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<p>RESUMO DE GERIATRIA</p><p>AULA 1 – O PROCESSO DO ENVELHECIMENTO:</p><p>ENVELHECIMENTO: É um processo contínuo, complexo, multifatorial e individual, envolvendo modificações de nível molecular ao morfofisiológico, cuja ocorrência é em cascata.</p><p>ENVELHECIMENTO BIOLÓGICO: Representa perdas na função normal que ocorrem após maturação social e contínua até longevidade máxima. Fisiológicas, anatômicas, bioquímicas e hormonais, acompanhadas de gradual declínio das capacidades do organismo. --- As funções normais do nosso organismo vão sendo perdidas: a pessoa começa a escutar menos, a visão começa a ficar diminuída a capacidade de reagir a situações de queimaduras ou dor não são tão rápidas, (se ele for diabético, faz uma ferida na mão ou no braço, para cicatrização pode gerar uma complicação).</p><p>ENVELHECIMENTO SOCIAL: As características dos membros da sociedade que são percebidas como sendo velhos variam dentro de um contexto cultural e de geração a geração. Desempenho de atividades e tarefas do grupo etário. --- É como que os outros começam a enxergar esse indivíduo dentro da sociedade (o vovô, senhorzinho, o velhinho).</p><p>ENVELHECIMENTO ECONÔMICO: Os idosos são algumas vezes definidos em termos de saída de mercado de trabalho (aposentadoria estatutária ou normal com a idade) --- O salario diminui e pode ser que seja insuficiente até pra comprar medicamentos.</p><p>ENVELHECIMENTO CRONOLÓGICO: Idade como indicador da expectativa de vida residual.</p><p>É considerado idoso a partir dos 60 anos no Brasil e em outros países, por exemplo, usa a expectativa a partir dos 65 anos, isso se deve muito aos fatores econômicos e sociais que esses indivíduos estão comprometidos. Países industrializados ≥ 65 anos. Países em desenvolvimento ≥ 60 anos. Em relação à expectativa de vida, quando aquele individuo nasce, o quanto se espera que o individuo vai viver, a media são 75 anos. E é considerado morte prematura quando as pessoas morrem antes delas atingirem a expectativa de vida.</p><p>ENVELHECIMENTO PSICOLÓGICO: comportamentos, mudanças de atitudes, limitações da capacidade = inadaptação ou readaptação.</p><p>ENVELHECIMENTO ORGÂNICO: em nível de célula, moléculas, organelas, fatores ambientais (casa, lugar violento, poluído, barulhento, morar perto da praia, saneamento básico). Alimentação, estilo de vida (se foi fumante, se ingere bebida alcoólica).</p><p>PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO ENVELHECIMENTO: Mudança na composição química dos tecidos; Diminuição progressiva na capacidade fisiológica e de adaptação aos estímulos (de reação, tato, cheiro, paladar, se comer algo estragado pode não sentir); Aumento na suscetibilidade e vulnerabilidade às doenças; Aumento da mortalidade.</p><p>IDADE CRONOLÓGICA: A idade que a pessoa tem (com base em sua Data de Nascimento).</p><p>IDADE BIOLÓGICA: Condições de saúde física e mental.</p><p>Atenção: pessoas da mesma idade cronológica podem apresentar diferentes idades biológicas. Decorrente do estilo de vida que foi tendo ao longo da vida.</p><p>Fatores que influenciam positivamente ou negativamente no envelhecimento:</p><p>Hábitos de vida, hereditariedade, econômicos, enfermidades. – A maneira que o organismo corresponde à patologia é diferente, ex: pessoa que foi diagnosticada com DM já idoso e pessoa que foi diagnosticada desde nova.</p><p>Cuidado paliativo: É quando o idoso já esta com uma progressão da doença, mas você trata pra ele ter o mínimo de qualidade de vida, mesmo sabendo que no vai mudar em nada, que ele já vai falecer, mas em forma de respeito, trata do melhor jeito mesmo em estado terminal.