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<p>1</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Semiologia</p><p>Semeion = sintomas/sinais Logos = estudo/ciência</p><p>É a parte da medicina que estuda os métodos de exame clinico, pesquisa os sintomas e os interpreta, reunindo</p><p>os elementos necessários para construir o diagnostico e presumir a evolução da enfermidade.</p><p>Sintoma: Todo o fenômeno anormal, orgânico ou funcional, pelo qual as doenças se revelam no animal.</p><p>Exemplo: Tosse, claudicação, dispneia.</p><p>Sinal: É a avaliação e a conclusão que o clínico retira do(s) sintoma(s) observado(s) e/ou por métodos físicos</p><p>de exame. É um exemplo de raciocínio.</p><p>1) Subdivisão da Semiologia</p><p>Semiotécnica: É a utilização, por parte do examinador, de todos os recursos disponíveis para se examinar o</p><p>paciente enfermo, desde a simples observação do animal até a realização de exames modernos e complexos. É</p><p>a arte de examinar o paciente.</p><p>Clínica Propedêutica: Reuni e interpreta o grupo de dados obtidos através do exame do paciente. É um</p><p>elemento de raciocínio e análise.</p><p>Semiogênese: Busca explicar os mecanismos pelos quais os sintomas aparecem e se desenvolvem.</p><p>2) Semiotécnica</p><p>Física: Determina as alterações anatômicas por meios físicos. Exemplo: aumento de volume articular.</p><p>Funcional: Determina as alterações funcionais por meio de registros gráficos. Exemplo: Cletrocardiograma.</p><p>Experimental: Promove alterações orgânicas para se comprovar o diagnóstico. Exemplo: Prova de</p><p>Tuberculinização.</p><p>3) Sintomas</p><p>Quanto à localização:</p><p>- Locais: As manifestações patológicas aparecem claramente circunscritas e em estreita relação com o</p><p>órgão envolvido (claudicação em cascos de artrite séptica interfalângica distal, hiperemia da conjuntiva</p><p>palpebral por irritação);</p><p>- Gerais: Manifestações patológicas resultantes do comprometimento orgânico como um todo</p><p>(endotoxemia);</p><p>Quanto à apresentação:</p><p>- Principais: Fornecem subsídios sobre o provável sistema orgânico envolvido (dispneia nas afecções</p><p>pulmonares; alterações comportamentais por envolvimento do sistema nervoso);</p><p>- Patognomônicos (ou únicos): Só pertencem ou só representam uma determinada enfermidade.</p><p>Exemplo: Protrusão da terceira pálpebra em equinos, nos casos de tétano.</p><p>Quanto à evolução</p><p>- Iniciais: São os primeiros sintomas observados ou os sintomas reveladores da doença;</p><p>- Tardios: Quando aparecem no período de plena estabilização ou declínio da enfermidade;</p><p>- Residuais: Quando se verifica uma aparente recuperação do animal, como as mioclonias que ocorrem</p><p>em alguns casos de cinomose.</p><p>Podem ser agudos ou crônicos</p><p>2</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Quanto ao mecanismo de produção</p><p>- Anatômicos: Dizem respeito à alteração da forma de órgão ou tecido (esplenomegalia,</p><p>hepatomegalia);</p><p>- Funcionais: Estão relacionadas com a alteração na função dos órgãos (claudicação).</p><p>- Reflexos: São chamados, também, de sintomas distantes, por serem originados longe da área em que</p><p>o principal sintoma aparece (sudorese em casos de cólicas, traquipnéia em caso de uremia, icterícia nas</p><p>hepatites).</p><p>4) Conceitos</p><p>Saúde: “Estado do individuo cujas funções orgânicas, físicas e mentais se acham em situação normal”.</p><p>“Estado que é sadio ou são”.</p><p>Doença: “Evento biológico caracterizado por alterações anatômicas, fisiológicas ou bioquímicas, isoladas ou</p><p>associadas”.</p><p>Síndrome: Conjunto de sintomas clínicos, de múltiplas causas e que afetam diversos sistemas; quando</p><p>adequadamente reconhecidos e considerados em conjunto, caracterizam, por vezes, uma determinada</p><p>enfermidade ou lesão (Síndrome de Shift-Sherington, Síndrome cólica)</p><p>5) Diagnóstico: Ato de discernir, de conhecer.</p><p>Pode ser: Presuntivo ou provável, diferencial ou definitivo.</p><p>Passos para se chegar a um diagnóstico: Elaboração de hipóteses diagnósticas + Avaliação das hipóteses</p><p>obtidas.</p><p>Classificados em:</p><p>Diagnóstico nosológico ou clínico: O reconhecimento de uma doença com base nos dados obtidos na</p><p>anamnese, no exame físico e/ou exames complementares, constitui o diagnóstico sendo, na verdade, a</p><p>conclusão que o clínico chega, sobre a doença do animal. Exemplo: pneumonia, tétano, raiva.</p><p>Diagnóstico terapêutico: Tendo-se avaliado o animal e suspeitando-se de uma determinada enfermidade,</p><p>realiza-se um procedimento medicamentoso, e, em caso de resposta favorável, fecha-se o diagnóstico.</p><p>Exemplo: Animal magro, pêlos eriçados, deprimido, mucosas pálidas = vermífugo.</p><p>Diagnóstico anatômico: Determinadas doenças produzem modificações anatômicas que podem ser</p><p>encontradas no exame macroscópico dos órgãos, neste diagnóstico se especifica o local e o tipo de lesão.</p><p>Exemplo: Artrite interfalângica distal, fratura cominutiva do fêmur, lesão da válvula tricúspide.</p><p>Diagnóstico etiológico: Conclusão do clínico sobre o fator determinante da doença. Exemplo: Botulismo,</p><p>Clostridium botulinum; Tétano, Clostridium tetani.</p><p>Diagnóstico Histopatológico: A utilização cada vez mais frequente dos microscópios no estudo dos tecidos</p><p>permitiu o diagnóstico das lesões.</p><p>Diagnóstico radiológico: Utilização rotineira dos raios X como auxiliar nas rotinas clínicas e cirúrgicas.</p><p> Diagnóstico anatomopatológico: O exame macro e/ou microscópico de peças cirúrgicas, biópsias ou o</p><p>examepostmortem, englobando os diagnósticos anatômicos e histopatológico.</p><p>3</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>DIAGNÓSTICO: anamnese (50%) + exame físico (35%) + exames complementares (15%)</p><p> Erros no diagnóstico:</p><p>- Anamnese incompleta ou preenchida erroneamente.</p><p>- Exame físico superficial ou feito às pressas.</p><p>- Avaliação precipitada ou falsa dos achados clínicos.</p><p>- Conhecimento ou domínio insuficiente dos métodos dos exames físicos disponíveis.</p><p>- Impulso precipitado de tratar o paciente antes mesmo de se estabelecer o diagnóstico.</p><p> Para se evitar os erros:</p><p>- Não seja demasiado sagaz.</p><p>- Não tenha pressa.