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<p>Livro Eletrônico</p><p>Aula 00</p><p>Geografia e História de Rondônia p/ TJ-RO (todos os cargos)</p><p>Professor: Rodrigo Barreto</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>AULA 00</p><p>SUMÁRIO PÁGINA</p><p>1. Geografia e História do Estado de Rondônia: aspectos</p><p>gerais; limites; evolução políticoǦadministrativa e</p><p>econômica (parte 1); questão acreana e construção da</p><p>estrada de ferro MadeiraǦMamoré; território federal do</p><p>Guaporé e criação do Estado de Rondônia.</p><p>3</p><p>2. Questões comentadas 24</p><p>3. Lista de questões 36</p><p>4. Gabarito 45</p><p>Apresentação</p><p>Olá, preparados para essa jornada? É com imensa satisfação</p><p>que damos início ao curso de Geografia e História de Rondônia</p><p>para TJ-RO. Antes de começarmos com o conteúdo de fato,</p><p>gostaria de me apresentar.</p><p>Meu nome é Rodrigo Barreto, sou bacharel em Ciências Sociais</p><p>pela Universidade Federal Fluminense e atualmente sou servidor</p><p>efetivo do Senado Federal na área de Processo Legislativo, atuando</p><p>na Coordenação de Redação Legislativa. Além disso, sou professor</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>presencial em alguns cursos de Brasília e online aqui no Estratégia</p><p>Concursos.</p><p>Esta primeira aula demonstrativa explorará conhecimentos</p><p>introdutórios e aspectos gerais da Geografia e da História de</p><p>Rondônia, a fim de que possamos compreender o panorama geral</p><p>de Rondônia. Os temas de hoje são fundamentais para o</p><p>entendimento das aulas futuras e para a resolução de diversas</p><p>questões, inclusive muitos aspectos desta aula serão retomados</p><p>mais aprofundadamente em aulas futuras.</p><p>Dito isto, vamos ao que interessa; ninguém tem tempo a</p><p>perder!</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>1. Geografia e História do Estado de Rondônia: aspectos</p><p>gerais; limites; evolução políticoǦadministrativa e econômica</p><p>(parte 1); questão acreana e construção da estrada de ferro</p><p>MadeiraǦMamoré; território federal do Guaporé e criação do</p><p>Estado de Rondônia.</p><p>No século XVII, os colonizadores portugueses iniciavam a</p><p>exploração do território do atual estado de Rondônia. Contudo foi</p><p>apenas no século XVIII, com a descoberta e a exploração de ouro</p><p>no oeste brasileiro, que aumentou o interesse português por</p><p>aquelas terras. Já no final do século XVIII, com o início da</p><p>construção do Real Forte Príncipe da Beira, às margens do rio</p><p>Guaporé, a implantação dos primeiros núcleos coloniais era</p><p>fomentada, embora eles somente viessem a prosperar realmente no</p><p>fim do século seguinte, com o surto da exploração da borracha.</p><p>É importante ressaltar que, em 1752, Antônio Rolim de Moura</p><p>instalava-se na Vila Bela da Santíssima Trindade, tomando as</p><p>primeiras providências para defender a capitania que lhe havia sido</p><p>confiada. Assim que atendeu as necessidades das demarcações, em</p><p>conformidade com o Tratado de Madrid, ele fez uma incursão sobre</p><p>a povoação espanhola de Santa Rosa Velha, na margem direita do</p><p>Guaporé, e lá instalou um pequeno ponto de vigilância. Isso já</p><p>demonstrava claramente a preocupação em proteger os limites do</p><p>território.</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>Antônio Rolim de Moura foi o primeiro governador da Capitania</p><p>de Mato Grosso nasceu na Vila de Moura, no Baixo Alentejo, no ano</p><p>de 1709. Foi seu pai D. Nuno de Mendonça, IV Conde de Val de</p><p>Reis, senhor de Póvoa e de Meadas, Comendador e Alcaide-Mor das</p><p>Comendas e Alcaidarias. Sua mãe foi D. Leonor de Noronha, filha do</p><p>I Marquês de Angeja, D. Pedro de Noronha. Por linha de varonia,</p><p>vinha da família antiquíssima e nobilíssima dos Mendonças, apesar</p><p>de não ter usado o nome, por sucessão à casa dos Azambujas, por</p><p>ter o último varão renunciado o nome da família.</p><p>Em novembro de 1751, Antônio Rolim de Moura partiu para as</p><p>minas ao norte de Mato Grosso. Em dezembro chegou ao Guaporé,</p><p>e no dia 14 do mesmo mês estava no sítio de Pouso Alegre, o lugar</p><p>em que seria fundada a futura Vila Bela da Santíssima Trindade, a</p><p>primeira Vila-Capital de Mato Grosso, erigida a essa condição, em</p><p>19 de março de 1752, na margem direita do Guaporé.</p><p>Podemos perceber, portanto, que, desde o início do século</p><p>XVII, vários grupos de sertanistas provenientes, sobretudo, do</p><p>sudeste brasileiro partiam para as terras do oeste e do norte</p><p>incumbidos do exercício de capturar índios. Nessas viagens, nas</p><p>primeiras duas décadas do século XVIII, as terras ao oeste do Brasil</p><p>começam a ser efetivamente devassadas e povoadas pelas ações</p><p>dos sertanistas.</p><p>Importante ressaltar, antes de prosseguirmos com a</p><p>apresentação dos primórdios do povoamento da região, que o</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>povoamento na região se deu por meio do contato entre os índios</p><p>nativos da região e expedições que chegavam de outras regiões,</p><p>como, por exemplo, São Paulo e Minas Gerais, em busca de ouro.</p><p>Devemos ressaltar que nesse momento houve intenso contato entre</p><p>as populações indígenas e as brancas e negras que chegavam com</p><p>as expedições.</p><p>É importante destacarmos, ainda, que a região de Rondônia já</p><p>era habitada, mesmo antes da febre mineradora, por índios nativos</p><p>do local. Outro ponto que deve ser ressaltado é que a convivência</p><p>entre os nativos e os exploradores que chegavam ao local não foi</p><p>plenamente pacífica: há relatos de conflitos violentos que em boa</p><p>parte das vezes resultaram em grandes perdas principalmente para</p><p>as populações indígenas.</p><p>O território de Rondônia, na realidade, já era conhecido e até</p><p>mesmo percorrido por bandeiras desde o primeiro século da</p><p>colonização brasileira, mas seu povoamento só começou a de fato</p><p>acontecer com a busca por minas de ouro, no século XVIII. Esse</p><p>povoamento foi extremamente irregular, uma vez que os</p><p>exploradores não estavam preocupados em desenvolver a região,</p><p>mas sim em enriquecer rapidamente, por meio da exploração das</p><p>minas.</p><p>O surto minerador gerou, para o oeste do país, de modo geral,</p><p>além de irregular e ao contrário do que se possa imaginar, um</p><p>povoamento lento e gradual. A população da época colonial na</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>região foi, em razão das próprias características da atividade de</p><p>busca por minhas de ouro, nômade. Essa característica foi realçada</p><p>principalmente na época do declínio da atividade mineradora,</p><p>quando muitos povoados foram praticamente abandonados.