I_COEstrategica

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<p>Conteudista: Prof. Dr. Moriel Savagnago</p><p>Revisão Textual: Prof.ª Esp. Lorena Garcia Aragão de Souza</p><p>Objetivos da Unidade:</p><p>Compreender o conceito e a finalidade do orçamento e sua importância para o processo</p><p>de gestão empresarial;</p><p>Identificar e descrever os diferentes mecanismos orçamentários utilizados nas</p><p>organizações;</p><p>Elaborar o orçamento em diversas áreas funcionais, como vendas, produção e despesas</p><p>operacionais, considerando centros de responsabilidade;</p><p>Reconhecer a importância do orçamento de investimento de capital e das despesas e das</p><p>receitas financeiras para o planejamento e o controle financeiro.</p><p>📄 Contextualização</p><p>📄 Material Teórico</p><p>📄 Material Complementar</p><p>Conceitos e Fundamentos do Orçamento</p><p>📄 Referências</p><p>Imagine-se como um(a) gerente em uma empresa de médio porte. Você foi recentemente promovido(a) para</p><p>essa posição e agora é responsável por tomar decisões estratégicas que afetarão diretamente o</p><p>desempenho financeiro da organização. É uma responsabilidade desafiadora, mas também uma grande</p><p>oportunidade de crescimento profissional.</p><p>No seu primeiro dia nesse novo cargo, você se depara com uma série de relatórios financeiros. As</p><p>informações estão dispersas, e você precisa entender a situação atual da empresa para traçar um plano de</p><p>ação eficaz. É aí que entra em cena o conceito do orçamento empresarial.</p><p>O orçamento é uma poderosa ferramenta de gestão que permite projetar e controlar os recursos financeiros</p><p>da empresa. Ele abrange todas as áreas, de vendas e produção a despesas operacionais, investimentos e</p><p>receitas financeiras. Sua finalidade é planejar e acompanhar os resultados esperados, garantindo o</p><p>alinhamento das atividades com os objetivos estratégicos da organização.</p><p>Ao compreender e ao dominar os mecanismos orçamentários, você será capaz de elaborar orçamentos em</p><p>cada área específica, estabelecendo metas e direcionando recursos de forma inteligente. Por exemplo, você</p><p>poderá projetar as vendas com base em análises de mercado, identificar os custos de produção mais</p><p>relevantes e planejar investimentos que impulsionem o crescimento da empresa.</p><p>Lembre-se de que, como gerente, você é um(a) agente de mudança e tomada de decisão. O estudo desta</p><p>Unidade sobre orçamento empresarial é fundamental para a sua formação tanto pessoal quanto</p><p>profissional, pois proporcionará uma base sólida de conhecimentos financeiros e estratégicos. Essa</p><p>expertise permitirá que você tome decisões embasadas, analise cenários, minimize riscos e maximize os</p><p>resultados da empresa.</p><p>1 / 4</p><p>📄 Contextualização</p><p>Introdução</p><p>Nesta Unidade abordaremos a deficiência intelectual e os transtornos globais do desenvolvimento, as</p><p>pessoas que fazem parte deste grupo, quando comparados aos deficientes visuais e auditivos sofrem mais</p><p>as consequências do preconceito e da discriminação em virtude de suas limitações, intelectuais ou de</p><p>interação social – no caso dos autistas.</p><p>Conceitos e Finalidade do Orçamento</p><p>Você já ouviu falar em orçamento no contexto das empresas? O orçamento empresarial é uma ferramenta</p><p>de gestão financeira essencial para as organizações. Ele nos permite projetar e controlar os recursos</p><p>financeiros ao longo de um determinado período.</p><p>Por que o orçamento empresarial é tão importante? Ele desempenha um papel fundamental no planejamento</p><p>financeiro das empresas. Ao estabelecer metas e ao acompanhar os resultados, podemos direcionar os</p><p>recursos de maneira eficiente, impulsionando o crescimento e alcançando os resultados esperados.</p><p>De maneira geral, podemos fazer um paralelo com uma viagem de carro ou mesmo com uma viagem de</p><p>avião, representada na Figura 1. Antes de sair em viagem, uma companhia aérea e seu comandante de voo</p><p>definirão um planejamento para o voo. Esse planejamento servirá para saber aonde pretende-se chegar, por</p><p>qual rota e quais recursos serão necessários seguir. Em uma empresa não é diferente. Ter um bom plano</p><p>facilitará o alcance dos objetivos de maneira mais efetiva.