Biossegurança e Meios de Cultura

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<p>BIOSSEGURANÇA</p><p>Mapas de Riscos: É uma representação gráfica que identifica e informa sobre os riscos no</p><p>local de trabalho, usando o tamanho do círculo para a intensidade e cores para a natureza dos</p><p>riscos. Ajuda na prevenção de problemas ocupacionais.</p><p>Medidas de contenção primária: Relacionam-se à proteção do indivíduo, da equipe e do</p><p>ambiente de trabalho contra agentes infecciosos, incluindo o uso de EPIs, EPCs, BPL e a</p><p>imunização dos funcionários.</p><p>Medidas de contenção primária: proteção do ambiente; por exemplo, as instalações</p><p>adequadas do ambiente.</p><p>MEIOS DE CULTURA</p><p>Semeio por esgotamento: isolar culturas puras, formando colônia isoladas</p><p>Semeio em rede: realiza estria vertical central e depois faz estrias nos dois sentidos.</p><p>Semeio em meio MIO: em linha reta até o fundo. ver motilidade.</p><p>Semeio em tubo Ágar Sabouraud: estria na superfície do tubo, com meio inclinado. →</p><p>crescimento de fungos.</p><p>Meio de enriquecimento: Líquidos, como caldo BHI e tetrationato, usados para promover o</p><p>crescimento de microrganismos.</p><p>Meio de transporte: Sem nutrientes, mantém o pH e previne desidratação e autodestruição</p><p>enzimática durante o transporte.</p><p>Meio seletivo: Isola espécies específicas, impedindo o crescimento de outros microrganismos,</p><p>como o ágar manitol salgado.</p><p>Meio diferencial: Distingue entre gêneros e espécies de microrganismos por mudanças de cor</p><p>ou morfologia, como no ágar MacConkey e manitol salgado.</p><p>Meio indicador: Estuda propriedades bioquímicas das bactérias para sua identificação, como</p><p>o ágar TSI.</p><p>Coloração de Gram: Fixação da Amostra (calor); Corante Primário: cristal violeta;</p><p>Mordente: lugol; Descorante: A lâmina é lavada com álcool ou acetona (Gram+ permanece</p><p>roxa); Contracoloração: Safranina (ou fucsina) é aplicada para contracorar as bactérias</p><p>Gram-negativas, que ficam rosa ou vermelhas.</p><p>STAPHYLOCOCCUS</p><p>Fatores de Virulência:</p><p>✓Cápsula: Encobre proteínas antigênicas, protegendo a bactéria do reconhecimento pelo</p><p>sistema imunológico.</p><p>✓Ácido teicóico e lipoteicóico: Ativa o complemento pela via alternativa, inibe a quimiotaxia</p><p>de células inflamatórias e estimula a produção de anticorpos sem gerar células de memória.</p><p>✓Proteína A: Liga-se à porção Fc das IgG, impedindo a ligação dos anticorpos à bactéria.</p><p>✓Adesinas: Proteínas que permitem à bactéria aderir a superfícies como tecido danificado e</p><p>fibrina, facilitando a colonização e infecção.</p><p>✓β-lactamases: Enzimas que conferem resistência a penicilina e ampicilina.</p><p>✓Catalase: Inativa o peróxido de hidrogênio e radicais livres tóxicos dentro das células</p><p>fagocitárias.</p><p>✓Coagulase: Converte fibrinogênio em fibrina, formando um coágulo ao redor da bactéria que</p><p>a protege dos fagócitos; posteriormente, a bactéria libera fibrinolisina para dissolver o coágulo</p><p>e se espalhar.</p><p>✓Hialuronidase e hemolisinas: Enzimas que auxiliam na disseminação da infecção.</p><p>✓Exotoxinas: Citotóxicas, toxina do choque tóxico (TSST), enterotoxinas e esfoliatina.</p><p>TESTE PARA GÊNERO: COLORAÇÃO DE GRAM +; TESTE DA CATALASE + (borbulha na</p><p>presença de H₂O₂),</p><p>→ Staphylococcus é resistente à bacitracina, enquanto Micrococcus é sensível.</p><p>Amostras clínicas: Urina, Escarro, Ponta de cateter, Sangue.</p><p>✓S. aureus: Teste da DNase + (usa HCL, presença de um halo claro ao redor das colônias</p><p>indica um resultado positivo para a produção de DNase); Teste da coagulase + (aglutinar),</p><p>Cultura em ágar manitol + (fermenta → o que é ácido fica amarelo. Vermelho de fenol e Nacl</p><p>7,5%; Sensível a Novobiocina.