</p><p>Além da importância das atividades econômicas, também</p><p>podemos ver, conforme estávamos conversando, que a necessidade</p><p>de delimitar e proteger as fronteiras foi fundamental para a</p><p>exploração e para o povoamento do local. Justamente com esse</p><p>propósito, o Real Forte Príncipe da Beira foi construído. Ele foi</p><p>inaugurado em 1783 e é considerado um dos marcos fundamentais</p><p>da ocupação portuguesa na Amazônia. A construção dele, bem</p><p>como a dos demais fortes a Oeste do Tratado de Tordesilhas,</p><p>exemplifica a visão geopolítica da diplomacia portuguesa no século</p><p>XVIII, que procurava assegurar a posse do território.</p><p>A delimitação e exploração do território ganharia maior fôlego</p><p>no século XIX. Em abril de 1878, em razão do Tratado de Ayacucho,</p><p>foram mandadas para Corumbá as Plantas Geográficas dos Rios</p><p>Guaporé e Mamoré, que estabeleciam a cartografia delimitadora das</p><p>fronteiras dos rios Guaporé e Mamoré. Segundo esse documento,</p><p>“destas cabeceiras continuam os limites pelo leito do mesmo rio até</p><p>sua confluência com o Guaporé, e depois pelo leito deste e do</p><p>Mamoré até sua confluência com o Beni, onde principia o Rio</p><p>Madeira”.</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>A região do rio Mamoré foi, portanto, delimitada a partir do</p><p>Tratado de Ayacucho. Tal demarcação foi feita pelas comissões</p><p>mistas, cuja seção brasileira foi chefiada inicialmente pelo Barão de</p><p>Maracajú, que terminaria com sucesso a demarcação da fronteira</p><p>com o Paraguai. Contudo, por motivo de saúde, em abril de 1877,</p><p>ele foi substituído pelo Major Francisco Xavier Lopes de Araujo,</p><p>futuro Barão de Parima e que daria prosseguimento à demarcação.</p><p>Os trabalhos demarcatórios foram realizados por duas</p><p>comissões mistas, na realidade. A primeira campanha (1870-71)</p><p>teve o acompanhamento do delegado boliviano Don Juan Mariano</p><p>Mujia e tratou da demarcação das Lagoas Mandioré, Gaiba e</p><p>Uberaba, assim como da região de San Matias, seguindo até o</p><p>primeiro trecho da reta de San Matias até a Boa Vista. O delegado</p><p>boliviano se retirou em março de 1876, após a realização de três</p><p>conferências, oficializando todos os trabalhos até então realizados.</p><p>A segunda campanha, iniciada em 1875 e que realizou as três</p><p>campanhas seguintes, realizadas apenas pela parte brasileira,</p><p>percorreu os trechos já demarcados. Ela passou pela região de</p><p>Quatro Irmãos, subindo até Ronda das Salinas, atualmente</p><p>Casalvasco, ao sudoeste da cidade de Vila Bela, e procurou pela</p><p>nascente do Rio Verde, regressando depois para Corumbá.</p><p>Em 1877, teve início a terceira campanha, que inicialmente foi</p><p>realizada apenas pela seção brasileira. Essa campanha, ao voltar à</p><p>região de Vila Bela, dividiu-se em duas seções: a 1ª Seção, que</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>ficou explorando a região que acreditava ser das nascentes do Rio</p><p>Verde, mas que, na realidade, era das nascentes do Tarvo; e a 2ª</p><p>Seção, que iniciou a descida do Rio Guaporé em 1877, passando</p><p>pela foz do Rio Verde, entrando pelo Rio Mamoré, foz do Beni e Rio</p><p>Madeira, até o Amazonas. Chegando a Belem, ela seguiu de navio</p><p>para o Rio de Janeiro, aonde chegou em 1878. Nesse ano, eram</p><p>enviadas as Plantas Geográficas dos Rios Guaporé e Mamoré,</p><p>conforme vimos.</p><p>Parte da Cartografia de 1878 da região de Guajará-Mirim</p><p>O Tratado de Ayacucho, conhecido também como Tratado de</p><p>Munhoz Neto ou Tratado de navegação, amizade, limites, fronteiras</p><p>e extradição foi concebido durante o contexto da Guerra do Paraguai</p><p>(1864-1870). Essa guerra foi o maior conflito armado internacional</p><p>ocorrido na América do Sul no século XIX. Rivalidades entre os</p><p>envolvidos e a formação de Estados nacionais deflagraram o</p><p>confronto que destruiu a economia e a população paraguaias e</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>enfraqueceu o exército brasileiro, além de causar prejuízo</p><p>econômico o país.</p><p>O Brasil, por causa do contexto de guerra, necessitava</p><p>aproximar-se da Bolívia, o que ocorreria justamente com a</p><p>aprovação do Tratado de Ayacucho.</p><p>Segundo Gomes, “a Bolívia, por sua vez, concedia um vasto</p><p>território que percorria a margem esquerda do rio Madeira entre</p><p>Calama, a jusante do rio Madeira um povoado de Humaitá, a</p><p>montante do rio Madeira em Vila Murtinho, hoje Vila Nova do</p><p>Mamoré. Antes do tratado a margem esquerda, referente ao trecho</p><p>citado no rio Madeira, era então boliviana. Outra questão importante</p><p>também no tratado era que já se negociava a construção de uma</p><p>ferrovia superando as cachoeiras e corredeiras do Madeira, para o</p><p>transporte e posterior comércio da borracha. A questão da ferrovia</p><p>será ratificada pelo Tratado de Petrópolis em 1903”.</p><p>Entretanto o Tratado de Ayacucho tinha o texto ambíguo e a</p><p>demarcação estabelecida por ele foi controversa. Não ficava definido</p><p>claramente, tampouco nas demarcações que foram feitas, se parte</p><p>da região que compreendia o Acre, ocupada quase que</p><p>exclusivamente por brasileiros, pertencia ao Brasil ou à Bolívia. O</p><p>estabelecimento definitivo do antigo território do Acre, em 1903,</p><p>deu impulso ao desenvolvimento da região, pois justamente esse</p><p>Tratado de Petrópolis obrigava o Brasil a construir a ferrovia</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>Madeira-Mamoré, considerada por diversos historiadores como a</p><p>“mãe” de Rondônia.</p><p>A interpretação do Tratado de Ayacucho, dessa forma, abria</p><p>margem para ambiguidades, e o objeto de discordância entre os</p><p>intérpretes compreendia justamente a região acreana, ocupada por</p><p>brasileiros. Resumidamente, as duas interpretações sobre o Tratado</p><p>eram as seguintes: a primeira, defendia que, a partir da margem</p><p>esquerda da nascente do rio Madeira, tirar-se-ia uma reta inclinada</p><p>ou oblíqua que iria ao encontro da origem principal do rio Javari,</p><p>acima do paralelo 10º20’; a segunda sentenciava que da margem</p><p>esquerda da nascente do rio Madeira correria a fronteira por todo o</p><p>paralelo 10º20’ até encontrar a longitude da nascente do rio Javari,</p><p>onde uma reta deveria seguir, pela mesma longitude, até as origens</p><p>deste último rio. O ponto principal que se deve ter presente é que a</p><p>primeira interpretação, conhecida como a da “linha oblíqua”,</p><p>significava que o território acreano seria da Bolívia, ao passo que a</p><p>segunda, conhecida como a da “linha paralela”, conferia ao Brasil a</p><p>região do Acre.