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<p>1</p><p>4º MÓDULO – O CUIDADOR COMO MEDIADOR DA CULTURA E DAS</p><p>ARTES</p><p>Outro ponto central do papel do educador é o de mediador da cultura. Para se</p><p>projetar no futuro, além de se apropriar de tudo que já foi vivido, o adolescente</p><p>necessita conhecer e gostar das possibilidades que o mundo pode oferecer no</p><p>presente e na vida adulta. Nesse sentido, o papel do educador é também de</p><p>referência, de “ponte” com a cultura: seus valores, costumes, criações. Difundir o que</p><p>o mundo oferece, a partir da construção de um olhar crítico para a realidade, ajudando</p><p>o adolescente a se posicionar frente às questões que a vida lhe coloca.</p><p>Nesse sentido, a mediação com os bens culturais – literatura, música, cinema,</p><p>teatro, as artes em geral, assim como a mídia, jornais, televisão, blogs, etc. – são</p><p>estratégias e finalidades que contribuem para o trabalho com vistas ao</p><p>desenvolvimento integral.</p><p>Foto: reprodução</p><p>Embora possa ser utilizado como um dispositivo pedagógico, é importante</p><p>frisar que a fruição de um bem cultural já é uma finalidade “em si”. Sem dúvida, o</p><p>prazer que o educador sente em conhecer, pensar e interagir no mundo contribui</p><p>muito para que as crianças e os adolescentes sejam curiosos, desejem crescer e atuar</p><p>de modo autônomo em busca de seus planos e sonhos.</p><p>2</p><p>Outro aspecto da cultura que os adultos em geral e, particularmente, os</p><p>educadores necessitam conhecer e valorizar é a cultura juvenil, a qual tem um forte</p><p>apelo para os adolescentes. A expressão "juvenil" não tem visibilidade em face de</p><p>outras expressões culturais, em razão, inclusive, de uma resistência do mundo adulto</p><p>em valorizá-la. A cultura juvenil utiliza-se das mesmas formas de expressão: vestuário,</p><p>linguagem, literatura, música, dança e outras manifestações peculiares, como o grafite,</p><p>performances, movimentos ecológicos e preservacionistas.</p><p>Foto: reprodução</p><p>O acesso e fruição dos bens culturais amplia as alternativas de compreensão</p><p>dos acontecimentos e redimensiona esses acontecimentos pessoais em uma</p><p>perspectiva coletiva, assim como fornece satisfações substitutivas para situações</p><p>dolorosas que permanecem como de difícil superação. Esse é um ganho para a criança</p><p>e o adolescente e, para o educador, fornece, também, pontos de ancoragem</p><p>(categorias de pensamento) que facilitam a sua compreensão sobre a diversidade da</p><p>conduta humana e do funcionamento social, o que repercute em seu trabalho no</p><p>cotidiano.</p><p>CAMINHOS PARA O DIÁLOGO</p><p>A metodologia de formação utilizada pelo Programa Perspectivas baseia-se nos</p><p>princípios da participação coletiva e do empoderamento. Por ser um processo</p><p>3</p><p>participativo, para que seja efetivo é necessário disposição, abertura e flexibilidade</p><p>para lidar com mudanças, diferentes opiniões, percepções, convicções e</p><p>conhecimentos provisórios. Nesse sentido, a formação é compreendida como um</p><p>espaço de encontro, troca e diálogo, onde os trabalhadores encontram a possibilidade</p><p>de conhecer, esclarecer e se posicionar diante da dinâmica, dos objetivos institucionais</p><p>e dos casos específicos de crianças e adolescentes.</p><p>A formação, segundo o Perspectivas, é a possibilidade de criar um</p><p>distanciamento do cotidiano e das próprias emoções, visando um olhar reflexivo sobre</p><p>o trabalho. Ela transita pelo eixo ação-reflexão-ação, em que o processo de formação</p><p>parte da prática dos profissionais para realizar uma interlocução com as reflexões e os</p><p>conhecimentos teóricos e assim voltar para a prática, redesenhando conceitos,</p><p>posturas e procedimentos.</p><p>Além de dar subsídios para qualificar a prática dos trabalhadores, a proposta de</p><p>formação implica, necessariamente, afiná-los a uma política ampla e comum capaz de</p><p>orquestrar as ações dos serviços de que fazem parte no conjunto de outros serviços do</p><p>qual seu trabalho junto às crianças, aos adolescentes e a suas famílias depende. Nesse</p><p>sentido, a melhoria do trabalho dos serviços de acolhimento depende, entre outros</p><p>fatores, de sua adesão aos parâmetros previstos na atual legislação, o que para muitas</p><p>entidades implica abrir mão de crenças e de certos modos de atuar.