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TÉCNICA E DIETÉTICA Elaboração, Planejamento, Controle e Avaliação de cardápios. Docente: Thays Cantão CARDÁPIO O cardápio é uma ferramenta administrativa que inicia o processo de produção de alimentos nas unidades de alimentação e nutrição (UAN´s), além de ser o resultado final de nossas ações quando realizamos a consulta de nutrição com o cliente/paciente no consultório. O seu planejamento deve ser bem feito e envolve uma série de elementos que precisam ser levados em consideração para que ele possa ser efetivo tanto para a coletividade quanto para os indivíduos, incluindo ainda a programação de uma lista de compras compatível. O cardápio pode ser conceituado como uma sequência de pratos a serem servidos em uma refeição ou todas as refeições de um dia alimentar (DOMENE, 2011), sendo desta forma a ferramenta que inicia o processo produtivo, visto que seu objetivo é servir como instrumento gerencial para a administração de restaurantes. CARDÁPIO A sua elaboração também está associada ao ato de comer e este, consequentemente, envolve a garantia da fome e da saciedade, um papel psicofísico e de estímulo emocional, além de agregar valor social. Por esses e outros motivos, é preciso estabelecer o que se quer oferecer no cardápio para determinar toda a estrutura e planejamento do restaurante, dentro dos seguintes critérios: • Atender às exigências nutritivas individuais por meio do cálculo de dietas. • Apresentar os alimentos de forma apetecível, sem prejudicar o valor nutritivo, obedecendo a critérios econômicos em sua escolha. • Observar regras de preparo e maneira de servir os alimentos. CARDÁPIO Esse planejamento servirá para dimensionar os recursos humanos e materiais, controlar custos, planejar as compras, definir os níveis de estoque, determinar os padrões a serem utilizados na confecção de receitas e servir para pesquisa e análise das preferências alimentares dos clientes. O cardápio pode ser considerado também um instrumento de venda, normalmente apresentado antes do consumo, na forma de menu ou carta, e a sua divulgação pode agir de forma positiva ou negativa sobre a vontade do cliente em dar preferência ao estabelecimento, bem como influenciar diretamente a rentabilidade da empresa, uma vez que ajuda antecipadamente a prever seu custo. CARDÁPIO Cardápio é a maneira gráfica de representar o que é servido em determinado restaurante. Considerado um instrumento de vendas e faz parte do marketing do restaurante. Cardápio é definido como lista de preparações culinárias que compõe uma refeição ou lista de preparações que compõem todas as refeições de um dia ou período determinado. Para tal, utilizam-se de padrões nutricionais e reconhecimento das técnicas dietéticas dos alimentos a fim de atender às leis da alimentação. CARDÁPIO O cardápio pode também ser chamado menu, lista ou carta. Nos serviços comerciais é um veículo de informações, venda e publicidade de um restaurante e tem por finalidade auxiliar os clientes na escolha de alimentos e/ou bebidas. Os cardápios devem ser balanceados, de modo a satisfazer as necessidades energéticas e em nutrientes, garantindo, ao mesmo tempo, saúde, capacitação para o trabalho e "performance" física desejável ao indivíduo. Sabe-se também que cardápios bem elaborados despertam, nos usuários, embora a longo prazo conceitos básicos de nutrição (TEIXEIRA, 1997). ESTRUTURA DE CARDÁPIOS Os cardápios, principalmente para as refeições de almoço e jantar, apresentam um estrutura bem típica que conheceremos em seguida. Nesta, as preparações que o compõem dependem dos seguintes fatores: • Hábitos alimentares dos clientes; • Situação geográfica do estabelecimento; • Apresentação e aspecto dos produtos; • Componentes e produtos utilizados; • Produtos concorrentes; • Tipo de trabalho realizado pelo cliente; • Aspectos culturais, sociais e religiosos do cliente. ESTRUTURA DE CARDÁPIOS • ENTRADA