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<p>DESCRIÇÃO</p><p>Conceitos de iluminação, lâmpadas elétricas e luminárias, descrição de sistemas de</p><p>aterramento e princípios de segurança em instalações elétricas.</p><p>PROPÓSITO</p><p>Conhecer os principais conceitos envolvidos nos projetos de iluminação (tipos de lâmpadas e</p><p>luminárias, cálculo luminotécnico) e aterramento em instalações elétricas industriais,</p><p>compreendendo a importância da segurança nas instalações, a partir dos efeitos da corrente</p><p>elétrica e seus efeitos danosos ao corpo humano.</p><p>PREPARAÇÃO</p><p>Antes de iniciar este estudo, tenha em mãos papel e caneta para anotações e uma calculadora.</p><p>Você também pode usar a calculadora do seu computador ou celular.</p><p>Iluminação, Aterramento e Segurança em Instalações Elétricas</p><p>OBJETIVOS</p><p>MÓDULO 1</p><p>Descrever tipos de lâmpadas e luminárias utilizadas na iluminação industrial</p><p>MÓDULO 2</p><p>Definir sistemas de aterramento em instalações elétricas</p><p>MÓDULO 3</p><p>Descrever os riscos da eletricidade e segurança em instalações elétricas</p><p>MÓDULO 1</p><p> Descrever tipos de lâmpadas e luminárias utilizadas na iluminação industrial</p><p>Iluminação Industrial: lâmpadas e luminárias</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Imagem: Adobe Stock</p><p>Toda e qualquer edificação necessita de um sistema de iluminação para fornecer um ambiente</p><p>de trabalho e bem-estar agradável aos usuários. A iluminação do ambiente deve considerar</p><p>uma diversidade de fatores, como o tipo de atividade a ser executada no local, as cores de</p><p>paredes, teto e piso do ambiente, que definem a refletância da luz incidida pelos equipamentos</p><p>de iluminação, basicamente lâmpadas e luminárias.</p><p>O NÍVEL DE PRECISÃO DAS TAREFAS EXECUTADAS</p><p>NOS AMBIENTES DEFINE O MELHOR PROJETO DE</p><p>ILUMINAÇÃO.</p><p>Para que a iluminação da instalação seja ideal, é necessário, por exemplo, haver:</p><p>1. Um nível de iluminamento adequado.</p><p>2. Uma distribuição espacial homogênea da luz sobre o ambiente.</p><p>3. A escolha da cor de luz mais indicada para a tarefa a ser executada.</p><p>4. A escolha correta de aparelhos de luminária.</p><p>5. A previsão de iluminação de acesso e emergência.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Para execução de um projeto luminotécnico, é imprescindível dispor das plantas do local, de</p><p>modo a conhecer as dimensões dos ambientes e suas devidas disposições para o</p><p>aproveitamento máximo da luz natural, por exemplo.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Alguns conceitos que envolvem projetos luminotécnicos são muito importantes para entender</p><p>as características dos principais equipamentos de iluminação: lâmpadas e luminárias. Veremos,</p><p>agora, alguns conceitos básicos.</p><p>LUZ</p><p>Imagem: Adobe Stock</p><p>É a fonte de energia em forma de ondas eletromagnéticas que ocorrem em diversos</p><p>comprimentos de onda. Apenas uma faixa de comprimentos de onda é visível aos olhos</p><p>humanos. Esse comprimento de onda é a distância entre duas cristas (ou dois vales)</p><p>sucessivos de uma onda, em um gráfico de espaço e amplitude.</p><p>O PRODUTO ENTRE O COMPRIMENTO DA ONDA</p><p>LUMINOSA E SUA FREQUÊNCIA É UMA CONSTANTE</p><p>DENOMINADA DE VELOCIDADE DA LUZ.</p><p>C= Λ ×F</p><p>Onde:</p><p>f = frequência da onda, em Hz;</p><p>λ = comprimento de onda, em m;</p><p>c = velocidade da luz (3 × 108m / s).</p><p> EXEMPLO</p><p>Normalmente, o ser humano tem a capacidade de reconhecer as cores dos objetos que são</p><p>refletidas aos seus olhos. Por exemplo, um objeto de cor amarela só é visto pelos olhos</p><p>humanos por ser capaz de refletir melhor a luz em comprimentos de onda próximos da cor</p><p>amarela.</p><p>FLUXO LUMINOSO (Ψ)</p><p>É a potência da onda eletromagnética emitida por uma fonte luminosa em qualquer direção do</p><p>espaço. O fluxo luminoso (ψ) é medido em lúmens, que representa conceitualmente a</p><p>quantidade de luz irradiada através da abertura de 1m ² feita na superfície de uma esfera de</p><p>1m de raio por uma fonte luminosa de 1 candela posicionada em seu centro interior. Uma fonte</p><p>de 1 candela emite uniformemente o equivalente a 12,56 lúmens.</p><p>É IMPORTANTE RESSALTAR QUE, APESAR DE SER</p><p>UMA FORMA DE POTÊNCIA, O FLUXO LUMINOSO NÃO</p><p>PODE SER MEDIDO EM WATTS, VISTO QUE É UMA</p><p>GRANDEZA DEPENDENTE DA SENSIBILIDADE DO</p><p>OLHO HUMANO, QUE VARIA ENTRE OS</p><p>OBSERVADORES.</p><p>ILUMINÂNCIA (E)</p><p>Também conhecida por iluminamento e medida em lux, é a relação entre o fluxo luminoso e a</p><p>área da superfície em torno do ponto de luz. Desse modo, em uma superfície plana de 1m ² ,</p><p>iluminada perpendicularmente por uma fonte de luz, apresenta uma iluminância de 1 lux:</p><p>E =</p><p>Ψ</p><p>S LUX</p><p> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Onde:</p><p>ψ = fluxo luminoso, em lúmens;</p><p>S = área da superfície iluminada, em m ² .</p><p>EFICIÊNCIA LUMINOSA (Η)</p><p>É a relação entre o fluxo luminoso emitido por uma fonte luminosa e a potência elétrica, em</p><p>watts, consumida para seu funcionamento.</p><p>Do ponto de vista de projeto de iluminação, a eficiência luminosa é de grande importância, pois</p><p>permite definir os melhores equipamentos a serem utilizados, como o tipo de lâmpada e a</p><p>luminária.</p><p>QUANTO MAIOR A EFICIÊNCIA LUMINOSA, MAIOR A</p><p>RELAÇÃO DE CUSTO E EFICÁCIA DO PROJETO</p><p>LUMINOTÉCNICO.</p><p>Η =</p><p>Ψ</p><p>P LÚMENS / W</p><p>ψ = fluxo luminoso, em lúmens;</p><p>P = potência elétrica absorvida pela fonte luminosa, em watts.</p><p>[ ]</p><p>[ ]</p><p>LÂMPADAS E LUMINÁRIAS</p><p>Imagem: Adobe Stock</p><p>As lâmpadas elétricas são os equipamentos responsáveis pela fonte de luz em uma instalação</p><p>elétrica. Com o auxílio das luminárias, fornecem a melhor disposição, direção e distribuição</p><p>luminosa nos ambientes, além de permitir uma fácil manutenção, proteção física das lâmpadas,</p><p>proporcional conforto visual e estético no local. As lâmpadas elétricas podem ser basicamente</p><p>de três tipos:</p><p>Imagem: Adobe Stock</p><p>Incandescentes</p><p></p><p>Imagem: Adobe Stock</p><p>De descarga</p><p></p><p>Imagem: Adobe Stock</p><p>De estado sólido (LEDs)</p><p>LÂMPADAS INCANDESCENTES</p><p>As lâmpadas incandescentes têm sido cada vez menos vistas em instalações de iluminação,</p><p>tanto residenciais como industriais. Em virtude de sua baixa eficiência luminosa, vida útil</p><p>reduzida quando comparada a outros tipos de lâmpada e elevados custos de manutenção, as</p><p>lâmpadas incandescentes hoje em dia se limitam a aplicações específicas, como estufas, uso</p><p>automotivo, iluminação de vitrines, entre outros.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>As restrições de uso desse tipo de lâmpada podem ser encontradas na Portaria no 1.007, de</p><p>31 de dezembro de 2010, do então Ministério de Minas e Energia, que trata da retirada</p><p>progressiva desses equipamentos do mercado.</p><p>A principal característica das lâmpadas incandescentes é que sua luz advém do aquecimento</p><p>de um filamento (normalmente de tungstênio) percorrido por uma corrente elétrica. Geralmente</p><p>são compostas de um bulbo de vidro, uma base de cobre e um conjunto de peças que contêm</p><p>o filamento. A Figura 1 ilustra uma lâmpada incandescente comum.</p><p>Imagem: Creder (2004).</p><p> Figura 1: Lâmpada incandescente.</p><p>As lâmpadas halógenas são um tipo especial de lâmpada incandescente, constituídas por um</p><p>tubo de quartzo, dentro do qual existe um filamento de tungstênio e partículas de iodo</p><p>adicionadas ao gás.</p><p>SUA PRINCIPAL VANTAGEM EM RELAÇÃO ÀS</p><p>INCANDESCENTES COMUNS É QUE POSSUEM MAIOR</p><p>VIDA ÚTIL, ALTA EFICIÊNCIA LUMINOSA E ÓTIMA</p><p>REPRODUÇÃO DE CORES. NO ENTANTO,</p><p>NECESSITAM DE RECEPTÁCULOS ESPECÍFICOS</p><p>PARA SUA INSTALAÇÃO, O QUE DIFICULTA SEU USO</p><p>COMUM.</p><p>A Figura 2 ilustra uma lâmpada incandescente halógena do tipo dicroica.</p><p>Imagem: Creder (2004).</p><p> Figura 2: Lâmpada halógena (dicroica).</p><p>LÂMPADAS DE DESCARGA</p><p>Existem vários os tipos de lâmpadas de descarga, que funcionam basicamente pela passagem</p><p>de uma descarga elétrica em um meio de gases metálicos, como mercúrio, sódio, xenônio</p><p>etc.