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ANA CLÁUDIA OLIVERA SILVA 
 
 
 
 
 
 TERRITORIALIZAÇÃO EM SAÚDE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ENFERMAGEM 
 Goianésia do pará - PA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 RESUMO 
 
 
No modelo da gestão da oferta historicamente praticado no Sistema Único de Saúde (SUS), a 
população resume-se a uma soma de indivíduos, com a criação de vínculos e responsabilidades entre 
os profissionais de saúde (especificamente da enfermagem) e as pessoas usuárias. Este vínculo e 
importante tanto para o profissional quanto para o usuário, pois a aproximação de ambos 
proporcionará confiança para um diálogo, relativamente na imunização se estabelece registros 
potentes das famílias usuárias da Atenção Primária à Saúde (APS). Para tanto, faz-se necessário 
organizar alguns macroprocessos básicos da APS, tais como: a territorialização, o cadastramento das 
famílias, a classificação de riscos familiares, a vinculação da população às equipes de APS, a 
identificação de subpopulações com riscos individuais biopsicológicos e a estratificação dos riscos 
das subpopulações nas condições crônicas. Definir uma população de responsabilidade sanitária e 
econômica, estabelecer um registro dessa população, conhecer profundamente os seus riscos sociais e 
sanitários, classificá-la em subpopulações segundo estratos de risco, elaborando um diagnóstico 
fidedigno, são a base da gestão da saúde da população. Assim, o trabalho irá vai abordar os 
processos básicos – territorialização, cadastramento e diagnóstico local, imunização, como ponto de 
partida na APS. Convidamos todos a revisitarem seus territórios, com o intuito de melhor 
compreendê-los, por meio do diagnóstico local e assim propor e colocar em prática, intervenções que 
possam ser efetivas e que contribuam com a melhoria da qualidade de vida e saúde das pessoas. 
 
Palavras chaves: Territorialização. Saúde. Enfermagem. Atenção Básica. 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO………………………………......................………………………...4 
2. DESENVOLVIMENTO…………………………........................................………...5 
2.1 TERRITORIALIZAÇÃO…………………...............................................................…6 
2.2 ATIVIDADE I DE TERRITORIALIZAÇÃO...............................................................7 
2.3 ATIVIDADE II DE TERRITORIALIZAÇÃO..............................................................8 
2.4 ATIVIDADE III DE TERRITORIALIZAÇÃO...........................................................10 
3. EDUCAÇÃO EM SAÚDE E A TRANSFORMAÇÃO DO CONHECIMENTO 
 PELOS USUÁRIOS....................................................................................................12 
3.1 APRESENTAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DAS AÇÕES GERENCIAIS DO 
 ENFERMEIRO DA UNIDADE...................................................................................13 
3.2 EDUCAÇÃO CONTINUADA E PERMANENTE.....................................................14 
3.3 IMUNIZAÇÃO, IMUNOBIOLÓGICOS.....................................................................15 
4. MÉTODO ……………………………………………...............................................18 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS………………………….......................……….…….19 
REFERÊNCIAS ...............................................................................................................20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 A territorialização do Sistema Único de Saúde significa organizar os serviços de 
acordo com o território, ou seja, conhecer o território onde a vida acontece e organizar os 
serviços de acordo com as necessidades desse território. Isso é de extrema importância, pois 
não há uma fórmula mágica de organização que funcionará em qualquer território. Todos os 
territórios são muito diferentes uns dos outros, então uma maneira de organizar os serviços 
que funciona bem em um local pode funcionar muito mal em outro. MARQUES (2007). 
 Por isso é necessário conhecer o território. Isso significa conhecer a população, o 
ambiente, e as suas relações. A partir disso, é possível conhecer as suas necessidades e, então, 
organizar o serviço de forma eficaz. Os serviços de saúde devem se ajustar às demandas da 
população, e não o contrário. 
 Em virtude disso, tal serviço está inserido na Atenção Primária, que é porta de entrada 
para o Sistema Único de Saúde (SUS), na qual, visa um cuidado voltado à prevenção. Com o 
intuito de obter uma intervenção eficaz e integral nas práticas em saúde, foi criada a 
Estratégia de Saúde da Família (ESF), tornando-se uma forma de inserir as famílias dentro da 
UBS, através de seus profissionais, mais especificamente, dos enfermeiros. (ACS) 
(MONKEN E BARCELLOS, 2005). 
 A educação permanente valoriza as situações de trabalho atuais e seus processos. Isso 
permite a problematização dos processos no local de trabalho e cria novos conhecimentos 
entre os profissionais. A educação continuada, por outro lado, é a continuidade da educação 
inicial com foco no aprimoramento profissional. Não necessariamente atende às necessidades 
do local de trabalho ou altera o conhecimento sobre o trabalho. 
 Para garantir a manutenção adequada, o Programa Nacional de Imunização tem um 
sistema completo e uma estrutura técnica-administrativa, incluindo normatização, 
planejamento e avaliação. BRASIL 2015). A enfermagem na educação em saúde requer a 
capacidade flexível para desvelar a realidade e propor ações transformadoras que levam as 
pessoas à autonomia e emancipação como sujeitos sociais e históricos, capazes de propor e 
opinar sobre as decisões de saúde. 
 Com o intuito de contribuir com o fortalecimento da concepção do território em saúde, 
seguiremos algumas etapas do processo de aprendizagem, representadas pelos seguintes 
objetivos: Objetivo geral: Analisar o território como elemento estruturante para o 
planejamento local em saúde. Objetivos específicos: Discutir o conceito de território, sua 
evolução e aplicabilidade no planejamento em saúde. Discutir o processo de territorialização 
5 
 