Normalmente são preparações feitas à base de hortaliças cruas ou cozidas, de frios com ou sem frutas e de sopas, que variam com a época do ano em que são oferecidas. Em suas variadas formas, funcionará como fiel balança no equilíbrio científico do cardápio, oferecendo principalmente os nutrientes reguladores, como vitaminas, minerais, fibras e água. ESTRUTURA DE CARDÁPIOS • PRATO PRINCIPAL Composto pela preparação que mais contribuirá com o aporte de proteínas da refeição. Em virtude de a carne onerar o custo de uma refeição, em geral todas as outras preparações são planejadas com base no prato principal, a fim de controlar o custo e equilibrar sabor, textura e aroma. No caso em que houver opções, apresentar tipos de carnes diferentes. Ex: não oferecer espeto misto com linguiça e bisteca de porco. Deve também haver um equilíbrio em relação ao modo de preparo. Se uma das carnes for com molho a opção deverá ser uma preparação mais seca. Evitar mais de uma fritura. ESTRUTURA DE CARDÁPIOS • OPÇÃO DO PRATO PRINCIPAL São preparações ricas em proteínas, geralmente fracionadas e de menor custo agregado. Ex.: iscas de carne, omelete, almôndegas, bife de fígado, linguiça, entre outros. ESTRUTURA DE CARDÁPIOS • GUARNIÇÃO Consiste na preparação que acompanha o prato principal e normalmente são preparações normalmente à base de hortaliças, massas e preparações ao forno, como suflê, mousse, torta, podendo ser servidas com molhos variados. Deverá ser adequada à forma de preparação do prato principal, evitando sobrecarga técnica e de equipamentos. ESTRUTURA DE CARDÁPIOS • ACOMPANHAMENTO Preparações feitas à base de cereais e leguminosas (arroz e feijão), além disso, é de hábito da coletividade, a farinha de mandioca e pão. Em determinados tipos de cardápios o acompanhamento é opcional. Considerado de grande importância pelo ajuste de energia do cardápio. ESTRUTURA DE CARDÁPIOS • SOBREMESA Constituída de doces ou frutas in natura, servidos ao fim das grandes refeições. Quando há dois tipos de sobremesa, serve-se primeiramente o doce e, em seguida, as frutas, pois algumas delas têm ação digestiva. Complementará o requerimento total da refeição no ponto em que esta estiver deficiente. Por exemplo, faltando calorias, devem-se acrescentar doces, faltando vitaminas, frutas in natura, etc.. ESTRUTURA DE CARDÁPIOS • COMPLEMENTOS À base de farináceos e molhos (pães, farinha de mandioca, farinha de milho, vinagre, azeite, molho de pimenta). ESTRUTURA DE CARDÁPIOS • BEBIDAS Poderão ser as mais variadas, como suco, refresco, refrigerante, água mineral com ou sem gás, não sendo permitido o uso de bebidas alcoólicas, com exceção dos vinhos, que podem ser servidos nos cardápios formais. Deverão ser planejadas de acordo com o cardápio como um todo. ESTRUTURA DE CARDÁPIOS • CAFÉ Quando oferecido, representa o término da refeição. PRINCIPAIS TIPOS DE CORTES DE VEGETAIS EXEMPLOS DE MOLHOS Molho Pesto é um molho italiano. É composto tradicionalmente de folhas de manjericão moídas com pinhões (pinoli), alho e sal, queijo parmesão ou pecorino ralados e no fim misturados com azeite extra virgem e temperado com pimenta preta. Podendo ser usado para o macarrão, lasanha, nhoque, pizza e até como antepasto para comer com pão. Molho Funghi particularmente o mais utilizado é o secchi é uma espécie de cogumelo da espécie Porcini ou Bole tus edulis; o consumidor os encontra no formato desidratado, ou seja, desprovido de água. Eles são amplamente utilizados na confecção de molhos para massas e de pratos à base de carne. Molho à Putanesca é um tipo de molho de tomate popular para acompanhar macarrão. Tem origem numa região central de Itália, e sua preparação é fácil e rápida. Entre os ingredientes do molho puttanescatradicional para massa encontramos purê de tomate, anchovas, alcaparras, azeite, pimenta e azeitonas. Molho Bechamel (molho branco), do francês béchamel é um molho que se obtém cozinhando farinha de