</p><p>O maior benefício das lâmpadas de descarga está associado ao seu reduzido custo de</p><p>manutenção. A vida útil dessas lâmpadas depende do tipo, variando de 7.500 horas até 24.000</p><p>horas. Entre os tipos mais comuns, temos:</p><p>LÂMPADAS FLUORESCENTES</p><p>As lâmpadas fluorescentes consistem em um bulbo cilíndrico de vidro, cujas extremidades</p><p>possuem eletrodos metálicos de tungstênio, por onde circula a corrente elétrica. No interior</p><p>dessas lâmpadas, há vapores à baixa pressão, e as paredes do vidro são pintadas com</p><p>materiais fluorescentes (cristais de fósforo).</p><p>Essas lâmpadas necessitam de dispositivos auxiliares para acionamento, o starter e o reator.</p><p>Apesar de não permitirem a reflexão de algumas cores, são muito utilizadas em residências,</p><p>como em cozinhas e banheiros. Em virtude de sua elevada eficiência luminosa, são utilizadas</p><p>em escritórios, lojas etc.</p><p>A Figura 3 ilustra uma lâmpada fluorescente.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Figura 3: Lâmpada fluorescente.</p><p>LÂMPADAS DE VAPOR DE MERCÚRIO</p><p>As lâmpadas de vapor de mercúrio também utilizam o princípio de descarga elétrica através de</p><p>gases para emitir luz. Dentro do tubo é colocada uma pequena quantidade de mercúrio, cuja</p><p>função é facilitar a descarga inicial.</p><p>As lâmpadas de vapor de mercúrio têm uma elevada eficiência luminosa. No entanto, esta</p><p>eficiência reduz progressivamente ao longo de sua vida útil. Esse tipo de lâmpada leva um</p><p>tempo entre 5 a 10 minutos para ser religada, tempo necessário para reionização do mercúrio</p><p>no interior do tubo.</p><p>A Figura 4 ilustra uma lâmpada do tipo vapor de mercúrio.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Figura 4: Lâmpada a vapor de mercúrio.</p><p>LÂMPADAS DE VAPOR DE SÓDIO</p><p>As lâmpadas de vapor de sódio também são exemplos de lâmpadas de descarga. São</p><p>comumente instaladas para aplicação de ambientes externos, pois apresentam excelente</p><p>eficiência luminosa.</p><p>As lâmpadas de vapor de sódio de baixa pressão emitem luz monocromática (luz amarela), por</p><p>isso são muito utilizadas para iluminação pública, que necessitam de um menor índice de</p><p>reprodução de cores. Sua vida útil varia entre 18.000 horas e 24.000 horas.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Figura 5: Lâmpada de vapor de sódio utilizada em iluminação pública.</p><p>LÂMPADAS DE ESTADO SÓLIDO (LEDS)</p><p>As lâmpadas de estado sólido, ou de LED (Light Emitting Diode) são basicamente um diodo</p><p>semicondutor que, quando energizado, emite luz visível.</p><p>Embora a luz emitida pelas lâmpadas de LED não seja monocromática, a faixa de cores visível</p><p>é bastante estreita e depende do processo de dopagem do material semicondutor que a</p><p>constitui.</p><p>OS LEDS TÊM MUITAS VANTAGENS SOBRE AS</p><p>LÂMPADAS INCANDESCENTES E DE DESCARGA,</p><p>VISTO QUE NÃO POSSUEM FILAMENTO QUE SE</p><p>QUEIMA, NEM NECESSITAM DE DISPOSITIVOS</p><p>AUXILIARES PARA ACIONAMENTO (ALÉM DA FONTE).</p><p>APRESENTAM ELEVADA VIDA ÚTIL, MAS SUA</p><p>PRINCIPAL VANTAGEM É A GRANDE EFICIÊNCIA</p><p>LUMINOSA.</p><p>Em função das novas tecnologias disponíveis para equipamentos de iluminação, estima-se que</p><p>mais de 20% de toda a iluminação pública seja feita com lâmpadas de LED.</p><p>A Figura 6 ilustra uma lâmpada de LED.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Figura 6: Lâmpada de LED.</p><p>LUMINÁRIAS</p><p>Imagem: Adobe Stock</p><p>As luminárias são equipamentos destinados à fixação das lâmpadas em edificações, devendo</p><p>apresentar características como facilitar a instalação e manutenção das lâmpadas, modificar o</p><p>fluxo luminoso, direcionando-o para aplicações específicas, além de proporcionar um aspecto</p><p>agradável e conforto ambiental ao usuário do ambiente.</p><p>Para iluminação em geral, as luminárias podem ser classificadas em função do direcionamento</p><p>do fluxo luminoso.</p><p>A Figura 7 ilustra a classificação das luminárias pelo seu tipo disponível no mercado.</p><p>Imagem: Guia da Engenharia</p><p> Figura 7: Tipos de luminárias.</p><p>ILUMINAÇÃO DE INTERIORES E</p><p>EXTERIORES</p><p>Imagem: Adobe Stock</p><p>Para a definição do melhor aparelho e sua disposição de iluminação, é necessário considerar</p><p>alguns requisitos importantes, principalmente em iluminação industrial. É importante utilizar,</p><p>sempre que for possível, sensores de presença para acionar os circuitos de iluminação, o que</p><p>reduz o custo da energia utilizada.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Utilizam-se lâmpadas incandescentes apenas para iluminação de emergência ou para iluminar</p><p>máquinas específicas.</p><p>Em virtude de o pé-direito ser, geralmente, entre 3 e 9 metros para instalações industriais,</p><p>deve-se estabelecer a altura adequada para que chegue luz suficiente no plano de trabalho do</p><p>local. Em espaços com pé-direito inferior a 6 metros, utilizar lâmpadas fluorescentes. Já, para</p><p>espaços com pé-direito superior a 6 metros, utilizar lâmpadas de descarga de alto fluxo</p><p>luminoso.</p><p>Já as regiões exteriores das edificações são normalmente iluminadas por projetores fixados em</p><p>postes ou nas laterais das paredes dos prédios industriais.</p><p>A Tabela 1 apresenta o nível de iluminância adequado para áreas exteriores.</p><p>Áreas Iluminâncias (lux)</p><p>Depósitos ao ar livre 10</p><p>Parques de estacionamento 50</p><p>Vias de tráfego 70</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p> Tabela 1: Nível de iluminamento de áreas externas.</p><p>Elaborada por: Isabela Oliveira Guimarães</p><p>SOFTWARES PARA CÁLCULO LUMINOTÉCNICO</p><p>Há diversos softwares gratuitos disponíveis para cálculo luminotécnico. Muitos fabricantes de</p><p>equipamentos como lâmpadas e luminárias mantêm esses softwares que calculam a</p><p>quantidade adequada de pontos de iluminação com base nos requisitos de iluminância do</p><p>ambiente e das características do local.</p><p>Nesses softwares, são consideradas também as características fotométricas das luminárias a</p><p>ser utilizadas. Entre eles, podemos citar Relux, Dialux, Visual Lighting Software e Lúmen Micro.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Para conhecer os níveis adequados de iluminância para cada ambiente, é necessário consultar</p><p>os valores estabelecidos em norma. A NBR 5413 – Iluminância de Interiores delimita requisitos</p><p>para a iluminância adequada em diversos tipos de atividade com base na idade, velocidade e</p><p>precisão do observador. No entanto, essa norma foi descontinuada e, desde 2013, a NBR ISSO</p><p>8995 – Iluminação de ambientes de trabalho é utilizada para definição da iluminância adequada</p><p>para projetos de iluminação interior.</p><p>MÉTODO DOS LÚMENS</p><p>Entre os métodos de cálculo luminotécnico, o método dos Lúmens fornece um resultado de</p><p>iluminância que deve ser obtido para determinado ambiente, com base nas especificações e</p><p>características fotométricas de equipamentos especificados.</p><p>Para o cálculo de iluminação com esse método é importante ter um levantamento a respeito</p><p>das características construtivas da instalação e conhecer a frequência de manutenção e</p><p>limpeza do espaço para estimar um fator de depreciação dos equipamentos (ou fator de</p><p>manutenção).</p><p>CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS</p><p>Dimensões e classificação de acordo com NBR ISO 8998, conhecer o percentual de</p><p>refletância das superfícies (piso, teto e paredes)</p><p>A DETERMINAÇÃO DO FLUXO LUMINOSO É</p><p>BASICAMENTE DADA PELA EQUAÇÃO A SEGUIR.</p><p>ΨT =</p><p>E × S</p><p>FU × FD</p><p>Onde:</p><p>ψt = fluxo total a ser emitido pelas lâmpadas;</p><p>E = iluminância requerida pelo ambiente, de acordo com a NBR ISSO 8995;</p><p>S = área do ambiente;</p><p>javascript:void(0)</p><p>Fu = fator de utilização do ambiente;</p><p>Fd = fator de depreciação da luminária.</p><p>Veja, a seguir, as definições de ‘Fator de depreciação’ e ‘Fator de utilização’.