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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE 
CENTRO DE HUMANIDADES – CURSO DE LICENCIATURA GEOGRAFIA 
DISCIPLINA: GEOGRAFIA AMBIENTAL 
 PROF. (A): Erika Gomes Brito 
 
 
 
 
 
 RESENHA: MENDONÇA, Francisco de Assis. Geografia e meio ambiente. São Paulo: 
 Contexto, 2005. 8ª edição. 
 
 
DISCENTE: Valdécio Feliciano da costa 
Matrícula: 1623485. 
 
 
 
 
FORTALEZA-CE 
2023 
 
 
 
 
2 
 
 MENDONÇA, Francisco de Assis. Geografia e meio ambiente. São Paulo: 
 Contexto, 2005. 8ª edição. 
 
 
 Na obra intitulada como "Geografia e meio ambiente”, Francisco 
Mendonça teve a preocupação de criar um guia elaborado para fins didáticos, 
avaliando dois grandes momentos da abordagem geográfica do meio ambiente 
que podem ser percebidos: a naturalista e a interação natural-social. O homem 
tem se mostrado mais preocupado com a natureza e ela ocupa um lugar 
destacado entre os interesses das diferentes organizações sociais atuais. A 
obra a ser dissertada trata-se de um dos mais atuais quanto a assunto de 
questão ecológica e destina-se a pessoas interessadas em estudos na área 
ambiental. 
O presente trabalho tem como objetivo o estudo de toda a obra de Mendonça, que 
está em sua oitava edição e contém cinco capítulos divididos em oitenta páginas 
tratando sobre a temática ambiental correlacionando a geografia. 
Entre os temas a serem tratados no conjunto de sua obra temos a 
emergência da temática ambiental na atualidade, o ambientalismo geográfico 
de cunho naturalista, as contingências mundiais para a eclosão da consciência 
ambiental do século passado, o ambientalismo geográfico engajado na 
transformação da realidade e por fim o autor traz uma abordagem holística da 
temática ambiental. Na primeira unidade, Francisco traz uma breve introdução 
trazendo a necessidade de se debater a temática ambiental. Mendonça afirma que 
existe diversos fatores de importância ao meio ambiente, porém ele traz um enfoque 
a três deles. O primeiro fator é retratado no caos da qualidade de vida da 
população onde é possível observar que houve uma falsa melhoria da 
 
 
3 
 
qualidade de vida por conta do consumo acelerado ocasionado pelos duzentos 
anos de industrialização e da produção e escoamento de bens materiais. 
Porém o que se observou foi o não respeito a dinâmica da natureza e dessa 
maneira houve um processo de degradação do ambiente revertendo assim a 
qualidade de vida das pessoas. Esse problema é mais intensificado onde o 
autor chama de explosão demográfica, ou seja, nas grandes cidades devido a 
falta de infraestrutura para garantir direitos básicos e essenciais para a 
qualidade de vida. É dessa maneira que o Francisco Mendonça afirma que há 
uma contradição de que a industrialização causa uma melhoria na qualidade de 
vida já que ela traz consigo malefícios. Sem contar que a riqueza não é bem 
distribuída agravando ainda mais a miséria. No segundo fator temos o 
alarmismo da mídia, ou seja, o poder que a mídia tem de influenciar as 
pessoas principalmente por retratar certos problemas de degradação 
ambiental, intensificando-os de maneira alarmista. Mendonça fala que a 
verdade é camuflada pelo sensacionalismo da mídia, porque esta valoriza as 
catástrofes, mesmo sendo naturais como terremotos, vulcanismo ou chuvas 
tratando esses fenômenos como sobrenaturais. Dessa forma, esses 
fenômenos ocorrem na dinâmica natural do planeta, sendo assim é preciso 
entender a noção de acidente, catástrofe ou castigo como de ordem humano- 
social já que elas são reflexos da atividade humana no espaço, sem contar que 
esses problemas ambientais são somente importantes a sociedade quando 
estes atingem áreas habitadas ou de importância econômica. O autor afirma 
que muitos dos problemas tem piorado devido à falta de planejamento dos 
aglomerados humanos que causam a supervalorização do planejamento 
 
