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ALIMENTOS FUNCIONAIS I) FITOQUÍMICOS Os fitoquímicos são compostos químicos biologicamente ativos, de ocorrência natural nos alimentos vegetais. Atuam nas plantas como sistemas naturais de defesa, protegendo- as contra infecções e invasões microbianas e dando, cor, aroma e sabor. Mais de 200 pigmentos de plantas são fitoquímicos: flavonóides, carotenóides e antocianinas. Como atuam como bloqueadores ou supressores os fitoquímicos podem reduzir o risco de câncer. Os agentes bloqueadores impedem o carcinógeno ativo ou promotor de tumor de atingir o tecido-alvo por vários mecanismos ou uma combinação destes: 1) Induzir atividades de sistemas de enzimas que desintoxicam carcinógenos; 2) Capturar e sequestrar os carcinógenos reativos; 3) Bloquear eventos celulares necessários para a promoção de tumor. Os fitoquímicos podem atuar na redução do risco de doença cardíaca coronária pela proteção de colesterol de LDL da oxidação, reduzindo a síntese ou absorção de colesterol e afetando a pressão sangüínea e a coagulação. Segundo DAN WAITZBERG (2009) – Os mecanismos conhecidos e ação dos fitoquímicos são: - antioxidante; - ação hormonal; - ação enzimática; - interferência na replicação do DNA; - ação antibacteriana; e - ação mecânica. Principais classes de fitoquímicos: terpenos, fenóis e tióis. 1.TERPENOIDES Uma das maiores classes de fitonutrientes e poderoso antioxidante. Os terpenos são divididos em subclasses: 1A.Terpenos Carotenóides: Há mais de 600 carotenóides encontrados, são pigmentos das plantas amarelo, laranja e vermelho. Carotenóides laranja – alfa, beta e gamacaroteno; Carotenóides vermelhos – licopeno e astaxantina; Carotenóides amarelos – luteína e zeaxantina. Os carotenóides mais prevalentes são: alfacaroteno, betacaroteno, betacriptoxantina, licopeno, luteína e zeaxantina. Fontes dietéticas: Tomate, salsa, laranjas, toronja rosa e espinafre, damasco, mamão papaia, batata-doce, mangas, milho, morangas e cenoura. LICOPENO: presença em tomate, melancia, toranja, goiaba vermelha, pitanga e mamão. Têm ação antioxidante muito eficaz, mas não possui atividade de pró-vitamina A. No corpo humano se acumula na pele, glândula adrenal, testículos e próstata. O licopeno um carotenoide encontrado no tomate, considerado duas vezes mais poderoso que o betacaroteno em destruir radicais livres. Os produtos de tomates prontos (molho de espaguete), tem melhor biodisponibilidade. Proteção contra tumores de pulmão e estômago. Antioxidante solúvel em lipídios sem atividade de pró- vitamina A. Os tomates e produtos derivados de tomate são responsáveis por mais de 85% das fontes de licopeno na dieta humana. Outras fontes incluem melancias, goiabas e uvas roxas. Tabela 1: Teor de Licopeno nos alimentos. Frutas e vegetais Licopeno (µg/g de peso bruto) Tomates 8,8 – 42,0 Melancia 23,0 – 72,0 Goiaba vermelha 54,0 Toranja 33,6 Mamão papaya 20,0 – 53,0 Damasco <0,1 Os tomates possuem cerca de 30mg/kg de vegetal e produtos concentrados possuem concentrações maiores (suco de tomate ~150mg/kg; catchup ~100mg/kg). Geralmente, 10-30% do licopeno da dieta é absorvido por seres humanos, sendo mais bem absorvido o licopeno presente em produtos processados do que de alimento cru. O mesmo ocorre com alimentos coccionados (o tratamento térmico permite a isomerização da forma trans presente nos alimentos e cis que é mais bem absorvida). O licopeno é o antioxidante mais potente entre os carotenóides. Possui papel na modulação hormonal e imunológica, metabolismo de carcinógenos e vias metabólicas envolvimento enzima de fase II de desintoxicação. Ordem DECRESCENTE de PODER ANTIOXIDANTE: LICOPENO > α-TOCOFEROL > α-caroteno > β- criptoxantina > zeaxantina = β-CAROTENO > luteína. Possui efeito protetor em doenças crônicas, incluindo aterosclerose, HAS, infertilidade masculina e doenças neurodegenerativas. Ainda não há provas contundentes baseadas em evidências que o consumo de licopeno possa reduzir a incidência de malignidades. Não há recomendação oficial de consumo mínimo diário feita por profissionais ou agências regulamentadoras. BETA E ALFA CAROTENO: são precursores de vitamina A, com fraco poder antioxidante. Os alimentos mais ricos em betacaroteno são cenouras, espinafre, brócolis, abóboras e melões. O alfacaroteno é imunoestimulante. 30mg/dia ou mais estão associados com hipercarotenodermia. LUTEÍNA E ZEAXANTINA: são conhecidos como xantofilas. Alimentos ricos em luteína incluem repolho, agrião e espinafre, ao passo que milho e pimentão amarelo são ricos em zeaxantina. Não possuem atividade de pró-vitamina A. Atuam protegendo a degeneração macular relacionada à idade. O pigmento da mácula age como uma barreira natural que protege o centro da retina contra os danos oxidativos. A suplementação com 10mg de luteína resultou num pequeno aumento da acuidade visual depois de um ano comparado com placebo. NUTRACÊUTICOS E ALIMENTOS FUNCIONAIS Prof. José Aroldo Filho goncalvesfilho@nutmed.com.br ASTAXANTINA: pode ser encontrado em microalgas, salmão, caranguejo, krill e crustáceos. Ë um poderoso antioxidante, estimula células T e liberação de citocinas. Pode ser benéfica para a deficiência de imunidade relacionada ao envelhecimento, para o sistema vascular, imune e neuroprotetor. 