</p><p>Fator de depreciação</p><p>O fator de depreciação mede a relação entre o fluxo luminoso emitido pela lâmpada ao final do</p><p>período necessário para manutenção e o início de sua operação. A tabela 2 apresenta os</p><p>fatores de depreciação com base no nível de limpeza do ambiente e intervalo de manutenções.</p><p>AMBIENTE 2.500h 5.000h 7.500h</p><p>Limpo 0,95 0,91 0,88</p><p>Normal 0,91 0,85 0,80</p><p>Sujo 0,80 0,66 0,57</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p> Tabela 2: Fatores de manutenção recomendados.</p><p>Elaborada por: Isabela Oliveira Guimarães</p><p>Fator de utilização</p><p>O fator de utilização é a relação entre o fluxo luminoso que chega ao plano de trabalho e o que</p><p>é emitido pelas luminárias. Esse fator depende das dimensões do ambiente, do tipo de</p><p>luminária utilizada e das cores do local, que definem os percentuais de refletância.</p><p>Vejamos um exemplo que detalha a aplicação do método dos lúmens no projeto de iluminação</p><p>de um galpão industrial.</p><p>Exemplo 1</p><p>Imagem: Adobe Stock</p><p>Deseja-se iluminar um galpão industrial cujas dimensões são 10m por 15m e uma altura de 7m,</p><p>destinado à construção/montagem de veículos. Considerando que esse galpão possui teto</p><p>branco, paredes claras, piso escuro e plano de trabalho a uma altura de 1m, determine a</p><p>quantidade de luminárias necessárias para iluminar esse ambiente. As luminárias utilizam</p><p>lâmpadas de vapor de mercúrio de 400W. Esse galpão é considerado um ambiente limpo com</p><p>manutenção periódica de 7.500h.</p><p>SOLUÇÃO</p><p>Pela equação de fluxo luminoso:</p><p>ψt =</p><p>E × S</p><p>Fu × Fd</p><p>Onde:</p><p>E = 500 lux, com base na iluminância descrita para a atividade segundo a NBR ISSO 8995;</p><p>S = A × B = 10 × 15 = 150m ² ;</p><p>Fd = 0,57, com base na Tabela 2.</p><p>Para o cálculo do fator de utilização, é necessário determinar o índice do local (k):</p><p>k =</p><p>A × B</p><p>Hlp × A + B( )</p><p>Onde:</p><p>k = índice do recinto;</p><p>A e B = comprimento e largura do recinto, em m;</p><p>Hlp = altura da fonte de luz sobre o plano de trabalho, em m.</p><p>k =</p><p>10 × 15</p><p>( 7 - 1 ) × ( 10 + 15 ) = 1,0</p><p>As refletâncias médias em função das cores do ambiente são:</p><p>TETO</p><p>Branco: ρ = 70%; Claro: ρ = 50%; Escuro: ρ = 30%</p><p>PAREDE</p><p>Clara: ρ = 50%; Escura: ρ = 30%</p><p>PISO</p><p>Escuro: ρ = 10%</p><p>Para o galpão do exemplo, as refletâncias de teto, parede e piso são, respectivamente, 70%,</p><p>50% e 10%. A partir dos dados da luminária a seguir, é possível determinar o fator de utilização:</p><p>Teto (%) 70 70 70</p><p>Parede (%) 50 30 10 50 30 10 30 10</p><p>Piso (%) 10 10 10</p><p>K Fator de utilização (x0,01) - Fu</p><p>0,60 39 35 31 38 34 31 34 31</p><p>0,80 46 42 38 45 41 38 41 38</p><p>1,00 52 47 44 51 47 44 46 44</p><p>1,25 57 53 50 55 52 49 51 49</p><p>Teto (%) 70 70 70</p><p>Parede (%) 50 30 10 50 30 10 30 10</p><p>Piso (%) 10 10 10</p><p>K Fator de utilização (x0,01) - Fu</p><p>1,50 60 56 54 59 56 53 55 53</p><p>2,00 65 62 60 64 61 59 60 58</p><p>2,50 68 65 63 66 64 63 63 62</p><p>3,00 70 68 66 68 66 65 65 64</p><p>4,00 72 70 69 70 69 68 68 67</p><p>5,00 73 71 70 71 70 69 69 68</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p> Tabela 3: Cálculo do fator de utilização para a luminária.</p><p>Elaborada por: Isabela Oliveira Guimarães</p><p>Considerando o índice do recinto K = 1,0 e as refletâncias de 50%, 30% e 10%,</p><p>respectivamente, a Tabela 3 fornece o valor de 52 (x0,01) para o fator de utilização da</p><p>luminária, conforme destacado em vermelho:</p><p>Fu = 0 , 52</p><p>A iluminância será, portanto:</p><p>ψt =</p><p>500 × 150</p><p>0,52 × 0,57 = 253.036 lúmens</p><p> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Cada lâmpada (de 400W) possui um fluxo luminoso de 22.000 lúmens. Dessa forma, o número</p><p>de luminárias necessário para iluminar esse galpão será de:</p><p>Nlu =</p><p>ψt</p><p>Nla × ψl</p><p>=</p><p>253.036</p><p>1 × 22.000 = 11,5</p><p> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Considerando uma lâmpada por luminária e arredondando Nlu para um número inteiro par, são</p><p>necessárias doze luminárias para distribuição homogênea da luz no galpão.</p><p>ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA</p><p>Imagem: Adobe Stock</p><p>Um bom sistema de iluminação, principalmente em instalações industriais, precisa fornecer</p><p>equipamentos para evacuação em caso de emergência. Desse modo, os equipamentos de</p><p>iluminação devem garantir uma evacuação segura das áreas em risco e clarear os ambientes</p><p>na passagem dos usuários, de modo a se evitar acidentes no percurso. As áreas mais</p><p>importantes para instalação de iluminação de emergência são:</p><p>Corredores</p><p>Auditórios</p><p>Salas de máquinas</p><p>Salas de reunião</p><p>Setores de produção de materiais combustíveis e gasosos</p><p>A iluminância para emergência desses lugares varia de 5 lux para áreas de permanência e</p><p>trânsito de pessoas a 50 lux para setores de produção. A Tabela 4 apresenta os valores</p><p>mínimos de iluminância de emergência para alguns tipos de ambiente.</p><p>Ambiente Iluminância (lux)</p><p>Auditórios, salas de recepção 5</p><p>Corredores, refeitórios, salões, iluminação externa 10</p><p>Almoxarifados, escritórios, escadas, elevadores 20</p><p>Corredores de saída de pessoal, subestação, salas de máquinas 50</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p> Tabela 4: Iluminância mínima para iluminação de emergência.</p><p>Elaborada por: Isabela Oliveira Guimarães</p><p>Os sistemas de iluminação de emergência são normalmente alimentados por um banco de</p><p>baterias, mas podem ser encontrados também com geradores auxiliares.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Alguns setores industriais necessitam de energia intermitente por trabalharem com cargas</p><p>importantes. Nesses casos, os sistemas de iluminação de emergência devem possuir um</p><p>sistema ininterrupto (nobreak), cujas baterias são dimensionadas para atender ao tempo</p><p>necessário até a operação dos geradores auxiliares.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. A ESCOLHA DOS APARELHOS DE ILUMINAÇÃO PARA UM AMBIENTE</p><p>DEVE CONSIDERAR AS CARACTERÍSTICAS FOTOMÉTRICAS DAS</p><p>LÂMPADAS E DO ESPAÇO FÍSICO. DO PONTO DE VISTA DA RELAÇÃO</p><p>CUSTO POR EFICÁCIA DE ILUMINAÇÃO, UM PROJETO LUMINOTÉCNICO</p><p>DEVE CONSIDERAR O USO DE LÂMPADAS COM ALTA EFICIÊNCIA</p><p>LUMINOSA. ENTRE OS TIPOS DE LÂMPADA A SEGUIR, A QUE</p><p>NORMALMENTE APRESENTA MAIOR EFICIÊNCIA É:</p><p>A) Incandescente</p><p>B) Fluorescente</p><p>C) Vapor de sódio</p><p>D) LED</p><p>E) Vapor de mercúrio</p><p>2. O MÉTODO DOS LÚMENS É UM MÉTODO MATEMÁTICO SIMPLES</p><p>PARA DEFINIÇÃO DA ILUMINÂNCIA MÍNIMA DOS AMBIENTES COM BASE</p><p>NAS CARACTERÍSTICAS DO LOCAL E DOS APARELHOS DE</p><p>LUMINÁRIAS UTILIZADOS. ALÉM DE CONHECER AS DIMENSÕES DO</p><p>AMBIENTE PARA DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DO LOCAL (𝑘), O</p><p>PROJETISTA DEVE BUSCAR INFORMAÇÕES DO FABRICANTE DOS</p><p>APARELHOS PARA DEFINIÇÃO DO FATOR DE UTILIZAÇÃO E CONHECER</p><p>O FATOR DE DEPRECIAÇÃO DO EQUIPAMENTO PARA AQUELA</p><p>APLICAÇÃO. ENTENDE-SE POR FATOR DE DEPRECIAÇÃO COMO:</p><p>A) A relação entre o fluxo luminoso e a potência elétrica.</p><p>B) A relação entre o fluxo luminoso final e inicial da operação do equipamento.</p><p>C) A relação entre o fluxo luminoso e a área do ambiente.</p><p>D) A relação entre o fluxo luminoso e a altura do plano de trabalho.</p><p>E) A relação entre o fluxo luminoso e a quantidade de lâmpadas por aparelho.</p><p>GABARITO</p><p>1. A escolha dos aparelhos de iluminação para um ambiente deve considerar as</p><p>características fotométricas das lâmpadas e do espaço físico. Do ponto de vista da</p><p>relação custo por eficácia de iluminação, um projeto luminotécnico deve considerar o</p><p>uso de lâmpadas com alta eficiência luminosa. Entre os tipos de lâmpada a seguir, a que</p><p>normalmente apresenta maior eficiência é:</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>Entre os tipos de lâmpada apresentados, as lâmpadas incandescentes são as de menor</p><p>eficiência. As lâmpadas de descarga, como as fluorescentes e vapor de gases (mercúrio e</p><p>sódio), apresentam elevada eficiência. No entanto, ao considerarmos a relação de custo e</p><p>eficácia, as lâmpadas de LED apresentam melhor desempenho, por isso têm sido amplamente</p><p>utilizadas em diversas aplicações.