</p><p>2 / 4</p><p>📄 Material Teórico</p><p>Figura 1 – Ilustrando a necessidade de se planejar</p><p>Fonte: Getty Images</p><p>#ParaTodosVerem: a imagem mostra a parte frontal de uma cabine de avião, com dois</p><p>grandes vidros transparentes que revelam um céu azul ao entardecer. A luz do sol cria uma</p><p>tonalidade laranja que ilumina o interior da cabine. O destaque da imagem está no painel</p><p>central, preenchido com diversos instrumentos. O painel de instrumentos é composto por</p><p>diversos mostradores, interruptores e botões, que indicam informações e controles</p><p>essenciais para a operação da aeronave. A imagem foi escolhida para o material com o</p><p>objetivo de transmitir a ideia de que o desenvolvimento de um plano orçamentário</p><p>empresarial é semelhante a um plano de voo. Assim como os pilotos dependem dos</p><p>instrumentos do painel para tomar decisões e garantir uma viagem segura, os gestores</p><p>empresariais precisam de um plano orçamentário bem estruturado para orientar suas</p><p>ações e garantir o sucesso financeiro da empresa. Fim da descrição.</p><p>Agora, vamos falar sobre a relação do orçamento empresarial com a controladoria estratégica. A</p><p>controladoria estratégica é uma área que atua na interface entre a contabilidade, a gestão financeira e a</p><p>estratégia empresarial. O orçamento empresarial é uma ferramenta fundamental nesse contexto.</p><p>Por meio do orçamento empresarial, a controladoria estratégica utiliza informações financeiras valiosas</p><p>para a tomada de decisão estratégica. Ela define metas, aloca recursos e avalia os resultados da empresa</p><p>com base nos dados do orçamento. Dessa forma, é possível identificar desvios em relação ao planejado e</p><p>tomar medidas corretivas para garantir o alcance dos objetivos estratégicos.</p><p>Em resumo, o orçamento empresarial é muito mais do que apenas números. Ele é uma ferramenta que nos</p><p>permite traduzir as metas e os objetivos da empresa em ação. Ao integrar o planejamento financeiro com a</p><p>estratégia, podemos impulsionar o crescimento e o sucesso do negócio.</p><p>É muito importante que você consiga visualizar que o planejamento orçamentário é parte de um</p><p>planejamento mais completo. Esse planejamento mais completo é composto por três grandes partes: (i) o</p><p>planejamento estratégico; (ii) o planejamento tático; e (iii) o planejamento operacional.</p><p>Os planejamentos tático e operacional não podem estar desconectados do planejamento estratégico da</p><p>empresa. A Figura 2 resume esse processo.</p><p>Figura 2 – Sequência do planejamento</p><p>#ParaTodosVerem: a Figura é uma imagem com um fundo branco, com uma grande seta</p><p>indicando o caminho da esquerda para a direita. Essa seta possui o fundo azul-claro.</p><p>Acompanhando a seta, há cinco quadros indicando as etapas de um planejamento, na</p><p>seguinte ordem: 1 – análise externa; 2 – análise interna; 3 – definição dos objetivos</p><p>estratégicos; 4 – planejamento orçamentário; e 5 – plano de ações cotidianas. Acima</p><p>desses quadros, há três símbolos indicando o agrupamento. As três primeiras etapas são</p><p>agrupadas como planejamento estratégico. A quarta etapa indica que o quarto quadro faz</p><p>parte do planejamento tático. Por fim, a quinta etapa indica que o quinto quadro faz parte</p><p>do planejamento operacional. Fim da descrição.</p><p>Além de compreender o papel do planejamento orçamentário dentro de todo o planejamento das empresas,</p><p>você também precisa compreender o processo básico para executar o plano orçamentário. Conforme você</p><p>pode visualizar na Figura 3, fazer o plano orçamentário não finaliza o processo.</p><p>Figura 3 – Etapas do planejamento orçamentário</p><p>Fonte: Adaptada de Getty Images</p><p>#ParaTodosVerem: a Figura é uma ilustração que tem por objetivo representar as</p><p>principais etapas do planejamento estratégico. Ela possui um fundo claro, contendo as</p><p>quatro etapas do planejamento. Cada etapa possui o seu nome na parte superior e um</p><p>desenho ilustrativo correspondente. A primeira etapa é composta por “fazer o plano</p><p>orçamentário” e o desenho representativo é uma pessoa de pé, vestida de casaco verde e</p><p>calça amarela, com uma vareta na mão, apontando para um banner, o qual representa</p><p>o</p><p>orçamento planejado. Já a segunda etapa é composta por “analisar os possíveis</p><p>cenários” e o desenho é de uma mão segurando uma lupa. A terceira etapa é composta</p><p>por “acompanhar os resultados” e possui o desenho de uma pessoa vestida numa camisa</p><p>verde e uma calça amarela, apontando um binóculo. Por fim, a quarta etapa é chamada de</p><p>“revisar o planejamento” e a Figura mostra uma pessoa, também com roupas nas cores</p><p>amarela e verde, acompanhando um painel e colocando a letra v, de verificado, sobre uma</p><p>das informações do painel. Fim da descrição.