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DEONTOLOGIA E LEGISLAÇÃO Danieli Urach Monteiro Legislação profissional e responsabilidade técnica Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Definir os requisitos para assistência e responsabilidade técnica. Identificar as atribuições do profissional farmacêutico, quando res- ponsável técnico. Reconhecer o Código de Defesa do Consumidor como ferramenta necessária no âmbito profissional. Introdução O comércio farmacêutico é regulado por Lei. Por se tratar de mercadorias especiais, que, muitas vezes, têm um imenso valor agregado, os medica- mentos precisam ser tratados de acordo com diferentes determinações impostas pela justiça e cumpridas pelos diversos estabelecimentos que os comercializam. Assim, os estabelecimentos que comercializam medicamen- tos ou que apenas os dispensam precisam se adequar às normas legislativas, ou correm o risco de sofrer sanções por parte dos órgãos competentes. Nesse sentido, um estabelecimento comercial de medicamentos precisa estar preparado e capacitado para desenvolver um trabalho de qualidade. Podem ser grandes desafios a utilização correta e o controle no uso de equipamentos, as responsabilidades éticas e administrativas, a capacitação de funcionários, o controle de medicamentos refrigerados, as movimentações de medicamentos controlados, etc. Além dos princípios gerais que norteiam o bom funcionamento social e profissional de um estabelecimento de saúde, em que o farmacêutico pode exercer sua profissão, a ética é a mais importante ação a ser desenvolvida. Neste capítulo, você tomará conhecimento dos requisitos para assistên- cia e responsabilidade técnica, das atribuições do profissional farmacêutico no que concerne à sua responsabilidade técnica e do que prevê o Código de Defesa do Consumidor (CDC) em relação a farmácias e drogarias. Assistência e responsabilidade técnica farmacêutica A assistência farmacêutica é a área responsável pelo acesso ao medicamento e pelo seu uso racional nas ações de promoção, proteção e recuperação da saúde individual ou coletiva, sendo o medicamento a peça fundamental, desde a pesquisa e produção até o monitoramento dos resultados da sua utilização. A Resolução nº. 338, de 6 de maio de 2004, aprovou a Política Nacional de Assistência Farmacêutica. Um dos pontos principais dessa resolução abrange a Política Nacional de Assistência Farmacêutica como parte integrante da Política Nacional de Saúde, envol- vendo um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde e garantindo os princípios da universalidade, integralidade e equidade (BRASIL, 2004). Esse conjunto de ações desenvolvidas na assistência farmacêutica envolve diversas etapas constitutivas — como pesquisa, desenvolvimento, produção de medicamentos e insumos, sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação da sua utilização — na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população (BRASIL, 2007). O farmacêutico deve exercer assistência farmacêutica das seguintes formas (BRASIL, 2007): auxiliando o paciente quanto à utilização e ao armazenamento adequado do medicamento; alertando dos prováveis efeitos colaterais e interações; informando sobre os riscos da automedicação; dando maior atenção a gestantes, lactantes, crianças e idosos, quanto ao uso de medicamentos; seguimento das orientações médicas sobre o horário de administração e as restrições na alimentação. Em ambiente hospitalar, a assistência farmacêutica está voltada para a aquisição, o armazenamento, o controle, a dispensação e a distribuição de medicamentos e correlatos às unidades hospitalares. A assistência farmacêutica Legislação profissional e responsabilidade técnica2 também presta orientação constante de pacientes internados e ambulatoriais, tendo em vista a eficácia terapêutica e o bem-estar físico do paciente, bus- cando sempre o aprimoramento profissional. Dessa forma, o farmacêutico, no ambiente hospitalar, promove suporte técnico junto à equipe de saúde, na análise de prescrição e monitorização do tratamento, visando melhoras do quadro clínico do paciente durante a sua internação (DANTAS, 2011). O ciclo da assistência farmacêutica é uma das etapas importantes em uma farmácia hospitalar, pois gera as articulações necessárias relacionadas à oferta de medicamentos, em que estão incluídas: seleção; programação; aquisição; armazenamento; distribuição; prescrição; dispensação; farmácia clínica; atenção farmacêutica no ambiente hospitalar. A assistência farmacêutica aplicada à estética é essencial, a fim de garantir o sucesso da te- rapêutica estética. A atuação do farmacêutico nesse campo abrange seleção, programação, aquisição, armazenamento e dispensação de produtos com fins estéticos, certificando a qualidade, eficácia e segurança do tratamento estético. A formação de protocolos esté- ticos e procedimentos operacionais padrão relacionados aos procedimentos estéticos e farmacêuticos também é de responsabilidade desse profissional (BECKER, [2018]). O farmacêutico atuante nas análises clínicas não interage diretamente com