trigo em manteiga e depois diluindo essa mistura com leite. Deve ter coloração marfim, aparência de creme e sabor sem gosto de farinha crua. Depois de cozido, deve ser temperado de acordo com os alimentos que vai acompanhar. EXEMPLOS DE MOLHOS Molho Caesar é um molho cremoso preparado com anchovas, queijo parmesão, alho, limão, mostarda e azeite/óleo vegetal. Tradicionalmente é preparado com gemas de ovos cruas, mas algumas versões utilizam maionese industrializada. É utilizado principalmente no preparo da salada Caesar (Caesar Salad), uma salada de origem norteamericana, feita com alface romana, croûtons, lascas de parmesão e com o molho Caesar. Molho Vermelho Um molho de tomate é uma ampla gama de molhos feitos primariamente com tomates, normalmente servidos como parte do prato e não como um condimento à parte. O molho de tomate é quase sempre associado a pratos que contêm massa, como macarrão, lasanha etc. Molho Rosé é um acompanhamento que está presente na culinária de quase todo o mundo. De preparo fácil e rápido, as receitas do molho têm como ingredientes base molho de tomate ou ketchup e creme de leite. O preparo pode ser feito e utilizado de diversas formas, acompanhando aperitivos, saladas, massas, canapés e carnes. Molho à Bolonhesa é um molho feito com carne bovina moída, tomate e outros adicionais, tradicionalmen te preparado para acompanhar tagliatelle fresco ou lasanha. Molho Barbecue Conhecido como acompanhamento nos churrascos americanos, de fato, é indicado pra carnes bovinas, asinhas de frango e pra carne suína também. Além disso, funciona como um ótimo molho para o hambúrguer e pra uma deliciosa porção de batatas fritas. A receita varia, mas ingredientes típicos incluem o molho de tomate, vinagre, especiarias e adoçantes como Pápricas Doce e Picante, Açúcares comum e Mascavo, Pimentas e etc. EXEMPLOS DE MOLHOS Molho Velouté esse molho também tem como base o caldo de vitela, frango ou peixe. Quem encorpa o preparo é o roux blond, um creme elaborado com farinha de trigo e manteiga cozidas até atingir a cor dourada, ou liaison, feito com gema de ovo e creme de leite. Pra acrescentar sabor à mistura, normalmente se usa tomate vermelho, suco de laranja ou limão e salsinha. O resultado é um tipo de molho que combina com pratos mais leves, como legumes, massas, peixes e aves, por exemplo. Molho Holandês é um molho elaborado com manteiga clarificada, gema de ovo e suco de limão. Também leva pimenta-do- reino e pimenta caiena como temperos. Combina muito bem com ovos, carnes bovinas, legumes e peixes – especialmente o salmão. Molho Chutney, com textura de geleia, esse molho indiano tem sabor agridoce e picante. Afinal, é preparado a base de frutas e vegetais cozidos em vinagre, açúcar e especiarias. O chutney de manga é um dos mais conhecidos. É bastante utilizado como acompanhamentos de pratos e petiscos. Existem também variações com abacaxi e hortelã, por exemplo. Molho Tártaro a mistura leva maionese, pepino, salsa, e alho amassado. É possível também dar um gostinho a mais adicionando 1/4 de suco de limão, 1/2 colherzinha de mostarda e cebolinhas a gosto. O molho tártaro é um perfeito acompanhamento pra frango, peixes e mariscos. Molho Madeira com o vinho tinto como estrela do preparo, o molho madeira é um acompanha mento perfeito para carnes vermelhas. TIPOS DE CARDÁPIOS • POPULAR, SIMPLES OU TRIVIAL São utilizadas preparações mais simples que se adaptem melhor a coletividade sadia de menor poder aquisitivo e à coletividades enfermas nos hospitais assistenciais. O VET (Valor Energético Total) destes cardápios varia de 2800 a 4500 Kcal/dia. Forma de distribuição: - Coletividades sadias: em bandejas estampadas, através de balcão térmico. - Coletividades enfermas: em prato de louça ou bandeja estampada, transportada em carro térmico. Tipo de serviço: cafeteria simples. CARDÁPIO POPULAR EXEMPLO DE CARDÁPIO POPULAR EXEMPLO DE CARDÁPIO POPULAR Salada Prato Principal