</p><p>Após o plano orçamentário, é necessário também fazer uma análise de cenários. Ter em vista que o</p><p>planejado pode sofrer demandas maiores ou, por causa de uma crise, ter resultados menores do que o</p><p>orçado é primordial para estar preparado para cenários diferentes. Além de analisar cenários, é importante</p><p>também monitorar os resultados. Fazer um planejamento orçamentário de um ano, por exemplo, e deixar</p><p>para analisar os resultados somente ao final do referido ano é, no mínimo, muito arriscado. Você deverá</p><p>desenvolver um processo de acompanhamento dos resultados, avaliando, por exemplo, mensalmente os</p><p>resultados e confrontando o planejado com o realizado.</p><p>Por fim, em caso de necessidade, o planejamento orçamentário poderá ser revisado. Essa revisão deverá</p><p>acontecer em caso em que a empresa possa ser prejudicada se não o fizer. Nem sempre o gasto excedente</p><p>deverá ser realizado, sob pena de alterar o plano e não agregar mais valor aos resultados da empresa.</p><p>Clique no botão para conferir o conteúdo.</p><p>ACESSE</p><p>Mecanismos Orçamentários</p><p>De maneira geral, existem diferentes métodos para desenvolver um plano orçamentário. Os principais</p><p>métodos, ou mecanismos, são resumidos na lista abaixo.</p><p>Leitura</p><p>Planejamento e Orçamento: Você Entraria em um Avião Sem um Plano de Voo?</p><p>Estático: permanece inalterado independentemente dos resultados da empresa;</p><p>https://www.treasy.com.br/blog/planejamento-e-orcamento/</p><p>Dos métodos citados, alguns são muito utilizados nas organizações atualmente. A seguir, você poderá</p><p>compreender melhor cada um desses.</p><p>Orçamento Estático</p><p>O orçamento empresarial estático é um tipo de orçamento que se baseia em uma única projeção financeira</p><p>para o período orçamentário. Ele é elaborado com base em dados estáticos e não leva em consideração</p><p>possíveis variações ou mudanças ao longo do tempo. Embora seja simples de ser desenvolvido, esse tipo</p><p>de orçamento pode não ser adequado para empresas que enfrentam flutuações significativas em seus</p><p>negócios.</p><p>Orçamento Flexível</p><p>Diferentemente do orçamento empresarial estático, o orçamento empresarial flexível é elaborado levando</p><p>em conta possíveis variações e mudanças. Ele permite que a empresa ajuste seus planos e suas metas de</p><p>acordo com diferentes cenários e níveis de atividade. Esse tipo de orçamento é mais adequado para</p><p>organizações que enfrentam flutuações significativas em suas operações ou que desejam ter maior</p><p>flexibilidade em seus planos financeiros.</p><p>Flexível: conta com uma margem para mudanças no orçamento;</p><p>Contínuo: planejamento que é revisto e atualizado constantemente;</p><p>Ajustado: permite que ajustes sejam feitos de tempos em tempos;</p><p>Matricial: cruza, em uma matriz, dados relativos a receitas, a despesas, aos custos e aos</p><p>investimentos;</p><p>Base zero: não considera o histórico de custos, despesas e receitas da empresa (Adaptado de</p><p>BARROS, 2023).</p><p>Orçamento Base Zero</p><p>No orçamento base zero, todas as despesas e todos os investimentos são reavaliados e justificados a cada</p><p>novo período orçamentário, independentemente dos valores utilizados anteriormente. Dessa forma, não há</p><p>uma base predefinida para as projeções, e todos os itens são revisados detalhadamente. Esse tipo de</p><p>orçamento promove uma análise minuciosa dos gastos e pode ajudar a identificar áreas em que os recursos</p><p>estão sendo mal alocados.</p><p>Orçamento Matricial</p><p>O orçamento empresarial matricial é uma abordagem que combina elementos de diferentes áreas ou</p><p>diferentes unidades da empresa em uma única matriz. Essa matriz permite a identificação de interações e</p><p>dependências entre os diversos componentes do orçamento. Com o uso desse tipo de orçamento, é</p><p>possível ter uma visão mais abrangente e integrada das operações da empresa, facilitando a análise e o</p><p>controle dos recursos financeiros.