em saúde. Compreender o processo de cadastro familiar e sua importância na organização da 
atenção à saúde. 
 E justificável no sentido de buscar aperfeiçoar a ação institucional do setor saúde, 
porque é preciso reconhecer nos territórios mais do que a sua delimitação “ótima” do ponto de 
vista funcional, percebendo como uma instância de poder, do qual participam as populações a 
eles adstritas bem como reconhecer as múltiplas e diversas territorialidades existentes na 
“arena territorial”. 
 
 
6 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 TERRITORIALIZAÇÃO 
 
 A política nacional de atenção básica foi definida em 2017 como: Um conjunto de 
ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, recuperação, 
proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e 
vigilância em saúde, desenvolvidas por meio de práticas de cuidado integral e gestão 
adequada, realizadas com equipe multiprofissional e dirigidas à população em geral. 
 Além disso, afirma que a Atenção Básica servirá como a principal porta de entrada, 
centro de comunicação e centro de informações da Rede de Atenção à Saúde, além de 
coordenar o cuidado e supervisionar as ações e serviços que a rede oferece. 
 Cada território tem as suas particularidades, que configuram diferentes perfis 
demográficos, epidemiológicos, econômicos, sociais, culturais e políticos, os quais se 
encontram em constante transformação são pontos importantes de estratégia de cuidado da 
população. Assim, a atuação das equipes de saúde sobre esse território tem de considerar 
esses perfis. Os profissionais de saúde que trabalham na Atenção Básica devemse apropriar 
dessas características e interagir com os atores para que possam agir sobre a realidade onde 
trabalham. UNGLERT(1999). 
 A territorialização em saúde é o processo de reconhecimento do território. Pode ser 
definido como uma estratégia ou método de fazer que permite o reconhecimento do ambiente, 
das condições de vida e da condição de saúde da população em um território específico, bem 
como o acesso dessa população a ações e serviços de saúde. Isso permite o desenvolvimento 
de práticas de saúde que atendem à vida cotidiana das pessoas (G.M.; M, MONKEN M 2008). 
Para administrar o atendimento à população, em algumas circunstâncias, o território é 
considerado apenas em seus limites geográficos. Em alguns casos, os funcionários da 
Atenção Básica sabem que é importante ter uma visão mais ampla do território, mas não 
conseguem incorporar essas informações em seus processos de trabalho. Quando isso ocorre, 
as equipes de saúde se concentram na doença, o que os torna menos resolutivos e paliativos. 
 O território é a consequência e o resultado de diferenças sociais e ambientais, e essas 
diferenças têm impactos significativos no desenvolvimento de grupos sociais. O território é 
um lugar onde diferentes grupos sociais interagem; mesmo compartilhando o mesmo espaço, 
eles podem ter diferentes modos de vida, relações de trabalho e relações com o ambiente. 
 
