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<p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Preparação para Concursos</p><p>SIMULADOS/QUESTÕES</p><p>PONTUAÇÃO: VÍRGULA, PONTO E OUTROS</p><p>Questão 1: FDRH - Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.</p><p>Durante uma vida, a gente é capaz de sentir de tudo. São inúmeras as sensações que nos invadem, e</p><p>delas a arte igualmente já se serviu com fartura. Paixão, saudades, culpa, dor de cotovelo, remorso,</p><p>excitação , otimismo, desejo – sabemos reconhecer cada uma dessas alegrias e tristezas, não há</p><p>muita novidade. Já vivenciamos um pouco de cada coisa, e o que não foi vivenciado foi ao menos</p><p>testemunhado através de filmes, novelas, letras de música.</p><p>Há um sentimento, no entanto, que não aparece muito, não protagoniza cenas de cinema nem vira</p><p>versos com frequência, e, quando a gente sente na própria pele, é como se fosse uma visita incômoda.</p><p>É da humilhação que falo.</p><p>Há muitas maneiras de uma pessoa se sentir humilhada. A mais comum é aquela em que alguém nos</p><p>menospreza diretamente, nos reduz, nos coloca no nosso devido lugar – que lugar é este que não</p><p>permite movimento, travessia? Geralmente são opressões hierárquicas: patrão-empregado,</p><p>professor-aluno, adulto-criança. Respeitamos a hierarquia, mas não engolimos a soberba alheia, e esse</p><p>tipo de humilhação só não causa maior estrago porque sabemos que ele é fruto da arrogância, e os</p><p>arrogantes nada mais são do que pessoas com complexo de inferioridade. Humilham para não se</p><p>sentirem humilhados.</p><p>E quando a humilhação não é fruto da hierarquia, mas de algo muito maior e mais massacrante: o</p><p>desconhecimento sobre nós mesmos? Tentamos superar uma dor antiga e não conseguimos. Procuramos</p><p>ficar amigos de quem já amamos e caímos em velhas ciladas armadas pelo coração. Oferecemos nosso</p><p>corpo e nosso carinho para quem já não precisa nem de um nem de outro. Motivos nobres, mas os</p><p>resultados são vexatórios.</p><p>Nesses casos, não houve maldade, ninguém pretendeu nos desdenhar. Estivemos apenas enfrentando o</p><p>desconhecido: nós mesmos, nossas fraquezas, nossas emoções mais escondidas, aquelas que</p><p>julgávamos superadas, para sempre adormecidas , mas que, de vez em quando, acordam para,</p><p>impiedosas, nos colocar em nosso devido lugar.</p><p>MEDEIROS, Martha. “Sobre humilhação”. http://pensador.uol.com.br. 2003 (Texto adaptado).</p><p>Assinale V para verdadeiro ou F para falso, levando em conta as afirmações abaixo acerca de sinais</p><p>de pontuação utilizados em frases do texto.</p><p>( ) A primeira vírgula da linha 02 separa um período de orações com sujeitos diferentes.</p><p>( ) As vírgulas da linha 05 separam termos de mesma função sintática.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>( ) Se fosse acrescentado o pronome que antes da palavra humilham (neste caso com minúscula), o</p><p>ponto da linha 15 poderia ser substituído por uma vírgula.</p><p>A alternativa que completa corretamente os parênteses, de cima para baixo, é</p><p>a) V – V – V.</p><p>b) V – V – F.</p><p>c) V – F – V.</p><p>d) F – V – F.</p><p>e) F – F – F.</p><p>Questão 2: VUNESP - Leia o texto para responder a questão.</p><p>A Amazon pega, mata e come</p><p>Foi-se embora a Livraria São José, sebo mais antigo do Rio de Janeiro, fundado há 85 anos - e todo</p><p>mundo acha normal. Ora, tudo não está morrendo ao nosso redor? Por que livrarias, logo elas, iriam</p><p>escapar à destruição que atinge o país inteiro? É a vida - ou a morte - que segue.</p><p>Em sua fase espetacular - entre as décadas de 40 e 60 - , a São José chegou a ter três lojas e estoque</p><p>de 100 mil livros. Tornou-se editora e promoveu tardes de autógrafos. A primeira foi um luxo:</p><p>"Itinerário de Pasárgada", de Manuel Bandeira, em 1954. Eram concorridíssimas - não se sabe se pelos</p><p>autores ou se pelas "madrinhas" deles, beldades como Tônia Carrero e Odette Lara.</p><p>Ponto de encontro de intelectuais, estudantes e buquinadores</p><p>1</p><p>profissionais, fuçando nas estantes e</p><p>bancadas poderiam ser vistos lado a lado figuras tão díspares como o ex-presidente Eurico Gaspar</p><p>Dutra e o romancista Lúcio Cardoso. Matando aula na Faculdade Nacional de Filosofia, foi lá que o</p><p>cronista Ruy Castro começou sua invejada coleção de livros.</p><p>Não "essenciais", as livrarias cariocas estão fechadas para cumprir o recesso sanitário. É um setor do</p><p>comércio que, com a pandemia, recorreu sobretudo à atividade online. Melhor do que ninguém a</p><p>Amazon sabe disso e se aproveita para complicar ainda mais a vida de livreiros e editores. Em recente</p><p>e-mail, agigante norte-americana pediu descontos maiores e aumento na cobrança de taxas de</p><p>marketing.</p><p>Na arte do oportunismo, a Amazon é o carcará de João do Vale na seca do sertão: pega, mata e come</p><p>2</p><p>.</p><p>1</p><p>Buquinar: buscar e comprar li vros usados em livrarias, bancas, sebos.</p><p>2</p><p>Referência à letra da música "Carca rá", de João do Vale.</p><p>(Alvaro Costa e Silva. ht!ps :l/www1.folha. uol.com.br/colunas/ alvaro-costa-e-silva/2021 /03/a-amazon-pega-mata-e-come.shtml.</p><p>29.03.2021. Adaptado)</p><p>Considere as seguintes frases do texto:</p><p>• A primeira foi um luxo: "Itinerário de Pasárgada", de Manuel Bandeira, em 1954. (2º parágrafo)</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>• Não "essenciais", as livrarias cariocas estão fechadas para cumprir o recesso sanitário. (4º parágrafo)</p><p>No contexto em que são empregadas, as aspas (" ") atendem, respectivamente, ao propósito de</p><p>a) distinguir uma citação do restante do texto; realçar ironicamente uma expressão.</p><p>b) realçar ironicamente uma expressão; indicar o título de uma obra.</p><p>c) indicar o título de uma obra; acentuar o valor significativo de uma palavra.</p><p>d) distinguir uma citação do restante do texto; assinalar inflexão de natureza emocional.</p><p>e) assinalar inflexão de natureza emocional; distinguir uma citação do restante do texto.</p><p>Questão 3: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.</p><p>Música provoca boas sensações, controla o emocional e melhora a atenção</p><p>A música estimula a produção de substâncias relacionadas ao prazer, além de regular nossos</p><p>sentimentos e ajudar na concentração. Descubra como ela desenvolve os sentidos e provoca bem-estar</p><p>Música! “Sem ela a vida seria um erro” (Friedrich Nietzsche). “Depois do silêncio, é o que mais se</p><p>aproxima de expressar o inexprimível” (Aldous Huxley). “A música exprime a mais alta filosofia numa</p><p>linguagem que a razão não compreende” (Arthur Schopenhauer). “É a arte mais perfeita: nunca revela</p><p>o seu último segredo” (Oscar Wilde). “A música é o verbo do futuro. É o barulho que pensa” (Victor</p><p>Hugo). “É capaz de reproduzir, em sua forma real, a dor que dilacera a alma e o sorriso que inebria”</p><p>(Beethoven). “Onde há música não pode haver coisa má” (Miguel de Cervantes). “A música pode ser o</p><p>exemplo único do que poderia ter sido – se não tivesse havido a invenção da linguagem, a formação</p><p>das palavras, a análise das ideias – a comunicação das almas” (Marcel Proust).</p><p>Os pensadores dispensam apresentação e os atributos da música, questionamentos.[A] A agradável</p><p>combinação de ritmo, harmonia e melodia só faz bem. A música anima, refina e afina.[B] Acalma</p><p>também. Facilita o aprendizado e a concentração, promove interações e desenvolve os sentidos. Não à</p><p>toa tornou-se um recorrente objeto de estudo para as neurociências. Os cientistas querem</p><p>compreender como o cérebro reage aos sons. Já está comprovada a capacidade de levar o indivíduo a</p><p>uma condição biológica, de aspecto imunológico ou cerebral, mais equilibrada. E também sua</p><p>contribuição para pacientes com doenças orgânicas do cérebro, como o mal de Parkinson, demências</p><p>ou problemas de natureza psiquiátrica, em função da área onde é processada.</p><p>A música pode controlar reações emocionais, facilitar o entendimento de informações cognitivas e</p><p>induzir a produção de dopamina e serotonina, substâncias relacionadas ao prazer e bem-estar. As</p><p>notas musicais seriam capazes de aumentar a plasticidade cerebral – para a qual tem muita</p><p>cores emocionais engloba</p><p>emoções desreguladas, como tristeza, frustração, raiva, ansiedade ou inveja. Não podemos ignorar</p><p>que, como seres humanos, temos aquela gama de emoções que têm uma utilidade e que nos dão</p><p>informações sobre o que acontece no nosso meio e no nosso corpo", explica Rodellar à BBC News</p><p>Mundo.</p><p>Para a terapeuta e psicóloga britânica Sally Baker, "o problema com a positividade tóxica é que ela é</p><p>uma negação de todos os aspectos emocionais que sentimos diante de qualquer situação que nos</p><p>represente um desafio." "É desonesto em relação a quem somos permitir-nos apenas expressões</p><p>positivas", diz Baker. (...) “Nós nos escondemos atrás da positividade para manter outras pessoas longe</p><p>de uma imagem que nos mostra imperfeitos." (...) "Quando ignoramos nossas emoções negativas, nosso</p><p>corpo aumenta o volume para chamar nossa atenção para esse problema. Suprimir as emoções nos</p><p>esgota mental e fisicamente. Não é saudável e não é sustentável a longo prazo", diz a terapeuta. (...)</p><p>Teresa Gutiérrez, psicopedagoga e especialista em neuropsicologia, considera que "o positivismo</p><p>tóxico tem consequências psicológicas e psiquiátricas mais graves do que a depressão". "Pode levar a</p><p>uma vida irreal que prejudica nossa saúde mental. Tanto positivismo não é positivo para ninguém. Se</p><p>não houver frustração e fracasso, não aprendemos a desenvolver em nossas vidas", disse ele à BBC</p><p>Mundo.</p><p>O positivismo tóxico está na moda? Baker pensa que sim e atribui isso às redes sociais, "que nos</p><p>obrigam a comparar nossas vidas com as vidas perfeitas que vemos online". (...) "Se houvesse mais</p><p>honestidade sobre as vulnerabilidades, nos sentiríamos mais livres para experimentar todos os tipos de</p><p>emoções. Somos humanos e devemos nos permitir sentir todo o espectro de emoções. É ok não estar</p><p>bem. Não podemos ser positivos o tempo todo."</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Gutiérrez acredita que houve um aumento do positivismo tóxico "nos últimos anos", mas</p><p>principalmente durante a pandemia. (...) "Todas as emoções são como ondas: ganham intensidade e</p><p>depois descem e tornam-se espuma, até desaparecer aos poucos. O problema é quando não as</p><p>queremos sentir porque nos tornamos mais dóceis perante uma 'onda' que se aproxima". (...)</p><p>Stephanie Preston, professora de psicologia da Universidade de Michigan, nos EUA, acredita que a</p><p>melhor maneira de validar as emoções é "apenas ouvi-las". "Quando alguém compartilha sentimentos</p><p>negativos com você, em vez de correr para fazer essa pessoa se sentir melhor ou pensar mais</p><p>positivamente ("Tudo vai ficar bem"), tente levar um segundo para refletir sobre seu desconforto ou</p><p>medo e faça o possível para ouvir", aconselha a especialista. (...)</p><p>Como aplicar isso na prática? Em vez de dizer "não pense nisso, seja positivo", diga "me diz o que você</p><p>está sentindo, eu te escuto". Em vez de falar "poderia ser pior", diga "sinto muito que está passando</p><p>por isso". Em vez de "não se preocupe, seja feliz", diga "estou aqui para você". (...) "Tudo bem olhar</p><p>para o copo meio cheio, mas aceitando que pode haver situações em que o copo está meio vazio e, a</p><p>partir daí, assumir a responsabilidade de como construímos nossas vidas".</p><p>Para Baker, o que devemos lembrar é que "todas as nossas emoções são autênticas e reais, e todas elas</p><p>são válidas".</p><p>Adaptado de: https://www.bbc.com/portuguese/geral-55278174. Acesso em: 28 dez. 2021.</p><p>Em “Quando ignoramos nossas emoções negativas, nosso corpo aumenta o volume para chamar nossa</p><p>atenção para esse problema. (...)”, a vírgula foi empregada pelo mesmo motivo que em</p><p>a) “Pode parecer contraditório, mas a positividade pode ser tóxica.”.</p><p>b) “‘Qualquer tentativa de escapar do negativo — evitá-lo, sufocá-lo ou silenciá-lo — falha.’”.</p><p>c) “O psicólogo da saúde Antonio Rodellar, especialista em transtornos de ansiedade e hipnose</p><p>clínica, prefere falar em ‘emoções desreguladas’ do que ‘negativas’”.</p><p>d) “‘Se houvesse mais honestidade sobre as vulnerabilidades, nos sentiríamos mais livres para</p><p>experimentar todos os tipos de emoções.’”.</p><p>e) “(...) o que devemos lembrar é que ‘todas as nossas emoções são autênticas e reais, e todas elas</p><p>são válidas’”.</p><p>Questão 31: SELECON - TEXTO I</p><p>A resistência (trecho)</p><p>Isto não é uma história.</p><p>Isto é história. Isto é história e, no entanto, quase tudo o que tenho ao meu dispor é a memória,</p><p>noções fugazes de dias tão remotos, impressões anteriores à consciência e à linguagem, resquícios</p><p>indigentes que eu insisto em malversar em palavras. Não se trata aqui de uma preocupação abstrata,</p><p>embora de abstrações eu tanto me valha: procurei meu irmão no pouco que escrevi até o momento e</p><p>não o encontrei em parte alguma. Alguma ideia talvez lhe seja justa, alguma descrição porventura o</p><p>evoque, dissipei em parágrafos sinuosos uns poucos dados ditos verídicos, mais nada. Não se</p><p>depreenda desta observação desnecessária, ao menos por enquanto, a minha ingenuidade: sei bem</p><p>que nenhum livro jamais poderá contemplar ser humano nenhum, jamais constituirá em papel e tinta</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>sua existência feita de sangue e de carne. Mas o que digo aqui é algo mais grave, não é um formalismo</p><p>literário: falei do temor de perder meu irmão e sinto que o perco a cada frase.</p><p>Por um instante me confundo, esqueço que também as coisas precedem as palavras, que tratar de</p><p>acessá-las implicará sempre novas falácias, e, como antes pelo texto, parto por este apartamento à</p><p>procura de rastros do meu irmão, atrás de algo que me restitua sua realidade. Não estou em sua casa,</p><p>a casa dos meus pais onde o imagino fechado no quarto, não posso bater à sua porta. Milhares de</p><p>quilômetros nos separam, um país inteiro nos separa, mas tenho a meu favor o estranho hábito de</p><p>nossa mãe de ir deixando, pelas casas da família, objetos que nos mantenham em contato. Neste</p><p>apartamento de Buenos Aires ninguém mora. Desde a morte dos meus avós ele é só uma estância de</p><p>passagem, encruzilhada de familiares distantes, distraídos, apressados, esquecidos da existência dos</p><p>outros. Encontro um álbum de fotos cruzado na estante, largado no ângulo exato que o faça casual.</p><p>Tenho que virar algumas páginas para que enfim me assalte o rosto do meu irmão, para que enfim me</p><p>surpreenda o que eu já esperava.</p><p>Julián Fuks</p><p>Julián Fuks (Extraído de: A resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2015)</p><p>“(...) quase tudo o que tenho ao meu dispor é a memória, noções fugazes de dias tão remotos,</p><p>impressões anteriores à consciência e à linguagem, resquícios indigentes (...)” No trecho, o emprego</p><p>da vírgula marca uma sequência encadeada pelo seguinte motivo:</p><p>a) formulação de expressões equivalentes</p><p>b) introdução de estruturas comparativas</p><p>c) indicação de consequências previsíveis</p><p>d) atração de conteúdos contrapostos</p><p>Questão 32: AOCP - Texto I</p><p>Mafalda conhecendo a Liberdade</p><p>QUINO. 10 anos com Mafalda. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.</p><p>Texto II</p><p>Jean-Paul Sartre: “O inferno são os outros” O ser humano é absolutamente livre. Mas isso não é</p><p>tão simples -e agradável- quanto parece</p><p>Estamos condenados a ser livres. Essa é a sentença de Sartre para a humanidade. O filósofo e escritor</p><p>francês, ao lado do argelino Albert Camus, foi um dos maiores representantes do existencialismo,</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>corrente filosófica que nasceu com Kierkegaard e reflete sobre o sentido que o homem dá à própria</p><p>vida. Para Sartre, a existência do ser humano vem antes da sua essência. Ou seja, não nascemos como</p><p>uma tesoura, que foi feita para cortar, por exemplo.</p><p>Segundo o filósofo, antes de tomar qualquer decisão, não somos nada. Vamos nos moldando a partir</p><p>das nossas escolhas. Toda essa liberdade resulta em muita</p><p>angústia. Essa angústia é ainda maior</p><p>quando percebemos que nossas ações são um espelho para a sociedade. Estamos constantemente</p><p>pintando um quadro de como deveria ser a sociedade a partir das nossas ações — o curioso é que o</p><p>próprio Sartre era viciado em anfetaminas, ou seja, não foi exatamente um exemplo de conduta.</p><p>Defendia que temos inteira liberdade para decidir o que queremos nos tornar ou fazer com nossa vida.</p><p>A má-fé seria mentir para si mesmo, tentando nos convencer de que não somos livres. O problema é</p><p>que nossos projetos pessoais entram em conflito com o projeto de vida dos outros. Eles, os outros,</p><p>tiram parte de nossa autonomia. Por isso, temos de refletir sobre nossas escolhas para não sair por aí</p><p>agindo sem rumo, deixando de realizar as coisas que vão definir a existência de cada um.</p><p>Ao mesmo tempo, é pelo olhar do outro que reconhecemos a nós mesmos, com erros e acertos. Já que</p><p>a convivência expõe nossas fraquezas, os outros são o “inferno” — daí a origem da célebre frase do</p><p>pensador francês.</p><p>Em uma França devastada, após o final da 2ª Guerra, liberdade não era exatamente a palavra do</p><p>momento. Mas as ideias de Sartre inspiraram toda uma geração de ativistas, como os revolucionários</p><p>de Paris, em maio de 1968, que ajudaram a derrubar o governo conservador francês. O filósofo ficou</p><p>conhecido também pela sua relação com Simone de Beauvoir, outra ilustre filósofa existencialista. Ela</p><p>foi sua companheira de toda a vida, apesar de nunca terem firmado um compromisso....</p><p>Sartre morreu como um filósofo pop. Em 15 de abril de 1980, mais de 50 mil pessoas foram ao seu</p><p>funeral.</p><p>Disponível em: https://super.abril.com.br/ideias/o-inferno-sao-os-outros-sartre/. Acesso em: 27 dez. 2021.</p><p>Assinale a alternativa em que a(s) vírgula(s) foi(foram) empregada(s) para isolar uma expressão</p><p>adverbial temporal deslocada.</p><p>a) “(...) não nascemos como uma tesoura, que foi feita para cortar, por exemplo.”.</p><p>b) “(...) o curioso é que o próprio Sartre era viciado em anfetaminas, ou seja, não foi exatamente</p><p>um exemplo de conduta.”.</p><p>c) “A má-fé seria mentir para si mesmo, tentando nos convencer de que não somos livres.”.</p><p>d) “O filósofo ficou conhecido também pela sua relação com Simone de Beauvoir, outra ilustre</p><p>filósofa existencialista.”.</p><p>e) “Em 15 de abril de 1980, mais de 50 mil pessoas foram ao seu funeral.”.</p><p>Questão 33: SELECON - TEXTO I</p><p>A resistência (trecho)</p><p>Isto não é uma história. Isto é história.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Isto é história e, no entanto, quase tudo o que tenho ao meu dispor é a memória, noções fugazes de</p><p>dias tão remotos, impressões anteriores à consciência e à linguagem, resquícios indigentes que eu</p><p>insisto em malversar em palavras. Não se trata aqui de uma preocupação abstrata, embora de</p><p>abstrações eu tanto me valha: procurei meu irmão no pouco que escrevi até o momento e não o</p><p>encontrei em parte alguma. Alguma ideia talvez lhe seja justa, alguma descrição porventura o</p><p>evoque, dissipei em parágrafos sinuosos uns poucos dados ditos verídicos, mais nada. Não se</p><p>depreenda desta observação desnecessária, ao menos por enquanto, a minha ingenuidade: sei bem</p><p>que nenhum livro jamais poderá contemplar ser humano nenhum, jamais constituirá em papel e tinta</p><p>sua existência feita de sangue e de carne. Mas o que digo aqui é algo mais grave, não é um formalismo</p><p>literário: falei do temor de perder meu irmão e sinto que o perco a cada frase.</p><p>Por um instante me confundo, esqueço que também as coisas precedem as palavras, que tratar de</p><p>acessá-las implicará sempre novas falácias, e, como antes pelo texto, parto por este apartamento à</p><p>procura de rastros do meu irmão, atrás de algo que me restitua sua realidade. Não estou em sua casa,</p><p>a casa dos meus pais onde o imagino fechado no quarto, não posso bater à sua porta. Milhares de</p><p>quilômetros nos separam, um país inteiro nos separa, mas tenho a meu favor o estranho hábito de</p><p>nossa mãe de ir deixando, pelas casas da família, objetos que nos mantenham em contato. Neste</p><p>apartamento de Buenos Aires ninguém mora. Desde a morte dos meus avós ele é só uma estância de</p><p>passagem, encruzilhada de familiares distantes, distraídos, apressados, esquecidos da existência dos</p><p>outros. Encontro um álbum de fotos cruzado na estante, largado no ângulo exato que o faça casual.</p><p>Tenho que virar algumas páginas para que enfim me assalte o rosto do meu irmão, para que enfim me</p><p>surpreenda o que eu já esperava.</p><p>Julián Fuks</p><p>(Extraído de: A resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2015)</p><p>“Não se depreenda desta observação desnecessária, ao menos por enquanto, a minha ingenuidade: sei</p><p>bem que nenhum livro jamais poderá contemplar ser humano nenhum, jamais constituirá em papel e</p><p>tinta sua existência feita de sangue e de carne”. Do ponto de vista da argumentação, a expressão</p><p>introduzida pelos dois-pontos estabelece com o trecho anterior uma relação de:</p><p>a) generalização</p><p>b) comparação</p><p>c) explicação</p><p>d) concessão</p><p>Questão 34: SELECON - TEXTO II</p><p>Arte e cirurgia estética</p><p>A prática da cirurgia estética, tal como vem sendo intensamente exercida na cultura contemporânea,</p><p>visa a adequar um corpo aos valores exaltados pela cultura. Esta constrói, assim, um lugar estético</p><p>previamente definido e exalta-o como norma; os que não estiverem adequados a essa construção são</p><p>marginalizados, estão à margem, isto é, fora do lugar. A experiência subjetiva – negativa – que</p><p>provocará a demanda pela cirurgia estética é portanto a experiência de uma atopia, de um estar fora</p><p>do lugar, de um não ter lugar. A cirurgia estética então aparece como o instrumento que a cultura</p><p>disponibiliza para que as pessoas tornem-se adequadas ao lugar, ponham fim à sensação</p><p>existencialmente desconfortável da atopia.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Curiosamente, a precondição subjetiva para uma experiência de arte é muitas vezes também a</p><p>experiência negativa da atopia. Os caminhos da arte e da cirurgia estética se originam na mesma</p><p>encruzilhada – seus destinos entretanto serão radicalmente diferentes. O que é a experiência da</p><p>atopia? A criança que tem problemas de saúde e cuja debilidade a impossibilita de participar,</p><p>normalmente, das atividades corriqueiras das demais crianças, impedindo-a assim de pertencer a um</p><p>grupo. É o caso do grande pianista Nelson Freire, tal como nos conta o documentário de João Moreira</p><p>Salles. A saúde frágil cria um pequeno exílio, um outro lugar que, contudo, não pode ainda ser</p><p>experimentado como lugar: não há nada nele, ele se define apenas negativamente – pela</p><p>impossibilidade, pelo vazio, pela ausência, por não ser o “verdadeiro” lugar, isto é, o lugar do grupo,</p><p>da aceitação, da norma.</p><p>E onde está a arte nisso tudo? A arte é exatamente o meio pelo qual, na encruzilhada da atopia,</p><p>preenche-se o vazio do isolamento dando-lhe um conteúdo e fazendo dele, assim, um espaço – um</p><p>lugar. A arte é o meio pelo qual o sujeito nomeia a si e ao mundo de uma outra forma. Essa</p><p>renomeação cria um lugar, na medida em que um mundo renomeado é imediatamente um mundo</p><p>revalorado. Isso reconfigura todo o espaço, pois é uma determinada estrutura de valoração,</p><p>normativa, que condena a diferença à atopia. Francisco Bosco</p><p>(Extraído e adaptado de: Banalogias. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007)</p><p>“Os caminhos da arte e da cirurgia estética se originam na mesma encruzilhada – seus destinos</p><p>entretanto serão radicalmente diferentes” A relação entre duas partes da frase acima, delimitadas</p><p>pelo emprego do travessão, pode ser descrita pelo seguinte par de palavras:</p><p>a) causa/consequência</p><p>b) ponderação/explicitação</p><p>c) abstração/especificação</p><p>d) convergência/divergência</p><p>Questão 35: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.</p><p>O Assunto $561: Aula presencial. Hora de reverter a evasão</p><p>A partir desta segunda-feira (18),</p><p>os alunos das redes estaduais de São Paulo, Bahia e Mato Grosso</p><p>voltam às aulas 100% in loco. Além deles, mais 11 Estados optaram pelo presencial. A urgência no</p><p>retorno às escolas é necessária para garantir acesso a mais de 5 milhões de estudantes privados da</p><p>educação durante a pandemia. Parte das unidades da rede ainda terá que seguir no modelo híbrido.</p><p>(https://91 .globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2021/10/19/ o-assunto-561-aula-presencial-hora-de-reverter-a-evasao.ghtml.</p><p>Acesso em 03 nov. 2021. Adaptado)</p><p>Assinale a frase escrita em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa quanto ao</p><p>emprego da vírgula.</p><p>a) Na entrada da escola, os alunos e funcionários, terão suas temperaturas aferidas.</p><p>b) Muitos alunos perderam, seu contato com a escola, e as escolas com seus alunos.</p><p>c) O ensino remoto, segundo a opinião de educadores, não substitui a sala de aula.</p><p>d) Os impactos da troca do ambiente escolar pelo virtual, são maiores na rede pública.</p><p>e) O ensino híbrido é, conforme especialistas um desafio mesmo para nativos digitais.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Questão 36: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.</p><p>Quando amor e amizade são construídos pelo silêncio</p><p>Como crianças, que brincam sozinhas uma ao lado da outra, casais ou amigos aprenderam, na pandemia, novos modos de se</p><p>aproximar.</p><p>“Quer ler em silêncio sentada ao meu lado no Riverside Park?” Mandei essa mensagem para uma amiga</p><p>numa tarde de domingo, em julho. Eu estava exausta e apavorada com a aproximação das últimas</p><p>horas do fim de semana – mas não queria ficar sozinha. “Vamos nos encontrar à uma hora?”, escreveu</p><p>ela de volta. Arrumei a mochila, animada para passar mais uma tarde sozinha e com uma amiga.</p><p>O termo ‘brincadeira paralela’ geralmente é usado quando crianças pequenas brincam de forma</p><p>independente, lado a lado, mas também pode ser uma maneira valiosa de pensar no relacionamento</p><p>entre adultos. O envolvimento em uma brincadeira paralela é parte importante de como a criança</p><p>aprende a interagir com outras e tornar-se um ser social. Pense em crianças construindo</p><p>silenciosamente cada uma a própria torre com blocos ou correndo pelo playground sem realmente</p><p>interagir. Não se envolvem, mas não estão brincando totalmente sozinhas.</p><p>Para os adultos, o que diferencia duas pessoas se ignorando na mesma sala e a brincadeira paralela é a</p><p>base segura que sustenta seu relacionamento, explicou o Dr. Amir Levine, psiquiatra. “A brincadeira</p><p>paralela é uma das marcas de um relacionamento seguro, mas tem de ser feita da maneira certa. Se</p><p>você sabe que a outra pessoa está disponível e que, se precisar, ela prestará atenção em você, isso lhe</p><p>dá segurança”, diz Levine.</p><p>Quando você não tem um relacionamento seguro, tentar agir de forma independente do parceiro,</p><p>enquanto compartilha o mesmo espaço, pode dar errado. A existência de brincadeiras paralelas em</p><p>um relacionamento pode ser o termômetro de um relacionamento saudável.</p><p>Sierra Reed, estrategista social e criativa, comentou que seus amigos mais próximos eram aqueles com</p><p>quem ela podia estar e não fazer nada. Ela pode trabalhar enquanto um amigo cozinha, por exemplo.</p><p>“São pessoas com quem posso estar, sentir o amor e pensar: ‘Isso é perfeito’.”</p><p>“Durante a covid, não podíamos nos afastar com frequência das pessoas com quem convivemos.</p><p>Embora eu não ache que sempre precisamos de um tempo a sós, às vezes precisamos ‘estar juntos,</p><p>mas sem interação’.”</p><p>(Sophie Vershbow, The New York Times. O Estado de S.Paulo, 23 de out.2021. Adaptado)</p><p>Leia a seguinte frase formulada a partir do texto para responder à questão.</p><p>Como crianças, que brincam sozinhas uma ao lado da outra, casais aprenderam novos modos de se</p><p>aproximar.</p><p>Assinale a alternativa em que a frase reescrita respeita a norma-padrão de emprego da vírgula,</p><p>mantendo o mesmo sentido do trecho original.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>a) Como crianças, brincam sozinhas, uma ao lado da outra, aprenderam com os casais, novos modos</p><p>de se aproximar.</p><p>b) Casais aprenderam como crianças brincam sozinhas, uma ao lado da outra e, novos modos, de se</p><p>aproximar.</p><p>c) Casais aprenderam, como crianças que brincam sozinhas, uma ao lado da outra, novos modos de se</p><p>aproximar.</p><p>d) Crianças que brincam sozinhas, uma ao lado da outra, ensinaram aos casais, como novos modos,</p><p>podem aproximar.</p><p>e) Casais aprenderam, novos modos de se aproximar, como crianças que brincam sozinhas, uma, ao</p><p>lado da outra.</p><p>Questão 37: SELECON -</p><p>Um alerta contemporâneo</p><p>O planeta nunca foi o mesmo. Ao longo do tempo, temos passado ao largo dessa questão, como se ela</p><p>não nos importasse para entendermos melhor onde estamos. E o que enfrentamos, a cada momento,</p><p>para existir. Um simples dado ignorado sobre o planeta pode nos revelar alguma coisa fundamental</p><p>sobre nós mesmos. Talvez esse simples dado, sobre a existência do que não conhecemos, nos explique</p><p>o que não conseguimos explicar até agora.</p><p>O calor excessivo na Europa, as cheias no continente asiático, as recentes chuvas de inverno durante o</p><p>nosso verão devem ser mais uma reação da natureza ao que temos feito de errado no mundo. Cada</p><p>fenômeno desses é um gesto de nossos parceiros para nos chamar a atenção para o que deve estar</p><p>errado. Ou, então, uma simples declaração de guerra, sei lá de que tipo.</p><p>Quando nossos erros se concluem antes de um desastre final, nossos parceiros deixam para lá,</p><p>esperam que desvendemos o fracasso de nossas más ideias. Outro dia, um daqueles príncipes do</p><p>Oriente Médio ofereceu ao Brasil fazer parte da Opep, a organização dos países exportadores de</p><p>petróleo. Deve ter feito o convite porque quase ninguém mais quer saber da Opep, por causa das</p><p>novas fontes de energia. Ninguém está mais a fim de gastar fortunas na exploração de petróleo,</p><p>quando o mundo desenvolve e já usa novas fontes limpas de energia, como a eólica e a solar.</p><p>O novo coronavírus é um sinal desse confronto entre o que foi vantagem no passado e hoje não é mais.</p><p>É uma formação natural de um mundo que ainda não conhecemos, equivalente ao que foi a Gripe</p><p>Espanhola, no final da Primeira Guerra Mundial. Um alerta contemporâneo.</p><p>No dia 11 de novembro de 1918, era assinado o tratado de paz que encerrava a Grande Guerra. Com</p><p>mais de 16 milhões de vítimas e histórias de arrepiar qualquer um de tanta violência e crueldade, essa</p><p>guerra seria responsável por um número de mortes que acabou sendo pequeno perto de outra tragédia</p><p>simultânea: a chamada Gripe Espanhola, que muitos acreditam ter interrompido de 30 a 50 milhões de</p><p>vidas, em todos os continentes. Curiosamente, como o coronavírus, a trágica epidemia não era uma</p><p>gripe, mas o resultado do surgimento e multiplicação de um vírus até então desconhecido.</p><p>Segundo historiadores da época, apesar do nome da epidemia, o vírus tinha sido trazido da costa leste</p><p>americana para a Europa, pelos combatentes dos Estados Unidos, que haviam entrado na guerra em</p><p>abril de 1918. Da Europa, os navios americanos e os de seus aliados o levaram para o resto do mundo,</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>chegando ao Rio de Janeiro no mês de setembro daquele ano, num navio britânico que deixou aqui a</p><p>gripe que não era gripe espalhada entre as meninas da Praça Mauá. E elas a transmitiram ao resto da</p><p>cidade, onde a epidemia atingiu 600 mil habitantes, mais da metade da população. Como no caso do</p><p>coronavírus, os que praticavam viagens transcontinentais eram os responsáveis por espalhar o vírus</p><p>fatal pelo mundo afora.</p><p>O coronavírus, como a Gripe Espanhola, é uma espécie de resistência da natureza às nossas</p><p>barbaridades. Uma resistência que ajudamos a se tornar de caráter global, graças ao progresso e ao</p><p>poder, como se fôssemos</p><p>estimulados por forças que não compreendemos, nem somos capazes de</p><p>enfrentar. É claro que o coronavírus nos faz mal; por isso devemos combatê-lo. Mas, sempre</p><p>lembrando que ele vem de um mundo ao qual também pertencemos e ao qual devemos atenção e</p><p>respeito, até conhecê-lo melhor.</p><p>Cacá Diegues. In: O Globo. 16/03/2020. [Adaptado] (Disponível em:</p><p>https://oglobo.globo.com/opiniao/um-alertacontemporaneo- 24305182)</p><p>“No dia 11 de novembro de 1918, era assinado o tratado de paz...” O mesmo motivo gramatical que</p><p>leva ao uso da vírgula nesse contexto justifica seu emprego em:</p><p>a) Talvez esse simples dado, sobre a existência do que não conhecemos...</p><p>b) O calor excessivo na Europa, as cheias no continente asiático, as recentes chuvas...</p><p>c) E elas a transmitiram ao resto da cidade, onde a epidemia atingiu 600 mil habitantes...</p><p>d) Da Europa, os navios americanos e os de seus aliados o levaram para o resto do mundo...</p><p>Questão 38: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG2A1-I</p><p>Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à justiça no</p><p>Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho, dente por dente”,</p><p>da Lei de Talião. O código definia</p><p>(b)</p><p>que o interessado poderia ser ouvido pelo soberano, que, por sua</p><p>vez, teria o poder de decisão.</p><p>Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado</p><p>(c)</p><p>de forma gradual, juntamente com as</p><p>transformações sociais que ocorreram durante a história da humanidade.</p><p>Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o Brasil</p><p>participou contra as ditaduras nazifascistas —</p><p>(d)</p><p>devido à entrada dos Estados Unidos da América no</p><p>conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos Aliados —</p><p>(d)</p><p>, o mundo</p><p>foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado Novo (iniciado em 1937) já não</p><p>se podia manter.</p><p>Foi somente com a Constituição de 1946</p><p>(a)</p><p>que o acesso à justiça foi materializado, prevendo-se que a</p><p>lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos individuais. Esse foi um</p><p>grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que, quase vinte anos depois, durante</p><p>o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e</p><p>1969, com a emissão dos atos institucionais, as condutas praticadas por membros do governo federal</p><p>foram excluídas da apreciação judicial.