</p><p>Acontece, todavia, que o território do Acre era de propriedade</p><p>da Bolívia desde metade do século XVIII. Existia naquele local uma</p><p>forte procura por látex e isto fez com que os seringueiros do Brasil</p><p>subissem o Rio Purus e iniciassem mais consistentemente o</p><p>povoamento da região. No ano de 1898, o Brasil reconheceu que</p><p>aquele território pertencia à Bolívia, porém os bolivianos não</p><p>haviam povoado o território que possuía difícil acesso.</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>Foi naquele mesmo ano, então, que a Bolívia enviou uma</p><p>missão de ocupação ao Acre, o que causaria uma enorme revolta</p><p>armada dos colonos brasileiros que por lá já estava e que já</p><p>estavam em grande número. A revolta estourou um ano depois,</p><p>contando com o apoio do Amazonas.</p><p>A revolta pressionou os bolivianos, que acabaram sendo</p><p>forçados a se retirar da região, já que os brasileiros eram mais</p><p>numerosos e já estabelecidos na região. Com medo de uma possível</p><p>volta mais forte dos bolivianos, o governador do Amazonas,</p><p>Ramalho Junior, organizou</p><p>e enviou uma missão de exploradores</p><p>que regressaram ao Acre e proclamaram a emancipação da região,</p><p>em julho de 1899, mudando o nome do local para Porto Acre.</p><p>Ao saber da situação, o governo brasileiro reconheceu</p><p>oficialmente a região do Acre como território boliviano e não</p><p>brasileiro, objetivando acabar com essa revolta e evitar um conflito</p><p>ainda mais grave com a Bolívia. Diante dessa situação, o governo</p><p>brasileiro enviou tropas que dissolveram a República do Acre, em</p><p>março de 1900.</p><p>Depois desse episódio, a Bolívia organizou uma pequena</p><p>missão militar de exploração e ocupação da região. Porém, mais</p><p>uma vez, foi impedida pelos brasileiros que ainda permaneciam no</p><p>local. Novamente, os revoltosos do Acre tiveram o apoio do</p><p>governador do Amazonas, que agora era Silvério Neri, que enviou</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>uma nova expedição para a ocupação, denominada como a</p><p>Expedição dos Poetas, onde proclamaram a segunda República do</p><p>Acre, em novembro de 1900.</p><p>Ocorre que, dessa vez, quem reagiu foram as próprias forças</p><p>militares da Bolívia que colocaram fim à autoproclamada República</p><p>do Acre um mês depois. Em 6 de agosto de 1902, um militar</p><p>brasileiro, Plácido de Castro, foi enviado para o Acre pelo</p><p>governador do Estado do Amazonas e iniciou a Revolução Acreana.</p><p>Numa reunião feita em Caquetá, Plácido e os demais insurgentes,</p><p>formando a Junta Revolucionária, elaboraram as bases do futuro</p><p>Estado Independente do Acre, prevendo sua integração no Brasil.</p><p>Os rebeldes tomaram toda a região e implantaram a terceira</p><p>República do Acre, agora com o apoio do atual presidente do Brasil,</p><p>Rodrigues Alves e do seu ministro do Exterior, Barão do Rio Branco.</p><p>A Bolívia mais uma vez buscou reagir por causa da tomada do</p><p>território acreano, mas antes que ocorresse alguma batalha mais</p><p>significativa, o Barão do Rio Branco intermediou diplomaticamente a</p><p>situação, propondo um acordo entre o Brasil e a Bolívia, que ficou</p><p>conhecido como o Tratado de Petrópolis. Ambos os países</p><p>assinaram-no em 1903.</p><p>Pelo tratado, decidiu-se que o Acre seria integrado ao território</p><p>brasileiro e que o Brasil pagaria uma indenização à Bolívia no valor</p><p>de 2 milhões de libras esterlinas, entregaria algumas áreas da</p><p>fronteira do Mato Grosso e se responsabilizaria pela construção de</p><p>==0==</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>uma estrada de ferro que permitisse uma saída da Bolívia para o</p><p>oceano Atlântico (Estrada de Ferro Madeira-Mamoré).</p><p>A ideia da ferrovia, na realidade, nasceu, em 1846, muito</p><p>antes na Bolívia, quando o engenheiro boliviano José Augustin</p><p>Palácios convenceu as autoridades locais de que a melhor saída de</p><p>seu país para o oceano Atlântico seria pela bacia Amazônica. O</p><p>pensamento do engenheiro justificava-se na dificuldade para</p><p>transpor a cordilheira dos Andes e na distância do oceano Pacífico</p><p>dos mercados da Europa e dos EUA. Antes da construção da Estrada</p><p>de Ferro Madeira-Mamoré, houve tentativa de construir uma</p><p>ferrovia, mas que não obteve sucesso diante das dificuldades para</p><p>se realizar tal obra. Vejamos o histórico dessa construção até</p><p>chegarmos à construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.</p><p>Após vários estudos e propostas, no início da década de 1870,</p><p>foram realizadas as primeiras tentativas de construção de uma</p><p>ferrovia que atendesse àqueles objetivos. Em março de 1871, o</p><p>coronel norte-americano George Earl Church, de posse de</p><p>concessões dos governos boliviano e brasileiro, constituiu a Madeira</p><p>& Mamoré Railway Company Limited e contratou a empresa</p><p>britânica Public Works Construction Company para executar a obra.</p><p>O primeiro grupo de engenheiros chegou a Santo Antonio do</p><p>Madeira, que então era apenas um pequeno aglomerado de</p><p>casebres, em julho de 1872. Poucos dias depois, os primeiros</p><p>carregamentos de materiais de construção, equipamentos e</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>operários, trazidos de navio desde os Estados Unidos chegaram ao</p><p>local. A Public Works abandonou o canteiro de obras um ano depois,</p><p>sem conseguir assentar um único metro de trilhos. Em 09 de julho</p><p>de 1873, a PWCC entrou na justiça britânica com um pedido de</p><p>rescisão de contrato e de indenização, alegando entre outras razões</p><p>"condições sub-humanas na região". Basicamente, a MMRC e a</p><p>PWCC foram derrotadas pelo desconhecimento da região e o mau</p><p>planejamento da obra.</p><p>Acontece que a crise financeira que tomou conta dos Estados</p><p>Unidos em 1873 acabou conduzindo os americanos para o que seria</p><p>a primeira grande obra do país em território estrangeiro. Com a</p><p>quebra de bancos, os projetos de ferrovias no país foram</p><p>interrompidos, deixando uma legião de engenheiros e trabalhadores</p><p>desempregados. Quando souberam que a respeitada firma PT</p><p>Collins, dos irmãos Peter e Thomas Collins, fora contratada para</p><p>criar uma ferrovia na Amazônia, 80 mil homens se candidataram a</p><p>uma vaga.</p><p>A empreiteira enfrentou diversos problemas, tais como a</p><p>insalubridade e as doenças, imprevistas e muitas vezes</p><p>desconhecidas; os ataques de indígenas, que defendiam suas terras</p><p>milenares, de invasores que os ignoravam; a conclusão de que os</p><p>custos da obra seriam bem maiores que o originalmente previsto e</p><p>a constatação de que a ferrovia teria extensão significativamente</p><p>maior que a esperada, uma das principais causas do aumento dos</p><p>custos.