</p><p>Cada tipo de orçamento possui características e aplicações específicas, e a escolha do mais adequado</p><p>dependerá das necessidades e da realidade de cada empresa. É importante entender as particularidades de</p><p>cada tipo e adaptá-los às demandas e aos objetivos da organização.</p><p>Elaboração do Orçamento nas Diversas Áreas da Empresa</p><p>Os tipos de orçamentos são ferramentas fundamentais para o planejamento financeiro e para a gestão</p><p>eficiente das empresas. Eles permitem a projeção e o controle dos recursos financeiros, além de auxiliarem</p><p>na tomada de decisões estratégicas. Cada tipo de orçamento será composto por algumas partes</p><p>específicas, como o orçamento de investimentos, de vendas, de gastos, entre outros.</p><p>Na sequência, iremos conhecer essas partes que compõem um orçamento. Cada uma das partes será</p><p>explorada com mais detalhes em outra Unidade.</p><p>O orçamento de vendas é o ponto de partida para a elaboração do orçamento empresarial. Ele consiste na</p><p>projeção das vendas esperadas para um determinado período, levando em consideração fatores como</p><p>históricos de vendas, análise de mercado, estratégias de marketing, entre outros. Com base nesse</p><p>orçamento, é possível estabelecer metas de vendas e planejar as demais áreas da empresa.</p><p>O orçamento de produção está diretamente ligado ao orçamento de vendas. Ele define a quantidade de</p><p>produtos a serem fabricados para atender à demanda projetada. São considerados os recursos</p><p>necessários, como matéria-prima, mão de obra e maquinário, a capacidade produtiva da empresa e outros</p><p>fatores relevantes. Esse orçamento permite planejar a produção de forma eficiente, evitando problemas de</p><p>escassez ou excesso de estoque.</p><p>O orçamento de despesas operacionais engloba as despesas necessárias para o funcionamento da</p><p>empresa, como aluguel, salários, energia elétrica, entre outros. É importante realizar uma estimativa precisa</p><p>desses custos, levando em consideração variações sazonais e outros fatores que possam impactar as</p><p>despesas. O orçamento de despesas operacionais contribui para o controle e para a gestão adequada dos</p><p>gastos da empresa.</p><p>O orçamento de investimento de capital refere-se aos recursos destinados a investimentos de longo prazo</p><p>na empresa, como aquisição de equipamentos, expansão de instalações, desenvolvimento de novos</p><p>produtos, entre outros. Esse tipo de orçamento exige uma análise cuidadosa e detalhada, pois envolve</p><p>grandes montantes de recursos e impacta diretamente no crescimento e na competitividade da empresa.</p><p>Por fim, o orçamento de despesas e receitas financeiras está relacionado às despesas e às receitas</p><p>financeiras da empresa, como juros sobre empréstimos, receitas com aplicações financeiras, entre outros.</p><p>Ele permite o planejamento do fluxo de caixa, a gestão das atividades financeiras e o controle das despesas</p><p>e das receitas relacionadas ao aspecto financeiro da empresa.</p><p>Além desses tipos de orçamentos, existem outros que podem ser utilizados de acordo com as</p><p>necessidades e as particularidades de cada negócio, como o orçamento de marketing, o orçamento de</p><p>recursos humanos, entre outros. A seguir, vamos conhecer mais profundamente cada um deles.</p><p>Orçamento de Vendas</p><p>O orçamento de vendas é uma parte essencial no processo de planejamento orçamentário, sendo,</p><p>normalmente, a primeira parte do plano orçamentário. Ele desempenha um papel fundamental ao projetar as</p><p>receitas provenientes das vendas de produtos ou serviços ao longo de um período determinado. Ao elaborar</p><p>um orçamento de vendas preciso e realista, as empresas podem tomar decisões estratégicas mais</p><p>embasadas, ajustar suas operações e recursos conforme necessário e acompanhar o desempenho</p><p>financeiro.</p><p>De maneira prática, o orçamento de vendas é uma projeção das vendas futuras de uma empresa,</p><p>normalmente elaborada para um período anual, trimestral ou mensal. Ele envolve a estimativa das unidades</p><p>vendidas, os preços de venda unitários e o cálculo das receitas totais resultantes dessas vendas.