o medicamento no seu ambiente de trabalho. No entanto, promove a assistência farmacêutica, tendo em vista que sua análise laboratorial gera dados que contri- buem, de forma relevante, para a elaboração de políticas de saúde, pois servem de apoio para diagnóstico, monitoramento e terapia dos pacientes (VICENZI, 2013). Vale ressaltar que um dos principais pilares da assistência farmacêutica, no exercício da profissão em farmácias e drogarias, é a atenção farmacêutica. A forma como essa atenção é praticada pode ser utilizado como um parâmetro 3Legislação profissional e responsabilidade técnica importante na avaliação da qualidade da assistência farmacêutica. Entre as ações do ciclo de assistência farmacêutica, podemos citar como mais impor- tante a dispensação dos medicamentos, pois é onde a prática da atenção farmacêutica é exercida, visando orientar o paciente em todo o processo de utilização e adesão ao tratamento medicamentoso. O farmacêutico no Sistema Único de Saúde (SUS) tem um papel funda- mental, visto que o medicamento é um dos principais custos ao Ministério da Saúde para o tratamento da população. A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2017, lançou o desafio global pelo uso seguro de medicamentos. De acordo com a OMS, mais de 50% de todos os medicamentos são incorretamente prescritos, dispensados e vendidos; e mais da metade dos pacientes faz uso incorreto. Diferentes fatores podem levar a esses erros, podendo ocasionar sérios prejuízos para a saúde e até mesmo a morte (BRASIL, [2018a]). A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) é uma lista que deve orientar os pacientes e profissionais da saúde, contemplando os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS. Cabe a cada município estabelecer sua própria relação de medicamentos de acordo com suas características epidemiológicas. A Rename está dividida em: Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF); Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (CESAF); Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF); determinados medicamentos de uso hospitalar. Os hospitais possuem descrição nominal própria de tabela de procedimen- tos, medicamentos, órteses, próteses e materiais do SUS (BRASIL, 2018b). Legislação profissional e responsabilidade técnica4 Para saber quais medicamentos estão disponíveis, conforme divisão em componentes, é necessário consultar a Rename por meio do link a seguir. https://goo.gl/oZEVih Podemos citar, também, como componentes básicos da assistência farma- cêutica, os recursos aos medicamentos fitoterápicos estabelecidos na Rename, matrizes homeopáticas e tinturas-mães, conforme Farmacopeia homeopáticabrasileira, 5ª edição (FB 5, 2010). A estruturação de farmácias do SUS e a qualificação dos profissionais farmacêuticos também ganham um percentual de 15% da soma das con- trapartidas estaduais e municipais. Nesse âmbito, o Ministério da Saúde é responsável pela aquisição e distribuição de insulinas e os contraceptivos aos almoxarifados dos Estados. Na intenção de qualificar e ampliar o acesso da população aos medica- mentos do CBAF, o Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF) do Ministério da Saúde disponibiliza o Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica, módulo básico (Hórus). Esse sistema atende a diversos tipos de serviços que gerenciam medicamentos e insumos. O CESAF propõe garantir o acesso justo a medicamentos e insumos, atu- antes em prevenção, diagnóstico, tratamento e controle de doenças e agravos de perfil endêmico, com importância epidemiológica, impacto socioeconô- mico ou que acometem populações vulneráveis, contemplados em programas estratégicos de saúde do SUS. Os medicamentos e insumos são financiados e adquiridos pelo Ministério da Saúde, sendo distribuídos aos Estados e ao Distrito Federal (BRASIL, [2018c]). O Quadro 1 apresenta as competências de cada instituição em relação aos medicamentos estratégicos. 5Legislação profissional e responsabilidade técnica Fonte: Adaptado de Brasil ([2018c]). Ministério da Saúde Protocolo de tratamento Planejamento e programação Financiamento e aquisição centralizada Distribuição aos Estados e/ou municípios Secretarias municipais de saúde Armazenamento Distribuição às unidades de saúde Programação Dispensação Secretarias estaduais de saúde Armazenamento Distribuição às regionais e municipais Programação Quadro 1. Competência de cada instituição em relação aos medicamentos estratégicos Acesse a lista de medicamentos disponibilizados pelo CESAF por meio do link a seguir. https://goo.gl/7kFiVW O CEAF é uma importante estratégia para a garantia do acesso a medica- mentos no SUS. Regulamentado pela Portaria nº. 2.981, de 26 de novembro de 2009, seu atributo principal é a garantia da integralidade do tratamento medicamentoso para todas as doenças contempladas no CEAF. No tratamento medicamentoso no campo da assistência farmacêutica, o CEAF se relaciona diretamente com o CBAF, visto que o tratamento de muitas doenças contempladas no CEAF deve ser iniciado na atenção básica. Assim, a