</p><p>2. O método dos lúmens é um método matemático simples para definição da iluminância</p><p>mínima dos ambientes com base nas características do local e dos aparelhos de</p><p>luminárias utilizados. Além de conhecer as dimensões do ambiente para determinação</p><p>do índice do local (𝑘), o projetista deve buscar informações do fabricante dos aparelhos</p><p>para definição do fator de utilização e conhecer o fator de depreciação do equipamento</p><p>para aquela aplicação. Entende-se por fator de depreciação como:</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>O fator de utilização é a relação entre o fluxo luminoso que chega ao plano de trabalho e o que</p><p>é emitido pelas luminárias. Esse fator depende das dimensões do ambiente, do tipo de</p><p>luminária utilizada e das cores do local, que definem os percentuais de refletância.</p><p>MÓDULO 2</p><p> Definir sistemas de aterramento em instalações elétricas</p><p>Sistemas de Aterramento</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Imagem: Adobe Stock</p><p>Um bom projeto de instalação elétrica deve prever a existência de sistemas de aterramento,</p><p>não apenas para funcionamento correto dos equipamentos, mas para segurança dos usuários.</p><p>Um sistema de aterramento tem como principais objetivos:</p><p>A garantia de segurança para atuação de dispositivos de proteção.</p><p>Servir de escoamento de descargas elétricas através de sistemas de proteção contra</p><p>descargas atmosféricas (SPDA).</p><p>Equipotencialização da área do projeto.</p><p>Proteção dos indivíduos contra contatos acidentais com</p><p>partes energizadas.</p><p>TIPOS DE ATERRAMENTOS ELÉTRICOS</p><p>Imagem: Adobe Stock</p><p>Os aterramentos elétricos podem ser do tipo:</p><p>Funcional</p><p>Consiste na ligação à terra de um condutor (normalmente o neutro) para operação de circuitos</p><p>monofásicos com retorno à terra (MRT).</p><p></p><p>Para proteção</p><p>Consiste na ligação das massas à terra para proteção contra choques elétricos.</p><p>Há ainda os aterramentos de trabalho, que são provisórios e têm o objetivo de garantir a</p><p>segurança de equipes durante ações de manutenção da instalação elétrica.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Características, tipos e definições relacionadas aos aterramentos elétricos são regidos pelas</p><p>normas NBR 5410:2004 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão e NBR 5419:2005 – Proteção</p><p>de Estruturas contra Descargas Atmosféricas.</p><p>PROTEÇÃO CONTRA CONTATOS</p><p>INDIRETOS</p><p>Imagem: Adobe Stock</p><p>A situação de acidente mais comum em instalações elétricas é, sem dúvida, o contato acidental</p><p>do operador com partes energizadas, como carcaças de equipamentos. Nessas situações, o</p><p>corpo humano fica submetido a uma diferença de potencial entre a parte energizada e a terra.</p><p>Esse tipo de contato indireto ocorre por uma falha, visto que o equipamento pode ter perdido</p><p>sua isolação e esteja a ponto de causar uma descarga elétrica.</p><p>UM SER HUMANO É CAPAZ DE SUPORTAR, SEM</p><p>CAUSAR DESCONFORTO OU DANOS FÍSICOS,</p><p>CORRENTES ALTERNADAS DE ATÉ 25MA, SENDO</p><p>QUE ENTRE 15MA E 25MA PODE HAVER</p><p>DIFICULDADES EM SOLTAR O OBJETO ENERGIZADO</p><p>EM CASO DE CONTATO INDIRETO. CORRENTES</p><p>ACIMA DESSE VALOR PODEM CAUSAR GRAVES</p><p>DANOS À PESSOA, ENTRE ELES, LESÕES</p><p>MUSCULARES, QUEIMADURAS E ATÉ MESMO</p><p>PARADAS CARDIORRESPIRATÓRIAS.</p><p>A pessoa exposta a um contato indireto pode ser submetida a dois tipos de tensão.</p><p>TENSÃO DE TOQUE (OU DE CONTATO)</p><p>TENSÃO DE PASSO</p><p>TENSÃO DE TOQUE (OU DE CONTATO)</p><p>É aquela em que o corpo humano está sujeito ao entrar em contato com as partes metálicas.</p><p>TENSÃO DE PASSO</p><p>Ocorre quando o indivíduo se encontra no interior de uma malha de terra e ocorre uma</p><p>descarga elétrica, o que faz com que seus dois pés fiquem submetidos a essa diferença de</p><p>potencial.</p><p>Para reduzir o perigo potencial das tensões de passo, é comum, por exemplo, em subestações,</p><p>uma camada de brita com espessura de 20cm para aumentar a isolação com a malha de</p><p>aterramento, conforme ilustrado na Figura 9.</p><p>Imagem: Mamede Filho (2013).</p><p> Figura 9: Operador em uma malha de terra.</p><p>ATERRAMENTO DE EQUIPAMENTOS</p><p>No passado, era comum a existência de malhas de aterramento distintas para equipamentos</p><p>de baixa tensão, de alta tensão e para proteção contra descargas atmosféricas (conexão dos</p><p>para-raios). No entanto, hoje é consenso entre os projetistas que a interligação de malhas de</p><p>aterramento promove maior eficácia e segurança para a instalação.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Essa prática é inclusive recomendada pelas normas NBR 5410 e NBR 5419.</p><p>Impreterivelmente, devem ser ligados à malha de aterramento:</p><p>1. Neutro do transformador;</p><p>2. Para-raios dos ramais de ligação;</p><p>3. Carcaça de transformadores, motores, disjuntores etc.;</p><p>4. Elementos metálicos de suporte aos equipamentos elétricos;</p><p>5. Estruturas metálicas em geral.</p><p>A interligação de sistemas de aterramento traz benefícios como a equipotencialização das</p><p>massas, unificação de referências de terra e redução da resistência de aterramento. Um</p><p>sistema de aterramento é composto basicamente de quatro elementos, como veremos a seguir.</p><p>Imagem: Mamede Filho (2013).</p><p> Figura 10: Hastes de terra prolongável (superior) e normal (inferior).</p><p>ELETRODOS DE ATERRAMENTO</p><p>Também denominados eletrodos verticais, podem ser construídos de aço galvanizado ou aço</p><p>cobreado. Os eletrodos de aço galvanizado costumam sofrer corrosão com o tempo, o que</p><p>pode causar aumento na resistência de aterramento. A Figura 10 ilustra dois tipos de eletrodos</p><p>de aterramento.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>CONDUTORES DE ATERRAMENTO</p><p>São os condutores utilizados para interligar eletrodos. Normalmente, utilizam-se condutores de</p><p>25mm² em virtude das elevadas correntes de curto-circuito que eventualmente possam ocorrer.</p><p>Imagem: Mamede Filho (2013).</p><p> Figura 11: Conector parafusado e por solda.</p><p>CONECTORES</p><p>São os elementos metálicos que conectam os condutores e os eletrodos nas emendas ou</p><p>derivações. Esses conectores podem ser parafusados ou por solda, conforme ilustrado na</p><p>Figura 11.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>CONDUTORES DE PROTEÇÃO</p><p>São os condutores que interligam os equipamentos à malha de aterramento. A seção mínima</p><p>dos condutores de proteção é delimitada pela NBR 5410.</p><p>ESQUEMAS DE ATERRAMENTO</p><p>A NBR 5410 estabelece que as instalações elétricas de baixa tensão devem possuir, para os</p><p>aterramentos funcionais e de proteção, três esquemas básicos de ligação à terra. O que difere</p><p>esses esquemas é a situação de ligação da fonte de alimentação e das massas na malha de</p><p>aterramento. Os sistemas são classificados a partir de uma simbologia de letras.</p><p>1ª LETRA</p><p>Diz respeito à situação da fonte de alimentação em relação à terra.</p><p>T – O ponto é diretamente aterrado.</p><p>I – O ponto é isolado ou aterrado através de uma impedância.</p><p>2ª LETRA</p><p>Diz respeito à situação das massas em relação à terra.</p><p>T – As massas são diretamente aterradas.</p><p>N – As massas são ligadas ao ponto de aterramento da fonte (sem aterramento próprio).</p><p>I – As massas não estão aterradas (estão isoladas).</p><p>OUTRAS LETRAS</p><p>Dizem respeito à forma de aterramento das massas, utilizando o aterramento da fonte de</p><p>alimentação.</p><p>S – Condutor neutro e proteção (PE) separados.</p><p>C – Condutor neutro e proteção comuns (mesmo condutor – PEN).</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>De acordo com a norma, as massas metálicas devem ser ligadas a condutores de proteção de</p><p>modo a compor uma rede de aterramento. Dessa forma, os dispositivos de proteção devem</p><p>desligar automaticamente a fonte de alimentação do circuito sempre que ocorrer uma falta</p><p>entre a parte energizada e a massa que deu origem à tensão de toque perigosa.