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a consagração efetiva do direito de acesso à</p><p>justiça, com a intensificação da luta dos movimentos sociais por igualdade social, cidadania plena,</p><p>democracia, efetivação de direitos fundamentais e sociais e efetividade da justiça.</p><p>Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal, que materializou expressamente o acesso à</p><p>justiça em seu artigo 5.º,</p><p>(e)</p><p>inciso XXXV, como direito fundamental de todos os brasileiros e</p><p>estrangeiros residentes no Brasil.</p><p>Nesse sentido, o legislador constituinte não só concedeu a possibilidade de acesso aos tribunais, como</p><p>também estabeleceu a criação de mecanismos adequados para garanti-la e efetivá-la.</p><p>O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como o acesso obtido tanto pelos meios alternativos</p><p>de solução de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e das políticas públicas, de forma</p><p>tempestiva, adequada e eficiente, a toda e qualquer pessoa. É a pacificação social com a realização</p><p>do escopo da justiça.</p><p>Internet: <www.politize.com.br> (com adaptações).</p><p>A correção gramatical do texto CG2A1-I seria preservada se</p><p>a) fosse inserida uma vírgula logo após “Constituição de 1946”.</p><p>b) fosse inserido o sinal de dois-pontos logo após a forma verbal “definia”.</p><p>c) fosse inserida uma vírgula logo após a palavra “ampliado”.</p><p>d) fossem suprimidos os travessões empregados no parágrafo.</p><p>e) fosse suprimida a vírgula empregada logo após “artigo 5.º”.</p><p>Questão 39: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG2A1-I</p><p>Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à justiça no</p><p>Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho, dente por dente”,</p><p>da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido pelo soberano, que, por sua</p><p>vez, teria o poder de decisão.</p><p>Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as transformações</p><p>sociais que ocorreram durante a história da humanidade.</p><p>Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o Brasil</p><p>participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da América no</p><p>conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos Aliados —, o mundo foi</p><p>tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado Novo (iniciado em 1937) já não se</p><p>podia manter.</p><p>Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado, prevendo-se que a</p><p>lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos individuais. Esse foi um</p><p>grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que, quase vinte anos depois, durante</p><p>o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>1969, com a emissão dos atos institucionais, as condutas praticadas por membros do governo federal</p><p>foram excluídas da apreciação judicial.</p><p>A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a consagração efetiva do direito de acesso à</p><p>justiça, com a intensificação da luta dos movimentos sociais por igualdade social, cidadania plena,</p><p>democracia, efetivação de direitos fundamentais e sociais e efetividade da justiça.</p><p>Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal, que materializou expressamente o acesso à</p><p>justiça em seu artigo 5.º, inciso XXXV, como direito fundamental de todos os brasileiros e estrangeiros</p><p>residentes no Brasil.</p><p>Nesse sentido, o legislador constituinte não só concedeu a possibilidade de acesso aos tribunais, como</p><p>também estabeleceu a criação de mecanismos adequados para garanti-la e efetivá-la.</p><p>O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como o acesso obtido tanto pelos meios alternativos</p><p>de solução de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e das políticas públicas, de forma</p><p>tempestiva, adequada e eficiente, a toda e qualquer pessoa. É a pacificação social com a realização</p><p>do escopo da justiça.</p><p>Internet: <www.politize.com.br> (com adaptações).</p><p>No parágrafo do texto CG2A1-I, o trecho entre travessões informa o motivo de</p><p>a) o Brasil ter participado da Segunda Guerra Mundial contra as ditaduras nazifascistas.</p><p>b) Hitler ter sido derrotado em 1945.</p><p>c) a Segunda Guerra Mundial ter chegado ao fim.</p><p>d) o regime autoritário do Estado Novo ter sucumbido.</p><p>e) o mundo ter sido tomado pelas ideias democráticas.</p><p>Questão 40: CEBRASPE (CESPE) - Texto</p><p>“Cada língua indígena é um reservatório único de conhecimento medicinal”. Assim escrevem os</p><p>pesquisadores Rodrigo Cámara-Leret e Jordi Bascompte em um recente estudo que faz um alerta: o</p><p>perigo do desaparecimento de antigos conhecimentos de plantas medicinais a partir da extinção das</p><p>línguas indígenas.</p><p>Em geral, quando se fala em plantas com propriedades medicinais, as discussões giram em torno da</p><p>extinção da biodiversidade. Nessa pesquisa, contudo, os cientistas focaram no que costuma ser</p><p>esquecido: o impacto da extinção das línguas para a perda desse conhecimento, tradicionalmente</p><p>transmitido oralmente.</p><p>Antes de tudo, a equipe do estudo precisava entender em que medida acontecia a perda de</p><p>conhecimento linguisticamente único.</p><p>No caso das plantas medicinais, era preciso entender em que grau o conhecimento delas estava</p><p>atrelado a apenas uma língua indígena. Dessa forma, seria possível compreender quais saberes seriam</p><p>perdidos no caso de extinção de determinado idioma.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Para isso, os pesquisadores analisaram três conjuntos de dados etnobotânicos (a ciência que estuda a</p><p>relação entre humanos e plantas). Eles contavam com cerca de 3,6 mil plantas medicinais, 236 línguas</p><p>indígenas e 12,5 mil “serviços de plantas medicinais” — combinações entre espécies de plantas e a</p><p>subcategoria medicinal para a qual elas eram indicadas, como “figueira-brava (Ficus insipida) +</p><p>sistema digestivo”. Os dados são referentes a três regiões com grande diversidade linguística e</p><p>biológica: América do Norte, noroeste da Amazônia e Nova Guiné.</p><p>Depois de analisarem os dados, os cientistas apontaram que o conhecimento indígena sobre as plantas</p><p>medicinais está, de fato, apoiado na singularidade linguística. No noroeste da Amazônia, 91% do</p><p>conhecimento medicinal não é compartilhado entre línguas — e se concentra em apenas um idioma.</p><p>Em Nova Guiné, essa taxa é de 84%; na América do Norte, 73%.</p><p>Além disso, eles observaram a porcentagem desse conhecimento que se concentra, especificamente,</p><p>em línguas ameaçadas de extinção. Na América do Norte, 86% do conhecimento medicinal único</p><p>ocorre, justamente, em idiomas em risco. No noroeste da Amazônia, 100%.</p><p>Para os cientistas, uma das hipóteses é a alta rotatividade cultural. Isso significa que, para uma</p><p>mesma planta, os povos indígenas possuem diversos conhecimentos e aplicações exclusivos. Sem uma</p><p>Wikipédia para reunir informações, cada cultura acumulou, ao longo do tempo, as próprias</p><p>descobertas sobre cada espécie.</p><p>O estudo ajuda a mostrar que cada língua (e cultura) indígena tem percepções únicas que, inclusive,</p><p>podem vir a oferecer seus conhecimentos medicinais também a outras sociedades.</p><p>Internet: <super.abril.com.br> (com adaptações).</p><p>Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.</p><p>A vírgula empregada no trecho “No noroeste da Amazônia, 100%” (sétimo parágrafo) marca a elipse de</p><p>um termo.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 41: CEBRASPE (CESPE) - Texto</p><p>Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país desigual. Os</p><p>bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente arborizados, alguns</p><p>cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das que foram cortadas na frente da</p><p>sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente inadequadas, para não causarem danos à</p><p>infraestrutura.</p><p>As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente abundante no</p><p>Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como no Pará, por exemplo,</p><p>sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai quebrar a calçada”. Árvores com</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são acusadas de destruir a pavimentação, ao</p><p>passo que aquelas de raízes reduzidas caem com facilidade.</p><p>As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis pela arborização</p><p>exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram uma eternidade para crescer,</p><p>a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada arborização avançada. Não podem ficar</p><p>muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como</p><p>mangas, por exemplo, nem pensar! Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos</p><p>podem manchar a pintura! Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos</p><p>estão fora de questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo</p><p>interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.</p><p>A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba consideravelmente devido</p><p>às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-vinda qualquer sombra que venha a</p><p>reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o</p><p>colorido das flores também têm importante papel na qualidade de vida dos cidadãos,</p><p>comprovadamente reduzindo o estresse e o risco de depressão. Esses são outros benefícios da</p><p>arborização que, geralmente, não são incluídos no contexto técnico, mas que devem ser mais bem</p><p>pesados na equação dos riscos e benefícios da arborização.</p><p>Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021. Internet: <www.correiocidadania.com.br> (com adaptações).</p><p>A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.</p><p>No segundo parágrafo, a eliminação das vírgulas que isolam o trecho “também conhecidas como</p><p>sete-copas” prejudicaria a correção gramatical e os sentidos originais do texto.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 42: CETREDE -</p><p>SEREMOS TODOS TELEFONES (João Ubaldo Ribeiro)</p><p>Esse negócio de Google tirou a graça de muitas coisas. E dificultou a vida dos que mourejam nas</p><p>letras, obrigados por profissão e ganha-pão a escrever com regularidade, fazendo o que podem para</p><p>atrair o interesse de leitores e mostrar serviço, pois bem sabem que a mão que afaga é a mesma que</p><p>apedreja e o quem-te-viu-quem-te-vê será o destino inglório daqueles que dormirem no ponto. Antes</p><p>do Google, o esforçado cronista recorria a almanaques e enciclopédias e deles, laboriosamente,</p><p>extraía novidades para motivar ou adornar seu texto. Agora todo mundo pode fazer isso num par de</p><p>cliques. Além do mais, o cronista podia também exibir-se um pouco, o que talvez trouxesse algum</p><p>benefício ao combalido Narciso que carrega n'alma, além de realçar-lhe a reputação. Somente alguns</p><p>poucos, entre os quais ele, tinha tal ou qual informação, ou lembrava certos pormenores, em relação</p><p>ao assunto comentado. O Google acabou com isso e quem hoje em dia chegar ao extremo de escrever</p><p>algo do tipo "você sabia?" se arrisca a desmoralização instantânea.</p><p>Mesmo consciente desses perigos, ouso dizer que a maior parte de vocês não sabia que hoje é o dia do</p><p>telefone. Eu por acaso sabia e me lembrei assim que vi a data no calendário. E também já sabia de</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>uma porção de coisas adicionais, inúteis mas talvez vistosas. Tudo isso, juro que é verdade, sem</p><p>recorrer ao Google. Faz mais tempo que eu gostaria de admitir, escrevi um trabalho escolar sobre</p><p>Alexander Graham Bell, o inventor do telefone, e não me esqueci de fatos importantíssimos. Para</p><p>começar, Bell não era americano, como geralmente se pensa; era escocês. E, se vocês pasmaram com</p><p>esta, pasmem com a próxima: nos primeiros telefones, não se falava e escutava ao mesmo tempo, era</p><p>como nos walkie-talkies dos filmes de guerra americanos e os interlocutores tinham que dizer</p><p>"câmbio", ao terminarem cada fala.</p><p>E, sim, D. Pedro II garantiu o papel do Brasil no sucesso da invenção. Os historiadores americanos</p><p>lembram como Sua Majestade, durante uma feira internacional em Filadélfia, ficou estupefato com o</p><p>novo aparelho e exclamou: "Meu Deus, isto fala!". Parece que ele botou mais fé na novidade que os</p><p>americanos, porque o presidente americano Rutherford B.</p><p>Hayes declarou mais tarde que se tratava de um aparelho interessante, mas sem nenhuma utilidade.</p><p>D. Pedro ganhou um e as centrais telefônicas começaram a se instalar no Brasil, notadamente no Rio</p><p>de Janeiro e, segundo eu li, tinham o hábito de pegar fogo com grande frequência. O coronel Ubaldo,</p><p>meu avô, como vários de seus contemporâneos, na hora de falar no telefone, botava o paletó e</p><p>passava a mão na careca, parecendo ajeitar uma cabeleira invisível e, depois que contaram a ele que</p><p>funcionava com eletricidade, acho que nunca</p><p>mais tocou em nenhum.</p><p>E mais sensacionais revelações eu teria a fazer, mas suspeito que todas podem ser achadas no Google,</p><p>para quem for suficientemente obsedado. O que não se acha no Google são minhas memórias pessoais</p><p>em relação ao telefone. A primeira lembrança é o telefone lá de casa, quando morávamos em</p><p>Aracaju. Se não me engano, o número era 631 e o aparelho ocupava um espaço solene, no corredor de</p><p>entrada. Recordo as duas enormes baterias, com o formato de pilhas de lanterna, mas muito maiores.</p><p>Pegava-se o fone, rodava-se a manivela e falava-se com a telefonista, para pedir a ligação. Nessa</p><p>época, Salvador já tinha telefones automáticos, parecidos com os que a gente via no cinema e com um</p><p>número enorme. O da casa de meu tio Cecéu, por exemplo, era 8521 e eu causava grande inveja em</p><p>meus colegas de Aracaju, quando dizia que meu telefone em Salvador tinha esse numerozão - e sem</p><p>telefonista.</p><p>Já as ligações interurbanas eram um problema, mesmo em Salvador ou qualquer outra cidade. Nem</p><p>sempre se conseguia e o telefonema tinha que ser programado com muita antecedência. Às vezes,</p><p>esperava-se o dia inteiro pela ligação.</p><p>Quando a conversa se iniciava, as vozes se perdiam numa fanfarra de zumbidos, estalos, pequenos</p><p>estampidos e ruídos de toda espécie, em que os telefonadores se esgoelavam em gritos altos e</p><p>palavras repetidas aos berros. Era inevitável a suspeita, em alguns casos convicção, de que seria mais</p><p>eficaz chegar à janela e soltar esses berros na direção da cidade para onde se telefonava, levando o</p><p>papo diretamente no gogó, sem precisar de nenhum aparelho. Pois é, nada como um dia depois do</p><p>outro. Ainda passei por mentiroso, quando, regressado ao Brasil depois de uma longa temporada nos</p><p>Estados Unidos, contei que o sujeito em Los Angeles discava diretamente para Nova York, na outra</p><p>ponta do país, a ligação se completava como se fosse local e se ouvia perfeitamente a voz do lado de</p><p>lá. Estabelecia-se um silêncio constrangido entre os ouvintes e não eram raros comentários elogiando</p><p>minha fértil imaginação de romancista. O curioso é que lá eu também passava pela mesma situação,</p><p>quando contava que, no Brasil, havia gente que esperava a instalação de um telefone durante décadas</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>e as linhas eram valorizadas como excelente investimento e deixadas como herança. Por fim,</p><p>chegaram os celulares e tabletes. Tem gente que não larga o celular nem no chuveiro e dizem que já é</p><p>até um acessório sexual indispensável para muitos. Creio que, no futuro próximo, os recém-nascidos,</p><p>ainda na maternidade, terão vários chips implantados no cérebro e serão conectados antes de</p><p>aprenderem a falar, talvez numa rede social especializada. Um chip, secretamente instalado no</p><p>celular do cônjuge infiel, mostrará à parte corneada o endereço exato do motel onde o (a)</p><p>sem-vergonha prevarica. Um aplicativo ora sendo aperfeiçoado saberá, por sutis alterações na voz,</p><p>quando quem fala está mentindo. Realiza-se o sonho de não passarmos de uma colmeia toda</p><p>interligada, em que não haverá vida privada. Feliz dia do telefone para todos.</p><p>Jornal O Estado de S. Paulo, 10 de março de 2013 | 02h13</p><p>Marque a alternativa correta, quanto à justificativa para o uso da vírgula, nos trechos sublinhados, no</p><p>período seguinte: “O coronel Ubaldo, meu avô, como vários de seus contemporâneos, na hora de</p><p>falar no telefone, botava o paletó e passava a mão na careca, parecendo ajeitar uma cabeleira</p><p>invisível e, depois que contaram a ele que funcionava com eletricidade, acho que nunca mais tocou</p><p>em nenhum.”.</p><p>a) Usa-se a vírgula para isolar o vocativo e orações subordinadas adjetivas restritivas.</p><p>b) Usa-se a vírgula para separar o aposto e orações subordinadas adverbiais, principalmente quando</p><p>antepostas à principal ou intercaladas.</p><p>c) Usa-se a vírgula para separar o vocativo e orações coordenadas assindéticas.</p><p>d) Usa-se a vírgula para isolar orações coordenadas e reduzidas.</p><p>ANULADA - Questão 43: CETREDE -</p><p>RETROSPECTIVA</p><p>Retrospectivas de fim de ano servem para passar o passado a limpo e organizar nossas lembranças que,</p><p>sem elas, seriam histórias sem nexo. O retrospectivista mais desatento da História foi Luís XVI que, na</p><p>véspera da Revolução Francesa, escreveu no seu diário: “Tudo calmo, nenhuma novidade no reino”. A</p><p>tradição de recapitular os principais acontecimentos do ano teria começado no ano 1, quando um</p><p>viajante no deserto anotou no caderno de viagem a presença daquela estranha estrela no céu da</p><p>Judeia, brilhando mais do que as outras, como que mostrando um caminho, e disse “Epa”.</p><p>No jornalismo, uma retrospectiva de fim de ano é obrigatória, e fácil de fazer. Basta juntar fatos e</p><p>feitos que se destacaram durante o ano, e pronto. O ano de 2020, que termina hoje, por exemplo,</p><p>esteve cheio de notícias destacáveis, como todos os anos. É só reuni-las e teremos um típico ano com</p><p>seus altos e baixos, esperando sua inclusão na retrospectiva. Como todos os anos. Certo?</p><p>Você deve estar brincando com os pobres autores de retrospectivas e com a humanidade em geral.</p><p>Nenhum outro ano na nossa história foi tão diferente dos outros quanto 2020. Nenhuma outra</p><p>retrospectiva foi – e continua sendo – tão inverossímil. Um vírus mal-intencionado surgiu não se sabe</p><p>de onde decidido a acabar conosco e, mesmo se não conseguir, alterar a vida sobre a Terra e a relação</p><p>entre as pessoas de maneira inédita, com efeitos imprevisíveis no futuro de cada um.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Retrospectivas por vir terão que recorrer à ficção ou ao delírio para contar como foi 2020 e seus</p><p>desdobramentos. Elas podem muito bem ser sobre a guerra da vacina que fatalmente acontecerá em</p><p>poucos anos, ricos contra pobres lutando pela sobrevivência.</p><p>Prevê-se que retrospectivas do futuro se ocuparão do comportamento de jovens, em 2020 e depois,</p><p>que desafiaram as recomendações de como enfrentar o vírus assassino e continuaram fazendo festas</p><p>sem qualquer proteção, sugerindo que o vírus, além de todos os seus crimes, criara uma geração de</p><p>desinformados, de alienados ou de suicidas.</p><p>(Fonte:Jornal O Estado de S. Paulo, 31 de dezembro de 2020 - 03h00)</p><p>Marque a alternativa correta em relação à justificativa para o uso das vírgulas que separam o trecho</p><p>sublinhado, no período:</p><p>“O ano de 2020, que termina hoje, por exemplo, esteve cheio de notícias destacáveis, como todos os</p><p>anos”.</p><p>a) As vírgulas separam orações coordenadas da mesma natureza.</p><p>b) A vírgula foi usada depois da conjunção para separar adjunto adverbial.</p><p>c) As vírgulas estão separando itens de enunciados enumerativos.</p><p>d) As vírgulas separam oração adjetiva de valor explicativo.</p><p>Questão 44: OBJETIVA CONCURSOS - Em relação à pontuação, marcar C para as sentenças Certas,</p><p>E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:</p><p>( _ ) Florianópolis, a capital catarinense, amanheceu ensolarada.</p><p>( _ ) Chegamos atrasados, explicou Carlos por falta de planejamento.</p><p>( _ ) Os especialistas alertaram, com frequência os potenciais infectantes.</p><p>a) C - C - E.</p><p>b) E - E - C.</p><p>c) C - E - E.</p><p>d) E - C - E.</p><p>e) C - E - C.</p><p>Questão 45: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.</p><p>Crítico de cinema? Mas isso é uma profissão?</p><p>O francês Jean-Michel Frodon contou que, um dia, um taxista lhe perguntou sua profissão. “Sou crítico</p><p>de cinema”, respondeu. “Mas isso é uma profissão?”, questionou o taxista.</p><p>Frodon, um dos mais respeitados críticos de cinema da França, abriu nesta sexta-feira (10 de junho),</p><p>no Rio de Janeiro, a programação do Festival Varilux de Cinema Francês, que terá programação em 50</p><p>cidades, com uma master class sobre o seu ofício</p><p>a</p><p>. Tive o prazer de estar na plateia, junto com alguns</p><p>dos mais conhecidos críticos do Brasil e entusiastas da sétima arte,</p><p>e acompanhamos atentamente sua</p><p>“aula de mestre”. Foi lição em cima de lição. O francês, que foi diretor de redação da revista Cahiers</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>du Cinéma de 2003 a 2009 e é autor de diversos livros sobre cinema, foi inspirador. Lembrou que, a</p><p>cada semana, quando novos filmes são lançados, são as pessoas que escrevem sobre eles as</p><p>responsáveis por dar “respeitabilidade artística” àquela obra. “O filme, porém, vai além do fato de o</p><p>crítico ter amado, odiado ou falado besteira sobre um filme. Porque os críticos falam besteiras</p><p>também</p><p>b</p><p>…”</p><p>Frodon destaca que a crítica tem que se parecer com “um convite” para que se explore algo novo.</p><p>“Escrevemos para quem vai ver um filme ou para quem já viu? Isso não tem a menor importância.” O</p><p>que tem importância, para Frodon, é não deixar que um filme se transforme em um produto. Ou seja,</p><p>dar estrelinha, coração ou carinha de bravo para definir se um filme é ou não é bom</p><p>c</p><p>.</p><p>Na plateia, nesse momento, foi interessante observar alguns críticos do jornal O Globo, famoso por</p><p>sua cotação “O Bonequinho…” Para quem não está familiarizado, as cotações variam de “O</p><p>Bonequinho aplaudiu de pé” a “O Bonequinho saiu da sala”, com algumas variantes no meio do</p><p>caminho. “Na prática, pode ser útil para ajudar o leitor a escolher por este ou aquele filme, mas essa</p><p>não é a razão de ser da crítica.”</p><p>Transformar um filme em produto “suprime a dimensão mais importante do filme, que é a</p><p>possibilidade dele ser tratado com uma obra de arte”, destacou. “Um filme pode ser lazer, diversão,</p><p>retratar um fenômeno social, dar medo, ser um objeto de pesquisa, nos levar a outros planetas…</p><p>Muitos são bonitos, agradáveis, mas são objetos acabados, que não cumprem a promessa de se</p><p>tornarem uma obra de arte, enquanto outros sim, se diferenciam como obra de arte.”</p><p>Para Frodon, muitos filmes acabam sendo como “papel de parede, somente decorativos”, e o papel do</p><p>crítico, na sua literatura, é explicar ao leitor porque aquele filme descumpre a promessa de ser uma</p><p>obra de arte</p><p>d</p><p>. “Cinema é muito mais que a história, os atores de quem gostamos, os efeitos</p><p>especiais…”</p><p>A França, que tem 350 festivais de cinema por ano (!), é o berço da crítica desde que Diderot resolveu</p><p>escrever sobre pintura na segunda metade do século 18. No cinema, o Festival de Cannes é o auge de</p><p>qualquer crítico e Frodon já participou de muitos. “Quando começo uma crítica não sei o que vou</p><p>escrever”, admite o crítico, que mostra o caderninho no qual faz anotações durante o filme, mas que</p><p>diz não levar em conta. “Fazer anotações significa que não sou um espectador normal, anoto, mas não</p><p>releio, afinal, é difícil reler o que a gente escreve no escuro”, diverte-se.</p><p>Frodon diz que gosta quando lê uma crítica que defende um filme do qual não gostou. “É como entrar</p><p>em uma outra emoção. Porque uma crítica é algo pessoal, nós nos expomos, nos exibimos ali naquelas</p><p>palavras que tentam transmitir ideias que possam ser compartilhadas. Ser crítico é tentar ser um</p><p>escritor.”</p><p>Para Frodon, a chegada da internet, que deu voz a uma legião de críticos sem espaço nas grandes</p><p>mídias, “abre novas possibilidades”. “Um filme existe para que se fale dele, o cinema leva as pessoas</p><p>a falarem, antes falávamos entre nós, agora podemos falar com todo o mundo”, resume. “É direito</p><p>absoluto de todos poder falar dos filmes.”</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>“Às vezes, inclusive, me deparo com críticas na internet que são muito melhores, muito mais</p><p>elaboradas, do que as que estão nas páginas dos jornais e das revistas”, completa</p><p>e</p><p>. O francês cita um</p><p>conterrâneo, André Bazin, um dos fundadores da revista Cahiers du Cinéma, que dizia que “todos os</p><p>filmes nascem livres e iguais em direito”, para um choque de realidade. “O que o Bazin dizia é uma</p><p>utopia. Sabemos que não é verdade, há os filmes ricos e poderosos e os filmes pobres e</p><p>desconhecidos.”</p><p>Frodon lamenta que, em um mundo com tantos e tantos filmes para ver, o poder do marketing seja tão</p><p>dominante. “Quanto mais filmes podemos ver, mais vemos os mesmos filmes.”</p><p>Daniela Prandi Disponível em http://asn.blog.br/</p><p>2016/06/11/critico-de-cinema-mas-isso-e-uma-profissao/ Acessado em 6/12/2021</p><p>A separação, por vírgula(s), da palavra ou expressão grifada é optativa em</p><p>a) Frodon, um dos mais respeitados críticos de cinema da França, abriu nesta sexta-feira (10 de</p><p>junho), no Rio de Janeiro, a programação do Festival Varilux de Cinema Francês, que terá</p><p>programação em 50 cidades, com uma master class sobre o seu ofício.</p><p>b) “O filme, porém, vai além do fato de o crítico ter amado, odiado ou falado besteira sobre um</p><p>filme. Porque os críticos falam besteiras também…”.</p><p>c) Ou seja, dar estrelinha, coração ou carinha de bravo para definir se um filme é ou não é bom.</p><p>d) Para Frodon, muitos filmes acabam sendo como “papel de parede, somente decorativos”, e o</p><p>papel do crítico, na sua literatura, é explicar ao leitor porque aquele filme descumpre a promessa de</p><p>ser uma obra de arte.</p><p>e) “Às vezes, inclusive, me deparo com críticas na internet que são muito melhores, muito mais</p><p>elaboradas, do que as que estão nas páginas dos jornais e das revistas”, completa.</p><p>Questão 46: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.</p><p>Crítico de cinema? Mas isso é uma profissão?</p><p>O francês Jean-Michel Frodon contou que, um dia, um taxista lhe perguntou sua profissão. “Sou crítico</p><p>de cinema</p><p>”a</p><p>, respondeu. “Mas isso é uma profissão?”, questionou o taxista.</p><p>Frodon, um dos mais respeitados críticos de cinema da França, abriu nesta sexta-feira (10 de junho),</p><p>no Rio de Janeiro, a programação do Festival Varilux de Cinema Francês, que terá programação em 50</p><p>cidades, com uma master class sobre o seu ofício. Tive o prazer de estar na plateia, junto com alguns</p><p>dos mais conhecidos críticos do Brasil e entusiastas da sétima arte, e acompanhamos atentamente sua</p><p>“aula de mestre”</p><p>b</p><p>. Foi lição em cima de lição. O francês, que foi diretor de redação da revista Cahiers</p><p>du Cinéma de 2003 a 2009 e é autor de diversos livros sobre cinema, foi inspirador. Lembrou que, a</p><p>cada semana, quando novos filmes são lançados, são as pessoas que escrevem sobre eles as</p><p>responsáveis por dar “respeitabilidade artística” àquela obra</p><p>c</p><p>. “O filme, porém, vai além do fato de o</p><p>crítico ter amado, odiado ou falado besteira sobre um filme. Porque os críticos falam besteiras</p><p>também…”</p><p>Frodon destaca que a crítica tem que se parecer com “um convite” para que se explore algo novo</p><p>d</p><p>.</p><p>“Escrevemos para quem vai ver um filme ou para quem já viu? Isso não tem a menor importância.” O</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>que tem importância, para Frodon, é não deixar que um filme se transforme em um produto. Ou seja,</p><p>dar estrelinha, coração ou carinha de bravo para definir se um filme é ou não é bom.</p><p>Na plateia, nesse momento, foi interessante observar alguns críticos do jornal O Globo, famoso por</p><p>sua cotação “O Bonequinho…” Para quem não está familiarizado, as cotações variam de “O</p><p>Bonequinho aplaudiu de pé” a “O Bonequinho saiu da sala”, com algumas variantes no meio do</p><p>caminho. “Na prática, pode ser útil para ajudar o leitor a escolher por este ou aquele filme, mas essa</p><p>não é a razão de ser da crítica.”</p><p>Transformar um filme em produto “suprime a dimensão mais importante do filme, que é a</p><p>possibilidade dele ser tratado com uma obra de arte”, destacou. “Um filme pode ser lazer, diversão,</p><p>retratar um fenômeno social, dar medo, ser um objeto de pesquisa, nos levar a outros planetas…</p><p>Muitos são bonitos, agradáveis, mas são objetos acabados, que não cumprem a promessa de se</p><p>tornarem uma obra de arte, enquanto outros sim, se diferenciam como obra de arte.”</p><p>Para</p><p>Frodon, muitos filmes acabam sendo como “papel de parede, somente decorativos”, e o papel do</p><p>crítico, na sua literatura, é explicar ao leitor porque aquele filme descumpre a promessa de ser uma</p><p>obra de arte. “Cinema é muito mais que a história, os atores de quem gostamos, os efeitos</p><p>especiais…”</p><p>A França, que tem 350 festivais de cinema por ano (!), é o berço da crítica desde que Diderot resolveu</p><p>escrever sobre pintura na segunda metade do século 18. No cinema, o Festival de Cannes é o auge de</p><p>qualquer crítico e Frodon já participou de muitos. “Quando começo uma crítica não sei o que vou</p><p>escrever”, admite o crítico, que mostra o caderninho no qual faz anotações durante o filme, mas que</p><p>diz não levar em conta. “Fazer anotações significa que não sou um espectador normal, anoto, mas não</p><p>releio, afinal, é difícil reler o que a gente escreve no escuro”, diverte-se.</p><p>Frodon diz que gosta quando lê uma crítica que defende um filme do qual não gostou. “É como entrar</p><p>em uma outra emoção. Porque uma crítica é algo pessoal, nós nos expomos, nos exibimos ali naquelas</p><p>palavras que tentam transmitir ideias que possam ser compartilhadas. Ser crítico é tentar ser um</p><p>escritor.”</p><p>Para Frodon, a chegada da internet, que deu voz a uma legião de críticos sem espaço nas grandes</p><p>mídias, “abre novas possibilidades”</p><p>e</p><p>. “Um filme existe para que se fale dele, o cinema leva as pessoas</p><p>a falarem, antes falávamos entre nós, agora podemos falar com todo o mundo”, resume. “É direito</p><p>absoluto de todos poder falar dos filmes.”</p><p>“Às vezes, inclusive, me deparo com críticas na internet que são muito melhores, muito mais</p><p>elaboradas, do que as que estão nas páginas dos jornais e das revistas”, completa. O francês cita um</p><p>conterrâneo, André Bazin, um dos fundadores da revista Cahiers du Cinéma, que dizia que “todos os</p><p>filmes nascem livres e iguais em direito”, para um choque de realidade. “O que o Bazin dizia é uma</p><p>utopia. Sabemos que não é verdade, há os filmes ricos e poderosos e os filmes pobres e</p><p>desconhecidos.”</p><p>Frodon lamenta que, em um mundo com tantos e tantos filmes para ver, o poder do marketing seja tão</p><p>dominante. “Quanto mais filmes podemos ver, mais vemos os mesmos filmes.”</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Daniela Prandi Disponível em http://asn.blog.br/</p><p>2016/06/11/critico-de-cinema-mas-isso-e-uma-profissao/ Acessado em 6/12/2021</p><p>As aspas indicam uma expressão usada fora de seu contexto habitual em</p><p>a) “Sou crítico de cinema” (linha 2).</p><p>b) Tive o prazer de estar na plateia, junto com alguns dos mais conhecidos críticos do Brasil e</p><p>entusiastas da sétima arte, e acompanhamos atentamente sua “aula de mestre”.</p><p>c) Lembrou que, a cada semana, quando novos filmes são lançados, são as pessoas que escrevem</p><p>sobre eles as responsáveis por dar “respeitabilidade artística” àquela obra.</p><p>d) Frodon destaca que a crítica tem que se parecer com “um convite” para que se explore algo novo.</p><p>e) Para Frodon, a chegada da internet, que deu voz a uma legião de críticos sem espaço nas grandes</p><p>mídias, “abre novas possibilidades”.</p><p>Questão 47: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.</p><p>Crítico de cinema? Mas isso é uma profissão?</p><p>O francês Jean-Michel Frodon contou que, um dia, um taxista lhe perguntou sua profissão. “Sou crítico</p><p>de cinema”, respondeu</p><p>a</p><p>. “Mas isso é uma profissão?”, questionou o taxista.</p><p>Frodon, um dos mais respeitados críticos de cinema da França, abriu nesta sexta-feira (10 de junho),</p><p>no Rio de Janeiro, a programação do Festival Varilux de Cinema Francês, que terá programação em 50</p><p>cidades, com uma master class sobre o seu ofício. Tive o prazer de estar na plateia, junto com alguns</p><p>dos mais conhecidos críticos do Brasil e entusiastas da sétima arte, e acompanhamos atentamente sua</p><p>“aula de mestre”. Foi lição em cima de lição. O francês, que foi diretor de redação da revista Cahiers</p><p>du Cinéma de 2003 a 2009 e é autor de diversos livros sobre cinema, foi inspirador. Lembrou que, a</p><p>cada semana, quando novos filmes são lançados, são as pessoas que escrevem sobre eles as</p><p>responsáveis por dar “respeitabilidade artística” àquela obra. “O filme, porém, vai além do fato de o</p><p>crítico ter amado, odiado ou falado besteira sobre um filme. Porque os críticos falam besteiras</p><p>também…”</p><p>Frodon destaca que a crítica tem que se parecer com “um convite” para que se explore algo novo.</p><p>“Escrevemos para quem vai ver um filme ou para quem já viu? Isso não tem a menor importância.” O</p><p>que tem importância, para Frodon, é não deixar que um filme se transforme em um produto. Ou seja,</p><p>dar estrelinha, coração ou carinha de bravo para definir se um filme é ou não é bom</p><p>b</p><p>.</p><p>Na plateia, nesse momento, foi interessante observar alguns críticos do jornal O Globo, famoso por</p><p>sua cotação “O Bonequinho…” Para quem não está familiarizado, as cotações variam de “O</p><p>Bonequinho aplaudiu de pé” a “O Bonequinho saiu da sala”, com algumas variantes no meio do</p><p>caminho. “Na prática, pode ser útil para ajudar o leitor a escolher por este ou aquele filme, mas essa</p><p>não é a razão de ser da crítica.”</p><p>Transformar um filme em produto “suprime a dimensão mais importante do filme, que é a</p><p>possibilidade dele ser tratado com uma obra de arte”, destacou. “Um filme pode ser lazer, diversão,</p><p>retratar um fenômeno social, dar medo, ser um objeto de pesquisa, nos levar a outros planetas…</p><p>c</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Muitos são bonitos, agradáveis, mas são objetos acabados, que não cumprem a promessa de se</p><p>tornarem uma obra de arte, enquanto outros sim, se diferenciam como obra de arte.”