</p><p>Orçamento dos Gastos Operacionais</p><p>Após o orçamento das receitas provenientes das vendas, é necessário orçar os gastos operacionais da</p><p>empresa, sejam de produção, sejam de comercialização ou de prestação de serviços. Esse orçamento</p><p>envolve a projeção e o controle dos recursos necessários para produzir bens ou fornecer serviços durante</p><p>um determinado período. Ao elaborar um orçamento de produção eficiente, as empresas podem otimizar a</p><p>utilização de seus recursos, ajustar sua capacidade produtiva e alcançar seus objetivos estratégicos.</p><p>O orçamento de produção é uma parte fundamental do processo de planejamento orçamentário e envolve a</p><p>estimativa dos recursos necessários para atender à demanda projetada pela empresa. Ele abrange a</p><p>produção ou a comercialização de bens tangíveis e a prestação de serviços, adaptando-se às</p><p>características específicas de cada setor ou indústria.</p><p>A primeira etapa na elaboração do orçamento de produção é estimar a demanda esperada para os produtos</p><p>ou os serviços oferecidos pela empresa. Essa estimativa pode ser baseada em dados históricos de vendas,</p><p>análise de tendências de mercado, feedback dos clientes, pesquisa de mercado e previsões de demanda.</p><p>Com base na estimativa da demanda, a empresa deve avaliar sua capacidade de produção atual e</p><p>determinar se é necessário ajustá-la para atender às metas estabelecidas. Isso pode envolver o aumento ou</p><p>a redução da capacidade produtiva, a contratação ou a demissão de funcionários, a aquisição de novos</p><p>equipamentos ou a terceirização de determinadas etapas do processo produtivo.</p><p>Uma vez definida a capacidade de produção desejada, é preciso estimar os recursos necessários para</p><p>alcançar essa meta. Isso inclui matérias-primas, mão de obra, energia, equipamentos, manutenção, entre</p><p>outros. É importante considerar fatores como sazonalidade, variações de demanda ao longo do tempo e</p><p>níveis de estoque desejados.</p><p>Com as estimativas de demanda e recursos, a empresa pode calcular os custos de produção associados ao</p><p>orçamento. Isso inclui os custos diretos, como matérias-primas e mão de obra direta, e os custos indiretos,</p><p>como aluguel de instalações, depreciação de equipamentos e despesas gerais de fabricação. O objetivo é</p><p>obter uma visão clara dos custos envolvidos na produção e identificar oportunidades para otimização e</p><p>redução de despesas.</p><p>Orçamento de Investimento de Capital</p><p>Quando se compra uma casa, normalmente o comprador busca deixá-la mais bonita, confortável e com</p><p>maior valor. Para isso, os cômodos são ampliados, troca-se o piso, os móveis são adquiridos, arruma-se o</p><p>telhado, conserta-se a fiação elétrica, enfim, faz-se uma série de procedimentos que deixam o imóvel ainda</p><p>melhor do que quando foi comprado. Afinal, se não for feito nada disso, a casa até pode servir para o que se</p><p>propõe, mas não terá o valor desejado.</p><p>Quem monta uma empresa tem o mesmo pensamento. Depois de definir tudo o que quer em um negócio e</p><p>colocar ele para funcionar, com o tempo a ideia é promover melhorias e, consequentemente, aperfeiçoá-lo.</p><p>Para isso, o empreendedor contrata mais funcionários, amplia a sede e compra novos equipamentos.</p><p>Porém, em um negócio, para que isso ocorra de forma eficiente, é necessário focar no planejamento!</p><p>Primeiro, o estratégico, aquele que define os rumos da empresa. E, depois, é importante pensar no</p><p>orçamento de investimento empresarial, por meio do qual será possível definir as melhores formas de</p><p>investir no empreendimento, estabelecendo quantias e áreas específicas. E para que tudo saia como o</p><p>planejado, é preciso analisar uma série de indicadores que ajudarão a calcular se a aplicação dos recursos</p><p>realmente faz sentido para a realidade do negócio.</p><p>No mundo empresarial, a busca por crescimento e sustentabilidade é uma constante. Para atingir esses</p><p>objetivos, é necessário considerar cuidadosamente os investimentos em capital.</p><p>O orçamento de investimento de capital é uma ferramenta financeira que auxilia as empresas a planejar e a</p><p>controlar seus investimentos em ativos de longo prazo, como propriedades, equipamentos, tecnologia,</p><p>expansões e aquisições. Ele fornece uma visão holística dos projetos de investimento, avaliando seus</p><p>custos e seus benefícios, os riscos e as oportunidades, para tomar decisões informadas.