</p><p>ESQUEMA TT</p><p>O esquema TT, ilustrado na Figura 12, possui um ponto da fonte de alimentação diretamente</p><p>aterrado e as massas também diretamente aterradas e em pontos distintos da alimentação.</p><p>Todas as massas devem ser ligadas a um ponto único de aterramento para evitar o surgimento</p><p>de tensões de passo.</p><p>No esquema TT, a proteção deve ser feita por dispositivos diferenciais-residuais (DR), pois é o</p><p>único meio adequado para proteção contra choques elétricos. Em virtude dos pontos distintos</p><p>de aterramento da fonte e das massas, é recomendado para sistemas em que a alimentação e</p><p>as cargas estiverem distantes uma da outra.</p><p>Imagem: NBR 5410 (p.16).</p><p> Figura 12: Esquema TT.</p><p>ESQUEMA TN</p><p>Nos esquemas do tipo TN a fonte de alimentação é diretamente aterrada e as massas são</p><p>ligadas a esse ponto por condutores de proteção, podendo ser único ou em condutores</p><p>separados.</p><p>Esse esquema pode ser dividido em três, conforme descrito a seguir.</p><p>TN-S</p><p>O condutor neutro (N) e condutor proteção (PE) são separados.</p><p>Imagem: ABNT (2004).</p><p> Figura 13: Esquema TN-S.</p><p>No esquema TN-S (Figura 13), a proteção deve ser feita por dispositivos DR e são utilizados</p><p>quando a distância entre a fonte de alimentação e a carga estão próximas, em função da</p><p>necessidade dos condutores de neutro e proteção ligados no mesmo ponto.</p><p>TN-C</p><p>Os condutores de neutro e proteção são comuns (PEN).</p><p>Extraído de: ABNT (2004).</p><p> Figura 14: Esquema TN-C.</p><p>O esquema TN-C (Figura 14) não admite a instalação de dispositivos DR e a proteção deve ser</p><p>feita por disjuntores convencionais. Nesse esquema, deve-se ter maior precaução quanto à</p><p>integridade do condutor neutro, visto que, em caso de rompimento, a instalação torna-se</p><p>potencialmente perigosa.</p><p>TN-C-S</p><p>Parte do circuito tem neutro e proteção separados, e outra parte, têm neutros comuns.</p><p> Figura 15: Esquema TN-C-S.</p><p>Extraído de: NBR 5410 (p.16).</p><p>No caso do esquema TN-C-S (Figura 15), que é uma combinação dos esquemas TN-C e TN-S,</p><p>é importante que o TN-C nunca seja utilizado a jusante (após) o esquema</p><p>TN-S. A proteção</p><p>deve ser feita por dispositivos DR.</p><p>ESQUEMA IT</p><p>Ilustrado na Figura 16, o esquema IT não possui nenhum ponto da fonte de alimentação</p><p>diretamente aterrado, estando totalmente isolada ou aterrada por uma impedância.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Por esse motivo, o condutor neutro não é instalado ao longo dos circuitos, sendo necessárias</p><p>manutenção rigorosa e medições periódicas da resistência de isolação.</p><p>É utilizado onde é indispensável um fornecimento ininterrupto, como em hospitais, industriais</p><p>etc.</p><p>Fonte: NBR 5410 (p.16).</p><p> Figura 16: Esquema IT.</p><p>CÁLCULO DA MALHA DE TERRA</p><p>A definição dos parâmetros de uma malha de aterramento envolve o cálculo de</p><p>dimensionamento de condutores e eletrodos, com base nas características do solo e das</p><p>correntes de curto-circuito envolvidas.</p><p>No que diz respeito ao solo, é importante que se obtenha maior homogeneidade possível.</p><p>Dessa forma, torna-se necessário realizar medições da resistividade do solo, normalmente</p><p>feitas com instrumentos do tipo Megger.</p><p>Imagem: Adobe Stock</p><p>MÉTODO DE WENNER</p><p>O Método de Wenner é um dos mais utilizados para medição da resistência de aterramento.</p><p>Esse método consiste em fincar quatro eletrodos de teste alinhados no terreno e separados por</p><p>uma distância normalmente três vezes o tamanho do eletrodo. Os dois eletrodos extremos são</p><p>ligados aos terminais de corrente do instrumento, e os eletrodos mais internos são ligados aos</p><p>terminais de potencial, conforme ilustrado na Figura 17.</p><p>Fonte: Mamede Filho (2013).</p><p> Figura 17: Medição da resistividade do solo.</p><p>Para se obter acurácia nas medições, é importante que os eletrodos estejam alinhados e</p><p>equidistantes. Para cada espaçamento dos eletrodos deve-se ajustar o medidor até que seja</p><p>indicado valor zero com o equipamento ligado. Se o indicador apresentar oscilações contínuas,</p><p>alguma interferência externa pode estar atrapalhando a medição.</p><p>Diversos fatores podem influenciar a medição de resistividade do solo como:</p><p>Imagem: Adobe Stock</p><p>A composição química predominante do terreno, em função da presença de sais dissolvidos e</p><p>ácidos que normalmente se agregam ao solo.</p><p>Imagem: Adobe Stock</p><p>A umidade também é um fator que altera a resistividade do solo, principalmente quando seu</p><p>valor fica abaixo dos 20%. O percentual normal de umidade do solo varia entre 10% em</p><p>períodos secos e 35% em períodos chuvosos.</p><p>Imagem: Adobe Stock</p><p>A temperatura pode afetar a resistividade quando abaixo de 0°C. Acima desse valor, a</p><p>resistência de aterramento se reduz.</p><p>O cálculo da malha de terra requer o conhecimento de importantes parâmetros:</p><p>1. Resistividade aparente do solo;</p><p>2. Resistividade da camada superior do solo;</p><p>3. Resistividade do material da instalação em contato com a terra;</p><p>4. Máxima corrente de curto-circuito fase-terra;</p><p>5. Tempo de duração da corrente de curto-circuito fase-terra.</p><p>A RESISTÊNCIA DA MALHA DE TERRA,</p><p>CORRESPONDENTE AOS CONDUTORES</p><p>HORIZONTAIS, É DADA POR:</p><p>Rm =</p><p>ρa</p><p>4R +</p><p>ρa</p><p>Lcm</p><p>Ω</p><p>Onde:</p><p>Rm = resistência da malha de terra;</p><p>ρa = resistividade aparente do solo;</p><p>R = raio da área destinada à malha, em m;</p><p>Lcm = comprimento do condutor de malha, em m.</p><p>A resistividade aparente do solo é a resistividade vista por um sistema particular de</p><p>aterramento. Desse modo, um solo homogêneo pode ter valores distintos de resistividade</p><p>vistos por malhas diferentes. Para ser considerado dentro de valores aceitáveis, a resistência</p><p>de malha de terra deve ser baixa.</p><p> EXEMPLO</p><p>A resistividade aparente do solo é a resistividade vista por um sistema particular de</p><p>aterramento. Desse modo, um solo homogêneo pode ter valores distintos de resistividade</p><p>vistos por malhas diferentes. Para ser considerado dentro de valores aceitáveis, a resistência</p><p>de malha de terra deve ser baixa.</p><p>[ ]</p><p>Rm ≤ 10 Ω ⇒ subestações de 15KV a 36KV</p><p>Rm ≤ 5 Ω ⇒ subestações de 69 KV acima</p><p>SISTEMAS DE ATERRAMENTO COM ELETRODOS</p><p>VERTICAIS</p><p>O aterramento com eletrodos verticais é muito aplicado em pequenas subestações de</p><p>distribuição utilizadas em edificações residenciais, comerciais e industriais.</p><p>PARA SE DETERMINAR O VALOR DA RESISTÊNCIA DE</p><p>ATERRAMENTO DE UM ELETRODO VERTICAL, TEM-</p><p>SE A SEGUINTE EQUAÇÃO:</p><p>Rel =</p><p>ρa</p><p>2 πLh</p><p>× ln</p><p>400 Lh</p><p>2,54 Dh</p><p>Ω</p><p>Onde:</p><p>Lh = comprimento cravado da haste, em m;</p><p>Dh = diâmetro equivalente da haste, em polegadas.</p><p>O melhor valor para uma resistência de aterramento não existe. Idealmente, o valor da</p><p>resistência de uma malha de terra deveria ser de zero ohm. No entanto, isso jamais será</p><p>possível, de modo que o valor mais adequado depende do tipo de instalação.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>O setor de comunicação frequentemente utiliza o valor máximo de 5 Ω. O objetivo principal é</p><p>conseguir obter o valor mais baixo possível, considerando os fatores econômicos e</p><p>características do solo.</p><p>( ) [ ]</p><p>MEDIDAS DE SEGURANÇA DURANTE</p><p>MEDIÇÃO DE ATERRAMENTO</p><p>O procedimento de medição de uma malha de terra pode parecer uma tarefa simples e sem</p><p>perigo. No entanto, em algumas situações, pode ser perigoso o aparecimento de potenciais</p><p>que exponham o operador do equipamento a acidentes.</p><p>De modo a evitar essas situações e acidades, algumas medidas podem ser tomadas:</p><p>Desconectar os condutores de aterramento e neutro de transformadores ligados à malha.</p><p>Evitar medições em dias de condições atmosféricas adversas, devido à possibilidade de</p><p>ocorrência de descargas atmosféricas.