Guarnição Acomp. Sobremesa Bebida 1º Dia Seg. Alface; Tomate com Orégano Coxa de Frango Assado Macarrão ao Alho e Óleo Arroz; Feijão Mariola Refresco de Acerola 2º Dia Ter. Pimentão Verde; Pepino Costela Bovina Cozida Mandioca Cozida Arroz; Feijão Bananada Refresco de Limão 3º Dia Qua. Maionese de Legumes Dobradinha Couve Refogada Arroz; Feijão Doce de Mamão Verde Industr. Refresco de Caju 4º Dia Qui. Acelga; Beterraba Bife à Cavalo Pure de Batatas Arroz; Feijão Doce de Leite Industrializado Refresco de Maracujá 5º Dia Sex. Rúcula; Agrião Bife de Panela Abóbora Refogada Arroz; Feijão Banana Refresco de Laranja TIPOS DE CARDÁPIOS • MÉDIO OU TRIVIAL FINO As preparações sofrem pequenas modificações em torno de sua elaboração, podendo haver ainda uma opção para o prato principal, devendo a guarnição ser adequada às preparações de carne para que não haja aumento excessivo do custo. A opção vai depender da disponibilidade financeira e da política da empresa. Geralmente é oferecido às coletividades sadias de poder aquisitivo maior e às coletividades enfermas nos hospitais de convênio. O VET varia de 2.400 a 2800 Kcal/dia. Forma de distribuição: - Coletividades sadias: em bandejas lisas com peças de louças ou de metal inoxidável adequado às preparações. - Coletividades enfermas: em bandejas térmicas de material inoxidável. Tipo de serviço: cafeteria mista. CARDÁPIO MÉDIO EXEMPLO DE CARDÁPIO MÉDIO EXEMPLO DE CARDÁPIO MÉDIO Salada Prato Principal Guarnição Acompanham Sobremesa Bebida 1º Dia Seg. Alface; Tomate com Orégano; Cenoura Cozida Fatiada Cupim Assado; Coxa de Frango Assado Farofa/Abobrinha Cozida com Quiabo Arroz; Feijão Abacaxi; Gelatina Suco de Goiaba 2º Dia Ter. Repolho Cru com Mostarda; Pepino; Maxixe Cozido Peito de Frango Grelhado; Carne Moída ensopada Puré de Batatas c/ Cenoura Arroz; Feijão Maçã; Romeu e Julieta Suco Acerola 3º Dia Qua. Alface com Rúcula; Beterraba Crua; Cenoura Crua Costela Bovina Cozida; Omelete com Queijo Mandioca Cozida/Acelga Refogada Arroz; Feijão Laranja; Curau Suco de Abacaxi 4º Dia Qui. Alface; Tabule; Batata Cozida Bife de Chã de Dentro; Almôndegas de Frango Couve-flor Gratinada Arroz; Feijão Banana; Cuscuz Suco de Caju 5º Dia Sex. Alface e Agrião com Manga; Rabanete; Chuchu Cozido Frango Ensopado com Batata; Língua Bovina Recheada Polenta /Quiabo Arroz; Feijão Melancia; Marrom Glacê Suco de Maracujá 6º Dia Sab. Couve Crua; Beterraba cozida; Brócolis Cru Peixe Frito; Músculo Cozido; Feijão Tropeiro Arroz; Feijão Mamão; Cocada Indust. Suco de Manga TIPOS DE CARDÁPIOS • FORMAL OU DE LUXO Apresenta toques de requinte, seja na forma de preparação, seja na apresentação e distribuição dos alimentos. É oferecido para a classe de comensais de nível financeiro mais elevado. Neste tipo de cardápio, os acompanhamentos arroz e feijão são opcionais, as preparações são mais elaboradas e as opções de prato principal são obrigatórias. O VET varia de 2.000 a 2400 Kcal/dia. Forma de distribuição: Obedecendo às normas de etiqueta desde a sequência de preparações a serem oferecidas até a colocação e disposição de louças e talheres à mesa. Nos hospitais a distribuição aos pacientes acamados é feita em carrosespeciais, onde a etiqueta se faz presente de acordo com o tipo de serviço. Tipo de serviço: Self-service, buffet ou à francesa. CARDÁPIO FORMAL EXEMPLO DE CARDÁPIO FORMAL EXEMPLO DE CARDÁPIO FORMAL Salada Prato Principal Guarnição Sobremesa 1º Dia Seg. Aspargos e Champignons Peito de Peru ao Molho de Laranja; Lombo ao Molho de Iogurte Batata Noisetti Mousse Mesclado de Chocolate; Banana Caramelada c/ Sorvete de Café 2º Dia Ter. Salada Grega Moqueca Capixaba; Filé Mignon com Molho de Alcaparras e Mostarda Arroz Branco Coroa de Morangos; Crème de Papaya c/ Licor de Cassis 3º Dia Qua. Grão-de-bico com Isca de Cação: Acelga com Alface e Tomates Camarão Recheado com Cogumelo; Cordeiro com Chutney de Pimentão Arroz c/ Brócolis Charlote de Damasco; Pavê