2. FENÓIS Esse fitoquímicos protege as plantas do dano oxidativo e possui subclasses: 2A. FLAVONÓIDES: Pigmentos vegetais azul, azul- avermelhado e violeta e atuam na varredura de Radicais Livres, mutágenos e carcinógenos ativados. Os flavonóides são divididos em seis grupos: Flavanois: catequinas; Antocianidinas; Flavonas: rutina, apigenina e luteolina; Flavonóis: quercetina e kaempferol; Flavanonas: miricetina, hesperidina, naringenina e naringinina; Isoflavonoides: genisteína e cumestrol. CATEQUINA: estão presentes na dieta humana no chocolate, frutas, vegetais, vinhos e chás. Possuem papel antioxidante, induzem apoptose em células malignas, proteção contra estresse oxidativo causado por isquemia- reperfusão. Sencha – colhido na primavera e é o tipo mais comum no Japão, representando mais de três quartos de toda a produção. Para seu consumo são colhidas folhas, galhos e caules e é também chamado de Sincha; Bancha – é uma classe de Sencha colhido entre o verão e o outono. Embora não tenha sabor delicado, como o Sencha, apresenta sabor forte e refrescante. Contém menos cafeína; Genmaicha – é uma mistura de algum chá, geralmente Sencha, com Genmai (arroz torrado). O arroz retira o amargor do chá; Hojicha – é um chá frito, ou torrado, tanto bancha quanto kukicha podem ser usados para seu preparo. Apresenta cor vermelho claro, e pouca cafeína. Não é recomendado para diabéticos, pois pode ter efeito hiperglicêmico; Gyokuro – tem sabor mais doce e delicado e é considerado mais nobre; Matcha – é feito a partir do Tencha triturado até a consistência de talco sendo comumente usado no Chanoyu, a cerimônia do chá japonesa; Kukicha – é feito com folhas, galhos, e partes menos nobres que sobram da colheita do Gyokuro, conhecido pelo sabor leve e refrescante, cor levemente amarelada e com pouco cafeína, o Kukicha tem sabor próprio, semelhante ao Oolong chinês. Chá branco (não fermentado, produzido das mais tenras folhas, mais raro e caro), Chá verde (levemente fermentado), Chá oolong (com fermentação mediana, com características gustativas próximas ao chá verde), Chá vermelho (as folhas são prensadas e maturadas em barris) e Chá preto (bem fermentado e forte). O chá verde (Camellia sinensis) não passa pelo processo de fermentação, somente pela secagem, evitando que seus polifenóis sejam oxidados (conserva em 90% os polifenóis). A atividade anticarcinogênica do cháé atribuída a seus polifenóis, que pertencem ao grupo dos flavonóides. Os polifenóis do chá verde são conhecidos como catequinas: epicatequina (EC), epigalocatequina (EGC), epicatequina 3 galato (ECG) e epigalocatequina 3 galato (EGCG - principal componente, corresponde a 50% do teor de catequinas). Possível benefício atribuído ao chá verde: combate ao câncer. 1 xícara de chá verde = 1-2g de extrato seco 40% polifenóis = 400mg 50% EGCG. Correlação de quimioprevenção: Fortemente positiva – esôfago e estômago Positiva – pâncreas, próstata, bexiga urinária Controversa – pulmão e reto Existem fortes evidências que a EGCG pode atuar de distintas manieras inibindo a carcinogênese, em todas as suas fases de início, promoção e progressão. ANTOCIANIDINAS: obtidas pela hidrólise ácida das antocianinas. Em solo ácido se manifesta com cor vermelha, em solo alcalino, em cor azul. Possuem efeitos antiproliferativos, sendo capazes de induzir apoptose em células malignas e em hepatomas. ANTOCIANINAS: são solúveis em água e instáveis ao calor. Encontradas em muitas plantas, como mirtilos, açaí, framboesa, amora-preta, acerola, morangos, repolho roxo, berinjela, jabuticaba, jambolão, uva vermelha e ameixas. A maior concentração esta na casca das frutas. PROANTOCIANIDINAS: são substancias sem cor, como o picnogenol. Possuem efeito cardioprotetor e capacidade antioxidante. Possuem a capacidade de estabilizar o colágeno, proteger a LDL da oxidação e impedir a catarata relaciona ao DM. As proantocianidinas do mirtilo possuem a capacidade de impedir a aderência da E. coli no epitélio do trato urinário, prevenindo infecções urinárias. Encontrados em especial em sementes e casca de uvas tintas. Outras fontes: maçã, amêndoas, cacau e casca de pinus marítima. APIGENINA: encontrada na camomila. LUTEOLINA: encontrada na salsa, menta, manjericão, aipo e alcachofra. Possui propriedade antitumoral. RUTINA: encontrada no trigo sarraceno, folhas de tabaco, folhas de chá preto e de eucalipto, na casca de maçã e frutas cítricas. Na digestão, a rutina é digerida em quercetina, com bom poder antioxidante, fortalecendo capilares daqueles com fragilidade capilar. É tão eficiente quanato à N-Acetil-cisteína em pacientes com síndrome de estresse respiratório. TANGERITINA: presente na casca da tangerina e de frutas cítricas. Tem a capacidade de reduzir LDL e possui capacidade antioxidante. QUERCETINA: presente em maças, cebola, berries, couve flor, chá, repolho e nozes. Possui capacidade antioxidante e antiinflamatória. Inibe a liberação de histamina e mediadores inflamatórios alérgicos. Ação: Inibe oxidação e citotoxicidade do LDL. Diminuem o risco de mortalidade por doença cardíaca isquêmica e menor probabilidade de diabetes. O uso da quercetina diminuiu