Slide 5 - Desenvolvimento Motor da Criança

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<p>DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR</p><p>E A APRENDIZAGEM</p><p>ANA LUCIA GUIMARÃES</p><p>U N I D A D E 1</p><p>Nesta Unidade de Ensino, aprenderemos sobre o desenvolvimento motor.</p><p>Veremos o conceito de desenvolvimento motor e importantes teorias e modelos.</p><p>UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO</p><p>1 - Explicar o conceito e os fundamentos do desenvolvimento motor.</p><p>2 - Relacionar aspectos biológicos e sociais do desenvolvimento motor.</p><p>3 - Interpretar teorias e modelos do desenvolvimento motor e os reflexos infantis.</p><p>4 - Identificar habilidades motoras rudimentares.</p><p>UNIDADE 1 | OBJETIVOS</p><p>O desenvolvimento motor está diretamente ligado</p><p>ao desenvolvimento infantil.</p><p>Falar em desenvolvimento motor é compreender</p><p>que ele faz parte de um processo complexo, que</p><p>envolve as características físicas e estruturais de</p><p>cada indivíduo.</p><p>DESENVOLVIMENTO MOTOR</p><p>Figura 1 - Desenvolvimento motor</p><p>Fonte: Freepik.</p><p>Precisamos entender as mudanças</p><p>comportamentais e de maturação dos</p><p>aparelhos e sistemas do organismo.</p><p>DESENVOLVIMENTO MOTOR</p><p>Fonte: Freepik.</p><p>Figura 2- Desenvolvimento motor</p><p>Consiste em um processo caracterizado por modificações</p><p>comportamentais, de acordo com a idade, a postura e os</p><p>movimentos da criança.</p><p>Depende diretamente da relação que se constrói entre</p><p>maturação do sistema nervoso, aspectos biológicos e</p><p>comportamento da criança, além do contexto social em</p><p>que ela cresce e se desenvolve.</p><p>DESENVOLVIMENTO MOTOR - CONCEITUAÇÃO</p><p>Fonte: Freepik.</p><p>Figura 3- Desenvolvimento motor</p><p>O entendimento do conceito de desenvolvimento</p><p>motor deve levar em conta não somente a</p><p>estrutura do organismo, mas, sobretudo, a</p><p>interação entre ele e o ambiente em que se vive.</p><p>DESENVOLVIMENTO MOTOR- CONCEITUAÇÃO</p><p>Fonte: Freepik.</p><p>Figura 4 - Desenvolvimento motor</p><p>Gallahue e Ozmun (2003) conceituam</p><p>desenvolvimento motor a partir da</p><p>observação de alterações sequenciais</p><p>de comportamento ao longo da vida</p><p>até a morte.</p><p>Os autores pensam que é preciso</p><p>relacionar a interação entre a tarefa a</p><p>ser desenvolvida, a estrutura biológica</p><p>do indivíduo e como as condições do</p><p>ambiente se apresentam.</p><p>A AMPULHETA DE GALLAHUE</p><p>Figura 5 - Ampulheta de Gallahue</p><p>Tais conhecimentos são fundamentais para que você compreenda como o</p><p>desenvolvimento motor é importante para a vida e para a experiência de</p><p>aprendizagem dos indivíduos.</p><p>TEORIAS E MODELOS</p><p>Três importantes teorias:</p><p>1. Teoria Maturacional (1928-1946).</p><p>2. Teoria Desenvolvimentista (1946-1970).</p><p>3. Teoria dos Sistemas Dinâmicos (contemporânea)</p><p>TEORIAS E MODELOS</p><p>Destacamos que essa teoria se consolidou com autores como Mcgraw (1944),</p><p>Haywood e Getchell (2004).</p><p>Esses autores compreendem que o desenvolvimento se realiza de forma</p><p>natural a partir do processo de maturação biológico, fundamentalmente do</p><p>sistema nervoso central. Para eles, é na genética e na hereditariedade que</p><p>residem os primeiros focos do desenvolvimento motor.</p><p>TEORIA MATURACIONAL</p><p>Glassow (1960) diz que o nascimento dessa teoria destaca a importância</p><p>de descrever o movimento das crianças, no período escolar, e observar</p><p>as atividades que desenvolvem na escola e descrevê-las com o intuito</p><p>de compreender seu desenvolvimento motor.</p><p>TEORIA DESENVOLVIMENTISTA</p><p>Erick Ericson(1987), do campo da Psicologia, aponta os seguintes estágios:</p><p>1. A importância das atividades motoras, voltadas para ajustar as crises</p><p>que todo indivíduo atravessa.</p><p>2. Diante de uma crise ou conflito, ao resolver esse impasse, o indivíduo</p><p>pode ter positividade ou negatividade.</p><p>TEORIA DESENVOLVIMENTISTA</p><p>1. Período neonatal e primeira infância (do nascimento aos 5 anos).</p><p>Neste período, ocorre a aprendizagem para o caminhar, a ingestão de alimentos</p><p>sólidos, o controle e a eliminação dos resíduos corporais, a aprendizagem das</p><p>diferenças sexuais, a aquisição da linguagem, a aptidão para leitura, o</p><p>discernimento entre o certo e o errado, o desenvolvimento da consciência.</p><p>TAREFA DESENVOLVIMENTISTA: PERÍODOS</p><p>2. Média infância (de 6 a 12 anos).</p><p>Neste período, aprende-se a se relacionar com os colegas da mesma idade do</p><p>ponto de vista moral e alcança-se a independência pessoal. Há a construção</p><p>de uma identidade saudável para si e para a sociedade em geral.</p><p>TAREFA DESENVOLVIMENTISTA: PERÍODOS</p><p>3. Adolescência (de 13 a 18 anos).</p><p>Neste período, o indivíduo aprende que pode definir relações maduras com ambos</p><p>os sexos. Pode aceitar seu próprio corpo, construir valores e um sistema ético para</p><p>orientar o comportamento. Há também a preparação para o casamento, uma</p><p>verdadeira independência emocional do mundo adulto.</p><p>TAREFA DESENVOLVIMENTISTA: PERÍODOS</p><p>4. Início da idade adulta (de 19 a 29 anos).</p><p>Nesta fase, o indivíduo já escolhe o parceiro, vive</p><p>com ele, pode iniciar uma família, educar os filhos,</p><p>administrar a casa, envolver-se em atividades de</p><p>responsabilidade cívica.</p><p>TAREFA DESENVOLVIMENTISTA: PERÍODOS</p><p>5. Média idade adulta (de 30 a 60 anos).</p><p>Esta etapa tem relação com a plena responsabilidade</p><p>adulta e suas atividades civis ou sociais.</p><p>TAREFA DESENVOLVIMENTISTA: PERÍODOS</p><p>6. Maturidade posterior (acima de 60 anos).</p><p>É quando o indivíduo ajusta-se à aposentadoria</p><p>e à redução de renda, à perda do parceiro,</p><p>construindo relações com seu grupo etário,</p><p>tendo qualidade de vida satisfatória à sua idade.</p><p>TAREFA DESENVOLVIMENTISTA: PERÍODOS</p><p>De acordo com Gonçalves (1995), a Teoria dos Sistemas Dinâmicos considera a</p><p>mudança e a auto-organização para o desenvolvimento do sistema. É um</p><p>processo contínuo.</p><p>O desenvolvimento motor ocorre por conta do processo de maturação sistêmico.</p><p>TEORIA DOS SISTEMAS DINÂMICOS</p><p>FAIXAS ETÁRIAS DO DESENVOLVIMENTO MOTOR</p><p>Figura 13 –Faixas etárias do desenvolvimento motor</p><p>Fonte: Elaborada pela autora (2019).</p><p>Os reflexos infantis originam-se no sistema nervoso central (SNC) e encontram-se</p><p>nos bebês, nas crianças pequenas, não aparecendo em adultos que possuem</p><p>sistema nervoso preservado.</p><p>REFLEXOS INFANTIS</p><p>Ocorre quando observamos a queda súbita da cabeça, amparada pela mão de quem</p><p>a acompanha.</p><p>Trata-se de extensão e abdução dos membros superiores, seguida de choro do bebê.</p><p>REFLEXO DE MORO</p><p>Estímulo dos lábios e apresentando sucção vigorosa.</p><p>SUCÇÃO REFLEXA</p><p>Estimular a face do bebê em relação à boca, onde ele faz o movimento de rotação da cabeça,</p><p>como se estivesse procurando um objeto.</p><p>REFLEXO DE BUSCA</p><p>Ocorre com a rotação da cabeça no momento em que</p><p>mão de quem o acompanha ou faz o exame estabiliza o tronco do recém-nascido.</p><p>REFLEXO TÔNICO-CERVICAL ASSIMÉTRICO</p><p>Ocorre quando é feita a pressão da base dos</p><p>artelhos. Verifica-se flexão dos dedos.</p><p>PREENSÃO PLANTAR</p><p>Ocorre por meio do apoio do pé do bebê sobre a superfície sólida.</p><p>APOIO PLANTAR</p><p>Ocorre se estimulamos a inclinação do tronco do bebê, após obtenção do apoio plantar.</p><p>MARCHA REFLEXA</p><p>Também conhecido como reflexo de encurvamento do tronco. Ocorre por</p><p>ocasião de um estímulo tátil na região dorso lateral. Verifica-se, assim, o</p><p>encurvamento do tronco ipsilateral ao estímulo.</p><p>REFLEXO DE GALANT</p><p>Ocorre por oportunidade de um estímulo tátil do dorso do pé, estando o</p><p>bebê suspenso pelas axilas.</p><p>REFLEXO DE ESCADA</p><p>As habilidades motoras rudimentares são aquelas,</p><p>iniciadas com o nascimento e que vão se</p><p>desenvolvendo até os dois anos de idade da criança.</p><p>HABILIDADES MOTORAS RUDIMENTARES</p><p>Haywood e Getchell (2004) mostram que todos os</p><p>indivíduos precisam desenvolver a aprendizagem</p><p>sobre o refino de seus movimentos, a partir de</p><p>experiências e mudanças nos parâmetros físicos.</p><p>EXPERIÊNCIAS MOTORAS PRECOCES</p><p>Gallahue e Ozmun (2003) chamam a atenção para</p><p>o fato de que a sequência de aquisição de</p><p>habilidades motoras é contínua ao longo da</p><p>infância, uma vez que o ritmo de consolidação</p><p>ocorre de forma diferenciada para cada criança.</p><p>Assim, em seus estudos, vemos que o processo</p><p>de origem do desenvolvimento motor se liga não</p><p>somente à maturação neurológica, mas,</p><p>sobretudo, a todo um sistema auto-organizado</p><p>que inclui e articula tarefa, ambiente e indivíduo.</p><p>MOVIMENTOS RUDIMENTARES</p><p>• Estabilidade: ligada à sobrevivência.</p><p>• Locomoção: ligada ao desenvolvimento</p><p>de habilidades básicas para</p><p>combater a força da gravidade. Está vinculada à estabilidade.</p><p>• Manipulação: ligada aos atos de pegar e alcançar.</p><p>O BEBÊ E O DOMÍNIO DAS TRÊS CATEGORIAS</p><p>1) Sem contato: desenvolve-se por volta da 16ª semana.</p><p>2) Somente contato: desenvolve-se por volta da 20ª semana.</p><p>3) Apertar primitivo: desenvolve-se por volta da 20ª semana.</p><p>4) Pegada de pressão: desenvolve-se por volta da 24ª semana.</p><p>5) Pegada da mão: desenvolve-se por volta da 28ª semana.</p><p>6) Pegada palmar: desenvolve-se em torno da 28ª semana.</p><p>7) Pegada palmar superior: acontece cerca da 32ª semana.</p><p>8) Pegada inferior (dedo indicador): desenvolve-se em média na 36ª semana.</p><p>9) Pegada de indicador: desenvolve-se na 52ª semana.</p><p>10) Pegada superior (dedo indicador): desenvolve-se na 52ª semana.</p><p>TIPOS DE PEGADA E O TEMPO CRONOLÓGICO CORRETO</p><p>Por três grandes fases:</p><p>1) Pré-alcançar (do nascimento a 4 meses de vida): o bebê se estende para</p><p>alcançar um objeto.</p><p>2) Alcançar visualmente orientado (de 4 a 8 meses de vida): o bebê estende os</p><p>braços para alcançar um objeto que visualiza; ele enxerga a própria mão ao</p><p>realizar este movimento.</p><p>3) Alcançar visualmente evocado (a partir de 9 meses de vida): movimento de</p><p>braços em direção ao objeto que sofreu estímulo pela visão.</p><p>O ATO DE ALCANÇAR</p><p>1) Alcançar - dividido em três etapas: alcance globular (1º ao 3º mês), isto é, o bebê não realiza</p><p>movimentos direcionados para alcançar objetos, mas os observa; alcance de procura definido</p><p>(próximo do quarto mês), ou seja, o bebê inicia a realização de ajustes manuais e visuais refinados,</p><p>essenciais para o contato com o objeto; alcance controlado (a partir do 6º mês), em que bebê já</p><p>pode alcançar e desenvolver contato tátil com objetos no ambiente.</p><p>2) Pegar - tipos de pegadas: pegadura reflexiva (ao nascer); pegadura voluntária, (a partir do 3º</p><p>mês); pegadura palmar com duas mãos (cerca do 3º mês); pegadura palmar com uma mão ( em</p><p>torno do 5º mês); pegadura de pinça (em torno do 9º mês); pegadura controlada (em torno do 14º</p><p>mês); e ato de comer sem ajuda (cerca do 18º mês).</p><p>3) Soltar - dois movimentos fundamentais: soltura básica (entre o 12º e 14º mês) e soltura</p><p>controlada (em torno do 18º mês).</p><p>MOVIMENTOS BÁSICOS DE MANIPULAÇÃO</p><p>A importância de fornecer estímulos ao bebê</p><p>para que o desenvolvimento de suas habilidades</p><p>motoras rudimentares seja pleno.</p><p>O ATO DE ALCANÇAR</p><p>HABILIDADES MOTORAS BÁSICAS</p><p>Habilidades</p><p>manipulativas</p><p>Habilidades</p><p>locomotoras</p><p>Habilidades de</p><p>estabilização</p><p>Arremessar Andar Flexionar</p><p>Quicar Correr Equilibra-se</p><p>Chutar Saltar Estender</p><p>Lançar Saltitar Girar</p><p>Rebater Escorregar Posições invertidas</p><p>Cabecear Escalar</p><p>Agarrar Rolar-se</p><p>Rolar a bola Desviar</p><p>HABILIDADES MOTORAS BÁSICAS</p><p>OBRIGADA!</p>