</p><p>Para Frodon, muitos filmes acabam sendo como “papel de parede, somente decorativos”, e o papel do</p><p>crítico, na sua literatura, é explicar ao leitor porque aquele filme descumpre a promessa de ser uma</p><p>obra de arte. “Cinema é muito mais que a história, os atores de quem gostamos, os efeitos</p><p>especiais…”</p><p>A França, que tem 350 festivais de cinema por ano (!), é o berço da crítica desde que Diderot resolveu</p><p>escrever sobre pintura na segunda metade do século 18. No cinema, o Festival de Cannes é o auge de</p><p>qualquer crítico e Frodon já participou de muitos</p><p>d</p><p>. “Quando começo uma crítica não sei o que vou</p><p>escrever”, admite o crítico, que mostra o caderninho no qual faz anotações durante o filme, mas que</p><p>diz não levar em conta. “Fazer anotações significa que não sou um espectador normal, anoto, mas não</p><p>releio, afinal, é difícil reler o que a gente escreve no escuro”, diverte-se.</p><p>Frodon diz que gosta quando lê uma crítica que defende um filme do qual não gostou. “É como entrar</p><p>em uma outra emoção. Porque uma crítica é algo pessoal, nós nos expomos, nos exibimos ali naquelas</p><p>palavras que tentam transmitir ideias que possam ser compartilhadas. Ser crítico é tentar ser um</p><p>escritor.”</p><p>Para Frodon, a chegada da internet, que deu voz a uma legião de críticos sem espaço nas grandes</p><p>mídias, “abre novas possibilidades”. “Um filme existe para que se fale dele, o cinema leva as pessoas</p><p>a falarem, antes falávamos entre nós, agora podemos falar com todo o mundo”, resume. “É direito</p><p>absoluto de todos poder falar dos filmes.”</p><p>“Às vezes, inclusive, me deparo com críticas na internet que são muito melhores, muito mais</p><p>elaboradas, do que as que estão nas páginas dos jornais e das revistas”, completa. O francês cita um</p><p>conterrâneo, André Bazin, um dos fundadores da revista Cahiers du Cinéma, que dizia que “todos os</p><p>filmes nascem livres e iguais em direito”, para um choque de realidade. “O que o Bazin dizia é uma</p><p>utopia. Sabemos que não é verdade, há os filmes ricos e poderosos e os filmes pobres e</p><p>desconhecidos.”</p><p>Frodon lamenta que, em um mundo com tantos e tantos filmes para ver, o poder do marketing seja tão</p><p>dominante. “Quanto mais filmes podemos ver, mais vemos os mesmos filmes</p><p>e</p><p>.”</p><p>Daniela Prandi Disponível</p><p>em http://asn.blog.br/</p><p>2016/06/11/critico-de-cinema-mas-isso-e-uma-profissao/ Acessado em 6/12/2021</p><p>O ponto que separa os dois enunciados poderia ser substituído por vírgula em</p><p>a) O francês Jean-Michel Frodon contou que, um dia, um taxista lhe perguntou sua profissão. “Sou</p><p>crítico de cinema”, respondeu.</p><p>b) O que tem importância, para Frodon, é não deixar que um filme se transforme em um produto. Ou</p><p>seja, dar estrelinha, coração ou carinha de bravo para definir se um filme é ou não é bom.</p><p>c) Transformar um filme em produto “suprime a dimensão mais importante do filme, que é a</p><p>possibilidade dele ser tratado com uma obra de arte”, destacou. “Um filme pode ser lazer, diversão,</p><p>retratar um fenômeno social, dar medo, ser um objeto de pesquisa, nos levar a outros planetas… .</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>d) A França, que tem 350 festivais de cinema por ano (!), é o berço da crítica desde que Diderot</p><p>resolveu escrever sobre pintura na segunda metade do século 18. No cinema, o Festival de Cannes é o</p><p>auge de qualquer crítico e Frodon já participou de muitos.</p><p>e) Frodon lamenta que, em um mundo com tantos e tantos filmes para ver, o poder do marketing</p><p>seja tão dominante. “Quanto mais filmes podemos ver, mais vemos os mesmos filmes.".</p><p>Questão 48: OBJETIVA CONCURSOS -</p><p>Como funciona o toboágua?</p><p>Ao descer em um toboágua, apesar da velocidade em que você está, não há risco de sair voando do</p><p>brinquedo. A velocidade nas curvas do trajeto é sempre menor do que seria na queda livre de uma</p><p>pessoa. Além isso, a velocidade da descida varia a cada trecho, garantindo a segurança.</p><p>A tendência natural do corpo é seguir reto. Mas um toboágua com curvas muda essa lei da física:</p><p>quando aparece uma curva na pista, entramos em contato com a lateral da estrutura, que nos</p><p>empurra de volta e nos obriga a seguir pelo caminho que não é o reto. O filete de água presente</p><p>durante toda a descida também ajuda na condução do corpo humano pelo trajeto certo.</p><p>A velocidade de descida em um toboágua varia de pessoa para pessoa: quanto mais massa (peso) você</p><p>tiver, maior será a velocidade que pode atingir. Outros fatores influenciam, como a área de contato</p><p>com a pista (quanto menor, maior é a velocidade), o tipo de tecido e o comprimento da roupa que</p><p>você está usando (quanto mais comprida ela for, menor é a velocidade).</p><p>Apesar de parecer que você chega ao final do trajeto em uma velocidade menor, isso não é verdade –</p><p>o impacto ao atingir a água é proporcional à velocidade que você manteve durante o caminho.</p><p>Contudo, a maneira como nosso corpo bate na água da piscina (com os pés, por exemplo) pode alterar</p><p>a sensação, deixando-a mais suave. E a curvatura do toboágua também engana: cria a sensação de</p><p>suavidade na inclinação para que o impacto pareça menor.</p><p>(Fonte: Uol - adaptado.)</p><p>Em relação à pontuação, assinalar a alternativa CORRETA:</p><p>a) Teve a audácia de falar como se, realmente soubesse do que se tratava.</p><p>b) Minha querida família sinto, muita saudade de todos.</p><p>c) Soube do escândalo, contudo, permaneceu calado.</p><p>d) Seus sonhos pareciam, deslocados da realidade para a maioria das pessoas.</p><p>e) Minhas pretensões, eram maiores do que puderam propor.</p><p>Questão 49: OBJETIVA CONCURSOS - Em relação ao uso da pontuação, analisar os itens abaixo:</p><p>I. Embora estivesse cansado, não deixou de comparecer ao evento.</p><p>II. A família decidiu, que mudaria para o norte.</p><p>III. Durante o carnaval, no Rio de Janeiro, não choveu.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Está(ão) CORRETO(S):</p><p>a) Somente o item I.</p><p>b) Somente o item II.</p><p>c) Somente os itens I e III.</p><p>d) Somente os itens II e III.</p><p>e) Todos os itens.</p><p>Questão 50: FGV - Um jurista conhecido disse: “O grande mal do Brasil tem sido o crime sem</p><p>castigo. O que reduz a criminalidade é a certeza da punição”.</p><p>Esse pensamento está dividido em dois períodos, separados por um ponto. Em relação ao primeiro</p><p>período, o segundo mostra a seguinte função:</p><p>a) explicar o que é um crime sem castigo.</p><p>b) indicar a consequência de os crimes ficarem impunes.</p><p>c) justificar a opinião dada anteriormente.</p><p>d) mostrar outro parecer independente do primeiro.</p><p>e) retificar uma falha do pensamento anterior.</p><p>Questão 51: FGV - Se colocarmos todas as vírgulas necessárias na frase “Não me importo de me</p><p>atribuírem todos os pecados do mundo mas por favor não digam que eu seria capaz de comer pizza de</p><p>soja.”, a forma correta será:</p><p>a) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas, por favor, não digam que eu</p><p>seria capaz de comer pizza de soja.”;</p><p>b) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas por favor, não digam que eu</p><p>seria capaz de comer pizza de soja.”;</p><p>c) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo mas por favor, não digam que eu</p><p>seria capaz de comer pizza de soja.”;</p><p>d) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas por favor, não digam, que eu</p><p>seria capaz de comer pizza de soja.”;</p><p>e) “Não me importo, de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas por favor, não digam que eu</p><p>seria capaz de comer pizza de soja. ”</p><p>Questão 52: CESGRANRIO -</p><p>“Maior fronteira agrícola do mundo</p><p>está no bioma amazônico”,</p><p>diz pesquisador da Embrapa</p><p>O Brasil é um dos poucos países no mundo com a possibilidade de ampliar áreas com a agropecuária.</p><p>De fato, um estudo da ONU mostra que o país será o grande responsável por produzir os alimentos</p><p>necessários para atender os mais de 9 bilhões de pessoas que habitarão o planeta em 2050. De acordo</p><p>com pesquisadores da Embrapa, a região possui potencial e áreas para ampliação sustentável da</p><p>agricultura. Portanto, a responsabilidade do agricultor brasileiro é muito grande.</p><p>A região amazônica se mostra promissora para a agricultura, pois ela é rica em um insumo</p><p>fundamental, a água. Estados como Rondônia e Acre têm municípios que recebem até 2.800</p><p>milímetros de chuvas por ano. E isso proporciona a qualidade e a possibilidade de semear mais de uma</p><p>cultura por ano.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Entretanto, as críticas internacionais, quanto ao uso e à ampliação da agricultura na região</p><p>amazônica, são um limitante para a exploração dessas áreas. Para cada nova área aberta para a</p><p>agricultura, parte deveria ser obrigatoriamente destinada à preservação ambiental, segundo as</p><p>exigências dos países que compram nossos produtos agrícolas.</p><p>POPOV, Daniel. Canal Rural. Disponível em:</p><p>https://www.canalrural. com.br/projeto-soja-brasil/noticia/</p><p>maior-fronteira-agricola- -mundo-amazonia-embrapa/. 19 set. 2019. Acesso em: 30 nov. 2021. Adaptado.</p><p>De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o emprego adequado da vírgula está plenamente</p><p>atendido em:</p><p>a) A criação de animais para a produção de alimentos, é de grande importância para o sustento de</p><p>milhares de famílias.</p><p>b) A floresta Amazônica, apesar de parecer homogênea, possui muitas diferenças na sua vegetação.</p><p>c) A melhor maneira de proteger as povoações situadas nas margens dos rios, é procurar soluções que</p><p>impeçam o comércio ilegal.</p><p>d) O estado do Amazonas apresenta, a maior população indígena do Brasil com aproximadamente</p><p>trinta mil habitantes.</p><p>e) O número de estudiosos preocupados com o futuro do planeta, aumentou devido ao aquecimento</p><p>global.</p><p>Questão 53: CESGRANRIO -</p><p>Uma cena</p><p>É de manhã. Não num lugar qualquer, mas no Rio. E não numa época qualquer, mas no outono. Outono</p><p>no Rio. O ar é fino, quase frio, as pedras portuguesas da calçada estão úmidas. No alto, o céu já é de</p><p>um azul escandaloso, mas o sol oblíquo ainda não conseguiu vencer os prédios e arrasta seus raios pelo</p><p>mar, pelas praias, por cima das montanhas, longe dali. Não chegou à rua. E, naquele trecho, onde as</p><p>amendoeiras trançam</p><p>suas copas, ainda é quase madrugada.</p><p>Mesmo assim, ela já está lá – como se à espera do sol.</p><p>É uma senhora de cabelos muito brancos, sentada em sua cadeira, na calçada. Na rua tranquila, de</p><p>pouco movimento, não passa quase ninguém a essa hora, tão de manhãzinha. Nem carros, nem</p><p>pessoas. O que há mais é o movimento dos porteiros e dos pássaros. Os primeiros, com suas vassouras</p><p>e mangueiras, conversando sobre o futebol da véspera. Os segundos, cantando – dentro ou fora das</p><p>gaiolas.</p><p>Mas, mesmo com tão pouco movimento, a senhora já está sentada muito ereta, com seu vestido</p><p>estampado, de corte simples, suas sandálias. Tem o olhar atento, o sorriso pronto a cumprimentar</p><p>quem surja. No braço da cadeira de plástico branco, sua mão repousa, mas também parece pronta a</p><p>erguer -se num aceno, quando alguém passar.</p><p>É uma cena bonita, eu acho. Cena que se repete todos os dias. Parece coisa de antigamente.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Parece. Não fosse por um detalhe. A senhora, sentada placidamente em sua cadeira na calçada,</p><p>observando as manhãs, está atrás das grades.</p><p>Meu irmão, que foi morar fora do Brasil e ficou 15 anos sem vir aqui, ao voltar só teve um choque: as</p><p>grades. Nada mais o impressionou, tudo ele achou normal. Fez comentários vagos sobre as árvores</p><p>crescidas no Aterro, sobre o excesso de gente e carros, tudo sem muita ênfase. Mas e essas grades, me</p><p>perguntou, por que todas essas grades? E eu, espantada com seu espanto, eu que de certa forma já me</p><p>acostumara à paisagem gradeada, fiquei sem saber o que dizer.</p><p>Penso nisso agora, ao passar pela rua e ver aquela senhora. Todos os dias, o porteiro coloca ali a</p><p>cadeira para que ela se sente, junto ao jardim, em frente à portaria, por trás da proteção do gradil</p><p>pintado com tinta cor de cobre. E essa cena tão singela, de sabor tão antigo, se desenrola assim, por</p><p>trás de barras de ferro, que mesmo sendo de alumínio para não enferrujar são de um ferro simbólico,</p><p>que prende, constrange, restringe.</p><p>Eu, da calçada, vejo-a sempre por entre as tiras verticais de metal, sua figura frágil me fazendo</p><p>lembrar os passarinhos que os porteiros guardam nas gaiolas, pendurados nas árvores.</p><p>SEIXAS, Heloisa. Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001.</p><p>De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o emprego adequado da vírgula está plenamente</p><p>atendido em:</p><p>a) O outono que o Rio nos oferece, tem um ar fino, quase frio.</p><p>b) Uma senhora de cabelos muito brancos, ficava sentada, em uma cadeira.</p><p>c) Ele se incomodou, com as grades do Rio.</p><p>d) Todos os dias que passo pelo Aterro vejo, as árvores cada vez mais crescidas.</p><p>e) O porteiro, que prende passarinhos em gaiolas, não vê que o outono fica mais lindo quando</p><p>estamos livres.</p><p>Questão 54: FADESP -</p><p>Felicidade x ideal de beleza: o conceito que aprisiona gerações de mulheres</p><p>O filme preferido na minha adolescência era "As Patricinhas de Bervely Hills". Devo ter assistido mais</p><p>de cem vezes, cheguei até a decorar as falas das personagens e principalmente da Dionne. O ápice</p><p>daquela época, pra mim, foi conhecê-la. A personagem era interpretada pela atriz Stacey Dash, uma</p><p>jovem negra, bonita e rica.</p><p>Eu tinha 14 anos e era a primeira vez que via uma jovem negra de tranças na TV interpretando uma</p><p>adolescente como as jovens brancas que eu assistia nos filmes da Sessão da Tarde: linda, sem</p><p>problemas financeiros e que namorava. Uma menina negra vivenciando o amor era algo que, aos 14</p><p>anos, eu nunca havia visto na TV ou na vida real.</p><p>Sucesso dos anos 90, não à toa, o filme transcendeu sua época e até hoje é muito comentado entre as</p><p>gerações z e millennial. Mas a marca que este filme deixou no meu interior foi muito maior e</p><p>devastadora do que a presença da Dionne</p><p>(a)</p><p>. Há algum tempo venho percebendo o quanto eu aprendi</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>durante a minha adolescência que para atingir a felicidade precisava eu sempre ser mais magra, mais</p><p>bonita, mais popular.</p><p>Se puder criar um termo aqui e agora eu diria que nós, adolescentes dos anos 90, vivemos uma</p><p>agressiva beauty wash* durante a Sessão da Tarde. Não só o filme das patricinhas, mas a maioria dos</p><p>filmes que assistimos contribuiu para ferrar com o conceito que temos sobre o nosso corpo</p><p>(b)</p><p>. Quase</p><p>todos eles mostravam garotas que pra alcançar o sucesso se submetiam a mudanças físicas e de</p><p>comportamento. Tiravam os óculos, o aparelho ortodôntico, mudavam as roupas, os cabelos e perdiam</p><p>alguns quilos para se sentirem realizadas e felizes.</p><p>Isso fez com que uma geração de mulheres aprendesse que felicidade só se alcança quando atingimos</p><p>um determinado ideal de beleza. É como se existisse um passaporte pela felicidade e ele fosse um</p><p>extreme makeover</p><p>(c)</p><p>**. Você se reconstrói, se transforma e encontra aquele boy lindo dos sonhos,</p><p>conquista o emprego desejado, se torna uma das pessoas mais populares do seu grupo.</p><p>Mas isso tudo é só nos filmes. Porque com o passar dos anos nós descobrimos que muitos dos boys eram</p><p>tóxicos e que nem todas as garotas queriam conquistar homens, mas elas também amavam mulheres.</p><p>O trabalho dos sonhos pode ser algo criado por você mesma, uma empreendedora transformando sua</p><p>própria realidade através do seu empenho. E a popularidade? Ah! Em tempos de Instagram prefiro</p><p>falar sobre isso em outro texto.</p><p>Nós também descobrimos o quanto o ideal de beleza é uma contra resposta do machismo para as</p><p>conquistas políticas, sócio-econômicas das mulheres. Quanto maiores os nossos avanços na ocupação</p><p>de espaços para os quais fomos historicamente excluídas, maiores são as exigências de beleza</p><p>expostas nas capas de revistas, nas novelas, nos filmes. Consequentemente, maiores são os números</p><p>de cirurgias plásticas realizadas pelas mulheres.</p><p>(d)</p><p>E eu te pergunto: para agradar a quem? Quem estamos procurando agradar nesta busca por um corpo</p><p>perfeito? Parecemos querer agradar a todos menos a nós ou incomodar a todos, gerar um sentimento</p><p>de inveja e incômodo em quem não conseguiu passar por todas as etapas da felicidade futura.</p><p>Tenho 40 anos e zero medo de dizer que não aprendi a viver de maneira saudável com a minha</p><p>aparência. Continuo com meu cérebro programado para esperar o momento certo de acionar o botão</p><p>felicidade, a tal felicidade futura. Quando eu pesar 69 quilos, tiver dinheiro para comprar toda a</p><p>coleção de roupas da Ivy Park, dirigir um Land Rover e minha peruca de cabelo 100% humano</p><p>balançando como nos comerciais da L'Oréal eu serei feliz.</p><p>Me sinto um lixo quando percebo que não consigo valorizar todas as vitórias profissionais e emocionais</p><p>que tive nos últimos anos e fico à espera de um corpo, um carro, uma roupa e um penteado para ser</p><p>feliz. E eu sei que muitas das pessoas que lerão este texto também se sentem, sejam elas mulheres ou</p><p>homens ou sem gênero.</p><p>Às vezes me dói perceber que até a Beyoncé me impulsiona a me sentir ainda mais distante da</p><p>felicidade. Mesmo que ela faça roupas que vistam ao meu corpo tamanho 46 em eterno estado de</p><p>dieta eu só a vejo perfeita, sem erros, sem momentos que a distancie do padrão pré-estabelecido e</p><p>imposto há anos e agora impulsionado pelo instagramável. Tudo tem que ser instagramável.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Tem que estar bonito no Instagram para as pessoas curtirem, mandarem corações, elogiarem,</p><p>escrevem perfeita. Mas o que é ser perfeita? Será que estamos sendo reais ou meras marionetes a</p><p>alimentar o bolso de meia dúzia de homens brancos bilionários que estão determinando o momento</p><p>em que eu serei feliz, e este momento nunca é agora é sempre amanhã quando eu comprar a roupa y,</p><p>fizer a cirurgia x e dirigir o carro h?</p><p>Eu queria terminar este texto com uma receita mágica do que fazer pra sair deste</p><p>gente por</p><p>aí fazendo palavra cruzada. A professora e pesquisadora Betânia Parizzi se dedica ao estudo e ensino</p><p>de música e cognição e pedagogia da música na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Doutora</p><p>em ciências da saúde, ela desenvolveu um método de musicalização para bebês de seis a 24 meses. “A</p><p>prática sistematizada envolve refinamento sensorial variado, desenvolve habilidades motoras</p><p>complexas, alimenta a criança com sonoridades vitais na aquisição da linguagem e em sua capacidade</p><p>expressiva”, diz.</p><p>Carolina, de 1 ano e meio, não tem tamanho para compreender a contribuição do avô, Pacífico</p><p>Mascarenhas, para a música mineira. Mas já faz um ano que frequenta o curso de educação musical</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>para bebês oferecido pelo Núcleo Villa-Lobos. Segundo a mãe, Ana Cristina Schu Mascarenhas, de 35, a</p><p>outra filha, Valentina, hoje com 3 anos, também é estimulada desde os primeiros meses de vida. “Elas</p><p>convivem com música desde que nasceram. Carolina ama a aula, e participa de tudo.[D] Às vezes</p><p>percebo uma mudança no comportamento mesmo antes da professora começar. Ela adora bater no</p><p>piano, já sabe soprar a flauta.[C] Acho muito importante essa estimulação”, comenta a produtora de</p><p>eventos que procurou o curso ao saber de sua contribuição para o desenvolvimento infantil. Alguém</p><p>duvida?</p><p>[...]</p><p>Por Carolina Cotta</p><p>Disponível em</p><p>https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2014/03/30/noticias-saude,192685/musica-provoca-boas-sensacoes-controla-o-emocion</p><p>al-e-melhora-a-atenca.shtml</p><p>Acessado em 8 de janeiro de 2020</p><p>Texto adaptado</p><p>A vírgula foi empregada para expressar ênfase em</p><p>a) Os pensadores dispensam apresentação e os atributos da música, questionamentos.</p><p>b) A música anima, refina e afina.</p><p>c) Ela adora bater no piano, já sabe soprar a flauta.</p><p>d) Carolina ama a aula, e participa de tudo.</p><p>Questão 4: FGV - Texto 1</p><p>Vejamos, agora, o que nos diz Machado de Assis sobre a autópsia: “Li um termo de autópsia. Nunca</p><p>deixo de ler esses documentos, não para aprender anatomia, mas para verificar ainda uma vez como a</p><p>língua científica é diferente da literária. Nesta, a imaginação vai levando as palavras belas e</p><p>brilhantes, faz imagens sobre imagens, adjetiva tudo, usa e abusa de reticências, se o autor gosta</p><p>delas. Naquela, tudo é seco, exato e preciso. O hábito externo é externo, o interno é interno; cada</p><p>fenômeno, cada osso, é designado por um vocábulo único. A cavidade torácica, a cavidade abdominal,</p><p>a hipóstase cadavérica, a tetania, cada um desses lugares e fenômenos não pode receber duas</p><p>apelações, sob pena de não ser ciência.” (Adaptado. A Semana, 1830)</p><p>No texto 1, Machado de Assis fala das reticências e do seu uso por parte dos autores que gostam</p><p>delas. A frase abaixo em que o emprego das reticências expressa uma emoção intensa é:</p><p>a) Isso não é... um pouco... como dizer?... estranho?</p><p>b) Mas... a barata... a barata... você conseguiu pegá-la?</p><p>c) Como sua vida está em perigo, ele vive agora em X..., pequena cidade europeia;</p><p>d) Júlio casou ontem e, salvo um milagre (ou de... você sabe do que estou falando...), vai poder</p><p>aproveitar o verão antes de nascer o primeiro bebê;</p><p>e) Os vândalos estão de volta para fazer m... nas passeatas.</p><p>Questão 5: FGV - Em todas as frases abaixo foram realizados deslocamentos de termos e foram</p><p>acrescentadas vírgulas nas frases modificadas; a única frase em que a vírgula está correta é:</p><p>a) Os críticos são gente que fracassou na literatura e na arte / Os críticos são gente que fracassou na</p><p>arte, e na literatura;</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>b) Na arte não existe passado nem futuro / Na arte não existe futuro, nem passado;</p><p>c) A obra-prima é uma variedade do milagre / Uma variedade do milagre, é a obra-prima;</p><p>d) O futebol é o mais popular dos esportes / Dos esportes, o futebol é o mais popular;</p><p>e) Dois mais três são cinco / Três mais dois, são cinco.</p><p>Questão 6: FAURGS - Texto</p><p>Liberdade interior e consolação</p><p>Preceptor e ministro de Nero, [A] profundamente envolvido com a vida política de seu tempo, Sêneca</p><p>preocupou-se em encontrar para si mesmo e para todos aqueles que lhe eram caros um modo de vida</p><p>cuja tônica fosse a liberdade interior. Seu intuito foi o de espelhar em seus escritos as aspirações dos</p><p>seres humanos ocupados em encontrar em sua própria vida interior uma justificação para a existência,</p><p>[C] independentemente da realidade circundante. Para tanto, Sêneca esforçou-se por mostrar que o</p><p>caminho para o maior dos desafios, o autodomínio, pode ser trilhado por qualquer indivíduo. Essa é</p><p>uma lição oferecida explicitamente em suas Consolações, mas que também pode ser encontrada ao</p><p>longo de toda sua obra, marcada pela tentativa de compreender os modos como a filosofia, [B]</p><p>especialmente o estoicismo, pode auxiliar os humanos a viver de modo harmônico tanto em relação a</p><p>si quanto em relação ao mundo em que habitam.</p><p>Essa concepção da atividade filosófica levou Sêneca a redigir três Consolationes (consolos ou</p><p>consolações), seguindo a tradição das “consolações filosóficas”: discursos, poemas, ensaios ou cartas</p><p>pessoais de caráter consolatório, presentes na tradição antiga desde o século V a.C. São escritos</p><p>normalmente endereçados a um amigo ou parente próximo que se encontra com um estado de espírito</p><p>doloroso, em função da perda de um ente querido, de um amor não correspondido ou de alguma</p><p>situação na qual a pessoa se sinta frágil, frustrada por algum contratempo que lhe escapa ao controle.</p><p>Com Sêneca, esse tipo de texto, embora visando a um destinatário preciso, amplia-se, a fim de</p><p>alcançar um público mais vasto. Ele nos mostra que estar preparado para um revés da sorte é o</p><p>caminho mais seguro para suportá-lo.</p><p>Consolar, para ele, não significará meramente acolher a dor alheia, trazer alívio imediato ao</p><p>sofrimento ou ao desgosto, ou suavizar experiências emocionais devastadoras. Sua lição será a de</p><p>mostrar-nos que, diante de um duro golpe da sorte, [D] é preciso que nos conformemos, não no</p><p>sentido de aceitar resignada e passivamente aquilo que não podemos modificar, mas no de aprender a</p><p>dar forma a nossas vidas mesmo quando nossas expectativas são frustradas. Afinal, no seu dizer,</p><p>grande parte daquilo que consideramos males são, na verdade, apenas erros de julgamento a respeito</p><p>das coisas, das pessoas ou das situações em que nos encontramos. Nossas dores e aflições não teriam</p><p>nenhum poder sobre nós, caso fôssemos capazes de manter nossa mente tranquila, [E] precavendo-nos</p><p>contra os nossos juízos imediatos, que tomam a realidade simplesmente por aquilo que nossos olhos</p><p>veem ou nossos ouvidos ouvem. Sêneca tem em mente a ataraxia estoica, um estado de</p><p>imperturbabilidade emocional que em sua filosofia adquire contornos mais suaves, tornando-se algo</p><p>acessível ao homem comum.</p><p>Adaptado de: Dossiê Pra uma Vida Equilibrada da Revista Cult, Edição 143. OLIVEIRA, Luizir. Para uma Vida Equilibrada. Revista Cult.</p><p>São Paulo, Edição. 143, 2010. Disponível em https://revistacult.uol. com.br/home/para-uma-vida-equilibrada/. Acesso em 10 fev.</p><p>2020.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>O emprego da vírgula está corretamente justificado em qual dos exemplos abaixo?</p><p>a) A vírgula separa o adjunto adverbial antecipado.</p><p>b) As vírgulas que delimitam o segmento marcada pela tentativa de compreender os modos como</p><p>a filosofia marcam uma oração subordinada adjetiva restritiva.</p><p>c) A vírgula marca uma oração subordinada substantiva.</p><p>d) As vírgulas que delimitam o segmento diante de um duro golpe da sorte marcam um aposto.</p><p>e) A vírgula marca uma oração subordinada adverbial.</p><p>Questão 7: UNESC - O texto seguinte servirá de base para responder a questão.</p><p>Sócrates e a fofoca</p><p>sentimento pesado</p><p>de infelicidade do agora em busca da felicidade do amanhã que eu nem sei se existe, mas eu não</p><p>tenho essa receita. Eu só sei dizer que você é linda do jeito que você é</p><p>(e)</p><p>. Mesmo que não existam</p><p>referências, faça do seu reflexo no espelho a sua própria referência e vá em busca de ser feliz agora.</p><p>Cristiane Guterres</p><p>Disponível em</p><p>https://www.uol.com.br/universa/colunas/cris-guterres/2022/01/05/felicidade-x-ideal-de-beleza-o-conceito-que-aprisiona-</p><p>geracoes-de-mulheres.htm Acessado em 5/01/2022 Texto adaptado</p><p>* Beauty wash: banho de beleza</p><p>** Extreme makeover: programa do tipo reality show que consiste em reformar as residências dos participantes</p><p>O ponto que separa os dois enunciados foi empregado para produzir ênfase em</p><p>a) Sucesso dos anos 90, não à toa, o filme transcendeu sua época e até hoje é muito comentado</p><p>entre as gerações z e millennial. Mas a marca que este filme deixou no meu interior foi muito maior e</p><p>devastadora do que a presença da Dionne.</p><p>b) Se puder criar um termo aqui e agora eu diria que nós, adolescentes dos anos 90, vivemos uma</p><p>agressiva beauty wash* durante a Sessão da Tarde. Não só o filme das patricinhas, mas a maioria dos</p><p>filmes que assistimos contribuiu para ferrar com o conceito que temos sobre o nosso corpo.</p><p>c) Isso fez com que uma geração de mulheres aprendesse que felicidade só se alcança quando</p><p>atingimos um determinado ideal de beleza. É como se existisse um passaporte pela felicidade e ele</p><p>fosse um extreme makeover**</p><p>d) Quanto maiores os nossos avanços na ocupação de espaços para os quais fomos historicamente</p><p>excluídas, maiores são as exigências de beleza expostas nas capas de revistas, nas novelas, nos filmes.</p><p>Consequentemente, maiores são os números de cirurgias plásticas realizadas pelas mulheres.</p><p>e) Eu queria terminar este texto com uma receita mágica do que fazer pra sair deste sentimento</p><p>pesado de infelicidade do agora em busca da felicidade do amanhã que eu nem sei se existe, mas eu</p><p>não tenho essa receita. Eu só sei dizer que você é linda do jeito que você é.</p><p>Questão 55: FADESP -</p><p>Felicidade x ideal de beleza: o conceito que aprisiona gerações de mulheres</p><p>O filme preferido na minha adolescência era "As Patricinhas de Bervely Hills". Devo ter assistido mais</p><p>de cem vezes, cheguei até a decorar as falas das personagens e principalmente da Dionne. O ápice</p><p>daquela época, pra mim, foi conhecê-la. A personagem era interpretada pela atriz Stacey Dash, uma</p><p>jovem negra, bonita e rica.</p><p>Eu tinha 14 anos e era a primeira vez que via uma jovem negra de tranças na TV interpretando uma</p><p>adolescente como as jovens brancas que eu assistia nos filmes da Sessão da Tarde: linda, sem</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>problemas financeiros e que namorava. Uma menina negra vivenciando o amor era algo que, aos 14</p><p>anos, eu nunca havia visto na TV ou na vida real.</p><p>Sucesso dos anos 90, não à toa, o filme transcendeu sua época e até hoje é muito comentado entre as</p><p>gerações z e millennial. Mas a marca que este filme deixou no meu interior foi muito maior e</p><p>devastadora do que a presença da Dionne. Há algum tempo venho percebendo o quanto eu aprendi</p><p>durante a minha adolescência que para atingir a felicidade precisava eu sempre ser mais magra, mais</p><p>bonita, mais popular.</p><p>Se puder criar um termo aqui e agora eu diria que nós, adolescentes dos anos 90, vivemos uma</p><p>agressiva beauty wash* durante a Sessão da Tarde. Não só o filme das patricinhas, mas a maioria dos</p><p>filmes que assistimos contribuiu para ferrar com o conceito que temos sobre o nosso corpo. Quase</p><p>todos eles mostravam garotas que pra alcançar o sucesso se submetiam a mudanças físicas e de</p><p>comportamento. Tiravam os óculos, o aparelho ortodôntico, mudavam as roupas, os cabelos e perdiam</p><p>alguns quilos para se sentirem realizadas e felizes.</p><p>Isso fez com que uma geração de mulheres aprendesse que felicidade só se alcança quando atingimos</p><p>um determinado ideal de beleza. É como se existisse um passaporte pela felicidade e ele fosse um</p><p>extreme makeover**. Você se reconstrói, se transforma e encontra aquele boy lindo dos sonhos,</p><p>conquista o emprego desejado, se torna uma das pessoas mais populares do seu grupo.</p><p>Mas isso tudo é só nos filmes. Porque com o passar dos anos nós descobrimos que muitos dos boys eram</p><p>tóxicos e que nem todas as garotas queriam conquistar homens, mas elas também amavam mulheres.</p><p>O trabalho dos sonhos pode ser algo criado por você mesma, uma empreendedora transformando sua</p><p>própria realidade através do seu empenho. E a popularidade? Ah! Em tempos de Instagram prefiro</p><p>falar sobre isso em outro texto.</p><p>Nós também descobrimos o quanto o ideal de beleza é uma contra resposta do machismo para as</p><p>conquistas políticas, sócio-econômicas das mulheres. Quanto maiores os nossos avanços na ocupação</p><p>de espaços para os quais fomos historicamente excluídas, maiores são as exigências de beleza</p><p>expostas nas capas de revistas, nas novelas, nos filmes. Consequentemente, maiores são os números</p><p>de cirurgias plásticas realizadas pelas mulheres.</p><p>E eu te pergunto: para agradar a quem? Quem estamos procurando agradar nesta busca por um corpo</p><p>perfeito? Parecemos querer agradar a todos menos a nós ou incomodar a todos, gerar um sentimento</p><p>de inveja e incômodo em quem não conseguiu passar por todas as etapas da felicidade futura.</p><p>Tenho 40 anos e zero medo de dizer que não aprendi a viver de maneira saudável com a minha</p><p>aparência. Continuo com meu cérebro programado para esperar o momento certo de acionar o botão</p><p>felicidade, a tal felicidade futura. Quando eu pesar 69 quilos, tiver dinheiro para comprar toda a</p><p>coleção de roupas da Ivy Park, dirigir um Land Rover e minha peruca de cabelo 100% humano</p><p>balançando como nos comerciais da L'Oréal eu serei feliz.</p><p>Me sinto um lixo quando percebo que não consigo valorizar todas as vitórias profissionais e emocionais</p><p>que tive nos últimos anos e fico à espera de um corpo, um carro, uma roupa e um penteado para ser</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>feliz. E eu sei que muitas das pessoas que lerão este texto também se sentem, sejam elas mulheres ou</p><p>homens ou sem gênero.</p><p>Às vezes me dói perceber que até a Beyoncé me impulsiona a me sentir ainda mais distante da</p><p>felicidade. Mesmo que ela faça roupas que vistam ao meu corpo tamanho 46 em eterno estado de</p><p>dieta eu só a vejo perfeita, sem erros, sem momentos que a distancie do padrão pré-estabelecido e</p><p>imposto há anos e agora impulsionado pelo instagramável. Tudo tem que ser instagramável.</p><p>Tem que estar bonito no Instagram para as pessoas curtirem, mandarem corações, elogiarem,</p><p>escrevem perfeita. Mas o que é ser perfeita? Será que estamos sendo reais ou meras marionetes a</p><p>alimentar o bolso de meia dúzia de homens brancos bilionários que estão determinando o momento</p><p>em que eu serei feliz, e este momento nunca é agora é sempre amanhã quando eu comprar a roupa y,</p><p>fizer a cirurgia x e dirigir o carro h?</p><p>Eu queria terminar este texto com uma receita mágica do que fazer pra sair deste sentimento pesado</p><p>de infelicidade do agora em busca da felicidade do amanhã que eu nem sei se existe, mas eu não</p><p>tenho essa receita. Eu só sei dizer que você é linda do jeito que você é. Mesmo que não existam</p><p>referências, faça do seu reflexo no espelho a sua própria referência e vá em busca de ser feliz agora.</p><p>Cristiane Guterres</p><p>Disponível em</p><p>https://www.uol.com.br/universa/colunas/cris-guterres/2022/01/05/felicidade-x-ideal-de-beleza-o-conceito-que-aprisiona-</p><p>geracoes-de-mulheres.htm Acessado em 5/01/2022 Texto adaptado</p><p>* Beauty wash: banho de beleza</p><p>** Extreme makeover: programa do tipo reality show que consiste em reformar as residências dos participantes</p><p>Em Será que estamos sendo reais ou meras marionetes a alimentar o bolso de meia dúzia de homens</p><p>brancos bilionários</p><p>que estão determinando o momento em que eu serei feliz, e este momento nunca</p><p>é agora é sempre amanhã quando eu comprar a roupa y, fizer a cirurgia x e dirigir o carro h?, foi</p><p>suprimido(a) um(a)</p><p>a) vírgula.</p><p>b) verbo.</p><p>c) acento.</p><p>d) preposição.