7 
 
 Na ESF, o território é dividido em três níveis de atuação: 
 Território moradia: Espaço de menor agregação social, permitindo aprofundar o 
conhecimento para o desenvolvimento de ações de saúde. 
 Território micro área: Subdivisão do território-área. Corresponde à área de atuação do 
ACS. Espaços onde se concentram grupos populacionais homogêneos, de risco ou 
não, com vistas à programação e acompanhamentos das ações destinadas à melhoria 
das condições de saúde 
 Território-área: Representa o espaço-população adstrita, que estabelece vínculo com 
uma Unidade de Saúde, permitindo a melhor relação e fluxo população/serviços 
 Um dos sentidos da territorialização é a delimitação de uma área para a operação de 
uma ESF, e não podemos negar a sua importância. No entanto, um grande desafio é encontrar 
uma maneira de qualificar esse uso com ênfase no reconhecimento do ambiente, da 
população, do acesso às atividades e serviços de saúde, bem como da dinâmica social 
existente em cada território. Neste sentido, a territorialização é vista como uma técnica capaz 
de modificar o modelo de atendimento e as práticas de saúde existentes. As equipes podem 
desenvolver seus próprios instrumentos para registrar e avaliar as observações que fazem 
sobre a área e a população onde trabalham. Para que a equipe possa usar e compartilhar esses 
dados com a gestão, é necessário que esses dados sejam computados com precisão. 
 A ESF se concentra em garantir todos os serviços de saúde de acordo com o programa 
SUS na área de abrangência. As áreas de influência são aquelas atingidas direta e 
indiretamente pela expectativa positiva ou negativa do investimento durante o ciclo de 
implantação e operação. Essas áreas mostram tamanho individualizado (biótico, físico ou 
socioeconômico). 
 
2.2 ATIVIDADE I DE TERRITORIALIZAÇÃO 
 
 Desta forma, no contexto da Atenção Básica/Atenção Primária à Saúde (AB/APS) 
recomendam-se dois tipos de mapas na Unidade Básica de Saúde (UBS): o mapa de 
delimitação geográfica/delimitação do território e o mapa inteligente. 
 O mapa do território e/ou de delimitação geográfica tem por objetivo representar 
graficamente a área de responsabilidade da equipe de saúde de forma a permitir a visualização 
espacial do território e, com isso, auxiliá-la apreender suas particularidades. 
 Sugere-se que este mapa seja exposto na recepção da UBS. Ele pode ilustrar a divisão 
das micro áreas do território de responsabilidade dos agentes comunitários de saúde (ACS) e 
8 
 
também apresentar a localização da UBS e dos equipamentos sociais (escolas, creches, 
centros comunitários, clubes, igrejas e outros serviços) presentes em cada micro área. 
 Este mapa pode ser obtido através de um mapa territorial (geofísico) ou de ferramentas 
gratuitas da internet como Google Earth que localize a área da UBS e suas delimitações. 
 
 Figura 1 – Mapa de áreas de abrangências e área de influência 
 
I. Micro área 1: Rua Asa Norte; Rua Nacional; Rua Asa Sul; Rua Planalto; Rua da 
Assembleia. (1 agente comunitário de saúde). 
II. Micro área 2: Rua da torre; Rua Genésio Geraldo; Av. Santo Cassaro; Rua do 
Congresso; Rua da Esperança. (1 agente comunitário de saúde). 
III. Micro área 3: Rua Tuiuti; Rua Monte Castelo; Rua das Embaixadas; Rua 8 
Itamaraty; Rua da Ermida. (1 agente comunitário de saúde). 
IV. Micro área 4: Rua Madri; Rua Victorio Gorla; Rua Barcelona; Rua Agostinho 
Resende; (1 agente comunitário de saúde). 
V. Micro área 5: Rua Conrado Scheller; Rua Antônio Forastieri; Rua Maximiano Góes. 
(1 agente para as micro áreas 4 e 5). 
 