</p><p>Investimentos são os desembolsos realizados por uma empresa para a compra de bens, como máquinas,</p><p>equipamentos, veículos, móveis, ferramentas, recursos de informática (hardware ou software) ou, até</p><p>mesmo, de treinamentos e capacitações. Aqui estamos falando de investimentos operacionais, pois</p><p>contribuem diretamente para melhorar e ampliar a capacidade produtiva da organização.</p><p>Esses investimentos podem ser pagos de uma única vez ou parcelados. Geralmente, a empresa utiliza o</p><p>próprio lucro gerado em sua operação para a realização de novos investimentos, porém, também é muito</p><p>comum o uso de financiamentos e linhas de crédito para a aquisição de bens.</p><p>Algumas empresas ainda utilizam os lucros gerados e as sobras de caixa para realizar investimentos</p><p>financeiros, ou seja, em vez de ampliar seu patrimônio, optam por colocar os recursos em fundos de</p><p>investimentos ou até mesmo comprar ações.</p><p>Não existe uma fórmula exata para afirmar se o mais correto é a empresa investir seus recursos em sua</p><p>operação ou partir para investimentos financeiros. Essa decisão varia de negócio para negócio e costuma</p><p>estar atrelada a uma série de fatores, internos ou externos, como o setor ou o ramo de atividade, o ritmo de</p><p>crescimento do mercado e as taxas de retorno oferecidas por cada tipo de investimento.</p><p>Vamos pensar em um exemplo. Uma fabricante de alimentos precisa ampliar sua produção para dar conta</p><p>do crescimento da demanda. Para isso, os gestores devem fazer um planejamento e definir em que parte</p><p>serão realizados os investimentos e qual o montante a ser aplicado, se na compra de máquinas, na</p><p>contratação de mais funcionários, na ampliação das linhas de produção ou em inovação, por exemplo.</p><p>Apenas por meio dessa análise é que conseguirão definir com clareza em que aplicar seus recursos.</p><p>A partir do planejamento orçamentário, alguns relatórios serão produzidos e servirão para a tomada de</p><p>decisão dos gestores. A lista abaixo resume os principais relatórios, que são baseados em algumas</p><p>demonstrações contábeis.</p><p>Relatórios do planejamento orçamentário:</p><p>Na área de controladoria, a tomada de decisão é um aspecto crítico para o sucesso das organizações. Para</p><p>embasar escolhas estratégicas e gerenciais, é fundamental analisar o plano orçamentário. Relatórios</p><p>baseados na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), na Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) e</p><p>no balanço patrimonial são os mais comuns no processo.</p><p>A demonstração do resultado do exercício é um relatório financeiro que apresenta o desempenho financeiro</p><p>de uma empresa durante um determinado período, geralmente um ano fiscal. Ela fornece uma visão</p><p>detalhada das receitas, dos custos, das despesas operacionais e do resultado líquido. A DRE é essencial</p><p>para avaliar a lucratividade da empresa, identificar áreas de despesas significativas e compreender a</p><p>eficiência operacional.</p><p>A estrutura básica da DRE inclui:</p><p>DRE Projetado: indica quanto de lucro a sua empresa vai ser capaz de gerar;</p><p>Projeção do fluxo de caixa: mostra quanto de dinheiro a empresa vai ter em caixa para arcar</p><p>com suas despesas;</p><p>Projeção do balanço patrimonial: revela quanto de riqueza a empresa vai acumular no período</p><p>revela quanto de riqueza a empresa vai acumular no período (Adaptado de BARROS, 2023).</p><p>Receitas: representa o valor total das vendas ou dos serviços prestados pela empresa;</p><p>Custo dos produtos vendidos (CPV) ou custo das mercadorias vendidas</p><p>(CMV): reflete os</p><p>custos diretamente associados à produção ou à aquisição dos produtos ou dos serviços</p><p>vendidos;</p><p>Despesas operacionais: engloba os gastos relacionados às operações diárias da empresa,</p><p>como salários, aluguéis, despesas com vendas e marketing, entre outros;</p><p>Resultado operacional: é o resultado obtido após a dedução do CPV e das despesas</p><p>operacionais das receitas;</p><p>Já a demonstração do fluxo de caixa é um relatório que detalha as entradas e as saídas de dinheiro em uma</p><p>empresa durante um período específico. Ela auxilia na compreensão da capacidade da empresa em gerar</p><p>caixa, suas fontes de financiamento e a gestão dos fluxos financeiros. A DFC é essencial para a análise da</p><p>liquidez, para a solvência e para a capacidade de pagamento da empresa.