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<p>LUIZA C. DE MAGALHÃES (RA: F19IBE0)</p><p>ISABELLE V. H. OLIVEIRA (RA: N5927G9)</p><p>RELATÓRIO VISITA TÉCNICA</p><p>RIBEIRÃO PRETO</p><p>2024</p><p>Universidade Paulista – Campus Vargas</p><p>Técnicas retrospectivas – Projeto</p><p>Discente: Tatiana Gaspar</p><p>1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3</p><p>2. CASA DA MEMORIA ITALIANA .......................................................................... 3</p><p>3. PALACETE 1922 ................................................................................................. 8</p><p>4. PALACETE CAMILO DE MATTOS .................................................................... 12</p><p>5. BIBLIOTECA SINHÁ JUNQUEIRA .................................................................... 14</p><p>3</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>No dia 02 de março de 2024, a professora Tatiana Gaspar programou quatro visi-</p><p>tas técnicas para os alunos do 9º período de Arquitetura e Urbanismo, com o objetivo de</p><p>explorar as técnicas retrospectivas e analisar as edificações.</p><p>As visitas foram realizadas no Centro da cidade de Ribeirão Preto, começando</p><p>pela Casa da Memória Italiana, seguida pelo Palacete 1922, pelo Palacete Camilo de Matos</p><p>e finalizando na Biblioteca Sinhá Junqueira.</p><p>O foco da análise escolhido foi o uso atual das edificações, buscando compreen-</p><p>der os restauros e modificações realizados em cada uma delas. Além disso, a atividade pro-</p><p>porcionou a oportunidade de conhecer de perto a arquitetura histórica e suas contribuições</p><p>para a preservação do patrimônio cultural da região.</p><p>2. CASA DA MEMORIA ITALIANA</p><p>A Casa da Memória Italiana em Ribeirão Preto é um local de extrema importância</p><p>para a preservação da cultura e tradição italiana na cidade. O espaço, localizado no centro,</p><p>foi construído entre 1923 e 1925 e pertenceu à família Biagi, imigrantes italianos que se esta-</p><p>beleceram na região. A tipologia residencial reflete características arquitetônicas que estão</p><p>associadas ao pensamento burguês, atendendo aos desejos da elite local por uma sociedade</p><p>moderna em termos comportamentais e estéticos. Os palacetes, muito populares na época</p><p>de sua construção, são um exemplo visível desse aspecto social.</p><p>O edifício nunca sofreu nenhum tipo de restauro, foram feitas apenas manuten-</p><p>ções para preservar as características arquitetônicas originais da casa, como os belos azule-</p><p>jos portugueses e os vitrais coloridos que adornam as janelas. Além disso, o espaço foi ade-</p><p>quado para receber exposições, eventos e oficinas culturais, tornando-se um centro dinâmico</p><p>de difusão da cultura italiana em Ribeirão Preto.</p><p>Atualmente, a Casa da Memória Italiana abriga um valioso acervo de documentos,</p><p>fotografias, objetos e memórias da imigração italiana na cidade. Este acervo contribui para a</p><p>preservação e divulgação da história dos imigrantes italianos e de sua influência na constru-</p><p>ção de Ribeirão Preto. Além disso, o espaço promove diversas atividades culturais e educati-</p><p>vas, como exposições temporárias, palestras e eventos relacionados à cultura italiana e à</p><p>história da imigração no Brasil.</p><p>4</p><p>Como centro cultural, a Casa da Memória Italiana desempenha um papel funda-</p><p>mental na preservação e valorização da cultura italiana na cidade. O espaço se tornou um</p><p>símbolo de respeito e reconhecimento à contribuição dos imigrantes italianos para o desen-</p><p>volvimento da região.