de Amendoim 4º Dia Qui. Caesar Salade Frango à Kiev; Costela de Carneiro com Hortelã Penne c/ Ervilhas Doce de Castanha; Doce de Harissi 5º Dia Sex. Salada de Rúcula, Alface, Queijo Brie e Shiitake Peixe com Molho Teriyaki; Carne de Porco com Tofu Risoto ao Funghi Flan de Doce de Leite; Pêra Flambada c/ sorvete de Chocolate PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS • O cardápio deve ser apresentado em papel de boa qualidade, letra legível, evitar cores e padrões que desviem a atenção do cliente, ser limpo, sem emenda, rasuras, corretivos ou caneta. • O cardápio deve ser apresentado sem erros ortográficos e de digitação. Os nomes das preparações que irão compor o cardápio deverão ser escritos com as iniciais em letras MAIÚSCULAS, exceto as preposições e conjunções. Exemplos: Suco de Laranja, Bife Acebolado, etc... • Devemos listar os pratos no cardápio na ordem em que serão apresentados: No café da manhã: Suco de Fruta ou a Fruta; Mingau; Pães, Bolos, Biscoitos...; Manteiga, Margarina, Queijos, Geleia; Café, Chá, Leite,...; Almoço ou jantar: Entrada: Saladas ou Sopas; Prato principal (primeiro as carnes brancas); Guarnições; Acompanhamento; Sobremesa; Bebida. PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS • Observar/Listar o método de preparação dos pratos: Filé de Frango Grelhado, Posta de Peixe Frita no Fubá, Bife Rolê, Arroz com Ervilhas , Carne Assada na Laranja, etc... • As expressões “à Moda” deverão ser craseadas: Pato à Califórnia, Dobradinha à Moda do Porto, entre outros. • Planejar preparações bem decoradas, coloridas e com sabores variados. • Usar cores contrastantes, vivas, sabores evidentes como o ácido, o salgado, doce ou azedo. Obs.: Sabores agridoces não são bem aceitos pela população horista das UANs. • Variar a consistência dos alimentos entre cremosos, secos, crocantes, moídos, sólidos, etc; PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS • Os temperos dos pratos deverão ter características bem definidas, evitar o “coquetel” de sabores, não permite ao comensal definir o tempero predominante da preparação. Exemplos: Salada de Abóbora com Milho Verde, Frango Assado, Polenta ao Sugo, Arroz/Feijão, Gelatina de Abacaxi e Suco de Manga. • Divulgação de cardápio por meio de quadro de avisos, correios eletrônicos, malote, fax... A alteração de cardápio deverá ser atualizado de forma ágil. • Procurar conhecer os hábitos alimentares e culturais da clientela, adaptando-os ao cardápio a ser servido. Exemplo - Hábitos alimentares religiosos: ⮚Judeus e Adventistas (Carne de porco é proibida); ⮚Católicos (Quaresma, abstenção de carnes e aves); ⮚Veganos (Não comem carnes). PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS • Considerar a safra e a disponibilidade de gêneros no mercado, para facilitar o abastecimento e a obtenção de alimentos de melhor custo e qualidade. • Considerar o clima e a estação do ano, evitando preparações de difícil digestão no verão. Exemplo: Feijoada. • Evitar colocar na mesma refeição duas frituras, ou duas preparações que utilizem um mesmo equipamento. • Considerar a disponibilidade dos equipamentos existentes e respectivas capacidades, adequando o cardápio. • Diversificar os insumos a serem utilizados no mesmo dia ou semana. Evitar oferecer em dias consecutivos preparações com os mesmos alimentos ou mesmo método de preparo. PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS • Considerar as condições físicas da unidade, como áreas de trabalho e condições de pré-preparo antecipado. • Planejar de acordo com o orçamento disponível para a UAN (Contrato). • Acompanhar tabela de preços de carnes (45% custo refeição). • Correlacionar pessoal disponível, habilitação e tempo hábil para a execução. Exemplo: Preparo após final de semana e feriados. • Verificar presença de feriados e datas comemorativas. Exemplo: Semana Santa. • Solicitar ao chefe de cozinha ou cozinheiro para que o mesmo opine sobre o cardápio, evitando assim eventuais problemas de preparações ou dificuldade de produção. • Ter equilíbrio nas refeições. Principais refeições: desjejum, almoço e jantar. PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS • Distribuir as tarefas de maneira racional, permitindo serem bem executadas, respeitando o horário de trabalho estipulado e garantindo ao serviço um ritmo constante e sem problemas. • Utilizar alimentos de cada grupo nas refeições. • Usar pelo menos uma hortaliça crua cada dia para garantir a ingestão de fibras, vitaminas e minerais. • Pensar na combinação de cor, sabor, forma, textura e temperatura. • Ter diariamente uma fruta cítrica ou outro alimento que forneça vitamina C. • Evitar excesso de alimentos gordurosos na mesma refeição (digestão mais demorada). PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS • Evitar o uso de alimentos mais de uma vez na mesma refeição. • Usar temperos, principalmente o sal, com moderação. • Adaptar o cardápio ao orçamento do grupo ou empresa, sem prejudicar as leis da alimentação. • Planejar refeições de acordo com o tempo disponível para prepará- las. • Escolher o cardápio de acordo com o grupo. • Servir sobremesas leves em refeições pesadas e vice-versa. EXECUÇÃO DE CARDÁPIOS Para execução dos cardápios planejados deve-se organizar uma coletânea de preparações testadas, utilizando Fichas Técnicas de Preparação (FTP) que trazem determinadas as quantidades, os rendimentos, as análises qualitativas e a avaliação final da preparação, objetivando a minimização de custos e do trabalho no planejamento de novos cardápios. Nestas fichas deverá constar em uma coluna o per capta de cada alimento das preparações, deixando-se colunas adjacentes vazias para novos valores de per capta após novos testes e reajustes. Atualmente, o fichário de receitas é armazenado em programas de computador, o que vem facilitar o trabalho do nutricionista na hora de selecionar aquelas a serem planejadas nos cardápios. PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO DE CARDÁPIOS O planejamento de cardápios tem por objetivo programar tecnicamente refeições que atendam pré-requisitos como hábitos alimentares, características nutricionais da clientela, qualidade higiênico-sanitária, e também devem ser adequados aos mercados de abastecimentos e à capacidade de produção da UAN. A avaliação de cardápios serve como instrumento importante para corrigir falhas no planejamento e na execução do serviço, bem como para melhorar a qualidade (CASTRO E QUEIROZ, 2007). AVALIAÇÃO DE CARDÁPIOS A avaliação de cardápios pelos comensais: faz-se mediante formulário com perguntas que identifiquem as variáveis que podem interferir na maior ou menor aceitação das refeições. Dentre as variáveis que determinam a maior ou menor aceitação dos cardápios, as mais comuns são: o Tipo de serviço; o Apresentação; o Digestibilidade; o Porcionamento; o Custo da refeição; o Técnica de preparo; o Monotonia das preparações; o Hábitos alimentares; o Higiene ambiental e dos alimentos; o Resto ingestão. PESQUISA DE SATISFAÇÃOO índice de satisfação dos clientes pode ser monitorado através de três ferramentas distintas: Caixa de sugestões, painel eletrônico e pesquisa anual de satisfação. CONTROLE DE CARDÁPIOS O controle do resto ingestão visa avaliar a adequação das quantidades preparadas em relação às necessidades de consumo, o porcionamento na distribuição e a aceitação do cardápio. Resto ingestão é a relação entre o resto devolvido nas bandejas pelo comensal e a quantidade de alimentos e preparações alimentares oferecidas, expressa em percentual. O valor do índice de resto ingestão aceitável deve ser inferior a 10% em coletividades sadias (MAISTRO, 2000). O controle de restos de alimentos (resto-ingestão) é um instrumento para o controle de custos e indicador de qualidade no serviço prestado, contribuindo para melhoria de todo processo de produção e a aceitação do cardápio