2.3 ATIVIDADE II DE TERRITORIALIZAÇÃO 
 
 A territorialização é um processo que pode começar, mas nunca termina, porque deve 
sempre estar no centro das conversas das equipes de saúde. Demonstramos que o processo de 
territorialização está vinculado ao trabalho de equipe, ou seja, deve fazer parte de sua rotina. 
Área 
Abrangência 
Área Influência 
9 
 
Considere que, por exemplo, ao fazer uma visita domiciliar no local, você já pode coletar e 
registrar informações a partir das observações que fez durante o trajeto. 
 Muitas vezes, as equipes já se deparam com informações prontas acerca do território. 
Outras vezes, precisarão buscar os da dos necessários para sua compreensão. De todo modo, 
compete às equipes administrar com o organizar as informações do seu território. 
Didaticamente, estabelecemos três fases para o processo de territorialização, embora elas não 
ocorram, necessariamente, de modo linear. 
 Figura 2 – Fases para o processo de territorialização 
 
Fase 1 - preparatória ou de planejamento: 
 Para realizar o processo de territorialização primeiramente deve-se realizar 
um planejamento para que seja decidido quais as informações serão necessárias e qual a 
melhor maneira de se conseguir chegar até elas, através de discussões em grupo. 
Fase 2 - Coleta de Dados 
 Refere-se ao momento de colher as informações que serão necessárias para a 
realização do trabalho, através de observações nos locais escolhidos, entrevistas, análises de 
documentos em sistemas e prontuários. 
Fase 3 - Informações e Análise de dados 
 Essa etapa refere-se ao momento em que a equipe irá analisar todos os dados que 
foram colhidos na territorialização para logo após, transforma-los em informações onde se 
possa entender a real situação de saúde da população e, a partir dessa compreensão, 
estabelecer o planejamento das ações em saúde. 
 Figura 3 – Principais fontes de dados primário e Secundário 
 
 
10 
 
 A utilização de roteiros é normalmente necessária para a coleta de dados primários, 
pois permitem o registro do que deve ser coletado. Quando se trata de entrevistas, o roteiro é 
muito útil porque permite que os entrevistadores não se esqueçam de nenhuma informação 
importante ou desejável. 
 
2.4 ATIVIDADE III DE TERRITORIALIZAÇÃO 
 
 De acordo com o mapa abaixo, quais ações de saúde poderiam ser realizados para a 
comunidade? 
 Figura 4 – Mapa geográfico 
 
 
 Verificação de Pressão Arterial; 
 Realização de Teste de Glicemia Capilar; 
 Ações de Conscientização contra Violência; 
 Ações de Práticas Corporais, atividades físicas e lazer; 
 Promoção e Avaliação de SaúdeBucal; 
 Verificação e atualização da situação vacinal; 
 Promoção da alimentação saudável e prevenção da obesidade infantil; 
 Direito sexual e reprodutivo e prevenção de IST/AIDS; 
 
 A ESF deve cobrir as condições gerais de saúde das pessoas em sua área, estudando as 
interações entre fatores sociais, políticos, econômicos e culturais e suas consequências nas 
diferentes situações de saúde-doença. 
 Mapa é uma representação gráfica na qual podem ser organizados e comunicados 
dados que dizem respeito aos territórios, como os objetos (casas, fábricas, parques, quadras de 
11 
 
esporte, escolas), as redes que ligam esses objetos (ruas, ciclovias, rede de água, rede de 
esgoto), os fluxos das pessoas, as fontes de contaminação ambiental, os grupos populacionais 
segundo suas vulnerabilidades, a distribuição de eventos – relacionados ou não à produção de 
saúde ou doença –,bem como pontos estratégicos e de apoio. 
 Ao lado da Unidade Básica, existem praças que podem ser utilizadas para atividades 
coletivas, como palestras. Como outros recursos de apoio, a igreja, que possui uma forte 
conexão com a população. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
3. EDUCAÇÃO EM SAÚDE E A TRANSFORMAÇÃO DO CONHECIMENTO 
PELOS USUÁRIOS 
 
 As ações de educação em saúde e a articulação entre a transformação do conhecimento 
teórico dos indivíduos participantes em habilidades práticas. As pautas de educação em saúde 
estão em processo de mudanças, principalmente, envolvendo a enfermagem. A educação em 
saúde como atribuição do enfermeiro implica em promoção ao autocuidado do paciente 
(Neves 2015). Nesse contexto a equipe de enfermagem apresenta um papel transformador da 
promoção de cuidados do indivíduo por meio do contato físico, no olhar de confiança, nas 
trocas de comunicação, saberes e transferência do conhecimento científico (LOPES 2009). 
Para além disso, a Educação em Saúde requer do profissional de enfermagem análise 
crítica da sua atuação durante as abordagens aos pacientes, uma vez que, o 
estabelecimento do vínculo de confiança é instrumento para a construção da 
participação popular nos serviços de saúde e aprofundamento da intervenção da 
ciência no cotidiano das famílias e sociedade (Progianti 2012 p. 256). 
 