</p><p>A estrutura básica da DFC inclui três categorias principais:</p><p>O balanço patrimonial é uma demonstração contábil que apresenta a posição financeira de uma empresa</p><p>em um determinado momento, geralmente no final do exercício fiscal. Ele fornece uma visão abrangente dos</p><p>ativos, dos passivos e do patrimônio líquido da empresa. O balanço patrimonial é essencial para avaliar a</p><p>solidez financeira, a estrutura de capital e a capacidade de pagamento da empresa.</p><p>A estrutura básica do balanço patrimonial inclui:</p><p>Outras receitas e despesas: Inclui itens não operacionais, como rendimentos de</p><p>investimentos e despesas financeiras;</p><p>Resultado líquido: representa o lucro ou o prejuízo final da empresa após todas as deduções e</p><p>as adições.</p><p>Atividades operacionais: refere-se às transações relacionadas às operações principais da</p><p>empresa, como recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, salários e impostos;</p><p>Atividades de investimento: engloba as transações relacionadas a investimentos em ativos</p><p>de longo prazo, como aquisição de equipamentos, imóveis, participações em outras empresas,</p><p>entre outros;</p><p>Atividades de financiamento: inclui transações relacionadas a financiamentos e à captação</p><p>de recursos, como empréstimos bancários, emissão de ações e pagamento de dividendos.</p><p>Ativos: representam os recursos controlados pela empresa, como caixa, contas a receber,</p><p>estoques, investimentos, imóveis, equipamentos, entre outros;</p><p>O balanço patrimonial segue o princípio fundamental da contabilidade, a equação patrimonial: Ativos =</p><p>Passivos + Patrimônio Líquido. Essa equação demonstra que os recursos da empresa são financiados por</p><p>meio de passivos (recursos de terceiros) e patrimônio líquido (recursos próprios).</p><p>Passivos: referem-se às obrigações financeiras e aos compromissos da empresa, como</p><p>contas a pagar, empréstimos, impostos a pagar, salários e benefícios a pagar;</p><p>Patrimônio líquido: é a diferença entre os ativos e os passivos, representando o valor líquido</p><p>dos recursos próprios da empresa. inclui o capital social, os lucros acumulados e as reservas.</p><p>Em Síntese</p><p>Ao concluirmos este capítulo, mergulhamos em um universo crucial para a</p><p>gestão financeira das organizações: o planejamento orçamentário.</p><p>Exploramos uma variedade de tópicos, desde os conceitos fundamentais até</p><p>as práticas e as ferramentas essenciais para garantir a eficácia e o sucesso de</p><p>um orçamento empresarial.</p><p>Iniciamos nossa jornada compreendendo os conceitos e a finalidade do</p><p>orçamento. Ficou claro que o orçamento é muito mais do que um simples</p><p>registro de receitas e despesas; é uma ferramenta estratégica que possibilita o</p><p>alcance de metas e a tomada de decisões embasadas em dados concretos.</p><p>Adentrando nos mecanismos orçamentários, exploramos a importância de</p><p>uma abordagem sistemática e detalhada na elaboração do orçamento. Vimos</p><p>que a participação ativa de todas as áreas da empresa, o estabelecimento de</p><p>metas desafiadoras, a definição de responsabilidades claras e a revisão</p><p>constante são elementos-chave para o sucesso desse processo.</p><p>Avançando para os aspectos específicos, analisamos o orçamento de vendas e</p><p>a sua relevância na projeção de receitas. Entendemos que uma estimativa</p><p>precisa e fundamentada é essencial para o planejamento estratégico, para a</p><p>definição de estratégias de precificação e para o monitoramento do</p><p>desempenho comercial.</p><p>Na sequência, dedicamo-nos ao orçamento de gastos, que abrange os custos</p><p>e as despesas operacionais. Reconhecemos que a identificação e o controle</p><p>desses elementos são fundamentais para o equilíbrio financeiro da empresa,</p><p>permitindo a otimização dos recursos e a identificação de áreas passíveis de</p><p>redução de custos.</p><p>Exploramos também o orçamento de investimentos de capital, que é crucial</p><p>para a expansão e a modernização das organizações. Compreendemos a</p><p>importância de uma avaliação criteriosa de projetos e a utilização de técnicas</p><p>financeiras para garantir a rentabilidade e a viabilidade dos investimentos.