</p><p>e) artigo.</p><p>Questão 56: OBJETIVA CONCURSOS - Em relação à pontuação, marcar C para as afirmativas Certas,</p><p>E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:</p><p>(--) Se tudo fosse formalizado dentro do prazo combinado não teríamos, atraso nas entregas.</p><p>(--) Todo o comércio, deveria permanecer de portas fechadas conforme estabelecia o decreto.</p><p>(--) O problema dos alagamentos, disse o candidato, era o acumulado de chuvas.</p><p>a) C - C - E.</p><p>b) E - E - C.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>c) C - E - E.</p><p>d) E - C - E.</p><p>e) C - E - C.</p><p>Questão 57: CEPERJ - O texto seguinte servirá de base para responder à questão.</p><p>(...) Generosidade, humanidade, bondade, compaixão, amizade e estima recíproca, todos os afetos</p><p>sociáveis e benevolentes, quando expressos no semblante ou comportamento, até mesmo para com</p><p>aqueles com quem não temos um relacionamento especial, quase sempre agradam ao espectador</p><p>indiferente. Sua simpatia com a pessoa que experimenta essas paixões coincide exatamente com sua</p><p>preocupação pela pessoa que é objeto delas. O interesse que o homem deve ter pela felicidade desta</p><p>última anima sua simpatia com os sentimentos da outra, cujas emoções se ocupam do mesmo objeto.</p><p>Sempre temos, portanto, a mais forte disposição de simpatizar com os afetos benevolentes. Sob todos</p><p>os aspectos nos parecem agradáveis. Compartilhamos tanto a satisfação da pessoa que os</p><p>experimenta, quanto da que é objeto deles. Pois, assim como ser objeto de ódio e indignação causa</p><p>mais dor que todo o mal que um homem corajoso receie de seus inimigos, há uma satisfação em</p><p>saber-se amado, o que, para uma pessoa delicada e sensível, é mais importante para a felicidade do</p><p>que todas as vantagens que pode esperar disso. Haverá, por acaso, um caráter tão detestável como o</p><p>de quem sente prazer em semear discórdia entre seus amigos, e converter seu mais terno amor em</p><p>ódio mortal? E, contudo, em que consiste a atrocidade desse insulto tão detestável? Acaso em privá-los</p><p>dos frívolos bons ofícios que poderiam ter esperado do outro, se a amizade prosseguisse? Consiste em</p><p>privá-los daquela amizade mesma, em roubar-lhes seus mútuos afetos que lhes davam tanta</p><p>satisfação; em perturbar a harmonia de seus corações, pondo termo ao intercâmbio feliz que até</p><p>então subsistia entre eles. Esses afetos, aquela harmonia, esse intercâmbio são percebidos não apenas</p><p>pelos homens ternos e delicados, mas também pelos rudes e vulgares, como algo mais importante para</p><p>a felicidade do que todos os favores que se esperava fluíssem deles.</p><p>O sentimento do amor é em si agradável à pessoa que o experimenta. Alivia e sossega o peito, parece</p><p>favorecer os movimentos vitais e estimular a saudável condição da constituição humana; e torna-se</p><p>ainda mais delicioso pela consciência da gratidão e da satisfação que deve provocar naquele que é seu</p><p>objeto. A afeição mútua deixa ambos felizes um com o outro, e a simpatia com essa afeição mútua</p><p>torna-os agradáveis para todos os demais. (...)</p><p>(SMITH, Adam. Teoria dos sentimentos morais. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2015, p.44-45)</p><p>A reescritura da passagem que mantém a orientação da norma gramatical padrão quanto ao emprego</p><p>da pontuação é:</p><p>a) "Consiste em privá-los daquela amizade mesma em roubar-lhes seus mútuos afetos que lhes davam</p><p>tanta satisfação(...)".</p><p>b) "quando expressos no semblante ou comportamento, até mesmo para com aqueles com quem não</p><p>temos um relacionamento especial quase sempre agradam ao espectador indiferente (...)".</p><p>c) "Compartilhamos tanto a satisfação da pessoa que os experimenta, quanto da que é objeto deles,</p><p>pois, assim como ser objeto de ódio e indignação causa mais dor que todo o mal que um homem</p><p>corajoso receie de seus inimigos (...)".</p><p>d) "Haverá, por acaso um caráter tão detestável como o de quem sente prazer em semear discórdia</p><p>entre seus amigos, e converter seu mais terno amor em ódio mortal? (...)".</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>e) "Sempre temos, portanto a mais forte disposição de simpatizar com os afetos benevolentes. Sob</p><p>todos os aspectos nos parecem agradáveis (...)".</p><p>Questão 58: OBJETIVA CONCURSOS - Em relação ao uso dos sinais de pontuação, marcar C para as</p><p>afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência</p><p>CORRETA:</p><p>(_) Qual é a sua escolaridade?</p><p>(_) Raul vai ao cinema; Paulo, ao parque de diversões.</p><p>(_) João, José e Pedro são irmãos.</p><p>a) C - C - C.</p><p>b) E - C - C.</p><p>c) C - E - E.</p><p>d) E - E - E.</p><p>e) E - C - E.</p><p>Questão 59: IBADE -</p><p>O IMPACTO DA TECNOLOGIA EM NOSSAS VIDAS</p><p>Vivemos o ápice da influência tecnológica no mundo e não tem como negar. Estamos conectados o</p><p>tempo todo, seja pelo celular ou computador. O impacto da tecnologia em nossas vidas é</p><p>extremamente visível. Mas, isso é algo bom ou ruim?</p><p>A tecnologia facilita muito a nossa rotina e é um ótimo entretenimento. Com apenas uns cliques,</p><p>compartilhamos coisas pessoais, entramos em contato com aquele parente distante, descobrimos uma</p><p>nova música e assistimos a vários episódios de determinada série, mesmo off-line.</p><p>Conseguimos armazenar milhares de músicas na palma de nossas mãos, temos televisões com a maior</p><p>definição de imagem existente, guardamos todos os tipos de fotos e documentos pessoais na nuvem e</p><p>podemos acessá-los a qualquer hora e em qualquer lugar.</p><p>Há alguns anos, não tínhamos o hábito de olhar o celular assim que acordávamos, ou passar a noite</p><p>inteira em claro vagando pelas redes sociais. Hoje em dia, se uma tragédia acontecer há milhares de</p><p>quilômetros de distância de onde estamos, sabemos instantaneamente. A tecnologia modificou</p><p>completamente nosso cotidiano, trazendo muitos benefícios e alguns malefícios também.</p><p>O lado ruim é que estamos tão ligados nas nossas vidas online, que esquecemos de manter o contato</p><p>off-line. Não prestamos mais atenção no mundo a nossa volta, não conversamos mais pessoalmente.</p><p>Por recebermos tantas informações o tempo todo, tornamo-nos mais desatentos. Parece que não</p><p>podemos ficar sem encontrar coisas novas, é um pecado deixar o celular de lado, ficamos dependentes</p><p>dessa conexão.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Outros pontos ruins são os problemas de visão que foram desenvolvidos nos últimos anos por ficar</p><p>muito tempo vendo a tela do celular e os problemas de audição por ouvir coisas muito altas no fone de</p><p>ouvido.</p><p>A obesidade também é um fator que vem encadeando essas mudanças de hábito. As pessoas ficam a</p><p>maior parte de seu tempo sentadas, por conta da comodidade de comprar on-line, não precisam mais</p><p>ir até a loja, nem sair para pedir o almoço, pois existem vários aplicativos para isso.</p><p>Segundo a OMS, o sedentarismo está presente em 23% dos adultos; já nos mais jovens, esse índice é de</p><p>81%. Consequência direta do uso de videogames, celulares e computadores.</p><p>É importante ter um planejamento de quantas horas por dia você vai dedicar à tecnologia, para não</p><p>perder o foco e a produtividade. Apesar de ser algo incrível, ela também pode trazer consequências</p><p>sérias e permanentes a nossa saúde. Como todas as outras coisas, ela deve ser apreciada com</p><p>moderação.</p><p>Disponível em: https://www.madeinweb.com.br/o-impacto-da-tecnologia-emnossas -vidas/Adaptado</p><p>"Segundo a OMS, o sedentarismo está presente em 23% dos adultos; já nos mais jovens, esse índice é</p><p>de 81%. Consequência direta do uso de videogames, celulares e computadores".</p><p>Assinale a opção correta quanto à pontuação,</p><p>levando-se em consideração a alteração frasal:</p><p>a) O sedentarismo está presente em 23% dos adultos segundo a OMS. Já nos mais jovens, esse índice</p><p>é de 81%, consequência direta do uso de videogames, celulares e computadores.</p><p>b) O sedentarismo está presente, em 23% dos adultos, segundo a OMS. Já nos mais jovens, esse índice</p><p>é de 81%, consequência, direta, do uso de videogames, celulares e computadores.</p><p>c) Consequência direta do uso de: videogames, celulares e computadores, o sedentarismo está,</p><p>presente, em 23% dos adultos, segundo a OMS. Já, nos mais jovens, esse índice é de 81%.</p><p>d) Consequência direta do uso de videogames; celulares; e computadores; o sedentarismo está</p><p>presente, em 23% dos adultos segundo a OMS. Já, nos mais jovens, esse índice é de 81%.</p><p>e) Consequência direta do uso de videogames, celulares e computadores o sedentarismo está</p><p>presente em 23% dos adultos segundo a OMS. Já, nos mais jovens, esse índice é de 81%.</p><p>Questão 60: CEBRASPE (CESPE) -</p><p>Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de anos, já tinha</p><p>uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha um cérebro relativamente</p><p>grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante padronizadas. Essa hipótese pode ser</p><p>verdadeira, mas pode também estar bem longe do correto. O uso de ferramentas certamente não</p><p>requer linguagem.</p><p>Chimpanzés usam galhos como ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes.</p><p>Obviamente, mesmo as ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais</p><p>sofisticadas que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente</p><p>para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>O tamanho do cérebro é igualmente problemático como indicador da presença de linguagem, porque</p><p>ninguém tem uma boa ideia de quanto cérebro exatamente é necessário para a linguagem. Além disso,</p><p>a capacidade para a linguagem pode ter permanecido latente no cérebro por milhões de anos, sem ter</p><p>sido de fato colocada em uso.</p><p>Guy Deutscher. O desenrolar da linguagem.</p><p>Renato Basso e Guilherme Henrique May (Trad.). Campinas: Mercado de Letras, 2014, p. 28-29 (com adaptações).</p><p>A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se</p><p>segue.</p><p>Caso fosse suprimida a vírgula empregada logo antes da preposição “sem” (terceiro parágrafo),</p><p>haveria prejuízo para a correção gramatical do texto, embora seu sentido original fosse mantido.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 61: CEBRASPE (CESPE) -</p><p>Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros passos e, com o</p><p>início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve também a necessidade de criar</p><p>poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes gerissem os interesses coletivos. Os</p><p>instrumentos de controle surgiram, então, muito antes do Estado moderno e apontam para a</p><p>Antiguidade.</p><p>No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código de Manu trazia</p><p>normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos questores, fiscalizava a</p><p>utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos surgiram como embriões dos atuais</p><p>tribunais de contas.</p><p>Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia de controle,</p><p>visto que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições e mecanismos hábeis</p><p>para garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se, majoritariamente, a existência de dois</p><p>sistemas de controle no mundo: o primeiro, de origem anglo-saxã, denominado sistema de</p><p>controladorias ou sistema de auditoriasgerais; e o segundo, de origem romano-germânica, denominado</p><p>sistema de tribunais de contas.</p><p>A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de entidade de</p><p>fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em consonância com os</p><p>princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja finalidade principal é defender os</p><p>interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura constitucional dedicou aos tribunais de contas essa</p><p>tarefa.</p><p>Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública:</p><p>focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo.</p><p>Internet: <www.tcees.tc.br> (com adaptações).</p><p>Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>No segundo parágrafo, os termos “No Egito”, “na Índia”, “o Senado Romano” e “na Grécia” são</p><p>seguidos de vírgula porque expressam circunstância de lugar no início da oração em que aparecem.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 62: VUNESP - Leia o texto, para responder à questão.</p><p>A perda da privacidade</p><p>Um dos problemas do nosso tempo, uma obsessão mais ou menos generalizada, é a privacidade. Para</p><p>dizer de maneira muito, mas muito simples, significa que cada um tem o direito de tratar da própria</p><p>vida sem que todos fiquem sabendo. Por isso, é preocupante que, através dos nossos cartões de</p><p>crédito, alguém possa ficar sabendo o que compramos, em que hotel ficamos e onde jantamos.</p><p>Parece, portanto, que a privacidade é um bem que todos querem defender a qualquer custo.</p><p>Mas a pergunta é: as pessoas realmente se importam tanto com a privacidade? Antes, a ameaça à</p><p>privacidade era a fofoca, e o que temíamos na fofoca era o atentado à nossa reputação pública. No</p><p>entanto, talvez por causa da chamada sociedade líquida, na qual todos estão em crise de identidade e</p><p>de valores e não sabem onde buscar os pontos de referência para definir-se, o único modo de adquirir</p><p>reconhecimento social é “mostrar-se” – a qualquer custo.</p><p>E assim, os cônjuges que antigamente escondiam zelosamente suas divergências participam de</p><p>programas de gosto duvidoso para interpretar tanto o papel do adúltero quanto o do traído, para</p><p>delírio do público.</p><p>Foi publicado recentemente um artigo de Zygmunt Bauman revelando que as redes sociais, que</p><p>representam um instrumento de vigilância de pensamentos e emoções alheios, são realmente usadas</p><p>pelos vários poderes com funções de controle, graças também à contribuição entusiástica de seus</p><p>usuários. Bauman fala de “sociedade confessional que eleva a autoexposição pública à categoria de</p><p>prova eminente e mais acessível, além de verossimilmente mais eficaz, de existência social”. Em</p><p>outras palavras, pela primeira vez na</p><p>história da humanidade, os espionados colaboram com os espiões, facilitando o trabalho destes</p><p>últimos, e esta rendição é para eles um motivo de satisfação porque afinal são vistos por alguém</p><p>enquanto levam a vida – e não importa se às vezes vivam como criminosos ou como imbecis.</p><p>A verdade também é que, já que todos podem saber tudo de todos, o excesso de informação não pode</p><p>produzir nada além de confusão, rumor e silêncio. Mas, para os espionados, parece ótimo que eles</p><p>mesmos e seus segredos mais íntimos sejam conhecidos pelo menos pelos amigos, vizinhos, e</p><p>possivelmente até pelos inimigos, pois este é o único modo de sentirem-se vivos, parte ativa do corpo</p><p>social.</p><p>(Umberto Eco. Pape satàn aleppe: Crônicas de uma sociedade líquida.</p><p>Editora Record, Rio de Janeiro: 2017. Adaptado)</p><p>Na frase – Bauman fala de “sociedade confessional que eleva a autoexposição pública à categoria de</p><p>prova eminente e mais acessível, além de verossimilmente mais eficaz, de existência social” –, as</p><p>aspas são empregadas para</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>a) fazer referência ao título de uma obra.</p><p>b) distinguir uma citação do restante do texto.</p><p>c)</p><p>realçar ironicamente palavras e expressões.</p><p>d) acentuar o valor significativo de palavras e expressões.</p><p>e) fazer sobressair expressões estranhas à linguagem comum.</p><p>Questão 63: VUNESP - Examine a tirinha de André Dahmer para responder à questão.</p><p>Em “Querida, os juros do cartão.” (3</p><p>o</p><p>quadrinho), a vírgula é usada com a mesma finalidade da(s)</p><p>vírgula(s) empregada( s) em:</p><p>a) A fatura do cartão da minha esposa está alta, como a minha.</p><p>b) Os juros nem sempre foram altos assim, minha filha.</p><p>c) Minha filha, cujo nome é Helena, trabalha em um banco.</p><p>d) Minha esposa, embora seja a mais inteligente da família, não entende de juros.</p><p>e) Não posso falar agora com minha esposa, não.</p><p>Questão 64: FCM - CEFETMINAS - A questão se refere ao texto de Mário Quintana.</p><p>Das utopias</p><p>Se as coisas são inatingíveis...ora!</p><p>Não é motivo para não querê-las...</p><p>Que tristes os caminhos, se não fora</p><p>A mágica presença das estrelas!</p><p>Disponível em: <https://www.portugues.com.br/literatura/mario-quintana. html> Acesso em 6 jan. 2020.</p><p>Tendo por base os sinais de pontuação presentes no texto de Mário Quintana, avalie as afirmações a</p><p>seguir.</p><p>I – A exclamação no final do texto serve para indicar um estado emocional.</p><p>II – Empregou-se, no primeiro verso, a exclamação depois de uma interjeição.</p><p>III – As reticências, no primeiro verso, interrompem uma ideia que se quer exprimir.</p><p>IV – No segundo verso, as reticências indicam uma suspensão provocada por dúvida.</p><p>Está correto apenas o que se afirma em</p><p>a) I.</p><p>b) II e IV.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>c) I, II e III.</p><p>d) I, III e IV.</p><p>Questão 65: FCM - A questão se refere à tirinha a seguir.</p><p>Disponível em: <https://centrodemidias.am.gov.br/aulas/concordanciaverbal-</p><p>realismo-e-naturalismo-em-portugal-antero-de-quental-e-eca-dequeiroz- parte-1-10893/61833> Acesso em: 6 jan. 2020.</p><p>No segundo balão do primeiro quadrinho da tirinha, a vírgula foi empregada para isolar</p><p>a) aposto.</p><p>b) vocativo.</p><p>c) adjunto adverbial.</p><p>d) expressão explicativa.</p><p>Questão 66: FCM - CEFETMINAS - Leia o texto a seguir e, depois, responda a questão.</p><p>O QUE A FOLHA PENSA</p><p>Ação entre amigos</p><p>Governo poupa militares do ajuste fiscal e destina à área 28% dos investimentos</p><p>1. O balanço das contas do governo federal de 2019 surpreendeu até mesmo os responsáveis pelo</p><p>controle do gasto público no Tesouro Nacional. De repente, em dezembro, brotou uma despesa</p><p>imprevista de cerca de R$ 10 bilhões.</p><p>2. Era o dinheiro do aumento de capital de três empresas estatais, na maior parte para a Emgepron,</p><p>firma ligada à Marinha e dedicada a construir navios, que recebeu R$ 7,6 bilhões em uma canetada.</p><p>3. O valor equivale a todo investimento federal em obras e equipamentos dos ministérios da Saúde e</p><p>da Educação, por exemplo.</p><p>4. Dadas as peculiaridades da contabilidade pública, tal despesa não toma o lugar de outra, pois não</p><p>se sujeita ao limite constitucional do chamado teto de gastos.</p><p>5. De qualquer modo, o déficit público acabou maior. Além do mais, essa decisão inopinada e em</p><p>quase nada transparente desmoraliza a alardeada política de privatização do governo de Jair</p><p>Bolsonaro, pífia em sua morosidade e inoperância.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>6. O aumento do capital da Emgepron é, no entanto, coerente com uma das linhas de força do</p><p>governo: o poder militar. Quase um terço dos ministérios é comandado por oficiais da ativa ou da</p><p>reserva das Forças Armadas, até porque, em sua carreira, Bolsonaro não cultivou relações com outros</p><p>grupos de quadros técnicos ou profissionais, além de ter sido na prática um líder sindical da categoria.</p><p>7. Governo e Congresso se acertaram a fim de permitir que militares se aposentem em condições</p><p>privilegiadas (com o equivalente de salários e reajustes integrais da ativa). Este governo também se</p><p>prontificou a conceder generosos reajustes para os soldos, em particular para o alto oficialato.</p><p>8. O aumento de capital da Emgepron foi R$ 4 bilhões além do previsto para o ano, liberalidade</p><p>facilitada pela entrada dos recursos do leilão dos campos de petróleo.</p><p>9. Assim, o Ministério da Defesa ficou com mais de 28% do total dos recursos federais destinados a</p><p>investimentos. A despesa com pessoal militar, civil, aposentados e suas pensões vai aumentar; já</p><p>consomem pelo menos 26% do gasto total com servidores.</p><p>10. O esforço para o necessário ajuste das contas públicas não tem sido distribuído de modo mais</p><p>equânime. Subsídios diversos continuam intocados, por exemplo. Não é aceitável que também a</p><p>despesa militar seja poupada de contribuir para essa emergência nacional.</p><p>11. É argumentável que o equipamento militar brasileiro pode estar sendo sucateado. Mas também</p><p>este é o caso da infraestrutura física e social, de estradas a hospitais. Ainda mais neste momento de</p><p>escassez aguda de recursos, é preciso repensar e explicar com transparência as prioridades.</p><p>Referência: FOLHA DE S.PAULO. Ação entre amigos. São Paulo, 5 fev. 2020. Disponível em: <</p><p>https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2020/02/acao -entre-amigos.shtml>. Acesso em: 5 fev. 2020.</p><p>A respeito dos sinais de pontuação, avalie as afirmações.</p><p>I – No primeiro parágrafo, segundo período, foram usadas adequadamente as vírgulas para separar o</p><p>adjunto adverbial de tempo em dezembro.</p><p>II – No terceiro parágrafo, o uso da vírgula antes da expressão por exemplo é facultativo.</p><p>III – No quarto parágrafo, o uso da vírgula após o adjetivo pública é facultativo.</p><p>IV – No sétimo parágrafo, no primeiro período, em lugar dos dois parênteses empregados, também</p><p>seria adequado à norma-padrão substituí-los por um único travessão, usado após a palavra</p><p>privilegiadas.</p><p>V – No nono parágrafo, no segundo período, o emprego das vírgulas no trecho: “[...] pessoal militar,</p><p>civil, [...]” é facultativo.</p><p>Está correto apenas o que se afirma em</p><p>a) I e IV.</p><p>b) III e V.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>c) II, III e IV.</p><p>d) I, II e V.</p><p>Questão 67: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.</p><p>Gari ‘gato’ que faz sucesso nas redes sociais vai concorrer ao ‘mister BH’</p><p>O gari Tales Alves ficou famoso, ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG) e as redes sociais depois de</p><p>publicar um vídeo contando a sua profissão na internet.</p><p>“Às vezes, a ficha custa a cair. Para mim tudo é novo”, disse o gari.</p><p>Tales tem 30 anos e duas filhas, uma de 5 anos e outra de 12, a Júlia, que ajudou o pai a baixar o</p><p>aplicativo de vídeos e o ensinou a usar as ferramentas disponíveis na rede.</p><p>Há menos de cinco meses, ele não tinha perfil em nenhuma rede social. O motivo de ter se mantido</p><p>off-line na época é que ele tinha feito este combinado com quem namorava à época. Mas foi só criar</p><p>um perfil e publicar o primeiro vídeo que Alves já ficou famoso.</p><p>“Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. Nas ruas, as pessoas estão me reconhecendo, pedindo</p><p>para tirar fotos.”</p><p>Tales Gari foi chamado para participar do concurso de mister BH. Ao todo, 30 homens concorrerão ao</p><p>título.</p><p>Alves já passou por diversas profissões. Ele já serviu à aeronáutica e já foi office boy, cobrador,</p><p>repositor de supermercado e, por fim, gari. Mas por que não modelo?</p><p>“Muita gente pergunta se eu sou modelo, mas ainda não”, diz o gari. Ele conta que vai tentar ao</p><p>máximo conciliar as duas coisas, que lutou muito pelo emprego que tem hoje e, por isso, ainda não</p><p>pretende deixá-lo. Ele trabalhava em um supermercado, quando viu, na empresa que recolhia lixo no</p><p>local, uma oportunidade de ganhar melhor e insistiu até conseguir uma vaga.</p><p>“O emprego não me faz sentir vergonha, comecei a gostar muito. É o melhor serviço que já tive até</p><p>hoje”, diz Alves, sobre a profissão de gari.</p><p>Tales Gari tem tentado levar o assédio nas redes e nas ruas da melhor forma. “Estou</p><p>tentando absorver</p><p>isso da melhor maneira, mas tem algumas situações complicadas. Tem gente que sai fora do padrão,</p><p>extrapola”, diz ele, referindo- se ao assédio.</p><p>Alves disse que as pessoas têm carinho por ele e, por isso, não fica com raiva e leva na esportiva</p><p>cantadas como “Ô, lá em casa” e “Vai recolher lixo lá em casa”. Mas não são apenas xavecos que ele</p><p>ganha. “Tem gente que passa de carro e me deseja sorte e sucesso no concurso”.</p><p>O gari ainda não fez nenhum trabalho como modelo e vai concorrer ao homem mais bonito de Belo</p><p>Horizonte.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>(Por Mikaela Salachenski, G1 Minas. Belo Horizonte 27/08/2020 06h00. Atualizado há um ano. Adaptado)</p><p>(https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2020/08/27/ gari--gato--que-faz-sucesso-nas-redes-sociais-vai-concorrerao-</p><p>mister-bh.html Acesso em 15.11.2021)</p><p>O emprego da vírgula está correto na frase da alternativa:</p><p>a) O gari Tales Alves, que ficou famoso nas redes sociais, ama sua profissão.</p><p>b) Tales Gari, vai participar do concurso de Mister BH.</p><p>c) A oportunidade apareceu quando, Tales Gari trabalhava em um supermercado.</p><p>d) Júlia a filha mais velha, ajudou o pai a baixar o aplicativo de vídeos.</p><p>e) Nas ruas as pessoas, o reconhecem e lhe desejam muito sucesso.</p><p>Questão 68: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.</p><p>Gari ‘gato’ que faz sucesso nas redes sociais vai concorrer ao ‘mister BH’</p><p>O gari Tales Alves ficou famoso, ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG) e as redes sociais depois de</p><p>publicar um vídeo contando a sua profissão na internet.</p><p>“Às vezes, a ficha custa a cair. Para mim tudo é novo”, disse o gari.</p><p>Tales tem 30 anos e duas filhas, uma de 5 anos e outra de 12, a Júlia, que ajudou o pai a baixar o</p><p>aplicativo de vídeos e o ensinou a usar as ferramentas disponíveis na rede.</p><p>Há menos de cinco meses, ele não tinha perfil em nenhuma rede social. O motivo de ter se mantido</p><p>off-line na época é que ele tinha feito este combinado com quem namorava à época. Mas foi só criar</p><p>um perfil e publicar o primeiro vídeo que Alves já ficou famoso.</p><p>“Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. Nas ruas, as pessoas estão me reconhecendo, pedindo</p><p>para tirar fotos.”</p><p>Tales Gari foi chamado para participar do concurso de mister BH. Ao todo, 30 homens concorrerão ao</p><p>título.</p><p>Alves já passou por diversas profissões. Ele já serviu à aeronáutica e já foi office boy, cobrador,</p><p>repositor de supermercado e, por fim, gari. Mas por que não modelo?</p><p>“Muita gente pergunta se eu sou modelo, mas ainda não”, diz o gari. Ele conta que vai tentar ao</p><p>máximo conciliar as duas coisas, que lutou muito pelo emprego que tem hoje e, por isso, ainda não</p><p>pretende deixá-lo. Ele trabalhava em um supermercado, quando viu, na empresa que recolhia lixo no</p><p>local, uma oportunidade de ganhar melhor e insistiu até conseguir uma vaga.</p><p>“O emprego não me faz sentir vergonha, comecei a gostar muito. É o melhor serviço que já tive até</p><p>hoje”, diz Alves, sobre a profissão de gari.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Tales Gari tem tentado levar o assédio nas redes e nas ruas da melhor forma. “Estou tentando absorver</p><p>isso da melhor maneira, mas tem algumas situações complicadas. Tem gente que sai fora do padrão,</p><p>extrapola”, diz ele, referindo- se ao assédio.</p><p>Alves disse que as pessoas têm carinho por ele e, por isso, não fica com raiva e leva na esportiva</p><p>cantadas como “Ô, lá em casa” e “Vai recolher lixo lá em casa”. Mas não são apenas xavecos que ele</p><p>ganha. “Tem gente que passa de carro e me deseja sorte e sucesso no concurso”.</p><p>O gari ainda não fez nenhum trabalho como modelo e vai concorrer ao homem mais bonito de Belo</p><p>Horizonte.</p><p>(Por Mikaela Salachenski, G1 Minas. Belo Horizonte 27/08/2020 06h00. Atualizado há um ano. Adaptado)</p><p>(https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2020/08/27/ gari--gato--que-faz-sucesso-nas-redes-sociais-vai-concorrerao-</p><p>mister-bh.html Acesso em 15.11.2021)</p><p>Nesse texto, as aspas foram empregadas para</p><p>a) fazer uma citação de outro texto.</p><p>b) marcar a fala de alguém.</p><p>c) isolar expressões populares.</p><p>d) mostrar o sentido figurado de algum termo.</p><p>e) dar destaque a uma palavra.</p><p>Questão 69: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.</p><p>Um futuro mais verde e digital</p><p>A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em seu discurso anual ressaltou a ideia que</p><p>tem vertebrado suas entrevistas: levar a Europa a um futuro cada vez mais “verde” e “digital”.</p><p>As duas palavras resumem as linhas mestras da política e da economia no futuro. Não é possível fugir à</p><p>revolução digital que, nos últimos 30 anos, transformou o mundo. Já há algum tempo a lista das</p><p>principais empresas do planeta não é encabeçada por companhias petrolíferas ou de varejo. Apple,</p><p>Google, Microsoft, Amazon e Facebook revezam-se nos cinco primeiros lugares. Todas americanas – os</p><p>Estados Unidos lideram a revolução digital.</p><p>A Europa, por sua vez, quer ser líder na transição para a economia verde. “Existem alguns valores que</p><p>se tornaram transnacionais, e a preservação do planeta é um deles”, diz Cesar Rodríguez-Garavito,</p><p>professor da Universidade de Nova York. O combate às mudanças climáticas exige a colaboração entre</p><p>países. Nada mais natural que uma união de nações dê o pontapé inicial.</p><p>Lapidado ao longo dos últimos anos, o “European Green Deal” é ambicioso. Seguidas suas diretrizes,</p><p>negócios relacionados com extração de petróleo e fabricação de carros a gasolina deixarão de existir</p><p>até meados da próxima década. A ideia é criar círculos virtuosos. Um exemplo: gigantes como a sueca</p><p>Ikea, marca de lojas de móveis, só trabalham com fornecedores de madeira certificada. O objetivo é</p><p>inviabilizar, na cadeia global, os que não seguirem as regras sustentáveis.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Numa nova economia com valores compartilhados, a política também vem sendo reinventada. Há um</p><p>protagonismo crescente da sociedade civil transnacional. Ela congrega atores de diversos países e atua</p><p>em rede, valendo-se dos recursos da tecnologia. Como no discurso de Von der Leyen, as palavras</p><p>“verde” e “digital” caminham juntas.</p><p>Para Rodríguez-Garavito, tais redes incorporam não apenas organizações não governamentais, mas</p><p>também universidades e a imprensa independente. Cada uma em seu papel, tendo o conhecimento</p><p>como arma. Há uma nova forma – digital, verde, colaborativa e globalizada – de pensar a política e a</p><p>economia atuais.</p><p>Uma pesquisa mostra que 86% dos brasileiros entre 16 e 24 anos estão preocupados com as mudanças</p><p>climáticas, ou seja, a causa ambiental é a mais forte entre os jovens. Trata-se de uma notícia ruim</p><p>para os políticos (à esquerda e à direita) que demonizam a sociedade civil. Enquanto o mundo</p><p>inteligente avança, eles prendem seus países no lodo do atraso – e perdem, no caminho, a conexão</p><p>com os eleitores do futuro.</p><p>(João Gabriel de Lima. O Estado de S. Paulo, 18.09.2021. Adaptado)</p><p>No 6</p><p>o</p><p>parágrafo, em “Há uma nova forma – digital, verde, colaborativa e globalizada – de pensar a</p><p>política e a economia atuais.”, os travessões contribuem para</p><p>a) reafirmar quatro objetivos inatingíveis relativos à situação político-econômica e podem ser</p><p>substituídos por parênteses.</p><p>b) destacar quatro características essenciais relativas à situação político-econômica e podem ser</p><p>substituídos por parênteses.</p><p>c) evidenciar quatro condições prioritárias relativas à situação político-econômica e podem ser</p><p>substituídos por ponto e vírgula.</p><p>d) apresentar quatro aspectos prescindíveis relativos à situação político-econômica e podem ser</p><p>substituídos por aspas.</p><p>e) retificar quatro itens polêmicos relativos à situação político-econômica e podem ser substituídos</p><p>por aspas.</p><p>Questão 70: SELECON - Texto</p><p>Brasil</p><p>cria roupa contra a covid</p><p>Pesquisadores brasileiros produziram um tecido capaz de inativar o novo coronavírus. Os testes</p><p>preliminares, feitos no último mês, apontaram que o produto têxtil desenvolvido consegue neutralizar</p><p>mais de 99,9% das partículas virais em até um minuto. Além disso, foi comprovada a eficácia no</p><p>combate a outras doenças virais, como sarampo e caxumba. A descoberta poderá ser usada não só</p><p>para vestuário, mas também em outras funções, como cortinas e forro de estofados de locais públicos.</p><p>Pesquisador do laboratório, Raphael Bergamini afirmou que o tecido tem grande potencial de</p><p>funcionamento em situações de exposição à doença: “Por ter essa inativação tão rápida do vírus, as</p><p>chances de contaminação da doença caem muito. Se um médico que tem contato com pacientes</p><p>contaminados manuseia a máscara e coça os olhos, por exemplo, o vírus já teria sido neutralizado,</p><p>porque essa estrutura funciona não só como uma barreira física, mas química também”.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Além da produção de máscaras, aventais e outros equipamentos para profissionais da Saúde, o tecido</p><p>representa uma mudança de cenário. “Uma vez que o protocolo de produção é homologado e está</p><p>testado, ele condiciona a indústria têxtil, não só da parte fashion, mas também a logística. Provadores</p><p>de loja, cortinas de teatro, assentos de avião... Se nós aplicarmos esse químico, dá uma proteção e</p><p>tranquilidade maior para as pessoas que estão frequentando o ambiente. Tirando a parte hospitalar, a</p><p>gente vislumbra outros mercados e toda uma mudança de cenário”, explicou o coordenador Adriano</p><p>Passos.</p><p>Por ser um material com bom custo-benefício, o acesso pode ser mais fácil. Raphael Bergamini</p><p>ressaltou a importância dessa facilitação: “Nós auxiliamos o laboratório nesse projeto de aplicação</p><p>química e na estruturação, e eles já estão produzindo. O preço é acessível, muito mais do que a prata</p><p>utilizada em outros tecidos. E nós vamos doar uma produção-piloto que fizemos para hospitais. É tudo</p><p>muito novo, então ainda estamos decidindo para onde doar”</p><p>Maria Clara Matturo</p><p>(Adaptado de: Jornal O Dia, Rio de Janeiro, 15/07/2020)</p><p>No terceiro parágrafo, o longo trecho entre aspas representa, em relação à primeira frase, uma:</p><p>a) contestação</p><p>b) ponderação</p><p>c) explicação</p><p>d) concessão</p><p>Questão 71: FCM - A questão se refere ao texto a seguir.</p><p>Meia</p><p>— Você acha que estou meia gordinha?</p><p>— Não é meia, é meio.</p><p>— Como é que é?</p><p>— Não é meia gordinha que se diz. É meio gordinha.</p><p>— MEIO gordinha? Imagina. Meio gordinha... Não acredito.</p><p>— Se você fosse meia gordinha, significaria que você é só meia, só metade, entende? Só metade</p><p>gordinha. A outra metade, magrinha.</p><p>— Qual parte? A de cima ou a de baixo?</p><p>Disponível em: http://www.educacional.com.br/upload/dados/materialapoio/</p><p>124860001/8866260/ADV%C3%89RBIOS.pdf>. Acesso em: 10 jan.</p><p>2020.</p><p>Avalie as seguintes afirmações sobre o emprego dos sinais de pontuação no texto Meia.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>I – As reticências servem para indicar a interrupção de uma ideia.</p><p>II – Os travessões foram empregados para isolar palavras ou frases.