 Neste contexto, com vistas ao alcance do acompanhamento eficiente da saúde do 
paciente, é imperativo promover Educação em Saúde pautada na participação ativa e 
valorização das necessidades do indivíduo, famílias, comunidade e profissionais de saúde 
(MARQUES 2018). Assim, a Educação em Saúde deve ser realizada pelos enfermeiros por 
meio de ações conforme o reconhecimento das necessidades singulares de cada usuário e da 
comunidade (SANTANA 2013). 
 Uma das técnicas pedagógicas mais usadas para o desenvolvimento das práticas de 
ações em saúde é a de problematização, na qual o indivíduo conta seus problemas e 
experiências, em uma troca contínua de saberes. Essa técnica facilita a aproximação dos 
pacientes com os profissionais de saúde principalmente dos adolescentes, com uma proposta 
de estudo em grupo, garantindo a obtenção de mais informações e que se relacionem entre si, 
para obter vínculo de comunicação, facilitando a intervenção científica profissional da 
enfermagem para a prevenção de doenças (CORTEZ 2010). 
É necessário o rompimento do atendimento verticalizado e de se propor a Educação 
em Saúde pautada no diálogo entre educadores e educandos. Assim, o indivíduo será 
capaz de assumir um papel ativo no seu processo educativo, considerando suas 
necessidades, alicerçadas em suas experiências, aprendendo a partir do que lhe é 
significativo (Unglert p. 221 1999). 
 
 Ao apoiar os indivíduos, os profissionais de saúde possibilitam a socialização do 
conhecimento a partir das experiências individuais, contribuem para a reflexão, aprendizado, 
desenvolvimento da autonomia e mudança no modo de se cuidar de forma mais participativa 
(NEGRÃO MLB 2018). Além disso, essa prática transformadora, mediada pela participação 
13 
 
do indivíduo em todo o processo educativo visa fortalecer a relação entre o profissional e 
usuário para legitimar a Educação em Saúde Oliveira 2014). 
 Nesse contexto, a transferência de conhecimento científico para a prática da promoção 
da saúde do indivíduo ocorre a depender de cada cultura e forma de entender da população, o 
que possibilita o usuário a acreditar que pode absorver saberes resultando em mudanças de 
rotinas ou hábitos para garantir uma vida saudável. 
 Ademais, o enfermeiro precisa compreender como e qual abordagem educativa será 
realizada, para que as informações transmitidas ao paciente sejam apreendidas de forma a 
respondê-lo em seus questionamentos e dúvidas. Outra estratégia a ser utilizada na Educação 
em Saúde abrange o uso de materiais de apoio como imunização, o que oportuniza efeitos 
positivos na compreensão do tema abordado. 
 
3.1 APRESENTAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DAS AÇÕES GERENCIAIS DO 
ENFERMEIRO DA UNIDADE 
 
 Uma parte imprescindível da gestão de uma unidade, e o cuidado é a organização dos 
serviços de saúde. É necessário implementar uma variedade de técnicas e métodos para 
melhorar o acesso aos serviços e a gestão do processo de trabalho para tal organização. Neste 
sentido, para garantir um atendimento completo, o APS requer um esforço significativo por 
parte de seu coordenador, no caso do enfermeiro, desde a gestão do atendimento na UBS até a 
administração burocrática. O papel do fluxograma é crucial porque é a partir dele que o 
paciente será direcionado para a unidade. 
 Figura 5 – Fluxograma de acolhimento 
 
 
 Fonte: Acolhimento à Demanda Espontânea. Atenção Básica SMS-SP.-2015. 
 