</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>Diante dessa situação, a construtora norte-americana Dorsay</p><p>& Caldwell assumiu o compromisso de construir mais uma parte da</p><p>linha, mesmo sem receber pagamento, enquanto corria a disputa no</p><p>foro londrino. O primeiro e modesto grupo de trabalhadores chegou</p><p>ao local da obra em janeiro de 1874. Contudo, a comitiva retornou</p><p>poucos dias depois aos EUA, após a primeira morte por doença e</p><p>diante da constatação das dificuldades para empreender a obra.</p><p>Em fevereiro de 1878, a firma norte-americana P & T Collins</p><p>desembarcou em Santo Antonio com mais de 700 toneladas de</p><p>cargas para dar andamento aos trabalhos. A construção teve início</p><p>em meio as já conhecidas dificuldades. Poucos meses depois, ainda</p><p>em de 1878, a primeira locomotiva a trafegar na Amazônia andou</p><p>num trecho de somente 3km de extensão dos quais apenas 800m</p><p>eram definitivos. Mais uma vez, e pelas mesmas razões da</p><p>empreiteira anterior, em agosto de 1879, a P & T Collins paralisou</p><p>oficialmente as obras da ferrovia.</p><p>Três anos depois, conforme vimos, os governos do Brasil e da</p><p>Bolívia assinariam um tratado inicial que possibilitaria a construção</p><p>de uma estrada de ferro ligando o rio Mamoré ao trecho navegável</p><p>do Madeira, inclusive novos estudos foram encomendados pelo</p><p>governo brasileiro.</p><p>Sobre tais estudos, houve duas comissões principais. A</p><p>Comissão Morsing, em 1883, produziu um relatório que depois se</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>mostrou basicamente correto, apesar de inconcluso, uma vez as</p><p>doenças</p><p>praticamente dizimaram a comissão. No ano seguinte, a</p><p>Comissão Pinkas a substituiu e produziu um relatório bem mais</p><p>otimista que o de Morsing, embora tenha sido acusado de tê-lo</p><p>forjado. A grande discrepância entre os dois estudos deu margem a</p><p>severas críticas ao projeto da ferrovia.</p><p>Apesar desses estudos, somente em 1905, e por força do</p><p>Tratado de Petrópolis, que o governo brasileiro abriu concorrência</p><p>pública para a construção da ferrovia, vencida pelo engenheiro</p><p>Joaquim Catramby. O tratado obrigava o Brasil a construir em</p><p>território brasileiro uma ferrovia desde o porto de Santo Antonio, no</p><p>Rio Madeira, até Guajará Mirim, no Mamoré. Ainda segundo o</p><p>Tratado, deveria haver também um ramal que passando por Vila</p><p>Murtinho (ou outro ponto próximo), chegasse a Vila Bela, na Bolívia,</p><p>na confluência dos rios Beni e Mamoré.</p><p>A obra iniciada em 1907 foi concluída em 1912. Mais de vinte</p><p>mil operários trabalharam na obra neste período, registrando-se</p><p>centenas de mortes entre eles. Chegou-se ao ponto, diante das</p><p>condições da região de, em 1908, construir-se o Hospital da</p><p>Candelária, que impressionou o sanitarista Oswaldo Cruz, em visita</p><p>de inspeção à região da obra. As moléstias que mais castigaram os</p><p>operários foram: pneumonia, sarampo, ancilostomíase, beribéri,</p><p>febre amarela e malária.</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>Em 1910, Oswaldo Cruz, médico sanitarista de reputação</p><p>internacional, foi contratado para realizar uma inspeção na região.</p><p>As palavras dele, em carta enviada para a esposa, não deixam</p><p>dúvidas sobre as condições precárias: “não se conhecem pessoas</p><p>nascidas no local: essas morrem todas. A região está de tal modo</p><p>infectada que a população não tem noção do que seja o estado</p><p>hígido e para ela a condição de ser enfermo constitui normalidade”.</p><p>Os operários foram obrigados a tomar doses altas de quinino;</p><p>muitos se recusaram, preferindo o risco de adoecer a ingerir o</p><p>remédio amargo. Em 1912, a obra foi concluída, coincidindo com o</p><p>fim do primeiro ciclo da borracha, o que tornaria a Estrada um</p><p>“elefante branco” em pouquíssimo tempo.</p><p>No início da década de 1930, ocorreram grandes prejuízos que</p><p>resultaram basicamente do declínio do comércio da borracha com os</p><p>produtores da Amazônia e da ausência de novos produtos a</p><p>transportar. Com isso, a Madeira-Mamoré Railway Company</p><p>paralisou o tráfego e a utilização da Estada. Em 1931, Governo</p><p>Federal assumiu o controle total da Estrada de Ferro Madeira</p><p>Mamoré, passando a administrá-la. Durante todo o restante do</p><p>período de operações a ferrovia operou com prejuízos. Foi somente</p><p>em 1972, contudo, após a conclusão da ligação rodoviária entre</p><p>Porto Velho e Guajará Mirim, que a ferrovia foi definitivamente</p><p>desativada.</p><p>Percebemos, desse modo, que a ferrovia que foi construída</p><p>com o propósito principal de escoar a borracha e outros produtos da</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>região amazônica, tanto da Bolívia quanto do Brasil, para os portos</p><p>do Atlântico, e que dizimara milhares de vidas, acabou se</p><p>mostrando, em pouco tempo, não rentável. Isso está relacionado</p><p>com o declínio da borracha (estudaremos os ciclos da borracha nas</p><p>próximas aulas).</p><p>Basicamente podemos apontar duas importantes razões para a</p><p>Estrada ter se tornando dispensável: a queda do preço do látex no</p><p>mercado mundial, inviabilizando o comércio da borracha da</p><p>Amazônia e o fato de que o transporte de outros produtos que</p><p>poderia ser feito pela Madeira-Mamoré foi deslocado para outras</p><p>duas estradas de ferro (uma delas construída no Chile e outra na</p><p>Argentina) e para o Canal do Panamá, que entrou em atividade em</p><p>1914.</p><p>Devemos sempre ter em mente que a ferrovia buscava dar</p><p>vazão principalmente ao látex boliviano. Com a economia da</p><p>borracha em alta na região, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré</p><p>facilitava o transporte de mercadoria e cargas, principalmente a</p><p>borracha para a exportação, mas, com a queda do preço do látex, a</p><p>ferrovia perdia muito de sua importância.</p><p>Além disso, não podemos esquecer que a própria floresta</p><p>amazônica, com seu alto índice de precipitação pluviométrica, se</p><p>encarregou de destruir trechos inteiros dos trilhos, aterros e pontes,</p><p>tomando de volta para si grande parte do trajeto que o homem</p><p>insistira em abrir para construir a Madeira-Mamoré. A ferrovia foi</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>desativada parcialmente na década de 1930 e totalmente em 1972,</p><p>ano em que foi inaugurada a Rodovia Transamazônica (BR-230).</p><p>Atualmente, de um total de 366 quilômetros de extensão, sobraram</p><p>apenas sete quilômetros ativos, que são utilizados para fins</p><p>turísticos.