</p><p>Atualmente a edificação é utilizada como Museu, sendo parte de um conjunto re-</p><p>presentativo de edifícios das primeiras décadas do século vinte da cidade, como também do</p><p>interior de todo o Estado de São Paulo e sua arquitetura de tipologia eclética tem, como refe-</p><p>rência, o neocolonial simplificado, sendo um representante dos signos e influências da mo-</p><p>dernidade no ideário arquitetônico dos projetos de palacete paulista. O imóvel, que nunca</p><p>sofreu uma intervenção ou reforma que descaracterizou as suas feições originais, preserva a</p><p>disposição dos cômodos e espaços interiores, de modo que serve como exemplo dos hábitos</p><p>de morar e materiais construtivos desse período.</p><p>Podemos dizer que, dado esses fatores, a Casa da Memória ostenta uma “perso-</p><p>nalidade ou autenticidade documental”, já que os objetos ali presentes mantêm relação signi-</p><p>ficativa com os usos e ocupação do imóvel ao longo das décadas, denotando um caráter de</p><p>autenticidade entre seu “equipamento original intocado e todo relacionado entre si do modo</p><p>mais espontâneo possível”, quebrando com a “artificialidade fria e estática” das reconstruções</p><p>museológicas mais usuais (LEMOS, 2006, p. 17).</p><p>O imóvel que hoje abriga o Museu Casa da Memória Italiana apresenta uma tipo-</p><p>logia residencial e características arquitetônicas diretamente ligadas a esse ideário, ou seja,</p><p>insere-se no contexto dos projetos de palacete em voga no período de sua edificação, mais</p><p>especificamente entre os anos de 1923 a 1925. Por meio da produção historiográfica da ar-</p><p>quitetura paulista, foi possível verificar que a residência em questão apresenta uma tipologia</p><p>arquitetônica híbrida, logo, eclética (LEMOS, 1989, 1987, 1999; WOLFF, 2001; HOMEM,</p><p>2010).</p><p>O Museu Casa da Memória Italiana apresenta, de forma clara, essa tripartição</p><p>programática independente, com característica burguesa de filiação francesa: social, íntimo e</p><p>serviços, contemplando a circulação através do hall (vestíbulo) e de entradas distintas, a so-</p><p>cial e a de serviços. Dando continuidade à apresentação da tipologia arquitetônica desse pa-</p><p>lacete eclético – aprofundamo-nos mais sobre o hibridismo próprio do Ecletismo.</p><p>De acordo com o Dossiê de Tombamento é feita uma rotina de conservação pre-</p><p>ventiva, sendo elas:</p><p>5</p><p> PISOS - Todos os pisos de madeira no térreo e pavimento superior da residência e do</p><p>piso térreo da garagem são de Ipê. Seu enceramento é realizado a cada trinta dias</p><p>com cera em pasta da marca Inglesa, com acabamento por meio de enceradeira elé-</p><p>trica. Sua limpeza é realizada a cada quinze dias.</p><p> FORROS - Todos os forros da residência, da garagem e dos quartos dos empregados</p><p>foram feitos na técnica de estuque. Já os forros da área de funcionários, café e os</p><p>novos banheiros são de madeira cedrinho. Sua inspeção é realizada diariamente e</p><p>sua limpeza feita em caso de necessidade.</p><p> COBERTURA – A manutenção da cobertura é realizada anualmente.</p><p> TELHAS - Todas as telhas da residência, das duas varandas laterais, da edícula e da</p><p>área de serviço (café) são em cerâmica tipo francesa e originais. Já as telhas dos dois</p><p>novos banheiros (adição do tempo) não são originais, mas sim em cerâmica tipo fran-</p><p>cesa. Sua manutenção é realizada anualmente.</p><p> ESCADAS - A única escada de madeira existente na casa é de Ipê. Sua inspeção e</p><p>limpeza são realizadas semanalmente.</p><p> BATENTES - Somente os batentes das portas de acesso externo à cozinha foram</p><p>trocados, devido às intempéries, tendo sido utilizado o mesmo tipo de madeira. Sua</p><p>inspeção e limpeza são realizadas a cada dois meses.</p><p> JANELAS E PORTAS - Todas as folhas de madeira de portas e janelas do conjunto</p><p>arquitetônico são de Cedro. Sua inspeção e limpeza são realizadas a cada dois meses.</p><p> PINTURA EXTERNA - Todo o conjunto arquitetônico recebeu uma repintura de látex</p><p>na cor Palha em 2020. Esse processo é realizado a cada seis meses.