</p><p>SENESCÊNCIA: Envelhecimento fisiológico (lembrar da fruta no estado de maturação, que tem esse nome), envelhecimento normal. Características: Fenômeno biológico, envelhecimento fisiológico. Processo natural do envelhecimento. - Refere-se aos processos biológicos, inevitavelmente involutivos. Apresenta prejuízos significativos, mas não são qualificados como doentes; Ocorre o “envelhecimento bem sucedido”. Perda fisiológica mínima, com preservação da função robusta em uma idade avançada, sendo o processo de envelhecimento isento de danos causados por hábitos de vida inadequados, ambientes inapropriados e doenças.</p><p>SENILIDADE: Características: Processo de envelhecimento associado à doença: é o envelhecimento patológico. - Refere-se ao envelhecimento na presença de traumas e doenças que desviam negativamente a curva de capacidade. Exemplos: DM por obesidade; DPOC por tabagismo... (Idoso senil = idoso doente).</p><p>CONSEQUÊNCIAS DA POPULAÇÃO ESTAR ENVELHECENDO: Menor taxa de natalidade, maior expectativa de vida, maior numero de idosos, afetando a epidemiologia + idosos, + patologias associadas ao público idoso.</p><p>AULA 3 – AUTONOMIA E CAPACIDADE FUNCIONAL</p><p>AUTONOMIA: Envelhecimento bem sucedido.</p><p>Mesmo tendo alguma condição (diabetes, hipertensão, depressão, doença cardíaca), devido a resultado de tratamentos crônicos criteriosos e de um efetivo controle de fatores de risco, essa pessoa poderá manter uma qualidade de vida, com plena autonomia, independência no dia a dia e integração social.</p><p>CAPACIDADE FUNCIONAL: É a habilidade do indivíduo em realizar as atividades do seu cotidiano: Funções mentais, de autocuidado e mobilidade em casa e habilidades instrumentais (Transferência de lugar, de mobilidade).</p><p>À medida que envelhecemos as tarefas cotidianas vistas como banais, vão gradativamente e de forma imperceptível, tornando-se de difícil realização até o momento em que o indivíduo nota ser necessário auxílio de outrem para execução destas tarefas. Muitas vezes se percebe que a capacidade funcional do idoso esta diminuída quando ele tem necessidade de alguém para fazer as necessidades diárias (calçar o sapato, vestir uma roupa, tomar banho).</p><p>Funções mentais: Ler, escrever, acessar a internet, conseguir supervisionar pessoas que auxiliam em seu autocuidado (Comer, beber, vestir, cozinhar, tomar banho, tomar medicações, controle esfincteriano). – Tem idosos que mesmos acamados, têm mania de “mandar” nos indivíduos, não gostam quando mudam algo de lugar, a comida diferente, chega a ser “engraçado”.</p><p>Mobilidade em casa: “transferência”, andar sem ajudar de andador e bengala = capacidade funcional reservada. Capacidade de deslocamentos em sua residência (“equilíbrio”).</p><p>Habilidades instrumentais: São atividades desenvolvidas em meio à sociedade (fazer compras, ir ao banco, administração financeira e legal,...).</p><p>INCAPACIDADE FUNCIONAL: Deficiência orgânica e da interação entre: a disfunção apresentada pelo indivíduo; limitação de suas atividades, restrição da participação social em razão de fatores ambientais e pessoais interferindo no seu desempenho em atividades da vida diária (não querer sair de casa, mesmo tendo condições, prefere ficar isolado, muitas vezes tem vergonha). Independência, não só na questão financeira, mas às vezes de conseguir ir à rua sozinho, usar o telefone...</p><p>MEDIDAS DAS AVALIAÇÕES FUNCIONAIS:</p><p>Medida de Independência Funcional (MIF) - Quantifica a ajuda necessária ao idoso - útil no planejamento assistencial.</p><p>Avaliação funcional - determinará o grau de dependência e os tipos de cuidados que serão necessários e sua realização.</p><p>INSTRUMENTOS QUE POSSIBILITAM A AVALIAÇÃO DO GRAU DE INDEPENDÊNCIA:</p><p>ATIVIDADES BÁSICAS DE VIDA DIÁRIA: (Tomar banho, comer, se vestir, amarrar o sapato, continência...). Índice de Katz e índice de barthel.</p><p>ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DE VIDA DIÁRIA: (ir ao banho, se movimentar, sair de casa, ir ao supermercado, pegar ônibus, dirigir, falar ao telefone). Escala de Lawton e Brody.