Buscar

Morfologia & Histologia Vegetal

Prévia do material em texto

AULA 
9 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - ICS 
DEPARTAMENTO DE BIOFUNÇÃO - BIOQUÍMICA 
 
MORFOLOGIA E HISTOLOGIA 
 VEGETAL 
Renato Delmondez de Castro 
Tecidos de Transporte 
Tecidos de Transporte 
(condutores de seiva) 
Mecanismos de Nutrição: 
  Desenvolvimento e crescimento vegetal 
 
• Absorção 
 
• Condução 
 
• Fotossíntese 
 
• Respiração 
 
 
Água 
Nutrientes 
(N, P, K) 
Sistema vascular 
Luz 
CO2 
 
XILEMA ou Vasos 
lenhosos 
 
condução da seiva bruta 
(água e nutrientes inorgânicos) 
das raízes até as folhas. 
 
 Capilaridade: 
 
 Os líquidos ascendem, 
 sobem através de vasos 
 muito finos. 
Mecanismos Principais de Condução 
Pelos Absorventes da Raiz 
  absorção de água e sais minerais do solo (seiva bruta) 
 
Raiz de uma planta jovem de alpiste 
recoberta de pêlos absorventes 
Mecanismos Principais de Condução 
Transpiração: 
O excesso de água é eliminado na forma de vapor 
através dos estômatos presentes nas folhas. 
 
 
Fotossíntese 
(dia) 
Reações da fotossíntese: 
Etapa Fotoquímica (luz ) + Etapa Química 
 folhas e caules verdes 
 
ÁGUA + CO2 
Energia 
Luminosa 
Captada pela 
Clorofila 
ALIMENTO
(Glicose) 
+ OXIGÊNIO 
Fotossíntese 
(dia) 
 Energia da Fotossíntese 
 
 
SEIVA ELABORADA 
 (água + glicose) 
 
 
 Condução da seiva elaborada através 
 
FLOEMA ou VASOS LIBERIANOS 
Fotossíntese 
(dia) 
Respiração 
(dia e noite) 
O2 + ALIMENTO
(Glicose) 
Energia CO2 + + ÁGUA 
 
 
Representação simplificada do 
processo de nutrição vegetal 
Gás Carbônico (CO2) 
Vapor d’água (H2O) 
Uma parte da água 
evapora pelos 
estômatos das folhas 
A seiva bruta + água é distribuída 
pelo xilema para todas as partes 
 
A água e os sais minerais 
são capturados pelas raízes 
O2 Oxigênio Luz 
Açúcar 
(glicose) 
A planta usa o gás 
carbônico a luz e a água 
para fazer fotossíntese; 
esse processo libera 
oxigênio. 
A glicose produzida na 
fotossíntese integra a seiva 
elaborada, que é distribuída 
pelo floema para toda a planta. 
Xilema (lenho)  seiva bruta (raiz para as folhas) 
Floema (líber)  seiva elaboradas (folha p/ demais partes) 
 
Tecidos de Transporte 
(condutores de seiva) 
XILEMA 
 Sistema de vasos que percorre o corpo da planta tendo 
agregado células de preenchimento (parênquima) e de 
sustentação (fibras esclerenquimáticas). 
 
 O lenho é um tecido morto, devido à lignificação das células. 
TRANSPORTE: VIA XILEMA (apoplasto, sem gasto energia) 
Transferência do elemento em qualquer forma (igual ou diferente 
da absorvida) de uma região ou tecido para outra da planta. 
Tecidos de Transporte 
(condutores de seiva) 
Origem ontogenética: 
Xilema 
Xilema primário 
Xilema secundário 
Procâmbio 
Câmbio vascular 
Tipos celulares: 
 
• Traqueídeos  comunicação por pontuações 
• Elementos de vasos * (traquéia)  células perfuradas 
 * típico de angiospermas 
 
Observação: 
 Alburno  xilema funcional (externo) 
 Cerne  xilema inativo (central). 
 Tilas  projeções de parênquima 
que se depositam no interior dos vasos lenhosos. 
Tecidos de Transporte 
(condutores de seiva) 
Cerne 
Incluir xilema 
ativo 
Cerne e albumo têm funções diferentes. 
Alburno 
Suporte 
estrutural – não 
mais transporta 
água 
Casca 
Condução (Xilema) 
Condução (Xilema) 
Fotomicrografia em microscopia ótica - Vista longitudinal 
do xilema. 
 
