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<p>Prezado Estudante,</p><p>Leia, atentamente, os casos apresentados a seguir:</p><p>Caso 1:</p><p>Uma empresa contrata um motoboy para retirar e protocolar documentos de</p><p>seus clientes. Ele comparece ao escritório de segunda a sexta-feira, onde</p><p>recebe do gerente administrativo-financeiro instruções sobre as atividades que</p><p>deve realizar. Suas entradas e saídas, inclusive para o almoço, são marcadas</p><p>em folha de ponto. Todo mês, ele recebe também um contracheque, indicando</p><p>a quantia que foi depositada em sua conta-salário.</p><p>Caso 2 :</p><p>Uma organização contrata os serviços de uma empresa de motoboys para</p><p>retirar e protocolar documentos de seus clientes. Sempre que precisa desses</p><p>serviços, o gerente administrativo-financeiro entra em contato com a empresa,</p><p>que envia um motoboy de sua equipe que esteja disponível naquele momento.</p><p>O motoboy recebe o documento a ser entregue, ou o pedido de retirada de</p><p>documento, realiza a tarefa, reporta-se ao gerente administrativo-financeiro da</p><p>organização e depois retorna à empresa de motoboys para a qual trabalha.</p><p>Podemos afirmar que existe relação de emprego em ambos os casos</p><p>apresentados? Justifique seu posicionamento apontando os pressupostos</p><p>utilizados para embasar sua opinião, bem como apresentando outros</p><p>exemplos.</p><p>De fato, no primeiro caso, há uma relação de emprego, pois todos os</p><p>elementos que configuram o vínculo empregatício estão presentes:</p><p>pessoalidade, subordinação, onerosidade e não eventualidade. A</p><p>pessoalidade é observada pelo fato de que o motoboy é contratado para</p><p>realizar as tarefas definidas pela empresa e não tem a possibilidade de mandar</p><p>alguém em seu lugar. A subordinação torna-se evidente quando o gerente</p><p>administrativo-financeiro fornece instruções e orientações ao motoboy sobre as</p><p>funções a serem executadas, além de supervisionar sua jornada de trabalho</p><p>através do controle de ponto. A onerosidade se manifesta pelo fato de que o</p><p>motoboy recebe um salário mensal da empresa. Por último, a não</p><p>eventualidade está presente, pois o motoboy oferece serviços à empresa de</p><p>forma regular e contínua, de segunda a sexta-feira. Um exemplo de uma</p><p>atividade que não configura uma relação de emprego é a situação de um</p><p>motorista que aluga seu carro para atuar como motorista de aplicativo.</p><p>Neste cenário, o motorista não é um trabalhador assalariado da empresa de</p><p>aplicativo, mas sim um profissional autônomo, já que não existe subordinação</p><p>direta, pessoalidade, controle de horários ou exclusividade, possibilitando que</p><p>ele atue simultaneamente em várias empresas. No segundo caso, não se</p><p>configura uma relação empregatícia, pois o motoboy é vinculado a uma</p><p>empresa de motoboys e não à organização que contrata os serviços. A relação</p><p>estabelecida é de prestação de serviços, não de emprego, de modo que o</p><p>motoboy está subordinado à empresa de motoboys e não recebe salário</p><p>diretamente da organização. Um exemplo de atividade que também não</p><p>caracteriza uma relação de emprego é o trabalho de um consultor, que oferece</p><p>serviços a diversas empresas ao mesmo tempo, sem manter vínculo</p><p>empregatício com nenhuma delas. Nesse caso, o consultor não se encontra</p><p>subordinado a nenhuma empresa, não possui horários fixos e não recebe um</p><p>salário mensal, sendo remunerado apenas pelos serviços específicos que</p><p>presta a cada contratante.</p>