responsabilidade pelo financiamento é tripartite, ou seja, é da União, dos Estados e dos municípios. Legislação profissional e responsabilidade técnica6 Os medicamentos que constituem as linhas de cuidado para as doenças contempladas no CEAF estão divididos em três grupos com características, responsabilidades e formas de organização distintas. Considerando os medicamentos dos Grupos 1, 2 e 3, o CEAF é composto por 196 fármacos em 387 apresentações farmacêuticas, indicados para o tratamento das diferentes fases evolutivas das doenças contempladas (BRASIL, [2018b]). A assistência farmacêutica deve fazer parte de uma estrutura organiza- cional da Secretaria de Saúde, com as suas funções e competências devi- damente definidas. O profissional farmacêutico não é o único responsável pelas ações do ciclo. Contudo, o envolvimento e o comprometimento na sua atuação são extremamente significativos na gestão, na orientação dos pacientes e no monitoramento de resultados. Dessa forma, a terapia medicamentosa é a intervenção terapêutica mais utilizada pela população em geral e constitui uma tecnologia que exerce alto impacto sobre os gastos em saúde. É essencial para o SUS que a disponibilidade desses medicamentos esteja baseada em critérios que possibilitem à popula- ção ao acesso a medicamentos seguros, eficazes e de bom custo-benefício, facilitando o atendimento aos principais problemas de saúde dos cidadãos brasileiros e consequentemente barateando custos para o SUS. Nesse sentido, o Ministério da Saúde reafirma a importância da Rename, um artifício técnico-científico que orienta a oferta, a prescrição e a dispensação de medicamentos nos serviços do SUS. Dentro de cada etapa da assistência farmacêutica, deverá haver um far- macêutico legalmente responsável por todo o processo realizado. A respon- sabilidade técnica exercida pelo farmacêutico dentro do ambiente de trabalho é essencial para o desenvolvimento das ações geradas a partir do ciclo de assistência farmacêutica. O farmacêutico responsável técnico pelo estabeleci- mento em que trabalha exerce funções de liderança, além de responsabilidades inerentes à profissão e aos funcionários que ali trabalham. 7Legislação profissional e responsabilidade técnica Atribuições do farmacêutico responsável técnico Ao profi ssional farmacêutico que se propõe a ser responsável técnico de um estabelecimento que detenha comercialização ou apenas dispensação de medicamentos, fi ca implícito o seu compromisso em honrar com seus deveres éticos e morais, sendo ele o responsável pelo estabelecimento e pelos funcionários que ali trabalham. É o farmacêutico responsável técnico que responde tecnicamente pela qualidade dos serviços prestados pela empresa em que ele desempenha fun- ções, assegurando uma ótima atuação profissional, proporcionando qualidade de serviços prestados pela empresa e cumprindo seus objetivos conforme os conceitos éticos e científicos da profissão. Vale salientar que o farmacêutico substituto também tem suas funções e determinações dentro da empresa, prezando sempre pela ética profissional. O Termo de Responsabilidade Técnica é o termo em que o farmacêutico se respon- sabiliza, perante a sociedade e o estabelecimento em que trabalha, pelos seus atos e pela sua competência. É de extrema importância saber a dimensão desse cargo, visto que, ao não assumir plenamente as atividades que lhe competem, o farmacêutico passa a responder pelos atos de outras pessoas. A Resolução nº. 577, de 25 de julho de 2013 (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA, 2013), dispõe sobre a direção técnica ou responsabilidade técnica de empresas ou estabelecimentos que dispensam, comercializam, fornecem e distribuem produtos farmacêuticos, cosméticos e produtos para a saúde. Nessa resolução, está descrita a função de cada cargo perante o Conselho Federal de Farmácia (CFF), os Conselhos Regionais de Farmácia (CRFs) e a sociedade. O art. 1º estabelece: Art. 1º [...] I — FARMACÊUTICO DIRETOR TÉCNICO OU FARMACÊUTICO RES- PONSÁVEL TÉCNICO — farmacêutico titular que assume a direção técnica ou responsabilidade técnica da empresa ou estabelecimento perante o respectivo Conselho Regional de Farmácia (CRF) e os órgãos de vigilância sanitária, nos Legislação profissional e responsabilidade técnica8 termos da legislação vigente, ficando sob sua responsabilidade a realização, supervisão e coordenação de todos os serviços técnico-científicos da empresa ou estabelecimento, respeitado, ainda, o preconizado pela legislação laboral ou acordo trabalhista (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA, 2013, documento on-line). Para ler a Resolução nº. 577/2013 na íntegra, conhecer os conceitos previstos na resolu- ção e avaliar as atribuições do farmacêutico responsável técnico, acesse o seguinte link. https://goo.gl/bpuVPr Salientamos que qualquer cidadão tem o direito de conhecer quem é o far- macêutico responsável técnico e seus substitutos, nomes completos e horários de trabalho, pois é obrigatório que a Certidão de Regularidade Técnica (CRT), emitida pelo CRF, esteja em local