</p><p>Com o segundo ciclo da borracha, o governo brasileiro voltaria</p><p>a se preocupar com o desenvolvimento do Oeste do país. Esse ciclo</p><p>da borracha tem início durante a Segunda Guerra Mundial, quando</p><p>os japoneses ocupam o Pacífico Sul e a Malásia, principal</p><p>exportadora de borracha do mundo naquele período. Com os</p><p>seringais asiáticos ocupados os olhos dos exportadores voltam-se</p><p>novamente para a Amazônia. Assim, o governo brasileiro mobiliza-</p><p>se novamente para reativar a atividade extrativista</p><p>Nesse sentido, em 1943, foi constituído o Território Federal de</p><p>Guaporé, com capital em Porto Velho, com o desmembramento de</p><p>parte de Mato Grosso e do Amazonas. A intenção era justamente</p><p>apoiar de maneira mais direta e consistente a ocupação e o</p><p>desenvolvimento da região. Em 1956, esse território passaria a se</p><p>chamar Rondônia.</p><p>A criação do Território Federal do Guaporé, em 1943, e de</p><p>mais quatro territórios: Iguaçu e Ponta-Porã, no Sul e Centro-</p><p>Oeste; Rio Branco e Amapá, no Norte, representava uma das</p><p>principais metas do governo de Getúlio Vargas. Vargas queria</p><p>incentivar a ocupação nas terras da Amazônia, desenvolver o</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>comércio e firmar a política de expansão nacionalista, base do seu</p><p>governo.</p><p>Essa ação se tornaria possível a partir da assinatura do</p><p>Tratado de Washington, entre o Brasil e o Estados Unidos, durante a</p><p>2ª Guerra Mundial, que seria justamente um marco do início da</p><p>segunda fase do ciclo da borracha, fomentando o desenvolvimento</p><p>econômico e populacional da Amazônia rondoniense.</p><p>Na realidade, é importante lembrar que a Sociedade</p><p>Geográfica, dez anos antes, já havia sido incumbida por Vargas para</p><p>realizar um estudo para a construção de diversos territórios</p><p>federais. Todavia, o estudo não incluía o município de Porto Velho,</p><p>apenas Santo Antônio e Guajará-Mirim. A ação de Aluízio Ferreira,</p><p>durante este mesmo período, foi de grande importância para a</p><p>concretização do ambicioso projeto de Getúlio. Aluízio aproveitou</p><p>uma visita de Getúlio Vargas à região, em 1940, e mostrou-lhe as</p><p>potencialidades econômicas de Porto Velho e a sua importância na</p><p>formação do futuro Território. Aluízio Ferreira enfatizou diversas</p><p>vezes a necessidade de uma nova divisão política do País e</p><p>descrevia os problemas enfrentados nos municípios em virtude da</p><p>ausência política administrativa dos governos estaduais que</p><p>impediam o progresso destas regiões.</p><p>Com sua</p><p>forte atuação para concretizar a instalação do</p><p>Território Federal do Guaporé, Aluizio Ferreira se tornaria um dos</p><p>protagonistas da história da criação de Rondônia. Vargas, inclusive,</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>reconheceu os esforços de Aluizio e o nomeou governador do</p><p>Guaporé, após a criação do Território</p><p>Aloizio Ferreira, na realidade, já realizava reuniões políticas e</p><p>de divulgação para a criação do Guaporé antes da visita de Vargas.</p><p>Ele também tinha realizado diversas visitas de chefes militares à</p><p>região e enviou a Getúlio um pedido de desmembramento dos</p><p>municípios de Guaporé e Guajará-Mirim dos estados do Mato Grosso</p><p>e Amazonas. O pedido foi reforçado por assinaturas de moradores</p><p>de Guajará-Mirim recolhidas pelo diretor da Concessionária da</p><p>Empresa de Navegação do Guaporé, Paulo Cordeiro da Cruz, que</p><p>destacava o desprezo dos governadores dos dois Estados pelos</p><p>municípios de Guajará-Mirim, Santo Antônio do Madeira e Porto</p><p>Velho.</p><p>Interessante situação ocorreu quando Getúlio Vargas</p><p>inaugurou a usina termoelétrica da Estrada de Ferro Madeira-</p><p>Mamoré e o prédio dos Correios e telégrafos, em Porto Velho.</p><p>Aluízio Ferreira e Getúlio Vargas descobriram, nos poucos dias que</p><p>passaram juntos, várias ideias em comum. O presidente reafirmaria</p><p>a Aluízio sua intenção de criar territórios federais nas áreas</p><p>fronteiriças, o que corroborava a política de expansão para o oeste.</p><p>O Território Federal do Guaporé foi criado pelo Decreto-Lei nº.</p><p>5.812, de 13 de setembro de 1943, a partir das áreas</p><p>desmembradas dos estados de Mato Grosso e do Amazonas. Mais</p><p>quatro municípios brasileiros também foram transformados em</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>territórios: Rio Branco e Amapá – no norte, Ponta-Porã e Iguaçu –</p><p>no Sul e Centro Oeste do País. Segundo o texto do Decreto-Lei, o</p><p>Território do Guaporé possuía os seguintes limites:</p><p>- a Noroeste, pelo rio Ituxí até à sua foz no rio Purús e</p><p>por êste descendo até à foz do rio Mucuim;</p><p>- a Nordeste, Leste e Sueste, o rio Curuim, da sua foz no</p><p>rio Purús até o paralelo que passa pela nascente do Igarapé Cuniã,</p><p>continua pelo referido paralelo até alcançar a cabeceira do Igarapé</p><p>Cuniã, descendo por êste até a sua confluência com o rio Madeira, e</p><p>por êste abaixo até à foz do rio Gi-Paranã (ou Machado) subindo até</p><p>à foz do rio Comemoração ou Floriano prossegue subindo por êste</p><p>até à sua, nascente, daí segue pelo divisor de águas do planalto de</p><p>Vilhena, contornando-o até à nascente do rio Cabixi e descendo pelo</p><p>mesmo até à foz no rio Guaporé;</p><p>- ao Sul, Sudoeste e Oeste pelos limites com a República</p><p>da Bolívia, desde a confluência do rio Cabixí no rio Guaporé, até o</p><p>limite entre o Território do Acre e o Estado do Amazonas, por cuja</p><p>linha limítrofe continua até encontrar a margem direita do rio Ituxí,</p><p>ou Iquirí.</p><p>A criação do Território Federal do Guaporé foi um passo</p><p>fundamental para o desenvolvimento de toda a região, pois com</p><p>essa decisão a região passa a ter espaço junto ao Governo Federal,</p><p>e suas reivindicações começariam a serem ouvidas sem</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>atravessadores ou qualquer intermediador. Além disso,</p><p>posteriormente a criação desse território daria origem ao território</p><p>de Rondônia, que depois passaria a ser o Estado de Rondônia.</p><p>Posteriormente, em 17 de fevereiro de 1956, foi aprovada a lei</p><p>que autorizava a mudança do nome do Território Federal do</p><p>Guaporé para Território Federal de Rondônia (vejam que ainda não</p><p>é o Estado de Rondônia, mas sim território federal). O nome do</p><p>novo território era uma referência a Marechal Cândido Mariano</p><p>Rondon, que contribuiu decisivamente para a integração da região</p><p>amazônica ao restante do Brasil.</p><p>O restante dessa história, pessoal, guardaremos para as</p><p>próximas aulas e para os que adquirirem o curso!</p><p>Abraços,</p><p>Rodrigo Barreto</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>2. Questões comentadas</p><p>1. (SEJUS-RO, Funrio - Agente Educador - 2008) Com qual</p><p>país o Estado de Rondônia faz fronteira?