</p><p>Utilizar vestimenta adequada como calçados e luvas próprios ao trabalho;</p><p>Não tocar nos condutores dos eletrodos.</p><p>Evitar a circulação de animais e pessoas que não façam parte do trabalho.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. OS SISTEMAS DE ATERRAMENTO PODEM SER CLASSIFICADOS EM</p><p>RELAÇÃO À FORMA COMO A FONTE DE ALIMENTAÇÃO E AS MASSAS</p><p>ESTÃO CONECTADAS COM A TERRA. EM RELAÇÃO AO ESQUEMA TN-C</p><p>É INCORRETO AFIRMAR QUE</p><p>A) os condutores neutro e de proteção elétrica são comuns.</p><p>B) é recomendado em circuitos em que há possibilidade de rompimento de neutro.</p><p>C) não admite o uso de dispositivos DR.</p><p>D) a fonte de alimentação é diretamente aterrada.</p><p>E) a proteção deve ser feita por disjuntores convencionais.</p><p>2. O VALOR DA RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO PODE SER</p><p>INFLUENCIADO POR UMA SÉRIE DE FATORES. ASSINALE A</p><p>ALTERNATIVA QUE NÃO REPRESENTA UMA CARACTERÍSTICA CAPAZ</p><p>DE ALTERAR O VALOR DA RESISTÊNCIA DA MALHA DE TERRA.</p><p>A) Temperatura</p><p>B) Umidade</p><p>C) Pressão atmosférica</p><p>D) Presença de sais minerais no solo</p><p>E) Homogeneidade do solo</p><p>GABARITO</p><p>1. Os sistemas de aterramento podem ser classificados em relação à forma como a fonte</p><p>de alimentação e as massas estão conectadas com a terra. Em relação ao esquema TN-C</p><p>é incorreto afirmar que</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>No esquema TN-C, a fonte de alimentação está diretamente aterrada e o aterramento das</p><p>massas é feito juntamente com o condutor neutro. Nessa situação, caso ocorra o rompimento</p><p>do fio neutro, há um risco de surgimento de potenciais perigosos caso o usuário toque as</p><p>partes metálicas das massas protegidas, levando a uma descarga elétrica.</p><p>2. O valor da resistência de aterramento pode ser influenciado por uma série de fatores.</p><p>Assinale a alternativa que não representa uma característica capaz de alterar o valor da</p><p>resistência da malha de terra.</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>Entre as alternativas apresentadas, a pressão atmosférica não contribui para a variação do</p><p>valor da resistência de uma malha de terra. No entanto, temperatura, umidade, composição</p><p>química e homogeneidade do solo influenciam diretamente no valor da resistência de</p><p>aterramento.</p><p>MÓDULO 3</p><p> Descrever os riscos da eletricidade e segurança em instalações elétricas</p><p>Segurança em Instalações Elétricas</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Imagem: Adobe Stock</p><p>Sem dúvida, a energia elétrica foi uma das descobertas mais importantes da humanidade. Sem</p><p>ela, praticamente nenhuma atividade hoje em dia feita pela sociedade seria possível.</p><p>No entanto, o uso da eletricidade deve ser sempre acompanhado de cuidados em virtude dos</p><p>potenciais riscos associados que podem levar a acidentes fatais.</p><p>O PERIGO DO CONTATO COM A ELETRICIDADE</p><p>EXISTE PORQUE OS SENTIDOS HUMANOS NÃO</p><p>PODEM PERCEBER A PRESENÇA DE ELETRICIDADE,</p><p>VISTO QUE SE TRATA DO MOVIMENTO DE CARGAS</p><p>ELÉTRICAS EM UM MATERIAL CONDUTOR. A</p><p>INTENSIDADE DESSE MOVIMENTO É CHAMADA DE</p><p>CORRENTE ELÉTRICA, E É PRINCIPALMENTE A</p><p>CORRENTE QUE DEFINE O GRAU DE RISCO DE UM</p><p>CHOQUE ELÉTRICO.</p><p>EFEITOS DA ELETRICIDADE NO CORPO</p><p>HUMANO</p><p>Todas as atividades biológicas do ser humano são estimuladas ou controladas por impulsos de</p><p>corrente elétrica. Caso a intensidade desses impulsos seja alterada em razão de sobreposição</p><p>de outras fontes de carga elétrica, o organismo certamente sofrerá alterações, e as funções</p><p>vitais do corpo humano podem ser comprometidas, o que pode levar o indivíduo à morte,</p><p>dependendo do tempo de exposição a esses pulsos de corrente.</p><p>A corrente elétrica essencialmente pode produzir os efeitos descritos a seguir.</p><p>EFEITO JOULE</p><p>A circulação de corrente elétrica em um material condutor induz a produção de calor em função</p><p>das colisões de elétrons livres com os átomos dos condutores.</p><p>EFEITO ELETROMAGNÉTICO</p><p>Criação de um campo magnético em torno dos condutores em que circulam as correntes</p><p>elétricas.</p><p>EFEITO ELETROQUÍMICO</p><p>A corrente elétrica pode produzir reações químicas ao circular por soluções eletrolíticas. Um</p><p>exemplo é a aplicação de eletricidade em processos de galvanoplastia e cromação de metais.</p><p>EFEITO LUMINOSO</p><p>Ao circular por meios gasosos, a corrente elétrica produz luz, como é o caso das lâmpadas de</p><p>vapor de mercúrio, vapor de sódio e fluorescentes, citadas no Módulo 1.</p><p>EFEITO FISIOLÓGICO</p><p>Ação sobre o sistema nervoso muscular e cardíaco decorrente da passagem de corrente</p><p>elétrica em organismos vivos.</p><p>Do ponto de vista da segurança dos usuários de instalações elétricas, os efeitos fisiológicos</p><p>mais importantes que devem ser conhecidos são a tetanização, parada cardiorrespiratória,</p><p>queimaduras e a fibrilação ventricular.</p><p>TETANIZAÇÃO</p><p>A tetanização consiste no fenômeno de contração muscular decorrente da passagem de uma</p><p>corrente elétrica. Ao ser submetido a um fluxo de cargas elétricas, o músculo se contrai e, em</p><p>seguida, volta a sua condição de repouso.</p><p>Caso haja estímulos elétricos seguidos, os efeitos de contração muscular podem se somar, o</p><p>que é denominado contração tetânica.</p><p>As frequências tradicionais das redes elétricas (50Hz ou 60Hz) são suficientes para produzir</p><p>contração tetânica, a depender da intensidade da corrente elétrica a que o músculo está</p><p>submetido e a resistência elétrica do corpo humano, que naturalmente diminui com a</p><p>intensidade da tensão.</p><p>PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA</p><p>Para correntes elétricas muito altas, as contrações podem ser tão violentas que podem levar a</p><p>pessoa a se movimentar várias vezes e até mesmo ser lançada a certa distância, com o</p><p>objetivo de se livrar do choque elétrico.</p><p>O limite de corrente que uma pessoa pode suportar depende de diversos fatores, mas está</p><p>entre 10mA e 16mA para corrente alternada e entre 50mA e 75mA para corrente contínua.</p><p>Correntes inferiores a esses limites normalmente não provocam alterações graves nos tecidos</p><p>musculares, embora possam causar contrações musculares e levar a ferimentos por</p><p>movimentos bruscos.</p><p>Dentre os órgãos vitais do corpo humano está o coração, que é essencialmente um músculo, e</p><p>sofre diretamente com a passagem de corrente e pulsos elétricos. Caso o contato com as</p><p>partes energizadas favoreça a passagem da corrente pelo órgão, a pessoa pode entrar em</p><p>parada cardiorrespiratória.</p><p>Essas correntes produzem asfixia na pessoa, pois a contração leva à paralisia dos centros</p><p>nervosos que comandam os músculos ligados à respiração. Desse modo, no primeiro</p><p>atendimento a uma pessoa vítima de descarga elétrica, é importante que seja feita uma</p><p>manobra de respiração artificial (boca a boca) para evitar lesões irreversíveis a tecidos</p><p>cerebrais.</p><p>QUEIMADURAS</p><p>Conforme citado anteriormente, a passagem de corrente elétrica no corpo humano produz calor</p><p>por Efeito Joule, o que pode produzir queimaduras, dependendo de sua intensidade.</p><p>A pele possui elevada resistência elétrica e os tecidos internos, baixa resistência. Isso faz com</p><p>que a densidade de cargas elétricas seja maior nos tecidos mais externos, o que pode provocar</p><p>lesões importantes, principalmente em áreas de contato pequenas.</p><p>Em altas tensões, o calor decorrente dos efeitos térmicos da corrente pode levar à destruição</p><p>de tecidos superficiais e mais profundos, provocando o rompimento de artérias e consequente</p><p>hemorragia. Normalmente, as lesões produzidas por correntes elevadas são profundas e de</p><p>difícil tratamento.</p><p>FIBRILAÇÃO VENTRICULAR</p><p>A fibrilação ventricular é uma alteração dos impulsos elétricos que chegam ao coração, fazendo</p><p>com que os ventrículos tremam inutilmente. É, sem dúvida, o mais grave efeito da passagem</p><p>de corrente elétrica pelo corpo humano. O músculo cardíaco, denominado miocárdio, contrai-se</p><p>em uma frequência em torno de 60 a 90 vezes por minuto, o que corresponde aos batimentos</p><p>cardíacos normais de uma pessoa.