicam, do mesmo modo, os artigos acima referidos aos que se ocuparem unicamente em serviços externos. O Jornalista atuando em empresa não jornalística tem direto à manutenção da jornada reduzida de 05 horas como assim determina o entendimento dominante do TST, pois, o que define as obrigações trabalhistas é a atividade realizada pelo profissional, Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 79 sendo irrelevante a natureza da atividade empresarial; logo, se a empresa embora não jornalística realiza a publicação de informativos e periódicos, será equiparada à empresa jornalística. PROFESSOR: Quanto ao professor, a CLT estabelece que este não poderá ministrar mais do que 04 aulas consecutivas ou 06 intercaladas por dia num mesmo estabelecimento, a fim de evitar o desgaste físico e mental do educador e, assim, permitir um ensino mais eficiente e promissor. Art. 318 CLT - Num mesmo estabelecimento de ensino não poderá o professor dar, por dia, mais de 4 (quatro) aulas consecutivas, nem mais de 6 (seis), intercaladas. Art. 319 CLT - Aos professores é vedado, aos domingos, a regência de aulas e o trabalho em exames. TST Súmula nº 351 - PROFESSOR. REPOUSO SEMANAL REMUNERADO. ART. 7º, § 2º, DA LEI Nº 605, DE 05.01.1949 E ART. 320 DA CLT. O professor que recebe salário mensal à base de hora-aula tem direito ao acréscimo de 1/6 a título de repouso semanal remunerado, considerando-se para esse fim o mês de quatro semanas e meia. OPERADORES CINEMATOGRÁFICOS - Os operadores cinematográficos, por sua vez, estão sujeitos a uma jornada especial de 6 horas diárias, sendo 5 horas consecutivas de trabalho em cabina e um período suplementar, de, no máximo, 1 hora para limpeza e lubrificação dos equipamentos de projeção (art. 234 da CLT). 12 REPOUSO SEMANAL REMUNERADO Fundamentação legal: Lei 605/49 + art. 67 da CLT Legenda: ROSA Resumo do direito material pertinente: Todo empregado tem direito a 24 horas consecutivas de descanso que deverão ser remuneradas pelo empregador. É importante atentarmos ao fato de que não é obrigatório que esse intervalo seja concedido no domingo, podendo ser qualquer dia da semana, desde que dentro dos 7 dias. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 80 Art. 1º - lei 605/49 Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local. Art. 7, § 2º Consideram-se já remunerados os dias de repouso semanal do empregado mensalista ou quinzenalista cujo cálculo de salário mensal ou quinzenal, ou cujos descontos por falta sejam efetuados na base do número de dias do mês ou de 30 (trinta) e 15 (quinze) diárias, respectivamente. Todo empregado que recebe salário mensal ou quinzenal já tem os dias de repouso remunerados (quer dizer que, quando o empregador paga o salário, já está pagando os dias derepouso) . Dessa forma, quando se tratar de empregado que recebem por dia, hora, semanal ou comissionista (em relação a parte variável) o valor do RSR deverá vir quitado a parte. ATENÇÃO!!!! Art. 6º, parágrafo único, LEI 10.101/2000 – pelo menos uma vez no mês o descanso deverá coincidir com o domingo essa hipótese vale apenas para os comerciários!!! (fazer remissão na lei do RSR já que omissa nesse ponto). E qual a consequência de o empregador não conceder o dia de descanso ao empregado? PAGAMENTO EM DOBRO! Art. 9º - lei 605/49- Nas atividades em que não for possível, em virtude das exigências técnicas das empresas, a suspensão do trabalho, nos dias feriados civis e religiosos, a remuneração será paga em dobro, salvo se o empregador determinar outro dia de folga. ESTUDO DE CASO: o empregado lhe informou que de 15 em 15 dias trabalhava de segunda a domingo. COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? O art. 7, XV da CR e o art. 1º da Lei 605/49 asseguram a todo empregado um repouso semanal remunerado de 24h consecutivas a ser concedido preferencialmente aos domingos. Ainda, o art. 9º da lei 605/49 e a sum. 146 do TST determinam que o trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro. No caso, o autor, de 15 em 15 dias trabalhava de segunda a domingo. Assim, em virtude da não concessão do repouso semanal remunerado tem direito ao pagamento da remuneração dos dias de repouso em dobro e reflexos. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 81 SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS PERTINENTES SUM-146, TST TRABALHO EM DOMINGOS E FERIADOS, NÃO COMPENSADO (incorpora- da a Orientação Jurisprudencial nº 93 da SBDI-1) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal. SUM-172, TST REPOUSO REMUNERADO. HORAS EXTRAS. CÁLCULO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Computam-se no cálculo do repouso remunerado as horas extras habitual- mente prestadas (ex-Prejulgado nº 52). SUM-225, TST REPOUSO SEMANAL. CÁLCULO. GRATIFICAÇÕES POR TEMPO DE SERVIÇO E PRODUTIVIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 As gratificações por tempo de serviço e produtividade, pagas mensalmente, não repercutem no cálculo do repouso semanal remunerado. OJ-SDI1- 410 REPOUSO SEMANAL REMUNERADO. CONCESSÃO APÓS O SÉTIMO DIA CON- SECUTIVO DE TRABALHO. ART. 7º, XV, DA CF. VIOLAÇÃO. (DEJT divulgado em 22, 25 e 26.10.2010) Viola o art. 7º, XV, da CF a concessão de repouso semanal remunerado após o sétimo dia consecutivo de trabalho, importando no seu pagamento em dobro. 13) ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA Fundamentação legal: art. 469 caput e §3º da CLT Legenda: ROSA Resumo do direito material pertinente: Para que o empregado tenha direito ao adicional de transferência, se faz necessário a existência de 2 requisitos cumulativos: Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 82 PARA MEMORIZAR tem que implicar mudança de domicílio (art. 469 caput) a transferência tem que ser provisória (art. 469, § 3º = “enquanto durar essa situação”) O pagamento suplementar à título de transferência nunca será inferior a 25% do salário que o empregado recebia antes de ser transferido. Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio . § 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço. § 2º - É licita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado. § 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação. ATENÇÃO!!!!! No caso do empregado requisitar a transferência por algum motivo pessoal não há que se falar em pagamento de adicional de transferência (cai sempre em prova), até porque o dispositivo legal é claro ao falar sobre a transferência efetuada PELO EMPREGADOR. O empregador que tem que ter submetido o empregado a transferência. ESTUDO DE CASO: o empregado lhe informou que foi transferido de Belo Horizonte para São Paulo por 5 meses. COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? O art. 469 caput e §3º da CLT, determinam que em caso de necessidade de serviço, o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, ficando obrigado nesse caso a um pagamento suplementar de 25%. Os requisitos para a concessão do adicional são a provisoriedade dessa transferência cumulado com a mudança de domicílio. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 83 No caso, o autor foi transferido por 5 meses da filial de Belo Horizonte para a filial de São Paulo para os fins de qualificação profissional. Assim, tendo em vista a mudança de domicílio do autor e sobretudo a provisoriedade de sua transferência, tem direito ao recebimento do adicional de transferência no importe de 25% sobre o salário que o empregado percebia anteriormente, e reflexos. VÍDEO BÔNUS - TRANSFERÊNCIA SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS PERTINENTES OJ-SDI1-113 ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. CARGO DE CONFIANÇA OU PREVISÃO CONTRATUAL DE TRANSFERÊNCIA. DEVIDO. DESDE QUE A TRANSFERÊNCIA SEJA PROVISÓRIA (inserida em 20.11.1997) O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória. SUM- 43, TST TRANSFERÊNCIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Presume-se abusiva a transferência de que trata o § 1º do art. 469 da CLT, sem comprovação da necessidade do serviço. OJ-SDI2-67 MANDADO DE SEGURANÇA. TRANSFERÊNCIA. ART. 659, IX, DA CLT (inserida em 20.09.2000) Não fere direito líquido e certo a concessão de liminar obstativa de transferên- cia de empregado, em face da previsão do inciso IX do art. 659 da CLT. OJ-SDI1-232 FGTS. INCIDÊNCIA. EMPREGADO TRANSFERIDO PARA O EXTERIOR. REMU- NERAÇÃO (inserida em 20.06.2001) O FGTS incide sobre todas as parcelas de natureza salarial pagas ao emprega- do em virtude de prestação de serviços no exterior. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termosda Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 84 14) ADICIONAL DE INSALUBRIDADE ART. 189, 191,192, CLT Fundamentação legal: art. 189 da CLT Legenda: ROSA Resumo do direito material pertinente: Art . 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Art . 191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo Art . 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. Cabe ressalvar que a exposição do empregado deve se dar de forma permanente às condições insalubres e essas condições devem estar previstas na NR-15 elaborada pelo MT. Como exemplo temos: excesso de calor, frio, umidade, ruído e contato com substâncias tóxicas. Ou seja, a comprovação por perito de existência de condição insalubre no local de trabalho, por si só, não obriga o empregador ao pagamento do adicional se a atividade não estiver regulamentada na NR-15. Apesar de previsto no art. 191 que a eliminação e neutralização da insalubridade ocorrerá com a utilização de equipamentos de proteção, é bom enfatizar que o SIMPLES FORNECIMENTO do equipamento pelo empregador não o exime do pagamento do adicional. O adicional deve ser requerido no importe de 40%, percentual que deverá ser comprovado por perícia, sendo que a base cálculo será o salário mínimo. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 85 PARA MEMORIZAR – adicional de insalubridade: 10% grau mínimo 20% grau médio 40% grau máximo base de cálculo: salário mínimo perícia obrigatória COMO O GRAU DE INSALUBRIDADE JÁ FOI PONTUADO NO ESPELHO DE CORREÇÃO DA FGV? PARTE DO ENUNCIADO XXIV EXAME “O juiz deferiu adicional de insalubridade em grau médio (30% sobre o salário mínimo), porque ficou comprovado por perícia que a autora manuseava produtos químicos na editora para realizar as impressões.” QUAL O ERRO?? O grau médio de insalubridade é 20%, e não 30% (que é o percentual da PERICULOSIDADE) 10% grau mínimo 20% grau médio 40% grau máximo FIQUE ATENTO AOS PERCENTUAIS! A FGV costuma modificar o percentual correto para que você peça a REDUÇÃO ou majoração! GABARITO ITEM PONTUAÇÃO Percentual da Insalubridade deve ser reduzido para 20% por ser o grau médio (0,40). Indicação do Art. 192, CLT (0,10). 0,00/0,40/0,50 ESTUDO DE CASO: o empregado lhe informou que durante todo o contrato de trabalho ficou exposto a ruído acima dos limites estabelecidos pelo MT. GRAU A SER APURADO POR PERÍCIA Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 86 COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? O art.189. da CLT dispõe que serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que exponham os empregados a agentes nocivos à saúde acima dos limites de tolerância fixados. Ainda, o art. 192 estabelece que o exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. No caso, durante todo o contrato de trabalho, o autor trabalhou em um setor da empresa ré cujos níveis de ruído eram muito superiores àqueles permitidos pelo MT. Dessa forma, tem direito ao recebimento do adicional de insalubridade no importe de 40% (grau a ser confirmado em perícia técnica – art. 195, §2) sobre o salário mínimo e reflexos. NESSE TEMA TEVE INOVAÇÃO COM A REFORMA! Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no capítulo “Da Segurança e da Medicina do Trabalho”, ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho (...) Parágrafo único. Excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas de doze horas de trabalho por trinta e seis horas ininterruptas de descanso. Ou seja, pra ter hora extra em ambiente insalubre tem que ter licença prévia do MT, EXCETO quando se tratar de jornada 12X36 Art. 394-A. Sem prejuízo de sua remuneração, nesta incluído o valor do adicional de insalubridade, a empregada deverá ser afastada de: I - atividades consideradas insalubres em grau máximo, enquanto durar a gestação; II - atividades consideradas insalubres em grau médio ou mínimo, quando apresentar atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento durante a gestação; III - atividades consideradas insalubres em qualquer grau, quando apresentar atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento durante a lactação. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 87 § 2o Cabe à empresa pagar o adicional de insalubridade à gestante ou à lactante, efetivando-se a compensação, observado o disposto no art. 248 da Constituição Federal, por ocasião do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço § 3o Quando não for possível que a gestante ou a lactante afastada nos termos do caput deste artigo exerça suas atividades em local salubre na empresa, a hipótese será considerada como gravidez de risco e ensejará a percepção de salário-maternidade, nos termos da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, durante todo o período de afastamento Concluindo: a empregada gestante será automaticamente afastada do ambiente insalubre EM GRAU MÁXIMO; caso seja GRAU MÉDIO OU MÍNIMO, só será afastada se apresentar atestado médico de profissional de sua escolha que recomende o afastamento. Ou seja, em grau MÁXIMO a gestante NUNCA PODERÁ TRABALHAR. E em grau MÉDIO E MÍNIMO, em regra pode! SALVO se o médico recomendar o afastamento. Em relação ao período de LACTAÇÃO a empregada pode trabalhar normalmente em ambiente insalubre (qualquer grau), SALVO se apresentar atestado que recomende o afastamento. SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS PERTINENTESSUM-47, TST INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. SUM-80, TST INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. SUM-139, TST ADICIONAL DE INSALUBRIDADE (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 102 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração para todos os efeitos legais. (ex-OJ nº 102 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997) Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 88 SUM-228, TST ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO (nova redação) - Res. 148/2008, DJ 04 e 07.07.2008 - Republicada DJ 08, 09 e 10.07.2008 (Sumula cuja eficácia está suspensa por decisão liminar do Supremo Tribunal Federal). A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante nº 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo. SUM-248, TST ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DIREITO ADQUIRIDO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autorida- de competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial. SUM-289, TST INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO DO APARELHO DE PROTEÇÃO. EFEITO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relati- vas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado. SUM-293, TST ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. CAUSA DE PEDIR. AGENTE NOCIVO DIVERSO DO APONTADO NA INICIAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade. SUM-448 ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA REGU- LAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DO MINISTÉ-RIO DO TRABALHO Nº 3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. (conversão da Orientação Jurispru- dencial nº 4 da SBDI-1 com nova redação do item II) - Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministé- rio do Trabalho. II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de gran- de circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em resi-dências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 89 OJ-SDI1-47 HORA EXTRA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO (alterada) – Res. 148/2008, DJ 04 e 07.07.2008 - Republicada DJ 08, 09 e 10.07.2008 A base de cálculo da hora extra é o resultado da soma do salário contratual mais o adicional de insalubridade. OJ-SDI1-103 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. REPOUSO SEMANAL E FERIADOS (nova reda- ção) - DJ 20.04.2005 O adicional de insalubridade já remunera os dias de repouso semanal e feria- dos. OJ-SDI1-165 PERÍCIA. ENGENHEIRO OU MÉDICO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERI- CULOSIDADE. VÁLIDO. ART. 195 DA CLT (inserida em 26.03.1999) O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro para efeito de caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando para a elaboração do laudo seja o profissional devidamente qualifi- cado. OJ-SDI1-171 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ÓLEOS MINERAIS. SENTIDO DO TERMO “MA- NIPULAÇÃO” (inserida em 08.11.2000) Para efeito de concessão de adicional de insalubridade não há distinção entre fabricação e manuseio de óleos minerais - Portaria nº 3214 do Ministério do Trabalho, NR 15, Anexo XIII. OJ-SDI1-172 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE OU PERICULOSIDADE. CONDENAÇÃO. INSER- ÇÃO EM FOLHA DE PAGAMENTO (inserida em 08.11.2000) Condenada ao pagamento do adicional de insalubridade ou periculosidade, a empresa deverá inserir, mês a mês e enquanto o trabalho for executado sob essas condições, o valor correspondente em folha de pagamento. OJ-SDI1-173 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ATIVIDADE A CÉU ABERTO. EXPOSIÇÃO AO SOL E AO CALOR. (alterada 2012) I – Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto por sujeição à radiação solar (art. 195 da CLT e Ane- xo 7 da NR 15 da Portaria Nº 3.214/78 do MTE). II – Tem direito à percepção ao adicional de insalubridade o empregado que exerce atividade exposto ao calor acima dos limites de tolerância, inclusive em ambiente externo com carga solar, nas condições previstas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria Nº 3.214/78 do MTE. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 90 OJ-SDI1-278 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PERÍCIA. LOCAL DE TRABALHO DESATIVADO (DJ 11.08.2003) A realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quan- do não for possível sua realização, como em caso de fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar-se de outros meios de prova. 15) ADICIONAL DE PERICULOSIDADE ART. 193, CLT Fundamentação legal: art, 193 da CLT Legenda: ROSA Resumo do direito material pertinente: Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: (Redação dada pela Lei nº 12.740, de 2012) I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012) II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. § 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) § 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012) § 4o São também consideradas perigosasas atividades de trabalhador em motocicleta. (Incluído pela Lei nº 12.997, de 2014) Faz jus ao adicional de periculosidade todo empregado que trabalhar exposto à atividades ou condições perigosas (perigo à vida) de forma permanente ou intermitente, desde que não seja de forma eventual. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 91 O adicional será no importe de 30% (fixo) e a base de cálculo será o salário base do empregado (salário contratual). OBS: fiquem atentos aos frentistas que operam diretamente a bomba de gasolina (sum. 39) do TST. Para os empregados que trabalham diretamente com a bomba de gasolina não é necessária a perícia para comprovação da condição perigosa. ESTUDO DE CASO: o empregado lhe informou que trabalhava com frentista e que nunca havia recebido nenhum parcela em razão dessa condição. COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? O art. 193 da CLT estabelece que serão consideradas atividades ou operações perigosas aquelas que implicarem o contato permanente ou intermitente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. Ainda, dispõe o art. 193 § 1º que o trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. No caso, o autor exercia a função de frentista operando diretamente nas bombas de combustível. Assim, tem o autor direito ao recebimento do adicional de periculosidade no importe de 30% sobre o seu salário base e reflexos, independentemente de comprovação por perícia (sum. 39, TST). ATENÇÃO !!!! nesse caso não foi requisitada a perícia em razão de ser operador de bomba de gasolina, não sendo necessária a produção da mesma. SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS PERTINENTES SUM-39, TST PERICULOSIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade (Lei nº 2.573, de 15.08.1955). Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 92 SUM-132, TST ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO (incorporadas as Orienta- ções Jurisprudenciais nºs 174 e 267 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de indenização e de horas extras (ex-Prejulgado nº 3). (ex-Súmula nº 132 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982/ DJ 15.10.1982 - e ex-OJ nº 267 da SBDI-1 - inserida em 27.09.2002) II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condi- ções de risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional de pericu- losidade sobre as mencionadas horas. (ex-OJ nº 174 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000). SUM-361, TST ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ELETRICITÁRIOS. EXPOSI-ÇÃO INTERMI- TENTE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma intermitente, dá direito ao empregado a receber o adicional de periculosidade de forma integral, porque a Lei nº 7.369, de 20.09.1985, não estabeleceu nenhuma proporcionali- dade em relação ao seu pagamento. SUM-364, TST ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE (inserido o item II) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016 I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanen- temente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Inde- vido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003) II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fixando o adicional de periculosidade em percentual inferior ao estabelecido em lei e proporcional ao tempo de exposição ao risco, pois tal parcela constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantida por norma de ordem pú- blica (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e 193, §1º, da CLT). OJ-SDI1-324 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA. DECRE- TO Nº 93.412/86, ART. 2º, § 1º (DJ 09.12.2003) É assegurado o adicional de periculosidade apenas aos empregados que traba- lham em sistema elétrico de potência em condições de risco, ou que o façam com equipamentos e instalações elétricas similares, que ofereçam risco equi- valente, ainda que em unidade consumidora de energia elétrica. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 93 OJ-SDI1-345 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. RADIAÇÃO IONIZANTE OU SUBSTÂNCIA RA- DIOATIVA. DEVIDO (DJ 22.06.2005) A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa en- seja a percepção do adicional de periculosidade, pois a regulamentação mi- nisterial (Portarias do Ministério do Trabalho nºs 3.393, de 17.12.1987, e 518, de 07.04.2003), ao reputar perigosa a atividade, reveste-se de plena eficácia, por- quanto expedida por força de delegação legislativa contida no art. 200, “caput”, e inciso VI, da CLT. No período de 12.12.2002 a 06.04.2003, enquanto vigeu a Portaria nº 496 do Ministério do Trabalho, o empregado faz jus ao adicional de insalubridade. OJ-SDI1-347 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA. LEI Nº 7.369, DE 20.09.1985, REGULAMENTADA PELO DECRETO Nº 93.412, DE 14.10.1986. EXTENSÃO DO DIREITO AOS CA-BISTAS, INSTALADORES E RE- PARADORES DE LINHAS E APARELHOS EM EMPRESA DE TELEFONIA (DJ 25.04.2007) É devido o adicional de periculosidade aos empregados cabistas, instaladores e reparadores de linhas e aparelhos de empresas de telefonia, desde que, no exercício de suas funções, fiquem expostos a condições de risco equivalente ao do trabalho exercido em contato com sistema elétrico de potência. OJ-SDI1-385 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. DEVIDO. ARMAZE-NAMENTO DE LÍQUIDO INFLAMÁVEL NO PRÉDIO. CONSTRUÇÃO VERTICAL. (DEJT divulgado em 09, 10 e 11.06.2010) É devido o pagamento do adicional de periculosidade ao empregado que de- senvolve suas atividades em edifício (construção vertical), seja em pavimento igual ou distinto daquele onde estão instalados tanques para armazenamento de líquido inflamável, em quantidade acima do limite legal, considerando-se como área de risco toda a área interna da construção vertical. SUM-453 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO. CARACTE- RIZAÇÃO DE FATO INCONTROVERSO. DESNECES-SÁRIA A PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 406 da SBDI-1) - Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a exis- tência do trabalho em condições perigosas. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegidopor - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 94 16) EQUIPARAÇÃO SALARIAL Fundamentação legal: ART. 461 DA CLT Legenda: ROSA Resumo do direito material pertinente: NESSE TEMA TEVE INOVAÇÃO COM A REFORMA! Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. § 1o Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. Mesma produtividade = quantidade Mesma perfeição técnica = qualidade § 2o Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público. Com a reforma, não há mais exigência de homologação pelo MT § 3o No caso do § 2o deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional. § 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial. § 5o A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria. Foi vedada a equiparação em cadeia § 6o No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 95 juízo determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. PARA MEMORIZAR – Requisitos da equiparação: - identidade de funções entre o paradigma e o paragonado (autor) – o nome da função pode ser diferente, basta que exerçam as mesmas atividades. - identidade de empregadores - identidade de estabelecimento - simultaneidade - entre a contratação do paradigma e do paragonado não pode haver diferença superior a 4 anos (tempo de casa) - não pode haver diferença superior a 2 anos no exercício da função entre paradigma e paragonado.(experiência na função) Ex 1: paradigma começou a exercer a função “X” em 08/03/2017 remuneração: R$1.800,00 autor (paragonado) começou a exercer a função “X” em 12/07/2019 remuneração: R$1.500,00 NÃO CABE EQUIPARAÇÃO – mesmo que preenchido todos os outros requisitos, não caberá equiparação, porque presume-se que o paradigma é mais experiente. (ele está há mais de 2 anos exercendo a função “X”) Ex 2: autor (paragonado) começou a exercer a função “X” em 08/03/2017 remuneração: R$1.500,00 paradigma contratado em 15/08/2019 remuneração: R$2.000,00 CABE EQUIPARAÇÃO (o autor foi contratado antes) – apesar da diferença no exercício da função ser superior a 2 anos, no caso, o MAIS EXPERIENTE é o paragonado (autor) Ex 3: paradigma contratado na empresa em 08/03/2016 remuneração: R$1.800,00 autor (paragonado) contratado na empresa em 10/06/2020 remuneração: R$1.500,00 NÃO CABE EQUIPARAÇÃO – porque nesse caso o paradigma está na empresa há mais 4 anos, não importando aqui o exercício na função. ESTUDO DE CASO: O empregado lhe informou que ele e PAULO exerciam a mesma função desde 2007, mas que ele recebia mil reais e PAULO recebia 3 mil reais. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 96 COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? Determina o art. 461 caput da CLT que sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado para o mesmo empregador, no mesmo estabelecimento, No caso, PAULO (paradigma) que desde já fica indicado como paradigma, embora exercesse a mesma função que o autor, no mesmo estabelecimento, de forma simultãnea e para o mesmo empregador recebia salário de 3 mil reais sendo que o autor recebia apenas mil. Assim, o autor tem direito a equiparação salarial com o paradigma acima mencionado e, consequentemente ao recebimento das diferenças salariais daí resultantes desde a contratação até a data do término do contrato de trabalho, bem como seus reflexos. Ainda deverá ser retificada a CTPS do autor no que se refere ao valor de sua remuneração mensal de acordo com o art. 29 §1 da CLT, bem como deverá a ré ser compelida a juntar aos autos, o contracheque do paradigma mencionado. (*repetir esse requerimento na conclusão). SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS PERTINENTES SUM-19, TST QUADRO DE CARREIRA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A Justiça do Trabalho é competente para apreciar reclamação de empregado que tenha por objeto direito fundado em quadro de carreira. § 2o Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público. Com a reforma, não há mais exigência de homologação pelo MT Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 97 17) INTERVALO INTERJONADA Fundamentação legal: art. 66 da CLT Legenda: AZUL Resumo do direito material pertinente: Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso. Entre duas jornadas de trabalho o empregado tem direito a um período mínimo de 11 horas consecutivas para descanso. Ou seja, do final de uma jornada até o início da jornada do dia seguinte o empregado tem direito a 11 horas de descanso. Caso a jornada do empregado não permita que esse intervalo seja cumprido, deverá ser remunerado o período remanescente como hora extra, acrescida do adicional de 50%. Dessa forma: Se o empregador deu apenas 8 horas de descanso terá que remunerar 3 horas acrescidas do adicional de 50%. (sempre assim: o número de horas que faltava para completar as 11 horas, acrescido do adicional de 50%) ESTUDO DE CASO: o empregado lhe informou que trabalhava de 8h às 22 h. COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? O art. 66 da CLT estabelece que entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso. Ainda, a OJ 355 do TST dispõe que o desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia,os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional. No caso em questão o empregado trabalhava todos os dias de 8 horas às 22 não respeitando o intervalo interjornada de no mínimo 11 horas. Dessa forma, faz jus ao recebimento de 1 hora extra acrescida do adicional de 50% e reflexos. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 98 SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS PERTINENTES SUM-110,TST JORNADA DE TRABALHO. INTERVALO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso se- manal de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional. OJ-SDI1-355 INTERVALO INTERJORNADAS. INOBSERVÂNCIA. HORAS EXTRAS. PERÍODO PAGO COMO SOBREJORNADA. ART. 66 DA CLT. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO § 4º DO ART. 71 DA CLT (DJ 14.03.2008) O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acar- reta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional. SUM-455 EQUIPARAÇÃO SALARIAL. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. ART. 37, XIII, DA CF/1988. POSSIBILIDADE. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 353 da SBDI-I com nova redação) - Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 À sociedade de economia mista não se aplica a vedação à equipa- ração prevista no art. 37, XIII, da CF/1988, pois, ao admitir empregados sob o regime da CLT, equipara-se a empregador privado, conforme disposto no art. 173, § 1º, II, da CF/1988. 18)PLR (PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS) art. 611-A – acordo coletivo e convenção coletiva de trabalho pode dispor de forma diversa do que está previsto na lei: “negociado sobre o legislado”. Fundamentação legal: art. 7, XI, CR + Lei 10101/2000 Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 99 Legenda: VERDE (natureza indenizatória) Resumo do direito material pertinente: Art. 2º lei 10101/2000 A participação nos lucros ou resultados será objeto de negociação entre a empresa e seus empregados, mediante um dos procedimentos a seguir descritos, escolhidos pelas partes de comum acordo: I - comissão paritária escolhida pelas partes, integrada, também, por um representante indicado pelo sindicato da respectiva categoria; II - convenção ou acordo coletivo. Art. 3º A participação de que trata o art. 2º não substitui ou complementa a remuneração devida a qualquer empregado, nem constitui base de incidência de qualquer encargo trabalhista, não se lhe aplicando o princípio da habitualidade § 2o É vedado o pagamento de qualquer antecipação ou distribuição de valores a título de participação nos lucros ou resultados da empresa em mais de 2 (duas) vezes no mesmo ano civil e em periodicidade inferior a 1 (um) trimestre civil. (alteração 2013) A regra é que a PLR não possui natureza salarial. Se for paga pelo empregador em periodicidade diversa da prevista (1 vez por trimestre – máximo de 2 vezes ao ano) presume-se parcela salarial dissimulada, fraudulenta. É o empregador tentando fraudar salário. Dessa forma temos que requerer que a referida parcela, por se tratar de parcela salarial, integre a remuneração do empregado para todos os fins, inclusive gerando reflexos. ESTUDO DE CASO: o empregado lhe informou que o empregador pagava PLR 3 vezes ao ano para todos os empregados. COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? Dispõe o art. 3º, §2º da Lei 10.101/2000 que é vedado o pagamento de PLR em periodicidade inferior a um trimestre civil, ou mais de 2 vezes no mesmo ano civil. No caso em questão, o empregador pagava parcela intitulada de PLR 3 vezes ao ano, configurando dessa forma parcela salarial fraudulenta. Dessa forma, faz jus o autor ao reconhecimento da parcela paga à título de PLR como de parcela salarial e à sua integração à remuneração para todos os fins e reflexos. SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS PERTINENTES Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 100 SUM-451 PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS. RESCISÃO CONTRATUAL ANTERIOR À DATA DA DISTRIBUIÇÃO DOS LU-CROS. PAGAMENTO PROPORCIONAL AOS ME- SES TRABALHADOS. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. (conversão da Orientação Jurispru- dencial nº 390 da SBDI-1) - Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 Fere o princípio da isonomia instituir vantagem mediante acordo coletivo ou norma regulamentar que condiciona a percepção da parcela participação nos lucros e resultados ao fato de estar o contrato de trabalho em vigor na data prevista para a distribuição dos lucros. Assim, inclusive na rescisão contratual antecipada, é devido o pagamento da parcela de forma proporcional aos me- ses trabalhados, pois o ex empregado concorreu para os resultados positivos da empresa. 19) INDENIZAÇÃO ADICIONAL Fundamentação legal: Art. 9 da Lei 6708/79, Art. 9 Lei nº 7.238/84, Súmula 182, 242, 314 TST e OJ 268 da SDI I. Legenda: VERDE (natureza indenizatória) Resumo do direito material pertinente: Lei 6708/79 Art. 9º O empregado dispensado, sem justa causa, no período de 30 (trinta) dias que antecede a data de sua correção salarial (DATA BASE), terá direito à indenização adicional equivalente a um salário mensal, seja ele, ou não, optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Vejamos: _____________________ _____________________________ _____________________ 7 de setembro data base: 7 de outubro nesse período de 30 dias que antecedem a data base, o empregador não pode dispensar o empregado SEM JUSTA CAUSA. Se dispensar terá que pagar a indenização adicional no valor de 1 salário mensal. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 101 Ex: comunicação da dispensa: 10/08/2019 projeção do aviso prévio de 30 dias: 09/09/2019 data base (data de reajuste salarial): 02/09 ____________________ ______________ _________________ _________________ 02/08 DATA BASE data do término do contrato 02/09 09/09 Dessa forma, o autor não terá direito à indenização adicional, posto que, no término do contrato ele já havia recebido o ajuste salarial. Ex 2: comunicação da dispensa: 10/08/2020 projeção do aviso prévio: 09/09/2020 data base: 30/09______________ _________________ ____________________ ________________ 30/08 09/09 término do contrato DATA BASE (30/09) Dessa forma, o empregado terá direito à indenização adicional no valor de 1 salário mensal, já que foi dispensado sem justa causa, nos 30 dias que antecederam a data base. ESTUDO DE CASO: o empregado lhe informou que a data base da categoria era dia 30/09 e que seu término do contrato se deu em 09/09/14. COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? Determina o art.9º da Lei 6708/79 e da lei 7.238/84 que o empregado dispensado sem justa causa nos 30 dias que antecedem a data base fará jus a uma indenização adicional no importe de 1 salário mensal. No caso em questão o término do contrato de trabalho se deu no dia 09/09/14. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 102 Sendo a data base de sua categoria no dia 30/09, a extinção do seu contrato ocorreu nos 30 dias antecedentes à data base. Dessa forma, faz jus ao recebimento da indenização adicional no importe de 1 salário mensal. SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS PERTINENTES SUM-182 AVISO PRÉVIO. INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA. LEI Nº 6.708, DE 30.10.1979 (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O tempo do aviso prévio, mesmo indenizado, conta-se para efeito da indeniza- ção adicional prevista no art. 9º da Lei nº 6.708, de 30.10.1979. SUM-242 INDENIZAÇÃO ADICIONAL. VALOR (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A indenização adicional, prevista no art. 9º da Lei nº 6.708, de 30.10.1979 e no art. 9º da Lei nº 7.238 de 28.10.1984, corresponde ao salário mensal, no valor devido na data da comunicação do despedimento, integrado pelos adicionais legais ou convencionados, ligados à unidade de tempo mês, não sendo compu- tável a gratificação natalina. SUM-314 INDENIZAÇÃO ADICIONAL. VERBAS RESCISÓRIAS. SALÁRIO CORRIGIDO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Se ocorrer a rescisão contratual no período de 30 (trinta) dias que antecede à data-base, observado a Súmula nº 182 do TST, o pagamento das verbas res- cisórias com o salário já corrigido não afasta o direito à indenização adicional prevista nas Leis nºs 6.708, de 30.10.1979 e 7.238, de 28.10.1984. OJ-SDI1-268 INDENIZAÇÃO ADICIONAL. LEIS NºS 6.708/79 E 7.238/84. AVISO PRÉVIO. PRO- JEÇÃO. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (inserida em 27.09.2002) Somente após o término do período estabilitário é que se inicia a contagem do prazo do aviso prévio para efeito das indenizações previstas nos artigos 9º da Lei nº 6.708/79 e 9º da Lei nº 7.238/84. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 103 20) GRUPO ECONÔMICO Fundamentação legal: art. 2º, §2º Legenda: AMARELO Resumo do direito material pertinente: Há duas espécies de grupo econômico: 1) Art. 2, §2, CLT: GRUPO ECONÔMICO POR SUBORDINAÇÃO ou COORDENAÇÃO Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 2o Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. § 3o Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. Sempre que uma ou mais empresas estiverem sob direção, controle ou administração de outra. 