</p><p>- Não diagnostique raridades, pense nas hipóteses mais simples em primeiro lugar.</p><p>- Não seja demasiado seguro de si.</p><p>- Não hesite em rever seu diagnóstico.</p><p>6) Prognóstico: Se prevê a evolução da doença e suas prováveis consequências. É orientado levando-se em</p><p>consideração três aspectos: 1. Perspectiva de salvar a vida; 2. Perspectiva de recuperar a saúde ou de curar o</p><p>paciente; 3. Perspectiva de manter a capacidade funcional do(s) órgão(s) acometido(s). Muitas doenças</p><p>evoluem naturalmente para a cura, com ou sem tratamento. Algumas se tornam crônicas com reflexos</p><p>negativos na qualidade de vida. Outras, infelizmente, evoluem progressivamente até o óbito.</p><p>Pode ser:</p><p>Favorável: Evolução satisfatória;</p><p>Reservado;</p><p>Desfavorável: Se prevê o término fatal ou a possibilidade de óbito.</p><p>Para se decidir o prognóstico, vê-se possibilidade em:</p><p>Salvar a vida do animal</p><p>Recuperar a saúde ou curar</p><p>Manter capacidade funcional do(s) órgão(s) cometido(s)</p><p>7) Tratamento: É o meio utilizado para combater a doença. Do conhecimento do estado do animal pelo exame</p><p>clínico, surge a inspiração das medidas necessárias para a solução do processo patológico.</p><p>Quanto à finalidade o tratamento, pode ser:</p><p>Casual: Quando se opta por um meio que combata a causa da doença. Exemplo: Na hipocalcemia,</p><p>administra-se cálcio.</p><p>Sintomático: Quando visa combater apenas os sintomas (Exemplo: Na anorexia, ministra-se orexigênicos,</p><p>vitaminas) ou abrandar o sofrimento do animal (analgésicos e/ou antipiréticos).</p><p>Patogênico: Procura modificar o mecanismo de desenvolvimento da doença no organismo. Exemplo: No</p><p>tétano, usa-se soro antitetânico antes que as toxinas atinjam os neurônios.</p><p>Vital: Quando procuramos evitar o aparecimento de complicações que possam fazer o animal correr risco de</p><p>morte. Exemplo: Transfusão sanguínea em pacientes com anemia grave.</p><p>Para se decidir o tratamento, vê-se possibilidade em:</p><p>Salvar a vida do animal</p><p>Recuperar a saúde ou</p><p>o casco</p><p>pode chegar a descolar)</p><p>- Laminite: Pode ser aguda ou crônica</p><p>2) Equinos</p><p>Manifestação de doença musculo-esquelética</p><p>- Tumefações: Tecidos moles ou duros</p><p>- Dor localizada</p><p>- Atrofia muscular</p><p>- Fistula e drenagem de secreções</p><p>- Anormalidade ao andar</p><p>- Anormalidade no posicionamento</p><p>Exame Clínico</p><p>1. Anamnese (Faz exercícios ou esportes pesados? Idade?)</p><p>- Início da claudicação</p><p>- Duração dos sinais clínicos</p><p>- Aparecimento súbito ou gradativo</p><p>- Relato de trauma</p><p>- Se altera o grau de claudicação durante o exercício</p><p>Claudicação: Desvio no movimento ou uma postura alterada na dinâmica do cavalo</p><p>- Aumento de volume ou alteração na postura</p><p>- Casqueado ou ferrado recentemente</p><p>2. Exame Clínico</p><p>- Avaliação térmica</p><p>- Palpação (ver sensibilidade, pode-se usar a pinça)</p><p>- Movimentação do membro (articulação</p><p>3. Teste de Flexão Específica</p><p>- Objetivo: Caso ele claudicar nos primeiros 3 passos = Há inflamação. Comparar com as outras patas</p><p>- Tempo: Ficar de 30 a 60 segundos flexionando o membro e depois faz o animal trotear</p><p>- Posição: Membro pélvico (Flexão de joelho, jarrete e boleto); Membro torácico (Flexão de boleto,</p><p>carpo, cotovelo e ombro)</p><p>4. Bloqueios Diagnposticos</p><p>5. Imagem</p><p>Anormalidade ao andar</p><p>- Trauma</p><p>- Excesso de exercício</p><p>- Anomalia congênita ou adquirida</p><p>- Infecção</p><p>- Distúrbio metabólico</p><p>- Alterações circulatórias ou nervosas (ou ambas)</p><p>Classificação (Grau):</p><p>1º Não é notada ao andar</p><p>2º Percebida ao passo, sem movimentação da cabeça</p><p>47</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>3º Percebida ao passo, com movimentação óbvia da cabeça</p><p>4º Perda de estabilidade anatômica</p><p>Exames complementares: Ultrassonografia</p><p>Diagnóstico</p><p>- Bloqueios anestésicos: O método que bloqueia a transmissão da dor do local da injuria até o cérebro,</p><p>reduzindo ou anulando a manifestação de claudicação. Comprovando o local da dor</p><p>- Artrocentece: Aspecto (levemente amarelado e de um amarelo intenso, translúcido); Volume;</p><p>Coagulação. Proteína; Viscosidade; Citologia e cultura; Enzimas: Fosfatase alcalina, LST. Aumento de</p><p>células de defesa: Indicativo de inflamação</p><p>Sistema Urinário</p><p>Órgãos que o compõe: Rim, ureter e bexiga e uretra</p><p>1) Rins: O formato e o tamanho dependem da espécie.</p><p>Sua cápsula não deixa que o órgão estenda, pois caso aconteça, o animal sente muita dor.</p><p>Os rins dos gatos são pendulosos (possuem ligamentos mais frouxos), facilitando a palpação.</p><p>Cão 2,5-3,0 cm 2º Vértebra Lombar Formato de feijão</p><p>Gato 2,5-3,2 cm 2º Vértebra Lombar Formato de feijão</p><p>Equino 13-15 cm</p><p>15-20 cm</p><p>Rim direito tem formato de coração</p><p>Bovino 18-24 cm</p><p>19-24 cm</p><p>Esquerdo mais caudal e levemente a</p><p>direita, por causa do rúmen</p><p>Rim lobulado</p><p>Ovino 5,5-7 cm</p><p>2) Identificação</p><p>Idade: Animais idosos apresentam alterações degenerativas e neoplásicas, enquanto jovens normalmente</p><p>apresentam alterações congênitas.</p><p>Sexo: Cistite em fêmeas e Urolitiase (obstrução) em machos.</p><p>Machos castrados podem apresentar urolitiase, pois a uretra diminui de tamanho (menor luz), predispondo o</p><p>acontecimento de obstruções. Em fêmeas, quando há castração, pode haver casos de incontinência urinária,</p><p>sendo um dos possíveis fatores as alterações hormonais (menos estrogênio, menos contração da parede da</p><p>uretra).</p><p>Raça: Bovinos tem a entrada direta da bexiga na vagina, o que causa a predisposição de problemas.</p><p>Utilização: Animais de corte tem mais incidência de cálculo renal.</p><p>3) Anamnese</p><p>Itens investigados Aspectos enfocados</p><p>Urina Volume, cor, aspecto, presença de material</p><p>Micção Frequência, postura, sinais de dor, incontinência</p><p>Ingestão de água Frequência, volume</p><p>Doença urinária anterior Com ou sem diagnóstico, resposta ao tratamento</p><p>Outros Cirurgias, traumas, alterações reprodutivas</p><p>Exemplo: Em uma cistite/uretrite se vê polaquiúria (o animal urina várias vezes, porém pouco).