 
4 
 
econômico em detrimento do planejamento social. Francisco Mendonça é bem 
crítico quanto a mídia pois para ele a humanidade não pode mais assumir a 
condição de vítima da natureza pelo fato de suas ações perante a ciência e a 
tecnologia. Dessa forma, os meios de comunicação estejam distantes de 
retratar com seriedade determinados assuntos quanto a impactos ambientais, é 
importante frisar que a mídia contribui para que as pessoas tenham algum 
acesso à informação quanto a questão ambiental e prestando a diferentes 
populações o acesso à informação. No terceiro fator temos o papel das 
ciências, artes e atividade política na temática ambiental. Para o autor, a 
ciência tem retratado a problema ambiental a partir de cada momento histórico 
de seu desenvolvimento em sua própria origem e sem sensacionalismo, sendo 
o oposto do que acontece com a mídia. Nas ciências é possível observar o 
acontecimento ambiental de maneira mais verdadeira e vai ser tratada na obra de 
Mendonça principalmente com foco na ciência geográfica. Já nas artes 
temos que a natureza é fonte de inspiração e contemplação dos artistas que, 
engajados, passam a defender a natureza denunciando agressões da 
sociedade contra ela. Dessa maneira, a arte contribui com uma 
conscientização da problemática ambiental através da música, literatura, 
pintura, escultura, teatro etc. Como atividade política, temos um sério problema 
porque ela age de maneira desprezível e demagógica porque utiliza o meio 
ambiente e os problemas ambientais com fins eleitoreiros e sem conhecer a 
questão em sua profundidade. 
 
Na política é possível observar a ausência de compromisso com a causa do 
problema, sendo esses políticos mais interessados em resolver as 
 
 
5 
 
consequências dos problemas com fins de “maquiar” a gravidade do problema 
como se ele tivesse sido resolvido. É importante frisar que existe políticos 
preocupados com a causa ambiental, porém é em um número bastante 
pequeno. Trazendo para a realidade cearense, foi possível ver em algumas 
candidaturas que muitos desses políticos utilizaram principalmente a causa animal 
para ganhar nas eleições, mas que quando assumiu mostrou suas verdadeiras 
intenções assinando a favor de projetos que iriam prejudicar a natureza pondo em 
risco a vida de animais nativos do Ceará. Para Mendonça, esse cenário na política 
brasileira não o surpreende dado visto que lá é um ambiente cercado por corrupção, 
clientelismo e falta de transparência. Hoje podemos dizer que há mais 
problemas como o nepotismo, ligações com milícias e uso da religião para 
justificar atitudes que vai contra o direito de determinadas pessoas. 
Na segunda unidade do livro temos o ambientalismo geográfico de 
cunho naturalista. Sendo assim, Francisco relata que o meio ambiente foi 
retratado pela geografia de maneira naturalista do século XIX até meados dos 
anos 50 e 60. O Meio Ambiente é descrito como um quadro natural do planeta 
em que nele contém relevo, clima, vegetação, hidrografia, fauna e flora 
relacionados diretamente ao homem ou qualquer sociedade humana. Tudo o 
que foi catalogado pelos geógrafos da época era com a intenção de descrições 
de natureza física detalhadas dos lugares na tentativa de sistematização sobre 
a influência positivista de Augusto Comte. Na origem da geografia moderna o 
autor afirma que a geografia é a única ciência que se dedica integralmente a 
estudar a relação homem e meio ambiente. Entre seus fundadores temos: 
meio ambiente foram: Aroldo de Azevedo, Lysia Bernardes, Dorade A. Romariz 
e outros. 
Na terceira unidade do livro temos o debate sobre as contingências 
 