</p><p>✓S. epidermides: Teste da DNase -, Teste da coagulase -, Cultura em ágar manitol - (não</p><p>fermenta → vermelho/rosa; Sensível a Novobiocina (pode variar).</p><p>Manifestação: Produzem bacteriocinas, adesão e formação de biofilme, infecções</p><p>nosocomiais, imunocomprometidos, prematuros e idosos</p><p>✓S. saprophyticus: Teste da DNase -, Teste da coagulase -, Cultura em ágar manitol - (não</p><p>fermenta → vermelho/rosa; Resistente a Novobiocina.</p><p>Manifestação: Infecções urinárias, microbiota periuretral</p><p>- Técnica de Maki: ≥15 UFC/placa - Cateter (biofilme)</p><p>STREPTOCOCCUS</p><p>exotoxina rica em lipídios, organizados em pares ou cadeias, ao contrário dos</p><p>*Staphylococcus* (cachos). São imóveis, podem ter cápsula, dividem-se em um plano</p><p>formando cadeias longas, são anaeróbios facultativos e utilizam o método da vela para</p><p>consumir oxigênio.</p><p>TESTE PARA GÊNERO: COLORAÇÃO DE GRAM +; TESTE DA CATALASE -</p><p>Classificação</p><p>1. Morfologia das colônias e padrões hemolíticos: β, α, γ;</p><p>2. Propriedades sorológicas: Grupos de Lancefield e outros antígenos capsulares;</p><p>→ É classificado a partir de características antigênicas ligadas ao Carboidrato C</p><p>A B C D F G → Importância Clínica / Não se aplica a S. pneumoniae e S. viridans!!</p><p>3. Propriedades bioquímicas (fisiológicas): Fermentação de CHO, presença de</p><p>enzimas, teste de sensibilidade ou resistência.</p><p>Streptococcus β-hemolíticos: completa - dois tons de verde</p><p>✓ S. pyogenes: GRUPO A Sensível à Bacitracina, Teste de PYR + (na cor púrpura), Teste de</p><p>CAMP -.</p><p>Manifestação: faringite bacteriana; “Bactéria carnívora” , Escarlatina, Impetigo, Erisipela,</p><p>Fascite necrosante, Febre reumática e Glomerulonefrite (pos)</p><p>Amostra: Secreção de feridas, sangue , orofaringe ou espécimes de tecido.</p><p>Fator de virulência: Cápsula de ácido hialurônico, Proteína M, Produção de enzimas, toxinas</p><p>e hemolisinas</p><p>Estreptolisina O: Inativada pelo O2; β-hemólise abaixo da superfície do AS; Antigênica Ac</p><p>anti-estreptolisina O (ASLO/ ASO).</p><p>Estreptolisina S: Não é inativada pelo O2; β-hemólise acima da superfície do AS; Não é</p><p>antigênica.</p><p>✓ S. agalactiae: GRUPO B resistente à Bacitracina, Teste de PYR -, Teste de CAMP + (A</p><p>presença da "seta" de hemólise indica que a amostra contém S. agalactiae.) Realiza-se uma</p><p>estria vertical com Staphylococcus aureus ATCC e estrias perpendiculares com a amostra a ser</p><p>testada, sem contato direto com a estria de S. aureus.</p><p>Manifestação: Microbiota vaginal e TGI, Sepse, pneumonia e meningite em RN;Doenças</p><p>graves em grávidas e adultos imunocomprometidos. Bacteremia; Pneumonia; Meningite,</p><p>Endometrite, inf. urinária</p><p>Amostra: LCR, secreção vaginal e sangue</p><p>Streptococcus α-hemolíticos: parcial - Verde</p><p>✓ S. pneumoniae: Sensível à Optoquina, Solubilidade na bile, reação de quellung +</p><p>(presença de cápsula)</p><p>Manifestação: Pneumonia, Sinusite, otite média, Meningite e Bacteremia. Trato respiratório</p><p>superior.</p><p>✓ S. Grupo Viridans: resistente à Optoquina, insolúvel na bile, reação de quellung -.</p><p>Manifestação: Microbiota orofaringe, TGI e TGU. Sepse e endocardite (imunosup)</p><p>Streptococcus γ-hemolíticos: ausente - Cinza</p><p>✓ Enterococcus sp.: resistente à Optoquina, Bile escurinha + , Teste de PYR -, Crescimento</p><p>em 6,5% NaCl +</p><p>Manifestação: microbiota TGI e TGU, Crescem em alta concentração de Nacl e sais biliares,</p><p>bile esculina e forma biofilme, INFECÇÕES NOSOCOMIAIS. Bacteremia e Endocardite</p><p>✓ S. bovis: resistente à Optoquina, Bile escurinha + , Teste de PYR +, Crescimento em 6,5%</p><p>NaCl -.</p>