de maneira significativa as alterações bioquímicas provocadas pela cirrose, aumentando o tempo de sobrevivência dos animais com cirrose biliar secundária à LDB. KAMPFEROL: presente na maçã, cebola, alho porró, brócolis, frutas cítricas, toranja, uva e vinho vermelho, chá, ginkgo biloba, hammamelis e erva de São João. Parece útil em doenças autoimunes mediadas por células. MIRICETINA: encontrada em uvas, berries, frutas, vegetais, nozes, ervas e casca de árvores. Possui efeito antagonistada ligação do fator da atividade plaquetária. Possui atividade antiinflamatória. Tem potencial uso na osteoporose, por mediar a apoptose celular em osteoblastos. HESPERIDINA: encontrado em limões e laranjas, tangerinas e pera (fontes dietéticas de maior quantidade). Utilizada no tratamento de insuficiência venosa e hemorróidas. SILIBINA: maior glicosídio no extrato de silimarina. Possui atividade de suporte para detoxificação hepática. Possui atividade antioxidante (bloqueia a produção de superóxidos e síntese de leucotrienos LT4). Em caso de uso de SILIMARINA, a posologia é 70 – 120mg, 3x dia, para ação antioxidante e varredora de radicais livres, desintoxicação hepática e regeneração de hepatócitos. NARINGENINA: diminui o dano oxidativo do DNA.Possui efeito anticancerígeno e está presente no suco de laranja fresco. NARINGINA: capaz de diminuir LDL através da inibição da HMG-CoAred hepática e estimula a excreção fecal de colesterol. Auxilia no metabolismo do álcool e possui atividade antioxiante. Presente na toranja. ISOFLAVONÓIDES: são encontradas em feijões e outras leguminosas, principalmente a soja e produtos a base de soja. Algumas isoflavonas são fitoestrógenos (fitoestérois), que atuam como estrógenos fracos e como antiestrôgenos. Ações da soja: Diminuição do colesterol sérico; Melhor elasticidade arterial; Proteção da oxidação do LDL; Diminuição de risco de cânceres dependentes de hormônios (Mama e próstata); Suporte para saúde da próstata; Maior densidade óssea. As isoflavonas (fitoestrógenos) existem na soja na forma glicosídica, sendo as três as mais importantes: genistina (75% do total), daidzina e glicitina. A ingestão diária recomendada de isoflavona é de 40 a 50 gramas/dia. Após ingestão, são hidrolisadas pela betaglicosidases bacterianas, liberando as formas ativas aglicanadas: genisteína, dadzeína e gliciteína. A concentração de fitoestrogenos no grão é dependente de uma série de fatores, incluindo clima, sendo mais concentradas em clima frio. Os elementos bioativos estão ligados à fração proteica, sendo mantidos quando se extrai os óleos. A maioria das fibras é perdida no descascamento. A concentração de isoflavonas é pouco reduzida nos isolados, mas está muito diminuída nos concentrados. Existem outros componentes na soja: fatores antinutricionais Bowman-Birk (inibidores de tripsina), fitatos e saponinas. EFEITOS DA SOJA NA HIPERCOLESTEROLEMIA, OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA O efeito funcional mais comprovado é a melhora do perfil lipídico, incluindo redução de colesterol total, LDL e triglicérides, sem aumento significante de HDL. A isoflavona reduz a expressão do gene SREBP, que regula outras enzimas de metabolismo de colesterol, como a HMG-CoAred, receptor de LDL e colesterol alfa-hidroxilase. Parece que as isoflavonas ativam os receptores nucleares de baixa afinidade, principalmente PPAR α e γ que regulam genes ligados ao metabolismo lipídico e diferenciação de tecido adiposo. Apesar de resultados conflitantes, recomenda-se o uso da soja como boa fonte de proteínas em pacientes submetidos a regimes para perda de peso, tratamento de dislipidemias e prevenção de DCV, devido ao alto teor de PUFAS, fibras, vitaminas e minerais e baixo conteúdo de gordura saturada. A SOJA NA PREVENÇÃO DE DCV A soja apresenta efeitos anti-inflamatórios decorrentes de suas proteínas, das isoflavonas e de ácidos graxos n-3. A soja, especialmente através das isoflavonas, modula a atividade do NF-κB, reduzindo seu efeito transativador de genes pró-inflamatórios. A soja e seus derivados têm efeito redutor do estresse oxidativo e modulam a função endotelial, fatores importantes na gênese de DCV. As isoflavonas melhoram a resistência das células endoteliais a agressões e induzem relaxamento vascular. A SOJA NA PREVENÇÃO DE NEOPLASIAS Os componentes da soja possuem efeito antiproliferativo, pró-apoptótico e antiangiogênico, com efeito protetor contra cânceres. Além disso, estudos observacionais associam a presença de soja na dieta com prevalência reduzida de tumores malignos de mama, próstata e cólon. AÇÃO DA SOJA NA HOMEOSTASE DO CÁLCIO E NA OSTEOPOROSE Estudos epidemiológicos têm mostrado menor incidência de osteoporose após a menopausa em mulheres nas populações com dieta rica em soja, associam-se esses resultados à ação estrogênica. Outros mecanismos podem estar envolvidos como a menor calciúria induzida pelas dietas ricas em proteína de soja. EFEITO DASOJA NAS DOENÇAS RENAIS Considerando que a progressão da falência renal está associada com resposta inflamatória e dislipidemia, é lícito admitir-se que dietas com proteína derivada de soja, em substituição às proteínas animais, possam beneficiar pacientes renais crônicos. A adição de proteína de soja parece melhorar o clearence de creatinina, da proteinúria, do colesterol e triglicerídeos séricos, além de redução da incidência de esclerose glomerular e a expressão de citocinas pró- inflamatórias no rim. 2B. FLAVONÓIDES FENÓLICOS (ÁCIDOS FENÓLICOS) Possuem como fontes dietéticas: Suco de uva e vinho tinto. Ácidos fenólicos elágico, clorogênico, paracumarínico, fítico, rúlico, vanílico, cinâmico e hidroxicinâmico. Ação: Antioxidante (Protege o LDL da oxidação); Inibe a agregação plaquetária; Reduz o risco de doença cardíaca. ÁCIDO CLOROGÊNICO: encontrado no café, apresenta atividade antioxidante e capaz de diminuir a liberação de glicose na corrente sanguínea. ÁCIDO CUMÁRICO: encontrado no amendoim, tomate, cenoura, pimentão e alho. Possui atividade antioxidante na mucosa colônica e parece ser um fator de proteção contra CA de cólon. 2C.OUTROS FLAVONÓIDES FENÓLICOS cúrcuma, resveratrol e lignanos. CÚRCUMA: presente no açafrão da terra (não confundir com o verdadeiro açafrão!), curry e mostarda. Possui atividade anti-inflamatória e anticancerígena. Possui capacidade de diminuir os marcadores de dano oxidativo e da inflamação e de diminuir a formação da placa beta- amiloide. RESVERATROL: encontrado em uvas vermelhas, vinho tinto, amendoim e casca de pinheiros. É capaz de inibir a oxidação mediada por células ao LDL e HDL. Parece inibir carcinógenos químicos para células de esôfago, intestino e mama. 3. ORGANOSULFURADOS Foi observada uma relação inversa entre o consumo de brócolis, repolho e couve-flor e o risco de câncer (Pulmão, Estômago, Cólon e Reto). Fontes dietéticas: Brócolis, couve- flor, couve-de-bruxelas, couve e repolho. Os compostos organossulfurados também são encontrados no alho, cebola, chalota e alho-porró. Os sulfetos ALIL, fitoquímicos do alho, possuem várias ações: Previne ativação de carcinógenos; Produção de glutationa S transferase (enzima da Fase II de desintoxicação); Inibe a mutagênese; Aumentar a atividade dos macrófagos e linfócitos T. ISOTIOCIANATOS: poderiam diminuir o risco de câncer. Presentes em vegetais crucíferos. Estuda-se a relação entre o consumo de vegetais crucíferos com a diminuição do risco de câncer. Enquadram- se neste grupo de alimentos: couve-flor, repolho, brócolis, couve-manteiga, couve de Bruxelas, couve-rábano, couve- trochuda, nabo, couve-chinesa, mostarda, agrião, rabanete e rúcula. Dentre os componentes desses alimentos, os mais estudados são os glicosinolatos e seus subprodutos. Mais de 20 isotiocianatos têm sido estudados atualmente, sendo o sulforano, 4-metilsulfinilbutila, o mais estudado. Os mecanismos propostos incluem inibição de enzimas de fase 1 e aductos de DNA, protegendo contra os diversos carcinógenos e mutágenos aos quais os indivíduos são expostos diariamente. Além disso, estimulam indução de enzimas de fase 2, incluindo a glutationa S-transferase, a quinona redutase, a epoxida hidrolase e a UDP-glucuronosiltransferase. Deste modo, os isotiocianatos protegem as células do estresse oxidativo provocado pela detoxificação de compostos. Outras vias de proteção contra cânceres: indução de apoptose mediada pelo sulforano, regulação do ciclo celular e ruptura de microtúbulos, bloqueando a progressão do ciclo celular. ALICINA: presente no alho. Obtida após maceração do alho cru (Alina + alinase = alicina) recomenda-se esperar 10 minutos após amassar o alho. A cocção reduz o teor de alicina. Possui efeito antimicótico e antibacteriano, além de diminuir a deposição de colesterol na parede de vasos. Os efeitos colaterais da ingestão de alho podem incluir reações alérgicas leves, dermatites e sintomas GI. INDOL-3-CARBINOL: presente nos vegetais crucíferos após cozimento ou após maceração. É um potente antioxidante e estimulador de enzimas de detoxificação hepática. Reduz o risco de Ca de mama, cólon, estômago, pulmão e fígado 4.FITOESTERÓIS beta-sitoesterol. Presente na serenoa repens, pygeum africanum, farelo de arroz, semente de abóbora, germe de trigo, óleo de milho e feijão de soja. Capaz de inibir a conversão de testosterona em DHT, que estimularia o crescimento prostático. 5. ANTRAQUINOIDES sena e hipericina. SENA: estimula contração propulsiva e efeito laxativo. HIPERICINA: um dos constituintes da Erva de São João (Hipérico), é capaz de inibir a recaptação de dopamina, aumentando os seus níveis, podendo ser usada em depressão leve. 6.CAPSAICINA. Presente na pimenta malagueta, pouco solúvel em água e muito solúvel em etanol. Parece induzir apoptose em células malignas em próstata e pulmão. 7.PIPERINA. Capaz de modular as mudanças oxidativas, inibir a peroxidação lipídica, demonstrando efeito potencial na prevenção da aterosclerose. 8.BETAÍNA. Metabólito da colina, conhecida como trimetilglicina. Possui capacidade de doar grupo metil e, deste modo, auxiliar na conversão de homocisteina em metionina. 9. ALCALÓIDES: CAFEÍNA, TEOBROMINA, TEOFILINA As metilxantinas são um conhecido grupo de alcalóides. São todos derivados da purina. A teobromina e a teofilina são duas dimetilxantinas, ao passo que a cafeína é uma trimetilxantina. Ambos têm efeitos similares à cafeína, porém bem menos acentuados. A teobromina é encontrada no chocolate, chá, noz moscada, mas não no café. No cacau a concentração de teobromina é 7 vezes maior que a cafeína. A teofilina tem efeitos no coração e na respiração, sendo mais empregada que a cafeína em medicamentos para asma, bronquite e enfisema. É encontrada também no café. A cafeína é capaz de bloquear a enzima fosfodiesterase e aumentar aas concentrações de APMc, fazendo com que os sinais de excitatórios de adrenalina persistam por mais tempo. A cafeína aumenta a concentração de dopamina séria (assim como fazem anfetamina se cocaína), por diminuir a captação desta pelo SNC. O vício da cafeína pode estar associada à elevação de dopamina (associada ao prazer). Em curto prazo, a cafeína prejudica o sono, porque bloqueia a recepção de adenosina; funciona como energético, pela liberação de adrenalina e faz a pessoa se sentir melhor, por estimulação de dopamina. A teobromina é uma potente inibidora de fosfodiesterase AMPc, o que significa que inibe a conversão do AMPc, o que significa a conversão de AMPc para a sua forma inativa. É encontrada em cacau, noz de cola e chá. Seu efeito é semelhante à cafeína, é 10 vezes mais fraco. II)PREBIÓTICOS Definição: Segundo DAN WAITZBERG (2009) São fibras especiais, basicamente de origem vegetal, resistentes à hidrolise pelas enzimas de TGI humano. São substratos para fermentação bacteriana no TGI inferior e aumentam a quantidade da microflora benéfica no intestino. Características: - ser resistente à hidrólise e à absorção no intestino delgado; - ser seletivos para as bactérias intestinais benéficas e estimular o crescimento destas; - manter composição de microflora saudável e induzir efeitos luminares e sistêmicos benéficos no hospedeiro. Prebióticos mais conhecidos: gomas de aveia, pectina e oligossacarídeos diversos. Lista de prebióticos: Resinas de fibras Pectina Inulina Frutooligossacarídeos Galactooligossacarídeos Lactilol Lactulose Isomaltooligossacarídeos Lactosacarose Oligossacarídeos de soja Transgalactooligossacarídeos Xilooligossacarídeos Fig. 1: Efeitos benéficos propostos para os prebióticos - DAN WAITZBERG (2009). Fermentação nointestino grosso - Produção de ácidos graxos de cadeia curta e de lactato - Gases, principalmente CO2 e H2 - Aumento da biomassa - Aumento das calorias e do nitrogênio fecais - Propriedades laxantes leves Microflora - Aumentos seletivos de bifidobactérias e lactobacilos - Redução de bactérias pertencentes à classe clostridia - Aumento de resistência do cólon intestinal a patógenos - Benefício potencial na prevenção da irritação por patógenos Intestino delgado - Melhora da absorção de cálcio, magnésio e ferro. - Interação com o muco para alterar os locai de ligação de bactéria Dose recomendada de FOS (DAN WAITZBERG): 2,75g a 4g/dia. Efeitos indesejáveis: > 30g/dia. a.Goma de aveia: Rica em betaglicanos solúveis. Possui a capacidade de aumentar a atividade de células NK. b.Pectina: Possui capacidade antioxidante e protetora de mucosa. Tem propriedade de estimulação imune associado ao intestino. c.Oligossacarídeos Prebióticos c.1. FOS, INULINA e GOS INULINA Polímero de glicose extraído da raiz da CHICÓRIA ou produzido industrialmente a partir da sacarose (2-60 unidades de carbono); O frutano mais conhecido é a inulina, encontrada na alcachofra, chicória, cebola e banana. A inulina induz crescimento de lactobacilos e bifidobactérias benéficos no cólon intestinal e reduz microrganismos patogênicos. A ingestão de frutanos demonstrou reduzir a insulina, colesterol, triglicerídeos e fosfolipídios e estimular a absorção de cálcio. FOS Obtidos da hidrólise da inulina pela inulase Contém 5% de glicose, frutose e sacarose Industrialmente: obtidos a partir da sacarose (Frutosiltransferase) E um açúcar simples de cadeia curta (3-10 unid sacarose + unid. frutose) Fontes alimentares de FOS: mel, cerveja, cebola, raiz de bardana, aspargo, centeio, girassol batateiro, banana, açúcar de bordo, aveia e cebolinha chinesa. Os FOS estimulam o crescimento de bifidobactérias e lactobacillus, que reduz o nível de bactérias patogênicas, tais como salmonella e clostrídeos no trato GI, além de atuar na prevenção do câncer (diminuição atividade da beta- glicuronidase). PAPEL DO FOS e INULINA – DAN WAITZBERG CÓLON – Proliferação de bactérias probióticas. DELGADO – Aumento do bolo fecal. Já o GOS é obtido a partir da hidrólise da lactose. O soro de leite também é rico em GOS. Outros prebióticos utilizados incluem: - resinas de fibras; - lactilol; - lactulose; - isomaltooligossacarídeos; - lactosacarose; - oligossacarídeos de soja; - trans-GOS; - xilooligossacarídeos. III)PROBIÓTICOS Definição: Organismos vivos que, quando ingeridos em determinado número, exercem efeitos benéficos para a saúde. Fig. 2: Funções da microflora intestinal - DAN WAITZBERG (2009). Recuperação de calorias (digestão da lactose, produção de AGCC) Modulação do crescimento e da diferenciação celulares Antagonismo de patógenos Estimulação do tecido imunológico linfoide associado ao intestino Imunidade inata contra infecções Produção de vitaminas Redução dos lipídios sanguíneos Características dos probióticos (DAN WAITZBERG): Serem habitantes normais do intestino. Reproduzirem-se rapidamente. Produzirem substâncias antimicrobianas. Resistirem ao tempo entre a fabricação, comercialização e Ingestão do produto, devendo atingir o intestino ainda vivos. Probióticos mais importantes: lactobacilos acidófilos, casei bulgárico, lactis, plantarum; estreptococo termófilo; Enterococcus faecium e faecalis; bifidobactéria bifidus, longus e infantis. Fontes: Alimentos industrializados (leites fermentados, iogurtes), cápsulas ou pó. LEITES FERMENTADOS Definição: alimentos ou suplementos microbianos que podem ser usados para mudar ou melhorar o equilíbrio intestinal bacteriano para melhor a saúde do hospedeiro. Os produtos lácteos fermentados, inclusive iogurtes de culturas vivas, bebida láctea ácida (kefir) e preparações probióticas comerciais, contêm formas de bactérias benéficas. Outros alimentos fermentados como chucrute, missô e tempeh, podem ser cultivados com bactérias benéficas específicas, como lactobacillus. Efeitos fisiológicos dos probióticos (DAN WAITZBERG): Inibição de bactérias intestinais indesejáveis: Subst. bactericidas (Peróxido de hidrogênio), Adesão à mucosa e multiplicação, Presença sem adesão à mucosa. Ativação da imunidade humoral e celular: L. acidófilo, bulgárico e casei – aumento da atividade fagocitária, síntese de Igs e ativam linfócitos B e T; Facilitadores da digestão da lactose – Síntese de beta- galactosidade; Controle do colesterol; Controle da diarréia (pp/ por antibióticos); Redução do risco de câncer; Síntese de vit: B1, B2, B6, B12, ácido nicotínico e ácido fólico; Inibição da colonização gástrica com Helicobacter pylori. DISBIOSE é um estado no qual as bactérias, ou seus elementos antigênicos, da microbiota intestinal produzem efeitos danosos ao individuo. Pode ocorrer em consequência de: - alteração da composição ou quantidade da microbiota intestinal; - alteração na atividade metabólica das bactérias; - alteração na sua distribuição no TGI. O consumo de antibióticos representa a causa mais importante e comum para alteração de flora intestinal. O impacto do uso de antibióticos sobre a microbiota pode repercutir negativamente no indivíduo de várias formas: - favorecendo o supercrescimento de microrganismos já existentes, como fungos e Clostrídium difficile; - reduzindo a produção de AGCC; - aumentando a suscetibilidade à colonização por bactérias potencialmente patogênicas; - reduzindo o efeito terapêutico de alimentos ricos em fitoestrógenos, pois muitos deles depende do metabolismo enzimático, no cólon, dado pela β-glicosidases bacterianas. Fig. 3: Indicações tradicionais dos prebióticos, probióticos e simbióticos. Gastroenterologia 1.Intolerância à lactose 2.Constipação intestinal 3.Prevenção e tratamento da diarreia aguda 4.Prevenção da diarreia do viajante 5.Prevenção da diarreia pós-antibiótico 6.Aumento da absorção intestinal (cólon) de sais minerais (p.ex.: cálcio) – adolescentes, mulheres na menopausa, prevenção da osteoporose 7.Recomposição da microbiota intestinal em idosos 8.Doença inflamatória intestinal (doença de Crohn, retocolite ulcerativa “pouchitis” 9.Prevenção de infecções respiratórias e gastrointestinais em creches O estresse pode induzir alterações na microbiota intestinal, incluindo redução da população de lactobacilos e bifidobactérias e aumentando bactérias potencialmente patogênicas. Essas alterações podem ser causadas pelo favorecimento do crescimento das bactérias gram-negativas pela norepinefrina ou por alterações induzidas pelo estresse sobre a motilidade do TGI ou mesmo sobre a secreção de IgA. Outra variável importante é o tipo de alimento ingerido, por exemplo, dietas ricas em sulfato (conservantes alimentares, frutas secas, bebidas alcoólicas e proteínas animais) podem estimular síntese de sulfeto de hidrogênio pela bactérias redutoras de sulfato e contribuir para a distensão gasosa que pode lesar colonócitos. Dieta com alto teor de proteínas pode levar a aumento de produção de amônia por bactérias colônicas, que pode lesar células, alterar a síntese de DNA e facilitar o crescimento de tumores, além de superprodução de indóis e fenóis que também agem como carcinógenos. Outro fator é a dieta rica em proteína animal, que aumenta a atividade de algumas enzimas bacterianas, como a β-glucuronidase, azoredutase, nitroredutase e 7-α- hidroxiesteróide dehidroxilase. Dietas ricas em açúcares simples reduzem o tempo de trânsito, aumentando a fermentação bacteriana, a concentração de ácidos biliares totais e secundários nasfezes e a exposição do intestino a componentes tóxicos da luz intestinal. Fig. 4: Indicações potenciais dos prebióticos, probióticos e simbióticos . Gastroenterologia 1.Erradicação da Salmonella e Campylobacter em portadores crônicos 2. Prevenção e tratamento da recorrência da infecção Clostridium difficile 3. Diarreia ao associada ao HIV 4. Supercrescimento bacteriano 5. Dispepsia funcional 6. Infecção por H. pylori 7. Enterocolite necrotizante 8. Prevenção do câncer de cólon 9. Esteatose 10. Acidentes graves a potencialmente graves (UTI) – p. ex. pancreatite aguda, transplantados de fígado, grandes cirurgias 11. Prevenção de cálculo biliar de colesterol 12. Síndrome do Intestino Irritável 13. Prevenção da diarreia pós-radioterapia (enterocolite actínica) 14. Halitose Imunologia e alergia 15. Prevenção e tratamento do eczema atópico 16. Melhora da condição imunológica em idosos Endocrinologia 17. Redução do colesterol e triglicerídeos em hiperlipidêmicos leves/moderados Urologia e ginecologia 18. Prevenção de infecções urogenitais Reumatologia 19. Artrite reumatoide Odontologia 20. Prevenção de cáries EXERCÍCIOS DE CICLOS DE VIDA, ALIMENTOS FUNCIONAIS E SUPLEMENTOS DE NUTRIENTES 1) Os alimentos que contêm o sulforafano e os indóis como fitoquímicos na prevenção do câncer são (CEPERJ 2011): (A) repolho, brócolis e couve-flor (B) uva, vinho vermelho, ameixa seca (C) cenoura, manga e abóbora (D) tomate e produtos à base de tomate e melancia 2) A osteoporose está no rol das doenças que podem ser prevenidas desde a infância e a adolescência. Esta última é um período crítico, pois nela ocorre 45% de todo o crescimento ósseo do homem. Neste sentido, a recomendação diária, em mg, de ingestão de cálcio para o adolescente é de: (Residência HUPE - 2002) (A) 800 (B) 1000 (C) 1300 (D) 1500 3) Quanto às grandes mudanças fisiológicas da adolescência, podemos dizer que ocorre um aumento percentual de altura e peso, respectivamente, próximo de: (Residência HUPE) (A) 50% e 20% (B) 35% e 45% (C) 20% e 50% (D) 45% e 25% (E) 15% e 55% 4) Durante a adolescência ambos os sexos têm altas necessidades de minerais. O mineral diretamente ligado à construção de massa muscular e ao início da menarca é: (Residência HUPE) (A) ferro (B) zinco (C) cálcio (D) fósforo (E) magnésio 5) Os três minerais particularmente mais importantes no período de estirão de crescimento são: (Residência HUPE - 1998) (A) Ca, Fe, Zn (B) Ca, Zn, Mg (C) Fe, Ca, Mg (D) Fe, Mg, K (E) Zn, K, Mg 6) (EAOT 2010) Os alimentos funcionais correspondem, atualmente, a mais ou menos 6% do mercado mundial de alimentos. Com isso, deparamos com uma grande demanda e uma dificuldade da efetiva comprovação de resultados favoráveis ao consumo desses alimentos. Cabe aos profissionais da saúde investigar, através de pesquisas, a sua eficácia e orientar uma legislação que venha garantir à população os benefícios desses alimentos, bem como a proteção da população de possíveis riscos à saúde quanto a sua utilização. Considere os itens abaixo. I. Aliina II. Licopeno III. Isoflavonas IV. Beta-caroteno É(são) exemplo(s) de nutriente(s) funcional(is): (A) todos. (B) apenas II, III e IV. (C) apenas II e III. (D) apenas I. 7) O desempenho físico dos atletas está associado ao treinamento monitorado e à dieta equilibrada. Muitos atletas usam auxiliares ergogênicos para incrementar seu desempenho. Um dos suplementos utilizados, que está associado ao ganho de peso e de massa corporal, é a (EAOT 2004) (A) cafeína. (B) creatina. (C) carnitina. (D) vitamina C. 8) Assinale a alternativa que apresenta o carotenóide considerado como um dos repressores mais eficazes, biologicamente, do oxigênio simples e associado à prevenção do câncer de próstata. (EAOT 2004) (A) Lignina. (B) Licopeno. (C) Isoflavona. (D) Flavonóide. 9) A ingestão de fitoquímicos está relacionada à prevenção de determinadas doenças crônicas. Dentre eles, os MAIS importantes são (EAOT 2004): (A) Flavonóides, ácidos fenólicos e fitoestrógenos. (B) Fitatos, ácidos fenólicos e leptinas. (C) Glucosinolatos, sulfitos e leucotrienos. (D) Fitatos, menadiona e ácidos fenólicos. 10) Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna abaixo (EAOT 2004). A isoflavona é um fenol que age como fitoestrógeno e está sendo amplamente divulgada como terapia alternativa à reposição hormonal. A ingestão diária recomendada de isoflavona é de_____________ gramas/dia. (A) 10 a 15 (B) 20 a 30 (C) 40 a 50 (D) acima de 50 11) Assinale a alternativa INCORRETA (EAOT 2004). (A) O alimento prebiótico deve ser capaz de alterar a microflora colônica para uma microflora bacteriana saudável. (B) Somente a inulina e os frutooligossacarídeos (FOS) apresentam efeito bifidogênico. (C) O aumento do número das bifidobactérias colônicas é diretamente proporcional à dose administrada do prebiótico. (D) Os probióticos atuam no organismo, principalmente ao inibir a colonização do intestino por bactérias patogênicas. 12) Dos imunonutrientes abaixo, assinale aquele(s) que é(são) potente(s) agente(s) antiinflamatório(s) por mediar(em) a produção de eicosanóides e regular(em) a resposta imunológica (EAOT 2004). (A) Arginina. (B) Ácidos graxos polinsaturados do tipo ômega-3. (C) Glutamina. (D) Esfingomielina. 13) Os alimentos funcionais são substâncias biologicamente ativas que proporcionam benefícios clínicos ou de saúde. Os alimentos que NÃO estão relacionados com a redução do risco de câncer são (EAOT 2005): (A) iogurte e atum. (B) soja e tomate. (C) brócolis e farelo de trigo. (D) chá verde e frutas cítricas. 14) A quantidade de carboidratos que os atletas necessitam consumir para ajudar na manutenção do suprimento de energia é cerca de (CSM 2004): (A) 25 – 30g/30min (B) 20 – 25g/h (C) 35 – 40g/2h (D) 15 – 30g/h (E) 15 – 25g/30min 15) Os terpenos, poderosos antioxidantes, são encontrados nos seguintes alimentos (CSM 2004): (A) Vinho tinto, uva vermelha e leguminosas (B) Cebola, alho e couve-flor (C) Frutas cítricas, brócolis e salsa (D) Chá verde, leguminosas e cebola (E) Óleos cítricos, chá verde e salsa 16) Assinale a opção correta em relação à nutrição de atletas de resistência (CSM 2005). (A) Os CHOs consumidos durante o exercício de resistência garantem provisão suficiente de energia durante os últimos estágios. (B) A quantidade protéica necessária para o desenvolvimento muscular quase nunca é satisfeita com a dieta regular, havendo a necessidade de suplementos. (C) O atraso na ingestão de CHO após exercício aumenta a síntese de glicogênio por gliconeogênese. (D) A ingestão de CHO previne a fadiga e aumenta o rendimento nas últimas etapas do exercício, quando o glicogênio muscular está baixo. (E) As refeições pré-exercício devem ser consumidas 2 – 4h antes do evento, fornecendo 10g/kg de peso de CHO. 17) Correlacione fitoquímicos com seus efeitos colaterias/tóxicos (CSM 2005). I – tanaceto II – alho III – gengibre IV – ginko V – ginseng ( ) HAS, insônia e diarréia leve ( ) fadiga e prurido, aumento do peso corpóreo. ( ) ulceração de mucosa oral e inflamação da língua. ( ) cefaléia, reações alérgicas de pele e queixas GI. ( ) gastrite, dores e formação de úlceras gástricas. ( ) gastrite, flatulência e reações alérgicas leves. (A) V; – ; I; IV; III; II. (B) III; II; - ; I; IV; II. (C) - ; III; I; IV; II; V. (D) III; IV; - ; V; I; II. (E) II; I; IV; - ; V; III. 18) Em relação ao uso terapêutico do alho,é correto afirmar que (CSM 2005): (A) Aumenta o tempo de coagulação sangüínea, devendo ser amplamente utilizado quando há uso de drogas anticoagulantes. (B) A terapia com alho deve ser sempre recomendada para o tratamento de dislipidemia em geral, principalmente hipercolesterolemia. (C) Os efeitos colaterais da ingestão de alhopodem incluir reações alérgicas leves, dermatites e sintomas GI. (D) O consumo de 2 a 5 dentes de alho por dia pode causar gastrite ou flatulência, porém esse efeito não é sentido quando o alho é administrado na forma de cápsula. (E) Pode ser utilizado como único antibiótico em pacientes graves devido às propriedades antimicrobianas da ajoene e alicina. 19) Qual a recomendação protéica média, em g/kg de peso, para atletas que exercem atividades de resistência (CSM 2006)? (A) 1,2 – 1,6 (B) 1,5 – 2,4 (C) 1,8 – 2,5 (D) 2,0 – 2,8 (E) 2,5 – 3,0 20) Qual dos alimentos abaixo é a principal fonte do componente funcional prebiótico, FOS (CSM 2006)? (A) Espinafre (B) Farelo de trigo (C) Laranja (D) Alcachofra 21) Grace tem 32 anos, é secretária do ambulatório de Nutrição e ouviu que o consumo de genisteína pode prevenir câncer. Solicitou à nutricionista uma sugestão de alimento rico neste fitoquímico. O alimento sugerido à Grace foi (Residência HUPE 2009): (A) alho poró (B) chá verde (C) leite de soja (D) farelo de aveia 22) Em razão dos problemas posturais que, em geral, ocorrem com o avançar da idade, recomenda-se estimar a estatura dos idosos. Esta deve ser obtida através do (a) (INCA 2009): (A)Extensão dos braços (B)Altura do joelho (C)Altura recumbente no leito (D)Estadiômetro 23) Para a escolha do método de avaliação antropométrica a ser utilizada no idoso deve-se considerar a: (UFRJ 2009) (A) presença de doenças crônicas e aumento da quantidade de água corporal; (B) atenção limitada, presença de doenças crônicas e mentais e/ou com dificuldades motoras; (C) redução da estatura e aumento da massa magra principalmente dos músculos e vísceras; (D) diminuição da gordura abdominal e aumento de gordura nos membros; (E) redução da estatura, dos músculos, ossos, visceras, da quantidade de água corporal e o aumento e redistribuição de gordura abdominal. 24) Correlacione os componentes dos alimentos funcionais às suas fontes alimentares e assinale a opção correta.(CSM 2009) COMPONENTES I – CUMARINA II – CATEQUINAS III – PRÉBIOTICOS (INULINA E FOS) IV – CISTEÍNA V – FITOQUIMICOS FLAVONÓIDES FONTES ( ) chicória, alho-poró, alho, banana ( ) brócolis, frutas cítricas, soja, tomate ( ) trigo e alcaçuz ( ) soro do leite, leite, clara de ovo crua e carnes ( ) chá verde ( ) gengibre ( ) salsa, cenoura e frutas cítricas (A)II, -, V, III, I, IV, - (B)I, V, III, -, II, -, IV (C)-, III, II, IV, -, I, V (D)III, V, -, IV, II, -, I (E)-, IV, II, V, III, I, - 25) (IABAS 2010) Os probioticos promovem melhora nos quadros de diarréia e constipação por meio do seguinte mecanismo: (A)Estimula a resposta imune (B)Fornecem nutrientes para crescimento de patógenos (C)Estimulam adesão de bactérias (D)Sintetizam compostos que estimulam crescimento bacteriano (E)Produzem AGCC 26) (EAOT 2010) As necessidades de proteínas na adolescência têm sido pouco estudadas, pelo menos se comparadas às de outros grupos etários. As recomendações são de que a ingestão proteica deva ficar entre 15% a 20% (National Cholesterol Education Program, 1991) do total de energia consumida, considerando o sexo, a idade, o estado nutricional e a qualidade de proteína. Sendo assim, a faixa de proteína total será de _________ a ________ g/dia. Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente a lacuna. (A) 10 / 20 (B) 25 / 30 (C) 45 / 72 (D) 15 / 25 1 – A 2 – C 3 – C 4 – A 5 – A 6 - A 7 – B 8 – B 9 – A 10 – C 11 – C 12 – B 13 – A 14 – A 15 – C 16 – A 17 – A 18 – C 19 – A 20 – D 21 - C 22 – B 23 – E 24 - D 25 – A 26 – C