visível ao público no estabelecimento. O farmacêutico deve estar ciente das práticas executadas no ambiente de trabalho em que está inserido. Se o proprietário ou outro funcionário do estabelecimento cometer atos ilícitos ou transgredir as leis sanitárias, o farma- cêutico será responsabilizado. Qualquer negligência, omissão e/ou conivência verificada resultará em corresponsabilidade na autoria. Dessa forma, o profissional farmacêutico deve assumir suas responsabili- dadese responder por suas decisões, jamais permitindo que atividades ilícitas sejam realizadas no ambiente de trabalho. Deve também ter os cuidados com aquisição, armazenamento, distribuição e comercialização de medicamentos vencidos, falsos, irregulares e/ou adulterados. Um exemplo de prática profissional realizada pelo farmacêutico responsável técnico é a gerência do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), em que o farmacêutico deve manter o sistema atualizado com as aquisições e dispensações de me- dicamentos sujeitos a controle especial, incluindo aqui os medicamentos antimicrobianos. Vale reforçar que a omissão e/ou negligência nas ações realizadas no am- biente profissional resultará em corresponsabilidade na autoria. O art. 273 9Legislação profissional e responsabilidade técnica do Código Penal descreve (BRASIL, 1940, documento on-line): “Art. 273 Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais: Pena — reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa”. Os estabelecimentos que fazem a dispensação de medicamentos devem cumprir as determinações descritas na Lei nº. 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Segundo essa lei, a farmácia e drogaria deverão, obrigatoriamente, ter a assistência de um técnico responsável, inscrito no CRF, na forma da lei, em todo horário de funcionamento do estabelecimento (BRASIL, 1973). A Lei nº. 5.991/1973 dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medi- camentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências. Para saber mais, acesse o link a seguir. https://goo.gl/tbhgNZ Conforme art. 24 da Lei Federal nº. 3.820, de 11 de novembro de 1960 (BRA- SIL, 1960), as empresas e os estabelecimentos que necessitam de atividades de profissional farmacêutico deverão comprovar, perante o CFF e os CRFs, que as atividades são exercidas por profissionais habilitados e registrados. De acordo com o art. 15 da Lei Federal nº. 5.991/1973 (BRASIL, 1973), as farmácias e drogarias devem ter obrigatoriamente assistência de responsável técnico habilitado em todo seu horário de funcionamento. O estabelecimento deve dispor da quantidade de profissionais necessária para suprir todo o horário de funcionamento, inclusive domingos e feridos, se for o caso. Para cada farmacêutico, será permitido exercer a direção técnica por ape- nas uma farmácia, no entanto, o profissional poderá assumir a assistência técnica de mais de uma farmácia, desde que não tenha incompatibilidade de horário, segundo a Resolução nº. 596, de 21 de fevereiro de 2014 (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA, 2014). É permitido ao farmacêutico exercer a direção técnica por apenas uma farmácia hospitalar. Caso deseje, o profissional poderá assumir a assistência técnica de mais de um estabelecimento assim qualificado, desde que tenha disponibilidade de horário. Legislação profissional e responsabilidade técnica10 Para o profissional farmacêutico assumir a responsabilidade técnica em laboratório de análises clínicas, deverá ser habilitado como farmacêutico-bioquímico ou ser farmacêutico generalista (farmacêutico formado de acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Superior [CNE/CES] nº. 2, de 19 de fevereiro de 2002), em que irá atuar em funções primordiais para o desenvolvimento de ações voltadas a análises laboratoriais, buscando elucidar diagnósticos de doenças, auxiliando na terapêutica medicamentosa, entre outras. No ambiente hospitalar, o farmacêutico responsável técnico promove di- ferentes funções, buscando o bem-estar do paciente internado e debilitado. A racionalização do uso de medicamentos, a farmacovigilância e o acompanha- mento clínico são algumas funções exercidas por esse profissional, procurando aperfeiçoar a eficiência terapêutica na avaliação multidisciplinar, minimizando o tempo de recuperação desse paciente e consequentemente promovendo a saúde. Cabe salientar que a obrigatoriedade de ter farmacêutico presente em todo o horário de funcionamento também vale para as farmácias hospitalares. A atuação do farmacêutico responsável técnico habilitado nas empresas que realizam transporte por via terrestre, ferroviária, aérea e fluvial de me- dicamentos e insumos farmacêuticos é bem limitada, visto que o setor de transporte de medicamentos é pouco conhecido e explorado. No entanto, tem grande importância para a qualidade e integridade dos produtos, ficando a cargo do farmacêutico funções como: qualificação de fornecedores e agentes que transportam a carga; controle de temperatura e umidade do estoque e dos veículos; elaboração de relatórios e manuais de boas práticas exigidos pelos órgãos fiscalizadores. Quando se fala de indústria farmacêutica, a responsabilidade técnica deve ser assumida pelo profissional farmacêutico, em todas as etapas do ciclo de produção do produto, desde o seu desenvolvimento até a expiração de seu prazo de validade. A efetiva participação do responsável técnico está vinculada a decisões e ações nos diversos sistemas e estruturas, garantindo, assim, a qualidade, segurança e eficácia dos produtos. 