</p><p>a) Venezuela.</p><p>b) Chile.</p><p>c) Uruguai.</p><p>d) Paraguai.</p><p>e) Bolívia.</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>Pelo mapa e também diante de tudo o que conversamos,</p><p>vemos que é a Bolívia, que faz fronteira com Rondônia. Letra e.</p><p>2) (IDARON-RO - Funcab - Fiscal de Defesa Sanitária - 2008)</p><p>“Nas palavras e atos do passado jaz oculto um tesouro que o</p><p>homem pode utilizar para fortalecer e elevar o seu próprio</p><p>caráter. O estudo do passado não deve se limitar a um mero</p><p>conhecimento da história, mas deve, através da aplicação</p><p>desse conhecimento, procurar dar atualidade ao passado.”</p><p>(I Ching, livro-base milenar chinesa).</p><p>Procurando “dar atualidade ao mapa” (abaixo), Portugal e</p><p>Espanha ao “partilharem” o Novo Mundo entre ambas as</p><p>Coroas, celebraram o Tratado de Tordesilhas (1494).</p><p>Conforme o acordo, coube a Portugal as terras situadas a</p><p>leste daquela linha imaginária e à Espanha, as situadas além</p><p>dela. Até que, com a União Ibérica (1580 - 1640), os</p><p>bandeirantes chegaram às terras que hoje formam Rondônia.</p><p>A importância da região Amazônica tornava-se cada vez</p><p>maior, pois a facilidade de penetração no território, por meio</p><p>de seus rios, permitia a ligação com as colônias espanholas.</p><p>Era necessário, no entanto, evitar que a região ficasse aberta</p><p>aos estrangeiros.</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>Assinale a alternativa correta:</p><p>a) o governo da União Ibérica (1621) criou o estado do</p><p>Maranhão e Grão-Pará para inibir a ação de estrangeiros;</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>b) o novo governo unificado criou, em 1621, o estado do</p><p>Grão-Pará para garantir a posse dessas terras;</p><p>c) para evitar a presença estrangeira na região, a União</p><p>Ibérica, em1621, criou o estado do Maranhão;</p><p>d) como forma de repelir a presença estrangeira na região,</p><p>o novo governo criou, em 1621, o estado de Grão-Pará e</p><p>Amazonas;</p><p>e) com o objetivo de evitar a ação de piratas estrangeiros</p><p>na Amazônia, em 1621, o governo da União Ibérica criou os</p><p>estados do Amazonas e Maranhão.</p><p>A fundação do Estado do Grão-Pará e Maranhão ocorreu, em</p><p>31 de julho de 1751, transferindo a capital para Belém. Em 1753, o</p><p>novo estado foi dividido em quatro capitanias: Capitania do Grão-</p><p>Pará, Capitania do São José do Rio Negro, Capitania do Maranhão e</p><p>Capitania do Piauí. Cada um com seu governador que continuava</p><p>submetido ao Governador-Geral e Capitão-Geral do Estado do Grão-</p><p>Pará e Maranhão. Essa quatro capitanias, em 1772, formara dois</p><p>estados que compunham o Estado do Grão-Pará e Maranhão, o</p><p>primeiro estado foi composto pela Capitania do Grão-Pará e</p><p>Capitania do São José do RIo Negro, com a capital em Belém; e o</p><p>segundo estado foi composto pela Capitania do Maranhão e</p><p>Capitania do Piauí, com capital em São Luís.</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>A ideia da criação desse Estado era justamente impedir a</p><p>ocupação estrangeira, resguardando o território. Nesse sentido,</p><p>eram estratégias importantes da Coroa portuguesa a construção de</p><p>fortes, as missões indígenas, as bandeiras, enfim, tudo aquilo que</p><p>fosse formas de povoamento e de proteção. A criação do estado do</p><p>Maranhão e Grão-Pará é assim justificada. Letra a.</p><p>3) (SESAU-RO - Funcab - Assistente Administrativo - 2009)</p><p>A ocupação portuguesa na Amazônia teve início em 1616</p><p>com a fundação do Forte do Presépio. No entanto, os</p><p>primeiros núcleos de povoamento em terras que seriam o</p><p>futuro Estado de Rondônia se deram:</p><p>a) pela colaboração dos indígenas da região;</p><p>b) devido ao fácil acesso pelos rios da região;</p><p>c) através das missões religiosas dos séculos XVII e XVIII;</p><p>d) com o empenho dos espanhóis em colonizar a região;</p><p>e) pelo declínio da resistência indígena.</p><p>O Forte do Presépio, localizado às margens da baia do</p><p>Guajará, marca o início da colonização da atual área do Pará e</p><p>também a colonização da Amazônia. Entretanto, devemos marcar</p><p>duas situações fundamentais na colonização do atual Estado de</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>Rondônia: as missões religiosas e as bandeiras. As missões</p><p>religiosas na Amazônia pretendiam catequizar os índios da região e</p><p>ampliar a presença de Portugal e da Igreja. Letra c.</p><p>4) (SEJUS-RO - Funrio - Agente Educador - 2008) O primeiro</p><p>núcleo colonial português na região da Amazônia se</p><p>estabeleceu no século:</p><p>a) XIV.</p><p>b) XV.</p><p>c) XVII.</p><p>d) XX.</p><p>e) XXI.</p><p>A colonização portuguesa na Amazônia começa no século XVII.</p><p>Nesse período, a ocupação portuguesa foi lenta, uma vez que</p><p>existiam poucas pessoas no reino de Portugal para vir ao Brasil e</p><p>muito menos para ir à Amazônia.</p><p>No século XVII, começou a ser ocupada o território do</p><p>Amazonas. Holandeses, ingleses e franceses disputaram as terras</p><p>invadindo a explorando o delta do rio comercializando com os</p><p>nativos, como se fossem donos da região.</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>Em 1616, Francisco Caldeira Castelo Branco comandou uma</p><p>expedição, expulsou os franceses do Maranhão e avançou para o</p><p>norte, fundando o Forte do Presépio que se tornou o núcleo de</p><p>origem da povoação de Belém e base de operações dos portugueses</p><p>contra os estrangeiros. Letra c.</p><p>5) (SEJUS-RO - Funrio - Agente Educador – 2008 - adaptada)</p><p>Quem foi o presidente da república que sancionou a lei que</p><p>criou legalmente o Território Federal de Rondônia?</p><p>a) Getúlio Vargas.</p><p>b) Fernando Henrique Cardoso.</p><p>c) Juscelino Kubistchek</p><p>d) João Baptista Figueiredo.</p><p>e) Jânio Quadros.</p><p>Quem sancionou a lei que mudou o nome do Território Federal</p><p>de Guaporé para Rondônia foi Juscelino Kubistchek. Letra c.</p><p>6) (SEJUS-RO - Funrio - Agente Educador - 2008) Com</p><p>relação à ocupação da região amazônica, é correto afirmar</p><p>que a década e o principal motivo das preocupações do</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>governo brasileiro terem se agravado foram,</p><p>respectivamente:</p><p>a) 1930, pois houve uma queda na exportação da</p><p>borracha, importante produto da região.</p><p>b) 1960, pela renúncia de Jânio Quadros e as repercussões</p><p>na política nacional.</p><p>c) 1970, em função de uma possível invasão americana e</p><p>receio de uma guerra civil.</p><p>d) 1980, pela criação do Estado de Rondônia e a</p><p>manutenção das áreas fronteiriças.</p><p>e) 1990, em função da elevação da taxa de juros que</p><p>afetou as exportações.