</p><p>Se a atividade de pulsos elétricos advém de uma fonte que não seja o nódulo sinoatrial situado</p><p>na parte superior do átrio direito, as fibras do coração começam a receber sinais elétricos</p><p>excessivos e irregulares, passando a contrair-se de forma desordenada. Com uma fibrilação</p><p>ventricular, o coração já não pode mais exercer sua função natural de bombeamento</p><p>sanguíneo.</p><p>Esse fenômeno é um dos maiores causadores de acidentes com eletricidade em instalações de</p><p>todos os tipos, especialmente industriais, em que as intensidades de tensão e corrente</p><p>costumam ser maiores que em instalações residenciais.</p><p>Dependendo das circunstâncias, a fibrilação ventricular pode ser irreversível. No entanto, por</p><p>meio de uma carga elétrica violenta, realizada pelas equipes médicas utilizando o aparelho</p><p>desfibrilador, pode ser possível reverter o processo. Tal aparelho utiliza dois eletrodos</p><p>aplicados ao tórax, responsáveis por provocar a descarga elétrica, conforme ilustrado na Figura</p><p>18.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p> Figura 18: Utilização de um desfibrilador.</p><p>Apesar da possibilidade de reversão por práticas médicas, a fibrilação ventricular pode ser</p><p>considerada fatal, visto que dificilmente haverá pessoas especializadas e equipamento</p><p>biomédico disponíveis para prestar atendimento em tempo mínimo: três minutos sem atividade</p><p>cardíaca, normalmente, são suficientes para provocar danos cerebrais irreversíveis.</p><p>IMPEDÂNCIA DO CORPO HUMANO</p><p>O corpo humano é formado por uma diversidade muito grande de tecidos orgânicos cujas</p><p>resistividades são variáveis. Normalmente, os tecidos da pele, dos ossos e do tecido adiposo</p><p>são os que apresentam maior resistividade. Do ponto de vista elétrico, o corpo humano</p><p>pode ser representado por um conjunto de resistores e capacitores, conforme ilustrado na</p><p>Figura 19. A corrente elétrica se divide no “nó” de entrada e converge no “nó” de saída.</p><p>Imagem: Isabela Oliveira Guimarães</p><p> Figura 19: Impedância do corpo humano.</p><p>A resistência no corpo humano apresenta valores típicos em função do caminho percorrido pela</p><p>corrente elétrica. Por exemplo:</p><p>Entre mão e pé: 1.000 Ω a 1.500 Ω .</p><p></p><p>Entre mão e mão: 1.000 Ω a 1.500 Ω .</p><p></p><p>Entre mão e tórax: 450 Ω a 700 Ω .</p><p>Essa resistência, naturalmente, não é constante e varia de pessoa para pessoa. As principais</p><p>variáveis que influenciam no valor da resistência elétrica no corpo humano estão descritas a</p><p>seguir.</p><p></p><p>ESTADO DA PELE</p><p>A umidade diminui a resistência do corpo e o suor pode agravar a situação em caso de choque,</p><p>pois aumenta a concentração de sais minerais condutores. Regiões de pele endurecida</p><p>apresentam maior resistência elétrica.</p><p>LOCAL DE CONTATO</p><p>A resistência depende do trajeto da corrente, que, por sua vez, depende das partes do corpo</p><p>em que ocorre o contato com a parte energizada.</p><p></p><p></p><p>ÁREA DE CONTATO</p><p>Quanto maior a área em contato com a parte energizada, menor será a resistência do corpo.</p><p>PRESSÃO DE CONTATO</p><p>Quanto maior a pressão de contato,</p><p>menor a resistência elétrica do corpo. A pressão de contato</p><p>é maior quando são utilizadas ferramentas portáteis, que são seguradas firmemente pelo</p><p>usuário.</p><p></p><p></p><p>DURAÇÃO DO CONTATO</p><p>Ao prolongar o tempo de contato, a resistência diminui e maiores são os riscos de</p><p>queimaduras.</p><p>O CHOQUE ELÉTRICO</p><p>Imagem: Adobe Stock</p><p>O choque elétrico é um efeito fisiológico do corpo humano, resultante da passagem de</p><p>uma corrente elétrica, podendo provocar efeitos graves que podem ser fatais, conforme</p><p>descritos anteriormente. Em uma situação de descarga elétrica, o corpo humano se comporta</p><p>como um condutor.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Em choques elétricos é de fundamental importância conhecer as condições em que a pessoa</p><p>se encontra. O contato com partes energizadas não protegidas promove uma diferença de</p><p>potencial perigosa, que pode se originar em decorrência de diversas situações.</p><p>Geralmente, a ocorrência de um acidente com eletricidade é decorrente de uma sucessão de</p><p>erros na concepção de projeto ou de preparo do operador. Entre essas situações, podemos</p><p>citar como exemplo:</p><p>Instalações mal projetadas e mal dimensionadas;</p><p>Contatos acidentais devido a falhas de isolação;</p><p>Falta de aterramento ou aterramento inadequado;</p><p>Uso de equipamentos danificados;</p><p>Falta de utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados;</p><p>Rompimento de circuitos por caminhões ou equipamentos passantes;</p><p>Falta de sinalização e orientação, entre outros.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Apesar de ser tratado de modo geral, um choque elétrico pode ser do tipo estático ou dinâmico.</p><p>Choque elétrico estático</p><p>É causado por dispositivos armazenadores de energia, como um capacitor. Esses dispositivos</p><p>estão presentes em uma grande quantidade de equipamentos domésticos ou utilizados no</p><p>segmento comercial como refrigeradores, ventiladores, entre outros, que podem oferecer risco</p><p>ao usuário se forem manuseados incorretamente.</p><p></p><p>Choque elétrico dinâmico</p><p>É provocado quando o usuário toca um elemento da rede elétrica. Esse tipo de choque traz</p><p>grande risco à integridade, pois é intermitente, ou seja, constantemente alimentado de corrente</p><p>elétrica. Por esse motivo, é tão importante um bom projeto de dispositivos de proteção e</p><p>aterramentos elétricos.</p><p>AÇÕES DE PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES</p><p>ELÉTRICOS</p><p>Em virtude da importância da eletricidade na vida das pessoas e da grande quantidade de</p><p>equipamentos elétricos disponíveis para uso, são muitas as regulamentações que tratam da</p><p>segurança em instalações elétricas. Caso não sejam adotadas as medidas adequadas de</p><p>proteção previstas por norma, os riscos de ferimentos e até morte dos usuários podem ser</p><p>muito altos.</p><p>Os choques elétricos podem ocorrer por contatos diretos com partes energizadas, como</p><p>quadros de distribuição, barramentos de circuitos em geral, ou por contatos indiretos, por</p><p>exemplo, quando um operador toca em uma carcaça de equipamento acidentalmente</p><p>energizada por falha do sistema de aterramento e sistema de proteção.</p><p>É IMPORTANTE DESTACAR QUE O PERIGO NÃO ESTÁ</p><p>NECESSARIAMENTE NO ATO DE TOCAR UMA PARTE</p><p>ENERGIZADA DA INSTALAÇÃO, MAS DE CRIAR UMA</p><p>DIFERENÇA DE POTENCIAL AO TOCAR OS OBJETOS,</p><p>O QUE CRIARIA CAMINHO DE CONDUÇÃO DE</p><p>CORRENTE ELÉTRICA.</p><p>CONDUÇÃO DE CORRENTE ELÉTRICA</p><p>Essas situações foram descritas no Módulo 2, referentes à tensão de toque e tensão de</p><p>passo.</p><p>CONTATOS DIRETOS E INDIRETOS</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>Os contatos diretos geralmente ocorrem por negligência ou imprudência do usuário; já os</p><p>contatos indiretos são mais imprevisíveis, pois podem ser ocasionados por falhas da</p><p>instalação, e, por esse motivo, são os mais perigosos.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>A NBR 5410:2004 estabelece princípios fundamentais relativos à proteção básica e proteção</p><p>supletiva contra choques elétricos.</p><p>A proteção básica trata da proteção contra contatos diretos, garantida pela qualidade dos</p><p>componentes e por sua disposição física:</p><p>Imagem: Adobe Stock</p><p>Isolação das partes vivas;</p><p>Barreiras ou invólucros de proteção;</p><p>Obstáculos;</p><p>Instalação fora do alcance de pessoas;</p><p>Dispositivos diferenciais residuais de proteção;</p><p>Limitação de tensão.</p><p>A proteção supletiva contra contatos indiretos é prevista por meio de medidas que incluem a</p><p>equipotencialização e o seccionamento automático do circuito de alimentação, emprego de</p><p>isolação suplementar e separação elétrica.