Condução (Xilema) 
Condução (Xilema) 
Condução (Xilema) 
Potencial hídrico e 
ascensão de água e 
solutos pelo xilema. 
 
Considerar a seguinte 
ordem crescente de 
magnitude de potenciais 
hídricos: 
Solo  xilema-raiz  
xilema-caule  folha  
atmosfera. 
 
Hipótese da Tensão-Coesão - Teoria de Dixon (1895) 
Transporte no Xilema 
*Transpiração  dia 
 Motor essencial da ascensão da seiva bruta. 
 Perda de água  potencial de soluto elevado cria forças 
de tensão (diferença de potencial - pressão negativa). 
 Deficit hídrico  ligações de hidrogênio exercem uma força de coesão 
 coluna continua de água. 
 moléculas de água possuem grande capacidade de adesão a outras 
substâncias, aderindo às paredes xilémicas 
 Tensão no mesofilo faz com que entre água por osmose. 
 Ascensão da coluna hídrica diminui o potencial hídrico no xilema 
radicular  aumentando assim a entrada de água no xilema por osmose 
 aumentando também a taxa de absorção radicular de água durante à 
noite (devido à baixa no potencial hídrico do parênquima radicular). 
 Este fenômeno permite a ascensão de seiva bruta até cerca de 150 m 
Rotas para a absorção de água pelas raízes. 
 
Na endoderme, a rota apoplástica é bloqueada pelas estrias de Caspary. 
Tecidos de Transporte 
(condutores de seiva) 
FLOEMA  Tecido constituído de células/protoplasto vivo. 
REDISTRIBUIÇÃO: 
VIA FLOEMA (fonte e dreno – simplasto), com gasto de 
energia: 
Transferência do elemento de um órgão de residência para 
outro em forma igual ou diferente da absorvida. 
Tecidos de Transporte 
(condutores de seiva) 
 
Tipos celulares: 
 
• Elementos crivados (células crivadas)  anucleadas 
• Célula companheira 
 
A comunicação entre os adjacentes é feita em nível de suas 
paredes transversais perfuradas, onde numerosos 
plasmodesmos atravessam os poros estabelecendo 
comunicação entre os citoplasmas. As paredes celulares 
perfuradas são chamadas de placas crivadas. 
 
• Corpo caloso  deposição de calose (carboidrato) no 
interior da célula crivada. 
FLOEMA  Tecido constituído de células/protoplasto vivo. 
Condução (Floema) 
Sistema Condutor 
Organização Tecidos Vasculares 
Monocotiledôneas vs Dicotiledôneas 
Cortex 
(a) Secção transversal caule dicot. (b) Secção transversal caule monocot. 
Epiderme 
Tecido 
fundamental 
Feixes vasculares 
floema 
Xilema 
Célula do tubo crivado 
 
Sistema Condutor 
Sistema Condutor 
Circulação de 
água, nutrientes e 
fotoassimilados 
na planta. 
 