</p><p>Em 1930, ocorria uma vertiginosa queda do primeiro ciclo da</p><p>borracha. Isso trouxe preocupações para o governo brasileiro, uma</p><p>vez que esse era o principal produto da região e motivo para o</p><p>desenvolvimento e ocupação dela. Letra a.</p><p>7) (FUNCAB – 2010 – Procurador – Autárquico) Porto Velho</p><p>nasceu em 1907, como “porto velho dos militares”,</p><p>referência a uma guarnição que acampara no local em uma</p><p>das guerras que ocorreram durante a segunda metade do</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>século XIX, entre as nações do continente. Mais tarde, a</p><p>região passou a ser usada para descarregar material para</p><p>construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré. O conflito</p><p>continental a que o texto faz referência foi:</p><p>a) Guerra do Pacífico.</p><p>b) Guerra do Paraguai.</p><p>c) Guerra do Chaco.</p><p>d) Guerra da Cisplatina.</p><p>e) Guerra dos Farrapos.</p><p>As dificuldades de construção e operação de um porto fluvial,</p><p>em frente às pedras da cachoeira de Santo Antônio, fizeram com</p><p>que construtores e armadores utilizassem um porto próximo. Era</p><p>chamado por alguns de "porto velho dos militares" fazendo</p><p>referência a um ponto de apoio e estratégico deixado pelo exército</p><p>brasileiro durante a Guerra do Paraguai. Posteriormente, esse nome</p><p>daria origem ao nome da cidade de Porto Velho. Letra b.</p><p>8) (FUNCAB – 2010 – DER-RO/Analista de Sistemas) É</p><p>possível detectar algumas fases bem definidas na história da</p><p>ocupação humana na Amazônia Brasileira. Após um longo</p><p>período pré-histórico, que se desenvolveu por alguns</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>milênios – envolvendo grupos étnicos e linguísticos vindos</p><p>por rotas complexas – sucederam-se três modelos históricos</p><p>de apropriação e utilização dos espaços regionais.</p><p>Em relação ao estado de Rondônia, a sequência correta é:</p><p>a) extração de madeiras nobres / extração da borracha /</p><p>garimpos em floramentos cristalinos e extração de</p><p>diamantes.</p><p>b) exploração do ouro e diamantes / extração de madeiras /</p><p>implantação de núcleos de povoamento.</p><p>c) exploração de pedras preciosas / extração da borracha /</p><p>implantação de núcleos de colonização.</p><p>d) coleta de drogas do sertão / exploração de ouro e</p><p>diamantes / abertura de rodovias de penetração.</p><p>e) exploração do ouro e diamantes / extração da borracha /</p><p>implantação de agrovilas ao longo das rodovias de</p><p>penetração.</p><p>A primeira fase econômica diz respeito à exploração</p><p>mineradora do século XVII e XVIII. Posteriormente, temos os dois</p><p>ciclos da borracha e, mais recentemente, surgem as agrovilas em</p><p>razão da agropecuária. Letra e.</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>34 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>9) (Funcab – 2010 – DER-RO - Analista de Sistemas) O</p><p>início da exploração da borracha amazônica foi próspero,</p><p>mas a bonança durou pouco. Em 1912, a produção atingia o</p><p>pico de 42 mil toneladas. A borracha representava 40% de</p><p>todas as exportações nacionais. Em um segundo momento,</p><p>entre 1942 e 1945, a borracha teve uma sobrevida que não</p><p>foi com a mesma pujança do início do século, e logo voltou a</p><p>perder em expressão no cenário econômico nacional. Nas</p><p>duas fases mais expressivas da produção, um fator apontado</p><p>abaixo pode ser considerado como responsável pelo declínio</p><p>da borracha brasileira:</p><p>a) falta de crédito à extração e ao beneficiamento do látex.</p><p>b) precariedade da mão de obra usada pelos seringueiros.</p><p>c) dificuldade para escoar a produção até o porto de Belém.</p><p>d) concorrência da borracha produzida pelos asiáticos.</p><p>e) população indígena dificultava o acesso aos seringais.</p><p>No início do século XX, o mercado asiático se tornou o principal</p><p>produtor de borracha no mundo, o que fez com que a produção</p><p>brasileira entrasse em declínio. Letra d.</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>10) (FCC – 2010 – TCE-RO – Auditor) Considere o seguinte</p><p>texto que apresenta o compromisso do governo brasileiro</p><p>para a construção da ferrovia Madeira-Mamoré:</p><p>Artigo VII</p><p>Os Estados Unidos do Brasil obrigam-se a construir em</p><p>território brasileiro, por si ou por empresa particular, uma</p><p>ferrovia desde o porto de Santo Antônio, no rio Madeira, até</p><p>Guajará-Mirim, no Mamoré, com um ramal que, passando por</p><p>Vila-Murtinho ou em outro ponto próximo (Estado de Mato-</p><p>Grosso), chegue a Villa-Bella (Bolívia), na confluência do</p><p>Beni e do Mamoré. Dessa ferrovia, que o Brasil se esforçará</p><p>por concluir no prazo de quatro anos, usarão ambos os</p><p>países com direito às mesmas franquezas e tarifas.</p><p>(http://www2.mre.gov.br/dai/b_boli_11_927.htm)</p><p>O artigo foi retirado do Tratado de:</p><p>a) Santo Ildefonso, de 1894.</p><p>b) Petrópolis, de 1915.</p><p>c) Badajoz, de 1907.</p><p>d) Petrópolis, de 1903.</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>e) Santo Ildefonso, de 1905.</p><p>O tratado que garante a construção da Estrada é o de</p><p>Petrópolis. A questão se torna, portanto, saber qual foi o ano de</p><p>assinatura do tratado. Então, decorem: 1903.</p><p>3. Lista de questões</p><p>1. (SEJUS-RO, Funrio - Agente Educador - 2008) Com qual</p><p>país o Estado de Rondônia faz fronteira?</p><p>a) Venezuela.</p><p>b) Chile.</p><p>c) Uruguai.</p><p>d) Paraguai.</p><p>e) Bolívia.</p><p>2) (IDARON-RO - Funcab - Fiscal de Defesa Sanitária - 2008)</p><p>“Nas palavras e atos do passado jaz oculto um tesouro que o</p><p>homem pode utilizar para fortalecer e elevar o seu próprio</p><p>caráter. O estudo do passado não deve se limitar a um mero</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>conhecimento da história, mas deve, através da aplicação</p><p>desse conhecimento, procurar dar atualidade ao passado.”</p><p>(I Ching, livro-base milenar chinesa).</p><p>Procurando “dar atualidade ao mapa” (abaixo), Portugal e</p><p>Espanha ao “partilharem” o Novo Mundo entre ambas as</p><p>Coroas, celebraram o Tratado de Tordesilhas (1494).</p><p>Conforme o acordo, coube a Portugal as terras situadas a</p><p>leste daquela linha imaginária e à Espanha, as situadas além</p><p>dela. Até que, com a União Ibérica (1580 - 1640), os</p><p>bandeirantes chegaram às terras que hoje formam Rondônia.</p><p>A importância da região Amazônica tornava-se cada vez</p><p>maior, pois a facilidade de penetração no território, por meio</p><p>de seus rios, permitia a ligação com as colônias espanholas.</p><p>Era necessário, no entanto, evitar que a região ficasse aberta</p><p>aos estrangeiros.