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<p>DESVENDANDO AS</p><p>EXTENSIONISTAS</p><p>AULA 01</p><p>Profª Ma. Cleci Elisa Albiero</p><p>2</p><p>CONVERSA INICIAL</p><p>Este texto objetiva apresentar conceitos fundantes para compreender o</p><p>que é extensão universitária contexto do tripé ensino, pesquisa e extensão e o</p><p>papel da universidade junto a sociedade no sentido de avançar além dos muros</p><p>institucionais para uma interação direta e dialogal com os sujeitos que compõe</p><p>os mais diversos espaços de vivência e convivência de base territoerial.</p><p>Na sequencia também, você estudante terá contato com conteúdos e</p><p>informações sobre atividades extensionistas, a RESOLUÇÃO Nº 7, de 18 de</p><p>dezembro de 2018 do MEC – Ministério da Educação, que ancora e sustenta</p><p>esta legislação e como vem sendo pensada e implementada na Uninter, bem</p><p>como todo o proceso de implementação e avaliação deste sistema com</p><p>exemplos práticos, visnado a aplicabilidade do estudo.</p><p>Bons estudos!</p><p>TEMA 1 – EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, O QUE É?</p><p>Para início de nossos estudos sobre extensão, importa entender do que</p><p>se trata a extensão universitária e qual seu papel na sociedade e na formação</p><p>dos sujeitos que a ela frequentam. Desta forma conceitua-se extensão</p><p>universitária como sendo,</p><p>[...]um processo educativo, cultural e científico que articula o Ensino e</p><p>a Pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação</p><p>transformadora entre Universidade e Sociedade. A Extensão é uma</p><p>via de mão-dupla, com trânsito assegurado à comunidade acadêmica,</p><p>que encontrará, na sociedade, a oportunidade de elaboração da</p><p>práxis de um conhecimento acadêmico. ( FORPROEX, 1987)</p><p>Esta relação estabelece fluxos de saberes entre a Universidade e a</p><p>sociedade, construídos na perspectiva da academia e do popular e submetido</p><p>ao processo reflexivo e dialético da teoria e da prática de forma interdisciplinar</p><p>que favorece uma visão integrada dos saberes. (FORPROEX, 1987)</p><p>A extensão como fio condutor no processo de formação, alinha-se na</p><p>perspectiva da indissociabilidade entre o ensino e a pesquisa na busca de uma</p><p>formação qualificada e comprometida com o bem esta e com a qualidade de</p><p>vida dos sujeitos. Deste modo a “indissociabilidade entre ensino, pesquisa e</p><p>extensão” (BRASIL, 1988, art. 207) está prevista na Constituição Federal de</p><p>1988 e coaduna com a finalidade de que a Universidade não pode estar furtar-</p><p>3</p><p>se de um saber popular e nem estar a margem deste saber, deve participar</p><p>ativamente deste processo.</p><p>TEMA 2 – A INDISSOCIABILIDADE ENTRE ENSINO PESQUISA E EXTENSÃO</p><p>A tríade que sustenta o ensino, pesquisa e extensão descrito no Art. 207</p><p>da Constituição Federal de 1988, conforme já descrito anteriormente, está</p><p>diretamente ligada ao fortalecimento e as especificidades desse fazer</p><p>acadêmico e de sua vinculação com o Ensino e a Pesquisa. O conceito de</p><p>indissociabilidade, segundo Tauchen (2009, p. 93) remete “a algo que não</p><p>existe sem a presença do outro, ou seja, o todo deixa de ser todo quando se</p><p>dissocia”.</p><p>Fonte: https://inspiradanacomputacao.github.io/academia/experiencia-universitaria-os-tres-pilares-da-universidade/</p><p>Desta forma, entende-se então que produzir conhecimento e aplicar este</p><p>na sociedade, nos leva a entender que a universidade não deve existir de</p><p>maneira isolada do contexto educacional onde está inserida (CESAR, 2013).</p><p>Deve ser um espaço privilegiado de troca de conhecimento entre as diversas</p><p>áreas do saber contribuindo de maneira decisiva para a interdisciplinaridade</p><p>(Filadelf, et all, 2018).</p><p>Desta forma, a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão</p><p>reflete um conceito de qualidade em que o processo de ensino e aprendizagem</p><p>deve favorecer a aproximação entre as instituições de ensino e sociedade, em</p><p>https://inspiradanacomputacao.github.io/academia/experiencia-universitaria-os-tres-pilares-da-universidade/</p><p>4</p><p>seus mais diversos arranjos ou configurações socioespacial-cultural-</p><p>econômica1.</p><p>TEMA 3 – AS ATIVIDADES EXTENSIONISTAS E A RESOLUÇÃO Nº 7, DE 18</p><p>DE DEZEMBRO DE 2018</p><p>O ponto de referência legal para as atividades extensionistas, ponto no</p><p>qual estamos discutindo neste texto, trata-se da RESOLUÇÃO Nº 7, DE 18 DE</p><p>DEZEMBRO DE 2018 do MEC – Ministério da Educação e Cultura que</p><p>Estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira.</p><p>Esta resolução no Capítulo I da CONCEPÇÃO, DAS DIRETRIZES E</p><p>DOS PRINCÍPIOS, no Art. 4º diz que “As atividades de extensão devem</p><p>compor, no mínimo, 10% (dez por cento) do total da carga horária curricular</p><p>estudantil dos cursos de graduação, as quais deverão fazer parte da matriz</p><p>curricular dos cursos”. As atividades extensionistas não incorrerão em aumento</p><p>da carga horária do curso, porém 10% da carga horaria da matriz curricular do</p><p>curso pretendido será redefinida para atividades de extensão.