oferecido (RIBEIRO, 2002). CONTROLE DE CARDÁPIOS O desperdício é bastante significativo na produção de alimentos, pode ser observado dentro dos lixos, na devolução das bandejas de refeição, na ausência de indicadores de qualidade. O cardápio do dia e até mesmo o clima deve ser considerado antes de ser definida a quantidade de alimento a ser produzido, a fim de evitar sobras e reduzir o desperdício (SILVA JUNIOR; TEIXEIRA, 2008). Sobras são alimentos produzidos e não distribuídos. Entretanto a sobra pode ser dividida em sobra aproveitável e não aproveitável: sobra aproveitável é o alimento produzido que não foi para a distribuição e que poderá ser aproveitado em outra refeição, desde que todas as etapas de controle de qualidade sejam preservadas; enquanto sobra não aproveitável é o alimento produzido e distribuído nos balcões de refeições do restaurante e que não foi consumido pelo comensal. CONTROLE DE CARDÁPIOS • Mapa de controle de resto-ingestão: Tipo de Preparação Peso Total Preparado (Kg) Peso Total das Sobras (Kg) Número de Comensais Porções Servidas Salada 12 2 100 100 P. Principal 16 3 100 130 Arroz 11 1 100 100 Feijão 15 2 100 130 Guarnição 18 2 100 160 Sobremesa 5 0 100 50 Bebida 20 0 100 200 Total 97 10 100 870 Resto Total das Bandejas: 6,7Kg Peso da porção total servida = 870g (97Kg-10Kg= 870g) Resto ingestão/ bandeja (pessoa) = 6,7Kg/ 100 comensais= 67g Porcentagem do resto-ingestão = 870g-----------------100% 67g-----------------X X= 7,7% Sistema de avaliação: De 0 a 5%----------------------------------------------Ótimo De 5 a 10%---------------------------------------------Bom De 10 a 15%--------------------------------------------Regular Acima de 15%------------------------------------------Ruim OBS: a partir dos dados de peso total e sobras, você pode chegar ao per capta real. % de resto-ingestão = peso do resto x 100 / peso da refeição distribuída per capita do resto ingestão (Kg) = peso do resto / número de refeições servidas CAMPANHA DESPERDÍCIO ZERO CONTROLE DE CARDÁPIOS • CONTROLE DE CUSTOS O controle de cardápios é exercido pelo profissional nutricionista em todas as fases do preparo, desde o planejamento até a finalização das preparações: ■ Os tipos de alimentos a serem adquiridos, em atendimento à safra; ■ Os tipos de preparações a serem executadas, em função do cardápio determinado e da capacidade do serviço; ■ A lista de compra, que especifica a quantidade de alimentos a ser adquirida, evitando sobras excessivas. CONTROLE DE CARDÁPIOS • CONTROLE NA EXECUÇÃO DO CARDÁPIO a) Pré-preparo e preparo: supervisionar as fases de preparo geral, verificando se o trabalho está sendo realizado de acordo com as normas de higiene e aquelas preconizadas para a cocção, minimizando as perdas; b) Distribuição: determinar porções adequadas aos comensais e verificar se estão sendo feitas com utensílios padronizados, observando-se a temperatura das preparações servidas e a higiene do serviço como um todo; c) Reaproveitamento de sobras: desprezar. O ideal para o serviço é não haver sobras, mas se houver, que seja o mínimo possível; d) Controle dos restos: determinar se estes devem ser comercializados, distribuídos gratuitamente ou triturados. A trituração é o método mais indicado, evitando o desvio do serviço. Este deverá ter uma câmara especial para armazenar o lixo úmido e horário certo de remoção. EXERCÍCIOS • 1 – Defina Cardápio: • 2- Cite a estrutura de um cardápio: • 3- Quais os tipos de cardápios existentes? • 4- Quais as características de um cardápio popular? • 5- Quais as características de um cardápio médio? • 4- Quais as características de um cardápio formal? • 5- Diferencie resto-ingestão de sobras: • 6- Qual a importância e como podemos realizar a avaliação do cardápio servido? • 7- Qual a importância da coleta de amostras? • 8- Calcule a porcentagem do resto ingestão: Dados: • Peso da porção total servida = 500g • Resto ingestão/ bandeja (pessoa) = 45g