</p><p>Isso não quer dizer que devemos seguir automaticamente esses parâmetros</p><p>sem refletir sobre sua pertinência, mas sim que o Brasil conta hoje com uma legislação</p><p>para a área da infância e adolescência capaz de problematizar, aprimorar e afinar o</p><p>modo como diversas práticas nesse campo até então se desenvolveram. Em outras</p><p>palavras, não haverá avanço se cada um continuar atuando sem se colocar em diálogo</p><p>com a política nacional para infância e adolescência, que busca a garantia do exercício</p><p>de seus direitos.</p><p>Fonte: Perspectivas: formação de profissionais em serviços de acolhimento / Bruna Elage...[et al.]. 1. ed.</p><p>São Paulo: Instituto Fazendo História, 2011.</p><p>COMO A CULTURA E A ARTE INFLUENCIAM NO DESENVOLVIMENTO DAS</p><p>CRIANÇAS</p><p>4</p><p>A cultura é um importante modelo comportamental, além de ser um agente</p><p>forte de identificação pessoal e social para um indivíduo. Por isso, é essencial a</p><p>presença dessa ferramenta no processo de formação e aprendizagem de uma criança</p><p>como um ser ativo na sociedade.</p><p>A cultura é o que diferencia os seres humanos dos outros animais, pois ela não</p><p>vem da natureza, mas da nossa capacidade de criar coisas diferentes.</p><p>A pesquisadora e pedagoga Vera Candau definiu a cultura como um fenômeno</p><p>plural, que não é estático e está em constante transformação. É um componente ativo</p><p>na vida do ser humano que se manifesta em atos cotidianos. Vera afirma ainda que</p><p>cada pessoa é criadora e propagadora de cultura.</p><p>Portanto, podemos dizer que a cultura e a educação estão sim interligadas e</p><p>que, juntas, funcionam como elementos socializadores, capazes de mudar a forma</p><p>como educadores e educandos pensam. Sendo assim, a cultura deve ser adotada como</p><p>aliada no processo de aprendizagem.</p><p>Já a arte é a forma como manifestamos essa cultura, através de uma expressão</p><p>estética. A arte pode ainda carregar uma esfera de emoções, despertando a</p><p>criatividade e ajudando as crianças a externar seus sentimentos.</p><p>Foto: reprodução</p><p>5</p><p>Para Raphaela Blotz, socioeducadora da Passos da Criança, não há como pensar</p><p>em um processo educativo independente da cultura e da arte. “A arte é uma</p><p>ferramenta mágica na educação, porque permite o desenvolvimento da criatividade,</p><p>concentração e sensibilidade de maneira livre e lúdica, além de estimular a</p><p>curiosidade, experimentação e as descobertas sobre si e sobre o outro”, afirma</p><p>Raphaela.</p><p>Arte, cultura e inclusão social</p><p>A arte e a cultura são poderosas aliadas no processo de inclusão porque</p><p>promovem a diversidade além de promoverem diversos formatos de interação social.</p><p>Raphaela concorda que através da arte, diferentes culturas podem se encontrar</p><p>nesse processo de inclusão. “A arte permite que qualquer pessoa se expresse e</p><p>encontre em diferentes lugares outras pessoas que irão se identificar com aquilo. Ela</p><p>conecta pessoas e ideias”.</p><p>No processo de educação, aprendizagem e desenvolvimento de uma criança, é</p><p>muito importante que a arte e educação estejam englobadas, pois são elementos que</p><p>despertam em uma pessoa a construção de uma identidade própria, aliada a crenças e</p><p>sentimentos comuns com a sociedade.</p><p>Fonte: Passos da Criança. Como a cultura e a arte influenciam no desenvolvimento das crianças.</p><p>Disponível em: <https://passosdacrianca.org.br/oficinas-culturais/como-a-cultura-e-a-arte-influenciam-</p><p>no-desenvolvimento-das-criancas/>. Acesso em 20 ago. 2023.</p><p>A cultura está em tudo. Nas festas populares, no filme que nos diverte, na</p><p>televisão e nas histórias que ouvimos ao longo da vida. E mais: a cultura permite</p><p>construir a sua identidade, entender a vida do seu povo e olhar com generosidade para</p><p>a dos outros. Assim, agrega tolerância, empatia e paz. Não é à toa que enriquecer a</p><p>cultura das crianças é tão fundamental. Mas como estimular essa ação no dia a dia?