 
6 
 
mundiais para a eclosão da consciência ambiental do séc. XX temos uma 
análise de eventos que marcaram o cenário mundial entre as décadas de 40 e 
60 do século passado que tiveram reflexos diretos na ordem econômica, social, 
política, científica e tecnológica. A segunda Guerra Mundial que mostrou o 
poder de destruição que determinados países possuem. A população que 
sobreviveu que teve que arcar com as consequências e recuperar as áreas 
degradadas. Foi a partir disso que nasce os primeiros movimentos pela paz, 
surgindo de maneira lenta, os movimentos pacifistas tinham como objetivo 
também preservar o meio ambiente. A globalização das economias capitalista e 
socialista mostrou as quatro décadas de Guerra Fria onde o mundo socialista 
tratou de maneira negativa as questões ambientais, acontecendo também na 
economia capitalista onde as multinacionais eram bastante agressivas na 
conquista do mundo globalizado e que exploravam tanto o homem quanto a 
natureza sem a mínima preocupação com uma escassez dos recursos 
naturais. Por isso é possível observar que para ambas as economias, o meio 
ambiente não era protegido, mas destruído. Com a explosão demográfica dos 
anos 60 e 70, muitos países tiveram um aumento brusco de sua população, 
principalmente em países pobres. Francisco Mendonça destaca que esse 
aumento de pessoas serviu para "abrir os olhos" em relação aos recursos 
naturais que são finitos e dessa forma os estudiosos passaram a calcular 
quantos seres humanos o planeta consegue suportar. A fome era um problema 
real, principalmente na África que passava pela seca e que por ter sido 
explorado por muito tempo, encontra-se um ecossistema fragilizado. 
O problema da África serve para denunciar o que o subdesenvolvimento gera e 
 
 
7 
 
também para pressionar uma preocupação com o meio ambiente. Com isso 
foram surgindo diversos movimentos sociais gerais, ligados principalmente por 
jovens e estudantes como o movimento hippie, maio de 1968, primeira 
Conferência Mundial sobre o meio ambiente e desenvolvimento e o Rio 92. 
Com a abertura do conhecimento científico, a geografia teve ganhos de 
natureza qualitativa, em 68 o positivismo foi superado e os professores 
influenciados pelas manifestações, abordam novas metodologias influenciadas 
principalmente pelo marxismo, sendo na geografia um destaque chamado de 
Yves Lacoste com a obra "A Geografia serve antes de mais nada para fazer a 
guerra" que mostrou que geógrafos físicos estavam atrasados em relação a 
evolução da ciência e que estavam fazendo uma ciência para dominação. 
Na quarta unidade do livro temos o ambientalismo geográfico engajado 
na transformação da realidade que é retratado da década de 60 até os dias 
atuais. A partir dessa década que o marxismo trouxe um impacto positivo para o 
estudo da sociedade, fortalecendo assim mais a geografia humana quando 
comparado a geografia física. Porém, a geografia radical mostrou maior 
preocupação com a ação do homem sobre o espaço à luz das relações sociais, 
enfraquecendo assim o interesse no meio ambiente. Com o marxismo 
houveram algumas limitações na análise ambiental principalmente por conta de 
menosprezar os componentes do meio físico já que ela só dava enfoque a 
sociologia, história e economia. Para Francisco Mendonça a dialética marxista 
mostrou-se incapaz de enfocar os fenômenos naturais em sua dinâmica, 
mostrando assim uma contribuição não tão significativa a geografia, por limitar 
o ambiente como uma lógica do sistema de produção social. 
 