</p><p>Assinale a alternativa correta:</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>a) o governo da União Ibérica (1621) criou o estado do</p><p>Maranhão e Grão-Pará para inibir a ação de estrangeiros;</p><p>b) o novo governo unificado criou, em 1621, o estado do</p><p>Grão-Pará para garantir a posse dessas terras;</p><p>c) para evitar a presença estrangeira na região, a União</p><p>Ibérica, em1621, criou o estado do Maranhão;</p><p>d) como forma de repelir a presença estrangeira na região,</p><p>o novo governo criou, em 1621, o estado de Grão-Pará e</p><p>Amazonas;</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>e) com o objetivo de evitar a ação de piratas estrangeiros</p><p>na Amazônia, em 1621, o governo da União Ibérica criou os</p><p>estados do Amazonas e Maranhão.</p><p>3) (SESAU-RO, Funcab - Assistente Administrativo - 2009) A</p><p>ocupação portuguesa na Amazônia teve início em 1616 com a</p><p>fundação do Forte do Presépio. No entanto, os primeiros</p><p>núcleos de povoamento em terras que seriam o futuro Estado</p><p>de Rondônia se deram:</p><p>a) pela colaboração dos indígenas da região;</p><p>b) devido ao fácil acesso pelos rios da região;</p><p>c) através das missões religiosas dos séculos XVII e XVIII;</p><p>d) com o empenho dos espanhóis em colonizar a região;</p><p>e) pelo declínio da resistência indígena.</p><p>4) (SEJUS-RO, Funrio - Agente Educador - 2008) O primeiro</p><p>núcleo colonial português na região da Amazônia se</p><p>estabeleceu no século:</p><p>a) XIV.</p><p>b) XV.</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>c) XVII.</p><p>d) XX.</p><p>e) XXI.</p><p>5) (SEJUS-RO, Funrio - Agente Educador – 2008 - adaptada)</p><p>Quem foi o presidente da república que sancionou a lei que</p><p>criou legalmente o Território Federal de Rondônia?</p><p>a) Getúlio Vargas.</p><p>b) Fernando Henrique Cardoso.</p><p>c) Juscelino Kubistchek.</p><p>d) João Baptista Figueiredo.</p><p>e) Jânio Quadros.</p><p>6) (SEJUS-RO, Funrio - Agente Educador - 2008) Com</p><p>relação à ocupação da região amazônica, é correto afirmar</p><p>que a década e o principal motivo das preocupações do</p><p>governo brasileiro terem se agravado foram,</p><p>respectivamente:</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>a) 1930, pois houve uma queda na exportação da</p><p>borracha, importante produto da região.</p><p>b) 1960, pela renúncia de Jânio Quadros e as repercussões</p><p>na política nacional.</p><p>c) 1970, em função de uma possível invasão americana e</p><p>receio de uma guerra civil.</p><p>d) 1980, pela criação do Estado de Rondônia e a</p><p>manutenção das áreas fronteiriças.</p><p>e) 1990, em função da elevação da taxa de juros que</p><p>afetou as exportações.</p><p>7) (FUNCAB – 2010 – Procurador – Autárquico) Porto Velho</p><p>nasceu em 1907, como “porto velho dos militares”,</p><p>referência a uma guarnição que acampara no local em uma</p><p>das guerras</p><p>que ocorreram durante a segunda metade do</p><p>século XIX, entre as nações do continente. Mais tarde, a</p><p>região passou a ser usada para descarregar material para</p><p>construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré. O conflito</p><p>continental a que o texto faz referência foi:</p><p>a) Guerra do Pacífico.</p><p>b) Guerra do Paraguai.</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>c) Guerra do Chaco.</p><p>d) Guerra da Cisplatina.</p><p>e) Guerra dos Farrapos.</p><p>8) (FUNCAB – 2010 – DER-RO/Analista de Sistemas) É</p><p>possível detectar algumas fases bem definidas na história da</p><p>ocupação humana na Amazônia Brasileira. Após um longo</p><p>período pré-histórico, que se desenvolveu por alguns</p><p>milênios – envolvendo grupos étnicos e linguísticos vindos</p><p>por rotas complexas – sucederam-se três modelos históricos</p><p>de apropriação e utilização dos espaços regionais.</p><p>Em relação ao estado de Rondônia, a sequência correta é:</p><p>a) extração de madeiras nobres / extração da borracha /</p><p>garimpos em floramentos cristalinos e extração de</p><p>diamantes.</p><p>b) exploração do ouro e diamantes / extração de madeiras /</p><p>implantação de núcleos de povoamento.</p><p>c) exploração de pedras preciosas / extração da borracha /</p><p>implantação de núcleos de colonização.</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>d) coleta de drogas do sertão / exploração de ouro e</p><p>diamantes / abertura de rodovias de penetração.</p><p>e) exploração do ouro e diamantes / extração da borracha /</p><p>implantação de agrovilas ao longo das rodovias de</p><p>penetração.</p><p>9) FUNCAB – 2010 – DER-RO/Analista de Sistemas)O início</p><p>da exploração da borracha amazônica foi próspero, mas a</p><p>bonança durou pouco. Em 1912, a produção atingia o pico de</p><p>42 mil toneladas. A borracha representava 40% de todas as</p><p>exportações nacionais. Em um segundo momento, entre</p><p>1942 e 1945, a borracha teve uma sobrevida que não foi com</p><p>a mesma pujança do início do século, e logo voltou a perder</p><p>em expressão no cenário econômico nacional. Nas duas fases</p><p>mais expressivas da produção, um fator apontado abaixo</p><p>pode ser considerado como responsável pelo declínio da</p><p>borracha brasileira:</p><p>a) falta de crédito à extração e ao beneficiamento do látex.</p><p>b) precariedade da mão de obra usada pelos seringueiros.</p><p>c) dificuldade para escoar a produção até o porto de Belém.</p><p>d) concorrência da borracha produzida pelos asiáticos.</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>e) população indígena dificultava o acesso aos seringais.</p><p>10) (FCC – 2010 – TCE-RO – Auditor) Considere o seguinte</p><p>texto que apresenta o compromisso do governo brasileiro</p><p>para a construção da ferrovia Madeira-Mamoré:</p><p>Artigo VII</p><p>Os Estados Unidos do Brasil obrigam-se a construir em</p><p>território brasileiro, por si ou por empresa particular, uma</p><p>ferrovia desde o porto de Santo Antônio, no rio Madeira, até</p><p>Guajará-Mirim, no Mamoré, com um ramal que, passando por</p><p>Vila-Murtinho ou em outro ponto próximo (Estado de Mato-</p><p>Grosso), chegue a Villa-Bella (Bolívia), na confluência do</p><p>Beni e do Mamoré. Dessa ferrovia, que o Brasil se esforçará</p><p>por concluir no prazo de quatro anos, usarão ambos os</p><p>países com direito às mesmas franquezas e tarifas.</p><p>(http://www2.mre.gov.br/dai/b_boli_11_927.htm)</p><p>O artigo foi retirado do Tratado de:</p><p>a) Santo Ildefonso, de 1894.</p><p>b) Petrópolis, de 1915.</p><p>c) Badajoz, de 1907.</p><p>profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 45</p><p>Geografia e História de Rondônia para TJRO</p><p>Teoria e exercícios</p><p>Prof. Rodrigo Barreto ʹ Aula 00</p><p>d) Petrópolis, de 1903.</p><p>e) Santo Ildefonso, de 1905.</p><p>4. Gabarito</p><p>1 - E 2 - A 3 - C 4 - C 5 – A</p><p>6 – A 7 – B 8 – E 9 - D 10 – D</p>

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