Prévia do material em texto
NPJ PENAL RESPOSTA À ACUSAÇÃO REVISÃO Professora Katlhen Carla M. Gomes Jacob Silva RESPOSTA À ACUSAÇÃO 1. Distinção entre processo e procedimento: Vale observar que processo é o conjunto de atos que objetivam a prolação de uma decisão (sentença), enquanto procedimento deve ser conceituado como forma ou meio pela qual o processo se desenvolve (rito), sendo suas espécies assim divididas nos termo do art. 394 do Código de Processo Penal 1.1 Procedimentos Comuns Ordinário e Sumário: Praticamente, com a reforma processual promovida pela Lei N. 11.313/08, não se diferenciam, sendo o procedimento sumário regulado pelos artigos 531 ao 538 do Código de Processo Penal. Outrossim, com a referida reforma, foi inserido o art. 396-A no mesmo Estatuto, criando a Resposta do Réu ou conforme a dicção legal, Resposta à acusação, a qual difere da Defesa Preliminar prevista nos procedimentos especiais (como por exemplo, na Lei de Drogas – Lei N. 11.343/06, valendo observar que, embora o caput do art. 51 empregue a expressão “defesa prévia”, o termo usual é “Defesa Preliminar”, de acordo com o preceituado no §1º do referido dispositivo). RESPOSTA À ACUSAÇÃO 2. Espécies de respostas à acusação: Nesse momento, se faz necessário observar que a objetividade da peça, assim como o momento de sua apresentação, vai variar de acordo com o procedimento enfrentado, diferindo, assim, a Resposta do Réu da Defesa Preliminar, bem como da antiga Defesa Prévia (que existia no julgamento pelo Tribunal do Júri, que após a reforma promovida pela Lei N. 11.689/2008, passou a denominar-se, de forma genérica, Resposta à Acusação, nos termos do art. 406 do Código de Processo Penal) valendo observar o quadro a seguir: RESPOSTA À ACUSAÇÃO RESPOSTA À ACUSAÇÃO • 2.1 Resposta do Réu: • 2.1 Conceito: é um ato processual de natureza obrigatória, conferido à defesa, destinado a sua primeira manifestação no processo. • 2.2 Fundamento legal: No Rito Ordinário: art. 396-A do CPP, inserido pela Lei N. 11.719, de 23 de junho de 2008. Para Capez (2009, p. 64) é facultativa no rito especial do Júri; Há discordância, com fundamento no CPP, art. 406 caput e, principalmente no seu §3º, idêntico ao dispositivo anterior. • ATENÇÃO: O não oferecimento acarreta o cerceamento de defesa (Princípio da ampla defesa: garantia constitucional da defesa técnica), visto que constitui formalidade essencial, a qual exige capacidade postulatória, por disposição imperativa de lei, conforme se observa no disposto no §2º do art. 396-A do Código de Processo Penal . • Assim, qualquer irregularidade poderá gerar nulidade absoluta (vício insanável), não se sujeitando à preclusão (CPP, art. 564, IV) RESPOSTA À ACUSAÇÃO • 2.3 Momento: após recebida a denúncia ou queixa, o acusado será citado para apresentar defesa inicial, começando no prazo de 10 dias (exceto no caso da defesa ser feita por Defensor Público, que, conforme a Lei N. 1.060/50, art. 5º, §5º, lhe confere prazo em dobro, portanto, 20 dias) começando a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído, sendo certo que a falta de concessão de prazo gera nulidade, conforme pode ser observado do art. 564, III, e, do Código de Processo Penal. RESPOSTA À ACUSAÇÃO • 2.4 Conteúdo: De acordo com o art. 396-A do Código de Processo Penal, incluído pela Lei N. 11.719/08, na resposta o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. Contudo, se alegar qualquer das exceções previstas nos artigos 95 a 111 do Código de Processo Penal, deverá ser apresentada uma petição que será processada em apartado. RESPOSTA À ACUSAÇÃO 2.4.1 Teses defensivas: Variam de acordo com o caso, mas