</p><p>III – Os pontos de interrogação aparecem no final de interrogações indiretas.</p><p>IV – Os pontos finais representam uma pausa máxima e indicam que o período está finalizado.</p><p>Está correto apenas o que se afirma em</p><p>a) I.</p><p>b) I e IV.</p><p>c) II e III.</p><p>d) III e IV.</p><p>Questão 72: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG1A1-I</p><p>Somente o trabalho cria riqueza, o objetivo último do desenvolvimento. É certo que, caso se desejasse</p><p>sumariar em uma única expressão o significado de desenvolvimento, se diria que o seu processo</p><p>consiste no aumento continuado da produtividade do trabalho. É por meio do aumento do produto por</p><p>trabalhador, propiciado pelo aumento da produtividade do trabalho, que se geram os recursos</p><p>necessários que tornam possível atingir as demais dimensões do desenvolvimento. Sem esse</p><p>crescimento, não há desenvolvimento, embora às vezes o crescimento não propicie o desenvolvimento</p><p>em suas demais dimensões — redução contínua da pobreza, melhoria da saúde e da educação da</p><p>população e aumento da expectativa de vida, entre tantas outras.</p><p>Certamente não há escassez de estratégias de desenvolvimento, e elas estão disponíveis para quem</p><p>delas quiser tomar conhecimento. Lembrou-nos recentemente Delfim Netto que Adam Smith, em</p><p>Riqueza das Nações (1776), sumariava o seu receituário para o crescimento (a “riqueza das nações”)</p><p>em poucas e simples proposições. Primeiro, a carga tributária deve ser leve. Segundo, com os recursos</p><p>tributários arrecadados, deve-se assegurar a paz interna, já que cabe ao Estado o monopólio do uso da</p><p>força para fazer valer o Estado de direito; fazer valer o Estado de direito significa proteger o direito à</p><p>propriedade privada, garantir a aplicação da justiça e construir e manter a infraestrutura de uso</p><p>comum. Por fim, deve-se estimular a competição entre os agentes econômicos, salvaguardando-se os</p><p>mercados livres e punindo-se os monopólios. No dizer de Delfim, “quando isso se realiza, o</p><p>crescimento econômico acontece quase por gravidade: será o resultado da ação dos empresários em</p><p>busca do lucro e do comportamento dos consumidores na busca de melhor e maior satisfação de suas</p><p>necessidades. Elas se harmonizam pela liberdade de escolha de cada um por meio do sistema de</p><p>preços dos fatores de produção e dos bens de consumo”.</p><p>Essas mesmas ideias simples eram moeda corrente em nosso país pela época da Independência. A</p><p>primeira tradução da obra Riqueza das Nações surgiu na Espanha, em 1794, e a obra de José da Silva</p><p>Lisboa, o futuro Visconde Cairu, foi significativamente influenciada por Smith, especialmente os seus</p><p>Princípios de Economia Política (1804). Mas também tiveram a mesma influência a Memória dos</p><p>Benefícios Políticos do Governo de El-Rei Nosso Senhor D. João VI (1818) e, particularmente, os</p><p>seus Estudos sobre o Bem Comum (18191820). Com as ideias simples smithianas, Cairu, ao proclamar</p><p>o “deixai fazer, deixai passar, deixai vender”, de Gournay, legou-nos a abertura dos portos, a liberdade</p><p>da indústria e a fundação de nosso primeiro banco. Não pouca coisa.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Roberto Fendt. Desenvolvimento é o aumento persistente da produtividade do trabalho. In: João Sicsú e Armando Castelar (orgs.).</p><p>Sociedade e economia: estratégias de crescimento e desenvolvimento. Brasília: IPEA, 2009 (com adaptações).</p><p>Com relação ao emprego dos sinais de pontuação no quarto período do segundo parágrafo do texto</p><p>CG1A1-I, seria correto</p><p>a) suprimir a vírgula após “arrecadados”.</p><p>b) isolar entre vírgulas a expressão “ao Estado”.</p><p>c) inserir uma vírgula após “significa”.</p><p>d) incluir dois-pontos após “proteger”.</p><p>e) substituir o ponto e vírgula por travessão.</p><p>Questão 73: CPCON UEPB -</p><p>O Texto 1 trata-se de uma sátira a uma discussão ocorrida na última edição do Big Brother Brasil 2021.</p><p>O Texto 2, por sua vez, traz a definição de Sérgio Roberto Costa para um determinado gênero textual.</p><p>Sua leitura é necessária para responder a questão.</p><p>TEXTO 1:</p><p>Disponível em: https://www.facebook.com/petitabell/. Acesso em: 20 out 2021.</p><p>TEXTO 2:</p><p>“[...] palavra de origem francesa que significa carga, ou seja, algo que exagera traços do caráter de</p><p>alguém ou de algo para torná-lo burlesco ou ridículo. Por extensão, trata-se de uma ilustração ou</p><p>desenho humorístico, com ou sem legenda ou balão, veiculado pela imprensa, que tem por finalidade</p><p>satirizar e criticar algum acontecimento do momento. Focaliza, por meio de caricatura gráfica, com</p><p>bastante humor, uma ou mais personagens envolvidas no fato político-social que lhe serve de tema</p><p>[...].”</p><p>Fonte: COSTA, Sérgio Roberto.</p><p>Dicionário de gêneros textuais. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.</p><p>No segundo balão - no Texto 1 - um sinal gráfico é utilizado para caracterizar que a personagem</p><p>apresenta uma dúvida. Trata-se do/a:</p><p>a) Travessão.</p><p>b) Sinal de exclamação.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>c) Vírgula.</p><p>d) Sinal de interrogação.</p><p>e) Ponto final.</p><p>Questão 74: CPCON UEPB -</p><p>O Texto 1 trata-se de uma sátira a uma discussão ocorrida na última edição do Big Brother Brasil 2021.</p><p>O Texto 2, por sua vez, traz a definição de Sérgio Roberto Costa para um determinado gênero textual.</p><p>Sua leitura é necessária para responder a questão.</p><p>TEXTO 1:</p><p>Disponível em: https://www.facebook.com/petitabell/. Acesso em: 20 out 2021.</p><p>TEXTO 2:</p><p>“[...] palavra de origem francesa que significa carga, ou seja, algo que exagera traços do caráter de</p><p>alguém ou de algo para torná-lo burlesco ou ridículo. Por extensão, trata-se de uma ilustração ou</p><p>desenho humorístico, com ou sem legenda ou balão, veiculado pela imprensa, que tem por finalidade</p><p>satirizar e criticar algum acontecimento do momento. Focaliza, por meio de caricatura gráfica, com</p><p>bastante humor, uma ou mais personagens envolvidas no fato político-social que lhe serve de tema</p><p>[...].”</p><p>Fonte: COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de gêneros textuais. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.</p><p>No Texto 1, o sinal de exclamação é utilizado para caracterizar que a personagem:</p><p>a) está ansiosa e atenta.</p><p>b) está surpresa ou assustada.</p><p>c) está com medo.</p><p>d) está calma e pacífica.</p><p>e) está exaltada ou gritando.</p><p>Questão 75: CPCON UEPB -</p><p>TEXTO 3:</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Leia o Texto 3 para responder a questão.</p><p>Disponível em: https://www.brasil247.com. Acesso em: 24 out 2021.</p><p>No segundo quadrinho, um sinal gráfico é utilizado para caracterizar verbalmente várias situações:</p><p>surpresa, exaltação, gritaria, alteração de ânimos etc. Trata-se do/a:</p><p>a) Ponto final.</p><p>b) Sinal de interrogação.</p><p>c) Sinal de exclamação.</p><p>d) Reticência.</p><p>e) Vírgula.</p><p>Questão 76: CPCON UEPB - TEXTO 3:</p><p>Leia o Texto 3 para responder a questão.</p><p>Disponível em: https://www.brasil247.com. Acesso em: 24 out 2021.</p><p>Entre o primeiro e o segundo quadrinho, o autor se utiliza de um sinal de pontuação para demarcar</p><p>uma pausa na fala do médico, bem como explicitar para o leitor que o seu enunciado terá</p><p>continuidade de um quadrinho para o outro. Trata-se:</p><p>a) das reticências.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>b) do ponto - e - vírgula.</p><p>c) dos dois - pontos.</p><p>d) do sinal de exclamação.</p><p>e) do ponto final.</p><p>Questão 77: CPCON UEPB - TEXTO 3:</p><p>Leia o Texto 3 para responder a questão.</p><p>Disponível em: https://www.brasil247.com. Acesso em: 24 out 2021.</p><p>No primeiro quadrinho, o sinal gráfico dos dois - pontos (:), assume a função de:</p><p>a) antecipar uma citação.</p><p>b) introduzir uma explicação ou esclarecimento.</p><p>c) demarcar uma enumeração.</p><p>d) introduzir um resumo.</p><p>e) demarcar o início de um diálogo.</p><p>Questão 78: CPCON UEPB - TEXTO 3</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Disponível em: <tirasarmandinho>. Acesso em 18 de outubro de 2021.</p><p>Ainda sobre o trecho “Macaxeira, mandioca e aipim são nomes diferentes para a mesma planta!”.</p><p>Neste contexto, a vírgula assume a função sintática de:</p><p>a) Intercalar.</p><p>b) Isolar.</p><p>c) Enumerar.</p><p>d) Enfatizar.</p><p>e) Explicar.</p><p>Questão 79: CEBRASPE (CESPE) - Texto</p><p>O medo é um sentimento conhecido de toda criatura viva. Os seres humanos compartilham essa</p><p>experiência com os animais. Os estudiosos do comportamento animal descrevem, de modo altamente</p><p>detalhado, o rico repertório de reações dos animais à presença imediata de uma ameaça que ponha</p><p>em risco suas vidas. Os humanos, porém, conhecem algo mais além disso: uma espécie de medo de</p><p>“segundo grau”, um medo, por assim dizer, social e culturalmente “reciclado”, um “medo derivado”</p><p>que orienta seu comportamento, haja ou não uma ameaça imediatamente presente. O medo</p><p>secundário pode ser visto como um rastro de uma experiência passada de enfrentamento de uma</p><p>ameaça direta — um resquício que sobrevive ao encontro e se torna um fator importante na</p><p>modelagem da conduta humana mesmo que não haja mais uma ameaça direta à vida ou à integridade.</p><p>Zygmunt Bauman. Medo líquido. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008, p. 9 (com adaptações).</p><p>A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Seria gramaticalmente correta a inserção de uma vírgula logo após a palavra “humana” (último</p><p>período).</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 80: CPCON UEPB - Abaixo estão expostas diferentes versões do parágrafo introdutório de</p><p>um texto que trata de técnicas para o tratamento da ansiedade*. A distinção entre elas se deve ao</p><p>emprego das vírgulas, um importante recurso para a compreensão do texto. Após a leitura, indique a</p><p>alternativa em que todas as vírgulas são empregadas de forma CORRETA. *Fonte: Exercícios contra a ansiedade</p><p>- Ano 4, N.6 -2019.</p><p>a) MEDITAÇÃO: Quando a ansiedade se torna um transtorno sério fica (,) praticamente impossível(,)</p><p>controlar o fluxo de pensamentos que deixam a cabeça em ponto de ebulição. A proposta da</p><p>meditação é tornar a pessoa(,) graças a muito treino capaz de manter autonomia(,) sobre a mente e</p><p>não mais ser refém dos próprios pensamentos.</p><p>b) MEDITAÇÃO: Quando a ansiedade se torna um transtorno sério fica praticamente impossível</p><p>controlar o fluxo de pensamentos(,) que deixam a cabeça em ponto de ebulição. A proposta da</p><p>meditação é tornar a pessoa graças a muito treino(,) capaz de manter autonomia sobre a mente e não</p><p>mais ser refém dos próprios pensamentos.</p><p>c) MEDITAÇÃO: Quando a ansiedade se torna um transtorno sério(,) fica praticamente impossível</p><p>controlar o fluxo de pensamentos que deixam a cabeça em ponto de ebulição. A proposta da</p><p>meditação(,) é tornar a pessoa graças a muito treino(,) capaz de manter autonomia sobre a mente e</p><p>não mais ser refém dos próprios pensamentos.</p><p>d) MEDITAÇÃO: Quando a ansiedade se torna um transtorno sério(,) fica praticamente impossível</p><p>controlar o fluxo de pensamentos que deixam a cabeça em ponto de ebulição. A proposta da</p><p>meditação é tornar a pessoa(,) graças a muito treino(,) capaz de manter autonomia sobre a mente e</p><p>não mais ser refém dos próprios pensamentos.</p><p>e) MEDITAÇÃO: Quando a ansiedade se torna um transtorno sério fica praticamente impossível(,)</p><p>controlar o fluxo de pensamentos(,) que deixam a cabeça em ponto de ebulição. A proposta da</p><p>meditação é tornar a pessoa(,) graças a muito treino(,) capaz de manter autonomia sobre a mente(,) e</p><p>não mais ser refém dos próprios pensamentos.</p><p>Questão 81: IBFC - Assinale a alternativa em que a pontuação foi empregada de maneira correta,</p><p>segundo na norma culta da língua.</p><p>a) A procrastinação, é a protelação do ato, acontece, por exemplo, quando você deixa um assunto</p><p>para ser resolvido depois.</p><p>b) A procrastinação é a protelação do ato. Acontece por exemplo quando você deixa um assunto para</p><p>ser resolvido depois.</p><p>c) A procrastinação é a protelação do ato. Acontece, por exemplo, quando, você deixa um assunto</p><p>para ser resolvido, depois.</p><p>d) A procrastinação é a protelação do ato, acontece, por exemplo, quando você, deixa um assunto</p><p>para ser resolvido depois.</p><p>e) A procrastinação é a protelação do ato. Acontece, por exemplo, quando você deixa um assunto</p><p>para ser resolvido depois.</p><p>Questão 82: IBFC - De acordo com as regras normativas pertinentes à Língua Portuguesa do Brasil,</p><p>observe a explicação dada sobre uma das pontuações utilizadas na representação do discurso.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>__________ representa uma maior pausa do que a marcada pela vírgula, comumente utilizada. Seu uso</p><p>ocorre para separar orações coordenadas quanto muito longas. Sua função é a de conceder clareza em</p><p>uma frase, principalmente a fim de organizar os itens apresentados.</p><p>Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.</p><p>a) Ponto e vírgula.</p><p>b) Ponto final.</p><p>c) Trema.</p><p>d) Dois pontos.</p><p>e) Hífen.</p><p>Questão 83: IBFC - Utilize o texto abaixo para responder a questão.</p><p>Texto I</p><p>Os caminhões chegaram às sete e meia e todas as famílias que restavam na favela havia muito tempo</p><p>já estavam de pé. Era difícil continuar na cama. Desde os bons tempos, as mulheres levantavam bem</p><p>cedo para a lavagem das roupas, para o apanho da água, para o preparo das pobres marmitas. Os</p><p>homens também. Uns saíam para o trabalho. Outros, em busca do primeiro gole de cachaça no balcão</p><p>do armazém de sô Ladislau, [...]. As crianças maiores acordavam cedo também, trazendo nos olhos e</p><p>no estômago a desesperada expectativa. Será que hoje tem pão? Os menores, os nenéns brigando com</p><p>a vida, dando socos no ar exigindo o peito da mãe ou a mamadeira completada com mais água sempre.</p><p>(Conceição Evaristo, Becos da Memória, p.168)</p><p>Na passagem “Outros, em busca do primeiro gole de cachaça”, o emprego da vírgula é justificado em</p><p>função:</p><p>a) da presença de uma enumeração.</p><p>b) de isolar um aposto explicativo.</p><p>c) da elipse de um termo.</p><p>d) de acompanhar um vocativo.</p><p>e) da presença de um termo no plural.</p><p>Questão 84: IADES - Texto 1 para responder à questão.</p><p>Discurso sobre a história da literatura do Brasil Através das espessas trevas em que se achavam</p><p>envolvidos os homens neste continente americano, viram-se alguns espíritos superiores brilhar de</p><p>passagem, bem semelhantes a essas luzes errantes que o peregrino admira em solitária noite nos</p><p>desertos do Brasil; sim, eles eram como pirilampos que, no meio das trevas, fosfoream. E poder-se-á,</p><p>com razão, acusar o Brasil de não ter produzido inteligências de mais subido quilate? Mas que povo</p><p>escravizado pôde cantar com harmonia, quando o retinido das cadeias e o ardor das feridas sua</p><p>existência torturaram? Que colono tão feliz, ainda com o peso sobre os ombros e, curvado sobre a</p><p>terra, a voz ergueu no meio do universo e gravou seu nome nas páginas da memória? Quem, não tendo</p><p>a consciência da sua livre existência, só rodeado de cenas de miséria, pôde soltar um riso de alegria e</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>exalar o pensamento de sua individualidade? Não, as ciências, a poesia e as belas-artes, filhas da</p><p>liberdade, não são partilhas do escravo, irmãs da glória, fogem do país amaldiçoado,</p><p>onde a escravidão rasteja e só com a liberdade habitar podem.</p><p>Se refletirmos, veremos que não são poucos os escritores, para um país que era colônia portuguesa,</p><p>para um país onde, ainda hoje, o trabalho do literato, longe de assegurar-lhe com a glória uma</p><p>independência individual, e um título de mais reconhecimento público, parece, ao contrário,</p><p>desmerecê-lo e desviá-lo da liga dos homens positivos que, desdenhosos, dizem: é um poeta! Sem</p><p>distinguir se apenas é um trovista ou um homem de gênio, como se dissessem: eis aí um ocioso, um</p><p>parasita, que não pertence a este mundo. Deixai-o com a sua mania.</p><p>MAGALHÃES, Domingos José Gonçalves. Discurso sobre a história da literatura do Brasil (manifesto publicado na revista Nictheroy</p><p>em 1836). Disponível em: <http://acervo.bndigital.bn.br>. Acesso em: 3 mar. 2022 (fragmento).</p><p>Com relação aos aspectos linguísticos e ao sentido do texto apresentado, julgue o item a seguir.</p><p>As vírgulas que separam as expressões “com razão” e “as ciências” justificam-se pela mesma</p><p>explicação sintática.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 85: IADES - Texto 2 para responder à questão.</p><p>A primeira das apresentações seria dedicada à pintura e à escultura; a segunda, à literatura, e a</p><p>terceira à música. A notícia da Semana fora recebida “com um frêmito de curiosidade” nas rodas</p><p>intelectuais e “altamente mundanas” de São Paulo, o que seria natural, pois se tratava da primeira</p><p>tentativa de realizar no Brasil “um certame dessa natureza”. Os modernistas de São Paulo usavam</p><p>habitualmente o termo “futurismo”, mas o faziam em sentido elástico, para designar as propostas</p><p>mais ou menos renovadoras que se opunham às receitas “passadistas” e “acadêmicas”. A polarização</p><p>futurismo x passadismo servia como uma tática retórica eficaz – mas também simplificadora. Esse</p><p>aspecto do discurso modernista, que se apresentava como ruptura com o “velho”, acabava por atirar</p><p>na lata de lixo do “passadismo” manifestações variadas, às quais, diga-se, não raro os próprios</p><p>“novos” estavam atados. O rótulo “futurista” gerava incompreensões e facilitava ataques por sugerir</p><p>subordinação às ideias de Marinetti. Por isso, Mário de Andrade preferia, “bandeirantemente”, recusar</p><p>em público a batuta do vanguardista italiano. Os “rapazes modernistas” desejavam apenas “ser atuais,</p><p>livres de cânones gastos, incapazes de objetivar com exatidão o ímpeto feliz da modernidade”. A</p><p>expressão “ímpeto feliz” vinha como um grito de frescor e juventude em oposição à sisudez</p><p>“passadista” e ao ambiente soturno dos anos anteriores, imposto pela guerra. Mário gostava de citar a</p><p>“mocidade alegre” e Oswald, alguns anos depois, em 1928, sentenciaria no Manifesto Antropófago: “A</p><p>alegria é a prova</p><p>dos nove”.</p><p>GONÇALVES, Marcos Augusto. 1922: a semana que não terminou. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, com adaptações</p><p>Tendo em vista os aspectos linguísticos do texto, julgue (C ou E) o item a seguir.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>O uso de aspas se justifica para marcar expressões informais de sentido ambíguo por ser texto escrito</p><p>no nível formal da língua e concernente a tema relativo à cultura brasileira.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 86: FURB -</p><p>Nesta quinta-feira, dia 9, às14h, a Secretaria da Família (Pró-família) faz a doação de mais de 50</p><p>produtos, entre bonecas de panos e naninhas (travesseirinhos), às integrantes do Clube de Mãe da</p><p>Hermann Barthel, na Associação de Moradores da Rua Hermann Barthel, no bairro Velha Central.</p><p>O objetivo é de contemplar as crianças em situação de vulnerabilidade social e que residem na região</p><p>com os produtos doados. De acordo com a Pró-família, o próprio Clube de Mãe do local fará a entrega</p><p>à população, em um evento programado para ser realizado já no sábado, dia 11, às 16h.</p><p>A confecção das bonecas de pano contou com a participação de idosas assistidas pela Pró-família,</p><p>incluindo integrantes de Clubes de Mães e voluntárias da comunidade. Além de ajudar quem precisa</p><p>de atenção, tem como objetivo também de resgatar a tradição cultural da confecção de bonecas de</p><p>pano, que foram feitas totalmente com materiais recicláveis doados por empresas parceiras. [...]</p><p>Disponível em: https://www.blumenau.sc.gov.br/secretarias/fundacao-pro-familia/</p><p>pro-familia/secretaria-da-famailia-faz-doaacaao-de-bonecas-de-pano-ao-clubede- maae-da-hermann-barthel17 Acesso em:</p><p>07/dez/2021. [adaptado]</p><p>A vírgula usada no trecho "Nesta quinta-feira, dia 9... " serviu para separar:</p><p>a) Um vocativo.</p><p>b) Uma explicação.</p><p>c) O nome de um lugar que vem antes da data.</p><p>d) Um aposto.</p><p>e) Um adjunto adverbial.</p><p>Questão 87: FURB -</p><p>À medida que a população da Colônia crescia com seus lotes demarcados, acelerou-se o impacto</p><p>ambiental. Com a rápida derrubada da floresta para a obtenção de lenha, madeira e estabelecimento</p><p>de lavouras, pastagens, edificações, estradas e outras benfeitorias, o impacto no ambiente terrestre</p><p>refletiu-se naturalmente</p><p>no solo, água e ar. Em pouco tempo, começaram as queimadas, mesmo que</p><p>justificadas as intervenções geradas pela necessidade humana, esta ação provocou erosões e aumento</p><p>do lançamento de dejetos nos rios e ribeirões.</p><p>Disponível em: Fonte: Secretaria Municipal de Cultura e Relações Institucionaisde Blumenau/Arquivo Histórico José Ferreira da Silva</p><p>/ Acervo iconográfico:Fundo Memória da Cidade - Blumenau - Comunicação/Transporte - Transporte - Veículos - Diversos/</p><p>https://www.blumenau.sc.gov.br/secretarias/fundacao-cultural/fcblu/memoria-digitalocupacao- e-desmatamento36-Acesso em</p><p>02/12/202.</p><p>No trecho: "...o impacto no ambiente terrestre refletiu-se naturalmente no solo, água e ar.", a vírgula</p><p>é utilizada para separar:</p><p>a) Um vocativo.</p><p>b) Um aposto.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>c) Uma explicação.</p><p>d) Palavras de mesma função sintática.</p><p>e) Um adjunto adverbial deslocado.</p><p>Questão 88: IDECAN -</p><p>Texto I</p><p>'Ser bom ou mau é escolha': confira entrevista com o filósofo e professor Mario Sergio Cortella</p><p>Por Patrícia Santos Dumont - Em 05/12/2019</p><p>Quem é você? Justo, generoso ou intolerante e ganancioso? Tem mais vícios ou virtudes? Costuma ser</p><p>bom o tempo todo ou às vezes se pega fazendo pequenas maldades? Já parou para refletir sobre os</p><p>próprios comportamentos e o que o levou a tê-los: circunstâncias da vida ou escolhas que fez? Sobre</p><p>isso e as possibilidades de sermos “anjos ou demônios” bati um papo – descontraído, apesar do tema –</p><p>com o filósofo, professor e escritor Mario Sergio Cortella.</p><p>Patrícia - Como se deu a concepção de “Nem Anjos Nem Demônios”, seu livro com a Monja Coen?</p><p>Cortella - Tenho outros livros, nessa coleção, sobre ética, política, sobre moral, esperança. Mas nunca</p><p>tinha colocado num diálogo mais direto alguém com a marca da filosofia ocidental, da religiosidade</p><p>ocidental, como eu, e alguém ligado à concepção oriental asiática, caso da Monja. Juntamos essas</p><p>duas formas mais usuais de entendimento sobre essa temática para trazer um debate mais forte sobre</p><p>o que acontece no cotidiano, a necessidade de pensar a vida como escolha. A noção do bem e do mal</p><p>como resultado de decisões e não como fatalidades.</p><p>Ser bom ou ser mau, portanto, não tem a ver com as circunstâncias da vida? Não somos o que somos</p><p>levados a ser? São escolhas?</p><p>Essa ideia de que as escolhas feitas são sem alternativa não é uma percepção que a gente possa ter. A</p><p>ideia de liberdade de escolha que temos é o que se chama de livre arbítrio. Quando alguém é movido</p><p>por circunstâncias opressivas e tem uma reação a isso, até o campo da legislação criminal ou penal</p><p>admite como sendo um atenuante. Mas, no conjunto das vezes, não é a circunstância que gere. Para</p><p>mim, não é a ocasião que faz o ladrão. A ocasião apenas o revela. A decisão de ser ladrão ou não é</p><p>anterior à ocasião. Há milhares de pessoas que encontram ocasião todos os dias, de desviar, de ter</p><p>uma conduta negativa, e não o são. Portanto, a ocasião apenas permite que a pessoa se mostre</p><p>naquilo que decidiu ser.</p><p>Patrícia - Na primeira página do livro, vocês falam sobre vícios e virtudes, que seriam qualidades</p><p>negativas e positivas, certo?</p><p>Podemos, então, dizer que tudo bem ter vícios, já que também são qualidades?</p><p>Cortella - Sim. Eles existem na sua contraposição. Nós não elogiamos os vícios, apenas admitimos a</p><p>existência deles. O fato de a gente ter doenças não significa que isso se sobreponha à nossa forma</p><p>desejada de saúde. Por isso, a constatação da existência dos vícios apenas nos deixa em estado de</p><p>alerta. Apenas sei que eles existem e que são possíveis em outras pessoas e também em mim. Neste</p><p>sentido, admitir a presença de vícios é saber que nossa humanidade conta com essa condição, mas que</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>não podemos, em nome da ideia de que errar é humano, justificar qualquer erro porque uma parte</p><p>grande deles são escolhas.</p><p>Não está tudo bem, então, em ser “mau” de vez em quando? Isso não nos ajudaria a levar a vida com</p><p>mais leveza, mantendo um certo equilíbrio?</p><p>Não, não está tudo bem. É preciso não se acomodar com a ideia porque quando se diz nem anjos nem</p><p>demônios não se está dizendo tanto faz, está se fazendo um alerta. O alerta é: nós podemos ser</p><p>angelicais ou demoníacos. Cuidado! Ser angelical, isto é, ser alguém que se move pela bondade, é algo</p><p>desejável. Ser alguém que se move pela maldade é uma possibilidade também. Ser anjo ou demônio é</p><p>uma escolha.</p><p>Mas não traria mais leveza para nossa existência se a gente tivesse a permissão, talvez, de em alguns</p><p>momentos tender mais para um do que para outro extremo?</p><p>Olha, poderia até tornar a vida mais emocionada, mas não há necessidade disso. Nós, humanos, temos</p><p>uma coisa, até um sinal de inteligência nas espécies, que são os jogos, nossa capacidade lúdica.</p><p>Quando você vê uma partida de futebol, uma disputa dentro de quadra, quando você tem um grupo</p><p>jogando truco, existe ali a possibilidade de vencer o outro, de brincar com ele. O jogo é exatamente</p><p>essa possibilidade do exercício eventual de algumas coisas que não são só angelicais. Eu, por exemplo,</p><p>sou jogador de truco, um jogo que tem por finalidade brincar com o adversário, tripudiar, fingir que se</p><p>tem uma carta. Na vida, eu não faria isso. Mas no truco eu posso. Então, sim, há momentos em que</p><p>essa permissão vem à tona. Onde pode? No teatro, no cinema, na música, no jogo. A gente sabe que a</p><p>brincadeira é séria, mas é brincadeira.</p><p>Nem todo mundo é bom ou mau o tempo todo. Mas muitos de nós buscam ser mais bons do que maus.</p><p>É da natureza humana?</p><p>Em grande medida, nós desejamos primeiro a ideia de bondade que supere a maldade. Quando</p><p>ninguém escapa de fazê-lo e quando a pessoa não é alguém marcada por algum tipo de desvio</p><p>psiquiátrico, em grande medida preferimos a bondade à maldade porque ela nos faz ser aceitos, há</p><p>uma solidariedade maior em relação à convivência. Isso também nos leva a receber de volta mais</p><p>situações de bondade. Há pessoas que caminham numa trajetória da maldade como sendo sua escolha</p><p>mais expressiva, mas são as que consideramos moralmente adoentadas, com algum tipo de desvio</p><p>psiquiátrico ou com uma perspectiva de existência em que só consegue se glorificar na maldade. Ainda</p><p>assim, o número de pessoas que têm essa perspectiva é muito reduzido, do contrário, nossa vida em</p><p>comunidade já teria se rompido há muito tempo. O que não significa que a gente não tem em nós essa</p><p>postura angelical como sendo uma escolha, e também a demoníaca como possibilidade. (...)</p><p>Disponível em https://www.hojeemdia.com.br/plural/ser-bom-</p><p>ou-mau-%C3%A9-escolha-confira-com-o-fil%C3%B3sofo-e-professor-mario-sergio-cortella-1.760617.</p><p>Sobre pontuação, assinale a alternativa correta.</p><p>No trecho: “Há pessoas que caminham numa trajetória da maldade como sendo sua escolha mais</p><p>expressiva, mas são as que consideramos moralmente adoentadas...” a vírgula foi empregada para</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>a) separar o sujeito do predicado.</p><p>b) destacar um adjunto adverbial deslocado.</p><p>c) separar elementos com a mesma função sintática.</p><p>d) indicar a supressão de um verbo subentendido na oração.</p><p>e) separar oração coordenada sindética adversativa.</p><p>Questão 89: IDECAN -</p><p>Texto IV</p><p>Pedocracia: A ditadura das crianças que mandam nos pais</p><p>As birras, as pirraças, os gritos, os gestos agressivos, as palavras ofensivas são o que normalmente se</p><p>caracterizam como as crianças ‘donas da casa’. A infantolatria foi o nome dado à ‘ditadura’ de</p><p>crianças que não aceitam ouvir ‘não’, querem tudo do jeito e na hora delas. Mas em que momento isso</p><p>passou a ser normal? A psicanalista Marcia Neder, autora de “Déspotas Mirins, o poder nas novas</p><p>famílias”, da Zagodoni Editora,</p><p>em entrevista ao “Saia Justa”, chama o fenômeno de pedocracia e nos</p><p>dá algumas orientações.</p><p>“A pedocracia é alimentada pela idealização da maternidade. Qual é o ideal que temos da</p><p>maternidade? O de uma mãe que abre a mão da sua vida para se dedicar ao filho. Por que as mães</p><p>embarcam na idealização, por que se sentem santas mães proibidas de ter raiva, de perder a</p><p>paciência? Aí vem uma culpa fenomenal. Acima da dor dela, tem o que ela aprendeu, que é a suprema</p><p>felicidade e bem-estar do seu filho”, explica a especialista.</p><p>Segundo ela, na atual cultura de idolatração dos filhos, eles precisam se sentir amados pelos pais. “E</p><p>eles dizem que ‘se não dermos alguma coisa a eles, eles ficam chateados e dizem que não amam a</p><p>gente’. É uma inversão total de valores”, reforça Neder.</p><p>“É mais fácil deixar a criança ser rei. É mais fácil do que aguentar o chilique. Dá trabalho educar. Para</p><p>evitar isso, querem tudo do jeito e na hora delas. Se você não estabelece desde o início, tentar</p><p>estabelecer depois fica complicado”, sugere.</p><p>“O processo de mudança nos conceitos de família, iniciado no século XVIII por Jean-Jacques Rousseau,</p><p>chegou ao século XX com a ‘religião da maternidade’, em que o bebê é um deus e a mãe, uma santa.</p><p>Instituiu-se o que é uma boa mãe sob a crença de que ela é responsável e culpada por tudo que</p><p>acontece na vida do filho, tudo que ele faz e fará. Muitos afirmam que a mulher venceu, pois</p><p>emancipou-se e foi para o mercado de trabalho, mas não: é a criança que entra no século XXI como a</p><p>vitoriosa. Esta é a semente da infantolatria”, elucida a especialista.</p><p>A definição de infantolatria por Marcia Neder consiste em “a instituição da mãe como súdita do filho e</p><p>o adulto se colocando absolutamente disponível para a criança”. E Exime ¹ a criança de</p><p>qualquer responsabilidade sobre o seu comportamento: “Um bebê não tem poder para determinar</p><p>como será a dinâmica familiar. Se isso acontece, é porque os pais promovem”.</p><p>Ainda reforça: na fase adulta, esse filho cobrará dos pais. “Ele olhará ao redor e verá outras pessoas</p><p>se realizando independentemente dele. A criança que acha que o mundo tem que parar para ela</p><p>passar não consegue imaginar isso acontecendo e não está preparada para lidar com a menor das</p><p>frustrações. Em algum ponto, acusará os pais de terem sido omissos”.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Disponível em: https://www.revistapazes.com –Texto adaptado.</p><p>Sobre o uso da vírgula, analise os itens a seguir:</p><p>I. Pais, é preciso dar limites aos seus filhos.</p><p>II. Muitas mães abrem mão de suas vidas para se dedicarem, aos filhos.</p><p>III. Em algum momento, os filhos cobraram dos pais.</p><p>IV. As birras, os gritos, os gestos agressivos, são formas de a criança chamar atenção.</p><p>V. O processo de mudança nos conceitos de família, iniciado no século XVIII por Jean-Jacques</p><p>Rousseau, chegou ao século XX com a ‘religião da maternidade’.</p><p>Assinale a afirmativa incorreta.</p><p>a) Em I o uso da vírgula é obrigatório, pois isola um vocativo.</p><p>b) Em II o uso da vírgula está incorreto, pois separa o verbo de seu complemento.</p><p>c) Em III o uso da vírgula é opcional.</p><p>d) Em IV o uso da vírgula está incorreto, pois separa o sujeito do predicado.</p><p>e) Em V, o uso se deve à presença de um aposto.</p><p>Questão 90: IDECAN - Texto I</p><p>Dostoiévski 200 anos: mergulhado na essência desvalida da alma humana</p><p>Por Portal Raízes -11 de novembro de 2021</p><p>“Chamam-me de psicólogo: não é verdade. Sou apenas realista no sentido mais elevado. Ou seja,</p><p>retrato todas as profundezas da alma humana”. O pensamento do escritor russo Fiódor Dostoiévski</p><p>(nascido em 11 de novembro de 1821), encontrado em seu caderno de notas de 1880, traduz as buscas</p><p>desse que é considerado um dos principais autores e pensadores do século 19. Ele morreu em</p><p>1881.Pesquisadores consideram que o autor continua atual em 2021 ao tratar de temas como</p><p>compaixão, ética e empatia. Tratou dos pobres, humilhados e desvalidos.</p><p>Entre as obras mais conhecidas de Dostoiévski, há clássicos da literatura mundial, como Crime e</p><p>Castigo, O Idiota, Os Demônios e Os Irmãos Karamázov. “Ele é um intérprete da alma humana. Ele</p><p>percebia as contradições do mundo, o individualismo e perguntava se existia um princípio moral que,</p><p>de alguma forma, possa se estruturar a vida”, explica o professor Leonardo Guelman, do Centro de</p><p>Artes da Universidade Federal Fluminense (UFF).</p><p>O pesquisador explica que o autor russo pode ser considerado atemporal por tratar dos principais</p><p>sentimentos humanos, confrontando o leitor. “Qualquer um de nós que for lê-lo daqui a 50 anos ou que</p><p>leu no século passado vai se deparar com essa experiência do confronto sobre o que nós somos.</p><p>Também daquilo que nós não efetivamos e talvez pudéssemos ser”. Guelman esclarece que existe uma</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>teatralidade muito forte na obra de Dostoiévski que trata de questões e dilemas éticos. “Duzentos</p><p>anos após o nascimento dele, vivemos hoje um momento muito conturbado no mundo. Ele é</p><p>absolutamente atual porque trata desse teatro humano”.</p><p>O romance Crime e Castigo, de 1866, é o livro mais emblemático de Dostoiévski, considerado pelos</p><p>críticos como a sua obra prima. Neste romance o autor desperta a expectativa de seus leitores</p><p>fascinados com o destino de Raskólnikov, estudante e homicida perseguido pela memória de seu crime.</p><p>As dúvidas o atormentam e as conversas com o comissário de polícia são infernais e, por fim, ele</p><p>confessa o crime a uma prostituta que lhe mostra o caminho do arrependimento por intermédio da fé</p><p>cristã. O autor consegue delimitar os intrincados problemas de liberdade da ação humana. E sugere a</p><p>possibilidade de redenção pelo crime. Neste livro, Dostoiévski, com base em dados reais, constrói uma</p><p>inquietante parábola de culpa e punição. Separamos algumas frases comentadas desse fenomenal</p><p>romance.