</p><p> PINTURA JANELAS E PORTAS - Todas as folhas de madeira das janelas e portas do</p><p>conjunto arquitetônico foram repintadas em sua face interna em 2014 e, na face ex-</p><p>terna, em 2020, com esmalte sintético na cor Verde Colonial. A manutenção das jane-</p><p>las e portas é realizada anualmente.</p><p> JARDIM – Sua manutenção é realizada mensalmente.</p><p> GRADIL DE FERRO FRONTAL – Sua manutenção é realizada a cada quatro anos.</p><p> INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – diariamente – inspeção profunda em 2020.</p><p> INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS - diariamente – inspeção profunda em 2020.</p><p>6</p><p>Figura 1: Planta baixa térreo</p><p>Fonte: Dossiê de Tombamento, 2021.</p><p>7</p><p>Figura 2: Planta baixa primeiro pavimento</p><p>Fonte: Dossiê de Tombamento, 2021.</p><p>8</p><p>Figura 3: Fotos da visita técnica.</p><p>3. PALACETE 1922</p><p>O Palacete 1922, uma obra-prima da arquitetura neocolonial brasileira, foi erguido</p><p>no ano que dá nome à casa e se tornou a residência do renomado engenheiro Jorge Lobato</p><p>Marcondes Machado, que se mudou para Ribeirão Preto em 1905, proveniente de Taubaté</p><p>(SP). Sua esposa, Anna, filha do fazendeiro Joaquim da Cunha Diniz Junqueira, também com-</p><p>partilhou da beleza e elegância desta magnífica construção.</p><p>Ao adentrar o Palacete 1922, somos transportados diretamente para a década de</p><p>1920. Com um projeto arquitetônico singular elaborado por Adhemar de Moraes, a casa é um</p><p>9</p><p>exemplo marcante do estilo neocolonial da época, que reflete a identidade da arquitetura bra-</p><p>sileira no período em que Ribeirão Preto se destacava como a maior exportadora de café do</p><p>mundo.</p><p>Os traços da arquitetura barroca brasileira estão presentes nos detalhes da fa-</p><p>chada, no telhado com beiral e nas linhas fluidas que compõem o Palacete 1922. Embora na</p><p>época houvesse outras construções com características semelhantes em Ribeirão Preto, a</p><p>maioria foi demolida ao longo dos anos, restando hoje apenas esta preciosidade arquitetônica.</p><p>O Palacete foi uma das primeiras residências a quebrar com o modelo tradicional</p><p>de cômodos interligados, com diversos ambientes distribuídos de maneira inteligente. No tér-</p><p>reo, encontravam-se as salas de recepção, de música, de visitas, de jantar, escritório, ba-</p><p>nheiro, cozinha, despensa e a majestosa escada de acesso. Já no andar superior, os seis</p><p>dormitórios, varandas e banheiro proporcionavam todo o conforto e requinte que a família</p><p>Lobato Machado merecia.</p><p>Construído pelo renomado escritório Geribelo & Quevedo, o Palacete 1922 reflete</p><p>as características das mansões das famílias abastadas da época, com ampla área de terreno</p><p>ao redor da edificação principal, cercada por belos jardins e área de serviço.</p><p>Os funcionários da casa tinham sua moradia em um edifício separado da residên-</p><p>cia principal, garantindo privacidade e funcionalidade. Na cozinha do Palacete, um sistema</p><p>especial permitia chamar os empregados de qualquer cômodo da casa com facilidade.</p><p>O processo de restauração do Palacete teve início em 2015 e foi concluído em</p><p>2017, com mais de 90% das características originais sendo preservadas. Apenas os banhei-</p><p>ros, que já haviam passado por reformas anteriores e estavam deteriorados, foram remode-</p><p>lados. Além disso, um elevador foi instalado para garantir a acessibilidade a todos os visitan-</p><p>tes. A restauração das paredes, feitas originalmente com cal e areia, sem cimento, contou</p><p>com a expertise dos laboratórios da Unicamp, que realizaram testes minuciosos para garantir</p><p>a fidelidade aos materiais originais.</p><p>O Palacete Jorge Lobato passou por um minucioso estudo de consolidação estru-</p><p>tural, identificando demandas como recalques na fachada, fissuras nas alvenarias originais e</p><p>declínio na estabilidade de algumas estruturas. Foram adotadas soluções personalizadas</p><p>para cada problema, garantindo a preservação da segurança e integridade do edifício histó-</p><p>rico.</p><p>10</p><p>Atualmente, o Palacete 1922 é um ponto de referência na gastronomia e cultura</p><p>de Ribeirão Preto, sendo utilizado como café e restaurante diariamente. Além disso, é possível</p><p>agendar o espaço para eventos como aniversários, batizados, noivados e casamentos, des-</p><p>frutando de toda a beleza e história que esta magnífica construção proporciona.</p><p>Figura 4: Planta do térreo com indicação das fissuras</p><p>Fonte: Detalhes técnicos do restauro, 2015 -2017.</p><p>11</p><p>Figura 4: Fotos da visita técnica.</p><p>12</p><p>4. PALACETE CAMILO DE MATTOS</p><p>O magnífico Palacete Camilo de Mattos, localizado em Ribeirão Preto, teve sua</p><p>jornada iniciada no longínquo ano de 1920, quando o renomado advogado Joaquim Camilo</p><p>de Mattos decidiu erguer sua obra-prima arquitetônica. Projetado pelo talentoso Antônio Soa-</p><p>res Romeu, o palacete foi concluído em 1922, trazendo consigo todo o esplendor e grandio-</p><p>sidade característicos das residências da elite cafeicultora da época. Com seus recuos fron-</p><p>tais e laterais estrategicamente planejados para garantir a perfeita insolação e ventilação, o</p><p>Palacete foi concebido com base no cuidado minucioso em cada detalhe de sua construção.</p><p>Com uma área de aproximadamente 600 metros quadrados, o Palacete Camilo</p><p>de Mattos abriga um total de 11 cômodos no pavimento inferior e mais oito no pavimento</p><p>superior, totalizando assim 19 espaços distintos. Situado em um terreno com mais de 10 mil</p><p>metros quadrados, a grandiosidade da propriedade é inegável. Além da residência principal,</p><p>a construção contava ainda com um escritório destinado ao atendimento dos clientes do ilustre</p><p>proprietário, localizado no pavimento térreo e com acesso pela rua Duque de Caxias.</p><p>A planta do Palacete segue o modelo tripartido, dividindo-se em áreas sociais,</p><p>íntimas e de serviços, de forma a atender a todas as necessidades de uma residência da</p><p>época. A presença de uma pequena casa nos fundos do terreno para abrigar os funcionários,</p><p>bem como uma garagem para automóveis, demonstra o cuidado e o planejamento minucioso</p><p>empregado na concepção do projeto. Este exemplar único de residência burguesa do início</p><p>do século XX se destaca como um dos poucos remanescentes dessa tipologia arquitetônica,</p><p>em meio às modernizações e demolições que transformaram a paisagem urbana ao longo</p><p>dos anos.</p><p>Em 2017, o Palacete Camilo de Mattos foi adquirido pelos amigos Ricardo e Mar-</p><p>cos Mattos, em uma demonstração de apreço e respeito pela história e pela beleza do imóvel.</p><p>Infelizmente, Marcos Mattos veio a falecer em 2021 devido a complicações relacionadas à</p><p>COVID-19, deixando um vazio irreparável. Desde então, o palacete passou por obras de con-</p><p>solidação e restauração, visando preservar sua estrutura original e interromper quaisquer da-</p><p>nos que pudessem comprometer sua integridade. Prospecções investigativas foram realiza-</p><p>das para identificar as pinturas parietais decorativas das paredes e, assim, determinar as co-</p><p>res e formas originais, buscando resgatar a beleza e o esplendor do passado.</p><p>Atualmente, encontra-se em andamento o projeto de restauro do Palacete Camilo</p><p>de Mattos, com o intuito de devolver a sua antiga glória e preservá-lo como um marco histórico</p><p>da região. O proprietário da edificação, empenhado em resgatar a essência e a beleza do</p><p>13</p><p>imóvel, compartilhou detalhes das plantas e das patologias encontradas, revelando o cuidado</p><p>e a dedicação empregados no processo de restauração. Após uma conversa franca, surgiu a</p><p>possibilidade de transformar o palacete em uma elegante livraria, agregando um novo signifi-</p><p>cado e função ao espaço tão emblemático.