</p><p>48</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>4) Exame Clínico Geral</p><p>Inspeção: Postura alterada. Exemplo: Contração abdominal severa = Dor renal?</p><p>Postura da micção. Fisiológico: Vaca afasta as patas, arqueia o dorso, contrai o abdome e</p><p>levanta a cola. Boi é igual, porém não há arqueamento de dorso, caso tiver pode ser indicativo</p><p>de dor. O cachorro levanta uma pata.</p><p>Presença de edemas</p><p>Síndrome Urêmica</p><p>Perda de função renal  Acúmulo de metabólitos na corrente sanguínea; Não consegue eliminar uréia </p><p>Reabsorção  Altos níveis na circulação  Tóxica, causa: Apatia, emaciação (emagrecimento e musculatura</p><p>fica flácida), fraqueza muscular, tremores, convulsão e úlceras na mucosa oral e língua</p><p>5) Exame Clínico Específico</p><p> O prolapso de vagina pode acontecer devido a níveis elevados de estrogênio.</p><p> Diferencia-se prolapso de vagina de prolapso de útero pela presença das carúnculas ligadas ao útero.</p><p>49</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Rins</p><p>- Grandes animais:</p><p>Palpação retal: Detectar o formato característico, posição normal de cada espécie, sinais de inflamação, dor,</p><p>sensibilidade, volume aumentado, perde de consistência.</p><p>A consistência fisiológica dos rins é tenso-elástica. Se estiverem com uma consistência endurecida, pode ser</p><p>fibrose, e caso estejam moles, pensa-se em um processo degenerativo.</p><p>Equinos: Rim direito mais cranial que o esquerdo.</p><p>Bovinos: Sentem-se as lobulações, ambos os rins estão no mesmo lado (direito) devido a compressão do</p><p>rúmen, é possível sentir o rim esquerdo inteiramente (mais caudal, perto da linha medial) e apenas a ponta</p><p>caudal do direito.</p><p>- Pequenos animais:</p><p>Palpação abdominal: Duas mãos ao mesmo tempo abaixo das vértebras lombares, fossa paralombar e duas</p><p>últimas vértebras. Verificar aumento de volume e sensibilidade. Em cães, sentem-se os rins apenas quando há</p><p>alguma alteração, porém em gatos é possível senti-los.</p><p>Ureteres</p><p>- Grandes animais:</p><p>Se há aumento é possível senti-los na palpação retal, pode ocorrer em casos de: espessamento do órgão,</p><p>obstruções ou processos inflamatórios.</p><p>- Pequenos animais:</p><p>Inspeção indireta: Radiografia contrastada.</p><p>Bexiga</p><p>- Grandes animais:</p><p>Palpação retal:</p><p>Bexiga vazia = Pequena (tamanho de um punho fechado) e rugosa. Encontra-se na região pélvica.</p><p>Bexiga cheia = Grande, lisa e fina. Encontra-se na região abdominal, quanto mais cheia, mais ventral se</p><p>encontra.</p><p>Baloteamento = Hurólitos precipitados na bexiga (sensação arenosa)</p><p>= Prenhez</p><p>Palpação abdominal</p><p>- Pequenos animais:</p><p>Palpação abdominal</p><p>Inspeção e percussão</p><p>50</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Uretra</p><p>Fêmeas tem a uretra mais curta, sendo predispostas a cistites, enquanto machos tem a mesma mais</p><p>longa, sendo suscetíveis a cálculos (alta taxa em carneiros em detrimento do apêndice vermiforme).</p><p>-Inspeção: Meato Urinário</p><p>Vaginoscopia</p><p>Exposição peniana</p><p>Caso haja dor na sondagem: Processo inflamatório</p><p>- Palpação: Procura-se aumento de volume e sensibilidade. Faz-se exteriozação do pênis, possibilitando a</p><p>inspeção e palpação, analisando a presença de hematomas, cálculos e outras anormalidades.</p><p>6) Produção de Urina</p><p>Equinos 3-6 Litros (máximo de 10 litros)</p><p>Bovinos 6-12 Litros (máximo de 25 litros)</p><p>Ovinos e Caprinos 0,5-2 Litros</p><p>Cães grandes 0,5-2 Litros</p><p>Cães pequenos e Gatos 40-200 ml</p><p>7) Frequência da Micção – 24 horas</p><p>Equinos e Bovinos 5-7 vezes</p><p>Ovinos e Caprinos 1-4 vezes</p><p>Cães Variável</p><p>Cadelas 2-4 vezes</p><p>Gatos 2-4 vezes</p><p>Distúrbios na Frequência de Micção:</p><p>- Oligúria: Diminuição da produção de urina. Doença renal, desidratação.</p><p>- Poliúria: Aumento da produção de urina. Insuficiência renal crônica, pielonefrite, diabetes, piometria.</p><p>Observação: Alterações renais onde se perde a capacidade de filtração.</p><p>- Polaquiúria: Aumento da frequência sem o aumento da produção de urina. Cistite, uretrite, vaginite,</p><p>postite.</p><p>Observação:</p><p>processos irritativos na mucosa levam a maior contratilidade.</p><p>- Iscúria: Retenção da urina. Obstrução uretral, paresia do destrutor.</p><p>Observação: Processos que diminuem a luz do órgão.</p><p>- Anúria: Não produz urina. Doença renal aguda grave, insuficiência renal crônica, desidratação grave,</p><p>hipovolemia aguda, hipotensão arterial grave.</p><p>Observação: Diferenciar de não eliminação.</p><p>- Incontinência urinária: Não há controle da eliminação. Comprometimento nervoso, distúrbios</p><p>hormônios em cadelas castradas, cistite crônica grave, ureter ectópico, persistência do uraco.</p><p>- Disúria: Dor durante o ato de micção. Enfermidades dolorosas da: bexiga, uretra, vagina e prepúcio.</p><p>Enfermidades dolorosas de outros órgãos abdominais. Peritonite aguda, tumores ou cálculos vesicais,</p><p>obstruções uretrais.</p><p>8) Exames Complementares</p><p>Coleta de urina</p><p>- Micção espontânea (Não é recomendada para isolamento bacteriano, pois passa pelo trato uretral).</p><p>- Massagem prepucial e vaginal (Também há contaminação).</p><p>- Sondagem uretral: Utilização de sonda diretamente na bexiga.</p><p>51</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Não é possível se fazer a sondagem em ruminantes: Em touros e bois pela presença do S peniano, já no caso de</p><p>carneiros, além do S peniano há a presença do apêndice vermiforme.</p><p>- Cistocentese: Em pequenos animais, punção diretamente da bexiga, sem nenhum tipo de contaminação</p><p>nem alteração na amostra, porém se a bexiga estiver muito cheia pode vasar urina para a cavidade</p><p>abdominal (cuidar ruptura de bexiga).</p><p>Urinálise:</p><p>- A urina pode ser de cor amarela, amarela clara (Maior produção de urina), amarela escura (Menor</p><p>produção de urina), avermelhada (Hematúria, hemoglobinúria ou mioglobinúria), marrom e esverdeada</p><p>(Processos inflamatórios).</p><p>Hematúria: Presença de hemácia na urina. Hemorragia no trato urinário.</p><p>Hemoglobinúria: Pigmentação da hemoglobina na urina, pela ruptura de hemácias na corrente</p><p>sanguínea. Hemólise, causas vasculares, antes do rim.