</p><p>Na obra Crime e Castigo, algumas frases se tornaram célebres como “o erro é uma coisa positiva</p><p>porque, por intermédio dele, é que se descobre como ajustar as coisas”.</p><p>Desde cedo somos programados para achar que o erro é ruim. Toda criança descobre que admitir o</p><p>erro significa pagar por ele. É por isso que poucas culturas aceitam o erro como benefício para</p><p>aprender com ele e revelar a verdade. Mas, o que é a verdade? O conceito de verdade como revelação</p><p>pode ser encontrado entre os empiristas e teólogos. Os empiristas defendem que a verdade representa</p><p>aquilo que, imediatamente, se revela ao homem. Os teólogos, que a verdade é a evidência</p><p>manifestada nas coisas e que o princípio de todas as coisas é Deus.</p><p>A Filosofia procura, desde suas origens, a verdade diante do erro. Um exemplo de que o erro não é,</p><p>necessariamente, negativo é contado pela insistência de Thomas Edison, o inventor da lâmpada. Sua</p><p>principal descoberta lhe deu muito trabalho e de erro em erro descobriu, finalmente, o fio de algodão</p><p>carbonizado que sublimou os erros cometidos antes com a ideia luminosa, acesa em 21 de outubro de</p><p>1879, há 136 anos.</p><p>Outra frase conhecida é “aquilo que mais tememos é o que nos faz sair dos nossos hábitos”.</p><p>Ninguém nasce com um manual de instruções para a vida. Apesar de todos os conselhos úteis dos pais,</p><p>professores e pessoas mais velhas e mais experientes, cada um de nós deve fazer o seu próprio</p><p>caminho no mundo, fazendo o melhor que pode e muitas vezes fazer algumas coisas erradas. Bagunçar</p><p>algumas vezes não é pecado. Mas, se você ficar com receio de mudar hábitos com comportamentos</p><p>tipo “deixa ver se consigo”, você vai perder muitas oportunidades pelo receio de sair dos hábitos</p><p>convencionais. Você ficou aborrecido e frustrado porque as suas escolhas causaram tristezas? Vá em</p><p>frente, porque aquilo que tememos pode mudar o rumo da estrada que você está habituado. E sair da</p><p>estrada habitual pode ser o caminho de luz que necessita</p><p>Na Grécia antiga, Sócrates era um mestre reconhecido por sua sabedoria. Certo dia, o grande filósofo</p><p>se encontrou com um conhecido que lhe disse:</p><p>- Sócrates, sabe o que acabo de ouvir sobre um de seus alunos?</p><p>- Um momento, respondeu Sócrates. Antes de me dizer, gostaria de que você passasse por um pequeno</p><p>teste. Chama-se "Teste dos 3 filtros".</p><p>- Três filtros?</p><p>- Sim, continuou Sócrates. Antes de me contar o que quer que seja sobre meu aluno, é bom pensar um</p><p>pouco e filtrar o que vais me dizer. O primeiro filtro é o da Verdade. Estás completamente seguro de</p><p>que o que me vai dizer é verdade?</p><p>- Bem... Acabo de saber...</p><p>- Então, sem saber se é verdade, ainda assim quer me contar? Vamos ao segundo filtro, que é o da</p><p>Bondade. Quer me contar algo de bom sobre meu aluno?</p><p>- Não, pelo contrário.</p><p>- Então, interrompeu Sócrates, queres me contar algo de ruim sobre ele, que não sabes se é verdade!</p><p>Ora veja! Ainda podes passar no teste, pois ainda resta o terceiro filtro, que é o da Utilidade. O que</p><p>queres me contar vai ser útil para mim?</p><p>- Acho que não muito.</p><p>- Portanto, concluiu Sócrates, se o que você quer me contar pode não ser verdade, não ser bom e</p><p>pode não ser útil, então para que contar?</p><p>Esse episódio demonstra a grandeza de Sócrates e porque era tão estimado.</p><p>https://www.contandohistorias.com.br/html/contandohistorias.html</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>No trecho "- Sócrates, sabe o que acabo de ouvir sobre um de seus alunos?", a vírgula destacada foi</p><p>empregada para</p><p>a) Intercalar expressões explicativas.</p><p>b) Isolar o Aposto.</p><p>c) Separar adjunto adverbial deslocado.</p><p>d) Isolar o Vocativo.</p><p>e) Separar Orações Coordenadas.</p><p>Questão 8: UNESC - O texto seguinte servirá de base para responder a questão.</p><p>Zé Alegria</p><p>Havia uma fazenda onde os trabalhadores viviam tristes e isolados.</p><p>Eles estendiam suas roupas surradas no varal e alimentavam seus magros cães com o pouco que</p><p>sobrava das refeições.</p><p>Todos que viviam ali trabalhavam na roça do Sinhozinho João, um homem rico e poderoso. Esse, sendo</p><p>dono de muitas terras, exigia que todos trabalhassem duro, pagando muito pouco por isso.</p><p>Um dia, chegou ali um novo empregado, cujo apelido era Zé Alegria.</p><p>Era um jovem agricultor em busca de trabalho.</p><p>Recebeu, como todos, uma velha casa onde iria morar enquanto trabalhasse ali.</p><p>O jovem vendo aquela casa suja e largada, resolveu dar-lhe vida nova.</p><p>Pegou uma parte de suas economias, foi até a cidade e comprou algumas latas de tinta.</p><p>Chegando em casa, cuidou da limpeza e, em suas horas vagas, lixou e pintou as paredes com cores</p><p>alegres e brilhantes, além de colocar flores nos vasos.</p><p>Aquela casa limpa e arrumada chamava a atenção de todos que passavam.</p><p>O jovem sempre trabalhava alegre e feliz na fazenda, era por isso que tinha esse apelido.</p><p>Os outros trabalhadores lhe perguntavam:</p><p>- Como você consegue trabalhar feliz e sempre cantando com o pouco dinheiro que ganhamos?</p><p>O jovem olhou bem para os amigos e disse:</p><p>- Bem, esse trabalho, hoje é tudo que eu tenho.</p><p>Ao invés de blasfemar e reclamar, prefiro agradecer por ele.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Quando aceitei este trabalho, sabia de suas limitações.</p><p>Não é justo que agora que estou aqui, fique reclamando.</p><p>Farei com capricho e amor aquilo que aceitei fazer.</p><p>Os outros olharam admirados. "Como ele podia pensar assim?"</p><p>Afinal, acreditavam ser vítimas das circunstâncias abandonados pelo destino...</p><p>O entusiasmo do rapaz, em pouco tempo, chamou a atenção de Sinhozinho, que passou a observar à</p><p>distância os passos dele.</p><p>Um dia Sinhozinho pensou:</p><p>- Alguém que cuida com tanto cuidado e carinho da casa que emprestei, cuidará com o mesmo</p><p>capricho da minha fazenda.</p><p>Ele é o único aqui que pensa como eu.</p><p>Estou velho e preciso de alguém que me ajude na administração da fazenda.</p><p>Sinhozinho foi até a casa do rapaz e, após tomar um café bem fresquinho, ofereceu ao jovem um</p><p>emprego de administrador da fazenda.</p><p>O rapaz prontamente aceitou.</p><p>Seus amigos agricultores novamente foram perguntar-lhe:</p><p>- O que faz algumas pessoas serem bem-sucedidas e outras não?</p><p>E ouviram, com atenção, a resposta:</p><p>- Em minhas andanças, meus amigos, eu aprendi muito e o principal é que:</p><p>A vida é como um navio, e nós é que somos o capitão, não somos vítimas do destino. Existe em nós o</p><p>livre-arbítrio, e com ele a capacidade de realizar e dar vida nova a tudo que nos cerca. E isso depende</p><p>de cada um"</p><p>No trecho: "Sinhozinho foi até a casa do rapaz e, após tomar um café bem fresquinho, ofereceu ao</p><p>jovem um emprego de administrador da fazenda", as vírgulas foram empregadas para:</p><p>a) Isolar o Aposto.</p><p>b) Separar Orações Coordenadas.</p><p>c) Isolar o Vocativo.</p><p>d) Intercalar o adjunto adverbial deslocado.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>e) Intercalar expressões explicativas.</p><p>Questão 9: FGV - Texto 4 - Inquérito Policial</p><p>“O primeiro passo para delimitar os aspectos gerais do que seria o inquérito policial pode partir do</p><p>próprio vernáculo, inquérito, que pode ser entendido como ‘ato ou efeito de inquirir; conjunto de atos</p><p>ou diligências com o que se visa a apurar alguma coisa’, ao passo que o verbo inquirir, do qual o</p><p>substantivo deriva, pode ser definido como ‘procurar informações acerca de; indagar; investigar;</p><p>pesquisar’, ou ainda, ‘fazer indagações, investigações, pesquisas, perquirições, de natureza filosófica</p><p>ou científica; investigar, indagar, pesquisar, esquadrinhar’.</p><p>Assim, sob um ponto de vista geral, podemos entender o inquérito como o conjunto de atos e</p><p>diligências que, por meio de investigação, pesquisa e perquirição, busca apurar as causas de algo”</p><p>(Jusbrasil.com.br).</p><p>“...fazer indagações, investigações, pesquisas, perquirições, de natureza filosófica ou científica;</p><p>investigar, indagar, pesquisar, esquadrinhar.”</p><p>Nesse segmento do texto, há uma série de vírgulas empregadas pela mesma razão da que ocorre na</p><p>seguinte frase:</p><p>a) Cansa-se de ser herói, mas não se cansa de ser rico;</p><p>b) Se uma mulher quer fazer uma coisa, não há homem que consiga impedi-la;</p><p>c) Querendo abolir a pena de morte, que comecem os senhores assassinos;</p><p>d) Eu sou um homem honrado: nunca assassinei, nunca roubei, nunca violei, salvo em minha</p><p>imaginação;</p><p>e) Para alcançar o bem, mais vale habilidade que sabedoria.</p><p>Questão 10: FGV -</p><p>A questão desta prova é elaborada a partir de pequenos textos e pretendem avaliar sua capacidade</p><p>em interpretar e compreender textos, assim como em redigir de forma correta e adequada.</p><p>Uma frase de Mario Quintana nos fala sobre um dos papéis das reticências nas frases:</p><p>“As reticências são os três primeiros passos do pensamento que continua por conta própria o seu</p><p>caminho.”</p><p>Assinale a frase a seguir em que as reticências exercem exatamente essa função de deixar a</p><p>imaginação do leitor completar a frase.</p><p>a) “Quanto ao seu pai... Às vezes penso... Asseguro-lhe que é verdade. Penso que ela esqueceu de</p><p>tudo.”</p><p>b) “Você... tão sozinha... Não lhe ocorre, muitas vezes, que se um homem... Não tem vontade de</p><p>casar-se?”.</p><p>c) “Mágoa de o ter perdido, amor ainda. Ódio por ele? Não... não vale a pena...”.</p><p>d) “Duas horas te esperei. Duas horas mais te esperaria. Se gostas de mim não sei...”.</p><p>e) “Isso também conta. As raízes... – Que raízes? – cortou José Paulino, bruscamente.”</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Questão 11: CEBRASPE (CESPE) -</p><p>A tecnologia finalmente está derrubando os muros do tradicionalismo que envolve o mundo do direito.</p><p>Cercado de costumes e hábitos por todos os lados, o direito e seus operadores têm a fama de serem</p><p>apegados a formalismos, praxes e arcaísmos resistentes a</p><p>para ser feliz. (...)</p><p>Em “Neste romance o autor desperta a expectativa de seus leitores fascinados com o destino de</p><p>Raskólnikov, estudante e homicida perseguido pela memória de seu crime...”, a vírgula foi empregada</p><p>para</p><p>a) destacar um aposto.</p><p>b) destacar um adjunto adverbial deslocado.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>c) separar oração subordinada adjetiva explicativa.</p><p>d) separar elementos com a mesma função sintática.</p><p>e) separar oração coordenada sindética adversativa.</p><p>ANULADA - Questão 91: CEV UECE -</p><p>Guarda civil faz sucesso na web com posts sobre rotina e espaço da mulher na segurança pública:</p><p>'Figura representativa'</p><p>Por Ana Paula Yabiku, g1 Sorocaba e Jundiaí</p><p>Dos 35 agentes que compõem o efetivo da Guarda Civil Municipal (GCM) de Votorantim (SP), 12 são</p><p>mulheres. Uma delas é a jovem Renata Moraes, de 27 anos, que coleciona mais de 80 mil seguidores</p><p>nas redes sociais com posts sobre a rotina da corporação e a presença feminina na segurança pública.</p><p>(...)</p><p>Para ela, as redes sociais funcionam como um instrumento de inspiração e encorajamento de outras</p><p>pessoas que também sonham em trabalhar nesta área. Inicialmente, Renata postava apenas fotos</p><p>fardada e compartilhando algum momento do dia de serviço, mas, com o tempo, começou a mostrar</p><p>um pouco da rotina fora da GCM também.</p><p>“Desde então, o número de seguidores não parou de subir, até fiquei surpresa com toda essa</p><p>visibilidade. Comecei a receber mensagens, elogios, convites de parcerias e, até mesmo,</p><p>agradecimentos. Isso é muito bom, porque consigo perceber que, com apenas uma postagem, faço a</p><p>diferença na vida de alguém”, explica.</p><p>Ao g1, Renata conta que se sente valorizada ao saber que inspira outras mulheres a ingressarem nesta</p><p>carreira. Na opinião dela, a mulher é uma figura essencial e guerreira por natureza.</p><p>“É importante esse incentivo, porque muitas vezes, ocupadas com as tarefas da rotina, elas acham</p><p>que não podem conciliar sua vida pessoal com uma vida policial. Mas, pelo contrário, realizam seu</p><p>trabalho de polícia com eficiência e presteza, ocupando hoje cargos de chefia e de comando. Ser</p><p>figura representativa significa que muitas não vão desistir do sonho de usar uma farda. Elas</p><p>conseguem ver que não é uma realidade tão distante.”</p><p>Presença feminina</p><p>Embora ainda se depare com situações de machismo no dia a dia, a guarda acredita que o público</p><p>feminino esteja ganhando espaço e respeito na área de segurança pública aos poucos.</p><p>“As mulheres estão mostrando que não são inferiores, que possuem autoridade, firmeza e força, e que</p><p>podem fazer o que quiserem e estar onde quiserem.”</p><p>“Nós percebemos o quão necessária é a figura feminina na segurança pública. No atendimento às</p><p>ocorrências de violência doméstica contra a mulher, por exemplo, muitas vezes, a vítima não se sente</p><p>segura quando é auxiliada por um homem.</p><p>A presença feminina, nesse momento, estabelece um vínculo de empatia e confiança”, continua.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Preconceito nas ruas</p><p>Nas ruas, Renata diz que vive duas situações diferentes: ao mesmo tempo em que é admirada pelo</p><p>cargo que ocupa, também acaba sofrendo preconceito por ser mulher.</p><p>“Ao atender uma ocorrência, a vítima sendo homem não lhe dá credibilidade por ser mulher, sempre</p><p>busca na figura masculina uma solução. Dentro da corporação, de modo indireto, você percebe que,</p><p>muitas vezes, quando as tarefas lhe são dadas, um guarda não quer ser seu parceiro de viatura por</p><p>acreditar que você é vulnerável ou incapaz de agir, caso se depare com alguma ocorrência”, relata.</p><p>Além disso, a jovem diz que, no geral, muitas pessoas não enxergam as horas dedicadas ao treino e ao</p><p>estudo e acreditam que as conquistas dela não foram por mérito, mas por ser mulher e bonita.</p><p>“Eu sempre busquei uma profissão na qual pudesse ser útil. Não queria apenas produzir ou ser</p><p>resultado em uma empresa. Eu queria fazer, auxiliar, informar, servir e fazer a diferença na vida de</p><p>alguém. Atualmente, estou fazendo o curso de tecnólogo em segurança pública, pois pretendo me</p><p>aperfeiçoar cada vez mais”, conta.</p><p>Fora do trabalho, Renata se dedica à musculação e ocupa o tempo com a família. “Se não estou no</p><p>trabalho, estou na academia. Lá é o lugar onde eu recarrego as minhas energias tanto para o trabalho</p><p>quanto para mim enquanto mulher.”</p><p>Disponível em:</p><p>https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2021/11/07/guarda-civil-faz-sucesso-na-web-com-posts-sobre-rotina-e-espaco-da</p><p>-mulher-na-seguranca-publica-figura-representativa.ghtml. Acesso em 21/02/2022. Texto adaptado.</p><p>Na passagem “Nas ruas, Renata diz que vive duas situações diferentes: ao mesmo tempo em que é</p><p>admirada pelo cargo que ocupa, também acaba sofrendo preconceito por ser mulher.”, o uso dos</p><p>dois-pontos sinaliza uma</p><p>a) numeração.</p><p>b) transcrição.</p><p>c) oposição.</p><p>d) citação.</p><p>Questão 92: QUADRIX - Texto para o item.</p><p>A depressão é um transtorno mental comum em todo o mundo: estima-se que mais de 300 milhões de</p><p>pessoas sofram com ele. A condição é diferente das flutuações usuais de humor e das respostas</p><p>emocionais de curta duração aos desafios da vida cotidiana. Especialmente quando de longa duração e</p><p>com intensidade moderada ou grave, a depressão pode se tornar uma crítica condição de saúde. Ela</p><p>pode ser a causa de grande sofrimento e gerar disfunção no trabalho, na escola ou no meio familiar.</p><p>Na pior das hipóteses, a depressão pode levar ao suicídio. Cerca de oitocentas mil pessoas morrem por</p><p>suicídio a cada ano – sendo essa a segunda principal causa de morte no mundo entre pessoas com</p><p>idade entre 15 e 29 anos.</p><p>Embora existam tratamentos eficazes conhecidos para a depressão, menos da metade das pessoas</p><p>afetadas por esse transtorno no mundo (em muitos países, menos de 10%) recebe tais tratamentos. Os</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>obstáculos ao tratamento eficaz incluem a falta de recursos, a falta de profissionais treinados e o</p><p>estigma social associado aos transtornos mentais. Outra barreira ao atendimento é a avaliação</p><p>imprecisa. Em países de todos os níveis de renda, pessoas com depressão frequentemente não são</p><p>diagnosticadas corretamente e outras que não têm o transtorno são muitas vezes diagnosticadas de</p><p>forma inadequada, com intervenções desnecessárias.</p><p>Um episódio depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, conforme a intensidade</p><p>dos sintomas. Um indivíduo com um episódio depressivo leve terá alguma dificuldade em continuar um</p><p>trabalho simples e atividades sociais, mas sem grande prejuízo ao funcionamento global. Durante um</p><p>episódio depressivo grave, é improvável que a pessoa afetada possa dar continuidade a atividades</p><p>sociais, de trabalho ou domésticas.</p><p>Existem tratamentos eficazes para a depressão moderada e grave. Profissionais de saúde podem</p><p>oferecer tratamentos psicológicos, como ativação comportamental, terapia cognitivo-comportamental</p><p>e psicoterapia interpessoal ou medicamentos antidepressivos. Esses profissionais devem considerar a</p><p>possibilidade de efeitos adversos associados aos antidepressivos, bem como a de oferecer um outro</p><p>tipo de intervenção, e levar em conta as preferências individuais. Entre os diferentes tratamentos</p><p>psicológicos a serem considerados, estão os individuais ou em grupo, realizados por profissionais ou</p><p>terapeutas leigos supervisionados.</p><p>Os tratamentos psicossociais também são efetivos para a depressão leve. Os antidepressivos podem ser</p><p>eficazes nos casos de depressão moderada e grave, mas não são a primeira linha de tratamento para</p><p>os casos mais brandos. Esses medicamentos não devem ser usados para tratar depressão em crianças e</p><p>não são, também, a primeira linha de tratamento para adolescentes. É preciso utilizá</p><p>los com cautela.</p><p>A Organização Pan-Americana da Saúde e seus Estados-membros adotaram o Plano de Ação sobre</p><p>Saúde Mental para orientar as intervenções de saúde mental nas Américas.</p><p>Internet: <www.paho.org> (com adaptações).</p><p>Em relação à tipologia do texto, às ideias nele expressas e a seus aspectos linguísticos, julgue o item.</p><p>Estaria garantida a correção gramatical do texto caso fosse inserida uma vírgula imediatamente após o</p><p>termo “pessoas”, visto que a expressão “Cerca de oitocentas mil pessoas” consiste em um adjunto</p><p>adverbial antecipado.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 93: QUADRIX - Texto para o item.</p><p>O isolamento social provocado pela pandemia da covid-19, que afeta toda a população mundial desde</p><p>março de 2020, tem alterado a forma como as pessoas interagem umas com as outras.</p><p>Mesmo para aquelas que já tomaram as doses recomendadas da vacina, os médicos indicam como</p><p>procedimento que os encontros presenciais continuem sendo evitados e que o distanciamento de dois</p><p>metros e o uso de máscaras sejam mantidos. Essas medidas são importantes para diminuir a</p><p>transmissão do coronavírus e erradicar a doença.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>A restrição nas interações sociais, que é motivo de tristeza para muitos, também pode ser um alívio</p><p>para aqueles que preferem um estilo de vida mais recluso.</p><p>“O confinamento gera grande sofrimento para a maioria das pessoas, mas algumas se sentem</p><p>confortáveis com o isolamento e temem como vai ser a interação com os demais após essa fase”,</p><p>explica a psicóloga clínica Karin Kenzler.</p><p>Esse desconforto com a expectativa de voltar a uma rotina pré-pandemia pode ser sinal de algum</p><p>distúrbio, como transtorno do pânico, síndrome da cabana, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e</p><p>agorafobia, ressalta Karin. Todos têm ligação com a ansiedade, com a vontade de se afastar de lugares</p><p>cheios e com a preocupação de ter de lidar socialmente com muitas pessoas.</p><p>O pânico é um tipo de transtorno de ansiedade caracterizado por crises inesperadas de medo,</p><p>insegurança e desespero, aparentemente sem qualquer risco real. Essas crises provocam sintomas</p><p>físicos, como falta de ar, taquicardia, suor excessivo, dor de barriga, náusea, tontura, sensação de</p><p>morte iminente e boca seca, e também psicológicos, como medo de morrer, medo de enlouquecer,</p><p>sensação de irrealidade e distanciamento social.</p><p>A síndrome da cabana não é considerada uma doença, pois consiste em um fenômeno natural do corpo</p><p>que não está acostumado a mudanças bruscas de rotina ou comportamento, observa a psicóloga. Ela se</p><p>manifesta quando a pessoa precisa se adaptar a uma nova realidade de forma rápida e, em geral, sem</p><p>que tenha total controle da situação, causando angústia, irritabilidade, inquietação, distúrbios do</p><p>sono e de alimentação, dificuldade de concentração e desconfiança das pessoas.</p><p>Já o TOC, distúrbio psiquiátrico de ansiedade identificado pela presença de crises recorrentes de</p><p>obsessões e compulsões, está relacionado com a necessidade de controle do ambiente, diz Karin.</p><p>Nesse caso, a preocupação da pessoa é maior com o fim da quarentena e a retomada da vida menos</p><p>controlável fora de casa.</p><p>A agorafobia é o medo de ter crises de ansiedade, com sintomas parecidos com os de um ataque de</p><p>pânico, mas em locais públicos ou em lugares em que o atendimento médico seja dificultado, como</p><p>em túneis e elevadores. “A pandemia pode propiciar o surgimento desse transtorno em pessoas que já</p><p>apresentam um perfil ansioso, em razão das muitas mudanças causadoras de estresse e de situações</p><p>difíceis, como perda do emprego, incerteza sobre o futuro, medo do contágio pessoal ou de familiares</p><p>e da morte”, afirma Karin.</p><p>De acordo com a psicóloga, algumas práticas ajudam a controlar a ansiedade e, consequentemente,</p><p>diminuem as chances de fobias e transtornos se intensificarem. Porém, se os sintomas persistirem, é</p><p>importante buscar ajuda de um profissional de saúde mental, como um psiquiatra ou psicólogo.</p><p>Internet: <www.saudemental.blogfolha.uol.com.br> (com adaptações).</p><p>Considerando o texto e seus aspectos linguísticos, julgue o item.</p><p>O emprego da vírgula após “vacina” justifica-se por separar oração subordinada adjetiva explicativa.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 94: CEBRASPE (CESPE) -</p><p>É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer. Imagine-se</p><p>entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?</p><p>“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”</p><p>“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”</p><p>“Pois não?”</p><p>“Um... como é mesmo o nome?”</p><p>“Sim?”</p><p>“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me escapou por completo. É uma coisa simples,</p><p>conhecidíssima.”</p><p>“Sim, senhor.”</p><p>“O senhor vai dar risada quando souber.”</p><p>“Sim, senhor.”</p><p>“Olha, é pontuda, certo?”</p><p>“O quê, cavalheiro?”</p><p>“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende?</p><p>Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de</p><p>encaixe, entende? Na ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma</p><p>espécie de, como é que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta; a pontuda, de sorte</p><p>que o, a, o negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?”</p><p>“Infelizmente, cavalheiro...”</p><p>“Ora, você sabe do que eu estou falando.”</p><p>“Estou me esforçando, mas...”</p><p>“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?”</p><p>“Se o senhor diz, cavalheiro.”</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Luís Fernando Veríssimo. Comunicação.</p><p>Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.</p><p>Em ‘Acho que não podia ser mais claro’, a correção gramatical seria prejudicada caso se inserisse uma</p><p>vírgula logo após ‘Acho’.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 95: CEBRASPE (CESPE) -</p><p>No mundo de hoje, as telecomunicações representam muito mais do que um serviço básico; são um</p><p>meio de promover o desenvolvimento, melhorar a sociedade e salvar vidas. Isso será ainda mais</p><p>verdade no mundo de amanhã.</p><p>A importância das telecomunicações ficou evidente nos dias que se seguiram ao terremoto que</p><p>devastou o Haiti, em janeiro de 2010. As tecnologias da comunicação foram utilizadas para coordenar</p><p>a ajuda, otimizar os recursos e fornecer informações sobre as vítimas, das quais se precisava</p><p>desesperadamente. A União Internacional das Telecomunicações (UIT) e os seus parceiros comerciais</p><p>forneceram inúmeros terminais satélites e colaboraram no fornecimento de sistemas de comunicação</p><p>sem fio, facilitando as operações de socorro e limpeza.</p><p>Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades que promoveram</p><p>o acesso à banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.</p><p>Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de</p><p>Desenvolvimento do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até a</p><p>educação. A telemedicina está melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de observação</p><p>terrestre são usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias ecológicas contribuem</p><p>para a existência de cidades mais limpas.</p><p>Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o fosso</p><p>tecnológico é mais urgente.</p><p>Ban Ki-moon (secretário-geral das Nações Unidas).</p><p>Pronunciamento acerca do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Informação.</p><p>17 de maio de 2010. Internet: <unicrio.org.br> (com adaptações).</p><p>Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.</p><p>A eliminação da vírgula empregada após a palavra “vítimas” (segundo período do segundo parágrafo)</p><p>alteraria os sentidos originais</p><p>do texto.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 96: FAUEL - Leia o texto a seguir, de autoria do escritor brasileiro Paulo Mendes Campos,</p><p>para responder a próxima questão.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>“Confesso, minha senhora, que não foi amável de sua parte, quando eu voltava do Vasco e</p><p>Fluminense, ter me falado assim: ‘Não sei como se pode gostar de futebol. Acho futebol uma coisa de</p><p>uma selvageria’… Antes de mais nada, eu também já joguei futebol. Menino, fui um goleiro valente</p><p>nas peladas de asfalto. Mais grandinho, fui um centro-médio de passes bastante precisos. Na</p><p>meia-direita, tive a honra de jogar no primeiro time do colégio. Uma vez, jogando contra o Minas, fiz</p><p>um gol tão bonito que, embora irregular, o juiz depois me revelou não o ter anulado por essa mesma</p><p>razão estética. Perdoe-me a imodéstia mas, quando o ponta esquerda jogou a bola na fogueira, e os</p><p>zagueiros, desesperados, entraram em cima deste cronista, eu mergulhei incrível deslocando a bola</p><p>para o lado oposto daquele em que, inutilmente, o goleiro procurava salvar a meta. É verdade que,</p><p>cheio de mim mesmo, não fiz mais nada naquele jogo. Digo-lhe uma coisa: não fosse o futebol,</p><p>colégio interno seria uma estúpida câmara de tortura. Digo-lhe mais, que devo ao futebol alguma</p><p>resistência física e bastante do sentimento de lealdade. Quanto ao fato de a senhora dizer que não</p><p>compreende como se pode gostar de futebol, me desculpe mais uma vez, mas isso é besteira da sua</p><p>parte. A senhora acha selvageria um marido encontrar- se com a própria mulher? Pois, às vezes, essa</p><p>mulher puxa um revólver da bolsa e mata o marido. Ainda que a senhora não o acredite, no futebol é</p><p>a mesma coisa. Em si, ele não tem nada de brutal, mas não pode fugir a uma regra mais ampla:</p><p>quando seres humanos se encontram, há sempre probabilidades de selvagerias. De resto, minha</p><p>senhora, acho mais selvagem o fato de um homem trabalhar uma semana inteira, em uma construção,</p><p>em uma pedreira, em uma fábrica, em um navio, e no fim da semana não poder ir ao futebol, porque</p><p>não conseguiu economizar para comprar um ingresso de 20 cruzeiros”. (Confesso, minha senhora…, de</p><p>Paulo Mendes Campos, com adaptações).</p><p>Após o trecho “quando eu voltava do Vasco e Fluminense, ter me falado assim”, o autor emprega a</p><p>pontuação denominada dois-pontos. Neste caso, essa pontuação foi utilizada para:</p><p>a) introduzir no texto uma citação.</p><p>b) apontar um esclarecimento do autor.</p><p>c) marcar a ocorrência de um exemplo.</p><p>d) indicar o emprego de uma enumeração.</p><p>Questão 97: Legalle - Para responder a questão, leia o texto abaixo.</p><p>As vantagens de ter uma conta corrente em dólar</p><p>A médio e longo prazo, o Brasil vai experimentar mudanças cambiais que devem aproximá-lo dos</p><p>países globalizados e com moeda forte. O novo marco legal do setor vai colocar a Nação no século 21</p><p>— pelo menos em termos de mercado de câmbio. O projeto reuniu 400 artigos dispersos e editados a</p><p>partir de 1920. Eles foram atualizados e simplificados para corresponder ao arcabouço regulatório dos</p><p>países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o clube dos países</p><p>ricos. As mudanças removem barreiras que restringiam a circulação da moeda estrangeira no País.</p><p>O novo marco foi uma iniciativa do Banco Central, que há anos tem cumprido uma agenda de</p><p>modernização (o PIX e o open banking são as iniciativas mais recentes). E as mudanças serão</p><p>implantadas aos poucos. Ele traz novidades para o brasileiro comum (pessoa física) e para as</p><p>empresas. “Em muitos casos, legaliza práticas já existentes no mercado, como compra e venda de</p><p>dólar entre pessoas físicas”, diz o especialista em economia cambial Alexandre Chaia, professor do</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Insper. “As pessoas costumam trocar dólar por real, mas isso era ilegal. A nova lei descriminaliza</p><p>operações até US$ 500.”</p><p>Essa mudança deve levar à criação de plataformas peer-to-peer (pessoa para pessoa, em inglês) de</p><p>câmbio, para trocas de moedas estrangeiras. Para o brasileiro, a brecha possibilita gastar menos,</p><p>porque ele poderá comprar a moeda no câmbio oficial, que tem menor tarifa. A notícia tira as casas</p><p>de câmbio do conforto. Para não perder clientes, precisarão se modernizar. A nova lei também</p><p>aumenta para US$ 10 mil (cerca de R$ 57 mil) o máximo que o viajante declara nos aeroportos, na</p><p>saída do País para o exterior.</p><p>As operações de transferência e pagamento para o exterior também ficarão mais fáceis. Isso desperta</p><p>o interesse das fintechs. Algumas já oferecem aos clientes a possibilidade de abrir uma conta em dólar</p><p>no exterior, o que economiza em até 10% em taxas e impostos, se comparado às alternativas clássicas,</p><p>como a compra de moeda em espécie e pelo cartão de crédito internacional. “A nova lei permitirá o</p><p>PIX internacional, operação simples e sem taxas a pessoa física”, diz Chaia.</p><p>Autor: Valéria Pampa — Revista IstoÉ (adaptado).</p><p>Acerca da pontuação empregada no texto, analise as assertivas: I. No primeiro parágrafo, a vírgula</p><p>marca o aposto explicativo; II. No segundo parágrafo, a vírgula marca uma oração coordenada</p><p>adversativa; III. No início do texto, a vírgula isola O adjunto adverbial.</p><p>Está(ão) CORRETA(S):</p><p>a) I, II e III.</p><p>b) Apenas I.</p><p>c) Apenas II.</p><p>d) Apenas III.</p><p>e) Apenas I e II.</p><p>Questão 98: Legalle - Para responder a questão, leia o texto abaixo.</p><p>O cavalo e o obelisco</p><p>Rodrigo acendeu sua lanterna elétrica, fazendo incidir o feixe luminoso sobre o mostrador de seu</p><p>relógio de pulso. Oito e cinquenta. Estava de pé atrás dum barranco, junto da linha férrea, a uns</p><p>duzentos metros da fachada do quartel do Regimento de artilharia. Apenas duas das vinte e quatro</p><p>janelas do casarão acachapado e sombrio estavam iluminadas. Rodrigo avistava nitidamente a guarita</p><p>da sentinela, mas não via sinal de vida nela ou ao seu redor. Do céu baixo e pesado de nuvens escuras</p><p>continuava a cair uma garoa fina e fria. O ar estava parado, e um silêncio úmido e emoliente envolvia</p><p>todas as coisas.</p><p>Um vulto aproximou-se. Rodrigo reconheceu Chiru Mena, que lhe vinha dizer que acabava de fazer a</p><p>pé toda a volta do quartel. As tropas revolucionárias haviam tomado posição, de acordo com o plano</p><p>preestabelecido.</p><p>- Um traguinho?</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Tirando de baixo do poncho uma garrafa, Chiru desarrolhou-a e entregou-a ao amigo.</p><p>- Que é isto?</p><p>- Cachaça com mel.</p><p>- Vem do céu. Estou gelado.</p><p>Levou o gargalo à boca, empinou a garrafa, bebeu um gole largo.</p><p>- Isto é tão importante como munição - murmurou Chiru, tornando a arrolhar a garrafa que o outro lhe</p><p>devolvera.</p><p>Recostado contra o para-lama do carro, as mãos nos bolsos, encolhido dentro da capa de chuva,</p><p>Floriano olhava fixamente para a fachada do quartel. Já que o haviam metido contra sua vontade</p><p>naquela aventura estúpida, recusava confortos e privilégios. Sentia-se tomado dum esquisito, absurdo</p><p>desejo de martirizar-se, transformar-se numa vitima. A garoa borrifava-lhe a cara, deixando-a como</p><p>que eterizada. Entrava-lhe pelas narinas num cheiro de terra e grama molhadas. Sob a sola dos</p><p>sapatos sentia o barro viscoso e pegajoso como goma-arábica.</p><p>Liroca aproximou-se dele sem dizer palavra. Limitou-se a pousar-lhe a mão no ombro e ficou nessa</p><p>posição durante alguns segundos, como para confortá-lo, numa solidariedade de poltrão para poltrão.</p><p>Depois murmurou: "Não há de ser nada" e foi pedir fogo ao Bento, que nesse instante acendia o seu</p><p>cigarro.</p><p>Autor: Erico Verissimo (adaptado)</p><p>Qual a função das aspas destacadas no último parágrafo?</p><p>a) Expressar um conceito republicano.</p><p>b) Citar uma fala.</p><p>c) Citar o nome de um livro.</p><p>d) Mencionar a marca de um produto.</p><p>e) Indicar que o trecho deve ser lido em</p><p>voz alta.</p><p>Questão 99: CEBRASPE (CESPE) - A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da</p><p>economia, da política e da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da</p><p>comunicação nas estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.</p><p>No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em</p><p>dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu</p><p>esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom</p><p>Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas</p><p>na guerra é contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma,</p><p>a maioria das notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas</p><p>conscientes que seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>encontrado as circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos</p><p>devem ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para</p><p>magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.