14 
 
 O cotidiano dos enfermeiros APS no SUS é marcado pelo conflito de responsabilizar-
se pelo conjunto de atividades que compõem a dinâmica de funcionamento do serviço de 
saúde, bem como pelo trabalho específico exigido pelo novo modelo de atenção. Isso ocorre 
enquanto as estratégias de gestão e os elementos ideológicos sustentam o modelo tradicional 
de funcionamento do sistema de saúde. 
 Nestas linhas, as responsabilidades do enfermeiro se concentram cada vez mais em 
procedimentos relacionados à organização do serviço, à supervisão dos ACS e à prestação de 
cuidados à equipe de enfermagem. Além de toda a gerencial, o enfermeiro também cumpre 
os protocolos do Ministério da Saúde, incluindo atendimento a hipertensos, imunização, 
diabéticos, crescimento e desenvolvimento infantil, gestante e puérpera e muitos outros 
cuidados de atenção primária. 
 
 3.2 EDUCAÇÃO CONTINUADA E PERMANENTE 
 
 A educação em saúde está presente em todos os lugares e áreas de trabalho dos 
enfermeiros, desde a Atenção Primária em Saúde até os setores especializados, com o foco na 
educação em saúde da população. Além disso, inclui todos os processos de formação 
profissional, incluindo formação inicial, acadêmica, formação continuada e/ou permanente e 
formação em serviço. 
 No que diz respeito à educação em saúde para a população, refere-se ao processo de 
ajudar as pessoas a aprender e compreender comportamentos e atitudes relacionados ao 
cuidado em saúde que devem ser incorporados no cotidiano de vida com o objetivo de 
melhorar a qualidade de vida e a saúde do paciente. 
 A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) foi criada em 2004 e 
serve como um marco para a educação e o trabalho em saúde no país. Educação Continuada e 
Educação Permanente em Saúde (EPS) são seus conceitos. 
 A educação continuada contempla as atividades que possui período definido para 
execução e utiliza, em sua maior parte, os pressupostos da metodologia de ensino tradicional,como exemplo as ofertas formais nos níveis de pós-graduação. Relaciona-se ainda às 
atividades educacionais que visam promover a aquisição sequencial e acumulativa de 
informações técnico-científicas pelo trabalhador, por meio de práticas de escolarização de 
caráter mais formal, bem como de experiências no campo da atuação profissional, no âmbito 
institucional ou até mesmo externo a ele. 
15 
 
 O Ministério da Saúde definiu a EPS como aprendizagem no trabalho, ou seja, quando 
o aprendizado e o ensino são incorporados ao cotidiano das organizações e ao trabalho. A 
EPS se baseia na capacidade de transformar as práticas profissionais e acontecer no cotidiano 
do trabalho. 
 A educação permanente é um tipo de educação centrada no processo de trabalho em 
saúde. Tem como objetivo mudar as práticas profissionais e organização do trabalho, tomando 
em consideração as necessidades de saúde das pessoas e das populações, reorganizando a 
gestão setorial e fortalecendo as conexões entre a formação e o controle social em saúde. 
 
3.3 IMUNIZAÇÃO, IMUNOBIOLÓGICOS 
 
 O Programa Nacional de Imunizações (PNI) desempenha um papel significativo no 
SUS, e sua política afeta diretamente a redução, eliminação e erradicação de doenças por 
meio de vacinas e vigilância. O PNI dirige o processo e define as políticas de imunização em 
nível estadual e municipal. Não importa qual política de imunização adotada pelo PNI, a 
imunização deve ser realizada de forma segura em áreas de atenção básica e de assistência, 
salas de vacina e Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). 
 Soros, vacinas e imunoglobulinas são imunobiológicos, que podem proteger, reduzir a 
severidade ou combater certas doenças e agravos. Funcionam no sistema imunológico, que é 
caracterizado biologicamente pela capacidade de identificar certas estruturas moleculares, os 
antígenos, e realizar uma resposta eficaz an esses estímulos, resultando na destruição ou 
inativação deles. Os produtos termolábeis (sensíveis ao calor e ao frio) e fotossensíveis são 
chamados de imunobiológicos. Portanto, para manter sua eficácia e potência, ou seja, sua 
capacidade de resposta, devem ser armazenados, transportados, organizados, monitorados, 
distribuídos e administrados adequadamente. MORAES(2013). 
 O Calendário Nacional de Vacinação inclui todas as pessoas, incluindo crianças, 
adolescentes, adultos, pessoas com 65 anos et. As 19 vacinas contra mais de 20 doenças estão 
disponíveis, e a proteção começa desde o nascimento e pode durar toda a vida. Os calendários 
de vacinas a segundo Ministério da Saúde (2022) é mostrado nas Figuras abaixo. 
 