</p><p>Mioglobinúria: Ruptura de células musculares. Lesões musculares.</p><p>52</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Diferenciação: Hematúria x Hemoglobinúria</p><p> Centrifugação</p><p> Sedimentação da hemácia</p><p>Diferenciação: Hemoglobinúria x Mioglobinúria</p><p> Histórico clínico. Exemplo: Traumas.</p><p>- Aspecto/Grau de turbidez: Límpido</p><p>Pouco turva</p><p>Muito turva (Em equinos é fisiológico)</p><p>Olhar sempre a amostra contra um papel com texto, se conseguir ler está límpida.</p><p>Piúria: Presença de pus na urina, deixando-a mais turva. Sinal de inflamação, pode-se visualizar a fibrina</p><p>presente, depositada no fundo da amostra.</p><p>- Densidade: Concentração da urina e de substâncias do sangue</p><p>Pode ser: Hipostenúria (Baixa)</p><p>Isostenúria (Normal)</p><p>Hiperestenúria (Aumentada)</p><p>Parâmetros Cão Gato Equino Ruminante</p><p>Cor Amarelo Amarelo Amarelo Amarelo</p><p>Aspecto Límpido, pouco turvo Límpido Turvo Límpido</p><p>Densidade 1,013 –1,035 1,035 –1,060 1,020 –1,050 1,025 –1,045</p><p>pH 4,5 –8,5 4,5 –8,5 7,0–8,0 7,7–8,4</p><p>Hemácias/Campo 0 -5 0 -5 Ausente, raro Ausente, raro</p><p>Leucócitos/Campo 0 -5 0 -5 Ausente, raro Ausente, raro</p><p>Cilindros/Campo Hialino ocasional Hialino ocasional Ausente Ausente</p><p>Células Epiteliais/ Campo Ocasional Ocasional Poucas Ausente, raro</p><p>Gotículas de Gordura/Campo Incomum Comum - -</p><p>Filamentos de muco - - Presente Negativo</p><p>Bactérias/Campo Negativo Negativo Ausente, poucas Ausente, poucas</p><p>Cristais/Campo Variável Variável Comum Variável</p><p>Observação: O aspecto turvo da urina do equino é uma peculiaridade da espécie, é normal! E o que justifica isso é a</p><p>presença de filamentos de muco.</p><p>53</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Fita Reagente (Não tão precisa e não detecta aumento de amostras de bovinos)</p><p>- Concentração Hidrogeniônica – pH: Usa-se Fitas reagentes ou Peagâmetro. Influenciada pela dieta,</p><p>níveis de proteína e minerais.</p><p>Em processos inflamatórios: Alcalinização da urina (Por causa das proteínas).</p><p>- Avaliação de substância: Cristais: Somente visualizados por microscopia.</p><p>Urólitos (Cálculos)</p><p>Leucócitos: Presentes em processos infecciosos, células de defesa.</p><p>Células epiteliais: Presentes quando há descamação da parede do epitélio.</p><p>Fisiológico até certo ponto.</p><p>Cilindros: Pode ser hialino (Muco), granuloso (Células epiteliais), misto,</p><p>leucocitário (Acúmulo de leucócitos).</p><p>54</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Bioquímica Urinária:</p><p>- Proteinúria: Lesões glomerulares e/ou tubulares</p><p>- Glicosúria: Diabetes, etc</p><p>- Cetonúria: Cetose, jejum</p><p>- Nitritos: Bactérias</p><p>- Bilirrubina: Problema hepático</p><p>- Urobilinogênio: Problema hepático</p><p>Localização de Hemorragias:</p><p>- 1º jato= Rim, porção final (uretra)</p><p>- 2º jato= Rim</p><p>- 3º jato= Rim, bexiga</p><p>55</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Lesão na uretra: Somente o primeiro jato terá presença de sangue</p><p>Lesão na bexiga: Somente o jato final terá presença de sangue</p><p>Lesão no rim: Hemorragia renal = Todos os jatos terão presença de sangue</p><p> Diagnóstico por Imagem: Raios-X (Cálculos) e Ultrassom (Cálculos, Espessamento de parede - Processo</p><p>inflamatório - e Substâncias no interior do órgão).</p><p> Bioquímica Sérica: Albumina, proteínas totais (Lesão renal grave). Uréia e creatinina (Azotemia: Aumento</p><p>dos níveis no sangue)</p><p>- Pré-renal: Desidratação grave, insuficiência cardíaca, etc.</p><p>- Renal: Doença renal com comprometimento de função.</p><p>- Pós-renal: Obstrução de uretra, ruptura de bexiga, deslocamento de bexiga, etc.</p><p> Paracentese: detecta-se ruptura de bexiga ou ureter ou ascite.</p><p>56</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Sistema Genital de Ruminantes e Pequenos animais</p><p>1) Anatomia</p><p>Vulva</p><p>Vagina</p><p>Cérvix</p><p>Útero</p><p>Oviduto</p><p>Ovários</p><p>2) Diferenças Fundamentais</p><p>O sistema genital feminino nem sempre se apresenta da mesma maneira das condições fisiológicas</p><p>- Hormônios (Progesterona, Estradiol, FCH);</p><p>- Atividade ou repouso;</p><p>- Estro/Diestro;</p><p>- Diferenças da vaca leiteira quanto ao estágio do ciclo estral;</p><p>Item Estro Diestro</p><p>Comportamento em relação ao macho Receptividade Repulsa</p><p>Aspecto da vulva Corrimento e edema Sem alteração</p><p>Aspecto da vagina Muito úmida e avermelhada Pouco úmida e rósea</p><p>Aspecto da Cérvix Muito úmida, avermelhada e aberta Pouco úmida, rósea e fechada</p><p>Palpação do útero Tenso Flácido</p><p>Palpação dos ovários Presença de folículos (flutuante) Presença de corpo lúteo (firme)</p><p>3) Resenha/Identificação</p><p>Raça, Idade, Sexo, Espécie, Nome, Registro, Eventuais Particularidades</p><p>4) Anamnese</p><p>Histórico reprodutivo (Retenção de placenta, Problemas em outros partos)</p><p>Observar o todo (Manejo sanitário, Manejo nutricional, Drogas, Condições dos outros animas)</p><p>5) Exame Físico Geral</p><p>Temperatura retal (Endometrite muda muito durante o dia. Exemplo: 39°C, 40°C, 37°C, etc)</p><p>Palpação dos Linfonodos</p><p>Mucosas (Hiperêmicas em casos infecciosos)</p><p>Exame convencional dos grandes sistemas</p><p>Fêmeas masculinizadas (estéreis)</p><p>Grau de desidratação</p><p>6) Exame Físico Específico Externo</p><p>Vulva</p><p>- Tamanho e simetria dos lábios</p><p>- Posição: Vacas com idade avançada, infertilidade</p><p>- Fechamento: Pneumovagina</p><p>- Cicatrizes</p><p>- Aderências</p><p>57</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>- Inflamações</p><p>- Presença e aspecto de corrimento vaginais</p><p>- Crostas nas tuberosidades ósseas</p><p>Região abdominal</p><p>- Distensão abdominal</p><p>- Tensão abdominal</p><p>- Movimentação fetal</p><p>- Contrações musculares</p><p>- Palpação abdominal (Pequenos animais)</p><p>Vagina</p><p>- Coloração da mucosa (Hiperêmicas em estro)</p><p>- Aspecto e quantidade das secreções</p><p>- Alterações: Traumatismos, vesículas, nódulos, cistos, fezes e urina</p><p>- Fístulas retro-vaginais</p><p>7) Exame Físico Específico Interno</p><p>Vaginoscopia: Método auxiliar de