</p><p>Neste contexto, a Resolução define em seu Art. 7º que neste processo</p><p>“São consideradas atividades de extensão as intervenções que envolvam</p><p>diretamente as comunidades externas às instituições de ensino superior e que</p><p>estejam vinculadas à formação do estudante, nos termos desta Resolução, e</p><p>conforme normas institucionais próprias”.</p><p>Assim, por tratar-se de uma atividade que comporá a matriz curricular do</p><p>aluno, esta caracteriza-se como uma disciplina que será composta por um</p><p>processo de avaliação, a qual o aluno será orientado e deverá seguir as</p><p>orientações propostas. A resolução preconiza no Capítulo II DA AVALIAÇÃO</p><p>no Art. 10 “[...] a extensão deve estar sujeita à contínua autoavaliação crítica,</p><p>que se volte para o aperfeiçoamento de suas características essenciais de</p><p>articulação com o ensino, a pesquisa, a formação do estudante, a qualificação</p><p>do docente, a relação com a sociedade, a participação dos parceiros e a outras</p><p>dimensões acadêmicas institucionais”.</p><p>Parágrafo Único – “Compete às instituições explicitar os instrumentos e</p><p>indicadores que serão utilizados na autoavaliação continuada da extensão”.</p><p>1 Disponível em www2.ifam.edu.br/IV-enped/documentos/palestras/mesa-tematica-v-a-indissociabilidade-</p><p>ensino.pdf</p><p>5</p><p>TEMA 4 – AS ATIVIDADES EXTENSIONISTAS NA UNINTER E OS CURSOS</p><p>TECNÓLOGOS</p><p>As atividades extensionistas que estão sendo desenvolvidas pelos</p><p>cursos de graduação tecnólogo do Centro Universitário Internacional Uninter,</p><p>foram aprovadas e por determinação do CEPE – Conselho de Ensino,</p><p>Pesquisa e Extensão da Instituição, as grades dos cursos que compõe a</p><p>instituição, deverão ofertar 10% da sua Carga Horária em atividades</p><p>extensionistas.</p><p>De acordo com o Art. 9º da Resolução Nº 7 de 18 de dezembro de 2018,</p><p>“Nos cursos superiores, na modalidade a distância, as atividades de extensão</p><p>devem ser realizadas, presencialmente, em região compatível com o polo de</p><p>apoio presencial, no qual o estudante esteja matriculado, observando-se, no</p><p>que couber, as demais regulamentações, previstas no ordenamento próprio</p><p>para oferta de educação a distância”.</p><p>As atividades extensionistas aproximarão você, estudante do seu</p><p>território de vivência, com atividades alinhadas aos ODS – Objetivos de</p><p>Desenvolvimento Sustentável e proposição de outras atividades práticas de</p><p>aproximação, diagnostico e proposição de situações da realidade local,</p><p>vivenciadas por você, em seu território.</p><p>Caro estudante, fique atenta(o) as orientações de atividades propostas</p><p>pela coordenação do seu curso, a fim de acompanhar as atividades,</p><p>cronograma e avaliações orientadas, pois para que a atividade extensionista</p><p>seja validada ao final do seu curso, você deverá seguir todos os passos</p><p>propostos.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível</p><p>em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>.</p><p>Acesso em 12 de janeiro de 2023.</p><p>CÉSAR, S. B. A indissociabilidade “ensino, pesquisa, extensão” e a gestão do</p><p>conhecimento: estudo em universidade</p><p>brasileira. 2013. 43 páginas.</p><p>Dissertação (Mestrado em Sistemas de Informação e Gestão do</p><p>Conhecimento) – Universidade FUMEC, Belo Horizonte, 2013.</p><p>6</p><p>FILADELFI, A. M. C.; JASKIU, E.; SIQUEIRA, J. C. P.; TOBALDINI, G. A</p><p>indissociabilidade entre ensino-pesquisa-extensão: realidade, mito ou</p><p>meta? Revista Extensão e Cidadania, Vitória da Conquista, v.5, n.9, n.10,</p><p>jan./dez.2018 Disponível em file:///C:/Users/92005847/Downloads/4598-</p><p>Texto%20do%20artigo-8003-2-10-20190408%20(1).pdf</p><p>FORPROEX - FÓRUM DE PRÓ-REITORES DE EXTENSÃO DAS</p><p>UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS. Política Nacional de Extensão</p><p>Universitária. Manaus, 2012. Disponível em</p><p>https://proex.ufsc.br/files/2016/04/Política-Nacional-de-Extensão-Universitária-</p><p>e-book.pdf Acessado em 17.01.2023</p><p>TAUCHEN, G. O princípio da indissociabilidade universitária: um olhar</p><p>transdisciplinar nas atividades de ensino, de pesquisa e de extensão.</p><p>2009. Tese (Doutorado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica do Rio</p><p>Grande do Sul, Porto Alegre, 2009.</p><p>file:///C:/Users/92005847/Downloads/4598-Texto%20do%20artigo-8003-2-10-20190408%20(1).pdf</p><p>file:///C:/Users/92005847/Downloads/4598-Texto%20do%20artigo-8003-2-10-20190408%20(1).pdf</p><p>https://proex.ufsc.br/files/2016/04/Política-Nacional-de-Extensão-Universitária-e-book.pdf</p><p>https://proex.ufsc.br/files/2016/04/Política-Nacional-de-Extensão-Universitária-e-book.pdf</p>