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<p>Fármacos usados nas</p><p>dislipidemias</p><p>Prof. Louise Freitas</p><p>Aterosclerose</p><p>Por que normalizar o perfil lipídico do sangue?</p><p>Aterosclerose</p><p>IAM</p><p>AVE</p><p>AnginaMorte súbita</p><p>IC</p><p>Dislipidemia</p><p>• As dislipidemias são caracterizadas pela presença de níveis elevados de</p><p>lipídios, ou seja, gorduras no sangue.</p><p>• Os níveis lipídicos podem estar elevados devido ao estilo de vida (p. ex.,</p><p>sedentarismo ou dieta contendo excesso de gorduras saturadas).</p><p>• As hiperlipidemias também podem resultar de um defeito genético no</p><p>metabolismo das lipoproteínas ou, mais comumente, de uma combinação de</p><p>fatores genéticos e estilo de vida.</p><p>• Tipos:</p><p>❖ Aumento de LDL</p><p>❖ Aumento de TG</p><p>❖ Aumento de LDL e TG</p><p>❖ Redução de HDL</p><p>Colesterol</p><p>• Estrutura das membranas celulares</p><p>• Precursor de hormônios esteroides</p><p>• Compõe a bile</p><p>• Precursor de vitamina D</p><p>• Gordura com maior relação com a obstrução das artérias</p><p>Triglicerídeos</p><p>• Armazenamento de energia.</p><p>• O corpo converte todas as calorias que ele não precisa usar imediatamente em</p><p>triglicérides, que são armazenados em suas células de gordura.</p><p>Triglicerídeos</p><p>Como é possível haver lipídios no</p><p>sangue se os lipídios são</p><p>insolúveis em ambiente aquoso?</p><p>Lipoproteínas</p><p>• As gorduras não atingem os tecidos na forma livre.</p><p>• Ligam-se às proteínas cuja parte externa é hidrofílica.</p><p>• Estas ligações entre lipídios e proteínas dá origem a complexos</p><p>moleculares chamados lipoproteínas (LP).</p><p>• A parte proteica das LP recebe o nome de apolipoproteínas ou</p><p>apoproteínas (APO).</p><p>Lipoproteínas</p><p>HDL (high density lipoprotein; lipoproteína</p><p>de alta densidade)</p><p>LDL (low density lipoprotein; lipoproteína</p><p>de baixa densidade)</p><p>VLDL (very low density lipoprotein;</p><p>lipoproteína de muito baixa densidade)</p><p>Quilomícrons</p><p>QUILOMÍCRONS</p><p>Derivados da absorção</p><p>intestinal de triglicérides</p><p>ingeridos na dieta.</p><p>90% TG</p><p>2% PROTEÍNAS</p><p>3% FOSFOLIPÍDIOS</p><p>5% COLESTEROL</p><p>VLDL</p><p>Promovem exportação</p><p>de triglicérides para os</p><p>tecidos, especialmente o</p><p>tecido adiposo.</p><p>60% TG</p><p>5% PROTEÍNAS</p><p>15% FOSFOLIPÍDIOS</p><p>20% COLESTEROL</p><p>LDL</p><p>São a principal forma de</p><p>distribuição de colesterol</p><p>aos tecidos.</p><p>8% TG</p><p>20% PROTEÍNAS</p><p>22% FOSFOLIPÍDIOS</p><p>50% COLESTEROL</p><p>HDL</p><p>Remove o excesso de</p><p>colesterol dos tecidos,</p><p>guiando-o para o fígado,</p><p>onde será degradado.</p><p>5% TG</p><p>40% PROTEÍNAS</p><p>30% FOSFOLIPÍDIOS</p><p>25% COLESTEROL</p><p>Tratamento das</p><p>dislipidemias</p><p>Tratamento das dislipidemias</p><p>• 1. Risco cardiovascular do paciente:</p><p> A) Risco moderado a baixo → mudança de estilo de vida</p><p> B) Risco alto ou muito alto → mudança de estilo de vida + medicamentos</p><p>• 2. Tipo de dislipidemia:</p><p> A) Hipercolesterolemia isolada → estatinas + associações</p><p> B) Hipertrigliceridemia isolada → fibratos + associações</p><p> C) Dislipidemia mista → associações</p><p>Tratamento não farmacológico</p><p> Redução do peso corporal em obesos pode ser acompanhada de</p><p>diminuição dos lipídios plasmáticos</p><p> Dieta</p><p> Redução da ingestão de álcool</p><p> Redução do tabagismo</p><p> Aumento da atividade física</p><p>Classes farmacológicas</p><p>• 1 – Inibidores da hidroximetil glutaril coenzima A redutase (HMG-CoA redutase)</p><p>• 2 – Inibidores da absorção de colesterol</p><p>• 3 – Sequestrantes de ácidos biliares</p><p>• 4 – Derivados do ácido fíbrico (fibratos)</p><p>• 5 – Ácido nicotínico ou niacina</p><p>• 6 – Ômega-3</p><p>Inibidores da HMG-CoA redutase</p><p>Inibidores da HMG-CoA redutase</p><p>• Diminuição da síntese hepática do colesterol.