diagnóstico onde é possível a visualização de toda a</p><p>parede vaginal, da</p><p>entrada da cérvix e da presença, quantidade e tipo de secreção uterina. Muco oriundo da vagina:</p><p>- 0: Translúcido, mucoso, seroso (Fisiológico até 21 dias pós-parto)</p><p>- 1: Mucoso com flocos de pus</p><p>- 2: Mucopurulento</p><p>- 3: Purulento/Sanguinolento</p><p>Palpação Retal: Acesso indireto à cérvix, útero e ovários</p><p>- Avaliar: Posição do útero, tônus uterino, simetria dos cornos, motilidade na cavidade abdominal,</p><p>presença de cotilédones (ruminantes), tamanho dos ovários, se há presença de feto, estruturas ovarianas</p><p>- Útero: Classificação de T1 à T6</p><p>8) Exames Complementares</p><p>Radiografia</p><p>Microbiologia</p><p>Ultrassom</p><p>Citologia uterina e vaginal: Identificação de Endometrite subclínica</p><p>Hemograma</p><p>Dosagens hormonais</p><p>Biópsia uterina</p><p>Oftalmo</p><p>Dois tipos de problemas: Anatômico (Interferência na entrada de luz  Interferência na imagem) ou neurológico!</p><p>1) Revisão Anatômica</p><p>Órbita</p><p>Anexos Oculares</p><p>- Aparelho Lacrimal</p><p>- Pálpebras e Conjuntivas</p><p>58</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>- Filme pré-corneal</p><p>- Periórbritra e Fáscias orbitárias</p><p>- Músculos</p><p>Globo Ocular</p><p>- Túnica Fibrosa: Córnea (Epitélio, Estroma, Membrana de Descemet e Endotélio)</p><p>Esclera</p><p>Sustentabilidade</p><p>- Túnica Vascular: íris</p><p>Corpo ciliar</p><p>Coróide</p><p>A junção dos três chama-se úvea ou Trato uveal, portanto uma inflamação irá se chamar Uveíte</p><p>- Túnica Nervosa: Retina (Parte mais interna, capta luz e envia ao nervo óptico)</p><p>1º Câmara Vítrea - Entre a lente e a retina ------ Humor vítreo 99%</p><p>2º Câmara Posterior - Entre a íris e a lente Humor aquoso 1%</p><p>3º Câmara Anterior - Entre a córnea e a íris</p><p>o Meios de refração: Córnea, Câmara anterior (Humor aquoso), Cristalino, Humor vítreo</p><p>2) Resenha</p><p>3) Anamnese</p><p>Fonte e Confiabilidade</p><p>Queixa Principal</p><p>História Médica Recente</p><p>Comportamento dos órgãos</p><p>História Médica Pregressa</p><p>História ambiental/Manejo</p><p>História familiar</p><p>59</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>4) Contenção</p><p>Contenção Física</p><p>Contenção Química</p><p>- Bloqueio auriculopalpebral (Usado mais em grandes animais, injeta-se anestésico local)</p><p>- Tópico (Cloridrato de proximetacaína 0,5%)</p><p>- Sedação + Tópico tropicamida 1% e/ou atropina 1%</p><p>5) Exame Físico Geral</p><p>6) Exame Físico do Olho</p><p>Exame do Olho: Alterações anatômicas, brilho, posicionamento, entre outras.</p><p>- Principais equipamentos: Fonte de Luz Artificial</p><p>Oftalmoscópio</p><p>Dioptrias: + 20  Córnea</p><p>+ 15  Câmara Anterior</p><p>+ 12  Íris</p><p>+ 8  Lente</p><p>+ 5  Câmara Vítrea</p><p>+ 3  Retina</p><p>Transiluminador</p><p>Lupas</p><p>Tonômetro (Avalia a pressão intraocular)</p><p>Lâmpada de Fenda</p><p> Histórico Clínico: Raça:</p><p>Síndrome Vogt-Koyanagi-Harada ou Síndrome Úvea Dermatológica (SUD)  Doença</p><p>auto-imune  Ataca pele e úvea</p><p>Afeta principalmente akitas (90%)</p><p>Coloboma do nervo óptico</p><p>Afeta principalmente Charolês</p><p>Idade (Congênito ou Degenerativo)</p><p>60</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Sexo:</p><p>Atrofia Progressiva da Retina (PRA)</p><p>PRA afeta todas as raças, de todos os sexos, porém no husky está associado às fêmeas</p><p>Faz-se um teste genético para ver se o animal é portador</p><p> Exame Sistemático do Olho: Ver simetria</p><p>Ver o grau de visão e visualização (Coloca-se obstáculos no percurso do</p><p>animal, para tornar o teste decisivo diminui-se a luz do ambiente)</p><p>7) Alterações Investigadas</p><p>Pálpebras e Margens Palpebrais</p><p>- Ver integridade</p><p>- Entrópio (Inversão da pálpebra)</p><p>- Ectrópio (Eversão da pálpebra)</p><p>O que propicia? Inflamação, corpo estranho</p><p>+ Blefaroespasmo (Fechamento forçado)</p><p>+ Neoformações (Normalmente benignos, pólipos)</p><p>+ Cílio Ectópico (Nascimento dos pêlos incorreto)</p><p>Entrópio Ectrópio</p><p>- Ptose (Perda do tônus muscular da pálpebra superior. Em gatos é mais comum por problemas</p><p>neurológicos)</p><p>61</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>- Blefarite (Inflamação da pálpebra)</p><p>Terceira Pálpebra</p><p>O que propicia? Corpo estranho e Inversão</p><p>- Hiperplasia da Glândula da 3º pálpebra</p><p>- Protrusão da 3º pálpebra (Hipertrofia  Casos Inflamatórios  Reversível)</p><p>Conjuntiva</p><p>- Quemose (Edema conjuntival)</p><p>62</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>- Conjuntivite</p><p>- Neoformação</p><p>- Muco</p><p>Córnea</p><p>- Alteração de contorno (Fisiológica: Convexa): Úlcera (Perda epitelial)</p><p>Depressão (Deformação)</p><p>Plana</p><p>Diferencia: Úlcera (perda de epitélio) X Depressão (Sem pera de epitélio)</p><p>63</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>- Alterações de Transparência: Edema (Aspecto esbranquiçado, diferente de catarata)</p><p>Cicatriz</p><p>Pigmentação</p><p>Infiltrados</p><p>Ceratoconjuntivite Infecciosa Bovina</p><p>Estágio I Estágio II</p><p>Estágio III Estágio IV</p><p>Cicatriz</p><p>64</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>- Alterações de Vascularização: Superficial (Vasos isolados que se estendem do limbo até o meio)</p><p>Profunda (Multiramificação, paralelas umas as outras)</p><p>Esclera: Normalmente problemas na esclera estão associados a outras doenças + Ruptura, pigmentação ou</p><p>neoformações.</p><p>Tumores na esclera são malignos, normalmente</p><p> Sistema Lacrimal</p><p>- Ceratoconjuntivite Seca: Ceratite + Conjuntivite (Células ressecadas e secas que se acumulam)</p><p>65</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>- Epífora: Extravasamento lacrimal pelo canto medial do olho, constantemente (Produção lacrimal</p><p>aumentou? Ducto obstruído?)</p><p>Câmara Anterior (Profundidade)</p><p>- Uveíte</p><p>- Hifema (Acúmulo de sangue na câmara anterior do olho)</p><p>- Hipópio (Acúmulo de pús)</p><p>66</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Íris e Espaço Pupilar</p><p>- Neurovascularização</p><p>- Aumento pupilar: Midriase (Independente do reflexo de luz)</p><p>Lente (Cristalino)</p><p>- Catarata</p><p>Retina e Nervo Óptico</p><p>- Neurite</p><p>67</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>- Retinopatia</p><p>8) Testes Específicos</p><p>Teste da Lágrima de Schirmer: Mensurar quantidade de lágrima produzida em 1 minuto. Coloca-se na pálpebra</p><p>inferior retirando a fita depois do tempo estimado, observando o resultado imediatamente.