</p><p>Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta,</p><p>desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do</p><p>inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa</p><p>estratégia do engano quase à perfeição.</p><p>Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não</p><p>se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos conflitos</p><p>bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite.</p><p>A telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro</p><p>imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da</p><p>sociedade moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos</p><p>eletrônicos. Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG</p><p>(flux compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às</p><p>grandes potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e</p><p>consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os</p><p>custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.</p><p>Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações.</p><p>São Paulo em Perspectiva. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).</p><p>Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo item.</p><p>No trecho ‘Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a</p><p>inverdade’ (segundo parágrafo), a vírgula empregada após ‘falsa’ justifica-se por separar orações com</p><p>sujeitos diferentes.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 100: FCC -</p><p>Todos já ouvimos falar de crianças hiperativas, que não conseguem ficar paradas; ou daquelas que</p><p>sonham acordadas e se distraem ao menor dos estímulos. Da mesma forma, é comum ouvirmos</p><p>histórias de adultos impacientes, que comumente iniciam projetos e os abandonam no meio do</p><p>caminho. Apresentam altos e baixos, são impulsivos, esquecem compromissos, falam o que lhes dá na</p><p>telha. Comportamentos como esses são característicos do transtorno do déficit de</p><p>atenção/hiperatividade (TDAH), classificado pela Associação de Psiquiatria Americana (APA).</p><p>Quando se pensa em TDAH, logo vêm à mente imagens de um cérebro em estado de caos. Diante dessa</p><p>visão restrita, pode-se ter a ideia errônea de que pessoas com TDAH estariam fadadas ao fracasso;</p><p>mas, ao contrário disso, grande parte delas atuam nas mais diversas áreas profissionais de forma</p><p>brilhante.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Muitas teorias têm sido elaboradas para elucidar a origem do sucesso obtido por personalidades com</p><p>comportamento TDAH nos mais diversos setores do conhecimento. Porém, a ciência não tem uma</p><p>explicação exata para esse fato; até porque o funcionamento cerebral humano não segue nenhuma</p><p>lógica aritmética previsível. Ideias, sensações e emoções não podem ser quantificadas; são</p><p>características humanas imensuráveis. Nesse território empírico, uma coisa é certa: o funcionamento</p><p>cerebral TDAH favorece o exercício da mais transcendente atividade humana: a criatividade.</p><p>Se entendermos criatividade como a capacidade de ver os mais diversos aspectos da vida através de</p><p>um novo prisma e então dar forma a novas ideias, notaremos que a mente TDAH, em meio à confusão</p><p>resultante do intenso bombardeio de pensamentos, é capaz de entender o mundo sob ângulos</p><p>habitualmente não explorados.</p><p>A hiper-reatividade é responsável pela capacidade da mente TDAH de não parar nunca. Trata-se de</p><p>uma hipersensibilidade que essa mente possui de se ligar a tudo ao mesmo tempo. Uma vez que está</p><p>sempre reagindo a si mesma, essa mente pensa e repensa o tempo todo. Esse estado de inquietação</p><p>mental permanente mantém toda uma rede de pensamentos e imagens em atividade intensa,</p><p>proporcionando, assim, o terreno ideal para o exercício da criatividade.</p><p>(Adaptado de: SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes Inquietas: TDAH − desatenção, hiperatividade e impulsividade. São Paulo: Globo,</p><p>2014, edição digital)</p><p>Respeitam-se as normas de pontuação no seguinte segmento adaptado do texto:</p><p>a) A criatividade costuma ser entendida como a capacidade de ver os mais diversos aspectos da vida</p><p>através de um novo prisma, por meio do qual novas ideias podem surgir.</p><p>b) Já foram elaboradas, muitas teorias, visando a desvendar a origem do sucesso, obtido por</p><p>personalidades famosas com comportamento TDAH.</p><p>c) Apesar de fazer suposições verossímeis, a ciência, não é capaz de: quantificar ideias, sensações e</p><p>emoções tipicamente humanas.</p><p>d) A impulsividade e a desatenção aos compromissos, costumam estar presentes em pessoas com</p><p>transtorno do déficit de atenção/hiperatividade.</p><p>e) Crianças hiperativas que não conseguem ficar paradas e que, sonham acordadas, distraem-se com</p><p>o menor dos estímulos.</p><p>Questão 101: AMEOSC -</p><p>Acordo que facilita entrada nos EUA é estendido a todos os brasileiros</p><p>O governo do Brasil anunciou a entrada em vigor da terceira e última fase do acordo assinado com o</p><p>governo dos Estados Unidos (EUA) para facilitar a entrada de brasileiros no país.</p><p>Conforme decreto assinado em março de 2020, primeiramente, a iniciativa seria testada com até vinte</p><p>brasileiros participantes do Fórum de Altos Executivos Brasil-EUA. Posteriormente, as inscrições seriam</p><p>disponibilizadas para um número limitado de pessoas, para que o sistema informatizado desenvolvido</p><p>pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) fosse testado e aprimorado.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Na terceira e última fase de implementação do programa, a inscrição no Global Entry fica disponível a</p><p>todo cidadão brasileiro interessado em simplificar a passagem pelo controle de passaporte nos Estados</p><p>Unidos.</p><p>Para aderir ao programa, é preciso pagar taxa de US$ 100 (o equivalente a R$ 529 pelo câmbio atual) à</p><p>autoridade de Proteção de Fronteiras e Alfândega do Departamento de Segurança Doméstica dos</p><p>Estados Unidos (CBP), que coordena o programa. A taxa é válida por cinco anos, ao fim dos quais,</p><p>precisará ser renovada.</p><p>O Global Entry não substitui a exigência de visto, mas pode acelerar os procedimentos de entrada</p><p>e</p><p>saída de estrangeiros autorizados a ingressar em território norte-americano sem passar por filas de</p><p>imigração nos aeroportos.</p><p>No caso do acordo brasileiro, as inscrições no programa são analisadas pela Receita Federal e pela</p><p>Polícia Federal, antes de serem avaliadas pelo CBP, ao qual cabe a decisão sobre quem pode receber</p><p>tratamento diferenciado no controle migratório.</p><p>Os interessados devem se inscrever na plataforma do programa, disponível no site do CBP. Contudo, o</p><p>Brasil ainda não constava da lista de países cujos cidadãos estão incluídos nos acordos binacionais.</p><p>Segundo a Casa Civil, a previsão era que a relação fosse atualizada com a inclusão do Brasil. Consta,</p><p>na própria plataforma, que a última atualização foi feita em dezembro de 2017.</p><p>A Agência Brasil entrou em contato com a Embaixada dos Estados Unidos, mas ainda não teve</p><p>resposta.</p><p>Em um vídeo divulgado pelas redes sociais, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, disse que a medida</p><p>estimulará negócios entre os dois países e intensificará a interação acadêmica e o turismo, estreitando</p><p>as relações.</p><p>Disponível em SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS): Acordo que facilita entrada nos</p><p>EUA é estendido a todos os brasileiros (msn.com). Adaptado.</p><p>"Conforme decreto assinado em março de 2020, primeiramente, a iniciativa seria testada com até</p><p>vinte brasileiros participantes do Fórum de Altos Executivos Brasil-EUA".</p><p>Alterando a ordem da frase sem alterar o sentido, assinale a opção CORRETA quanto à pontuação.</p><p>a) Primeiramente a iniciativa seria testada com até vinte brasileiros - participantes do Fórum, de</p><p>Altos Executivos Brasil-EUA - conforme decreto, assinado em março de 2020.</p><p>b) Primeiramente, a iniciativa seria testada com até vinte brasileiros - participantes do Fórum de</p><p>Altos Executivos Brasil-EUA - conforme decreto assinado em março de 2020.</p><p>c) Primeiramente a iniciativa seria testada, com até vinte brasileiros participantes do Fórum de Altos</p><p>Executivos, Brasil-EUA conforme decreto, assinado em março de 2020.</p><p>d) Primeiramente, a iniciativa seria testada, com até, vinte brasileiros participantes do Fórum de</p><p>Altos Executivos Brasil-EUA, - conforme decreto assinado em março de 2020.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Questão 102: AMEOSC -</p><p>Previsões de Nostradamus: asteroide e fim de todo o mundo</p><p>Astrólogo e médico francês, segundo dizem, Nostradamus predisse alguns dos eventos mais</p><p>importantes dos últimos séculos. Suas previsões foram assustadoramente precisas.</p><p>Fonte: Pixabay© Fornecido por Tech Break.</p><p>Diz-se até que ele sabia que John F. Kennedy seria assassinado e que os ataques terroristas de 11 de</p><p>setembro no World Trade Center, em Nova York, aconteceriam.</p><p>E Nostradamus tem algumas profecias terríveis para os tempos atuais.</p><p>Aqui, estão suas principais profecias sobre o que os próximos tempos podem nos reservar.</p><p>Ele acredita que a Terra será atingida por uma fome de proporções bíblicas. Esta é outra de suas</p><p>previsões sobre o fim do mundo, que começa com o aumento dos terremotos e a disseminação de vírus</p><p>- algo que todos nós sabemos muito sobre estes anos. Outro indicador, de acordo com Nostradamus, é</p><p>uma fome massiva, de um tamanho que o mundo nunca viu antes.</p><p>Ele disse: "Depois de um grande problema para a humanidade, um maior está preparado. O Grande</p><p>Motor renova as eras: chuva, sangue, leite, fome, aço e peste são o fogo do céu visto, uma longa</p><p>faísca correndo."</p><p>Enormes danos serão causados ao nosso planeta por agora, afirma Nostradamus, por enormes</p><p>tempestades solares. O horóscopo anual afirma que ele disse: "Veremos a água subindo e a terra</p><p>caindo sob ela." Conforme a devastação se manifesta em todo o mundo, o médico diz que haverá</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>migração em massa e as pessoas que vivem na Terra começarão a lutar pelos poucos recursos naturais</p><p>restantes. Isso também levará à guerra em todo o planeta.</p><p>Não apenas o mundo sofrerá o impacto de um cometa. Nostradamus também disse que isso poderia</p><p>causar um grande número de desastres naturais. Ele escreveu: "No céu, vê-se fogo e uma longa trilha</p><p>de faíscas."</p><p>Depois de 2020, a última coisa de que precisamos é outro desastre natural; no entanto, ele prevê más</p><p>notícias se você mora na Califórnia. Nostradamus afirma que um grande terremoto atingirá os Estados</p><p>Unidos e a Califórnia é o local descrito como o alvo.</p><p>A ascensão da tecnologia no século XXI é algo a que todos estamos nos acostumando com a Inteligência</p><p>Artificial na maioria de nossas casas e minúsculos computadores em nossos bolsos.</p><p>Mas, de acordo com Nostradamus, isso realmente aumentará a partir de agora com os soldados tendo</p><p>chips implantados em seus cérebros.</p><p>Aparentemente, esses novos super soldados serão necessários para salvar a raça humana e liderarão as</p><p>forças armadas.</p><p>(Disponível em: Previsões de Nostradamus: Asteroide e'fim de todo o mundo' (msn.com). Adaptado)</p><p>Enormes danos serão causados ao nosso planeta por agora, afirma Nostradamus, por enormes</p><p>tempestades solares.</p><p>Assinale a opção CORRETA quanto à nova pontuação.</p><p>a) Nostradamus afirma - ao nosso planeta - enormes danos, serão causados por agora, por enormes</p><p>tempestades solares.</p><p>b) Nostradamus afirma ao nosso planeta, enormes danos serão, causados por agora, por enormes</p><p>tempestades solares.</p><p>c) Nostradamus afirma: ao nosso planeta, enormes danos serão causados por agora, por enormes</p><p>tempestades solares.</p><p>d) Nostradamus afirma: ao nosso planeta, enormes danos serão causados, por agora, por enormes</p><p>tempestades, solares.</p><p>Questão 103: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG1A1-I</p><p>Em 721, um concílio romano presidido pelo papa Gregório II proibiu o casamento com uma commater,</p><p>isto é, a madrinha de um filho, ou a mãe de um filho de quem se fosse padrinho. Isso levou o papado a</p><p>se alinhar com a legislação promulgada, algumas décadas antes, em Bizâncio. A adoção marcadamente</p><p>rápida desses princípios sugere que o clero franco já sustentava concepções similares. Isso é ilustrado</p><p>por um caso curioso contado por um clérigo franco anônimo, em 727. Ele censurava a maneira</p><p>traiçoeira pela qual a infame concubina Fredegunda havia conseguido se tornar a esposa legal do rei</p><p>Quilpérico. Durante uma longa ausência do rei, ela persuadira sua rival, a rainha Audovera, a tornar-se</p><p>madrinha da própria filha recém-nascida. Assim, a ingênua Audovera foi subitamente transformada na</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>commater de seu próprio marido, impossibilitando qualquer relação conjugal posterior e deixando o</p><p>caminho livre para Fredegunda.</p><p>Essa artimanha mostra que, poucos anos após o concílio romano de 721, o autor anônimo e seu público</p><p>estavam bem familiarizados com os impedimentos derivados do parentesco espiritual. Não fosse o</p><p>caso, seria impossível acusar Fredegunda de seu ardiloso truque. As cartas do missionário Bonifácio</p><p>conferem testemunho adicional a esse fato. Em 735, ele perguntou ao bispo escocês Pethlem se era</p><p>permitido que alguém se casasse com uma viúva que era mãe de seu afilhado. “Todos os padres da</p><p>Gália e na terra dos francos afirmavam que isso era um pecado grave”, escreveu ele. Soava-lhe</p><p>estranho, já que ele nunca ouvira falar nisso antes. A questão devia preocupá-lo porque, no mesmo</p><p>ano, escreveu a respeito para dois outros clérigos anglo-saxões. Evidentemente, o missionário até</p><p>então não estava familiarizado com esse impedimento ao casamento, embora o clero continental, a</p><p>quem ele se dirigia, considerasse a questão muito grave.</p><p>Mayke De Jong, Nos limites do parentesco: legislação anti-incesto na Alta Idade Média ocidental (500-900). In: Jan Bremmer (Org.).</p><p>De Safo a Sade. Momentos na história da sexualidade. Campinas: Papirus, 1995, p. 56-7 (com adaptações).</p><p>A</p><p>correção gramatical, a coerência e os sentidos originais do texto CG1A1-I seriam preservados caso,</p><p>no início do quarto período do texto, se inserisse uma vírgula logo após o vocábulo “Isso”.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 104: NOSSO RUMO - Leia o texto abaixo para responder à questão.</p><p>Um mundo sem culpa</p><p>O cristianismo é um legado indissociável da nossa cultura cotidiana e medeia nossos atos e valorações</p><p>de forma explícita e implícita. Ainda que nossa moral - normalmente frouxa - não seja capaz de dar</p><p>consistência absoluta a esse legado, o crente, o ateu, o agnóstico e o singular cristão não praticante</p><p>fazem uso dessa herança quando lhes convém. Não há quem desconheça a oração Pai Nosso, texto</p><p>seminal da cultura cristã.</p><p>O texto sagrado sugere que devamos perdoar os nossos ofensores para que sejamos igualmente</p><p>perdoados por Deus. Não nos prendemos a essa disposição do texto, fixamos mais na ideia de que</p><p>Deus, por conta da sua magnânima bondade, perdoará a todos, apesar da não equivalência de</p><p>compaixão. Suprimos da consciência o conectivo de comparação “assim como” e esperamos que Deus</p><p>se atenha só ao dito e ao escrito e que distraído não vasculhe os meandros de nossas intenções e de</p><p>nossos lapsos de memória.</p><p>Reparem que (certos do perdão divino, motivado pelo arrependimento e pela confissão mediada por</p><p>padre, pastor ou em linha direta com Deus) pedimos desculpa com a convicção absoluta de nossa</p><p>absolvição. Não é raro que fiquemos incomodados e avexados quando alguém nos surpreende com a</p><p>possibilidade de não nos tirar a culpa. Se Deus nos perdoará, por que essezinho não o fará?</p><p>A consciência, dedurada somente aos atentos, é sempre arejada pelos artifícios da linguagem e das</p><p>associações feitas. Quando não nos desculpam, criamos a própria desculpa, transferindo a outros a</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>culpa que seria nossa. “Desculpe-me pelo atraso, o trânsito desta cidade é uma loucura”; “Desculpa,</p><p>era só uma brincadeira, não fiz por mal”; “Foi mal, estava distraído”.</p><p>Às vezes, escamoteamos a palavra “desculpa” no discurso, mas vislumbramos a possibilidade de</p><p>entendimento dela. “A prova estava impossível, o professor surtou”; “Não dá para entender o que o</p><p>professor explica”; “Como cheguei correndo, não consegui pegar o livro”. Assim, a falha que é nossa é</p><p>transferida a um outro culpado. Criamos, assim, um perdão “expresso”, sem a intermediação de</p><p>líderes religiosos e sem conversar com o “Homem lá de cima”. E o pobre destinatário da culpa</p><p>transferida que busque forma de encontrar também o seu perdão. (...)</p><p>Adaptado de https://revistaeducacao.com.br/2019/07/14/mundo-semculpa- cristianismo/</p><p>Assinale a alternativa cuja pontuação alterada NÃO causou prejuízo gramatical ou de sentido à</p><p>sentença retirada do texto.</p><p>a) O texto sagrado, sugere que devamos perdoar os nossos ofensores para que sejamos igualmente</p><p>perdoados por Deus.</p><p>b) Se Deus, nos perdoará, por que, essezinho não o fará?</p><p>c) Ainda que nossa moral, normalmente frouxa, não seja capaz de dar consistência absoluta a esse</p><p>legado, o crente, o ateu, o agnóstico e o singular cristão não praticante fazem uso dessa herança</p><p>quando lhes convém.</p><p>d) Não é raro, que fiquemos incomodados e avexados quando alguém, nos surpreende com a</p><p>possibilidade de não nos tirar a culpa.</p><p>e) Às vezes escamoteamos a palavra: desculpa, no discurso mas vislumbramos, a possibilidade de</p><p>entendimento dela.</p><p>Questão 105: NOSSO RUMO - Leia o texto abaixo para responder à questão</p><p>As novas profissões criadas pelo metaverso até 2030</p><p>Também chamado multiverso, ecossistema modifica consumo e comportamento, criando novas oportunidades que entrarão</p><p>em voga já nos próximos 10 anos. Vale discussão sobre acesso e conseguências.</p><p>A concepção não é exatamente nova. Jogos como The Sims e o cinema 3D já ofereciam experiência</p><p>parecida, mas as realidades virtual e aumentada, aliadas a tecnologia 56, impulsionaram a interação</p><p>para além da simples visão da tela; agora pode-se viver dentro dela. Originado do grego, metaverso</p><p>significa “além do universo” e acredita-se que suas possibilidades podem tomar estudo e trabalho</p><p>muito mais motivadores e engajadores, ou, no mínimo, interessantes.</p><p>“Tudo indica que ele vai trazer uma grande modificação na forma como os produtos e serviços são</p><p>desenvolvidos e entregues aos clientes”, acredita Marcio Sanches, coordenador da Universidade</p><p>Corporativa do Semesp e professor na FGV-SP.</p><p>Nesse contexto, o ensino superior se coloca no cerne da questão, tendo que se inteirar e se antever a</p><p>demanda por novos profissionais e as possíveis modificações que terão de incutir no currículo de</p><p>profissões que já existem, o que para Marcio Sanches é um dos principais desafios. Segundo o</p><p>professor, as profissões que já existem precisam encontrar novas oportunidades e maneiras de atuar</p><p>nesse ecossistema.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>“Quando se trata de ensino a distância, ainda falamos muito em coisas gravadas, mas no metaverso</p><p>teremos acesso a uma biblioteca brutal de informações, por isso acredito que nós, professores, por</p><p>exemplo, seremos muito mais curadores do conteúdo que será disponibilizado ao aluno”, diz Marcio.</p><p>O professor pontua que, independentemente da profissão, as pessoas e instituições de ensino devem</p><p>começar a se inteirar disso para ver o que vai surgir a partir desse universo, pois as mudanças serão</p><p>drásticas já nos próximos 10 primeiros anos.</p><p>Adaptado de https:/'revistaeducacao.com.br/2022/02/04/metaverso-profissoes-anos/</p><p>Assinale a alternativa cuja pontuação alterada NÃO causou prejuízo gramatical ou de sentido à</p><p>sentença retirada do texto.</p><p>a) Originado do grego, metaverso significa “além do universo”, e acredita-se que suas possibilidades</p><p>podem tomar estudo e trabalho muito mais motivadores e engajadores, ou, no mínimo, interessantes.</p><p>b) O professor pontua que independentemente da profissão as pessoas e instituições de ensino devem</p><p>começar a se inteirar disso para ver, o que vai surgir a partir desse universo.</p><p>c) (...) pois as mudanças, serão drásticas, já nos próximos 10 primeiros anos.</p><p>d) Tudo indica, que ele vai trazer uma grande modificação na forma como os produtos e serviços, são</p><p>desenvolvidos e entregues aos clientes</p><p>e) A concepção, não é exatamente nova. Jogos como The Sims e o cinema 3D, já ofereciam</p><p>experiência parecida (...)</p><p>Gabarito</p><p>1) A 2) C 3) D 4) B 5) D 6) E 7) D 8) D 9) D 10) D 11) Certo 12) Errado 13) C 14) E 15) B 16) Errado</p><p>17) D 18) Errado 19) Errado 20) A 21) A 22) Errado 23) A 24) E 25) C 26) A 27) D 28) A 29) A 30) D</p><p>31) A 32) E 33) C 34) D 35) C 36) C 37) D 38) C 39) A 40) Certo 41) Certo 42) B 43) Anulada 44) C</p><p>45) D 46) D 47) B 48) C 49) C 50) C 51) A 52) B 53) E 54) A 55) A 56) B 57) C 58) A 59) A 60) Errado</p><p>61) Errado 62) B 63) B 64) C 65) B 66) A 67) A 68) B 69) B 70) C 71) B 72) E 73) D 74) E 75) C 76) A</p><p>77) B 78) C 79) Certo 80) D 81) Anulada 82) A 83) C 84) Errado 85) Errado 86) E 87) D 88) E 89) C</p><p>90) A 91) Anulada 92) Errado 93) Errado 94) Certo 95) Certo 96) A 97) A 98) B 99) Certo 100) A 101)</p><p>B 102) C 103) Errado 104) C 105) A</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>mudanças mais radicais. São práticas</p><p>persistentes, passadas adiante por gerações e cultivadas como se necessárias para manter a</p><p>integridade e a operacionalidade costumeira do sistema.</p><p>Nem mesmo o hermético universo do direito resistiu às mudanças tecnológicas trazidas pela rede</p><p>mundial de computadores e pela possibilidade do uso de softwares de inteligência artificial para</p><p>análise de grandes volumes de dados.</p><p>Novidades cuja aplicação foi impulsionada pelo incessante crescimento de demandas judiciais e pela</p><p>necessidade de implementar e efetivar o sistema de precedentes qualificados.</p><p>Todas essas inovações, sem dúvida nenhuma, transformaram o sistema de justiça como o conhecíamos</p><p>e o cotidiano dos operadores do direito.</p><p>O direito, o processo decisório e os julgamentos são eminentemente de natureza humana e dependem</p><p>do ser humano para serem bem realizados. Assim, mesmo que os avanços tecnológicos sejam</p><p>inevitáveis, todas as inovações eletrônicas e virtuais devem sempre ser implementadas com</p><p>parcimônia e vistas com muito cuidado, não apenas para sempre permitirem o exercício de direitos e</p><p>garantias, mas também para não restringirem — e, sim, ampliarem — o acesso à justiça e, sobretudo,</p><p>para manterem a insubstituível humanidade da justiça.</p><p>Rafael Muneratti. Justiça virtual e acesso à justiça. In: Revista da Defensoria</p><p>Pública do Estado do Rio Grande do Sul, ano 12, v. 1, n.º 28, 2021 (com adaptações).</p><p>Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.</p><p>É obrigatório o emprego da vírgula logo após a palavra “lados”, no parágrafo.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 12: CEBRASPE (CESPE) -</p><p>Para falar de racismo, é preciso antes diferenciar o racismo de outras categorias que também</p><p>aparecem associadas à ideia de raça: preconceito e discriminação.</p><p>Podemos dizer que o racismo é uma forma sistemática de discriminação que tem a raça como</p><p>fundamento e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes que culminam em</p><p>desvantagens ou privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial ao qual pertençam.</p><p>Embora haja relação entre os conceitos, o racismo difere do preconceito racial e da discriminação</p><p>racial. O preconceito racial é o juízo baseado em estereótipos acerca de indivíduos que pertençam a</p><p>determinado grupo racializado, o que pode ou não resultar em práticas discriminatórias. Considerar</p><p>negros violentos e inconfiáveis, judeus avarentos ou orientais “naturalmente” preparados para as</p><p>ciências exatas são exemplos de preconceitos.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>A discriminação racial, por sua vez, é a atribuição de tratamento diferenciado a membros de grupos</p><p>racialmente identificados. Portanto, a discriminação tem como requisito fundamental o poder — ou</p><p>seja, a possibilidade efetiva do uso da força —, sem o qual não é possível atribuir vantagens ou</p><p>desvantagens por conta da raça. Assim, a discriminação pode ser direta ou indireta. A discriminação</p><p>direta é o repúdio ostensivo a indivíduos ou grupos, motivado pela condição racial, exemplo do que</p><p>ocorre em países que proíbem a entrada de negros, judeus, muçulmanos, pessoas de origem árabe ou</p><p>persa, ou ainda lojas que se recusam a atender clientes de determinada raça. Já a discriminação</p><p>indireta é um processo em que a situação específica de grupos minoritários é ignorada — discriminação</p><p>de fato — ou sobre a qual são impostas regras de “neutralidade racial” sem que se leve em conta a</p><p>existência de diferenças sociais significativas — discriminação pelo direito ou discriminação por</p><p>impacto adverso. A discriminação indireta é marcada pela ausência de intencionalidade explícita de</p><p>discriminar pessoas. Isso pode acontecer porque a norma ou prática não leva em consideração ou não</p><p>pode prever de forma concreta as consequências da norma.</p><p>Silvio Almeida. Racismo Estrutural (Feminismos Plurais).</p><p>Editora Jandaíra. Edição do Kindle (com adaptações).</p><p>Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se seguem.</p><p>Feitas as devidas alterações de maiúsculas e minúsculas, no parágrafo, a conjunção “Portanto”</p><p>poderia ser corretamente deslocada para logo depois da palavra “discriminação”, dispensando-se o</p><p>emprego da vírgula.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 13: UNESC -</p><p>O poder da doçura</p><p>O viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que começava tímido por entre as</p><p>pedras.</p><p>Foi seguindo-o por muito tempo. Aos poucos ele foi tomando volume e se tornando um rio maior.</p><p>O viajante continuou a segui-lo. Bem mais adiante, o que era um pequeno rio se dividiu em dezenas</p><p>de cachoeiras num espetáculo de águas cantantes.</p><p>A música das águas atraiu mais o viajante que se aproximou e foi descendo pelas pedras, ao lado de</p><p>uma das cachoeiras. Descobriu, finalmente, uma gruta. A natureza criara com paciência caprichosas</p><p>formas na gruta. Ele a foi adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas pelo tempo.</p><p>De repente, descobriu uma placa. Alguém estivera ali antes dele. Com a lanterna, iluminou os versos</p><p>que nela estavam escritos. Eram versos do grande escritor Tagore, prêmio Nobel de literatura de 1913:</p><p>"Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua</p><p>canção. Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir."</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Assim também acontece na vida. Existem pessoas que explodem por coisa nenhuma e que desejam</p><p>tudo arrumar aos gritos e pancadas.</p><p>E existem as pessoas suaves que sabem dosar a energia e tudo conseguem. São as criaturas que não</p><p>falam muito, mas agem bastante. Enquanto muitos ainda se encontram à mesa das discussões para a</p><p>tomada de decisões, elas já se encontram a postos, agindo. E conseguem modificar muitas coisas.</p><p>(...)</p><p>https://www.contandohistorias.com.br/html/contandohistorias.html - Adaptado</p><p>No trecho: "Bem mais adiante, o que era um pequeno rio se dividiu em dezenas de cachoeiras num</p><p>espetáculo de águas cantantes", a vírgula foi empregada para:</p><p>a) Isolar o aposto.</p><p>b) Separar orações coordenadas.</p><p>c) Separar o adjunto adverbial deslocado.</p><p>d) Separar termos repetidos.</p><p>e) Separar expressões que indiquem explicação intercaladas na oração.</p><p>Questão 14: FGV - Atenção: O texto a seguir refere-se à questão.</p><p>“Quando nada parece ajudar, eu vou e olho o cortador de pedras martelando sua rocha talvez cem</p><p>vezes sem que nem uma só rachadura apareça. No entanto, na centésima primeira martelada, a pedra</p><p>se abre em duas, e eu sei que não foi aquela que a conseguiu mas todas as outras que vieram antes.”</p><p>Nesse texto há uma falha na escritura. Assinale a opção que apresenta tal falha.</p><p>a) O emprego inadequado de “No entanto” em lugar de “Logo”.</p><p>b) A forma reflexiva “se abre” em lugar de “abre”.</p><p>c) A informação redundante de “em duas”.</p><p>d) A forma verbal “a conseguiu” em lugar de “o conseguiu”.</p><p>e) A falta de vírgula antes de “mas todas as outras”.</p><p>Questão 15: RBO - Leia o texto abaixo para responder à questão.</p><p>Coberta de cinzas após erupção de vulcão, ilha de Tonga 'parece superfície da Lua', dizem</p><p>moradores</p><p>A grande erupção vulcânica perto da ilha de Tonga no sábado (15/1) provocou ondas de tsunami, uma</p><p>nuvem de cinzas e um blecaute na luz, na internet e nas telecomunicações da pequena ilha no</p><p>Pacífico.</p><p>Um dia depois do pico das erupções, a estimativa é de que o número de afetados chegue a 80 mil</p><p>pessoas (a ampla maioria da população de 105 mil), segundo as sociedades da Federação Internacional</p><p>da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC, na sigla em inglês) disseram à BBC.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Por enquanto, não foi reportada nenhuma morte. Mas as informações, fotos e relatos vindos da ilha</p><p>ainda são escassos, e a Nova Zelândia e a Austrália planejam enviar voos de reconhecimento à região,</p><p>para ajudar a dimensionar os danos.</p><p>O tsunami "foi um choque para as pessoas, então de fato temos alguma preocupação com as ilhas mais</p><p>distantes e estamos tentando fazer contato com as pessoas", diz Katie Greenwood, integrante da IFRC</p><p>em Fiji, agregando que Tonga precisará de ajuda com urgência.</p><p>"Suspeitamos que até 80 mil pessoas em Tonga tenham sido afetadas, seja pela erupção em si ou pelas</p><p>ondas e inundações resultantes da erupção."</p><p>A erupção do vulcão submarino fez subir uma nuvem de cinzas ao céu e gerou ondas de até 1,2 metro.</p><p>Foi uma erupção tão forte que pôde ser ouvida até na Nova Zelândia, a mais de 2,3 mil quilômetros de</p><p>distância dali.</p><p>Moradores locais que conseguiram se comunicar com o exterior disseram que a ilha se parece à</p><p>"superfície da Lua", coberta com uma camada de cinzas vulcânicas, e máscaras faciais se tornaram</p><p>importantes para prevenir a inalação dessas partículas.</p><p>A preocupação é que as cinzas parecem estar contaminando os reservatórios de água - portanto, água</p><p>potável é uma das principais necessidades no momento em Tonga, afirmou neste domingo a premiê da</p><p>Nova Zelândia, Jacinda Ardern.</p><p>A premiê neozelandesa afirmou ter recebido informações sobre danos significativos à capital de Tonga,</p><p>causados sobretudo pelo tsunami. Agora, disse Ardern, a situação está mais calma e a luz começava a</p><p>ser reestabelecida em partes da ilha, mas ainda não se sabe muito a respeito das pessoas que moram</p><p>nas ilhas menores - algumas delas são bem próximas ao vulcão, e imagens de satélite mostram que</p><p>algumas ficaram completamente inundadas.</p><p>As cinzas que pairam no ar ainda impedem uma visualização clara da região, mas a Nova Zelândia</p><p>espera enviar um avião militar a esses locais nesta segunda-feira (17/1).</p><p>Moradores da Nova Zelândia e Austrália que têm parentes em Tonga se dizem preocupados com o</p><p>bem-estar deles.</p><p>Especialistas afirmam que a erupção do Hunga-Tonga-Hunga-Ha'apai, que durou vários dias até atingir</p><p>seu pico no sábado, foi uma das mais violentas na região em décadas, e desencadeou alertas de perigo</p><p>de tsunami em diversos países com costa no Oceano Pacífico, como EUA e Japão.</p><p>Fonte:</p><p>https://www.terra.com.br/noticias/ciencia/coberta-de-cinzas-apos-erupcao-de-vulcao-ilha-de-tonga-parece-superficie-da-lu-dizem-</p><p>moradores,a93d94961233cd4c3dfdfe819e16ea2d9ttpylzc.html. Acessado em 14/01/2022.</p><p>Nas alternativas abaixo, as frases foram retiradas do texto e alteradas. Assinale aquela em que a</p><p>pontuação permanece correta.</p><p>a) No sábado (15/1), a grande erupção vulcânica, provocou ondas de tsunami, uma nuvem de cinzas</p><p>e um blecaute na luz, na internet e nas telecomunicações da pequena ilha no Pacífico.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>b) Moradores locais, que conseguiram se comunicar com o exterior, disseram que a ilha se parece a</p><p>"superfície da Lua", coberta com uma camada de cinzas vulcânicas, e máscaras faciais se tornaram</p><p>importantes para prevenir a inalação dessas partículas.</p><p>c) A premiê neozelandesa, afirmou ter recebido informações sobre danos significativos à capital de</p><p>Tonga causados sobretudo pelo tsunami.</p><p>d) Moradores da Nova Zelândia e Austrália que têm parentes em Tonga se dizem preocupados, com o</p><p>bem-estar deles.</p><p>Questão 16: CEBRASPE (CESPE) - Texto CB1A1-I</p><p>A pandemia transformou a rotina de diversas pessoas ao redor do mundo, principalmente em relação à</p><p>sustentabilidade.</p><p>Dentro de casa, aumentou a percepção quanto à importância de modelos de consumo mais conscientes</p><p>e responsáveis, como a escolha de produtos mais duráveis e menos geradores de resíduos. No entanto,</p><p>a transformação mais significativa, que deveria vir das empresas, ainda é relativamente tímida.</p><p>De acordo com Mariana Schuchovski, professora de Sustentabilidade do ISAE Escola de Negócios, a</p><p>disseminação do vírus é resultado do atual modelo de desenvolvimento, que fomenta o uso irracional</p><p>de recursos naturais e a destruição de hábitats, como florestas e outras áreas, o que faz que animais,</p><p>forçados a mudar seus hábitos de vida, contraiam e transmitam doenças que não existiriam em</p><p>situações normais. “Situações de desequilíbrio ambiental, causadas principalmente por desmatamento</p><p>e mudanças de clima, aumentam ainda mais a probabilidade de que zoonoses, ou seja, doenças de</p><p>origem animal, nos atinjam e alcancem o patamar de epidemias e pandemias”, explica a professora.</p><p>A especialista aponta que todos nós, indivíduos, sociedade e empresas, precisamos entender os</p><p>impactos desta pandemia no meio ambiente e na sustentabilidade bem como refletir sobre eles e,</p><p>principalmente, sobre a sua relação inversa: o impacto da (in)sustentabilidade dos nossos modelos de</p><p>produção e consumo como causador desta pandemia. “Toda escolha que fazemos pode ser para apoiar</p><p>ou não a sustentabilidade”, diz Mariana. Por outro lado, para que possamos fazer melhores escolhas e</p><p>praticar o verdadeiro consumo consciente, é necessário que, em primeiro lugar, as empresas realizem</p><p>a produção consciente, assumindo sua verdadeira responsabilidade pelos impactos que causam.