11Legislação profissional e responsabilidade técnica O farmacêutico, com formação generalista ou com habilitação em bio- química de alimentos, poderá ser responsável técnico por estabelecimentos industriais em que se fabriquem produtos dietéticos e alimentares. De acordo com o Decreto Federal nº. 85.878, de 7 de abril de 1981 (BRASIL, 1981), que dispõe sobre o exercício da profissão de farmacêutico, as atribuições desse profissional estão vinculadas à direção, ao assessoramento, à responsabi- lidade técnica e ao desempenho de funções especializadas em estabelecimentos industriais em que se fabriquem produtos dietéticos e alimentares. Todavia, essa função pode ser exercida por outros profissionais, não sendo exclusivo do farmacêutico. A Resolução CFF nº. 530, de 25 de fevereiro de 2010, dispõe sobre as atribuições e a responsabilidade técnica do farmacêutico nas indústrias de alimentos (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA, 2010). Para saber mais sobre a Resolução nº. 530/2010 do CFF, acesse: https://goo.gl/xFJDez Quando ocorrer o desligamento da empresa, o farmacêutico responsável técnico deverá automaticamente dar baixa de responsabilidade técnica. Enquanto isso não ocorrer, o profissional ainda será responsabilizado pelas atividades do estabele- cimento comercial. Dessa forma, para dar a baixa de responsabilidade técnica farmacêutica, o profissional deverá comparecer no CRF (sede ou seccionais), com o requerimento da baixa da responsabilidade técnica ou outro sob a procuração com assinatura reconhecida em cartório, de posse dos documentos necessários. Com relação ao afastamento do farmacêutico do estabelecimento em horá- rio de trabalho por motivo de férias, congressos, cursos de aperfeiçoamento, atividades administrativas ou outras previamente agendadas, a comunicação deverá ocorrer com antecedência mínima de 48 horas. Quando for motivada por doença, acidente pessoal, óbito familiar ou outro motivo imprevisível, que requeira avaliação pelo CRF, poderá ser comunicado em cinco dias úteis após o fato (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA, 2014). O afastamento prévio deve ser comunicado por meio do acesso restrito do portal CRF. Para isso, é necessário ter os dados cadastrais atualizados e uma senha de acesso. Quando for por motivo imprevisível, o comunicado posterior Legislação profissional e responsabilidade técnica12 deve ser feito por escrito, seguindo a Deliberação nº. 1.422/14, e enviado para o atendimento na sede, nas seccionais e até mesmo pelos correios (CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO RIO GRANDE DO SUL, [2018]). Código de Defesa do Consumidor como ferramenta no âmbito profissional O CDC foi estabelecido em 1990 com a fi nalidade de regulamentar as relações de consumo. Nele, encontram-se os direitos do consumidor e que devem ser seguidos pelas empresas, visando nãocomprometer a relação com a clientela. Os proprietários e funcionários devem estar atentos às regras e normas estabe- lecidas nesse código, pois as práticas abusivas devem ser evitadas, principalmente em relação a ofertas e publicidades, evitando lesar o cliente e sofrer punições. A Lei nº. 8.078, de 11 de setembro de 1990, dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Essa lei visa atender às necessidades do consumidor em relação ao respeito à sua dignidade, saúde, segurança, proteção de seus interesses econômicos, assim como transparência e harmonia das relações de consumo (BRASIL, 1990). Se o consumidor se sentir lesado por alguma compra, o estabelecimento tem a obrigação de apresentar um exemplar do CDC para que ele possa esclarecer dúvidas. Vale salientar que o comprador é o maior beneficiado, pois é sempre considerado o elo mais frágil em uma relação de consumo. Caso o consumidor, por si só, não consiga fazer valer o seu direito junto ao estabelecimento comercial, pode procurar o Instituto de Defesa do Consumidor do seu Estado, órgãos conhecidos como Procuradoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). Assim, será possível obter auxílio nas ações e, ainda, o órgão irá intermediar a disputa entre vendedor e comprador (BRASIL, 2016). Algumas regras básicas são de extrema importância para o conhecimento do consumidor. São elas: o CDC proibiu a venda casada; é proibido o envio de produtos sem solicitação do consumidor; o consumidor tem o direito de levar o produto pelo preço anunciado; 13Legislação profissional e responsabilidade técnica cobrança indevida deve ser ressarcida em dobro; produtos podem ser recusados, se não estiverem embalados e com instruções de uso; o não