</p><p>- TLS 1: 15-25 mm/min (Pequenos)</p><p>15 mm/min (Grandes)</p><p>- TLS 2: 5-17 mm/min (Pequenos)  Com colírio anestésico</p><p>Teste da Floculação da Lágrima: Ver se tem problema na formação da lágrima. Padrão samambaia.</p><p>Teste de canulação (Lavagem do Ducto Lacrimal): Existe um canal normal que desemboca na narina, nele se</p><p>introduz uma sonda rígida, colocando na abertura do canal, com solução estéril. Vai introduzindo para dentro,</p><p>e já faz a limpeza se estiver obstruído. Toma-se cuidado caso tenha má formação e pois ao forçar a sonda,</p><p>pode acabar machucando.</p><p>68</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Esfregaço Conjuntival: Raspar a conjuntiva e avaliar em lâmina</p><p>Teste de Fluorescência: O colírio tem afinidade com o estroma (tecido conjuntivo) da córnea.</p><p>- Caso se tenha perda de epitélio (Exemplo: Úlcera) o estroma fica exposto, e o colírio fixa.</p><p>Tonômetria</p><p>- Canino: 12,2 -24,4 mmHg</p><p>- Felino: 14 – 26 mmHg</p><p>- Bovino: 14 – 22 mmHg</p><p>- Equino: 14 – 22 mmHg</p><p>69</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Eletrorretinografia</p><p>Ecografia</p><p>Testes de DNA: http://www.optigen.com</p><p>9) Exame Neuroftalmológico</p><p>Reflexo do ameaço (Não fazer movimento brusco por causa do movimento do ar)</p><p>Reflexo Pupilar direto e consensual</p><p>Reflexo Palpebral (Encosta-se na pálpebra superior e espera a contração por reflexo dela. É feito</p><p>lateralmente)</p><p>Reflexo Corneal (Faz-se com um swab, toca-se na córnea e o animal tem que piscar imediatamente)</p><p>Reflexo Vestibular (Movimenta-se</p><p>a cabeça e os olhos tem que se mover lentamente e se ajustar ao novo</p><p>local. Se existe lesão vestibular o olho perde capacidade de adaptação)</p><p>http://www.optigen.com/</p><p>70</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Sistema Nervoso</p><p>1) Exame Neurológico</p><p>Objetivos: Há disfunção? Qual? Diagnóstico? Prognóstico?</p><p>Diferenciar se o problema que o paciente apresenta realmente tem componentes neurológicos</p><p>2) Identificação</p><p>Racial</p><p>- Epilepsia verdadeira: Poodle, Beagle, Daschsund, Pastor alemão, Setter Irlandês e São Bernardo</p><p>- Hidrocefalia: Chihuahua, Pinscher</p><p>- Neoplasia cerebral primária: Boxer e Boston Terrier</p><p>Raças Grandes: Convulsão Severa (Difícil controle)</p><p>Raças Pequenas: Convulsão Moderada/Sem perda de consciência</p><p>Etária</p><p>- Más formações congênitas: Até 1 ano</p><p>- Neoplasia, Degenerativas: 5 anos</p><p>- Intoxicações, Infecções, Traumas: Jovens (Comportamento)</p><p>Sexo</p><p>- Adenocarcinomas mamários (fêmeas) e prostáticos (machos). Metástase no Sistema Nervoso Central.</p><p>Cor da pelagem</p><p>- Gatos brancos com olhos azuis  Surdez</p><p>3) Anamnese</p><p>Sinais Clínicos  Local da Lesão</p><p>Curso  Causas</p><p>Nível de consciência</p><p>Mudança de comportamento/personalidade/convulsão</p><p>Avaliação dos nervos cranianos e locomoção</p><p>Antecedentes; Ambiente; Manejo; Terapias; etc</p><p>Início da Doença</p><p>- Súbita: Até 24 horas</p><p>- Subaguda: Dias/Semanas</p><p>- Crônica: Meses/Anos</p><p>71</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Evolução</p><p>Convulsão: É quando o paciente tem uma série de movimentos involuntários, podendo ser:</p><p>- Generalizadas: Leve (Não tem perda de consciência)</p><p>Grave (Tem perda de consciência)</p><p>- Parcial: Motora (Perde o controle motor de 1 ou mais membros)</p><p>Sensorial (Perde sensibilidade)</p><p>Comportamental (Animal tem crises de mudança de comportamento)</p><p>Fases</p><p> Pródomo: O animal sente que vai convulsionar. Fica agitado e com hipersalivação.</p><p> Aura: Só é usada na medicina humana. Seriam os primeiros momentos, onde a pessoa ainda percebe as</p><p>coisas ao seu redor.</p><p> ICTO: Convulsão em si. Pode durar de minutos a horas.</p><p> Pós-ICTO: Recuperação. Pode durar de minutos a semanas.</p><p>Nervos Cranianos</p><p>- Olfação? Visão? Audição?</p><p>- Alteração na face? Lateralidade da língua?</p><p>- Apreensão?</p><p>- Vocalização?</p><p>- Lateralidade da cabeça?</p><p>Locomoção</p><p>- Incoordenação/ Andar em círculos/ Apoiar-se em paredes</p><p>- Quedas</p><p>- Alteração de postura/ Movimentos da cabeça</p><p>- Dor cervical, toracolombar, lombossacral</p><p>4) Exame Físico: Funções Vitais  Exame Físico Completo  Níveis de Consciência (Alerta, Depressão –</p><p>Obnubilação ou Sonolência, Estupor e Coma)</p><p>Estupor (Não interage com o meio ambiente – tátil e audível, mas responde a estímulos de dor)</p><p>X</p><p>Coma (Não interage com o meio ambiente, não responde a estímulos de dor</p><p>72</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Postura e Locomoção</p><p>- Inclinação da cabeça</p><p>- Tremor de cabeça  Tremor de intenção (Se ao se movimentar o tremor aumentar, realmente se há</p><p>problemas neurológicos)</p><p>- Ataxia</p><p>Cerebelar  Dismetria (passada alterada) Hipometria ou hipermetria.</p><p>Sensorial  Vias proprioceptivas: Medular-espinhal, tronco-encefálico, cérebro e raiz dorsal.</p><p>Vestibular  Normalmente com lateralidade da cabeça para o lado da lesão e marcha alterada</p><p>- Andar em círculos</p><p>Locais da Lesão: Córtex fontral, Núcleo da base e Sistema Vestibular</p><p>- Paresia (perda parcial) X Paralisia (perda total)</p><p>Locais de Lesão: Cérebro, Tronco encefálico, Medula, Nervos Periféricos</p><p>Pode ser: Unilateral (Hemiparesia e Hemiplegia)</p><p>Posterior (Paraparesia e Paraplegia)</p><p>Único (Monoparesia e Monoplegia)</p><p>Total (Tetraparesia e Trataplegia)</p><p>73</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>5) Nervos Cranianos</p><p>1º Par: Olfatório</p><p>- Faz-se um teste com algum alimento de cheiro agradável</p><p>- Hiposmia (Diminuição da Sensibilidade olfativa) ou Anosmia (Perda total da sensibilidade olfativa)</p><p>2º Par: Óptico</p><p>- Fazem-se testes oftalmológicos</p><p>Reflexo da Ameaça Visual</p><p>Reflexo da Córnea</p><p>Reflexo da Pálpebra</p><p>Reflexo Vestibular</p><p>Reflexo Pupilar Direto e Consensual</p><p>- Miose (Contração pupilar) ou Midríase (Dilatação pupilar), Isocoria (Pupilas iguais) ou Anisocoria (Pupilas</p><p>diferentes)</p><p>- Exemplo: Ptose e Midríase</p><p>3º Par: Oculomotor – Estrabismo Ventrolateral</p><p>4º Par: Troclear – Estrabismo Dorsomedial</p><p>6º Par: Abducente – Estrabismo medial</p><p>5º Par: Trigêmeo</p><p>- Teste: Estímulo com a unha (No canto do olho, lábio e outros locais da face), ver se o animal sente.