</p><p>A partir de 5 de junho de 2023, o Palacete Camilo de Mattos abriu suas portas</p><p>para visitação, convidando o público a mergulhar na atmosfera histórica e arquitetônica desse</p><p>patrimônio singular. Os visitantes têm a oportunidade de apreciar de perto a riqueza dos de-</p><p>talhes, a imponência da estrutura e a beleza intemporal que permeia cada canto do palacete.</p><p>Com sua história fascinante e seu valor patrimonial inestimável, o Palacete Camilo de Mattos</p><p>se destaca como um verdadeiro tesouro arquitetônico, um testemunho vivo do esplendor do</p><p>passado e um símbolo de inspiração para as gerações futuras.</p><p>Figura 5: Planta baixa pavimento superior.</p><p>Fonte: Disponibilizada na edificação.</p><p>14</p><p>Figura 6: Fotos da visitação</p><p>5. BIBLIOTECA SINHÁ JUNQUEIRA</p><p>A majestosa mansão, situada no centro de Ribeirão Preto, foi desenhada pelo</p><p>escritório do renomado arquiteto Ramos de Azevedo, um dos mais destacados arquitetos bra-</p><p>sileiros no início do século passado.</p><p>A construção foi concluída em 1932 para servir como</p><p>residência de Francisco Maximiano Junqueira, o coronel Quito Junqueira, um importante pe-</p><p>cuarista, cafeicultor e empresário, e de sua esposa Theolina Zemilla de Andrade Junqueira,</p><p>conhecida como Sinhá Junqueira.</p><p>Após o falecimento de Quito Junqueira em 1938, o casal, que não tinha descen-</p><p>dentes, inspirou sua viúva, Sinhá Junqueira, a criar em 1952 a fundação que leva o seu nome,</p><p>com o objetivo de destinar o seu patrimônio para projetos filantrópicos, que ela sempre apoiou.</p><p>15</p><p>Sinhá Junqueira faleceu em 1954, deixando em seu testamento o desejo de que sua residên-</p><p>cia se tornasse uma biblioteca pública. Assim, em 1955, foi inaugurada a Biblioteca Sinhá</p><p>Junqueira.</p><p>O edifício é tombado pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural de</p><p>Ribeirão Preto (Conppac) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico,</p><p>Artístico e Turístico (Condephaat), órgão estadual responsável pela preservação do patrimô-</p><p>nio. Em 2014, a Fundação Educandário assumiu a administração da biblioteca com o objetivo</p><p>de restaurar o prédio e o acervo. “Vidraças estavam quebradas, havia rachaduras nas paredes</p><p>e alguns livros estavam se deteriorando”, relata Wagner. O projeto de restauração e amplia-</p><p>ção da biblioteca teve início em janeiro de 2019.</p><p>A construção foi concebida de acordo com os padrões estéticos e funcionais da</p><p>época de sua criação, na década de 1920, voltada para famílias de alta classe social. Rica</p><p>em ornamentações tanto internas quanto externas, a adaptação para a instalação da biblio-</p><p>teca exigiu mudanças que preservassem sua essência.</p><p>De acordo com Maria Luiza Dutra, responsável pelo projeto de restauração, a prin-</p><p>cipal dificuldade enfrentada foi em relação às instalações elétricas, sistemas de prevenção e</p><p>combate a incêndios, segurança patrimonial, ar-condicionado e acessibilidade. Todos esses</p><p>itens precisaram se adequar às normas atuais, sem comprometer a preservação dos pisos,</p><p>forros e paredes ornamentadas. Foi construído um novo espaço na parte externa para abrigar</p><p>um auditório e áreas destinadas a oficinas. Além de funcionar como biblioteca, o local agora</p><p>também oferece uma variedade de programas e atividades para a comunidade.</p><p>Figura 7: Maquete</p><p>Fonte: AEAARP, 2023.</p><p>16</p><p>Figura 8: Fotos da visita</p>

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