</p><p>AÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS EM</p><p>CASOS DE CHOQUE ELÉTRICO</p><p>Conforme descrito anteriormente, os acidentes com eletricidade oferecem perigo à vida da</p><p>vítima em decorrência dos efeitos da corrente elétrica no corpo humano, principalmente, os</p><p>efeitos nos músculos cardíacos e queimaduras.</p><p>No entanto, é preciso ter muita atenção e prudência no atendimento de uma vítima de choque</p><p>elétrico, pois a pessoa que está socorrendo também corre grandes riscos.</p><p>Entre os sintomas característicos que podem ser primeiramente observados em uma vítima de</p><p>descarga elétrica podemos citar os seguintes:</p><p>Imagem: Adobe Stock</p><p>Mal-estar geral;</p><p>Náusea;</p><p>Câimbras musculares;</p><p>Ardência ou falta de sensibilidade na pele;</p><p>Falta de ar (dispneia);</p><p>Arritmias (ritmo irregular dos batimentos cardíacos).</p><p>Antes de socorrer a vítima, é de extrema importância que a fonte do choque elétrico seja</p><p>desligada. Caso o choque ocorra em uma região protegida por circuitos internos, desligue</p><p>imediatamente todos os disjuntores e interruptores da instalação antes de tocar a pessoa.</p><p>SE O ACIDENTE FOR EM UMA REGIÃO FORA DO</p><p>DOMÍNIO DE UMA INSTALAÇÃO DE BAIXA TENSÃO,</p><p>POR EXEMPLO, RELACIONADO ÀS REDES DE</p><p>DISTRIBUIÇÃO, ENTRE EM CONTATO IMEDIATAMENTE</p><p>COM O CORPO DE BOMBEIROS E A EMPRESA</p><p>RESPONSÁVEL PELO FORNECIMENTO DE ENERGIA</p><p>PARA PROVIDENCIAR O SECCIONAMENTO DA REDE.</p><p>Caso não seja possível, tente retirar a vítima da fonte de energia utilizando luvas de borracha</p><p>grossa ou materiais isolantes secos (cabos de vassoura, tapetes de borracha, cordas etc.),</p><p>afastando a vítima do fio exposto ou aparelho elétrico, conforme ilustrado na Figura 20. É</p><p>importante jamais tocar a pessoa ainda em contato com as partes energizadas.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Figura 20: Procedimento para afastar a vítima do choque elétrico.</p><p>Em caso de parada cardiorrespiratória, iniciar imediatamente as manobras de ressuscitação,</p><p>insistindo até a chegada de uma equipe médica especializada. Após obtido êxito e a pessoa</p><p>voltar a respirar, verifique a existência de possíveis queimaduras, fraturas ou lesões</p><p>decorrentes da queda durante o acidente.</p><p> ATENÇÃO</p><p>De acordo com as emergências médicas, devem ser atendidas primeiro hemorragias externas</p><p>e edemas de pulmão, manobra de ressuscitação, fraturas e queimaduras, nessa ordem.</p><p>A ressuscitação cardiorrespiratória (RCR) deve ser iniciada o mais rápido possível, pois os</p><p>centros vitais do sistema nervoso ainda continuam em atividade após a parada. A Figura 21</p><p>ilustra um procedimento básico em uma RCR para atendimento de uma vítima em parada</p><p>cardiorrespiratória.</p><p> Figura 21: Manobra de atendimento a uma vítima de para cardiorrespiratória.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>A RCR não é capaz de evitar lesões cerebrais por períodos prolongados. Com o passar do</p><p>tempo de manobra, o ritmo de circulação sanguínea no cérebro vai diminuindo até se tornar</p><p>ineficaz. Desse modo, é muito importante buscar atendimento dos serviços de emergência com</p><p>suporte avançado, para aplicação de desfibrilação para reversão da parada.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. O CHOQUE ELÉTRICO É UM DOS PRINCIPAIS CAUSADORES DE</p><p>ACIDENTES FATAIS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS, PRINCIPALMENTE</p><p>EM SITUAÇÕES DE OPERAÇÃO INADVERTIDA DOS EQUIPAMENTOS OU</p><p>MÁS CONDIÇÕES DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO. ENTRE OS EFEITOS</p><p>OCASIONADOS PELA PASSAGEM DE CORRENTE ELÉTRICA NO CORPO</p><p>HUMANO, PODE-SE CITAR, EXCETO:</p><p>A) Parada cardiorrespiratória</p><p>B) Queimaduras</p><p>C) Arritmia cardíaca</p><p>D) Fraturas</p><p>E) Dispneia</p><p>2. OS PRIMEIROS ATENDIMENTOS A UMA VÍTIMA DE CHOQUE ELÉTRICO</p><p>PODEM SER DETERMINANTES PARA PRESERVAÇÃO DE SUA VIDA. EM</p><p>CASO DE RECONHECIMENTO DE SITUAÇÃO DE PARADA</p><p>CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR) EM UMA VÍTIMA</p><p>DE CHOQUE ELÉTRICO,</p><p>A PRIMEIRA AÇÃO A SE TOMAR DEVE SER:</p><p>A) Iniciar as manobras de ressuscitação.</p><p>B) Verificar presença de hemorragias externas ou edemas pulmonares.</p><p>C) Afastar a vítima da fonte de choque elétrico.</p><p>D) Verificar presença de queimaduras.</p><p>E) Verificar fraturas ao longo do corpo da vítima.</p><p>GABARITO</p><p>1. O choque elétrico é um dos principais causadores de acidentes fatais em instalações</p><p>elétricas, principalmente em situações de operação inadvertida dos equipamentos ou</p><p>más condições dos sistemas de proteção. Entre os efeitos ocasionados pela passagem</p><p>de corrente elétrica no corpo humano, pode-se citar, exceto:</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>O choque elétrico provoca alterações nos tecidos orgânicos devido à passagem de corrente</p><p>elétrica que altera o comportamento das células no corpo humano. O tecido ósseo é um dos</p><p>que apresentam maior resistividade elétrica; portanto, um choque elétrico não é capaz de</p><p>provocar fraturas. No entanto, é preciso ressaltar que uma eventual queda devido ao choque</p><p>elétrico pode ocasionar fraturas.</p><p>2. Os primeiros atendimentos a uma vítima de choque elétrico podem ser determinantes</p><p>para preservação de sua vida. Em caso de reconhecimento de situação de parada</p><p>cardiorrespiratória (PCR) em uma vítima de choque elétrico, a primeira ação a se tomar</p><p>deve ser:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>Apesar da urgência em iniciar os procedimentos de respiração artificial em uma vítima de</p><p>choque elétrico, a primeira ação que se deve tomar é afastar a pessoa da fonte geradora de</p><p>descarga elétrica. Desse modo, cessa-se a origem dos danos na vítima e é afastado o risco</p><p>potencial de choque para quem está prestando os primeiros socorros.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Neste conteúdo, abordamos os principais conceitos sobre projetos de iluminação industrial e</p><p>proteção das instalações, tratando principalmente dos equipamentos de iluminação, sistemas</p><p>de aterramento e requisitos de segurança para evitar acidentes com eletricidade.</p><p>No Módulo 1, vimos as grandezas fotométricas e como elas são importantes na definição das</p><p>lâmpadas e luminárias mais adequadas para cada ambiente, em função das características do</p><p>local e da atividade a ser executada naquele ambiente.</p><p>No Módulo 2, foram apresentados os tipos de aterramento previstos pela NBR 5410:2004 –</p><p>Instalações Elétricas de Baixa Tensão, necessários para prover a proteção adequada dos</p><p>equipamentos e usuários das instalações.</p><p>Ainda pensando na segurança do operador, no Módulo 3, tratamos dos efeitos que a corrente</p><p>elétrica produz no corpo humano, destacando os perigos potenciais de choques elétricos e</p><p>quais ações tomar para evitar acidentes.</p><p>AVALIAÇÃO DO TEMA:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Brasileira NBR 5410 –</p><p>Instalações Elétricas de Baixa Tensão. 2. ed. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Manual de primeiros socorros. Rio</p><p>de Janeiro: NUBio, 2003.</p><p>CAVALIN, G.; CERVELIN, S. Instalações elétricas prediais: teoria e prática. Curitiba: Base,</p><p>2010.</p><p>COTRIM, A. A. M. B. Instalações elétricas. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 2003.</p><p>CREDER, H. Instalações elétricas. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004.</p><p>KAWASAKI, J. Métodos de cálculo luminotécnico. O Setor Elétrico, n. 74, maio 2012.</p><p>MAMEDE FILHO, J. Instalações elétricas industriais. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013.</p><p>NISKIER, J.; MACINTYRE, A. J. Instalações elétricas. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013.</p><p>EXPLORE+</p><p>ABNT, Norma Brasileira NBR 5413 – Iluminância de Interiores, 1992.</p><p>ABNT, Norma Brasileira ISSO 8995-1 – Iluminação de Ambientes de trabalho – Parte</p><p>1: Interior, 1ª edição, 2013.</p><p>CONTEUDISTA</p><p>Isabela Oliveira Guimarães</p><p> CURRÍCULO LATTES</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p>

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