</p><p>7º Par: Facial</p><p>- Teste: Estímulo com a unha, Simetria facial, Reflexo palpebral.</p><p>8º Par: Vestibulococlear</p><p>- Testes: Audição, Testes eletrodiagnósticos, Estrabismo/Nistagmo, Postura da cabeça, Locomoção.</p><p>Nistagmo de descanso  Periférico</p><p>Nistagmo posicional  Central</p><p>9º Par: Glossofaríngeo</p><p>10º Par: Vago</p><p>- Testes: Compressão externa da faringe, Estímulo direto na faringe (Deglutição)</p><p>- Lesão bilateral  Paralisia laringiana, resultando em megaesôfago.</p><p>74</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>11º Par: Acessório</p><p>- Teste: Eletrodiagnóstico  Atrofia muscular do pescoço</p><p>12º Par: Hipoglosso</p><p>- Lesão: Assimetria, atrofia, desvio da língua (fica caída pra um lado)</p><p>- Teste: Avaliação da língua</p><p>6) Relações Posturais</p><p>Propriocepção Consciente (Arreflexia, hiporreflexia, homorreflexia).</p><p>Tônica do Pescoço: Eleva-se a cabeça do animal, o normal é que ele resista e depois tente sentar.</p><p>Hemiestação/Hemilocomoção: Levanta-se 2 membros do mesmo lado e deixa o animal em estação com os</p><p>outros 2 membros. Logo após, faz com que o animal se locomova.</p><p>Saltitamento: Apenas 1 membro no chão</p><p>Carrinho de mão: Levantam-se os membros posteriores, obrigando o animal a andar. O mesmo tem que</p><p>manter a cabeça rígida.</p><p>Aprumo Vestibular: Eleva-se o animal e ele tem que se posicionar tentando alcançar o solo, se mantendo</p><p>reto, procurando seu ponto de equilíbrio.</p><p>Colocação tátil e visual</p><p>Propulsão Extensora</p><p>7) Reflexos Medulares</p><p>Miotáticos</p><p>Flexor (Patelar)</p><p>Dor profunda (Na falange)</p><p>Dor superficial (Interdigital)</p><p>Dor perineal (Fincadas na região do ânus)</p><p>Cutâneo do Tronco</p><p>8) Localização</p><p>Síndrome Cerebral</p><p>Síndrome Hipotalâmica</p><p>Síndrome Mesencefálica</p><p>Síndrome Vestibular</p><p>Síndrome Cerebelar</p><p>Síndrome Pontinobulbar</p><p>Síndrome Cervical</p><p>Síndrome Cérvicotorácica</p><p>Síndrome Toracolombar</p><p>75</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Síndrome Lombossacral</p><p>9) Exames Complementares</p><p>Radiografias Simples do Crânio (Presença de líquido, tumorações, cistos)</p><p>Radiografia Simples da Coluna Vertebral (Lesões, deslocamento de disco ou vértebra)</p><p>Mielografia (Radiografia contrastada da medula)</p><p>Líquido cefalorraquidiano (Líquor)(Microrganismos e infecções)</p><p>Cintilografia</p><p>Tomografia computadorizada</p><p>Ressonância Magnética</p><p>Dermatologia</p><p>Maior órgão do corpo</p><p>1) Funções</p><p>Proteção contra perdas</p><p>Proteção contra injúrias</p><p>Movimento e forma</p><p>Produção de anexos</p><p>Regulação da temperatura</p><p>Reservatório</p><p>Indicador</p><p>Imunorregulção</p><p>Pigmentação</p><p>Percepção sensorial</p><p>Secreção</p><p>Produção de vitamina D</p><p>Identificação do indivíduo</p><p>2) Estrutura</p><p>Epiderme (Estrato córneo, espinhoso, granuloso, basal e Melanócitos)</p><p>Derme (Glândula Sebácea, Glândulas Sudoríparas e Folículos pilosos)</p><p>Hipoderme</p><p>3) Ciclo do Pelo: Tem uma renovação constante, na superfície da pele tem vários folículos em diferentes fases,</p><p>onde alguns estão nascendo e empurrando folículos velhos que já não tem mais utilidade</p><p>Anagênico: Já ouve crescimento total do pelo, está completamente desenvolvido.</p><p>Catagênico precoce: Início da perda do bulbo, desprendimento, perda da raiz/bulbo.</p><p>Catagênico: Retração do bulbo, o mesmo começa a se aproximar da extremidade.</p><p>Telogênico: Nova formação de um pelo no bulbo, retração/expulsão: Bulbo fica mais superficial.</p><p>Anagênico Precoce: Quando está vindo um pelo novo e o anterior é empurrado para fora.</p><p>Anagênico: O ciclo se refaz.</p><p>76</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>4) Espessura da pele</p><p>Mais espessa em: Cervical/Torácico dorsal, cefálica, base da cauda.</p><p>Menos espessa em: Orelha, regiões axilar, inguinal e perineal.</p><p> Felinos: 0,4-2 mm</p><p> Caninos: 0,5-5 mm</p><p> Suínos: 2,2 mm</p><p> Ovinos: 2,6 mm</p><p> Caprinos: 2,9 mm</p><p> Equinos: 3,8 mm</p><p> Bovinos: 6 mm</p><p>5) pH da pele: Um desequilíbrio pode indicar baixa resistência. Importante saber o pH para tratamentos com</p><p>shampoo, por exemplo.</p><p>Entre animais</p><p>Em região anatômica</p><p>Tipo de manto</p><p>Sexo</p><p>Raça</p><p> Carnívoros: 5,5 – 7,5</p><p> Bovinos: 5,5</p><p> Equinos: 4,8 – 6,8*</p><p>*Até 7,9 em sudorese intensa</p><p>6) Cores e Tipos de Pêlo</p><p>Pêlos primários: Manto externo/interno, protetor, pelo maior, lustroso e brilhoso.</p><p>Pêlos secundário: Submanto, em maior quantidade, menor em comprimento, fica por baixo, dá volume.</p><p>Caninos:</p><p>- Pelagem normal típica: Menos pêlos primários e mais pêlos secundários. Exemplo: Pastor alemão.</p><p>- Pelagem curta áspera: 3x mais pêlos primários do que secundários. Menor peso. Exemplo: Rottweiler e</p><p>Fox Terrier.</p><p>77</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>- Pelagem curta fina: 2x menos pêlos primários do que secundários. Mais pelo por área. Exemplo: Bulldog.</p><p>- Pelagem longa fina: Maior peso de pêlos lisos, com caimento. Exemplo: Chow chow e Cocker.</p><p>- Pelagem longa áspera/lanosa: Perdem pouco pelo, por ter uma troca lenta. Pêlos secundários: 70% do</p><p>peso da pelagem e 80% do número de pêlos. Exemplo: Poodle</p><p>Felinos: 3x mais pêlos secundários do que primários. Dorsalmente – 10:1, ventralmente – 24:1</p><p>- Pelagem curta (original): 4,5 cm</p><p>- Pelagem longa: 12,5 cm</p><p>- Pelagem crespa: Pêlos primários alterados/ausentes</p><p>Equinos</p><p>- 2000-3000 Pêlos primários/cm³</p><p>- 3000 – 5000 Pêlos secundários/cm³</p><p>7) Identificação</p><p>Idade: Jovens tem mais sarna demodécica</p><p>Raça: Ter ou não maior quantidade de pelo. Exemplo: Sharpei tem dobras, tendo maior temperatura e</p><p>umidade, sendo estas, regiões propensas a problemas dermatológicos. Certas raças não tem pêlos ou os</p><p>mesmo são muito finos ou apenas se encontram nas extremidades.