cumprimento do prazo pode levar a cancelamento de contrato; o consumidor tem até sete dias para se arrepender de uma compra quando feita na internet ou por telefone; se o consumidor expressar arrependimento da compra, tem o direito a receber o dinheiro de volta; é proibido o envio de mensagens eletrônicas que não tenham sido so- licitadas pelo destinatário; na renegociação de dívida, o consumidor tem o direito a manter quantia mínima para sobrevivência. Com relação a farmácias e drogarias, o CDC determina, no art. 18, que: Art. 18 Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis res- pondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária respeitada às variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas (BRASIL, 1990, documento on-line). Essa determinação garante ao consumidor de medicamentos que, quando ocorre a verificação de um desvio de qualidade, o estabelecimento farmacêutico deverá obrigatoriamente aceitar a devolução e dar direito ao cliente de escolher entre substituição do medicamento (por outro) da mesma espécie em perfeitas condições de uso, de restituir, de forma imediata, a quantia paga ou realizar o abatimento proporcional do preço no momento da compra. Alguns problemas de desvios de qualidade observados em medicamentos são alterações de (BRASIL, 2018d): aspecto; cor; odor; sabor; número de comprimidos na embalagem; volume; presença de corpo estranho; validade do produto. Legislação profissional e responsabilidade técnica14 No caso de interrupção do tratamento, com consequente sobra do me- dicamento, a farmácia não tem a obrigação de aceitar a devolução. Se esse medicamento for de controle especial, com retenção de receita — de acordo com o art. 44 da Portaria da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (SVS/MS) nº. 344, de 12 de maio de 1998, e o art. 90 da Portaria SVS/MS nº. 6, de 29 de janeiro de 1999 —, o consumidor deve encaminhar o medicamento à vigilância sanitária da sua região. Para ler na íntegra a Portaria nº. 344/1998 e a Portaria nº. 6/1999, acesse os seguintes links. https://goo.gl/LzToZ https://goo.gl/U7z85k O principal motivo de não ocorrer a troca de medicamentos pela inter- rupção do tratamento é o risco sanitário, que preza pela segurança da saúde do consumidor. Esse risco é representado quando o consumidor retira o me- dicamento do cuidado do farmacêutico (conservação, armazenamento, entre outros), dessa forma, o profissional não tem mais como garantir a qualidade do produto, pois não há garantias de que o consumidor observou os cuidados de armazenamento para sua preservação, assim, a utilização por um eventual novo paciente não teria sua saúde preservada. Para os medicamentos sujeitos a controle especial, segundo a Portaria nº. 6/1999, que aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial, o medicamento de controle especial, ao sair do estabelecimento farmacêutico, deve automaticamente ser dado baixa no estoque pelo SNGPC ou no Livro de Registros (que é documental para efeito de controle e fiscalização) no caso de localidades que não têm acesso à internet. A devida receita médica deve ser sempre preenchida pelo paciente/comprador com os dados necessários para o cadastramento da receita no SNGPC ou Livro de Registros. A entrada é realizada por nota fiscal de distribuidora e nunca por devolução de medicamentos. As entradas e saídas dos antibióticos nas farmácias e drogarias também necessitam ser registradas no SNGPC. Assim, a Resolução da Diretoria Cole- giada (RDC) nº. 20, de 5 de maio de 2011, prevê a possibilidade de devolução somente em casos de desvios de qualidade (BRASIL, 2011). 15Legislação profissional e responsabilidade técnica Dessa forma, não há a possibilidade de devolução de medicamentos contro- lados às farmácias e drogarias, por dois motivos: risco sanitário e fator legal. Na RDC nº. 20/2011, ficou explícito que: Art. 20 É vedada a devolução, por pessoa física, de medicamentos antimicro- bianos industrializados ou manipulados para drogarias e farmácias. § 1º Excetua-se do disposto no caput deste artigo a devolução por motivos de desvios de qualidade ou de quantidade que os tornem impróprios ou inadequa- dos ao consumo, ou decorrentes de disparidade com as indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, a qual deverá ser avaliada e documentada pelo farmacêutico. § 2º Caso seja verificada a pertinência da devolução, o farmacêutico não poderá reintegrar o medicamento ao estoque comercializável em hipótese alguma, e deverá notificar imediatamente a autoridade sanitária competente, informando os dados de identificação do produto, de forma a permitir as ações sanitárias pertinentes (BRASIL, 2011, documento on-line). Assim, as farmácias e drogarias devem ter em mãos o CDC, a Portaria nº. 344/1998, a Portaria nº. 6/1999 e a RDC nº. 20/2011, a fim de sanar qualquer dúvida do consumidor na hora da compra e na tentativa de devolução do medicamento. Ainda, o fornecedor tem o dever de não expor ao mercado produtos com defeitos. Conforme descrito no art. 10 do CDC (BRASIL, 1990, documento on-line): “Art. 