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<p>INFORME-NET DTA Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo</p><p>Centro de Vigilância Epidemiológica - CVE</p><p>MANUAL DAS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS</p><p>STRONGYLOIDES SPP./ESTRONGILOIDÍASE</p><p>__________________________________________________________________</p><p>1. Descrição da doença - doença freqüentemente assintomática, porém, no</p><p>quadro agudo possui manifestações clínicas como dermatite transitória quando</p><p>as larvas do parasita penetram na pele; o parasita pode se alojar na mucosa</p><p>intestinal causando sintomas abdominais. No quadro crônico da doença os</p><p>sintomas podem ser graves ou leves, dependendo da intensidade da infecção.</p><p>Entre os sintomas principais incluem: dor abdominal, diarréia e urticária.</p><p>Podem aparecer também náusea, vômito, perda de peso e debilidade.</p><p>2. Agente etiológico - os nematóides Strongyloides stercoralis e S. fuelleborni.</p><p>Ciclo de vida:</p><p>Ciclo parasitário: as larvas filiformes em solo contaminado penetram na pele</p><p>humana, são transportados até o pulmão onde penetram no espaço alveolar.</p><p>São transportados pela árvore brônquica até a faringe, sofrem deglutição e</p><p>chegam no intestino, onde se transformam em fêmeas adultas. As fêmeas</p><p>vivem na luz intestinal e por partenogênese produzem ovos, que se</p><p>transformam em larvas rabdiformes. Estas larvas podem ser liberadas nas</p><p>fezes ou causar autoinfecção. Na autoinfecção, a larva rabditiforme se</p><p>transforma em larvas filiformes infectantes que penetram na mucosa intestinal</p><p>ou na pele da região perianal. Em ambos os casos a larva filiforme segue a</p><p>rota descrita anteriormente.</p><p>Ciclo no ambiente: A larva rabiditiforme liberada nas fezes se diferencia duas</p><p>vezes e se transforma em larva filiforme infectante ou se diferencia quatro</p><p>vezes e se transforma em machos e fêmeas adultos livres, ambos produzindo</p><p>larvas rabiditiformes. Estas últimas, podem se desenvolver em novos adultos</p><p>livres, ou em larvas infectantes. A larva filiforme penetra no hospedeiro</p><p>humano através da pele e inicia o ciclo parasitário.</p><p>3. Ocorrência - a estrongiloidíase têm sido relatada nas zonas tropicais e</p><p>temperadas, com maior freqüência nas regiões quentes e úmidas. Pode</p><p>prevalecer em instituições onde a higiene pessoal é inadequada. A presença de</p><p>S. fuelleborni só é notificado na África e Papoa Nova Guiné.</p><p>4. Reservatório - os seres humanos, os cães, gatos e os primatas são</p><p>reservatórios da doença.</p><p>5. Período de incubação - período de incubação está relacionado desde a</p><p>penetração da larva na pele até o aparecimento destas nas fezes, o que ocorre</p><p>em cerca de 2 semanas. O período médio do aparecimento dos primeiros</p><p>sintomas é impreciso e variável .</p><p>6. Modo de transmissão - as larvas infectantes que se desenvolvem nas fezes e</p><p>na terra úmida contaminada com excrementos penetram na pele do</p><p>hospedeiro.</p><p>7. Susceptibilidade e resistência – a susceptibilidade é universal. Têm-se</p><p>demonstrado imunidade adquirida nos animais de laboratório, porém</p><p>resistência não foi relatada nos seres humanos. Os pacientes com câncer e que</p><p>recebam tratamento imunossupressor são mais suscetíveis à disseminação.</p><p>8. Conduta médica e diagnóstico - o diagnóstico se faz pela identificação das</p><p>larvas móveis em amostras de fezes colhidas recentemente. As fezes se</p><p>conservam em temperatura ambiente durante 24 horas, e podem mostrar</p><p>algumas fases do desenvolvimento do parasita, que incluem as larvas</p><p>filariformes (infecciosas), que devem ser diferenciadas das espécies</p><p>anquilóstoma e dos adultos livres.</p><p>9. Tratamento - o tratamento deve ser feito com tiabendazol e também com</p><p>albendazol, independente do número de helmintos. Em certas ocasiões é</p><p>necessário repetir o tratamento várias vezes.</p><p>10. Medidas de controle - 1) medidas preventivas – disposição sanitária das</p><p>fezes e hábitos higiênicos rógidos, inclusive uso de sapatos em áreas</p><p>endêmicas. a infecção é prevenida pela eliminação das fezes dos seres</p><p>humanos através de medidas sanitárias, como por exemplo, pelo comprimento</p><p>rígido dos hábitos higiênicos. Deve-se excluir a possibilidade de</p><p>estrongiloidíase antes do emprego de tratamento imunossupressor. Examinar e</p><p>tratar cães e gatos infectados, que mantenham contato com os seres humanos.</p><p>2) medidas em epidemia – não aplicáveis, pois, trata-se de uma enfermidade</p><p>esporádica.</p><p>11. Bibliografia consultada e para saber mais sobre a doença -</p><p>1. CDC/ATLANTA/USA. DPDx. Strongyloides Infection. In: Search,</p><p>http://www.cdc.gov/dpdx</p><p>2. BENENSON, AS. El Control de las enfermidades transmisibles en el</p><p>hombre. 15º ed. Washington, DC: Informe oficial de la Asociación</p><p>Estadounidense de Salud Pública,1992: 652 205.</p><p>Texto organizado por Danilo de Souza Maltez - aluno de Medicina Veterinária da</p><p>Faculdade Metodista, estagiário voluntário na Divisão de Doenças de Transmissão</p><p>Hídrica e Alimentar, ano 2002.</p>

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