 
AULA 
10 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - ICS 
DEPARTAMENTO DE BIOFUNÇÃO - BIOQUÍMICA 
 
MORFOLOGIA E HISTOLOGIA 
 VEGETAL 
Renato Delmondez de Castro 
Órgãos Vegetativos 
Caule 
Conceito – É um órgão vegetativo, geralmente aéreo. 
Funções: 
1. Sustentação da copa 
2. Condução das seivas 
3. Fotossíntese ( se for verde ) 
4. Reprodução vegetativa 
5. Armazenamento 
Caule - Tubérculo 
Anatomia do Caule 
• Broto  Ramificação não desenvolvida. 
• Nó  Localização da folha ou broto no caule. 
• Internó  Espaço entre nós. 
• Cerne  Tecido central do caule. 
• Lenticela  Poro na camada mais externa do 
caule. 
Galho 
ramificação 
Caule 
Gema apical 
Gema lateral Nó 
Nó 
Internó 
Estrutura de Caule jovem 
(Dicotiledônea e Monocotiledônea) 
Caule Crescimento Secundário 
Caule Maduro 
(Dicot) • Crescimento secundário aumenta o diâmetro 
dos caules e raízes. 
• Resulta da atividade do câmbio vascular e da 
cortiça. 
• Raios vascular conectam o parênquima de 
reservas aos tubos crivados do floema. 
• Apenas dicotiledôneas tem câmbio vascular e 
câmbio de cortiça  crescimento secundário. 
• Secções transversais da maioria dos troncos 
de árvores de florestas da zona temperada tem 
anéis anuais. 
• Anéis anuais  resultado das taxas 
diferenciadas de crescimento na primavera 
(quando a água é abundante) e no verão. 
• A madeira que não conduz água  cerne. 
• Alburno  madeira que conduz água e sais 
minerais ativamente. 
Crescimento – 3 anos 
Distribuição Tecidos 
Distribuição Tecidos 
Anéis de crescimento resultam de variação em 
tamanho de células. 
Padrões de crescimento dos anéis dizem sobre a 
evolução - história da árvore. 
Cerne 
Incluir xilema 
ativo 
Anél espesso 
antes da chuvaácida 
Cerne e albumo têm funções diferentes. 
Alburno 
Anél fino antes 
da chiuva ácida 
Casca 
Suporte 
estrutural – 
não mais 
transporta 
água 
Casca 
Mareira 
madura 
Madeira 
jovem 
Um anel de 
crescimento 
Bioindicadores de 
poluição – chuvas ácidas 
 
Baseado nos compostos 
quimicos presentes nos 
anéis de crescimento de 
troncos de árvores em uma 
floresta 
Partes do tronco de uma 
árvore 
 
Crescimento 
 
Modificações do caule 
• Tubérculo – caule subterrâneo com nós 
• Rizoma – caule subterrâneo com brotos 
• Estolão – caule aéreo com brotações 
• Bulbo – caule subterrâneo com folhas carnosas 
• ….dentre outros. 
Caule - Diversidade 
Tipos de Caule 
AÉREOS 
1) Tronco 
 Caule bastante resistente 
Tipos de Caule 
2) Haste 
Caule pouco Lignificado 
(Flexível) 
Tipos de Caule 
3) Colmo – Cheio - Cana de açúcar 
Tipos de Caule 
3) Colmo - oco - BAMBU 
Tipos de Caule 
4) Caule – ESTIPE 
 Ex : Coqueiro 
Tipos de Caule 
 5) Caule ESTOLÃO 
 Ex: Morango - Grama 
Caule rastejante 
Tipos de Caule 
Caule Subterrâneo 
6) Rizoma 
Bananeira 
Obs: Bananeira possui pseudo-caule 
Samambaia 
Tipos de Caule 
AQUÁTICO 
Obs: Caules ricos em parênquima aerífero 
Tipos de Caule 
BULBO Ex: Alho 
Cebola 
Caule – Morfose 
CLADÓDIO - Caule modificado em forma de FOLHA 
 Ex: Cactus 
Caule - Morfose 
Ex: Carqueja 
Caule - Morfose 
ESPINHO – ocorre no limoeiro e laranjeira 
Obs: Espinho pode ser folha modificada 
Caule - Morfose 
GAVINHAS: 
 
Ex: Maracujá e uva 
 
Caules modificados 
Asparagus Estolão 
Colmo 
Hábitos de Crescimento 
• Erbáceo 
• Subarbusto 
• Arbusto 
• Arbóreo 
• Liana (cipós / trepadeiras) 
Ciclo de Crescimento 
• Anual  única estação. 
• Bienal  duas estações. 
• Perenes  multíplas estações. 
 
• Sempre verdes  folhas persistem +2 estações. 
• Decíduas  folhas morrem e caem no frio ou seca. 
Raiz 
Conceito – É um órgão vegetativo, geralmente subterrâneo. 
Funções 
1) Fixação do vegetal a um substrato 
2) Absorver seiva bruta 
3) Condução das seivas 
4) Reprodução vegetativa 
5) Armazenamento de substâncias de reserva 
Ex: Raiz - batata doce 
Raiz 
Partes da Raiz 
• Meristema apical raiz  produz todas as células que contribuem para o 
crescimento do comprimento da raiz. 
 
• Coifa  Cobre e protege a área delicada de crescimento da raiz através do 
solo. Também detecta gravidade e controla o crescimento descendente. 
 