2) Art. 3º, § 2º/Lei 5.889/73 (Lei do Empregado Rural): GRUPO ECONÔMICO POR COORDENAÇÃO RURAL ART. 3º, § 2º - LEI 5889/73 - Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da relação de emprego. Qual a consequência prática que o grupo econômico vai trazer para a nossa peça? Em razão da solidariedade entre as empresas integrantes, colocaremos todas no polo passivo da nossa ação trabalhista e abriremos um tópico logo após a qualificação para explicar o grupo econômico. O TST, em sua sum. 129 adota a tese do empregador Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 104 único. As empresas do grupo econômico para a relação de emprego são consideradas “empregador único”. Quando se tratar de grupo econômico, todas as empresas ou apenas o nome do grupo deverá vir na qualificação da empresa. Após a qualificação deverá ser aberto um silogismo para justificar a presença de várias empresas no polo passivo, como será demonstrado abaixo. ESTUDO DE CASO: o empregado lhe informou que trabalhava na empresa “A” do grupo econômico “X”, que também participavam as empresas “B” e “C”. COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? (logo após a qualificação): Sendo a empresa “A”, “B” e “C” do mesmo grupo econômico “X” e, com fulcro no art. 2, §2, CLT e súmula 129, TST, todas serão solidariamente responsáveis pelos créditos do autor. SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS PERTINENTES SUM-129, TST CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário. 21) SUCESSÃO TRABALHISTA Fundamentação legal: art. 10, 448 e ART. 448-A da CLT Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 105 Legenda: AMARELO Resumo do direito material pertinente: Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. Exs. de alteração: mudar de Ltda. para S.A, fazer desmembramento etc. Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. Conceito de sucessão de empresas (MGD): “é a transferência total ou parcial, definitiva ou provisória, da unidade econômica da empresa sucedidamatérias ? Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais; II - banco de horas anual; III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 7 jornadas superiores a seis horas; IV - adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei no 13.189, de 19 de novembro de 2015; V - plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança; VI - regulamento empresarial; VII - representa VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente; IX - remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remuneração por desempenho individual; X - modalidade de registro de jornada de trabalho; XI - troca do dia de feriado; XII - enquadramento do grau de insalubridade; XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho; XIV - prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de incentivo; XV - participação nos lucros ou resultados da empresa. Outra alteração importante foi a constante do art. 620 da CLT, que estabelece que o ACORDO COLETIVO prevalecerá sobre as CONVENÇÕES COLETIVAS. PRINCÍPIO DA CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA / DA CLÁUSULA MAIS VANTAJOSA As condições mais benéficas previstas no contrato ou no regulamento da empresa prevalecerão e serão incorporadas definitivamente ao contrato de trabalho. Pode ser observado nas Súmulas 51, I e 288: SÚM. 51, TST: I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferi- das anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empre- gado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 8 SÚM. 288, TST: COMPLEMENTAÇÃO DOS PROVENTOS DA APOSENTADORIA (nova redação para o item I e acrescidos os itens III e IV em decorrência do julgamento do processo TST-E-ED-RR-235-20.2010.5.20.0006 pelo Tribunal Pleno em 12.04.2016) - Res. 207/2016, DEJT divulgado em 18, 19 e 20.04.2016 I - A complementação dos proventos de aposentadoria, instituída, regulamen- tada e paga diretamente pelo empregador, sem vínculo com as entidades de previdência privada fechada, é regida pelas normas em vigor na data de ad- missão do empregado, ressalvadas as alterações que forem mais benéficas (art. 468 da CLT). II - Na hipótese de coexistência de dois regulamentos de planos de previdên- cia complementar, instituídos pelo empregador ou por entidade de previdência privada, a opção do beneficiário por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do outro. III – Após a entrada em vigor das Leis Complementares nºs 108 e 109, de 29/05/2001, reger-se-á a complementação dos proventos de aposentadoria pelas normas vigentes na data da implementação dos requisitos para obtenção do benefício, ressalvados o direito adquirido do participante que anteriormente implementara os requisitos para o benefício e o direito acumulado do empregado que até então não preenchera tais requisitos. IV – O entendimento da primeira parte do item III aplica-se aos processos em curso no Tribunal Superior do Trabalho em que, em 12/04/2016, ainda não haja sido proferida decisão de mérito por suas Turmas e Seções. OBS. As condições mais favoráveis previstas em sentença normativa, acordo coletivo serão incorporadas definitivamente aos contratos de trabalho? Há três correntes: 1ª) Teoria da Aderência Ilimitada: As condições mais benéficas incorporam-se definitivamente – posição minoritária 2ª) Teoria da Aderência Limitada pelo Prazo: As condições apenas vigoram no prazo assinado, não integrando de forma definitiva - teoria adotada no caso da sentença normativa cuja vigência não pode ser superior a 4 anos. (art. 868, parágrafo único, CLT). 3ª) Teoria da Aderência Limitada por Revogação - entendimento atual do TST, súmula 277 do TST que ainda está vigor porque não foi cancelada, mas está prejudicada pela Reforma Trabalhista. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 9 PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE /IRRENUNCIABILIDADE / INDERROGABILIDADE DOS DIREITOS TRABALHISTAS/ IMPERATIVIDADE DAS NORMAS TRABALHISTAS Os empregados, em regra, não podem dispor de seus direitos trabalhistas. Estes, em regra, não admitem renúncia ou transação. Em relação ao desequilíbrio entre capital e trabalho, as partes não podem livremente negociar cláusulas trabalhistas. Com a reforma trabalhista esse princípio foi reduzido a situações específicas. O art. 444 pú da CLT estabelece a situação dos “altos empregados”, que são áqueles com NÍVEL SUPERIOR e que recebem salário igual ou superior a 2 vezes o limite máximo dos regimes do RGPS. OBSERVE: Art. 9º, CLT: Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação. [...] Art. 444, CLT: As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica- se às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. SÚM. 276, TST: O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispen- sa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 10 RENÚNCIA TRANSAÇÃO Ato Unilateral Bilateral Objeto Direito certo Direito duvidoso Partes Tem o direito que o dispõe voluntariamente Concessões recíprocas para prevenirem ou terminarem um litígio Exemplospara a sucessora, ocorrendo a completa transmissão de créditos e assunção de dividas.” Os arts. 10, 448 e 448-A da CLT são exemplos de manifestação da Teoria Institucionalista da empresa que considera a empresa como uma instituição, um corpo social que se impõe sobre as pessoas que a compõem. Em relação a responsabilidade quanto aos créditos trabalhistas, apenas a empresa sucessora que responderá. Dessa forma, só a empresa sucessora que configurará no polo passivo da demanda. Da mesma forma que no grupo econômico, deverá ser aberto um silogismo após a qualificação para justificar o porque de apenas a sucessora ter sido qualificada. Requisito BASTA A TRANSFERÊNCIA DA UNIDADE ECONÔMICA. Há uma corrente minoritária (foi cobrada pela FGV quanto a sucessão no cartório) que acrescenta o requisito da continuidade da relação de emprego. Reflexos Processuais da Sucessão Trabalhista: Premissa: a empresa sucessora assume todas as dívidas trabalhistas (responsabilidade patrimonial principal) Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 106 ATENÇÃO !!! Cláusula de Não Responsabilização: É a cláusula estipulada contratualmente em uma sucessão, com o escopo de afastar qualquer responsabilidade trabalhista em favor da empresa sucessora. A empresa sucessora não assume nenhum encargo trabalhista. Essa cláusula não produz nenhuma repercussão trabalhista, apenas servindo de fundamento no âmbito civil, para fins de exercício do direito de regresso. ESTUDO DE CASO: o empregado lhe informou que o supermercado em que ele trabalhava – “Hiper tudo” - havia sido comprado por um outro supermercado – “Mais barato” - 5 meses antes do término do seu contrato. COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? (logo após a qualificação): Diante da sucessão trabalhista ocorrida entre a empresa Hiper Tudo e “mais barato,” apenas a empresa sucessora (Mais barato) deverá ser responsabilizada pelos créditos trabalhistas do autor conforme artigo 10, 448 e 448-A da CLT. SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS PERTINENTES OJ-SDI1-411 SUCESSÃO TRABALHISTA. AQUISIÇÃO DE EMPRESA PERTENCENTE A GRUPO ECONÔMICO. RESPONSABILIDADE SOLI-DÁRIA DO SUCESSOR POR DÉBITOS TRABALHISTAS DE EMPRESA NÃO ADQUIRIDA. INEXISTÊNCIA. (DEJT divulga- do em 22, 25 e 26.10.2010) O sucessor não responde solidariamente por débitos trabalhistas de empresa não adquirida, integrante do mesmo grupo econômico da empresa sucedida, quando, à época, a empresa devedora direta era solvente ou idônea economi- camente, ressalvada a hipótese de má-fé ou fraude na sucessão. 22) VALE TRANSPORTE LEI 7418/85 Fundamentação legal: lei 7418/85 - Art. 2º, 4 º e 8º + Dec. 95.247/87 - art. 6º, 7º, 9º, 11º Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 107 Legenda:- VERDE (natureza indenizatória) Resumo do direito material pertinente: Art. 2º- lei 7418/85 - O Vale-Transporte, concedido nas condições e limites definidos, nesta Lei, no que se refere à contribuição do empregador: a) não tem natureza salarial, nem se incorpora à remuneração para quaisquer efeitos; b) não constitui base de incidência de contribuição previdenciária ou de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço; c) não se configura como rendimento tributável do trabalhador. Art. 4º - A concessão do benefício ora instituído implica a aquisição pelo empregador dos Vales-Transporte necessários aos deslocamentos do trabalhador no percurso residência-trabalho e vice-versa, no serviço de transporte que melhor se adequar. Parágrafo único - O empregador participará dos gastos de deslocamento do trabalhador com a ajuda de custo equivalente à parcela que exceder a 6% (seis por cento) de seu salário básico. Art. 8º - Asseguram-se os benefícios desta Lei ao empregador que proporcionar, por meios próprios ou contratados, em veículos adequados ao transporte coletivo, o deslocamento integral de seus trabalhadores. Art. 9° - dec. 95247/87 - O Vale-Transporte será custeado: I - pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% (seis por cento) de seu salário básico ou vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens; II - pelo empregador, no que exceder à parcela referida no item anterior. Parágrafo único. A concessão do Vale-Transporte autorizará o empregador a descontar, mensalmente, do beneficiário que exercer o respectivo direito, o valor da parcela de que trata o item I deste artigo. (6%) Todo empregado que tenha gastos com seu deslocamento tem direito ao pagamento de vale transporte. Mas, atenção! O empregador só deve arcar com o valor que exceder 6% do salário do empregado. Dessa forma, o empregado arca com 6% do seu salário e o empregador arca com o restante. Vejamos um exemplo para que fique claro para você: Salário do empregado – mil reais Gasto com transporte – 150 reais 6% de mil reais (salário de empregado) = 60 reais. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 108 Dessa forma, tendo um gasto de 150 reais com transporte, o empregado nesse exemplo arcará com 6% (60 reais) e o empregador arcará com 90 reais (o que excede os 6% do salário). Não sendo o vale transporte parcela salarial, esse não integra a remuneração e consequentemente não gera reflexos. Fiquem atentos ao disposto no art.4º, p.u da lei e art. 9º, II do decreto: o empregador participará dos GASTOS de deslocamento do trabalhador. Ou seja, no caso em que o empregador fornece o transporte de forma integral e o empregado não arca com nada, não há que se falar em pagamento de vale transporte. ESTUDO DE CASO: o empregado lhe informou que apesar de utilizar transporte público para se locomover para o trabalho, seu empregador nunca pagou vale transporte. COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? O art. 4º pú da lei 7418/85 estabelece que o empregador participará dos gastos de deslocamento do trabalhador com a ajuda de custo equivalente à parcela que exceder a 6% (seis por cento) de seu salário básico. Ainda, dispõe o art.9º do dec. 95247/87 caput e inciso II que o vale transporte será custeado pelo empregador no que exceder 6% do salário do empregado. No caso em questão o empregador nunca custeou nenhum valor a título de vale transporte. Dessa forma, faz jus o autor ao pagamento dos vales transportes de todo o contrato de trabalho. SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS PERTINENTES SUM-29, TST TRANSFERÊNCIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para local mais dis- tante de sua residência, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acréscimo da despesa de transporte. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 109 SUM-460 VALE-TRANSPORTE. ÔNUS DA PROVA - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016 É do empregador o ônus de comprovar que o empregadonão satisfaz os requisitos indispensáveis para a concessão do vale-transporte ou não pretenda fazer uso do benefício. 23) SALÁRIO UTILIDADE Fundamentação legal: art. 458 da CLT, sum 367 do TST Legenda: ROSA (natureza salarial) Resumo do direito material pertinente: NESSE TEMA TEVE INOVAÇÃO COM A REFORMA! Art. 458 da CLT - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. Salário utilidade são todas as prestações in natura (alimentação, habitação, vestuário, etc) que o empregador fornece habitualmente ao empregado, por força do contrato de trabalho (tudo que o empregado recebe PELO trabalho). Embora essas prestações não sejam pagas em dinheiro, elas irão integrar o salário. Se o empregador não considera essas parcelas no salário considera-se salário fraudulento ou parcela dissimulada. Se isso ocorrer no caso em questão, terá as seguintes consequências: a) que o salário utilidade integre o salário para todos os fins; b) que gere os reflexos devidos; EXCEÇÕES (utilidades fornecidas pelo empregador, mas que NÃO possuem natureza salarial): Lei 6321/76 – Vale alimentação fornecido por empregador filiado ao PAT (programa de alimentação do trabalho). Nesse caso o vale alimentação NÃO irá integrar o salário do autor. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 110 Auxílio alimentação – DESDE que não seja pago em dinheiro – NÃO INTEGRA O SALÁRIO (ART. 457, §2º) Art. 75-D , parágrafo único da CLT -equipamentos eventualmente fornecidos pelo empregador ao teletrabalhador não integram sua remuneração. Art. 458, §5º da CLT § 5o O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes modalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para qualquer efeito nem o salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do § 9o do art. 28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991. Art. 458, §2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) V – seguros de vida e de acidentes pessoais; VI – previdência privada; VII – (VETADO) VIII - o valor correspondente ao vale-cultura (Incluído pela Lei nº 12.761, de 2012) § 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual. § 4º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-utilidade a ela correspondente será obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de coabitantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 111 SUM-367, TST. UTILIDADES “IN NATURA”. HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. CI- GARRO. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO (conversão das Orientações Jurispru- denciais nºs 24, 131 e 246 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao em- pregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natu- reza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 131 - inserida em 20.04.1998 e ratificada pelo Tribunal Pleno em 07.12.2000 - e 246 - inserida em 20.06.2001) II - O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde. (ex-OJ nº 24 da SBDI-1 - inserida em 29.03.1996) OJ-SDI1-133 AJUDA ALIMENTAÇÃO. PAT. LEI Nº 6.321/76. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO (inserida em 27.11.1998) A ajuda alimentação fornecida por empresa participante do programa de ali- mentação ao trabalhador, instituído pela Lei nº 6.321/76, não tem caráter sala- rial. Portanto, não integra o salário para nenhum efeito legal. Art. 457, § 2o As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. ESTUDO DE CASO: o empregado lhe informou que o empregador fornecia alimentação nas dependências da empresa mas que esse valor nunca constou em seu recibo ou serviu de base de cálculo para outras parcelas. COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? § 1 O art. 458 da CLT estabelece que além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 112 § 2 No caso em questão o empregado recebia alimentação nas dependências da empresa em virtude do contrato de trabalho. Ou seja, a alimentação era concedido PELO trabalho. § 3 Dessa forma, faz jus o autor que o referido salário utilidade integre o salário para todos os fins e gere seus devidos reflexos. VÍDEO BÔNUS – DIFERENÇA ENTRE ALIMENTAÇÃO E VALE/AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS PERTINENTES SUM-258, TST SALÁRIO-UTILIDADE. PERCENTUAIS (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Os percentuais fixados em lei relativos ao salário “in natura” apenas se referem às hipóteses em que o empregado percebe salário mínimo, apurando-se, nas demais, o real valor da utilidade. OJ-SDI1-123 BANCÁRIOS. AJUDA ALIMENTAÇÃO (inserida em 20.04.1998) A ajuda alimentação prevista em norma coletiva em decorrência de prestação de horas extras tem natureza indenizatória e, por isso, não integra o salário do empregado bancário. 24) DIÁRIAS PARA VIAGEM, AJUDA DE CUSTO, AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO, PRÊMIOS Fundamentação legal: art. 457, §2 da CLT Legenda:VERDE (natureza indenizatória) Resumo do direito material pertinente: Art. 457, § 2o As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 113 diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. art. 611-A – acordo coletivo e convenção coletiva de trabalho pode dispor de forma diversa do que está previsto na lei: “negociado sobre o legislado”. § 4o Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades. Ajudas de custo: é a indenização dada ao empregado em razão de despesas na execução do contrato NÃO POSSUI NATUREZA SALARIAL Diárias para viagem: é a indenização em razão de despesas nas viagens a serviço – mesmo que habituais, não possuem natureza salarial. NÃO POSSUI NATUREZA SALARIAL Auxílio alimentação: desde que não seja pago em dinheiro NÃO TERÁ NATUREZA SALARIAL. Prêmios: podem ser concedidas em bens, dinheiro ou serviços em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades. NÃO TERÁ NATUREZA SALARIAL. Na ação trabalhista devemos ficar atentos às parcelas que são pagas de forma dissimulada, fraudulenta. Exemplo: o empregador anota um valor no recibo que ele denomina de diárias para viagem, ajuda de custo, sendo que na verdade não houve viagem nenhuma e nenhuma despesa. Temos que ficar atentos, pois o empregador faz isso muitas vezes como forma de fraudar salário. Quando houver fraude há uma presunção de que o valor é salário pago por fora, parcela salarial dissimulada, fraudulenta. Sendo parcela remuneratória dissimulada/ fraudulenta deveremos requerer: 1) que a parcela integre o salário para todos os fins; 2) que gere os reflexos devidos; Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 114 ESTUDO DE CASO: o empregado lhe informou que seu salário era de 2 mil reais e que recebia auxílio alimentação no valor de R$600,00 reais, valor esse que ajudava muito ele, pois como almoçava em casa, podia usar o dinheiro para outros fins. COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? O art. 457, § 2 da CLT estabelece que as importâncias, ainda que habituais, pagas a título de auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro não integram a remuneração. No caso em questão o autor recebia o auxílio alimentação em dinheiro, devendo ser presumida a fraude ou dissimulação salarial já que vedado expressamente por lei. Dessa forma, faz jus o autor a que referida parcela integre o salário e gere os devidos reflexos. 25) RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO DO EMPREGADO URBANO - CLT Fundamentação legal: art. 2º e 3º da CLT Legenda: AMARELO Resumo do direito material pertinente: Faremos esse silogismo no mérito quando o exercício trouxer a informação que o empregador não assinou/anotou a CTPS do autor OU que o empregado recebia via RPA (recibo de profissional autônomo) OU que o empregador obrigou o empregado a registrar uma pessoa jurídica. Aqui temos que entender que, quando cumpridos os pressupostos fáticos jurídicos da relação de emprego, o empregador tem a obrigação de assinar a carteira do empregado. Quais são esses pressupostos/requisitos? pessoalidade (o empregado não se faz substituir por outrem) onerosidade (pagamento de salário) não eventualidade subordinação jurídica Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 115 VÍDEO BÔNUS – REQUISITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO ESTUDO DE CASO: o empregado lhe informou que, embora trabalhasse há 2 anos, de segunda a sexta, com jornada pré definida, pagamento de salário mensal e sob as ordens de seu patrão, ele nunca teve sua CTPS anotada/assinada. COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? O art. 2º e 3º da CLT estabelecem os requisitos da relação de emprego: pessoalidade, subordinação, não eventualidade e onerosidade. Embora durante todo o contrato de trabalho o autor tenha prestado seus serviços de forma PESSOAL, NÃO EVENTUAL, ONEROSA, E COM SUBORDINAÇÃO JURÍDICA, sua CTPS jamais fora anotada/assinada. Assim, presentes os pressupostos fático jurídicos da relação de emprego nos exatos termos dos arts. 2º e 3º da CLT, o autor tem direito ao reconhecimento do vínculo empregatício formado com a ré e consequentemente a anotação de sua CTPS. Ainda tem o direito à regularização dos depósitos do FGTS, além do pagamento dos 13º salários e férias + 1/3 de todo o contrato de trabalho. 26) RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO DE EMPREGADO DOMÉSTICO Art. 1º da LC 150: Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. Parágrafo único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção no 182, de 1999, da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Verifica-se que a caracterização do vínculo de emprego doméstico se faz com a conjugação dos elementos fáticos jurídicos gerais e, previstos na CLT, com a conformação jurídica do elemento da não eventualidade (continuidade), bem como com os elementos fáticos jurídicos especiais. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 116 ELEMENTOS FÁTICOS JURÍDICOS ESPECIAIS DO VÍNCULO DE EMPREGO DOMÉSTICO. - FINALIDADE NÃO LUCRATIVA.- ausência de objetivos e resultados comerciais e industriais, ou seja, o serviço prestado por empregado doméstico não pode constituir fator de produção para o empregador. Não tem valor econômico sob a ótica do tomador. OBSERVAÇÃO: Pensionamento para não familiares e venda de alimentos para terceiro, - irá caracterizar o vínculo de emprego urbano. SE TEM FINALIDADE LUCRATIVA – o reconhecimento de vínculo deve ser pleiteado com base nos arts. 2º e 3º da CLT. - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PARA PESSOA FÍSICA OU FAMÍLIA.: Não há possibilidade de Pessoa jurídica ou Ente despersonalizado ser tomador de serviços domésticos, empregador domésticos é apenas a pessoa física individualmente considerada ou em grupo unitário. - ÂMBITO RESIDENCIAL: o serviço prestado em âmbito residencial diz respeito àquele prestado em unidades estritamente residenciais e não só a moradia. EMPREGADO DOMÉSTICO X EMPREGADO URBANO DIREITOS EMPREGADO URBANO EMPREGADO DOMÉSTICO PRORROGAÇÃO DEJORNADA EM REGIME PARCIAL. Contratos em regime de tempo parcial poderão ter duração de até 30 horas semanais. Acima de 26 horas semanais não há possibilidade de prorrogação, até 26 horas possibilidade de acréscimo de até 6 horas semanais -art. 58-A § 5º da CLT. Possibilidade de prorrogação mediante acordo INDIVIDUAL limitado a 1 hora diária- art. 3,§ 2º da LC 150 JORNADA DE 12X36 Válida mediante ACORDO INDIVIDUAL, ACT ou CCT, sendo considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno. Válida mediante acordo escrito, não é devido pagamento de feriados trabalhados- art. 10 §1 da LC 150. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 117 REDUÇÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA. Válido quando autorizado pelo MTE e o estabelecimento tenha refeitório sendo vedado trabalho extraordinário. Mediante ACT ou CCT é válida a redução ao limite mínimo de intervalo de 30 minutos, nas jornadas superiores a 6 horas-art. 611-A, III. Válido mediante acordo INDIVIDUAL para 30 minutos- art. 13 da LC 150. REGISTRO DE PONTO Obrigatório para estabelecimento com mais de 20 trabalhadores- art.74, §2º da CLT. Obrigatório- art. 12 da LC 150 FRACIONAMENTO DE FÉRIAS Poderá, em caso excepcional, ser fracionado em até 3 períodos, desde que haja concordância do empregado. Um dos quais não poderá ser inferior a 14 dias e os demais não poderão ser inferiores a 5 dias corridos cada um – Art. 134, § 1º da CLT Obs.: Vedado o início de férias no período de dois dias anterior a feriado ou dia de RSR – art. 134, § 3º. Poderá, em caso excepcional, ser fracionado em 2 períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 14 dias- Art. 17, § 2º da LC 150. ABONO PECUNIÁRIO DE FÉRIAS. Faculdade do empregado devendo ser requerido 15 dias antes do término do período aquisitivo.- Art. 143 da CLT Faculdade do empregado devendo ser requerido 30 dias antes do término do período aquisitivo.- Art. 17, § 4º da LC 150. INDENIZAÇÃO RESCISÓRIA. Ocorrendo rescisão do contrato por ato do empregador é devido multa de 40 % sobre a totalidade dos depósitos fundiários- art. 18 da lei 8036/90 Extinção por acordo entre empregado e empregador multa 20% sobre FGTS- art.484-A CLT O empregador recolhe mensalmente 3,2% sobre a remuneração devida no mês anterior e a depender da rescisão esses valores serão movimentados ou pelo empregado ou pelo empregador- art. 22 da LC 150. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 118 CAPACIDADE PARA O TRABALHO 16 anos, salvo na qualidade de aprendiz aos 14, vedado o trabalho noturno, perigoso e insalubre para o menor de 18 anos- Art. 7º, XXXIII da CR. 18 anos- Art. 1º parágrafo único da LC 150. UTILIDADES. Salário in natura pago pelo empregador com habitualidade e com intuito contra prestativo tem natureza salarial e integra na remuneração para todos os fins. Exceções: - art . 458, §2º da CLT - valores relacionados a prestação de serviços médicos ou odontológicos e reembolso de despesas médico- hospitalares – Art. 458, § 5º da CLT O fornecimento de alimentação, moradia, vestuário, higiene e despesas com transporte, hospedagem e alimentação no caso de acompanhamento para viagem não tem natureza salarial.- art 18 caput e § 3º da LC 150. DESCONTOS POR ADESÃO A PLANOS MÉDICOS ODONTOLÓGICOS, PREVIDÊNCIA PRIVADA E SEGURO. Depende de autorização legal não tendo limite de desconto desde que respeitado o valor de 30 % em pecúnia do salário- súmula 342 do TST e OJ 18 da SDC. Depende de autorização e os descontos não podem ser superiores a 20% do salário- art. 18,§ 1º da LC 150. Observações: 1)- Abono pecuniário de férias- é a conversão em pecúnia de 1/3 das férias, “venda das férias”. Atenção: é uma faculdade do empregado e não pode ser imposta pelo empregador. Assim, comprovado que o empregador “obrigou” o empregado a vender 10 dias de suas férias, entende majoritariamente a jurisprudência que estes dias serão pagos em dobro, de acordo com art. 137 da CLT. 2) Vários direitos foram estendidos ao empregado doméstico pela EC 72/13 sendo que aqueles dispositivos que dependiam de regulamentação nos termos do art. 7º, parágrafo único da CR foram regulamentados pela LC 150/2015. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 119 27) REINTEGRAÇÃO Fundamentação legal: ART, 492 e seguintes + artigo específico da hipótese de garantia. Legenda: AMARELO Resumo do direito material pertinente: GARANTIAS PROVISÓRIAS DE EMPREGO OU ESTABILIDADE são as hipóteses em que o empregador é vedado de dispensar o empregado de forma imotivada. Nessas hipóteses o empregado só poderá ser dispensado por justa causa. SE o empregador dispensar, faremos o pedido de REINTEGRAÇÃO. Vamos às hipóteses: 1) GESTANTE (empregada comum e doméstica – lei 5859/72 – alteração de julho de 2006)– art. 10, II, “b” do ADCT + art. 391-A da CLT – tem início na confirmação da gravidez e dura até 5 meses após o parto. A dispensa de empregada gestante sem justa causa é nula de pleno direito – art. 9, CLT. Para o TST, confirmação da gravidez é data da CONCEPÇÃO. Lembrando que não há necessidade do conhecimento do estado gravídico nem pela empregada, nem pelo empregador. Só poderá ser dispensada se cometer falta grave! Se foi dispensada dentro do período da garantia (desde a CONCEPÇÃO, até 5 meses após o parto, faremos o pedido de REINTEGRAÇÃO) SUM-244 GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item III al-terada na ses- são do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012 – DEJT divul- gado em 25, 26 e 27.09.2012 I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o di- reito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, “b” do ADCT). Ou seja, o que gera direito à garantia provisória de emprego é a gravidez, independentemente de qualquer notificação ou aviso ao empregador. Cumpre destacar que, no caso de falecimento da genitora, àquele que detiver a guarda Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 120 de seu filho (independentemente de ser o pai ou companheiro da empregada) possui direito a estabilidade. De acordo com a Lei Complementar nº 146/2014. II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. Se a gestante for dispensada DURANTE o período da gestação (período de estabilidade), poderá pleitear reintegração ao trabalho (ESSE SERÁ O PEDIDO NA NOSSA PEÇA). No entanto, se a decisão judicial ocorrer somente APÓS o período da estabilidade, a empregada terá direito às garantias trabalhistas, portanto, não cabendo a reintegração.III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado. (inserido em 2012) De acordo com a jurisprudência, a empregada gestante terá direito à estabilidade, mesmo se tratando de contrato por prazo determinado, garantia essa que será do momento da gravidez até 5 meses após o parto. O mesmo ocorrerá durante o aviso prévio. ATENÇÃO!! Não confundir estabilidade com licença maternidade! A estabilidade gestante não corre no caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção, apesar de ter direito a licença maternidade. 2) DIRIGENTE SINDICAL ART. 543, §3 CLT + ART. 8, VIII, CR – tem garantia a inamovibilidade (art. 543, CLT) e a garantia de emprego – não pode ser dispensado sem justa causa desde o registro da candidatura até 1 ano após o final do mandato. As garantias são devidas ao TITULAR E AO SUPLENTE do cargo. O tempo de mandato não é mais estipulado por lei (liberdade sindical) e sim no estatuto. Esta garantia destina-se aos dirigentes de entidades sindicais de empregados, o intuito é impedir desvios diretivos (do empregador) capazes de comprometer as funções sindicais. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 121 Só poderá ser dispensado se cometer falta grave! Se foi dispensado dentro do período da garantia (desde o registro da candidatura, até 1 ano após o término do contrato, faremos o pedido de REINTEGRAÇÃO) 3) CIPA – (COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – ART. 10, II, “A” DO ADCT + ART. 163 A 165 DA CLT + SUM. 339, TST ). A constituição da CIPA é paritária (50% x 50% - metade representando o empregador e a outra metade representando os empregados). Apenas os representantes dos empregados é que são ELEITOS (titular e suplente). Os representantes do empregador são livremente indicados. A estabilidade só atinge os representantes dos EMPREGADOS (eleitos) sejam TITUALRES OU SUPLENTES. A estabilidade se inicia com o registro da candidatura e vai até 1 ano após o término do mandato. O mandato na CIPA é de 1 ano e não há necessidade de comunicação do registro. Art. 165, caput – o diretor da cipa que goza de estabilidade não pode sofrer dispensa arbitrária. Art. 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado ATENÇÃO!! Art. 164, CLT - A presidência da CIPA será ocupada necessariamente por um empregado que represente o empregador. Já o vice presidente será um representante dos empregados. Por isso que o presidente NÃO tem estabilidade, mas o vice presidente tem. O presidente é escolhido pelo empregador e não eleito. (Esse ponto será importante na defesa) Obs: o cipeiro também goza de inamovibilidade só podendo ser transferido no caso de extinção do estabelecimento (igual dirigente sindical), por não se tratar de uma garantia pessoal. Só poderá ser dispensado se cometer falta grave! Se foi dispensado dentro do período da garantia (desde o registro da candidatura, até 1 ano após o término do contrato, faremos o pedido de REINTEGRAÇÃO) Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 122 4) REPRESENTANTE DOS EMPREGADOS NA CCP – COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA- ART. 625-B, CLT. O surgimento da CCP veio para diminuir, reduzir a quantidade de reclamações trabalhistas. A criação da CCP é facultativa, ou seja, nenhuma empresa, nenhum sindicato é obrigado a instituir uma CCP. A CCP tem composição paritária, como na CIPA. Metade da composição representa os empregados e a outra metade representa o empregador. Apenas os representantes dos empregados gozam de estabilidade. Do registro da candidatura até 1 ano após o término do contrato, abrangendo titulares e suplentes. CCP criada pela empresa empresarial (constituição de no mínimo 2, máximo 10 membros) representantes dos empregados serão ELEITOS e cumprem mandato de 1 ano POSSUEM GARANTIA/ ESTABILIDADE (TITULAR E SUPLENTE) Só poderá ser dispensado se cometer falta grave! Se foi dispensado dentro do período da garantia (desde o registro da candidatura, até 1 ano após o término do contrato: faremos o pedido de REINTEGRAÇÃO) 5) DIRETOR DE COOPERATIVA – ART. 55 DA LEI 5764/71 – cooperativa criada pelos empregados dentro no âmbito empresa (normalmente é cooperativa de crédito). A estabilidade é desde o registro da candidatura até 1 ano após o término do mandato. A estabilidade só sobre o TITULAR. É o único caso de cargo que não estende ao suplente. Só poderá ser dispensado se cometer falta grave! Se foi dispensado dentro do período da garantia (desde o registro da candidatura, até 1 ano após o término do contrato: faremos o pedido de REINTEGRAÇÃO) 6) CONSELHO CURADOR DO FGTS – ART. 3º, §9 DA LEI 8036/90 + DEC. 99684/90 – tem composição multifacetária (representante governamentais, dos empregados e dos empregadores) – apenas os representante dos empregados (inclusive suplentes) que gozam da estabilidade, desde a NOMEAÇÃO até 1 ano após o término do mandato. § 9º Aos membros do Conselho Curador, enquanto representantes dos trabalhadores, efetivos e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 123 somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo sindical. Só poderá ser dispensado se cometer falta grave! Se foi dispensado dentro do período da garantia (desde o registro da candidatura, até 1 ano após o término do contrato: faremos o pedido de REINTEGRAÇÃO) 7) CONSELHO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL NACIONAL – LEI 8212/91 + 8213/91 – os representantes dos empregados gozam de estabilidade desde a nomeação até 1 ano após o término da mandato, inclusive suplentes. Só poderá ser dispensado se cometer falta grave! Se foi dispensado dentro do período da garantia (desde o registro da candidatura, até 1 ano após o término do contrato: faremos o pedido de REINTEGRAÇÃO) 8) ESTABILIDADE ACIDENTÁRIA - ART. 118 DA LEI 8213/91 – temos que diferenciar nesse caso o acidente comum ou doença comum (não guarda nenhuma relação com o trabalho) do acidente do trabalho (que pode ser típico OU doença profissional OU doença do trabalho) ART. 19 a 23 da Lei 8213/91. A estabilidade acidentária só se aplica aquele que sofre ACIDENTE DO TRABALHO. Art. 118, lei 8213/91 - O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção deauxílio-acidente. Requisitos: - afastamento superior a 15 dias + - percepção do benefício previdenciário. Os 15 primeiros dias são pagos pelo empregador (interrupção do contrato de trabalho – há pagamento de salário) e a partir do 16º dia o INSS começa a pagar o auxílio doença acidentário (cód. 91) (suspensão do contrato de trabalho – não há pagamento de salário). A estabilidade dura 12 meses e tem como fato gerador a suspensão do benefício previdenciário. Quando o empregado recebe alta médica pelo INSS, ele retorna ao trabalho com 12 meses de estabilidade. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 124 Vamos entender porque da expressão “independentemente de percepção de auxílio- acidente” no art. 118 o auxílio doença acidentário é o benefício acidentário (cód. 91) pago pelo INSS a partir do 16º dia do afastamento e será pago enquanto o empregado estiver incapacitado para retornar ao trabalho. Quando o empregado recebe alta e retorna ao trabalho, cessa a percepção. O auxílio acidente é outro benefício que será pago após a alta médica aos empregados que ficaram com sequelas em razão do acidente do trabalho. Quer dizer que: para ter direito a estabilidade, não importa se o empregado voltou ou não com sequelas (se voltar com sequelas, recebe o auxílio acidente). ATENÇÃO!! No caso de doença comum, se o empregado quiser questionar a alta médica, ele terá que ir a JUSTIÇA FEDERAL na tentativa de anular ato administrativo do INSS. No caso de acidente de trabalho, querendo questionar o INSS e, buscando a nulidade da alta, médica a ação será ajuizada na JUSTIÇA ESTADUAL. SUM. 501, STF + SUM 15, STJ SÚMULA Nº 501 STF COMPETE À JUSTIÇA ORDINÁRIA ESTADUAL O PROCESSO E O JULGAMEN- TO, EM AMBAS AS INSTÂNCIAS, DAS CAUSAS DE ACIDENTE DO TRABALHO, AINDA QUE PROMOVIDAS CONTRA A UNIÃO, SUAS AUTARQUIAS, EMPRESAS PÚBLICAS OU SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA. SÚMULA 15, STJ COMPETE A JUSTIÇA ESTADUAL PROCESSAR E JULGAR OS LITIGIOS DECORRENTES DE ACIDENTE DO TRABALHO. RELEMBRANDO: quando o contrato está suspenso (a partir do 16º do afastamento) não há pagamento de salário nem pagamento do FGTS EM REGRA. Mas existem 2 exceções: art. 15 §5 da lei 8036/90 + art. 28. Dec. 99684/90 serviço militar e acidente do trabalho. Nesses 2 casos, mesmo com o contrato suspenso, o empregador mantém o dever de recolher o FGTS do empregado. Então no acidente comum, NÃO tem recolhimento do FGTS, MAS no acidente de trabalho, é obrigatório o recolhimento do FGTS. Vamos a análise das espécies de acidente de trabalho: Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 125 Acidente típico – acidente durante o trabalho (empregado escorrega, cai da escada, aquele ocorrido no trajeto, ocorrido durante o intervalo intrajornada, fato de força maior que tenha atingido a empresa, ato de terrorismo que tenha atingido a empresa). Art. 30 - Os acidentes do trabalho serão obrigatoriamente anotados pelo Instituto Nacional de Previdência Social na carteira do acidentado. O empregador deve expedir a CAT (comunicação de acidente do trabalho). Se não emitir o empregado ou o médico também podem. O INSS fará a perícia para confirmar se existe incapacidade laborativa. O benefício só será concedido se houver incapacidade. Doença profissional – é aquela que guarda nexo de causalidade com a atividade, a função desempenhada pelo empregado. EX: LER ou DORT Doença do trabalho – tem origem no meio ambiente do trabalho. Não tem origem na função! Ex: empregado que perde parte da audição em razão do ruído. ATENÇÃO: ART 20 § 1º LEI 8213/91 Não são consideradas como doença do trabalho: a) a doença degenerativa; b) a inerente a grupo etário; c) a que não produza incapacidade laborativa; d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. SUM-736 STF COMPETE À JUSTIÇA DO TRABALHO JULGAR AS AÇÕES QUE TENHAM COMO CAUSA DE PEDIR O DESCUMPRIMENTO DE NORMAS TRABALHISTAS RELATI- VAS À SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE DOS TRABALHADORES. SUM-378 ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº 8.213/1991. (inserido o item III) - Res. 185/2012 – DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxí- lio-doença ao empregado acidentado. (ex-OJ nº 105 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997) II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento supe- rior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 126 causalidade com a execução do contrato de emprego. (primeira parte - ex-OJ nº 230 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001). III – O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/91. (assim como no caso da estabilidade da gestante) PRINCÍPIO DA ALTERIDADE – o risco deve ser suportado pelo empregador. ATENÇÃO! Estabilidade gestante + estabilidade acidentária – PERSISTEM NO CASO DE CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO. Vamos entender o trecho “salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego” da SUM. 378, II do TST? Nesse caso o empregado pode garantir a estabilidade mesmo que nunca tenha recebido o auxílio doença acidentário. Ex: empregada era digitadora. Nos 6 últimos meses do contrato de trabalho começou a sentir um desconforto e depois acabou sendo dispensada. O exame demissional não apontou nada, já que a dor tinha cessado. 5 meses após a extinção a dor voltou de forma grave, tendo procurado um especialista que constatou a LER (ou DORT) advinda da função que ela desempenhava. A empregada tem direito de pleitear a REINTEGRAÇÃO, mesmo que não cumprido o requisito da sum. 378, TST. 9) ESTABILIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO CELETISTA (também chamado de servidor público trabalhista ou empregado público) – o TST tem o entendimento de que a estabilidade do servidor celetista depende da natureza do seu empregador. Se o servidor trabalha para uma pessoa jurídica de direito público ele terá a estabilidade típica do servidor estatutário, após cumprido o estágio probatório (art. 41, CR). Se o servidor trabalha para uma pessoa jurídica de direito privado (sociedade de economia mista ou empresa pública), que é chamado de empregado público NÃO terá direito a estabilidade do art. 41, CR. (Sum. 390, TST) SUM-390 ESTABILIDADE. ART. 41 DA CF/1988. CELETISTA. ADMINIS-TRAÇÃO DIRETA, AUTÁRQUICA OU FUNDACIONAL. APLICABILIDADE. EMPREGADO DE EMPRE- SA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. INAPLICÁVEL (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 229 e 265 da SBDI-1 e da Orientação Jurisprudencial nº 22 da SBDI-2) - Res. 129/2005,DJ 20, 22 e 25.04.2005 Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 127 I - O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou fundacio- nal é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. (ex-OJs nºs 265 da SBDI-1 - inserida em 27.09.2002 - e 22 da SBDI-2 - inserida em 20.09.00) II - Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. (ex-OJ nº 229 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) ATENÇÃO!! A exceção fica por conta do empregado dos CORREIOS. DEC LEI 509/69 + OJ 247, SDI 1. O empregado público da empresa de correios e telégrafos TEM DIREITO A ESTABILIDADE DO ART. 41, CR, típica do servidor estatutário. É uma exceção porque os correios é uma empresa pública (pessoa jurídica de direito privado). E por quê? Porque aos correios é garantida as mesmas prerrogativas da fazenda pública. OJ-SDI1-247 SERVIDOR PÚBLICO. CELETISTA CONCURSADO. DESPEDIDA IMOTIVADA. EMPRESA PÚBLICA OU SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. POSSIBILIDADE (alterada – Res. nº 143/2007) - DJ 13.11.2007 I - A despedida de empregados de empresa pública e de sociedade de econo- mia mista, mesmo admitidos por concurso público, independe de ato motivado para sua validade; II - A validade do ato de despedida do empregado da Empresa Brasileira de Cor- reios e Telégrafos (ECT) está condicionada à motivação, por gozar a empresa do mesmo tratamento destinado à Fazenda Pública em relação à imunidade tributária e à execução por precatório, além das prerrogativas de foro, prazos e custas processuais. 10) DISPENSA DO DEFICIENTE FÍSICO SEM POSTERIOR CONTRATAÇÃO – ART. 93 DA LEI 8213/91 + ART. 36 DEC. 3298/99: “A dispensa de trabalhador reabilitado ou de deficiente habilitado ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias, e a imotivada, no contrato por prazo indeterminado, só poderá ocorrer após a contratação de substituto de condição semelhante.” Se o empregador o demitir sem justa causa sem substituí-lo por indivíduo de condição semelhante, considera-se em vigor o contrato de trabalho, de modo que o empregado tem direito à reintegração ao emprego. ATENÇÃO!!! O DISPOSITVO EM ANÁLISE SÓ SE APLICA A EMPRESAS COM MAIS DE 100 EMPREGADOS. (ART. 36 do Dec. 3298/99) Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 128 11) COMISSÃO REPRESENTANTE DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS COM MAIS DE 200 EMPREGADOS - ART 510 - D, §3º DA CLT: Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato, o membro da comissão de representantes dos empregados não poderá sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. ATENÇÃO! o mandato terá a duração de 1 ano.(art. 510-D) 12) PSE - PROGRAMA DE SEGURO EMPREGO – LEI 13189/15 RESUMINDO: Sempre que você se deparar com alguma dessas hipóteses de garantias provisórias de emprego e o empregador tiver dispensado SEM JUSTA CAUSA no período previsto em lei, teremos que pedir a NULIDADE DA DISPENSA, a REINTEGRAÇÃO com PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA ou MEDIDA LIMINAR ou ANTECIPAÇÃO DE TUTELA (art. 300 do CPC e 659, X da CLT) e, NA EVENTUALIDADE do juiz entender desaconselhável a reintegração, deverá ser paga a indenização do art. 496 da CLT. ESTUDO DE CASO: o empregado lhe informou que foi eleito para cargo de diretor sindical em 15/08/2015 para um mandato de 1 ano e, foi dispensado imotivadamente no dia 03/05/2016 COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? No dia 15/08/2017 o autor foi ELEITO para cargo de direção do sindicato dos bancários de Minas Gerais para mandato de 1 ano. O art.8º VIII da CR, bem como o art. 543, §3º da CLT veda a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical, e, se eleito, até 1 ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave. Não obstante, no dia 03/05/2020 foi imotivadamente dispensado pela ré sem aviso prévio. Dessa forma, tendo em vista ser o autor detentor de garantia provisória de emprego e sendo certo que durante o contrato de trabalho jamais praticou qualquer conduta prevista como falta grave na legislação trabalhista, tem direito ao reconhecimento da nulidade de sua dispensa com a sua consequente e imediata reintegração em sede de antecipação de tutela conforme art. 300 do CPC e art. 659, X da CLT . Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 129 NA EVENTUALIDADE desse douto juízo entender desaconselhável a reintegração, deverá convertê-la em indenização com fulcro no art.496,CLT SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS PERTINENTES Gestante: SUM-396 ESTABILIDADE PROVISÓRIA. PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO. CONCESSÃO DO SALÁRIO RELATIVO AO PERÍODO DE ESTABILI-DADE JÁ EXAURIDO. INEXIS- TÊNCIA DE JULGAMENTO “EXTRA PETITA” (conversão das Orientações Juris- prudenciais nºs 106 e 116 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os sa- lários do período compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade, não lhe sendo assegurada a reintegração no emprego. (ex-OJ nº 116 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997) II - Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT. (ex- -OJ nº 106 da SBDI-1 - inserida em 20.11.1997) OJ-SDI1-399 ESTABILIDADE PROVISÓRIA. AÇÃO TRABALHISTA AJUIZADA APÓS O TÉR- MINO DO PERÍODO DE GARANTIA NO EMPREGO. ABUSO DO EXERCÍCIO DO DIREITO DE AÇÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO. INDENIZAÇÃO DEVIDA. (DEJT di- vulgado em 02, 03 e 04.08.2010) O ajuizamento de ação trabalhista após decorrido o período de garantia de emprego não configura abuso do exercício do direito de ação, pois este está submetido apenas ao prazo prescricional inscrito no art. 7º, XXIX, da CF/1988, sendo devida a indenização desde a dispensa até a data do término do período estabilitário. (Essa OJ é aplicada a todos os casos de garantia provisória de emprego) Dirigente sindical: SUM-379 DIRIGENTE SINDICAL. DESPEDIDA. FALTA GRAVE. INQUÉRITO JUDICIAL. NECESSIDADE (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 114 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apuração em inquérito judicial, inteligência dos arts. 494 e 543, §3º, da CLT. (ex-OJ nº 114 da SBDI-1 - inserida em 20.11.1997) Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 130 SUM-369 DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item I alte- rada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012– DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ain- da que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho. II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete diri- gentes sindicais e igual número de suplentes. III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria pro- fissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. (ex-OJ nº 145 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998) IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. (ex-OJ nº 86 da SBDI-1 - inserida em 28.04.1997) V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical duran- te o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabili- dade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. (ex-OJ nº 35 da SBDI-1 - inserida em 14.03.1994) OJ-SDI1-365 ESTABILIDADE PROVISÓRIA. MEMBRO DE CONSELHO FISCAL DE SINDICA- TO. INEXISTÊNCIA (DJ 20, 21 E 23.05.2008) Membro de conselho fiscal de sindicato não tem direito à estabilidade prevista nos arts. 543, § 3º, da CLT e 8º, VIII, da CF/1988, porquanto não representa ou atua na defesa de direitos da categoria respectiva, tendo sua competência li- mitada à fiscalização da gestão financeira do sindicato (art. 522, § 2º, da CLT). OJ-SDI1-369 ESTABILIDADE PROVISÓRIA. DELEGADO SINDICAL. INAPLICÁVEL (DEJT di- vulgado em 03, 04 e 05.12.2008) O delegado sindical não é beneficiário da estabilidade provisória prevista no art. 8º, VIII, da CF/1988, a qual é dirigida, exclusivamente, àqueles que exerçam ou ocupem cargos de direção nos sindicatos, submetidos a processo eletivo. CIPA: SUM-339 CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO. CF/1988 (incorpora-das as Orien- tações Jurisprudenciais nºs 25 e 329 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 131 I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, “a”, do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. (ex-Súmula nº 339 - Res. 39/1994, DJ 22.12.1994 - e ex-OJ nº 25 da SBDI-1 - inserida em 29.03.1996) II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas ga- rantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. (ex-OJ nº 329 da SBDI-1 - DJ 09.12.2003) Diretor de Sociedade Cooperativa: OJ-SDI1-253 ESTABILIDADE PROVISÓRIA. COOPERATIVA. LEI Nº 5.764/71. CONSELHO FISCAL. SUPLENTE. NÃO ASSEGURADA (inserida em 13.03.2002) O art. 55 da Lei nº 5.764/71 assegura a garantia de emprego apenas aos em- pregados eleitos diretores de Cooperativas, não abrangendo os membros su- plentes. Acidente de trabalho: SUM-736 STF COMPETE À JUSTIÇA DO TRABALHO JULGAR AS AÇÕES QUE TENHAM COMO CAUSA DE PEDIR O DESCUMPRIMENTO DE NORMAS TRABALHISTAS RELATI- VAS À SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE DOS TRABALHADORES. SUM-378 ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº 8.213/1991. (inserido o item III) - Res. 185/2012 – DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxí- lio-doença ao empregado acidentado. (ex-OJ nº 105 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997) II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento supe- rior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. (primeira parte - ex-OJ nº 230 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001). III – O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/91. (assim como no caso da estabilidade da gestante) PRINCÍPIO DA ALTERIDADE – o risco deve ser suportado pelo empregador. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 132 28) TERCEIRIZAÇÃO Fundamentação legal: lei 6019/74 Legenda: AMARELO Resumo do direito material pertinente: Aqui na terceirização a relação é trilateral. 1º sujeito: Fornecedor de mão de obra (empresa interposta = terceira) 2º sujeito: tomador de serviços ou contratante 3º sujeito: trabalhador terceirizado / trabalhador temporário A terceirização EM REGRA não é bem vinda, é ILÍCITA, IRREGULAR. Mas nós temos as exceções apresentadas pela lei 6019/74. São elas: Trabalho temporário Trabalho terceirizado Vamos entender a diferença entre um e outro? LEI 6019/74 TRABALHO TEMPORÁRIO – atividade FIM ou MEIO - Aqui nós temos uma empresa DE TRABALHO TEMPORÁRIO QUE INTERMEDIA MÃO DE OBRA. HÁ SUBORDINAÇÃO do trabalhador temporário com a tomadora. Art. 2o Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição (intermediação de mão de obra) de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços. § 2o Considera-se complementar a demanda de serviços que seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal. § 1o É proibida a contratação de trabalho temporário para a substituição de trabalhadores em greve, salvo nos casos previstos em lei. É possível o trabalho temporário para substituir grevistas no caso de greve abusiva arts. 9º e 14 da lei 7783/89 Art. 9º da lei 7783/89 Durante a greve, o sindicato ou a comissão de negociação, mediante acordo com a entidade patronal ou diretamente com o empregador, manterá Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 133 em atividade equipes de empregados com o propósito de assegurar os serviços cuja paralisação resultem em prejuízo irreparável, pela deterioração irreversível de bens, máquinas e equipamentos, bem como a manutenção daqueles essenciais à retomada das atividades da empresa quando da cessação do movimento. Art. 14 da lei 7783/89 Constitui abuso do direito de greve a inobservância das normas contidas na presente Lei, bem como a manutenção da paralisação após a celebração de acordo, convenção ou decisão da Justiça do Trabalho. Art. 9o O contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviços será por escrito, ficará à disposição da autoridadefiscalizadora no estabelecimento da tomadora de serviços e conterá: I - qualificação das partes; II - motivo justificador da demanda de trabalho temporário; III - prazo da prestação de serviços; IV - valor da prestação de serviços; V - disposições sobre a segurança e a saúde do trabalhador, independentemente do local de realização do trabalho. § 3o O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços. Art. 10. Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não existe vínculo de emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário. § 1o O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não. § 2o O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além do prazo estabelecido no § 1o deste artigo, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram. § 7o A contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer o trabalho temporário, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. Art. 12 - Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos: a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional; Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 134 TERCEIRIZAÇÃO – atividade FIM OU MEIO – aqui nós temos uma empresa PRESTADORA DE SERVIÇOS QUE É CONTRATADA PARA EXECUTAR AS ATIVIDADES PARA A TOMADORA. NÃO HÁ SUBORDINAÇÃO entre o trabalhador e a tomadora. Art. 4o-A. Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução. § 1o A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços. OU SEJA, o trabalhador terceirizado, diferente do temporário, não se subordina diretamente à tomadora de serviços. A subcontratação também é possível (quarteirização) § 2o Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios das empresas prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa contratante. OU SEJA, não há vínculo entre os terceirizados e a tomadora. Art. 5o-A. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal. A tomadora de serviços pode terceirizar QUALQUER de suas atividades. Atenção! Pessoa FÍSICA ou JURÍDICA podem terceirizar. § 1o É vedada à contratante a utilização dos trabalhadores em atividades distintas daquelas que foram objeto do contrato com a empresa prestadora de serviços. § 2o Os serviços contratados poderão ser executados nas instalações físicas da empresa contratante ou em outro local, de comum acordo entre as partes. § 4o A contratante poderá estender ao trabalhador da empresa de prestação de serviços o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 135 § 5o A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991. + sum 331, I e IV do TST Art. 4o-C. São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços a que se refere o art. 4o-A desta Lei, quando e enquanto os serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante, forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas condições: I - relativas a: a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando oferecida em refeitórios; b) direito de utilizar os serviços de transporte; c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela designado; d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir. II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de instalações adequadas à prestação do serviço. ART. 4º C, § 1o Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da contratante, além de outros direitos não previstos neste artigo. § 2o Nos contratos que impliquem mobilização de empregados da contratada em número igual ou superior a 20% (vinte por cento) dos empregados da contratante, esta poderá disponibilizar aos empregados da contratada os serviços de alimentação e atendimento ambulatorial em outros locais apropriados e com igual padrão de atendimento, com vistas a manter o pleno funcionamento dos serviços existentes. Art. 5o-B. O contrato de prestação de serviços conterá I - qualificação das partes; II - especificação do serviço a ser prestado; III - prazo para realização do serviço, quando for o caso; IV - valor. Art. 5o-C. Não pode figurar como contratada, nos termos do art. 4o-A desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos dezoito meses, prestado serviços à contratante na qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se os referidos titulares ou sócios forem aposentados. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 136 Trata-se da quarentena. Art. 5o-D. O empregado que for demitido não poderá prestar serviços para esta mesma empresa na qualidade de empregado de empresa prestadora de serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses, contados a partir da demissão do empregado Quando falamos de terceirização, é extremamente importante na prova da OAB a questão da RESPONSABILIDADE. O ponto mais relevante quando se fala em terceirização é em relação a responsabilidade indireta do tomador. Responsabilidade indireta se dá quando uma pessoa pode ser condenada a assumir uma dívida de outrem. A responsabilidade indireta pode ser solidária ou subsidiária. Solidária (art. 186 e 927, CC) = os responsáveis respondem em iguais condições. Não existe prerrogativa. Subsidiária (art. 5º, §5º e art. 10, §7° da lei 6019/74)= (sinônimo de secundária) aqui o tomador está em segundo plano na cadeia de responsabilidade. Aqui encontramos o benefício de ordem o tomador é beneficiado pela ordem de cobrança. Esse benefício não incide na fase conhecimento, e sim na execução. Por isso que ambas as empresas devem integrar o polo passivo da ação. Na fase de execução, quando o juiz se depara com os 2 responsáveis, ele é obrigado a exaurir a cobrança sobre o devedor principal, para, sob decisão fundamentada e insolvência do devedor principal, atacar o patrimônio do tomador. Quando você se deparar na prova com uma questão de terceirização o primeiro raciocínio que deve ser levado em conta é se se trata de TERCEIRIZAÇÃO ou de TRABALHO TEMPORÁRIO Depois desse raciocínio, você deverá verificar se os requisitos foram cumpridos ou não. Isso é imprescindível, já que: SE OS REQUISITOS FORAM CUMPRIDOS TERCEIRIZAÇÃO LÍCITA SE OS REQUISITOS NÃO FORAM CUMPRIDOS TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 137 E quais são os requisitos? VEJAMOS: TRABALHO TEMPORÁRIO - (aquela situação em que a empresa DE TRABALHO TEMPORÁRIO intermedia a mão de obra nas hipóteses do art. 2º, §2º da lei 6019/74). Ex: contrato alguém para substituir uma funcionária que está de licença maternidade, licença acidentária, HÁ SUBORDINAÇÃO entre os trabalhadores e a empresa tomadora/ contratante. Requisitos: REQUISITO 1) Art. 2º da Lei 6019/74 – o empregado deve ser contratado para atender a uma necessidade transitória da empresa tomadora de serviços: - substituição de pessoal regular e permanente, ou - demanda complementar de serviços. O que seria demanda complementar de serviços? § 2o lei 6019/74 - Considera-se complementar a demanda de serviços que seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal. REQUISITO 2) Art. 10º, §1º da lei 6019/74 – o prazo do contrato é de 180 dias (consecutivos ou não) prorrogáveis por mais 90 dias (quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram!!) ACABANDO ESSE PRAZO, PODERÁ O MESMO EMPREGADO RETORNAR À TOMADORA, em um novo contrato temporário? SIM APÓS 90 DIAS DE FINDO O CONTRATO ANTERIOR (ART. 10, §5º) CONSEQUÊNCIA se retornar antes desse prazo de 90 dias – VÍNCULO DE EMPREGO com a tomadora. ATENÇÃO!! Art. 12º, alínea “a” da lei 6019/74 – o TRABALHADOR TEMPORÁRIO tem direito a mesma remuneração percebida pelos empregados permanentes da tomadora de mesma categoria – é o que chamamos de salário equitativo. Art. 16º da lei 6019/74 – nos casos de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora responde solidariamente, seja terceirização LÍCITA ou ILÍCITA. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 138 TERCEIRIZAÇÃO - atividade MEIO e FIM - (aquela situação em que a empresa prestadora de serviços é contratada para executar as atividades para o tomador de serviços. Ex: a prestadora de serviços é contratada para fazer a limpeza da empresa, a vigilância, a correção de exercícios e provas de uma determinada instituição de ensino.) NÃO há subordinação entre os trabalhadores e a tomadora/contratante. SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA, LIMPEZA + SERVIÇOS EM GERAL (meio ou fim): a terceirização de atividade pode ser temporária ou permanente, desde que, ausente o requisito da SUBORDINAÇÃO DIRETA em relação à tomadora. PARA MEMORIZAR – Consequências da terceirização ILÍCITA (seja ela fim ou meio – será ilícita quando os requisitos NÃO foram cumpridos) nulidade do contrato formado com a 1ª corré (prestadora) reconhecimento do vínculo empregatício com a segunda corré (tomadora) retificação da CTPS. Responsabilidade: pelo ato ilícito, as 2 empresas deverão responder solidariamente com base nos arts. 186 e 927, CC. Eventualmente, caso o juiz entenda que a terceirização foi lícita, a empresa tomadora de serviços ainda assim é responsável subsidiária. Então vamos deixar claro o que acontece na nossa AÇÃO TRABALHISTA caso tenhamos um caso de terceirização? SE A TERCEIRIZAÇÃO FOR LÍCITA (quer dizer que cumpriram os requisitos): 1) colocar as 2 empresas no polo passivo (prestadora e tomadora) 2) abrir um tópico no mérito com o título – TERCEIRIZAÇÃO LÍCITA – explicando que os requisitos FORAM CUMPRIDOS e pedir a RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA (art. 5º, §5º e art. 10, §7° da lei 6019/74) SE A TERCEIRIZAÇÃO FOR ILÍCITA (quer dizer que os requisitos NÃO foram cumpridos): 1) colocar as 2 empresas no polo passivo (prestadora e tomadora) 2) abrir um tópico no mérito com o título – TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA – explicando Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 139 que os requisitos NÃO foram cumpridos e pedir a RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA em razão do cometimento de fraude/ato ilícito (art. 186 e 927 do CC). ESTUDO DE CASO: o empregado lhe informou que foi contratado na data 10/05/2015 pela empresa Prestadora de serviços, para trabalhar na empresa BANCO OURO como caixa e, que até hoje está trabalhando no banco. COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? O autor foi contratado pela 1ª corré (prestadora) no dia 10/05/2015 para exercer as funções de caixa na 2ª corré (tomadora – banco) e, que seu contrato está em andamento. Conforme se verifica, trata-se de intermediação de mão de obra por empresa interposta, o que é excepcionalmente admitido pela legislação trabalhista brasileira. Entretanto, o autor que prestava serviços ligados a atividade fim da empresa tomadora, não foi contratado para atender uma necessidade transitória em virtude de substituição de pessoal, regular e permanente ou em virtude de demanda complementar de serviços. (art. 2º da lei 6019/74) Além do mais, o prazo previsto para contratação temporária, qual seja 180 dias prorrogável por mais 90 dias, não foi observado. (art. 10º, §1º e 2º da lei 6019/74) Assim, tendo em vista a ilicitude do contrato temporário, já que não cumpridos os requisitos, deverá ser declarada a nulidade do contrato de trabalho formado com a 1ª corré e o reconhecimento do vínculo empregatício formado com a 2ª corré, com a consequente retificação de sua CTPS, nos termos do art. 9º, em observância ao princípio da primazia da realidade. Em virtude do ato ilícito praticado pelas corrés, ambas deverão responder solidariamente com base nos arts. 186, 927 do CC. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 140 SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS PERTINENTES Sum-331 CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE (nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomadorArt. 500, CLT , Súm. 51,II, TST. Art. 444 pú da CLT Art. 846 e 850, CLT e art. 477-B da CLT PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO Tem por objetivo manter o vínculo empregatício a fim de melhorar a condição do trabalhador. Deste modo, presume-se que o contrato de trabalho foi celebrado por prazo indeterminado. È válido o contrato por prazo determinado (ou a termo) somente nos casos previstos em lei, como o art. 443, CLT e Lei 9601/98 (flexibilização do direito do trabalho: prevê hipótese de contratação a termo independentemente das condições estabelecidas na CLT, desde que previsto em acordo ou convenção coletiva) SUM-212 DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA (mantida) do TST - Res. 21/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favo- rável ao empregado. PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE / DA PRIMAZIA DA REALIDADE SOBRE A FORMA Quando houver confronto entre a verdade real e a verdade formal, prevalecerá a verdade real. Assim, o contrato de trabalho é conhecido como contrato-realidade. Existem empregadores que fraudam a lei, prejudicando o trabalhador. Como a falta de anotação na CTPS, o cartão de ponto britânico ou inglês (Súm. 338, III, TST), a “pejotização” etc. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 11 OUTROS PRINCÍPIOS APLICÁVEIS a) Boa-Fé b) Dignidade da Pessoa Humana c) Razoabilidade, Proporcionalidade e Ponderação de Interesses d) Eficácia Vertical e Horizontal dos Direitos Fundamentais etc. e) Princípio da imediatidade – havendo o descumprimento de alguma cláusula contratual, a parte prejudicada deverá de imediato tomar as medidas cabíveis. A inércia por parte do empregador importa em perdão tácito e, a inércia do empregado, importa na continuidade da relação de trabalho. Ex: 1- empregado comete falta grave e empregador não aplica nenhuma penalidade. Não poderá alegar no futuro uma dispensa por justa causa, apoiada nesse acontecimento. (ocorreu perdão tácito) 2- empregado depois de 5 anos carregando excessivo peso, é dispensado e alega que na verdade foi uma rescisão indireta, pois seu empregador exigia além das forças necessárias para a execução do serviço. (ocorreu perdão tácito) 2) PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO PRINCÍPIO DA CELERIDADE A característica é a rapidez, pois trata de direitos sociais (salário). Está ligado aos outros princípios mencionados, a seguir. PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO Todos os atos são realizados em audiência una, via de regra. PRINCÍPIO DA ORALIDADE Prevalece a palavra oral, ao contrário do processo civil. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 12 PRINCÍPIO DO JUS POSTULANDI É um facilitador para o trabalhador requerer seus direitos. Tanto reclamante quanto reclamado podem utilizar desse princípio. Nada mais é que o fato de que, tanto empregado quanto empregador podem demandar em juízo sem necessidade de constituir advogados nos autos. Mas esse princípio não é absoluto. A súmula 425 do TST e o art. 855-B da CLT restringem esse princípio. SÚMULA Nº 425 JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Va- ras do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. Essa restrição é lógica, porque? Os recursos julgados pelo TST e os procedimentos da ação rescisória, cautelar e o mandado de segurança, por serem naturalmente mais complexos, dificultam a atuação das partes sem a assistência de advogado. PARA HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado. § 1o As partes não poderão ser representadas por advogado comum. § 2o Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria. Art. 855-C. O disposto neste Capítulo não prejudica o prazo estabelecido no § 6o do art. 477 desta Consolidação e não afasta a aplicação da multa prevista no § 8o art. 477 desta Consolidação. Art. 855-D. No prazo de quinze dias a contar da distribuição da petição, o juiz analisará o acordo, designará audiência se entender necessário e proferirá sentença. Art. 855-E. A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados. Parágrafo único. O prazo prescricional voltará a fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que negar a homologação do acordo. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 13 PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO ART. 846 E 850, CLT A tentativa de conciliação é indispensável nos dissídios individuais e coletivos sob pena de nulidade – art. 764, CLT ATENÇÃO!!!! Com a reforma trabalhista tivemos uma ampliação do campo de aplicação da legislação comum ao direito do trabalho. Art. 8º § 1º, CLT O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho. § 2o Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não este- jam previstas em lei. § 3o No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva. Aplicação subsidiária do CPC – art. 769, CLT: 1º) Omissão; 2º) Compatibilidade com Princípios do processo do trabalho. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br ENDEREÇAMENTO QUALIFICAÇÃO PRELIMINAR DE CONDIÇÃO DA AÇÃO TRAMITAÇÃO PREFERENCIAL PREVENÇÃO JUSTIÇA GRATUITA HONORÁRIOS ADVICATÍCIOS VERBAS RECISÓRIAS MULTAS MÉRITO CONCLUSÃO @isadora_athayde | pág. 14 3) PETIÇÃO INICIAL/ RECLAMAÇÃO TRABALHISTA ORGANOGRAMA (Reforma Trabalhista) (se houver) (Se houver) (Se houver) (Se houver) Bloco da extinção do contrato (se houver) Formalismo: §1º fundamento legal §2º caso concreto §3º dessa forma o autor tem direito/faz juz a ... (REFORMA TRABALHISTA – FIXO!) } Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadorados serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indi- reta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àque- las obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respon- dem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações traba- lhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 141 29) INDENIZAÇÃO Fundamentação legal: art. 186, 187, 927, 949 e 950 do CC + arts. 223- A a 223-G da CLT Legenda: VERDE (natureza indenizatória) Resumo do direito material pertinente: Comentários retirados do tópico “INDENIZAÇÃO” foram retirados do artigo: DANO EXTRAPATRIMONIAL TRABALHISTA – AUTOR: Thiago Athayde Dias Alves. Vejamos: A inclusão do Título II-A, Do Dano Extrapatrimonial, à CLT demonstra que, a partir de agora, o dano extrapatrimonial será regulado pela CLT, e não mais pelo Código Civil. O artigo 223-A deixa claro isso ao determinar que aos danos de natureza extrapatrimonial decorrentes da relação de trabalho serão aplicados apenas os dispositivos do referido Título II-A. Art. 223-A. Aplicam-se à reparação de danos de natureza extrapatrimonial decorrentes da relação de trabalho apenas os dispositivos deste Título. Art. 223-B. Causa dano de natureza extrapatrimonial a ação ou omissão que ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física ou jurídica, as quais são as titulares exclusivas do direito à reparação. O artigo 223-B demonstra claramente a utilização da designação extrapatrimonial como gênero, e o dano moral como espécie, quando diz “ação ou omissão que ofenda a esfera moral ou existencial”. Este artigo abrange a incidência do abuso de direito e ato ilícito contra bens não patrimoniais. Do mesmo modo, deixa claro que esta violação poderá ocorrer com pessoa física ou jurídica. Há uma grande discussão pela doutrina e demais operadores do direito sobre o artigo 223-B, no sentido de que ele haveria excluído o dano em ricochete. No entanto, entende-se que não há exclusão. O artigo informa que são titulares exclusivos do direito à reparação pessoa física e jurídica que sofreu o dano de natureza extrapatrimonial. Primeiramente, as vedações devem ser sempre interpretadas restritivamente. Assim, não tendo a lei expressamente retirado a possibilidade do ordenamento jurídico, entende-se que ela permanece em vigor. Percebe-se que o terceiro próximo ao diretamente ofendido é titular exclusivo do direito à reparação do seu abalo. Uma mãe de um trabalhador que sofre acidente de trabalho e fica, por exemplo, com alguma grave sequela incapacitante permanente, é titular do seu próprio direito à indenização por dano extrapatrimonial. É dizer, um ato ilícito de uma empresa não tem o condão de causar dano exclusivamente ao trabalhador. Fato é que este ilícito, ao refletir no terceiro próximo a vítima, gera a este terceiro um direito Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 142 “próprio dele” à reparação extrapatrimonial. Tanto é que a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho – TST já vem entendendo que a legitimidade de ação neste caso é dupla: o trabalhador para o seu próprio dano, e o terceiro para o dano reflexo. Art. 223-C. A etnia, a idade, a nacionalidade, a honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de ação, a autoestima, o gênero, a orientação sexual, a saúde, o lazer e a integridade física são os bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa natural. Art. 223-D. A imagem, a marca, o nome, o segredo empresarial e o sigilo da correspondência são bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa jurídica. Os artigos 223-C e 223-D exemplificam os bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa física e jurídica. Conforme ensina Maurício Godinho Delgado, “obviamente, a interpretação lógico-racional, sistemática e teleológica da regra examinada deixa claro que se trata de elenco meramente exemplificativo” (DELGADO, 2017, p.146). Isso porque a própria Constituição da República deixa claro que são objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil promover o bem de todos sem quaisquer preconceitos ou discriminação (artigo 3º, IV). Do mesmo modo, não houve a revogação da Lei n. 9.029/95 que delimita também outras práticas discriminatórias que são passiveis de reparação específicas para acesso ou permanência nas relações de trabalho. Sobre o artigo 223-D, especificamente, saliente-se que expressamente passa a proteger na seara trabalhista o direito à personalidade jurídica e à honra objetiva empresarial, contidos no artigo 52 do CC. Art. 223-E. São responsáveis pelo dano extrapatrimonial todos os que tenham colaborado para a ofensa ao bem jurídico tutelado, na proporção da ação ou da omissão. O artigo 223-E frisa a solidariedade no caso de ofensas que tiverem mais de um autor, instituto retirado do parágrafo único artigo 942 do CC. É válido para empresas de grupo econômico, terceirizadas e para trabalhadores que concorrem para a lesão ao direito de personalidade. Art. 223-F, CLT A reparação por danos extrapatrimoniais pode ser pedida cumulativamente com a indenização por danos materiais decorrentes do mesmo ato lesivo. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 143 O Artigo 223-F insere na lei posicionamento já pacificado, e inclusive sumulado pelo STJ, sobre a possibilidade de cumulação de pedidos de indenização por danos extrapatrimoniais e danos materiais. § 1o Se houver cumulação de pedidos, o juízo, ao proferir a decisão, discriminará os valores das indenizações a título de danos patrimoniais e das reparações por danos de natureza extrapatrimonial. § 2o A composição das perdas e danos, assim compreendidos os lucros cessantes e os danos emergentes, não interfere na avaliação dos danos extrapatrimoniais. SÚMULA N. 37 DO STJ: São cumuláveisas indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato. Dano estético - O dano estético é a violação ao direito da personalidade do empregado, qual seja lesão à imagem, correspondente à DEFORMIDADE FÍSICA que causa diminuição da integridade corporal EXTERNA. Em relação ao quantum da indenização (valor), a reforma trabalhista acabou trazendo o “tarifamento” da indenização em seu art. 223-G, parágrafo único da CLT: § 1º Ao julgar procedente o pedido, o juízo fixará a reparação a ser paga, a cada um dos ofendidos, em um dos seguintes parâmetros, vedada a acumulação I - para ofensa de natureza leve - até três vezes o valor do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social; II - para ofensa de natureza média - até cinco vezes o valor do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social; III - para ofensa de natureza grave - até vinte vezes o valor do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social; ou IV - para ofensa de natureza gravíssima - até cinquenta vezes o valor do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. § 2o Se o ofendido for pessoa jurídica, a indenização será fixada com observância dos mesmos parâmetros estabelecidos no § 1o deste artigo, mas em relação ao salário contratual do ofensor. Vamos agora visualizar como você vai identificar isso na sua prova. Quando você terá Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 144 que pedir indenização na sua ação trabalhista. VAMOS LÁ! Eu quero que vocês entendam que poderemos ter que fazer o pedido das seguintes indenizações a depender do caso concreto: Indenização por DANO MORAL – art. 223-B e 223-C da CLT + art 186 e 927 do CC Indenização por DANO MATERIAL – art. 186 e 927, CC Indenização por DANO ESTÉTICO – art. 186 e 927, CC Pensão vitalícia - art 950 caput + pú CC MUITO IMPORTANTE! Além dos fundamentos legais, vocês sempre vão utilizar na fundamentação o tripé do pedido de indenização. SEMPRE vamos afirmar que o empregador cometeu ATO ILÍCITO, que houve dano e nexo de causalidade entre a conduta ou omissão do empregador e o dano. Isa! Mas como saber qual delas se enquadra em cada situação? É simples! Sempre que você verificar que existe pedido de indenização, você irá pedir a indenização por DANO MORAL (então se tem indenização, tem indenização por dano moral). Indenização por dano MORAL – se você verificou que houve violação à etnia, a idade, a nacionalidade, a honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de ação, a autoestima, o gênero, a orientação sexual, a saúde, o lazer e a integridade física – vamos pedir indenização por DANO MORAL Indenização por DANO MATERIAL- se o empregado teve alguma diminuição patrimonial em razão da conduta ou negligência do empregador – pediremos DANO MATERIAL. O DANO MATERIAL é dividido em DANOS EMERGENTES (que é o prejuízo DIRETO) E LUCROS CESSANTES (valor que o empregado deixou de receber). Ex: empregado sofreu acidente de trabalho e teve GASTOS (prejuízo) com médicos, remédios e AINDA ficou impossibilitado de fazer transporte de uber que ele trabalhava para complementar a renda. Vamos pedir nesse caso indenização por dano MATERIAL – danos emergentes - em razão dos gastos com médico e remédio e ainda pediremos indenização por dano MATERIAL – lucros cessantes - em razão dos valores que DEIXOU DE GANHAR na sua atividade como uber. Indenização por DANO ESTÉTICO – vamos pedir se o exercício deixou claro pra gente Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 145 que houve algum dano aparente, visível. Ex: o empregado ficou com uma cicatriz no rosto em razão do acidente. ATENÇÃO – se houve um dano em algum órgão interno, não gera indenização por dano estético (ninguém vê o dano ao órgão interno, então não é um dano aparente.) Pensão vitalícia - vamos pedir quando o acidente do trabalho ou doença profissional tiver deixado o trabalhador incapacitado de exercer sua atividade. Art. 950, CC. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu. Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez. ESTUDO DE CASO: o empregado sofreu acidente na escada na empresa, tendo ficado afastado por 10 dias. Informou ainda que gastou cerca de 200 reais com medicamentos e que ainda estava com movimentos debilitados em razão da fratura no punho. COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? Os artigos 223-B e 223-C estabelecem o pagamento de indenização por danos morais no caso de ofensa a esfera moral ou existencial da pessoa física, em especial à saúde e integridade física. Ainda, o art, 186 e 927 do CC estabelece o dever de indenizar do empregador quando esse por ação ou omissão cometer ato ilícito. No caso em questão, o empregado sofreu um acidente de trabalho, tendo ficado afastado por 10 dias. Ainda teve gastos de R$200,00 com medicamentos, tendo ficado com sequelas. Dessa forma, faz jus ao pagamento de indenização por sano MORAL, MATERIAL (danos emergentes em razão dos gastos no importe de R$200,00 com medicamento) em razão do cometimento de ato ilícito pelo empregador, dano causado ao empregado e nexo de causalidade. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 146 30) CONCLUSÃO COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? Diante do exposto, requer a CITAÇÃO/NOTIFICAÇÃO DA RÉ para, sob as penas da lei, comparecer a audiência a ser designada e, querendo, apresentar defesa e acompanhar o processo até sentença final que, JULGANDO PROCEDENTES os seus pedidos, CONDENARÁ a ré ao pagamento das parcelas pleiteadas: (aqui repetir os títulos do mérito – ex: - horas extras – R$ APURADOS - adicional de insalubridade – R$ APURADOS - indenização por dano moral – R$ APURADOS (...) Os pedidos estão certos e determinados conforme art. 840, §1º da CLT(FIXO) Requer a produção de todos os meios de prova admitidos em direito. (FIXO) Requer ainda o benefício da justiça gratuita (SE VOCÊ TIVER PEDIDO NA SUA PEÇA) Ainda, requer a condenação da ré no pagamento de honorários advocatícios no importe de mínimo 5% máximo 15%, nos termos do art. 791-A da CLT. (FIXO) Ainda, requer a intimação da ré para juntar aos autos os cartões de ponto do autor, nos termos do art. 355 para que sejam gerados os efeitos do art. 359, ambos do CPC. (SE FOI MENCIONADO NO EXERCÍCIO A EXISTÊNCIA DE CARTÕES DE PONTO ou NO CASO DE OBRIGATORIEDADE DE CONTROLE – ART. 74§2 DA CLT) Dá-se a causa o valor de ... Nesses termos, pede deferimento LOCAL E DATA nome e assinatura do advogado nº da OAB * endereço para intimação do advogado Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por- 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 147 ATENÇÃO!!! Basta gravar as palavrinhas que vão estar no espelho: citação/notificação julgar procedentes os pedidos condenar a ré meios de prova condenação em honorários advocatícios valor da causa local/data assinatura/oab advogado NESSE TEMA TEVE INOVAÇÃO COM A REFORMA! Art. 840 § 1o CLT - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. COMO A CONCLUSÃO JÁ FOI PONTUADA NO ESPELHO DE CORREÇÃO DA FGV? XXX EXAME – FGV ITEM PONTUAÇÃO Encerramento 15. Reiterar o pedido de tutela de urgên- cia ou evidência ou provisória (0,10) e procedência dos pedidos (0,10) 0,00/0,10/0,20 Fechamento Peça 16. Data, local, advogado(a) e OAB (0,10) 0,00/0,10 XXVII EXAME – FGV ITEM PONTUAÇÃO 13. Requerimento de procedência dos pedidos (0,10) 0,00/0,10 14. Indicação das provas que pretende produzir (0,10) 0,00/0,10 Fechamento Peça 16. Local, data, advogado e inscrição OAB (0,10) 0,00/0,10 Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br PRÁTICA TRABALHISTA 2ª etapa da OAB Professora: Isadora Athayde @isadora_athayde Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.comAthayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 15 VAMOS VER COMO FICARIA UMA PEÇA COM TODOS ESSES PONTOS? Ao Juízo da --- Vara do Trabalho de … * distribuição por dependência/prevenção aos autos nº: …. (apenas em caso de preven- ção) EMPREGADO, QUALIFICAÇÃO COMPLETA, endereço completo, com CEP, vem à presença de Vossa Excelência, por seu advogado infra-assinado (procuração anexa), com fulcro nos arts. 840 caput e § 1ºda CLT e 319 do CPC, propor a presente AÇÃO TRABALHISTA em face de “EMPRESA”, número do CNPJ, endereço completo, com CEP, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos: ATENÇÃO!!! Se a OAB lhe fornecer informações em relação a qualificação você deverá utilizá-las. Lembre-se: toda informação que é colocada no exer- cício deve ser utilizada e será avaliada no espelho de correção! Se a OAB não lhe passou nenhuma informação, sua qualificação será padronizada, assim como a que nós colocamos aqui. PRELIMNAR DE CONDIÇÃO DA AÇÃO (Reforma Trabalhista) (se houver) No dia “X” o autor ajuizou ação trabalhista a qual não compareceu a audiência, tendo esse sido condenado em custas conforme art. 844§ 2 º da CLT. As mesmas foram quitadas conforme comprovante anexo. Dessa forma, de acordo com o art. 844, §3º da CLT, está presente a condição para a presente ação. Atenção! Esse ponto da reforma tem grandes chances de ser conside- rado inconstitucional, mas, como a prova é feita considerada a data do edital – utilizaremos esse tópico caso a OAB nos dê a informação de que o empregado havia ajuizado uma ação anterior sem ter compare- cido à audiência e pago as custas do processo conforme determinação do art. 844 §2º da CLT. DA TRAMITAÇÃO PREFERENCIAL (só se houver) Requer a tramitação em caráter preferencial em razão: da presente ação versar única e exclusivamente sobre salário, conforme art. 652, pú. CLT; Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 16 OU da ação derivar de falência do empregador, conforme art. 652, pú. CLT; OU de uma das partes estar acometida de grave, conforme art. 1048,I, CPC; OU ter como autor idoso (+ de 60 anos), conforme art. 71, Lei 10.741/2003. DA PREVENÇÃO (só se houver) No dia “x” o autor ajuizou uma ação idêntica a essa (ou com pedidos idênticos) que foi distribuída para a “y”ª vara do trabalho de Belo Horizonte/MG. Entretanto, não pôde comparecer a audiência designada OU desistiu da ação, determinando, o arquivamento dos autos. Dessa forma, com base no art. 286,II e III, CPC, deverão os autos ser remetidos ao douto juízo da “y” Vara do Trabalho de..., eis que preventa para conhecer da presente demanda. DA JUSTIÇA GRATUITA (só se houver) O reclamante encontra-se desempregado OU recebe salário igual ou inferior a 40% do limite máximo dos benefícios da RGPS OU embora receba salário superior, possui insuficiência de recursos para o pagamento das custas (comprovantes anexos). Nos termos do art. 790, §3º da CLT, o reclamante faz jus aos benefícios da justiça gratuita. Diante do exposto, requer a concessão dos benefícios. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS (FIXO após a reforma) Hipótese 1: empregado assistido por advogado PARTICULAR: Estabelece o art. 791-A da CLT que ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. Estando o autor assistido por advogado, requer-se a condenação do empregador em honorários advocatícios no importe de no mínimo 5% e no máximo 15%. Hipótese 2: empregado assistido por advogado DO SINDICATO: Estabelece o art. 791-A, § 1º que os honorários são devidos também nas ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria. Ainda, prevê o art. 14 e 16 da lei 5584/70 que os honorários do advogado pagos pelo vencido reverterão em favor do Sindicato assistente. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 17 Estando o autor assistido por advogado, requer-se a condenação do empregador em honorários advocatícios no importe de no mínimo 5% e no máximo 15%. DAS VERBAS RESCISÓRIAS Em virtude da dispensa imotivada OU da demissão OU justa causa OU rescisão indireta OU da extinção por acordo entre as partes OU do término do contrato por prazo determinado, o autor tem direito ao recebimento das seguintes verbas rescisórias: saldo de salário (“x” dias), salário referente ao aviso prévio indenizado proporcional (se for o caso) de “x” dias considerada a projeção do término do contrato de trabalho para a data x , 13ºsalário proporcional do ano de -- (“x”/12), férias do período aquisitivo ... de forma proporcional (“X”/12) acrescidas do terço constitucional; FGTS sobre saldo de salário, aviso prévio, 13º salário proporcional, e indenização de 40% sobre o FGTS. ATENÇÃO! Quando você for pedir verbas rescisórias, você não precisa colocar os fundamentos legais (artigos). DA BAIXA E ENTREGA DOS DOCUMENTOS Por fim, deverá ser dada baixa na CTPS do autor, fazendo constar como data de saída o dia ..., considerada a projeção do término do contrato em virtude do aviso prévio; entrega das guias TRCT e CD/SD para saque do FGTS e requerimento do seguro desemprego; bem como a entrega dos documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual, conforme art. 477 caput e §6º e §10º da CLT. DAS MULTAS ART. 477, §8º E ART. 467, CLT Como as verbas rescisórias não foram pagas no prazo de 10 dias previsto no art. 477, §6º, restou configurada a mora do empregador, razão pela qual o autor tem direito ao recebimento da multa prevista no §8º do referido artigo no importe de 1 salário mensal. Ainda, caso as verbas incontroversas não sejam pagas na audiência, deverão ser pagas acrescidas de 50% na forma do art. 467 da CLT. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 18 DO MÉRITO ATENÇÃO!!! Aqui no mérito você deverá colocar ponto a ponto os direitos do empregado que foram apresentados no exercício. Cada ponto do mérito (que equivale a um direito do autor – ex: horas extras, adicional de insalubridade, indenização, etc) – deverá ser escrito com o seguinte formalismo: TÍTULO (ex: horas extras, adicional de insalubridade, indenização, etc) §1 FUNDAMENTO LEGAL – aqui você apresenta o artigo, lei, súmula, OJ, que justifica o direito do autor. §2 CASO CONCRETO – basta escrever a situação concreta que aconteceu com o empregado (o exercício lhe dará essa informação) Não se esqueça de fazer o link com a situação concreta. “NO CASO EM QUESTÃO...” §3 CONCLUSÃO – “dessa forma, faz jus o autor/tem direito a ....” CONCLUSÃO Diante do exposto, requer a CITAÇÃO DA RÉ para, sob as penas da lei, comparecer a audiência a ser designada e, querendo, apresentar defesa e acompanhar o processo até sentença final que, JULGANDO PROCEDENTES os seus pedidos,CONDENARÁ a ré ao pagamento das parcelas pleiteadas: (citar os pedidos e deixar claro o valor da causa em cada um deles). Ex: Hora extra – valor apurado Adicional de insalubridade – valor apurado (...) Requer a produção de todos os meios de prova admitidos em direito. Requer ainda o benefício da justiça gratuita. (SE VOCÊ TIVER REQUERIDO) Ainda, requer a condenação da ré no pagamento de honorários advocatícios no importe de no mínimo 5% e no máximo 15%. (FIXO) Ainda, requer a intimação da ré para juntar aos autos os cartões de ponto do autor, nos termos do art. 396 para que sejam gerados os efeitos do art. 400, ambos do CPC. (SE FOI MENCIONADO NO EXERCÍCIO A EXISTÊNCIA DE CARTÕES DE PONTO OU SE MENCIONOU QUE A EMPRESA TEM MAIS DE 20 EMPREGADOS – ART. 74, §2 DA CLT) Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 19 Dá-se a causa o valor de ... Nesses termos, pede deferimento LOCAL E DATA nome e assinatura do advogado nº da OAB * endereço para intimação do advogado ATENÇÃO!!! Não invente nenhum dado na finalização. Em hipótese nenhuma especifique a data ou coloque seu nome, sob pena de se enquadrar como identificação de prova. A maior inovação da reforma trabalhista que alterou na petição inicial é em relação ao valor da causa que deve constar de todos os pedidos. Art 840 § 1o Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. § 3o Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1o deste artigo serão julga- dos extintos sem resolução do mérito.. Agora que nós tivemos uma noção geral da nossa INICIAL, vamos entender ponto a ponto do nosso organograma da INICIAL? ENDEREÇAMENTO Ao Juízo da --- Vara do Trabalho de … * distribuição por dependência/prevenção aos autos nº: …. (apenas em caso de prevenção) * não colocar no endereçamento “direito” e “comarca”. * Cidade – LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO (REGRA). Art. 651, CLT. Se o exercício não lhe deu essa informação deixar em branco * SE prestou serviço em mais de um local: endereçar para o ÚLTIMO local de prestação de serviço. (em uma questão aberta você responderia que a competência é de qualquer dos lugares da prestação de serviço) * “Distribuição por prevenção aos autos nº …..” só vou colocar isso, se for caso de prevenção. (autor ajuizou outra ação idêntica anterior - ou com apenas alguns pedidos idênticos - a qual foi arquivada). * Motivos de arquivamento: não comparecimento à audiência OU desistência da ação. O endereçamento será diretamente para a vara preventa. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 20 Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. QUALIFICAÇÃO COMO ESCREVER ESSE TÓPICO NA PROVA? EMPREGADO, QUALIFICAÇÃO COMPLETA, endereço completo, com CEP, vem à presença de Vossa Excelência, por seu advogado infra-assinado (procuração anexa), com fulcro nos arts. 840 caput e § 1ºda CLT e 319 do CPC, propor a presente AÇÃO TRABALHISTA em face de “EMPRESA”, número do CNPJ, endereço completo, com CEP, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos: COMO O ENDEREÇAMENTO E A QUALIFICAÇÃO JÁ FORAM PONTUADOS NO ESPELHO DE CORREÇÃO DA FGV? XIV EXAME – FGV FORMATO – Petição inicial, com endereçamento ao juízo de Manaus-AM, identificação de autor e ré. ITEM PONTUAÇÃO Petição inicial, com endereçamento ao juízo de Manaus, AM 0,00 / 0,10 XII EXAME – FGV GABARITO COMENTADO Elaboração de uma petição inicial, com endereçamento ao juiz do Trabalho de uma das Varas de Cuiabá e qualificação das partes. ITEM PONTUAÇÃO Formato de petição inicial, com endere- çamento ao juiz do trabalho de Cuiabá (0,20) e nome e qualificação do reclaman- te (0,20) e nome e qualificação do recla- mado (0,20). 0,00 – 0,20 – 0,40 – 0,60 Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 21 XXX EXAME – FGV GABARITO COMENTADO O examinando deverá formular uma petição Inicial de reclamação trabalhista dirigida ao juízo da Vara do Trabalho de Parauapebas /PA, qualificando as partes envolvidas. ITEM PONTUAÇÃO 1. Reclamação trabalhista com endere- çamento ao juízo da Vara do Trabalho de Parauapebas/PA (0,10). Indicação do Art. 840, § 1, CLT (0,10). 0,00/0,10/0,20 2. Qualificação do reclamante (0,10) e da reclamada (0,10) 0,00/0,10/0,20 Atenção!!! TODOS OS DADOS DA QUALIFICAÇÃO, fornecidos pela banca, de- verão ser inseridos na sua peça. TRAMITAÇÃO PREFERENCIAL: Assegura-se a tramitação preferencial do feito nas seguintes hipóteses: a) processos em que figurar como parte ou interessado idoso – pessoa com idade igual ou superior a 60 anos (art. 71, Lei 10.741/2003, art. 1048,I, CPC); b) o dissídio versar exclusivamente sobre salário (art. 652, § ú, CLT); c) decorrer da falência do empregador (art. 652, § ú, CLT) e d) figurar como parte ou interessado portador de doença grave (art. 1048,I, CPC). COMO ESCREVER NA PROVA? Requer a tramitação em caráter preferencial em razão: da presente ação versar única e exclusivamente sobre salário, conforme art. 652, pú. CLT; OU da ação derivar de falência do empregador, conforme art. 652, pú. CLT; OU de uma das partes estar acometida de doença grave, conforme art. 1048, I CPC; OU ter como autor idoso (+ de 60 anos) , conforme art. 71, Lei 10.741/2003, art. 1048, I CPC. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 22 DA PREVENÇÃO (SÓ SE HOUVER) COMO ESCREVER NA PROVA? No dia “x” o autor ajuizou uma ação idêntica a essa (ou com pedidos idênticos) que foi distribuída para a “y”ª vara do trabalho de Belo Horizonte/MG. Entretan- to, não pôde comparecer a audiência designada OU desistiu da ação, determi- nando, o arquivamento dos autos. Dessa forma, com base no art. 286,II e III, CPC, deverão os autos ser remetidos ao douto juízo da “y” Vara do Trabalho de..., eis que preventa para conhecer da presente demanda. JUSTIÇA GRATUITA O benefício da justiça gratuita implica apenas a isenção do pagamento de despesas processuais previstas. COMO ESCREVER NA PROVA? O reclamante encontra-se desempregado OU recebe salário igual ou inferior a 40% do limite máximo dos benefícios da RGPS OU embora receba salário su- perior, possui insuficiência de recursos para o pagamento das custas (compro- vantes anexos). Nos termos do art. 790, §3º da CLT, o reclamante faz jus aos benefícios da jus- tiça gratuita. Diante do exposto, requer a concessão dos benefícios. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS (FIXO APÓSA REFORMA) COMO ESCREVER NA PROVA? Hipótese 1: empregado assistido por advogado PARTICULAR: Estabelece o art. 791-A da CLT que ao advogado, ainda que atue em causa pró- pria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que re- sultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. Estando o autor assistido por advogado, requer-se a condenação do emprega- dor em honorários advocatícios no importe de no mínimo 5% e no máximo 15%. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 23 Hipótese 2: empregado assistido por advogado DO SINDICATO: Estabelece o art. 791-A, § 1º que os honorários são devidos também nas ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria. Ainda, prevê o art. 14 e 16 da lei 5584/70 que os honorários do advogado pagos pelo vencido reverterão em favor do Sindicato assistente. Estando o autor assistido por advogado, requer-se a condenação do empregador em honorários advocatícios no importe de no mínimo 5% e no máximo 15%. VERBAS RESCISÓRIAS LEGENDA: LARANJA ATENÇÃO!!! As verbas rescisórias + multas que nós chamamos de BLOCO DE EXTINÇÃO DO CONTRATO nós só iremos pedir no caso de o exercício trazer a informação que o contrato foi extinto e DESDE que não tenha vindo a informa- ção que o empregado já fez o acerto/ quitação. MODALIDADE DE EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO - VERBAS RESCISÓRIAS A regra é que o contrato seja por prazo indeterminado em razão do Princípio da continuidade da relação de emprego. Já o contrato por prazo determinado é exceção prevista na CLT e leis esparsas. Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. § 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. § 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) de atividades empresariais de caráter transitório; c) de contrato de experiência. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 24 Dessa forma, é possível o contrato por prazo determinado: - Somente se for para serviço transitório (até 2 anos) - Somente se atividade do empregador for transitória Posso escolher contratar por tempo determinado ou terceirizar. (até 2 anos) - Contrato de experiência (até 90 dias) O prazo deve ser observado, pois não posso contratar por prazo superior ao previsto no art. 445 da CLT. O prazo não pode ser superior a dois anos ou 90 dias (experiência) e admite 1 única prorrogação (art. 451 da CLT) desde que a soma dos períodos não ultrapasse 2 anos ou 90 dias. O parágrafo único do art. 445 fala do prazo para contrato de experiência não superior a 90 dias, prorrogável 1 única vez (art. 451 da CLT) mas a soma dos períodos não pode ser mais que 90 dias. Com a extinção do contrato, seja ele a termo ou indeterminado, o empregador deverá pagar ao empregado as verbas rescisórias. CONCEITO DE VERBAS RESCISÓRIAS - Sentido restrito – aquilo que é devido ao empregado uma vez rompido o vínculo contratual, apenas em decorrência da rescisão. Ou seja, são verbas devidas em razão da extinção e tão somente. As verbas rescisórias, bem como as multas, só podem ser pleiteadas caso o contrato tenha sido EXTINTO, por qualquer forma. Dessa forma, quando falamos em verbas rescisórias, automaticamente temos que pensar qual é o máximo que um empregado pode receber em razão da EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO (6 verbas rescisórias + 2 multas). São elas (vamos decorar nessa ordem!!): Saldo de salário Aviso prévio proporcional por tempo de serviço 13º salário proporcional Férias proporcionais + 1/3 FGTS (sobre tudo acima, com exceção das férias proporcionais) Indenização de 40% sobre o FGTS Entrega dos documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes (art. 477, caput e §6º) MULTAS – ART. 477, §6 E §8 (1 salário mensal) + ART. 467 (50% sobre as verbas incontroversas) Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 25 VERBAS RESCISÓRIAS ADVINDAS DA EXTINÇÃO DO CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO Nos contratos de prazo determinado, regra geral, não se fala em aviso prévio uma vez que o contrato já nasce com predeterminação sendo que as partes já estão cientes do seu termo final. Porque eu avisaria um empregado de forma prévia, de um contrato que ele já sabe quando vai terminar? A única hipótese em que o contrato por prazo determinado terá o aviso prévio, será no caso deste possuir a cláusula assecuratória do art. 481, CLT, que será a possibilidade das partes colocarem uma cláusula do direito de extinguir o contrato antes do termo/ prazo acordado. Se esta cláusula for exercida, as verbas rescisórias serão as do contrato por prazo indeterminado. SUM-163 AVISO PRÉVIO. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos contratos de experiência, na forma do art. 481 da CLT (ex-Prejulgado nº 42). COMENTÁRIO SÚMULA 163 DO TST – Cuidado com essa súmula ! Como acabamos de falar, EM REGRA, o contrato por prazo determinado é incompatível com o aviso prévio. Essa súmula, ao dispor sobre o cabimento do aviso prévio, está se referindo as situações de contratos que possuem a CLÁUSULA ASSECURATÓRIA – nesse hipótese o aviso prévio será devido. Quando falamos de extinção do contrato por prazo determinado, teremos 2 situações: a extinção NORMAL (aquela que se dá no termo, no prazo combinado); a extinção ANORMAL (aquela que se dá ANTES DO PRAZO). Dependendo da forma como se extinguir, teremos a pagamento das verbas rescisórias descriminadas abaixo. * EXTINÇÃO NORMAL DO CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO – TERMO FINAL, ACORDADO. saldo de salário; (art. 459 da CLT) 13º proporcional; (art. 3º da Lei 4090/62) férias proporcionais mais 1/3; (art. 146 parágrafo único e 147 da CLT) FGTS (sobre tudo acima, com exceção das férias proporcionais) (art. 15 da lei 8036/90) Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 26 Entrega dos documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes (art. 477, caput e §6º) MULTAS – ART. 477, §6 E §8 (1 salário mensal) + ART. 467 (50% sobre as verbas incontroversas) Aqui nesse caso fica simples,né? Como o contrato terminou no prazo, não há necessidade do aviso prévio (incompatível com o contrato por prazo determinado) e, muito menos o pagamento da indenização de 40%, já que não houve “culpa do empregador” na extinção. * EXTINÇÃO ANTES DO TERMO FINAL DO CONTRATO: se foi o EMPREGADOR que rescindiu antes do termo/prazo: (vão ser as mesmas verbas da dispensa imotivada+ indenização do art. 479, CLT). 6 verbas rescisórias + 2 multas + indenização do art. 479, CLT saldo de salário; (art. 459 da CLT) 13º proporcional; (art. 3º da Lei 4090/62) férias proporcionais mais 1/3; (art. 146 parágrafo único e 147 da CLT) FGTS (sobre tudo acima, com exceção das férias proporcionais) indenização de 40% do FGTS; (art. 18, § 1º da Lei 8036/90) indenização do art. 479 da CLT metade dos salários que seriam devidos até o final do contrato. (essa indenização é típica do contrato por prazo determinado) Entrega dos documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes (art. 477, caput e §6º) MULTAS – ART. 477, §6 E §8 (1 salário mensal) + ART. 467 (50% sobre as verbas incontroversas) se foi o EMPREGADO que rescindiu antes do termo/prazo: (pedido de demissão) 6 verbas rescisórias + 2 multas + indenização do art. 480, CLT (o empregado tem que pagar ao empregador) saldo salário; (art. 459 da CLT). - 13º proporcional; - (art. 3º da Lei 4090/62) férias proporcionais mais 1/3; - (art. 146 parágrafo único e 147 da CLT) - FGTS (sobre tudo acima, com exceção das férias proporcionais) - (art. 15 da lei 8036/90) indenização do art. 480, caput + §1º, CLT - O empregador poderá demonstrar o prejuízo e exigir indenização, a qual não poderá ser superior do que aquela que o empregado receberia caso o empregador promovesse a dispensa imotivada antes do termo final Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 27 - (metade dos salários que teria que receber até o termo final do contrato) - (essa indenização é típica do contrato por prazo determinado) Entrega dos documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes (art. 477, caput e §6º) MULTAS – ART. 477, §6 E §8 (1 salário mensal) + ART. 467 (50% sobre as verbas incontroversas) ATENÇÃO!!! E se a extinção foi antes do termo/prazo cujo contrato prevê a cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão (art. 481 CLT)? Basta você acrescentar o AVISO PRÉVIO, já que ele só existe nos contratos por prazo determinado, quando existe a CLÁUSULA ASSECURATÓRIA. (é a exceção) Repetindo! Regra: contrato por prazo determinado não é compatível com AVISO PRÉVIO. A única hipótese em que existirá a obrigatoriedade do aviso prévio, será se o contrato contiver CLÁUSULA ASSECURATÓRIA. VERBAS RESCISÓRIAS ADVINDAS DA EXTINÇÃO DO CONTRATO POR DISPENSA IMOTIVADA E RESCISÃO INDIRETA Tanto na dispensa imotivada quanto na rescisão indireta a extinção ocorre por vontade ou culpa do empregador. Por esse motivo é que o empregado nessas duas hipóteses terá direito a TODAS as verbas rescisórias (6 verbas + multa do 467). A rescisão indireta é decretada judicialmente e é uma opção do empregado, sendo o principal pedido nesse tipo de reclamação. O PEDIDO É A DECRETAÇÃO DA RESCISÃO INDIRETA E PARA QUE ELA SEJA VÁLIDA NÓS TEMOS 2 REQUISITOS: falta grave cometida pelo empregador (art. 483 da CLT) + imediatidade na reação do empregado (abandono de emprego) Art. 483, § 3º - Nas hipóteses das letras “d” e “g”, poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo. d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários. (está intrinsecamente inserida na alínea ‘d”) Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 28 Nesses dois casos o empregado tem a faculdade de ajuizar a ação trabalhista pleiteando a rescisão indireta, permanecendo ou não no trabalho. Nas demais hipóteses o empregado TEM A OBRIGATORIEDADE de se afastar do serviço. Isso se faz necessário para que ele demonstre a intolerância com a atitude patronal. Tanto a alínea “d” quanto a “g” tratam de descumprimento de obrigações contratuais e nesses casos ele pode escolher se continua ou não em serviço enquanto ajuíza a reclamação. Em relação a atraso no salário existe uma certa lenda de que o atraso salarial para ensejar rescisão indireta teria que superar 3 meses. O atraso salarial superior a 3 meses é utilizado pelos auditores fiscais do trabalho para aplicação de multas administrativas. O juiz do trabalho não leva em conta essa previsão (apesar de vários julgados levarem em conta esse tempo). Basta que o empregador descumpra alguma obrigação contratual para que seja decretada a rescisão indireta. O TST tem um entendimento pacífico que a quitação dos salários atrasados em audiência não afasta a rescisão indireta. Mas o que eu quero que fique claro para vocês é que a rescisão indireta se trata da situação em que a manutenção do emprego pelo empregado se torna insustentável em razão da falta grave cometida pela empregador. SUM-13 MORA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O só pagamento dos salários atrasados em audiência não ilide a mora capaz de determinar a rescisão do contrato de trabalho. COMENTÁRIO SÚMULA 13 : dessa forma, caso o empregador pague os salários atrasados que ensejaram no pedido de rescisão indireta, o juiz não considerará esse pagamento para afastar o pedido do autor. (resumindo, se o autor pleiteou a rescisão indireta por falta de pagamento de salário, “não adianta” o empregador querer pagar esses salários na audiência para afastar a rescisão indireta. A alínea “d” trata do empregado que recebe por peça ou tarefa. Se o empregador de forma injustificada começar a diminuir o repasse de trabalho/matéria prima para esse empregado é um fato ensejador da rescisão indireta. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 29 Outros exemplos que podemos citar de falta grave cometida pelo empregado são: a do artigo 474 da CLT que trata da suspensão disciplinar - não pode ultrapassar 30 dias ultrapassando 30 dias, configura-se falta grave do empregador e o empregado poderá pleitear a rescisão indireta do contrato de trabalho bem como as verbas rescisórias; Desvio de função e acúmulo de funções também são faltas graves do empregador que podem ensejar rescisão indireta. Um outro ponto relevante é que o pedido de caracterização de rescisão indireta costuma ser acompanhado com o pedido de indenização (em razão da violação da honra subjetiva ou objetiva). Dessa forma, se você pleiteia a rescisão indireta na sua inicial, também abra um tópico pedindo indenização por DANOS MORAIS. Art. 483, a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; Por exemplo, o empregado que não tem qualificação técnica e o empregadoro transfere para um setor para que ele se veja obrigado a pedir demissão, ou também o caso em que o empregador exige que o empregado trabalhe com emprego de força superior a 60 quilos. Aqui também podemos encaixar o caso em que o empregador exige o trabalho ilícito. Nesse caso o empregado deve se negar e pleitear a rescisão indireta. ATENÇÃO !!!! alínea “a” - por diversas vezes o empregado alega se encaixar na hipótese da alínea “a” quando trabalha em empresas que exigem força física. Fiquem atentos que só dará ensejo caso a exigência for ALHEIA ao contrato de trabalho ou contrário aos bons costumes. Empregado que traba- lha como carregador de caminhão, por exemplo, não pode pleitear a rescisão indireta sob a alegação de que carrega peso excessivo, pois essa exigência NÃO é alheia ao contrato ou contrário aos bons costumes. Art. 483, b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; É quando o empregador extrapola os limites da sua autoridade abuso de autoridade – caracterizado pelo abuso de poder. O empregador se torna arbitrário e se for contínuo estará praticando o assédio moral, podendo gerar o dever de indenizar. O fato de o empregador negar serviços também é assédio moral e configura tratamento com rigor excessivo. Art. 483, c) correr perigo manifesto de mal considerável; Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 30 O perigo aqui é iminente, notório, visível, atrai risco a saúde física e mental do empregado. Ex: aquele que trabalha em construção civil sem equipamento OU aquele que trabalha com eletricidade sem proteção adequada OU aquele que trabalha com equipamentos vencidos. Art. 483, e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama; f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; O legislador também coloca como sujeito passivo do ato lesivo da honra e boa fama as pessoas da família do empregado. Já em relação a ofensa física, o legislador não coloca os familiares, mas também estão protegidos de acordo com o entendimento doutrinário e jurisprudencial. Quanto à ofensa física, há a excludente de antijuridicidade de legítima defesa, não sendo possível a configuração de rescisão indireta. É sempre bom lembrar que o empregado, diante da manifestação de uma falta grave por ato único do empregador é imprescindível que ele haja IMEDIATAMENTE. Se não o faz, o juiz não reconhece a falta grave patronal. O empregado deve demonstrar que não tolera o procedimento do empregador. A imediatidade é um requisito tanto no caso da justa causa, como aqui na rescisão indireta. A falta de reação imediata atrai o perdão tácito e leva ao indeferimento do pedido de reconhecimento da rescisão indireta. O juiz ao declarar a rescisão indireta considerará a rescisão indireta como o último dia trabalhado. Se nos casos das alíneas “d” e “g” o empregado optar por permanecer trabalhando, a rescisão indireta se concretizará na data da publicação da sentença. E se o pedido de rescisão indireta for julgado improcedente? Se o empregado continuou trabalhando (“d”, “g”) não causará nenhum impacto na relação de emprego. Se o empregado se afastou do trabalho converte em pedido de demissão/dispensa com efeitos retroativos com a efetiva condenação do empregador no pagamento das verbas rescisórias. O empregado demonstrou não aguentar mais aquela situação e acusou o empregador de cometimento de falta grave. Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 31 Obs: não configura abandono de emprego, pois esse exige o ânimo de abandonar o emprego. Em momento algum o empregado larga o trabalho no caso da rescisão indireta. ATENÇÃO!! Na rescisão indireta o pedido de multa do art. 477, §8 da CLT é um pedido juridicamente impossível, já que o empregado pleiteia a rescisão do contrato de trabalho, não existindo suporte fático. O fato gerador da multa do art. 477 é o atraso no pagamento das verbas rescisórias que só serão pagas com a rescisão – a qual só está sendo pleiteada na ação trabalhista. No caso da dispensa imotivada, a qual o empregado também faz jus à todas as verbas rescisórias, o empregador manda o empregado embora por alguma razão que NÃO SE ENCAIXA no art. 482, CLT (hipóteses de justa causa), ou seja, manda embora sem motivação nenhuma. Dessa forma, na rescisão indireta e na dispensa imotivada, o empregado fará jus à: 6 verbas rescisórias: saldo de salário; (art. 459 da CLT) aviso prévio proporcional por tempo de serviço 13º proporcional; (art. 3º da Lei 4090/62) férias proporcionais mais 1/3; (art. 146 parágrafo único e 147 da CLT) FGTS (sobre tudo acima, com exceção das férias proporcionais) indenização de 40% do FGTS; (art. 18, § 1º da Lei 8036/90) (art. 15 da lei 8036/90) Entrega dos documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes (art. 477, caput e §6º) MULTAS – ART. 477, §6 E §8 (1 salário mensal) + ART. 467 (50% sobre as verbas incontroversas) ATENÇÃO!! Na rescisão indireta não há configuração da multa do 477 por atraso no pagamento das verbas – isso porque, o empregador só toma ciência da rescisão perante o judiciário. VERBAS RESCISÓRIAS ADVINDAS DA EXTINÇÃO DO CONTRATO POR ACORDO ENTRE AS PARTES A reforma trabalhista trouxe essa nova hipótese de extinção contratual. Caso ambas as partes tenham interesse em colocar fim ao contrato serão devidas as verbas elencadas no art. 484-A da CLT. Vejamos: Licenciado para - Licenciado para: Tiago Anania Cossa Bueno | tiagoananiabueno@gmail.com | 39259559847 | Protegido por - 39259559847 - Protegido por Eduzz.com CEIA – Centro de estudos Isadora Athayde. Observação importante: esse material é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98. www.ceiacursos.com.br @isadora_athayde | pág. 32 NESSE TEMA TEVE INOVAÇÃO COM A REFORMA! Art. 484-A, CLT. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: I - por metade: a) o aviso prévio, se indenizado; b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no § 1o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990; II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas. § 1o A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos. § 2o A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego. Saldo de salário; ½ do salário referente ao aviso prévio, SE INDENIZADO. Caso o aviso prévio seja trabalhado, deverá o empregador pagar a totalidade do aviso prévio. 13º salário proporcional; férias proporcionais acrescidas do terço constitucional; FGTS (sobre tudo acima, com exceção das férias proporcionais) (art. 15 da lei 8036/90) ½ da indenização de 40%, OU SEJA 20% de indenização do FGTS Entrega dos documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes (art.