 
8 
 
Os geógrafos físicos sentiram os impactos desses estudos e optaram por uma 
mudança,renascendo assim uma geografia apoiada no geossistema de Sotchava 
junto com a ação antrópica. Eram destaques os geógrafos: Georges Bertrand, Jean 
Tricart e Jean Dresch que foram de grande importância na geografia brasileira, 
principalmente com Aziz Ab’Saber, C. A. de F. Monteiro e Orlando Valverde. 
Para alguns geógrafos, a dicotomia da geografia física e humana acabará com 
o surgimento da geografia da percepção ou topofilia onde o meio ambiente é 
visto como um recurso que deve ser utilizado, mas que também deve ser 
protegido com respeito, conservação e preservação. Mendonça destaca os 
avanços que o governo teve para proteger o meio ambiente, abrindo as portas 
para que geógrafos trabalhem com a questão ambiental junto com o apoio das 
novas tecnologias que empregam a informática e o sensoriamento remoto que 
trazem maior confiabilidade e rapidez nos trabalhos dos geógrafos físicos. 
Na quinta unidade do livro temos uma abordagem holística da temática 
ambiental. Para o autor, a geografia é a peça fundamental para estudar a 
questão ambiental, principalmente porque compreende essa problemática de 
maneira interdisciplinar. Somente com ações desenvolvidas com um estudo 
holístico que vai apresentar um resultado positivo para resolução de problemas 
ambientais. Para o sociólogo Herbert de Sousa, o homem deve ser tratado 
também como parte do meio ambiente, ou seja, ele não pode ser esquecido 
pela questão ambiental. Ele também destaca que é injusto falar de meio 
ambiente nos países subdesenvolvidos porque é preciso primeiramente 
resgatar a dignidade dessas populações senão ficará apenas em um discurso 
vazio. Sem contar que os países desenvolvidos destruíram suas florestas em 
nome do desenvolvimento e não tem moral para exigir dos países pobres que 
 
 
9 
 
preserve o seu meio ambiente. Ainda que o foco da obra procure atender aos 
licenciados e bacharéis em geografia, a obra não se limita só a essa 
margem, pois contém um conteúdo teórico e prático que atende as necessidades 
de um público mais diferenciado por debater temas como meio ambiente, geografia, 
educação ambiental, políticas públicas entre outros assuntos. Dessa forma, a obra de 
Francisco Mendonça pode ser útil para aqueles que desejam uma guia para um 
estudo mais aprofundado sobre a meio ambiente, como gestores de políticas 
públicas, professores, engenheiros, economistas e outros profissionais 
interessados no Tema. Francisco de Assis Mendonça possui graduação em geografia 
(UFG,1983), Mestrado em geografia (Geografia Física / Meio ambiente - USP, 1990), 
Doutorado em geografia (Clima e planejamento urbano - USP, 1995) e Pós- 
doutorado (Epistemologia da Geografia - Université Sorbonne/Paris I/França, 
2005; Estudo do ambiente urbano - Universidad de Chile - 2014) em Geografia. 
É Professor Titular do Departamento de Geografia da UFPR. Professor 
convidado na Université de Sorbonne/Paris I/Institut de Géographie (2002), na 
Université de Haute Bretagne/Rennes II/França (2004) e pesquisador 
convidado na London School of Hygine and Tropical Medecine 
(Londres/Inglaterra 2005) e no Laboratoire PRODIG/França (Univ. 
sorbonne/Paris 1, 2005). Membro da CoC - Comissão de Climatologia da UGI - 
União Geográfica Internacional (desde 2012), e do Conselho de Administração 
da AIC - Associação Internacional de Climatologia (2003-2006, e desde 2013). 
Presidente da ABClima - Associação Brasileira de Climatologia (2002-2004), da 
ANPEGE - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Geografia 
2007-2009), e membro da direção da ANPPAS (Associação Nacional de 
Pesquisa e Pós-graduação em Ambiente e Sociedade (2004-2008). Tem 
experiência na área de Geografia e Geociências, com ênfase em Geografia e 
 
 
10 
 
Meio Ambiente, atuando principalmente nos seguintes temas: Estudo doAmbiente urbano, Climatologia, Geografia da Saúde, e Epistemologia da 
Geografia. É pesquisador 1A-CNPQ desde 2013.

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