</p><p>Internet: <www.ecodebate.com.br> (com adaptações).</p><p>Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.</p><p>No segundo período do terceiro parágrafo, a supressão da vírgula empregada logo após ‘ambiental’</p><p>alteraria o sentido do texto, mas manteria sua correção gramatical.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 17: RBO -</p><p>Coberta de cinzas após erupção de vulcão, ilha de Tonga 'parece superfície da Lua', dizem</p><p>moradores</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>A grande erupção vulcânica perto da ilha de Tonga no sábado (15/1) provocou ondas de tsunami, uma</p><p>nuvem de cinzas e um blecaute na luz, na internet e nas telecomunicações da pequena ilha no</p><p>Pacífico.</p><p>Um dia depois do pico das erupções, a estimativa é de que o número de afetados chegue a 80 mil</p><p>pessoas (a ampla maioria da população de 105 mil), segundo as sociedades da Federação Internacional</p><p>da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC, na sigla em inglês) disseram à BBC.</p><p>Por enquanto, não foi reportada nenhuma morte. Mas as informações, fotos e relatos vindos da ilha</p><p>ainda são escassos, e a Nova Zelândia e a Austrália planejam enviar voos de reconhecimento à região,</p><p>para ajudar a dimensionar os danos.</p><p>O tsunami "foi um choque para as pessoas, então de fato temos alguma preocupação com as ilhas mais</p><p>distantes e estamos tentando fazer contato com as pessoas", diz Katie Greenwood, integrante da IFRC</p><p>em Fiji, agregando que Tonga precisará de ajuda com urgência.</p><p>"Suspeitamos que até 80 mil pessoas em Tonga tenham sido afetadas, seja pela erupção em si ou pelas</p><p>ondas e inundações resultantes da erupção."</p><p>A erupção do vulcão submarino fez subir uma nuvem de cinzas ao céu e gerou ondas de até 1,2 metro.</p><p>Foi uma erupção tão forte que pôde ser ouvida até na Nova Zelândia, a mais de 2,3 mil quilômetros de</p><p>distância dali.</p><p>Moradores locais que conseguiram se comunicar com o exterior disseram que a ilha se parece à</p><p>"superfície da Lua", coberta com uma camada de cinzas vulcânicas, e máscaras faciais se tornaram</p><p>importantes para prevenir a inalação dessas partículas.</p><p>A preocupação é que as cinzas parecem estar contaminando os reservatórios de água - portanto, água</p><p>potável é uma das principais necessidades no momento em Tonga, afirmou neste domingo a premiê da</p><p>Nova Zelândia, Jacinda Ardern.</p><p>A premiê neozelandesa afirmou ter recebido informações sobre danos significativos à capital de Tonga,</p><p>causados sobretudo pelo tsunami. Agora, disse Ardern, a situação está mais calma e a luz começava a</p><p>ser reestabelecida em partes da ilha, mas ainda não se sabe muito a respeito das pessoas que moram</p><p>nas ilhas menores - algumas delas são bem próximas ao vulcão,</p><p>e imagens de satélite mostram que</p><p>algumas ficaram completamente inundadas.</p><p>As cinzas que pairam no ar ainda impedem uma visualização clara da região, mas a Nova Zelândia</p><p>espera enviar um avião militar a esses locais nesta segunda-feira (17/1).</p><p>Moradores da Nova Zelândia e Austrália que têm parentes em Tonga se dizem preocupados com o</p><p>bem-estar deles.</p><p>Especialistas afirmam que a erupção do Hunga-Tonga-Hunga-Ha'apai, que durou vários dias até atingir</p><p>seu pico no sábado, foi uma das mais violentas na região em décadas, e desencadeou alertas de perigo</p><p>de tsunami em diversos países com costa no Oceano Pacífico, como EUA e Japão.</p><p>Fonte:https://www.terra.com.br/noticias/ciencia/coberta-de-cinzas-apos-erupcao-de-vulcao-ilha-de-tonga-parece</p><p>superficie-da-lua-dizem-moradores,a93d94961233cd4c3dfdfe819e16ea2d9ttpylzc.html Acessado em 14/01/2022</p><p>Nas alternativas abaixo, as frases foram retiradas do texto e alteradas. Assinale aquela em que a</p><p>pontuação permanece correta.</p><p>a) Moradores da Nova Zelândia e Austrália que têm parentes em Tonga se dizem preocupados, com o</p><p>bem-estar deles.</p><p>b) No sábado (15/01), a grande erupção vulcânica, provocou ondas de tsunami, uma nuvem de cinzas</p><p>e um blecaute na luz, na internet e nas telecomunicações da pequena ilha no Pacífico.</p><p>c) A premiê neozelandesa, afirmou ter recebido informações sobre danos significativos à capital de</p><p>Tonga causados sobretudo pelo tsunami.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>d) Moradores locais, que conseguiram se comunicar com o exterior, disseram que a ilha se parece a</p><p>"superfície da Lua", coberta com uma camada de cinzas vulcânicas, e máscaras faciais se tornaram</p><p>importantes para prevenir a inalação dessas partículas.</p><p>Questão 18: CEBRASPE (CESPE) - Texto CB2A1-I</p><p>Assim como cidadania e cultura formam um par integrado de significações, cultura e territorialidade</p><p>são, de certo modo, sinônimos. A cultura, forma de comunicação do indivíduo e do grupo com o</p><p>universo, é herança, mas também um reaprendizado das relações profundas entre o ser humano e o</p><p>seu meio, um resultado obtido por intermédio do próprio processo de viver. Incluindo o processo</p><p>produtivo e as práticas sociais, a cultura é o que nos dá a consciência de pertencer a um grupo, do</p><p>qual é o cimento. É por isso que as migrações agridem o indivíduo, roubando-lhe parte do ser,</p><p>obrigando-o a uma nova e dura adaptação em seu novo lugar. Desterritorialização é frequentemente</p><p>outra palavra para significar alienação, estranhamento, que são, também, desculturização.</p><p>Esse processo é, também, o que comanda as migrações, que são, por si sós, processos de</p><p>desterritorialização e, paralelamente, processos de desculturização. O novo ambiente opera como</p><p>uma espécie de denotador. Sua relação com o novo morador se manifesta dialeticamente como</p><p>territorialidade nova e cultura nova, que interferem reciprocamente, mudando paralelamente</p><p>territorialidade e cultura, e mudando o ser humano.</p><p>Milton Santos. O espaço do Cidadão. 7.ª ed.</p><p>São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2020, p. 81-83 (com adaptações).</p><p>Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue.</p><p>A oração “o que comanda as migrações” (segundo parágrafo) está empregada entre vírgulas porque</p><p>tem caráter explicativo.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 19: CEBRASPE (CESPE) - Texto CB2A1-I</p><p>Assim como cidadania e cultura formam um par integrado de significações, cultura e territorialidade</p><p>são, de certo modo, sinônimos. A cultura, forma de comunicação do indivíduo e do grupo com o</p><p>universo, é herança, mas também um reaprendizado das relações profundas entre o ser humano e o</p><p>seu meio, um resultado obtido por intermédio do próprio processo de viver. Incluindo o processo</p><p>produtivo e as práticas sociais, a cultura é o que nos dá a consciência de pertencer a um grupo, do</p><p>qual é o cimento. É por isso que as migrações agridem o indivíduo, roubando-lhe parte do ser,</p><p>obrigando-o a uma nova e dura adaptação em seu novo lugar. Desterritorialização é frequentemente</p><p>outra palavra para significar alienação, estranhamento, que são, também, desculturização.</p><p>Esse processo é, também, o que comanda as migrações, que são, por si sós, processos de</p><p>desterritorialização e, paralelamente, processos de desculturização. O novo ambiente opera como</p><p>uma espécie de denotador. Sua relação com o novo morador se manifesta dialeticamente como</p><p>territorialidade nova e cultura nova, que interferem reciprocamente, mudando paralelamente</p><p>territorialidade e cultura, e mudando o ser humano.</p><p>Milton Santos. O espaço do Cidadão. 7.ª ed.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2020, p. 81-83 (com adaptações).</p><p>Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue.</p><p>A inserção de uma vírgula logo após “Assim”, no início do primeiro parágrafo, manteria a correção</p><p>gramatical e a coerência do texto.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 20: FUNDATEC - Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo</p><p>do texto estão citados na questão.</p><p>Para entender a gestão do SUS: antecedentes</p><p>Antes da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), a assistência à saúde no país tinha uma estreita</p><p>vinculação com as atividades previdenciárias, e o caráter contributivo do sistema de então gerava uma</p><p>divisão da população brasileira em dois grandes grupos (além da pequena parcela da população que</p><p>podia pagar os serviços de saúde por sua própria conta): previdenciários e não previdenciários.</p><p>Essa divisão, que é profundamente injusta do ponto de vista social, separava a população brasileira em</p><p>cidadãos de 1ª e de 2ª classe. Os de 1ª classe, representados pelos contribuintes da previdência,</p><p>tinham, mesmo com as dificuldades inerentes ao sistema de então, um alcance mais amplo à</p><p>assistência à saúde, dispondo de uma rede de serviços e prestadores de serviços ambulatoriais e</p><p>hospitalares providos pela previdência social por meio do INAMPS. Os de 2ª classe, representados pelo</p><p>restante da população brasileira, os não previdenciários, tinham um acesso bastante limitado à</p><p>assistência à saúde – normalmente restrito às ações dos poucos hospitais públicos e às atividades</p><p>filantrópicas de determinadas entidades assistenciais.</p><p>Essa lógica de estruturação e financiamento das atividades de atenção e assistência à saúde, além das</p><p>evidentes d.is..criminações dela decorrentes, determinava uma lógica de divisão de papéis e</p><p>competências dos diversos órgãos públicos envolvidos com a questão de saúde.</p><p>Dessa forma, o Ministério da Saúde (MS) e as Secretarias de Saúde dos Estados e Municípios</p><p>desenvolviam, fundamentalmente, ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, com</p><p>destaque para as campanhas de vacinação e controle de endemias. A atuação desses entes públicos na</p><p>prestação de assistência à saúde era bastante limitada, restringindo-se a ações desenvolvidas por</p><p>alguns poucos hospitais próprios e pela Fundação de Serviços Especiais de Saúde Pública (FSESP) e</p><p>dirigidas à população não previdenciária – os chamados indigentes. Esses indigentes tinham ainda, por</p><p>uma atividade caritativa, atendimento em serviços assistenciais de saúde que eram prestados por</p><p>instituições de caráter filantrópico, como as chamadas Santas Casas.</p><p>Já na assistência à saúde, a grande atuação do poder público se dava pela Previdência Social –</p><p>inicialmente pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e depois pelo Instituto Nacional de</p><p>Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), autarquia do Ministério da Previdência e Assistência</p><p>Social. As ações desenvolvidas pelo INAMPS – que tinham caráter contributivo – beneficiavam apenas os</p><p>trabalhadores da economia formal, com “carteira assinada”, e seus dependentes, os chamados</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO</p><p>E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>previdenciários. Não havia, portanto, caráter universal na atuação dessa autarquia. O INAMPS aplicava</p><p>nos Estados, por intermédio de suas Superintendências Regionais, recursos para que a assistência à</p><p>saúde fosse de modo mais ou menos proporcional ao volume de beneficiários e..x.istente e a</p><p>assistência prestada se dava por meio de serviços próprios (postos de assistência médica e hospitais</p><p>próprios) e de uma vasta rede de serviços, ambulatoriais e hospitalares, contratados para a prestação</p><p>de serviços.</p><p>Toda esta situação – a de..s.articulação dos serviços de saúde da época e os evidentes prejuízos à</p><p>saúde da população decorrentes do modelo vigente naquela época – começou a gerar no seio da</p><p>comunidade de profissionais da saúde, de sanitaristas e da própria sociedade brasileira, um</p><p>movimento na direção de uma reforma sanitária e de uma transformação dos paradigmas do sistema</p><p>de saúde. Dentro desse processo e como prenúncio das profundas mudanças que estavam por vir, o</p><p>INAMPS adotou uma série de medidas que aproximavam sua ação de uma cobertura universal de</p><p>clientela, dentre as quais se destaca o fim da exigência da carteira do INAMPS para o atendimento nos</p><p>hospitais próprios e conveniados da rede pública.</p><p>(Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/para_entender_gestao.pdf – texto adaptado especialmente para esta</p><p>prova).</p><p>Considerando o emprego correto da vírgula, analise as assertivas a seguir e assinale V, se verdadeiras,</p><p>ou F, se falsas.</p><p>( ) Na linha 06, a dupla vírgula hachurada indica a separação de uma oração adjetiva explicativa.</p><p>( ) A dupla vírgula hachurada das linhas 11 e 12 marca a separação de uma oração apositiva.</p><p>( ) Na linha 20, o par de vírgulas hachuradas marca a ocorrência de um adjunto adverbial</p><p>intercalado.</p><p>A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:</p><p>a) V – F – V.</p><p>b) V – F – F.</p><p>c) V – V – V.</p><p>d) F – F – V.</p><p>e) F – V – F.</p><p>Questão 21: FUNDATEC - Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do</p><p>texto estão citados na questão.</p><p>Os impactos da pandemia na gestão de saúde pública</p><p>Todo o sistema de saúde foi drasticamente impactado pela pandemia do novo coronavírus. Uma</p><p>remodelagem rápida precisou ser feita para atender os diversos casos da doença que são descobertos a</p><p>cada dia.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>Este novo ..c.enário trouxe desafios que antes eram difíceis de se imaginar para a gestão da saúde</p><p>pública. Protocolos rígidos de segurança, isolamento social, fechamento dos estabelecimentos</p><p>comerciais, dentre outras medidas, foram tomadas para evitar ao máximo a proliferação do vírus.</p><p>Neste ponto, precisamos destacar que, quando falamos de saúde pública, trata-se de algo que engloba</p><p>todas as medidas tomadas pelo Estado para garantir o bem-estar físico, mental e social da população.</p><p>Gestão da saúde pública na pandemia A Covid-19 mudou a rotina do mundo e criou uma grande crise</p><p>de saúde para todos os países. A situação se transformou rápido, e um vírus, ainda desconhecido no</p><p>fim de 2019, desencadeou uma pandemia em 2020.</p><p>A quantidade de casos e de pessoas mortas por conta da doença trouxe à tona a importância de se</p><p>ter uma rede de saúde bem preparada e que seja capa.z.. de atender às demandas da população.</p><p>Diversas medidas começaram a ser tomadas para monitorar os casos e melhorar a capacidade de</p><p>atendimento. O dia a dia do atendimento aos pacientes mudou, e garantir a segurança dos</p><p>profissionais envolvidos se tornou um desafio.</p><p>Desenvolver planos adequados para o enfrentamento do problema se tornou e.ss..encial para a gestão</p><p>da saúde pública. Fazer com que o sistema tenha a capacidade suficiente para realizar o atendimento</p><p>de todos depende de um gerenciamento eficiente.</p><p>As mudanças no sistema de saúde</p><p>Os sistemas de saúde público e privado precisaram se adequar, remanejar leitos, separar os pacientes</p><p>com Covid-19 dos demais, dentre outras medidas. Já a população em geral precisou adotar cuidados</p><p>antes incomuns, como o uso de máscaras, evitar aglomerações e manter o distanciamento.</p><p>Todas as alterações foram feitas para evitar a propagação do vírus. Mas, como não houve muito tempo</p><p>para uma preparação em larga escala, alguns pontos ainda são sensíveis.</p><p>De acordo com a nota técnica “A pandemia de Covid-19 e os profissionais de saúde pública no Brasil”,</p><p>divulgada pela Fundação Getúlio Vargas em maio deste ano, mais de 60% dos profissionais da saúde</p><p>não se sente preparado ou não soube responder se está preparado para atuar em meio à pandemia.</p><p>Esse dado nos mostra que o sistema ainda não estava preparado para enfrentar a magnitude da</p><p>situação.</p><p>Preocupações e cuidados com a população</p><p>Essas foram algumas medidas que foram tomadas pelos profissionais e pela população. Mas vale</p><p>salientar que todo o cuidado e preocupação só darão os resultados esperados se todos fizerem sua</p><p>parte.</p><p>Quando as medidas para evitar a propagação do vírus não são seguidas, a gestão da saúde pública se</p><p>torna ainda mais desafiadora.</p><p>Aqui é preciso dizer que o sistema de saúde não teria capacidade de atender em situações de aumento</p><p>significativo dos casos, ainda mais com isso acontecendo ao mesmo tempo. O isolamento social e os</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>cuidados extras com a higiene evitam que mais pessoas se contaminem e acabem sobrecarregando o</p><p>sistema.</p><p>(Disponível em: https://grupoelfa.com.br/impactos-</p><p>pandemia-gestao-saude/#gestao-saude-publica – texto adaptado especialmente para esta prova).</p><p>Considerando o emprego da vírgula, analise as assertivas a seguir e assinale V, se verdadeiras, ou F, se</p><p>falsas.</p><p>( ) No segundo parágrafo, a ocorrência das duas vírgulas deve-se à separação de termos em uma</p><p>enumeração.</p><p>( ) No terceiro parágrafo, as vírgulas separam uma oração subordinada intercalada.</p><p>( ) No oitavo parágrafo, a dupla vírgula separa uma expressão explicativa.</p><p>A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:</p><p>a) V – V – V.</p><p>b) V – F – V.</p><p>c) F – V – F.</p><p>d) F – F – V.</p><p>e) F – F – F.</p><p>Questão 22: CEBRASPE (CESPE) -</p><p>Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não faz o</p><p>menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo é natural e</p><p>cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o homem tome distância</p><p>do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta exterior e superior ao mundo que o</p><p>cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo</p><p>como um todo. Pensando bem, entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente,</p><p>diferente de nós mesmos e de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande</p><p>poeta português Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas,</p><p>árvores, flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo ao</p><p>qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um todo. Mas, a</p><p>partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um todo, ela se torna, por</p><p>assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o mecanismo e cujas peças e engrenagem</p><p>podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem começou a ganhar corpo relativamente tarde, a</p><p>partir do século XVII, na Europa. Esse movimento, além de tardio na história da humanidade, só se</p><p>produziu uma única vez. Para retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez</p><p>então “mestre e senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e</p><p>das técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta,</p><p>a partir de então, de</p><p>objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas convertidos em meros</p><p>recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito. Naquela altura, a natureza havia</p><p>perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la unicamente como fonte de riqueza.</p><p>Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23 (com adaptações).</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às ideias nele</p><p>expressas, julgue o item a seguir.</p><p>No trecho “vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores, flores e mato”</p><p>(sexto período), a inserção de uma vírgula entre “vemos” e “claramente” manteria a correção</p><p>gramatical do texto.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Questão 23: UFMT - Leia o texto a seguir para responder à questão.</p><p>A linguagem corporal é uma forma de expressão tão poderosa quanto as palavras – em alguns casos,</p><p>sua força é até maior. Afinal, você pode tentar passar uma ideia diferente da que está sentindo</p><p>através da fala, mas, se não for um especialista no assunto, dificilmente vai conseguir disfarçar os</p><p>sinais que o seu corpo transmite. Ou seja, não é só a nossa boca que comunica: nossos gestos, olhares,</p><p>expressões e posturas também. Um simples cruzar de pernas, uma mão colocada próximo da boca e</p><p>uma contração na testa podem dizer muito mais sobre você e a sua situação de momento do que se</p><p>pode imaginar. Não à toa, a linguagem não verbal é um dos elementos analisados pelas autoridades</p><p>policiais para saber se um suspeito está mentindo ou não durante um depoimento, por exemplo.</p><p>(Disponível em: htpps://fia.com.br/blog/linguagem corporal. Acesso em: 12/11/2021.)</p><p>Leia o trecho: Ou seja, não é só a nossa boca que comunica: nossos gestos, olhares, expressões e</p><p>posturas também.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta corretamente a justificativa para o uso das vírgulas.</p><p>a) A primeira vírgula isola expressão explicativa e as demais separam termos coordenados em uma</p><p>oração.</p><p>b) A primeira vírgula separa um aposto e as demais indicam supressão de um verbo na oração.</p><p>c) A primeira vírgula isola um vocativo e as demais separam orações coordenadas.</p><p>d) A primeira vírgula separa expressão intercalada e as demais indicam supressão de palavras.</p><p>e) A primeira vírgula separa uma expressão explicativa e as demais isolam orações coordenadas.</p><p>Questão 24: UFMT - O uso adequado da vírgula auxilia na construção de textos mais claros,</p><p>dirimindo, inclusive, ambiguidades.</p><p>Leia a charge a seguir.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>A falta de vírgula antes da palavra gente, sintaticamente um vocativo, muda o sentido da frase, efeito</p><p>intencionalmente buscado na charge. Em qual trecho do texto em análise, o uso da vírgula (ou das</p><p>vírgulas) justifica-se pela mesma razão que deveria haver vírgula antes da palavra gente?</p><p>a) Daqui a alguns anos, esses moleques vagabundos que não querem estudar e trabalhar estarão</p><p>roubando e matando.</p><p>b) Rapidamente, o vidro do carro sobe depois da ordem e do comentário do pai</p><p>c) Acende o verde e lá vai o garoto para escola um pouco assustado, mas aliviado</p><p>d) Ao sinal vermelho do semáforo, surge bem em frente um menino mirrado, com roupas surradas e</p><p>um nariz de palhaço, fazendo um triste show circense de malabarismo.</p><p>e) Está vendo, filho, é assim que começa.</p><p>Questão 25: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.</p><p>Polícia Militar do Pará comemora 39 anos</p><p>do ingresso de mulheres na corporação</p><p>O Dia da Policial Militar, instituído pela Assembleia Legislativa, busca valorizar e reconhecer o papel</p><p>feminino na segurança pública</p><p>Há exatos 39 anos, em 1º de fevereiro de 1982, começou a história da participação feminina na Polícia</p><p>Militar do Pará, com a entrada no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap), no distrito</p><p>de Outeiro, em Belém, da primeira turma de policiais femininas da corporação. Eram quatro alunas</p><p>sargento e 50 alunas soldado, além de três oficiais, estas as pioneiras do Curso de Formação de</p><p>Oficiais (CFO), realizado na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, da PM de São Paulo (SP). Já a</p><p>primeira turma de praças foi coordenada pelo coronel Roberto Pessoa Campos, da PM do Pará.</p><p>Uma das pioneiras na instituição, a major Máurea Mendes Leite, que hoje está na reserva remunerada,</p><p>relembra que a chegada feminina à PM do Pará foi uma mudança de paradigma para a corporação e</p><p>para as mulheres. “Foi um caminho simbólico. A maioria das mulheres tinha uma origem humilde, e</p><p>isso foi um grande salto na nossa vida profissional e na perspectiva de vida das nossas famílias. A</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>carreira a ser trilhada na PM foi um marco de empoderamento das mulheres e uma nova perspectiva</p><p>profissional. A cada aniversário voltam lembranças boas de luta e conquistas, e eu fico muito grata em</p><p>fazer parte desta história”, ressalta a oficial da reserva.</p><p>No dia 14 de dezembro de 2011 foi aprovada a Lei Ordinária 7.576, de autoria da deputada estadual</p><p>Ana Cunha, que instituiu o dia 1º de fevereiro como Dia da Policial Militar no Pará. A parlamentar</p><p>justificou no projeto a importância da presença feminina no Pará, argumentando que a instituição de</p><p>datas comemorativas tem como um de seus objetivos valorizar a cultura e a formação da identidade</p><p>social, evidenciando a memória coletiva de algo ou alguém que, por seus méritos, não deva ser</p><p>esquecido.</p><p>Segundo ela, a data é o reconhecimento do trabalho desempenhado pelas policiais militares que</p><p>atuam na manutenção de ordem e segurança pública no Estado.</p><p>O comandante-geral da PM, coronel José Dilson Melo de Souza Júnior, ressaltou a importância não só</p><p>da turma de 1982, como de todas as mulheres que fazem parte da corporação. “Parabenizamos todas</p><p>as mulheres que fazem parte da história da PM, e ressaltamos que esta data, além de simbolizar a</p><p>entrada da primeira turma feminina, também foi instituída em lei estadual como dia da Policial Militar</p><p>do Pará”, reiterou o comandante-geral.</p><p>Por Taiane Figueiredo (PM) Disponível em</p><p>https://agenciapara.com.br/noticia/24807/ Acessado em 18/11/2021 Texto adaptado</p><p>No último parágrafo do texto, as aspas foram empregadas para indicar</p><p>a) ironia.</p><p>b) o destaque de uma ideia.</p><p>c) o discurso direto.</p><p>d) uma expressão popular.</p><p>Questão 26: OBJETIVA CONCURSOS - Em relação à pontuação, assinalar a alternativa CORRETA:</p><p>a) Ninguém havia me falado, mas eu suspeitava de tais atitudes.</p><p>b) Pensei, repensei, desabei encontrei algumas palavras e nada mudou.</p><p>c) Veio o horário da partida o céu desabou, em água.</p><p>d) Naquela tarde amarga, teve certeza, de que nada adiantaria.</p><p>Questão 27: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG1A1-I</p><p>O terror torna-se total quando independe de toda oposição; reina supremo quando ninguém mais lhe</p><p>barra o caminho. Se a legalidade é a essência do governo não tirânico e a ilegalidade é a essência da</p><p>tirania, então o terror é a essência do domínio totalitário. O terror é a realização da lei do</p><p>movimento.</p><p>O seu principal objetivo é tornar possível, à força da natureza ou da história, propagar-se livremente</p><p>por toda a humanidade, sem o estorvo de qualquer ação humana espontânea. Como tal, o terror</p><p>procura “estabilizar” os homens, a fim de liberar as forças da natureza ou da história. Esse movimento</p><p>seleciona os inimigos da humanidade contra os quais se desencadeia o terror, e não pode permitir que</p><p>qualquer ação livre, de oposição ou de simpatia, interfira com a eliminação do “inimigo objetivo” da</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>história ou da natureza, da classe ou da raça. Culpa e inocência viram conceitos vazios; “culpado” é</p><p>quem estorva o caminho do processo natural ou histórico que já emitiu julgamento quanto às “raças</p><p>inferiores”, quanto a quem é “indigno de viver”, quanto a “classes agonizantes e povos decadentes”.</p><p>O terror manda cumprir esses julgamentos, mas no seu tribunal todos os interessados são</p><p>subjetivamente inocentes: os assassinados porque nada fizeram contra o regime, e os assassinos</p><p>porque realmente não assassinaram, mas executaram uma sentença de morte pronunciada por um</p><p>tribunal superior. Os próprios governantes não afirmam serem justos ou sábios, mas apenas executores</p><p>de leis, teóricas ou naturais; não aplicam leis, mas executam um movimento segundo a sua lei</p><p>inerente.</p><p>No governo constitucional, as leis positivas destinam-se a erigir fronteiras e a estabelecer canais de</p><p>comunicação entre os homens, cuja comunidade é continuamente posta em perigo pelos novos homens</p><p>que nela nascem. A estabilidade das leis corresponde ao constante movimento de todas as coisas</p><p>humanas, um movimento que jamais pode cessar enquanto os homens nasçam e morram. As leis</p><p>circunscrevem cada novo começo e, ao mesmo tempo, asseguram a sua liberdade de movimento, a</p><p>potencialidade de algo inteiramente novo e imprevisível; os limites das leis positivas são para a</p><p>existência política do homem o que a memória é para a sua existência histórica: garantem a</p><p>preexistência de um mundo comum, a realidade de certa continuidade que transcende a duração</p><p>individual de cada geração, absorve todas as novas origens e delas se alimenta.</p><p>Confundir o terror total com um sintoma de governo tirânico é tão fácil, porque o governo totalitário</p><p>tem de conduzir-se como uma tirania e põe abaixo as fronteiras da lei feita pelos homens. Mas o terror</p><p>total não deixa atrás de si nenhuma ilegalidade arbitrária, e a sua fúria não visa ao benefício do poder</p><p>despótico de um homem contra todos, muito menos a uma guerra de todos contra todos. Em lugar das</p><p>fronteiras e dos canais de comunicação entre os homens individuais, constrói um cinturão de ferro que</p><p>os cinge de tal forma que é como se a sua pluralidade se dissolvesse em Um-Só-Homem de dimensões</p><p>gigantescas. Abolir as cercas da lei entre os homens — como o faz a tirania — significa tirar dos</p><p>homens os seus direitos e destruir a liberdade como realidade política viva, pois o espaço entre os</p><p>homens, delimitado pelas leis, é o espaço vital da liberdade.</p><p>Hannah Arendt. Origens do totalitarismo. Internet:<www.dhnet.org.br> (com adaptações).</p><p>No parágrafo do texto CG1A1-I, os dois-pontos empregados após “inocentes” introduzem uma</p><p>a) conclusão.</p><p>b) citação.</p><p>c) consequência</p><p>d) explicação.</p><p>e) síntese.</p><p>Questão 28: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG1A1-I</p><p>O terror torna-se total quando independe de toda oposição; reina supremo quando ninguém mais lhe</p><p>barra o caminho. Se a legalidade é a essência do governo não tirânico e a ilegalidade é a essência da</p><p>tirania, então o terror é a essência do domínio totalitário. O terror é a realização da lei do</p><p>movimento.</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>O seu principal objetivo é tornar possível, à força da natureza ou da história, propagar-se livremente</p><p>por toda a humanidade, sem o estorvo de qualquer ação humana espontânea. Como tal, o terror</p><p>procura “estabilizar” os homens, a fim de liberar as forças da natureza ou da história. Esse movimento</p><p>seleciona os inimigos da humanidade contra os quais se desencadeia o terror, e não pode permitir que</p><p>qualquer ação livre, de oposição ou de simpatia, interfira com a eliminação do “inimigo objetivo” da</p><p>história ou da natureza, da classe ou da raça. Culpa e inocência viram conceitos vazios; “culpado” é</p><p>quem estorva o caminho do processo natural ou histórico que já emitiu julgamento quanto às “raças</p><p>inferiores”, quanto a quem é “indigno de viver”, quanto a “classes agonizantes e povos decadentes”.</p><p>O terror manda cumprir esses julgamentos, mas no seu tribunal todos os interessados são</p><p>subjetivamente inocentes: os assassinados porque nada fizeram contra o regime, e os assassinos</p><p>porque realmente não assassinaram, mas executaram uma sentença de morte pronunciada por um</p><p>tribunal superior. Os próprios governantes não afirmam serem justos ou sábios, mas apenas executores</p><p>de leis, teóricas ou naturais; não aplicam leis, mas executam um movimento segundo a sua lei</p><p>inerente.</p><p>No governo constitucional, as leis positivas destinam-se a erigir fronteiras e a estabelecer canais de</p><p>comunicação entre os homens, cuja comunidade é continuamente posta em perigo pelos novos homens</p><p>que nela nascem. A estabilidade das leis corresponde ao constante movimento de todas as coisas</p><p>humanas, um movimento que jamais pode cessar enquanto os homens nasçam e morram. As leis</p><p>circunscrevem cada novo começo e, ao mesmo tempo, asseguram a sua liberdade de movimento, a</p><p>potencialidade de algo inteiramente novo e imprevisível; os limites das leis positivas são para a</p><p>existência política do homem o que a memória é para a sua existência histórica: garantem a</p><p>preexistência de um mundo comum, a realidade de certa continuidade que transcende a duração</p><p>individual de cada geração, absorve todas as novas origens e delas se alimenta.</p><p>Confundir o terror total com um sintoma de governo tirânico é tão fácil, porque o governo totalitário</p><p>tem de conduzir-se como uma tirania e põe abaixo as fronteiras da lei feita pelos homens. Mas o terror</p><p>total não deixa atrás de si nenhuma ilegalidade arbitrária, e a sua fúria não visa ao benefício do poder</p><p>despótico de um homem contra todos, muito menos a uma guerra de todos contra todos. Em lugar das</p><p>fronteiras e dos canais de comunicação entre os homens individuais, constrói um cinturão de ferro que</p><p>os cinge de tal forma que é como se a sua pluralidade se dissolvesse em Um-Só-Homem de dimensões</p><p>gigantescas. Abolir as cercas da lei entre os homens — como o faz a tirania — significa tirar dos</p><p>homens os seus direitos e destruir a liberdade como realidade política viva, pois o espaço entre os</p><p>homens, delimitado pelas leis, é o espaço vital da liberdade.</p><p>Hannah Arendt. Origens do totalitarismo. Internet:<www.dhnet.org.br> (com adaptações).</p><p>No parágrafo do texto CG1A1-I, a autora emprega aspas nas expressões ‘raças inferiores’, ‘indigno de</p><p>viver’ e ‘classes agonizantes e povos decadentes’ com a finalidade de</p><p>a) destacar que trata de um pensamento alheio.</p><p>b) demarcar citações.</p><p>c) ironizar o sentido dessas expressões.</p><p>d) indicar a fala de uma personagem.</p><p>e) expressar sarcasmo.</p><p>Questão 29: OBJETIVA CONCURSOS - Em relação à pontuação, assinalar a alternativa CORRETA:</p><p>Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.</p><p>E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br</p><p>a) Ninguém havia me falado, mas eu suspeitava de tais atitudes.</p><p>b) Pensei, repensei, desabei encontrei algumas palavras e nada mudou.</p><p>c) Veio o horário da partida o céu desabou, em água.</p><p>d) Naquela tarde amarga, teve certeza, de que nada adiantaria.</p><p>Questão 30: AOCP -</p><p>O surpreendente efeito da positividade tóxica na saúde mental</p><p>Lucía Blasco</p><p>Pode parecer contraditório, mas a positividade pode ser tóxica.</p><p>"Qualquer tentativa de escapar do negativo — evitá-lo, sufocá-lo ou silenciá-lo — falha. Evitar o</p><p>sofrimento é uma forma de sofrimento", escreveu o escritor americano Mark Manson em seu livro A</p><p>Arte Sutil de Ligar o Foda-se. É precisamente nisso que consiste a positividade tóxica ou positivismo</p><p>extremo: impor a nós mesmos — ou aos outros — uma atitude falsamente positiva, generalizar um</p><p>estado feliz e otimista seja qual for a situação, silenciar nossas emoções "negativas" ou as dos outros.</p><p>(...)</p><p>O psicólogo da saúde Antonio Rodellar, especialista em transtornos de ansiedade e hipnose clínica,</p><p>prefere falar em "emoções desreguladas" do que "negativas". "A paleta de</p>