</p><p>1. Apresente arte</p><p>As galerias e os museus são espaços perfeitos para uma visita divertida com as</p><p>crianças. Ali, elas percebem que uma obra de arte é uma peça</p><p>a ser valorizada, por isso</p><p>ganha um território todo especial para ela. E que muitas vezes a arte não está</p><p>6</p><p>diretamente associada a um apuro técnico, mas a um incômodo, uma performance,</p><p>uma sensação, uma crítica etc.</p><p>Além disso, as obras podem contar histórias de diferentes civilizações, de</p><p>pensadores e artistas de lugares distintos daquele em que vocês vivem, enriquecendo</p><p>não só a cultura, mas também o aprendizado escolar. Outra competência trabalhada</p><p>nesse tipo de programa é a sensibilidade para apreciar um trabalho, e se permitir</p><p>envolver por ele, refletindo e articulando além do “gosto” ou “não gosto”. Por isso, no</p><p>passeio, estimule o diálogo, perguntando de que obra a criança gostou mais e o que a</p><p>tocou nesse trabalho.</p><p>Foto: reprodução</p><p>2. Desperte criatividade</p><p>Mostrar que a criança também pode ser um sujeito criador, colocando-a em</p><p>diálogo com outras obras de arte, é outra forma de enriquecer sua cultura. Com tintas,</p><p>lápis e recortes, ela pode exercitar a criatividade e dar vazão às suas emoções e aos</p><p>seus pensamentos. Depois, vocês podem conversar sobre o que ela fez, e você pode</p><p>trazer referência de artistas que tenham alguma afinidade com a criação dela. Isso irá</p><p>instigar a curiosidade para ela saber mais sobre eles e assim ampliar o repertório dela.</p><p>3. Mostre música</p><p>7</p><p>A música desenvolve o senso estético, as noções de ritmo e o reconhecimento</p><p>da escuta. Também nos fala sobre a cultura de outros povos, desperta a sensibilidade e</p><p>ensina a organizar o pensamento. Introduzir a criança ao aprendizado de um</p><p>instrumento musical pode ser muito rico nesse processo. Além disso, vale levá-la a</p><p>espetáculos musicais e apresentar ritmos diversos, como música clássica, samba e</p><p>MPB.</p><p>Foto: reprodução</p><p>4. Encante com o cinema</p><p>O cinema é uma arte que agrega sons e imagens, despertando os sentidos dos</p><p>pequenos e apresentando temas importantes. Por meio dos filmes, eles podem pensar</p><p>sobre suas experiências e vivenciar situações que dificilmente acessariam de outra</p><p>forma. Ensina sobre linguagem e estimula a criatividade. Para enriquecer esse</p><p>ensinamento, mostre filmes infantis de qualidade.</p><p>5. Viva a cidade</p><p>Você já parou para pensar nas histórias que a cidade conta? Com um passeio</p><p>no parque, você pode falar sobre a preservação da natureza, os cuidados com o lixo e a</p><p>história por trás do local. Conviver com pessoas diferentes nos espaços públicos</p><p>também ensina sobre a importância da inclusão, da tolerância e de compartilhar a</p><p>vida. Além disso, é uma forma de preparar a criança para ter mais autonomia,</p><p>ensinando a transitar sobre diferentes espaços além daqueles familiares e dentro da</p><p>zona de conforto dela.</p><p>8</p><p>6. Busque especialistas</p><p>Grandes pesquisadores da cultura deixaram trabalhos capazes de inspirar e</p><p>enriquecer a formação cultural das crianças. Luís da Câmara Cascudo é um bom</p><p>exemplo. Com seu trabalho documentando o folclore, contribuiu para a valorização</p><p>desse patrimônio nacional. Apresente essas histórias e destaque a importância desse</p><p>trabalho.</p><p>Foto: reprodução</p><p>7. Converse sobre diversidade</p><p>Como vivem os povos de países africanos? E das tribos indígenas brasileiras?</p><p>Tudo isso é cultura. Esse conhecimento amplia nossa visão de mundo e nosso</p><p>repertório cultural. Ensina, ainda, a desconstruir o olhar julgador que carregamos,</p><p>aprendendo a reconhecer e respeitar outras manifestações artísticas e formas de</p><p>viver. Livros e filmes sobre outras culturas podem ajudar muito a enriquecer essa</p><p>compreensão.</p><p>Fonte: Clube Quindim. 8 maneiras de enriquecer a cultura do seu filho. 2018. Disponível em:</p><p><https://quindim.com.br/blog/8-maneiras-enriquecer-cultura-filho/>. Acesso em 20 ago. 2020.</p>

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