10 O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança”. Dessa forma, o fornecedor tem a obrigação de saber a procedência dos produtos que comercializa, pois será responsabilizado caso não se encontre em perfeitas condições de consumo. Acesse a RDC nº. 20/2011 na íntegra no seguinte link. https://goo.gl/aEh71d Legislação profissional e responsabilidade técnica16 1. Os antimicrobianos são medicamentos utilizados para combater infecções bacterianas e fazem parte de um grupo de medicamentos que necessitam de receita para sua comercialização, sendo que esta fica retida na farmáciaassim que é realizada a dispensação do medicamento. Com relação aos antimicrobianos, assinale a alternativa correta sobre a troca ou devolução desse grupo de medicamentos. a) A devolução ou troca de medicamentos antimicrobianos não é permitida, pois representa risco sanitário à saúde da população, além de estar descrito na RDC nº. 20/2011, que prevê a possibilidade de devolução somente em casos de desvios de qualidade. b) A devolução ou troca de medicamentos antimicrobianos é permitida perante autorização médica, sempre considerando a saúde do consumidor, como prevê a RDC nº. 20/2011. c) A devolução ou troca de medicamentos antimicrobianos é permitida desde que esse produto esteja acompanhado de nota fiscal no período de três dias consecutivos, como descrito na RDC nº. 20/2011. d) A devolução ou troca de medicamentos antimicrobianos não é permitida quando o valor do medicamento ultrapassa o valor máximo descrito na RDC nº. 20/2011. e) A devolução ou troca de medicamentos antimicrobianos não é permitida, pois o paciente deve utilizar o medicamento até o seu término, como descreve a RDC nº. 20/2011. 2. A devolução ou troca de medicamentos antimicrobianos na assistência farmacêutica é um conjunto de ações envolvidas com a promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual quanto coletiva, sendo o medicamento a peça fundamental, visando ao seu acesso e ao seu uso racional. Uma das principais resoluções que estabelece a assistência farmacêutica é a Resolução nº. 338/2004. Qual é o principal assunto tratado nessa resolução? a) A Resolução nº. 338/2004 estabelece um conjunto de ações voltadas à automedicação, proteção e recuperação da saúde, garantindo os princípios da universalidade, integralidade e equidade. b) A Resolução nº. 338/2004 estabelece um conjunto de ações voltadas à comercialização de medicamentos, assistência e recuperação da saúde, garantindo os princípios da universalidade, integralidade e equidade. c) A Resolução nº. 338/2004 estabelece um conjunto de ações voltadas à prescrição de medicamentos, promoção e recuperação da saúde, 17Legislação profissional e responsabilidade técnica garantindo os princípios da ética, integralidade e equidade. d) A Resolução nº. 338/2004 estabelece um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, garantindo os princípios da universalidade, integralidade e equidade. e) A Resolução nº. 338/2004 estabelece um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, garantindo os princípios da lealdade, igualdade e ética. 3. O SUS é uma conquista dos brasileiros, garantido pela Constituição Federal de 1988, no art. 196, por meio da Lei nº. 8.080/1990. Milhões de pessoas utilizam o SUS no Brasil, principalmente na assistência médica e na aquisição de medicamentos. Para um maior controle, existe a Rename. O que é isso? a) É uma lista de especialidades médicas que podem atender no SUS, a fim de orientar os pacientes e funcionários da saúde. A Rename está dividida em três componentes: básico, estratégico e especializado da assistência médica. b) É uma lista de práticas e determinações a serem cumpridas no SUS, a fim de orientar os pacientes e profissionais da saúde. A Rename está dividida em três componentes: básico, estratégico e especializado da assistência farmacêutica. c) É uma lista de medicamentos de controle especial disponibilizada no SUS, a fim de abranger o maior número de pacientes que necessitam de medicamentos controlados. A Rename está dividida em três componentes: básico, estratégico e especializado da assistência farmacêutica. d) É uma lista de funções a serem cumpridas pelos médicos que atendem no SUS, a fim de padronizar atendimentos e acelerar o diagnóstico de pacientes. A Rename está dividida em três componentes: básico, estratégico e especializado da assistência médica. e) É uma lista de medicamentos e insumos disponibilizados no SUS, a fim de orientar os pacientes e profissionais da saúde. A Rename está dividida em três componentes: básico, estratégico e especializado da assistência farmacêutica. 