sempre devem guardar coerência com os pedidos, por exemplo: RESPOSTA À ACUSAÇÃO TESE RAZÕES PEDIDO Falta de justa causa para ação penal Por exemplo: por faltar Tipicidade ou pelo réu haver agido ao abrigo de uma causa excludente de ilicitude, o que afastaria a antijuridicidade de sua conduta. Absolvição – ver o fundamento correspondente no art. 386 do CPP. Nulidade Qualquer das causas do art. 564 do CPP Trancamento da ação penal 3.Termo: O personagem da Defesa pode ser tratado como Réu (a denúncia já houver sido recebida, por exemplo, nos ritos ordinário e sumário) ou Denunciado (caso ainda não tenha havido o seu recebimento, como por exemplo no rito da Lei de Drogas), caso em que o pedido será o não recebimento da denúncia. RESPOSTA À ACUSAÇÃO FLUXOGRAMA: FLUXOGRAMA Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __Vara Criminal da Comarca de ___________ (matéria estadual) Processo Nº________________ NOME DO RÉU, já qualificado nos autos do processo-crime em epígrafe, vem com o devido respeito e acato, por seu advogado que esta subscreve (procuração anexa), à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 396/406 do Código de Processo Penal, apresentar DEFESA à denúncia de fls. __/__, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos: MODELO DE PEDIDO DE RESPOSTA DO RÉU (DEFESA INICIAL) 1. Fazer uma síntese da acusação. 2. Narrar os fatos segundo a defesa. 3. A acusação é improcedente, visto que ... (de acordo com o caso, negar a materialidade ou a autoria, ou ainda, se possível ambas) ... como será provado no curso da presente ação. 4. Destarte, no caso em tela, não há o que se falar em crime, ante a ausência de antijuridicidade, agindo o Denunciado ao abrigo da causa excludente prevista no inciso I, do art. 23 do Código Penal, preenchendo todos os requisitos do art. 24 do mesmo Diploma Legal. 5. Compor parágrafos ligando o fato a norma permissiva. RESPOSTA À ACUSAÇÃO 6. Nesse sentido, leciona Fulano:(adicionar doutrina). 7. Igualmente, entendem nossos Tribunais: (adicionar jurisprudência). 8. Destarte, não resta dúvida quanto à necessária absolvição sumária do Denunciado, eis que não há o que se falar em crime, pela ausência de um de seus elementos, quer seja, a antijuridicidade, faltando assim, justa causa para a ação penal. Ex positis, requer-se a este Ilustre e culto Magistrado, ouvido o Digníssimo representante do Ministério Público, pela absolvição sumária do Réu, com fulcro no art. 397, I, II e III do CPP, por absoluta falta de justa causa, reconhecendo-se a incidência de causa excludente de ilicitude; ausência completa de culpabilidade e atipicidade de sua conduta não se verificando qualquer adequação típica. RESPOSTA À ACUSAÇÃO Protesta-se, ainda, caso Vossa Excelência indefira o anteriormente requerido, pela oitiva das testemunhas a seguir arroladas, em caráter de imprescindibilidade. Termos em que, Pede deferimento. Cidade, ___ de _______ de ____ Advogado – OAB/SP Rol de Testemunhas: 1. Nome, profissão, endereço.......................... ; 2. Nome, profissão, endereço.......................... ; 3. Nome, profissão, endereço.......................... . RESPOSTA À ACUSAÇÃO Slide 1 Slide 2 Slide 3: RESPOSTA À ACUSAÇÃO Slide 4: RESPOSTA À ACUSAÇÃO Slide 5: RESPOSTA À ACUSAÇÃO Slide 6: RESPOSTA À ACUSAÇÃO Slide 7: RESPOSTA À ACUSAÇÃO Slide 8: RESPOSTA À ACUSAÇÃO Slide 9: RESPOSTA À ACUSAÇÃO Slide 10: RESPOSTA À ACUSAÇÃO Slide 11: RESPOSTA À ACUSAÇÃO Slide 12: FLUXOGRAMA: Slide 13: FLUXOGRAMA Slide 14: MODELO DE PEDIDO DE RESPOSTA DO RÉU (DEFESA INICIAL) Slide 15: RESPOSTA À ACUSAÇÃO Slide 16: RESPOSTA À ACUSAÇÃO Slide 17: RESPOSTA À ACUSAÇÃO Slide 18