• Tecidos da raiz  três zonas: a divisão, elongação e diferenciação celular. 
 
• A região acima do meristema apical compreende os 3 meristemas cilíndricos 
 meristema fundamental, protoderme, e procâmbio. 
 
• Protoderme 
  origem à epiderme, adaptado para protecção e absorção de água e sais 
minerais. 
  Pêlos radiculares longos  células epidérmicas achatadas que 
aumentam a área de superfície de raiz e ajuda na absorção de água. 
Raiz 
Estrutura da radícula 
• O meristema fundamental  origem ao córtex  armazenamento. 
 
• A endoderme que circunda a porção central da raiz  cilindro vascular ou 
central, contém suberina, o que torna as células impermeável e permite o 
controle de água no tecido vascular. 
 
• O cilindro central é produzido pelo procâmbio, e inclui xilema, floema, 
periciclo e tecidos de reserva ou preenchimento. 
 
• O periciclo é constituído por uma ou mais camadas de células 
indiferenciadas e tem três funções importantes. 
• Tecido que origina raízes laterais. 
• Contribuir crescimento secundário  meristema lateral  espessura 
raiz. 
• Células contêm proteínas de transporte de membrana  exportação de 
íons / nutrientes para as células do xilema. 
Raiz 
Estrutura da radícula 
(Dicotiledônea e Monocotiledônea) 
 
Estrutura da radícula 
(Dicot. e Monocot.) 
 
Dicots tem xilema 
centralizado com 
formação em X. 
Monocots tem cerne 
central. 
O xilema é organizado 
em anél. 
Tipos de Raízes 
• Raíz axial 
• Raíz fasciculada 
• Raíz adventícia 
• Raíz tuberosa 
• Raíz aérea 
Tipos de Raizes 
1) Raiz axial / pivotante 
 Axial tuberosa 
Eixo principal mais 
desenvolvido 
Tipos de Raizes 
2) Raiz Fasciculada 
Não há como diferenciar eixo principal dos secundários 
Tipos de Raizes 
3) Raiz Tabular 
Aumentar estabilidade do vegetal 
Tipos de Raizes 
4) Raiz Escora 
 
Plantas do mangue 
FUNÇÃO: 
 
Aumentar estabilidade do 
vegetal 
Tipos de Raizes 
5) Haustórios – Planta parasita 
Erva de passarinho 
Tipos de Raizes 
6) Pneumatóforo / aérea – Plantas de Mangue 
 
 Pneumatódio – célula respiratória 
• Anatomia foliar  adaptada para realizar a fotossíntese, limitar a perda 
de água por evaporação, e transporte dos produtos da fotossíntese para o 
resto da planta. 
• As duas zonas do mesófilo foliar  parênquima paliçádico e mesofilo 
esponjoso. 
• Mesófilo  espaço aéreo por meio do qual o CO2 pode difundir para as 
células fotossintetizantes. 
• Sistema vascular do mesofilo  transportam água e sais minerais 
(xilema), e produtos da fotossíntese para o resto da planta (floema). 
• A epiderme da folha  camada de células periféricas + cutícula cerosa. 
As funções da epiderme  manter a água e produtos de fotossíntese na 
folha. 
• Células-guarda  permitem troca gasosa controlada através de poros na 
folha (estômatos). 
Folha 
Partes da Folha 
• Pecíolo 
• Limbo 
• Estípula 
• Brotação axiliar 
Limbo 
Pecíolo 
Gema axiliar 
Estípula 
Estrutura da Folha 
Classificação das Folhas 
Classificação das Folhas 
Forma da Folha 
• arredondada ou sub-circular; 
• obovada (quando a parte mais estreita da lâmina foliar se encontra 
perto do pecíolo ou da bainha); 
• ovada (quando a parte mais larga se encontra perto do pecíolo ou da 
bainha); 
• lanceolada - em forma de lança; 
• acicular - em forma de agulha; 
• alongada - como as folhas das gramíneas ou capins. 
A forma da margem também mostra algumas variantes: 
• lisa (como as folhas de café) 
• dentada (como as folhas das roseiras); 
• crenada (o oposto de dentada); 
• lobada (dividida em lobos); 
• fendida (como as folhas do sobreiro; ou 
• partida ou "secta" (em que a divisão do limbo chega até a nervura 
central)

Continue navegando