4. Empresas ou estabelecimentos que dispensam, comercializam, fornecem e distribuem produtos farmacêuticos, cosméticos e produtos para a saúde devem obrigatoriamente dispor de farmacêutico em tempo integral em seu estabelecimento. Com base no tema, assinale a alternativa correta. a) O farmacêutico responsável técnico é o titular que assume a direção técnica do estabelecimento perante a respectiva Associação dos Farmacêuticos do Rio Grande do Sul (AFARGS) e os órgãos de vigilância sanitária, ficando sob sua Legislação profissional e responsabilidade técnica18 responsabilidade a contratação de funcionários, treinamento médico sobre medicamentos e supervisão de vendas. b) O farmacêutico substituto é o titular que assume a direção técnica do estabelecimento perante o respectivo CRF e os órgãos de vigilância sanitária, ficando sob sua responsabilidade a dispensação, supervisão de pacientes e coordenação de todos os serviços técnico- científicos da empresa. c) O farmacêutico responsável técnico é o titular que assume a direção técnica do estabelecimento perante o respectivo CRF e os órgãos de vigilância sanitária, ficando sob sua responsabilidade a realização, supervisão e coordenação de todos os serviços técnico- científicos da empresa. d) O farmacêutico substituto é o titular que assume a direção técnica do estabelecimento perante a respectiva AFARGS e os órgãos de vigilância sanitária, ficando sob sua responsabilidade a realização, supervisão e coordenação de todos os serviços técnico- científicos da empresa. e) O farmacêutico responsável técnico é o titular que assume a direção técnica do estabelecimento perante o respectivo CRF e os órgãos de vigilância sanitária, ficando sob sua responsabilidade a realização de reuniões semanais com proprietários de farmácias, supervisão e coordenação de indicação de medicamentos de controle especial. 5. A utilização de medicamentos pela população é extremamente comum, contudo, às vezes, ocorre a interrupção do tratamento medicamentoso, e o paciente acaba com caixas do medicamento sem utilização em sua residência. É possível realizar a troca ou devolução de medicamentos? a) Somente a devolução de medicamentos é possível quando há a verificação de vencimento da medicação, devido ao risco sanitário. b) A devolução ou troca de medicamentos só é possível quando há a verificação de um desvio de qualidade da medicação, devido ao risco sanitário. c) É possível a troca ou devolução quando o medicamento é de controle especial, devido ao risco de o paciente utilizar novamente sem indicação médica. d) É possível realizar a troca ou devolução de qualquer medicamento, devido ao risco de automedicação. e) A devolução ou troca de medicamentos só é possível quando se trata de medicamentos de uso contínuo, devido à grande rotatividade de uso. 19Legislação profissional e responsabilidade técnica BECKER, G. K. Assistência farmacêutica em estética. Portal Educação, [2018]. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/veterinaria/assistencia- -farmaceutica-em-estetica/18905>. Acesso em: 13 dez. 2018. BRASIL. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Medicamentos: uso seguro e cuidados essenciais. Brasília, DF, [2018a]. Disponível em: <http://www.ans.gov.br/temas-de- -interesse/medicamentos-uso-seguro-e-cuidados-essenciais>. Acesso em: 13 dez. 2018. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de Diretoria Colegiada nº. 20, de 5 de maio de 2011. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 9 mai. 2011. Disponível em: <http://www. anvisa.gov.br/sngpc/Documentos2012/RDC%2020%202011.pdf>. Acesso em: 13 dez. 2018. BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. 2007. Assistência farmacêutica no SUS. 1.ed. Brasília: CONASS, 2007. (Coleção Progestores — Para entender a gestão do SUS). v. 7. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/colec_proges- tores_livro7.pdf>. Acesso em: 13 dez. 2018. BRASIL. Decreto nº. 85.878, de 7 de abril de 1981. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 9 abr. 1981. Disponível em: <http://www.cff.org.br/userfiles/file/decretos/85878.pdf>. Acesso em: 13 dez. 2018. BRASIL. Decreto-Lei nº. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 31 dez. 1940. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/de- clei/1940-1949/decreto-lei-2848-7-dezembro-1940-412868-publicacaooriginal-1-pe. html>. Acesso em: 13 dez. 2018. BRASIL. Entenda a importância do Código de Defesa do Consumidor. Portal Brasil, 11 set. 2016. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2016/09/ entenda-a-importancia-do-codigo-de-defesa-do-consumidor>. Acesso em: 13 dez. 2018. BRASIL. Lei nº. 3.820, de 11 de novembro de 1960. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 nov. 1960. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L3820.htm>. Acesso em: 13 dez. 2018. BRASIL. Lei nº. 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 dez. 1973. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5991.htm>. 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Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 mai. 2013. Disponível em: <http://www.cff.org.br/ userfiles/file/resolucoes/573.pdf>. Acesso em: 13 dez. 2018. CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO PARANÁ. Ingresso de responsabilidade técnica: diretor técnico — farmácia de dispensação/comunitária. Curitiba, 28 nov. 2012. Disponí- vel em: <http://www.crf-pr.org.br/noticia/visualizar/id/3737>. Acesso em: 13 dez. 2018. 21Legislação profissional e responsabilidade técnica Conteúdo: