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<p>5º Grupo</p><p>Embryobionta (Archacgoniata) – Bryophta (Hepática, Antocerota e Musgos)</p><p>Características morfológicas, ecológica, modo de vida, ciclo de vida, reprodução, ordens,</p><p>classe, género e sistemática.</p><p>(Licenciatura em ensino de Biologia com habilitações em gestão de Laboratório)</p><p>UniRovuma</p><p>Extensão de Cabo Delgado</p><p>Setembro de 2022</p><p>Kelvin Maurício Augusto</p><p>Lino Teófilo</p><p>Manuela Daniel Correia Mendes</p><p>Mariamo Joaquim Pedro</p><p>Naira Guilherme dos Santos Alberto Macheco</p><p>Zainabo Alexandre Acussabi Perrula</p><p>Zita Manuel do Rosário Nharequene</p><p>Embryobionta (Archacgoniata) – Bryophta (Hepática, Antocerota e Musgos)</p><p>Características morfológicas, ecológica, modo de vida, ciclo de vida, reprodução, ordens,</p><p>classe, género e sistemática.</p><p>Trabalho de carácter avaliativo da cadeira de</p><p>Botânica Sistemática, I</p><p>o</p><p>Ano do curso de</p><p>Licenciatura em ensino de Biologia com</p><p>habilitações em Gestão de Laboratórios,</p><p>Leccionada pela;</p><p>dra. Esperança de Fátima Omar</p><p>UniRovuma</p><p>Extensão de Cabo Delgado</p><p>Setembro de 2022</p><p>Índice</p><p>................................................................................................................................... 3 Introdução</p><p>............................................................................................................. 4 1.1.Bryophyta (Briófita)</p><p>................................................................................................. 4 1.1.1.Característica morfológica</p><p>..................................................................................................... 4 1.1.2.Característica ecológica</p><p>.............................................................................................................................. 4 1.2.Hepáticas</p><p>................................................................................................. 5 1.2.1.Característica morfológica</p><p>..................................................................................................... 5 1.2.2.Característica ecológica</p><p>................................................................................. 6 1.2.3.Classe Marchantiopsida (Hepáticas)</p><p>........................................................................................................ 6 1.2.4.Ordem Marchantiales</p><p>................................................................................................. 6 1.2.5.Ciclo de vida de hepáticas</p><p>........................................................................................................................ 7 1.2.6.Reprodução</p><p>.................................................................................................... 7 1.2.7.Ordem Jungermanniales</p><p>............................................................................................................................... 8 1.3.Antocero</p><p>................................................................................................... 8 1.3.1.Classe Anthocerotopsida</p><p>....................................................................................................... 9 1.3.2.Ordem Anthocerotales</p><p>........................................................................................................................ 9 1.3.3.Reprodução</p><p>............................................................................................................................... 10 1.4.Musgos</p><p>........................................................................................... 11 1.4.1.Características morfológicas</p><p>............................................................................ 11 1.4.2.Características Ecológica dos Musgos</p><p>.................................................................................................. 11 1.4.3.Reprodução dos Musgos</p><p>................................................................................................. 11 1.4.4.Ciclo de vida de Musgos</p><p>........................................................................................................... 12 1.4.5.Classes de Musgos</p><p>................................................................................................................................. 13 Conclusão</p><p>............................................................................................................................. 14 Bibliografias</p><p>3</p><p>Introdução</p><p>O presente trabalho enquadra-se nos conhecimentos relativos a Botânica Sistemática, e as</p><p>abordagens deste centram-se na Embryobionta ou seja a Bryophyta (Briófitas), que são</p><p>plantas pequenas e muito folhosas e desenvolvem-se m locais úmidos como nas florestas ou</p><p>nas margens de águas, seja de um rio, lagos, etc. Portanto, para a materialização deste</p><p>trabalho fundamentou-se nos seguintes objectivos:</p><p>Objectivo Geral</p><p> Compreender a Embryobionta/briófitas.</p><p>Objectivos Específicos</p><p> Contextualizar as briófitas;</p><p> Caracterizar morfologicamente e ecologicamente as briófitas;</p><p> Descrever o modo de vida, ciclo de vida, reprodução das briófitas;</p><p> Identificar as ordens, classes, género e a sistemática Embryobionta.</p><p>De modo a dar credibilidade deste trabalho, importa-nos dizer que a sua composição serviu o</p><p>método bibliográfico, este que auxiliou-nos a obter as informações contidas neste, depois de</p><p>ser lidas foram analisadas, e os manuais referentes a essas informações que subsidiaram o</p><p>trabalho, estão citados devidamente dentro e apresentadas na bibliografia do trabalho.</p><p>4</p><p>1.1.Bryophyta (Briófita)</p><p>Segundo CAILLIAU & SILVA (2015:125) “As briófitas surgiram na terra há cerca de 450</p><p>milhões de anos e são consideradas um grupo chave no entendimento da evolução das plantas</p><p>terrestres. O termo “briófitas” engloba três grupos de plantas que produzem esporos (musgos,</p><p>hepáticas e antóceros) com o ciclo de vida dominado pela fase haplóide.”</p><p>1.1.1.Característica morfológica</p><p>De forma geral as briófitas apresentam as seguintes características principais:</p><p> Uma capsula, que representa um esporângio terminal;</p><p> Uma haste, que sustenta a capsula; e</p><p> Uma Porcão basal que ancora o esporofito ao gametofito, chamada pé.</p><p>As briófitas não possuem raízes ou tecidos vasculares verdadeiros (xilema e floema), mas</p><p>apresentam rizóides (filamentos uni- ou multicelulares) através dos quais as briófitas se</p><p>aderem ao substrato.</p><p>1.1.2.Característica ecológica</p><p>De acordo com OLIVEIRA apud CAILLIAU & SILVA (2015) As briófitas crescem</p><p>predominantemente em locais úmidos, no entanto, elas são frequentemente tolerantes à</p><p>dessecação e podem sobreviver em condições áridas (por vários meses ou até seis anos, no</p><p>caso de espécies de deserto.</p><p>1.2.Hepáticas</p><p>As hepáticas ou Filo Marchantiophyta, também conhecido como Filo Hepatophyta, fazem</p><p>parte de um grupo de plantas chamadas briófitas. As briófitas são importantes colonizadoras</p><p>iniciais de superfícies de rochas e solos nus, contribuindo para a diversidade vegetal do</p><p>ambiente. São plantas não vasculares que habitam regiões úmidas, como interior de florestas e</p><p>ao longo de cursos de água.</p><p>Apresentam uma dependência da água para a sua reprodução, já que os gametas masculinos</p><p>(chamados de anterozoides) são flagelados e deslocam-se apenas em meio líquido para chegar</p><p>até os gametas femininos (denominados oosfera), que são imóveis.</p><p>As hepáticas, possui cerca de 6.000 espécies. O nome desse grupo tem relação com a forma</p><p>do seu corpo, apresentando um formato de fígado. O gênero mais conhecido é a Marchantia.</p><p>https://www.infoescola.com/biologia/briofitas/</p><p>5</p><p>1.2.1.Característica morfológica</p><p>As hepáticas constituem simples estrutura talosa achatada, prostrada e geralmente aderente</p><p>ao substrato. Com talos em forma de fita ou ramificados,</p><p>o corpo destas plantas está reduzido</p><p>a um cauloide taloso que constitui a quase totalidade do organismo, as espécies com estas</p><p>características são geralmente designadas por “hepáticas talosas”.</p><p>Outro grande grupo de hepáticas apresenta um talo alongado e achatado, semelhante a</p><p>um caule, em geral designado por caulídio ou cauloide, rodeado por abas membranosas</p><p>semelhantes a folhas, geralmente designadas por filídios ou filóides, dispostas em duas ou</p><p>mais filas, com a fila média em geral conspicuamente diferente das restantes.</p><p>Figura n</p><p>o</p><p>1: Características de Hepáticas</p><p>1.2.2.Característica ecológica</p><p>As hepáticas estão presentes em praticamente todos os habitats terrestres de todas as regiões</p><p>do mundo, excepto nas regiões excessivamente secas dos desertos e em locais</p><p>de insolação muito intensa.</p><p>As hepáticas apresentam maior diversidade e abundância (tanto em número de espécies como</p><p>de populações) nas regiões de clima tropical húmido. As hepáticas ocorrem com maior</p><p>frequência em locais com forte ensombramento, apesar de existirem espécies adaptadas aos</p><p>desertos que toleram a luz solar directa e períodos de total dessecação.</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Talo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Substrato_(biologia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Cauloide</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Caule</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Caul%C3%ADdio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Folha</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Fil%C3%ADdio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Filoide</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Habitat</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Deserto</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Insola%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Desseca%C3%A7%C3%A3o</p><p>6</p><p>1.2.3.Classe Marchantiopsida (Hepáticas)</p><p>Apesar da grande diversidade das hepáticas (cerca de 300 géneros e 10.000 espécies), não</p><p>existem dúvidas de que elas representam um grupamento natural, monofilético. Além da</p><p>simetria dorsiventral, a presença de corpúsculos de óleo no citoplasma frequentemente de</p><p>morfologia complexa, auxilia a delimitar o grupo. A presença deste óleo possivelmente</p><p>representa uma estratégia para inibir a acção de insectos herbívoros. Algumas hepáticas</p><p>produzem bactericidas que podem apresentar valor comercial elevado.</p><p>O gametofito possui aspecto lobado, fixo ao substrato por meio de rizóides unicelulares, e os</p><p>anterídios e arquegónios são superficiais. O protonema e reduzido, constituído por poucas</p><p>células, considerado por alguns autores como ausente. Este grupo representa as briófitas com</p><p>esporofito mais simples.</p><p>A capsula (esporângio) não apresenta tecidos estéreis em seu interior e seu amadurecimento</p><p>ocorre antes do alongamento da seta, o inverso do observado nos musgos. A dispersão dos</p><p>esporos e auxiliada por elatérios, células mortas que ocorrem entre esporos, apresentando</p><p>paredes com reforço em espiral que, através de movimentos higroscopicos, arremessam os</p><p>esporos a distância. Os elatérios têm origem também a partir de células mãe dos esporos.</p><p>1.2.4.Ordem Marchantiales</p><p>As Marchantiales são exclusivamente taloides. Embora a estrutura externa seja simples,</p><p>internamente apresentam a organização mais complexa dentre as hepáticas. O talo do género</p><p>Marchantia apresenta ramificação dicotómica, simetria dorsiventral, com uma nervura central</p><p>conspícua e a superfície dividida em áreas hexagonais visíveis a olho nu.</p><p>Em vista mais detalhada, pode-se verificar a existência de um poro que, em corte transversal,</p><p>e visto como uma abertura de uma camara de ar contendo tecido fotossintético. O poro, assim</p><p>como o estomaton das plantas superiores, permite a aeração do talo com um mínimo de perda</p><p>de água, embora não seja capaz de modificar significativamente seu grau de abertura.</p><p>O género Preissia destaca-se pelo fato de possuir poros mais complexos, que em condições de</p><p>baixa umidade reduzem consideravelmente a abertura.</p><p>1.2.5.Ciclo de vida de hepáticas</p><p>À semelhança dos restantes organismos em que ocorre alternância de gerações, a vida de uma</p><p>hepática inicia-se com a germinação de um esporo haplóide que produz um protonema, uma</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Altern%C3%A2ncia_de_gera%C3%A7%C3%B5es</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Esporo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Protonema</p><p>7</p><p>estrutura que, consoante a espécie, tanto pode ser uma massa filamentosa como um talo</p><p>achatado.</p><p>O protonema é um estádio transitório do ciclo de vida das hepáticas, a partir do qual se</p><p>desenvolve o gametóforo (portador de gâmetas) maduro que produz os órgãos sexuais da</p><p>planta. Os órgão sexuais masculinos são designados por anterídios e produzem as células</p><p>espermáticas (os anterozoides).</p><p>1.2.6.Reprodução</p><p>Em Marchantia, a reprodução gametica e induzida pelo aumento do fotoperíodo. Os gametas</p><p>masculinos e femininos são produzidos em estruturas elevadas sob a forma de guarda-chuva,</p><p>denominadas anteridióforos e arquegonióforos, respectivamente.</p><p>As referidas estruturas são homólogas a ramificações do talo, demonstrado pela presença de</p><p>rizóides na porção abaxial do talo e pela presença de camaras fotossintéticas na estrutura</p><p>superior, ou chapéu, do gametangioforo.</p><p>Os gametangios femininos se originam na porção superior do chapéu. Devido a um maior</p><p>crescimento do tecido superior desta estrutura, os arquegónios são gradualmente posicionados</p><p>na porção ventral do chapéu. Já o anteridioforo posiciona os anteridios na porção adaxial, ou</p><p>superior. Cada anterídio se forma em uma cripta aberta por um poro, formando anterozóides</p><p>biflagelados.</p><p>Alem da fragmentacao, a reprodução vegetativa em Marchantiales se da pela produção de</p><p>gemas que se localizam em receptáculos com forma de uma taca na porção superior do talo.</p><p>1.2.7.Ordem Jungermanniales</p><p>As Jungermanniales são encontradas geralmente em matas, sobre troncos de árvores, pedras,</p><p>solo úmido, formando manchas ou tapetes. O gametofito das Jungermanniales e achatado</p><p>dorsiventralmente, com a face ventral fixada ao substrato por meio de rizóides unicelulares. O</p><p>gametofito e ramificado e esta diferenciada em rizóides, caulidios e filidios dispostos em duas</p><p>fileiras.</p><p>Os filidios são imbricados e podem desenvolver lóbulos com a margem enrolada sobre si</p><p>mesma formando tubos ou bolsas. O imbricamento dos filidios juntamente com os recortes e</p><p>dobraduras dos mesmos cria espaços capilares que retém a água, retardando o dessecamento.</p><p>Os filidios são constituídos por uma camada de células sem pseudo-nervura, apresentando</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Anter%C3%ADdio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Anterozoide</p><p>8</p><p>paredes com espessamento típico. Cada célula apresenta vários cloroplastos discóides e</p><p>podem apresentar corpos oleosos de formato característico e diferenciado para cada espécie.</p><p>Os gametangios masculinos e femininos se desenvolvem, como regra geral, no ápice do eixo</p><p>principal ou ramos e estao envoltos por um conjunto de filidios modificados, as “brácteas”. E</p><p>importante lembrar que, neste caso, o termo bráctea esta sendo utilizado para uma estrutura</p><p>análoga a observada nas angiospermas mas com estrutura e origem diferentes, pois estamos</p><p>tratando da fase haplóide. O esporofito esta constituído por pé, seta e capsula, podendo a seta</p><p>estar ausente.</p><p>1.3.Antocero</p><p>“O filo Anthocerophyta é constituído pelos antóceros, um pequeno filo com cerca de 100</p><p>espécies. A maioria dos antóceros, os gametófitos possuem forma de roseta e suas</p><p>ramificações não são visíveis.”</p><p>Algumas espécies apresentam cavidades internas nos gametófitos habitadas por cianobactérias</p><p>que fixam nitrogénio, tornando-o disponível para as plantas hospedeiras. O esporófito é uma</p><p>estrutura alongada e ereta, formada por um pé e uma cápsula onde estão localizados os</p><p>esporângios, sendo verde e fotossintetizante, com estômatos em sua superfície. A presença</p><p>de estômatos é considerada um elo evolutivo com as plantas vasculares. (COSTA, 2018:13)</p><p>Figura n</p><p>o</p><p>2: Características de Antócero</p><p>1.3.1.Classe</p><p>Anthocerotopsida</p><p>https://www.infoescola.com/biologia/fixacao-do-nitrogenio/</p><p>https://www.infoescola.com/biologia/esporofito/</p><p>https://www.infoescola.com/citologia/estomatos/</p><p>9</p><p>Esta classe contém uma única ordem, Anthocerotales, que apresenta 4 géneros e 300 espécies.</p><p>Anteriormente, esta ordem foi posicionada em Marchantiopsida, mas foi colocada em uma</p><p>classe própria pelas características peculiares do esporofito.</p><p>1.3.2.Ordem Anthocerotales</p><p>Para IMBASSAHY (2016:49) “O gametofito de Anthoceros género que tipifica a ordem,</p><p>assemelha-se a alguns representantes folhosos de Marchantiopsida. Entre os aspectos</p><p>observados no grupo, alguns representantes apresentam uma cavidade interna típica com</p><p>mucilagem onde se pode encontrar uma cianobacteria, um género conhecido como fixador de</p><p>nitrogénio.”</p><p>Em muitas espécies, ocorre um único cloroplasto por célula apresentando um típico pirenóide,</p><p>característica comum em algumas algas verdes. A porção inferior de muitas espécies</p><p>apresenta poros delimitados por duas células, estrutura semelhante a estómatos, chamadas de</p><p>pseudoestomato.</p><p>1.3.3.Reprodução</p><p>“Em Anthoceros, assim como em Marchantia, a formação dos órgãos sexuais é regulada pelo</p><p>fotoperíodo. Entretanto, aqui a gametogénese e estimulada pela diminuição do comprimento</p><p>dos dias. Assim, a fertilização ocorre no inverno. Anteridios são produzidos na face superior</p><p>do talo, onde se reúnem em grupos até a liberação dos anterozóides. (IMBASSAHY, 2016:54)</p><p>O arquegónio surge na superfície, sendo sua parede continua com a parede do talo. Apos a</p><p>fecundação, desenvolve-se um esporofito cilíndrico com um pé lobado, seguido por uma</p><p>porção meristemáticas. Este meristema diferencia na porção central da capsula cilíndrica uma</p><p>columela, e nas laterais inicia-se a diferenciação de esporângios entre os quais são produzidos</p><p>pseudo-elaterios (não apresentam espessamento).</p><p>Quando os esporos estão maduros, a capsula se abre longitudinalmente. Como o meristema e</p><p>basal e produz a capsula continuamente, um único esporofito permanece liberando esporos</p><p>por um longo período. Estes esporos apresentam espessamentos conspícuos e parede</p><p>ornamentada. O esporofito de Anthoceros se assemelha ao dos musgos por apresentar</p><p>estómatos na capsula e por serem fotossintetizantes pelo menos em parte.</p><p>10</p><p>Figura n</p><p>o</p><p>3: Ciclo de Vida de Antócero</p><p>1.4.Musgos</p><p>Segundo CAILLIAU & SILVA (2015) “Os musgos constituem a maior parte das plantas</p><p>briófitas. São plantas de pequeno porte e de estrutura simples, eles não apresentam vasos</p><p>condutores, flores e sementes. Os musgos podem ser encontrados em quase todas as partes do</p><p>mundo, até mesmo nas regiões congeladas.”</p><p>Figura n</p><p>o</p><p>5: Musgos</p><p>https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2020/05/briofitas-ciclo-vida-731953336-scaled.jpg</p><p>11</p><p>1.4.1.Características morfológicas</p><p>Os musgos vivem em ambientes úmidos e sombreados. Eles podem crescer sob diferentes</p><p>substratos como o solo, rochas, troncos de árvores e até mesmo em paredes. Algumas espécies</p><p>de musgos formam verdadeiros tapetes verdes, cobrindo grandes áreas.</p><p>O corpo do musgo, chamado de talo, é composto por três partes: rizóides, cauloide e filóides.</p><p> Os rizóides fixam a planta ao substrato e absorvem a água e os sais minerais</p><p>necessários ao seu desenvolvimento. Os musgos não possuem uma estrutura de raiz</p><p>verdadeira.</p><p> O cauloide consiste em uma pequena haste de onde partem os filóides.</p><p> Os filóides são estruturas responsáveis pela fotossíntese, representam as folhas do</p><p>musgo. (CAILLIAU & SILVA, 2015)</p><p>1.4.2.Características Ecológica dos Musgos</p><p>Os musgos são as primeiras plantas a surgir no processo de sucessão ecológica, porque se</p><p>especializaram em colonizar superfícies desnudas. Os musgos preparam o solo para o</p><p>desenvolvimento de outros vegetais.</p><p>1.4.3.Reprodução dos Musgos</p><p>“Os musgos apresentam plantas masculinas ou femininas, são dióicos, portanto, o musgo</p><p>masculino produz os anterozóides (gameta masculino) que através da água alcançam o</p><p>arquegônio. Dentro do arquegônio, um anterozóide fecunda a oosfera (gameta feminino),</p><p>formando um zigoto (2n)” de acordo com (IMBASSAHY, 2016: 39-42)</p><p>O zigoto se desenvolve em um embrião. O embrião também se desenvolve e origina o</p><p>esporófito, uma estrutura temporária do musgo, localizada no final dos filoides. O esporófito</p><p>abriga os esporângios, local os esporos são produzidos por meiose. Quando os esporos são</p><p>liberados no ambiente, reiniciam o ciclo de vida.</p><p>1.4.4.Ciclo de vida de Musgos</p><p>O ciclo de vida dos musgos apresenta uma alternância de gerações em que o gametófito</p><p>constitui a fase evidente e dominante, enquanto o esporófito é muito menor e</p><p>nutricionalmente dependente do gametófito.</p><p>https://www.todamateria.com.br/sucessao-ecologica/</p><p>https://www.todamateria.com.br/esporos/</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_vida</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Altern%C3%A2ncia_de_gera%C3%A7%C3%B5es</p><p>12</p><p>Afirmam-nos CAILLIAU & SILVA (2015) que as “plantas vasculares, como a generalidade</p><p>dos seres vivos, têm no núcleo celular das suas células vegetativas (correspondentes à</p><p>estrutura somática da planta, ou seja, ao esporófito) pelo menos dois conjuntos</p><p>de cromossomas, sendo por isso consideradas organismos diploides (número cromossómico =</p><p>2n), ou seja, cada cromossoma tem um par que contém a mesma informação genética ou</p><p>similar.” (p.78)</p><p>Figura n</p><p>o</p><p>6: Ciclo de vida dos musgos</p><p>1.4.5.Classes de Musgos</p><p>Segundo CAILLIAU & SILVA (2015:102-105) Os musgos podem ser classificados em três</p><p>classes: Sphagnidae, Andreaeidae e Bryidae.</p><p> Classe Sphagnidae: “musgos-de-turfeira”. Diferenciam-se dos demais musgos por</p><p>seus filóides apresentarem células mortas, grandes e com perfurações. Eles apresentam</p><p>grande capacidade de absorção de água.</p><p> Classe Andreaeidae: “musgos-de-granito”. Eles recebem esse nome por habitarem</p><p>regiões montanhosas, sendo encontrados nas rochas graníticas.</p><p> Classe Bryidae: “musgos-verdadeiros”. É a classe mais diversa e abundante.</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo_celular</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Espor%C3%B3fito</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Cromossoma</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Dipl%C3%B3ide</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_cromoss%C3%B3mico</p><p>13</p><p>Conclusão</p><p>As briófitas surgiram na terra há cerca de 450 milhões de anos e são consideradas um grupo</p><p>chave no entendimento da evolução das plantas terrestres. O termo briófitas engloba três</p><p>grupos de plantas que produzem esporos (musgos, hepáticas e antóceros) com o ciclo de vida</p><p>dominado pela fase Haplóide. A fase haplóide (células vegetativas com um conjunto de</p><p>cromossomos) é representada pelo gametófito verde e a fase diplóide (células vegetativas com</p><p>dois ou mais conjuntos de cromossomos). As briófitas não possuem raízes ou tecidos</p><p>vasculares verdadeiros (xilema e floema), mas apresentam rizóides (filamentos uni- ou</p><p>multicelulares) através dos quais as briófitas se aderem ao substrato. A água e os nutrientes</p><p>são transportados nas células por pressão osmótica, o que explica seu modesto tamanho,</p><p>geralmente variando de poucos milímetros a centímetros na maioria das espécies. As briófitas</p><p>crescem predominantemente em locais úmidos, no entanto, elas são frequentemente tolerantes</p><p>à dessecação e podem sobreviver em condições áridas (por vários meses ou até seis anos, no</p><p>caso de espécies de deserto.</p><p>Musgos, hepáticas e antóceros podem ser encontrados do nível do mar até regiões</p><p>montanhosas, sobre diversos substratos como rochas, troncos de árvores, troncos em</p><p>decomposição, solo e folhas vivas e em córregos, rios e lagos. As briófitas podem se</p><p>reproduzir sexuadamente, resultando na produção de esporófito (estrutura que contém os</p><p>esporos), ou assexuadamente, por fragmentação da planta, brotos laterais ou pela produção de</p><p>estruturas especializadas chamadas gemas ou propágulos. Essas estruturas</p><p>originam-se nos</p><p>filídios, nos rizóides ou em receptáculos especializados.</p><p>14</p><p>Bibliografias</p><p>CAILLIAU, Ariane & SILVA Mércia Pereira. Briófitas da Reserva Biológica:</p><p>Biodiversidade da Reserva Biológica de Pedra Talhada, Alagoas, Pernambuco, Brasil. 2015</p><p>COSTA, Pinheiro da. Hepáticas e Antócero. 8ª ed. UFAM-Universidade Federal de</p><p>Amazonas -Brasil,2018.</p><p>IMBASSAHY, Silva. Diversidade e importância das espécies de briófitas na conservação</p><p>dos ecossistemas do estado do Rio de Janeiro. Brasil, 2016. 56: 13-49.</p>