 
 
 
16 
 
 Figura 6 - Calendario de vacinação para criança. 
 
Fonte: PNI 
 
 Figura 7 - Calendario de vacinação para adolescentes 
 
Fonte: PNI 
 
 Figura 8 - Calendario de vacinação para adultos 
 
Fonte: PNI 
 
 
17 
 
 Figura 9 - Calendario de vacinação para idosos 
 
Fonte: PNI 
 
 
18 
 
4. MÉTODO 
 Este trabalho trata-se de uma Pesquisa Convergente-Assistencial, cujo produto é uma 
tecnologia de administração para o trabalho do enfermeiro dentro da Estratégia Saúde da 
Família. O produto – resultado deste trabalho – se deu a partir de um levantamento 
bibliográfico nas bases de plataformas digitais com: Lilacs, CidSaúde, Google acadêmico 
BDENF, Respostas em Atenção Primária, CVSP, Coleciona SUS, usando a palavra-chave 
territorialização. O termo territorialização não é considerado descritor de assunto mas, pelo 
fato de ser amplamente utilizado na área de Saúde Pública e na prática dos serviços, optou-se 
por aplicá-lo às buscas, correndo o risco de encontrar textos que apenas citavam o termo, pois 
o localizador bibliográfico, ao encontrá-lo, seja entre as palavras do título ou resumo, o 
seleciona. 
 Após a leitura das publicações na íntegra, foram eliminadas as duplicadas e aquelas 
que apenas citavam a territorialização sem aprofundar a discussão a respeito. 
 As publicações foram organizadas por ordem cronológica e descritas conforme sua 
coerência com o objetivo deste trabalho, ou seja, trabalhos que apresentavam ou analisavam 
propostas de “leitura” do território. O foco de análise escolhido foi especificamente a 
metodologia aplicada para realizar a territorialização. Estas propostas foram analisadas à luz 
da fundamentação teórica deste estudo e foi feita uma discussão sobre as aquelas que mais se 
adequariam à escolha teórica e que poderiam ser aplicadas à realidade da Unidade Saúde da 
Família. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Territorialização e voltado à promoção da saúde em diversas áreas da comunidade, por 
meio de atividades educativas realizadas por múltiplas equipes da saúde. Envolve aspectos 
práticos que facilitam, evitam ou retarda a presença de doenças na comunidade. Evidencia-se 
que o processo pedagógico na realização de uma atividade educativa, em enfermagem pode 
apresentar melhor resultado, quando aplicado com a confiança de um bom atendimento para 
um fácil aprendizado. 
 Dessa forma, o profissional enfermeiro compartilha informações e trabalha para a 
conquista do vínculo paciente-profissional, demostrando respeito pelo paciente. Além disso, 
adota uma atitude agradável em suas abordagens que objetivam melhorar a comunicação e 
compreensão, do que se fala, por parte do indivíduo participante, com finalidade de garantir o 
empoeiramento do paciente para o autocuidado e promover uma assistência de enfermagem 
segura e com qualidade. 
 Assim, a promoção da saúde por meio de ações de educação e troca de informações 
envolvendo a relação dialógica, o conhecimento científico e a vivência dos indivíduos, 
favorece a promoção da saúde, uma vez que, os pacientes passam adquirir hábitos que 
contribuem para a sua qualidade de vida. Ademais, estudos futuros que abordem a temática 
contexto da atenção básica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
REFERÊNCIAS 
ARAÚJO, Guilherme Bruno et al. Territorialização em saúde como instrumento de formação 
para estudantes de medicina: relato de experiência. SANARE-Revista de Políticas Públicas, 
v. 16, n. 1, 2017. 
AMESTOY SC, SCHVEITZER MC, MEIRELLES BHS, BACKES VMS, ERDMANN A. L. 
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	sumário
	2. DESENVOLVIMENTO…………………………........................................………...5
	2.1 TERRITORIALIZAÇÃO…………………...............................................................…6
	2. DESENVOLVIMENTO
	2.1 TERRITORIALIZAÇÃo
	A política nacional de atenção básica foi definida em 2017 como: Um conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, recuperação, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidad...
	4. MÉTODO

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