</p><p>AULA 5 – ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO</p><p>COMPOSIÇÃO E FORMA DO CORPO:</p><p>Água Corporal: Redução de 20 a 30% da água corporal total, “Desidratado crônico”, Maior risco de desidratação aguda, Alteração no volume de distribuição de drogas hidrossolúveis. – além da diminuição da sede.</p><p>Sistema Muscular: Perda de massa muscular – sarcopenia, Diminuição do peso corporal, Redução da força muscular, mobilidade, equilíbrio → Quedas, Menor tolerância a esforço físico. Diminuição da sensibilidade à insulina→ Intolerância à glicose. – Se a gente</p><p>tem menos tecido muscular, significa que a gente aproveita menos a glicose, o que favorece ao idoso adquirir resistência à insulina.</p><p>Massa óssea: Redução do conteúdo mineral ósseo, Maior perda de massa óssea após a menopausa, Redução dos níveis de hormônio do crescimento, Aumento do paratormônio.</p><p>Estatura: Perda de 1 cm por década a partir dos 40 anos de idade, Aumento da curvatura da coluna vertebral, Diminuição dos arcos dos pés, Perda de massa óssea, Achatamento dos discos intervertebrais.</p><p>Gordura: Aumento de 20 a 30% na gordura corporal total (2 a 5%/década, após os 40 anos), Tecido adiposo em menor quantidade nos membros, Deposição abdominal e visceral da gordura, Aumento da meia-vida das drogas lipossolúveis (benzodiazepínicos).</p><p>SISTEMA GASTROINTESTINAL:</p><p>DEGLUTIÇÃO NO IDOSO</p><p>BOCA: Atrofia das papilas gustativas (perda do paladar); Desgaste e perda de dentes (agravo pelo tabagismo se ele foi fumante ao longo da vida) – às vezes não vai ter dente, ou a prótese machuca; Redução do funcionamento dos músculos da mastigação, tendendo a engolir maiores quantidades de alimentação – consequência = engasgo podendo levar a uma pneumonia por aspiração; Dificuldade de fala. – Idoso por não sentir sabor, acaba comendo ou muito doce, ou muito salgado.</p><p>ESÔFAGO: Progressiva redução da inervação intrínseca da musculatura lisa do esôfago (a musculatura lisa é involuntária, a diminuição, traz dificuldades do alimento chegar até o estômago, podendo levar a disfagia esofágica – dificuldades de engolir); Aumento da frequência de contrações não propulsivas; Distúrbios funcionais do esfíncter esofágico superior e inferior; Disfagia esofágica (não pode ser liquido demais, espesso demais (por conta do uso de espessante), nem em volume grande demais).</p><p>ESTÔMAGO: Gastrite atrófica; Declínio na produção de secreção ácida do estômago; Acloridria (paciente idoso já tende a ter menor produção de acido clorídrico- se chega um pedaço grande de carne, começa a ter uma má digestão, chega ao intestino pedaço muito grande e faz com que favoreça uma disbiose intestinal, uma constipação. No estomago começa a ter digestão de proteína, se o ph não está baixo o suficiente, a enzima não vai ser ativada, consequentemente a digestão de proteína já começa a ser prejudicada)→ Deficiência na absorção de ferro; Maior tempo de esvaziamento gástrico; Alterações nos mecanismos de proteção gástrica - menores quantidades de bicarbonato e prostaglandinas; Maior sensibilidade a agentes agressores, como AINES; Aumento da prevalência de colonização pela H.pylorii.</p><p>FÍGADO: Redução do peso do fígado (perda de hepatócitos) – 30 a 40%; Menor síntese proteica; Menor fluxo sanguíneo hepático; Redução da secreção de albumina e glicoproteínas; Alterações na farmacocinética de medicamentos que têm ligação com a albumina. Ex: antipsicóticos; Menor capacidade de metabolização hepática de drogas.</p><p>PÂNCREAS: Redução do peso; Dilatação do ducto principal; Proliferação do epitélio ductal e formação de cistos; Fibrose; Menor secreção de lipase (a quantidade de lipídio que o idoso for ingerir, precisa ser repensada), insulina (a tendência é se tornar resistente à insulina) e bicarbonato (interfere na proteção estomacal).</p><p>INTESTINO DELGADO: Redução da altura das vilosidades da mucosa (diminui a superfície de absorção – pode-se associar idoso à intolerância a lactose); Possíveis alterações na absorção; Redução da superfície mucosa e de absorção.