</p><p>• Aumento da síntese de receptores LDL na superfície do</p><p>hepatócito e, consequentemente, a um aumento do clearance de</p><p>LDL.</p><p>• Primeira escolha para tratar hipercolesterolemias.</p><p>Atorvastatina Lovastatina Pitavastatina Rosuvastatina Sinvastatina</p><p>Redução de</p><p>LDL sérico (%)</p><p>55 34 43 60 41</p><p>Meia-vida</p><p>plasmática</p><p>(horas)</p><p>14 2 12 19 1 a 2</p><p>Inibidores da HMG-CoA redutase</p><p>• Pequena incidência de toxicidade hepática, traduzida pelo aumento das</p><p>transaminases.</p><p>• Aumento das creatinofosfoquinases, traduzindo agressão muscular,</p><p>embora raro, tem sido descrito com todas as estatinas.</p><p>• Mialgia clínica ocorre em 5% dos pacientes que associam estatinas a</p><p>fibratos. Essa associação deve ser evitada.</p><p>• As estatinas interferem na embriogênese, não devendo, portanto, ser</p><p>dadas a gestantes; devem ser retiradas vários meses antes do</p><p>planejamento da gestação.</p><p>Inibidores da absorção de colesterol</p><p>• A ezetimiba inibe seletivamente a absorção de colesterol da dieta e da</p><p>bile no intestino delgado.</p><p>• Atua na borda em escova das células intestinais inibindo a ação da</p><p>proteína transportadora do colesterol.</p><p>• A ezetimiba isoladamente diminui o LDL em cerca de 17%.</p><p>• Devido a esse efeito modesto, a ezetimiba frequentemente é usada</p><p>como adjunto no tratamento com estatinas ou em pacientes intolerantes</p><p>a estatinas.</p><p>X</p><p>Inibidores da absorção de colesterol</p><p>• Risco do uso prolongado: mecanismos compensatórios de produção de</p><p>colesterol.</p><p>Sequestrantes de ácidos biliares</p><p>• Colestiramina.</p><p>• São fármacos que reduzem a</p><p>absorção intestinal de sais biliares,</p><p>interrompendo a circulação êntero-</p><p>hepática.</p><p> Com a redução da absorção, reduz-</p><p>se o colesterol intracelular no</p><p>hepatócito.</p><p>Sequestrantes de ácidos biliares</p><p>• Reduz em média 20% dos valores basais de LDL</p><p>• Potencializado pelo uso de estatinas</p><p>• Liberada em crianças e mulheres no período reprodutivo sem método</p><p>anticoncepcional efetivo</p><p>• Administrada antes das refeições pois age no colesterol ingerido na dieta</p><p>• Quando estatinas não são eficientes</p><p>Derivados do ácido fíbrico (fibratos)</p><p>• Genfibrozila, fenofibrato, bezafibrato, ciprofibrato.</p><p>LPL é responsável pela hidrólise intravascular dos TG nos leitos vasculares dos músculos e tecido</p><p>adiposo.</p><p>Quando esse receptor é ativado (por um ácido graxo ou fibrato) no núcleo é aumentada a expressão</p><p>da enzima lipase lipoproteica (LPL) e aumenta a oxidação dos ácidos graxos nos peroxissomos;</p><p>Agonistas de um tipo de receptor nuclear chamado PPAR-α (receptor ativado de proliferação dos</p><p>peroxissomos-α);</p><p>Ácido nicotínico ou niacina</p><p>• Vitamina B3</p><p>• Inibe fortemente a lipólise no tecido adiposo, reduzindo assim a produção de</p><p>ácidos graxos livres</p><p>• Resulta em menos AG livres no plasma e menor níveis plasmáticos de TG.</p><p>Os efeitos</p><p>adversos mais</p><p>comuns da</p><p>niacina são</p><p>intenso rubor</p><p>cutâneo</p><p>(acompanhado</p><p>por uma</p><p>desconfortável</p><p>sensação de</p><p>calor) e prurido.</p><p>Ômega-3</p><p>• Mostra-se efetivo na redução, em até 50%, dos níveis plasmáticos de</p><p>triglicerídeos nos pacientes que apresentam hipertrigliceridemia.</p><p>• O provável mecanismo de redução dos triglicerídeos envolve a regulação de</p><p>fatores de transcrição nucleares, incluindo SREBP-1c e PPAR-α, produzindo</p><p>uma redução na biossíntese de triglicerídeos e um aumento da oxidação de</p><p>ácidos graxos no fígado.</p><p>• Os efeitos adversos mais comuns do ômega-3 inclui efeitos GI (dor abdominal,</p><p>náusea, diarreia) e o gosto de peixe.</p>