</p><p>Por fim, adentramos no mundo das demonstrações contábeis, que são a</p><p>materialização dos resultados do planejamento orçamentário. Destacamos a</p><p>Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), a Demonstração do Fluxo de</p><p>Caixa (DFC) e o balanço patrimonial, reconhecendo sua importância para a</p><p>avaliação do desempenho financeiro, a liquidez e a solidez da empresa.</p><p>Ao final deste capítulo, esperamos que você tenha adquirido uma</p><p>compreensão sólida sobre o planejamento orçamentário e a sua relevância</p><p>para o sucesso organizacional. O orçamento é uma poderosa ferramenta de</p><p>gestão financeira que permite o alinhamento estratégico, a identificação de</p><p>oportunidades e a tomada de decisões fundamentadas. Ao dominar as</p><p>práticas e os conceitos apresentados, você estará um passo mais próximo da</p><p>excelência financeira e do sucesso sustentável.</p><p>Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:</p><p>Vídeo</p><p>Orçamento Empresarial na Prática</p><p>Qual sua previsão de faturamento? Quais serão os custos e as despesas para manter a operação? Qual o</p><p>lucro que sua empresa vai obter dessa forma?</p><p>Desconhecer as respostas para essas perguntas é como sair para viajar sem saber em qual destino quer</p><p>chegar.</p><p>Nesse webinar sobre orçamento empresarial na prática, Gilles de Paula, CEO da Treasy, fala sobre como as</p><p>ferramentas de planejamento e orçamento são os instrumentos ideais para auxiliar sua empresa a</p><p>estabelecer aonde quer chegar e estimar os recursos necessários para isso (sem que falte ou sobre), além</p><p>de verificar de tempos em tempos se a empresa está na direção correta, realizando ajustes sempre que</p><p>necessário e de modo mais breve possível.</p><p>3 / 4</p><p>📄 Material Complementar</p><p>Leitura</p><p>Planejamento Orçamentário: o Guia Completo para Planejar o Futuro</p><p>da Sua Empresa</p><p>Sua empresa já tem um planejamento orçamentário? Ele é uma ferramenta de extrema importância na</p><p>gestão do desempenho empresarial e a sua falta é um dos principais fatores de mortalidade nas empresas.</p><p>Confira um guia completo para entendê-lo e aplicá-lo na sua empresa.</p><p>Clique no botão para conferir o conteúdo.</p><p>ACESSE</p><p>Estudo de Caso: Planejamento Orçamentário na Gestão de Uma</p><p>Cervejaria</p><p>Orçamento Empresarial na práticaOrçamento Empresarial na prática</p><p>https://www.treasy.com.br/blog/planejamento-orcamentario/</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=kzOBD0K5Vos</p><p>O artigo buscou realizar um estudo para analisar e comparar o planejamento orçamentário e o realizado de</p><p>uma cervejaria, situada no município de Barão de Cotegipe – RS, visando à análise dos custos, dos tributos,</p><p>do fluxo de caixa e da tomada de decisão diante do cenário apresentado.</p><p>Clique no botão para conferir o conteúdo.</p><p>ACESSE</p><p>O Que é Orçamento Empresarial? Conheça Seus 7 Tipos</p><p>Para a maioria das empresas brasileiras, quando o calendário indica o mês de setembro, inicia-se o ciclo</p><p>orçamentário. Dessa forma, é hora de começar a pensar no ano seguinte. E será com base nas previsões</p><p>assumidas no orçamento empresarial que boa parte das metas do próximo ano, financeiras ou não</p><p>financeiras, serão desdobradas. Nesse artigo, confira uma série de dicas e informações que vão te mostrar</p><p>o que é orçamento empresarial para o seu plano de negócio.</p><p>Clique no botão para conferir</p><p>o conteúdo.</p><p>ACESSE</p><p>https://periodicos.ideau.com.br/raci/article/download/118/76</p><p>https://www.siteware.com.br/projetos/orcamento-empresarial/</p><p>BARROS, L. Planejamento Orçamentário: a importância em sua empresa. Sólides Tangerino Blog,</p><p>24/05/2023. Disponível em: <https://tangerino.com.br/blog/planejamento-orcamentario/#Os-tipos-de-</p><p>planejamento-or%C3%A7ament%C3%A1rio>. Acesso em: 02/08/2023.</p><p>CONTAS ONLINE. Planejamento orçamentário: o que é, principais tipos e como fazer. 18/08/2021.</p><p>Disponível em: <https://www.contasonline.com.br/blog/180/planejamento-orcamentario-o-que-e-principais-</p><p>tipos-e-como-fazer>. Acesso em: 02/08/2023.</p><p>PAULA, G. B. Premissas Orçamentárias – Saiba como melhorar a Gestão Orçamentária de sua empresa</p><p>utilizando-as. Treasy, 17/05/2015. Disponível em: <https://www.treasy.com.br/blog/premissas-</p><p>orcamentarias/>. Acesso em: 02/08/2023.</p><p>4 / 4</p><p>📄 Referências</p>