</p><p>CÓLON: Diminuição do fluxo sanguíneo e atrofia da mucosa; Enfraquecimento muscular; Aumento da prevalência de constipação; Predisposição à diverticulite.(se não gosta de beber agua, no consegue comer fibra, engole pedaço grande...maior predisposição).</p><p>AULA 6 – ALZHEIMER E PARKINSON</p><p>DOENÇA DE ALZHEIMER: Trata-se de uma enfermidade neurodegenerativa progressiva que resulta no: o Comprometimento da memória com dificuldade inicialmente de apreender informações novas e depois as antigas; o Comprometimento das atividades de vida diária (a pessoa começa a esquecer de se alimentar, como que toma banho, como que vai à rua) e alterações comportamentais. É uma doença insidiosa (acomete lentamente); Desenvolve de forma lenta, contínua; Agravada ao longo do tempo. -- é uma doença primeiramente que se define em quadros de demência.</p><p>QUADRO CLÍNICO – 3 ETAPAS: (cada um vai ter uma evolução única da doença, é só a média) – é mais triste para as pessoas que convivem com a pessoa doente, do que para o próprio paciente, pois ele não tem muita noção do que esta acontecendo com ele.</p><p>Fase inicial - dura em média 2 a 3 anos e é caracterizada por sintomas vagos e confusos;</p><p>Fase intermediária - duração varia entre 2 e 10 anos; é caracterizada por deterioração mais acentuada dos déficits de memória e pelo aparecimento de sintomas focais;</p><p>Fase avançada - com duração média de 8 a 12 anos, e no estágio final todas as funções cognitivas estão gravemente comprometidas, havendo até mesmo, dificuldades para reconhecer pessoas e espaços familiares.</p><p>2 suspeitas de como pode acontecer:</p><p>Hipótese amiloide: beta amiloide são proteínas que estão em contato com a camada de lipídio que estão nos nossos neurônios. Pela teoria, essas proteínas começariam a formar enovelados de proteína em volta do neurônio, fazendo com que a transmissão do impulso nervoso comece a ficar prejudicada.</p><p>Proteína TAU: Está presente nos neurônios e formam microtubulos, eles ficariam desestabilizados atrapalhando a transmissão do impulso nervoso perdendo a resposta cerebral. Ficando hiperfosforilada, atrapalhando o transporte.</p><p>--- Estudos mostram que o Alzheimer pode ter relação com resistência à insulina, gerando o questionamento e hipótese de ser a nova “Diabetes tipo 3”, mas ainda não é comprovado, só pode ser.</p><p>--- Eles lembram mais de memórias antigas do que recentes.</p><p>--- Irisina: Atividade física seria um fator protetor contra o Alzheimer.</p><p>De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer ABRAZ (2016): 54% dos idosos com demências têm Alzheimer; 9% possuem demências vasculares; e 14% demências mistas.</p><p>Os casos são crescentes. Em 2010, 1 milhão de idosos tinham Alzheimer e em 2020 serão 1,6 milhão. Fatores de risco não modificáveis: idade (após 80 anos de idade), gênero feminino, síndrome de Down, história familiar positiva, gene de suscetibilidade (genótipo Apo Ɛ4).</p><p>TERAPIA NUTRICIONAL: A piora do quadro nutricional tem como característica + frequente a perda de peso com risco maior de desnutrição e desidratação (paciente idoso desidratado pode ter confusão mental). Favorecer um estado nutricional adequado, evitando excessos ponderais ou reduções bruscas. Inclusão: antioxidantes e neuroprotetores (vit. C (hidrossolúvel) e E (lipossolúvel–cérebro), selênio, fitoesteróis, flavonoides, carotenoides, ômega 3). A baixa ingestão de gorduras hidrogenadas e saturadas associadas à alta ingestão de ácidos graxos poli-insaturados n-3 (PUFA) podem ↓ o risco de DCV e do acometimento da DA. Ovos contém colina → precursora do neurotransmissor acetilcolina → papel importante na manutenção de uma boa memória. Incentivo a alimentar-se sozinho. Modificações dietéticas individualizadas. CUIDADO: Interação fármaco-nutrientes.</p><p>image7.jpeg</p><p>image8.jpeg</p><p>image1.jpeg</p><p>image2.jpeg</p><p>image3.jpeg</p><p>image4.jpeg</p><p>image5.jpeg</p><p>image6.jpeg</p>

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