</p><p>Sexo: Não se tem muitas diferenças, problemas endócrinos/hormonais podem estar ligados a problemas</p><p>dermatológicos</p><p>Cor: Animais albinos tem mais propensão a tipos neoplásicos.</p><p>8) Anamnese (DETALHADA)</p><p>Queixa principal: Pode não estar relacionada a causa presente no paciente</p><p>História dermatológica, história clínica anterior</p><p>Quando começou?</p><p>Sazonalidade?</p><p>Onde começou (em que parte do corpo)? Como iniciou?</p><p>Modificou-se? Disseminou?</p><p>Há outros animais ou pessoas com lesões?</p><p>Tratamentos prévios? Resultado?</p><p>Prúrido? (Pode não apresentar prurido no momento do exame, por ansiedade ou estresse na consulta, não</p><p>significa que o quadro não seja pruriginoso; Avaliar intensidade, localização e época do ano)</p><p>9) Exame Físico Geral</p><p>10) Exame Físico Específico Exame Dermatológico</p><p>Inspeção direta</p><p>- Distribuição: Localizada: Única ou poucas lesões, em um único lugar</p><p>Disseminada: Metade corpórea, até 50%</p><p>Generalizada: + de 60% do corpo apresenta lesão</p><p>Universal: Todo o corpo</p><p>- Topografia: Simétrica</p><p>Assimétrica</p><p>- Profundidade: Superficial</p><p>Profunda</p><p>78</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Configuração das Lesões</p><p> Alteração de cor</p><p>- Manchas Vásculo-sanguíneas:</p><p>Eritema (Dilatação Vascular);</p><p>Púrpura (Extravasamento de hemoglobina);</p><p>Diferenciação: Comprime a pele com uma lâmina de vidro, se ficar branco é eritema</p><p>Telangiectasia (Capilares que estão na periferia ficam evidentes, podendo ser por afinamento da</p><p>pele);</p><p>- Manchas Pigmentares ou Discrômicas:</p><p>Hipocromia (A área que antes era pigmentada começa a perder o tom)</p><p>Hipercromia (Aumento da pigmentação)  NÃO pode ter relevo</p><p>Acromia: Ultrapassa a camada córnea (Despigmentação, ausência de melanina, vitiligo)</p><p>1 cm de diâmetro: Mácula. Mais de 1 cm de diâmetro: Mancha.</p><p> Formações sólidas</p><p>- Pápula: Até 1 cm (Elevações sólidas, aumento de pele – diferente da mácula)</p><p>- Nódulo: 1 a 3 cm (é elevado)</p><p>- Placa: Acima de 2 cm (é linear)</p><p>- Tumor: Acima de 3 cm</p><p>- Goma: Nódulo/tumor que ulcerou (perda central)</p><p>- Verrucosidade: Espessamento da pele. Sólido, áspero, duro, aumento da camada córnea.</p><p> Coleções líquidas</p><p>- Vesícula: Até 1 cm. (Líquido pálido, transparente, sem contaminante)</p><p>- Pústula: Até 1 cm (Conteúdo purulento)</p><p>- Bolha: Mais de 1 cm (Seguimento da vesícula)</p><p>- Cisto: Tamanho variável (Conteúdo pastoso)</p><p>- Abcesso: Tamanho variável (Encapsulado, com conteúdo purulento)</p><p>- Flegmão: Tamanho variável (Não encapsulado, com conteúdo purulento)</p><p>- Hematoma: Tamanho variável</p><p> Alteração de espessura</p><p>- Hiperqueratose: Aumento de espessura</p><p>- Lignificação (“Pele de velho”, com rachaduras)</p><p>- Edema</p><p>- Cicatriz</p><p> Perdas e Reparações Teciduais</p><p>- Escama: Escamação da pele, caspa.</p><p>- Erosão: Perda superficial da epiderme, pontual.</p><p>- Escoriação: Mais profundo que erosão, sempre linear.</p><p>- Ulceração: Ultrapassa camada basal.</p><p>- Colarinho epidérmico: Resquício de pele que fica após a pústula, estrato córneo morto.</p><p>- Afta: Ulceração da mucosa</p><p>- Crosta: Acúmulo de resto celular</p><p>- Fístula: Perda tecidual que comunica 2 locais</p><p>- Lesões Associadas: Papulocrostosas</p><p>Eritema-papulosas</p><p>79</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Vesículo-bolhosas</p><p>Ulcerocrostosas</p><p>Erodoulcerativas</p><p>- Lesões Particulares: Celulite (Inflamação da derme, tecido subcutâneo)</p><p>Corno (Grau máximo de Hiperqueratose)</p><p>Milium (Pequeno cisto de queratina, superficial)</p><p>Comedo (Acúmulo de corneócitos – Cravo branco; Ou acúmulo de queratina e</p><p>sebum – Cravo preto)</p><p>Alopecia (Perda total ou parcial dos pêlos)</p><p>- Prurido: Avaliação de presença</p><p>Intensidade</p><p>Manifestação do prurido</p><p>Localização</p><p>Época</p><p>11) Exames Complementares</p><p>Raspado cutâneo</p><p>- Exame Direto de Ectoparasitas</p><p>- Cultura Fúngica e Bacteriana</p><p>Zaragatoas</p><p>- Exame Direto de Fungos e Bactérias</p><p>- Cultura Fúngica e Bacteriana</p><p>Técnica do Carpete</p><p>- Culturas Fúngica e Bacteriana</p><p>Hemograma</p><p>Biópsia Cutânea (Histopatológico)</p><p>Citologia Aspirativa</p><p>Teste da Fita Adesiva</p><p>Diascopia</p><p>Luz de Wood</p><p>Tricograma</p><p>RAST e ELISA</p><p>Teste intradérmico</p><p>12) Exame da Orelha</p><p>Revisão Anatômica</p><p>- Orelha Externa: Pavilhão Auricular</p><p>Meato Acústico Externo</p><p>- Orelha Média</p><p>- Orelha Interna</p><p>Histórico Clínico: Espécie, Raça, Idade e Sexo,</p><p>Comportamento, presença de odor ou secreção</p><p>Inspeção Direta</p><p>Inspeção Indireta (Otoscopia)</p><p>Palpação</p><p>Testes Específicos</p><p>80</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>- Exame do cerúmen: Parasitológico</p><p>Citológico</p><p>Cultura</p><p>- Exame Radiográfico</p><p>- Otoscopia Vídeo-Assistida</p><p>- Biópsia e Histopatologia</p><p>- Tomografia Computadorizada</p><p>curar</p><p>Manter capacidade funcional do(s) órgão(s) cometido(s)</p><p>4</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>8) Exame Clínico: Sequencial e sistemático</p><p>Plano geral:</p><p> Identificação – resenha;</p><p>- Espécie; Raça; Sexo; Idade; Pelagem; Procedência: Proprietário, endereço; Peso.</p><p> Anamnese – investigação (baseado na queixa);</p><p>- Estabelece a relação cliente-veterinário; 50% diagnóstico 50% erro!</p><p>- Estrutura:</p><p>Queixa principal;</p><p>Dados para serem questionados quanto à queixa:</p><p> Início (quando e como)</p><p> Evolução: tempo (como iniciou e como está agora)</p><p> Duração e frequência</p><p> Fatores de melhora e piora</p><p> Sintomas/Sistemas associados – Clínica</p><p> Tratamentos anteriores e respostas aos mesmos</p><p>Dicas:</p><p> Iniciar com perguntas abertas – não podem ser respondias com sim ou não.</p><p> Evitar “por quê?” – culpa</p><p> Revise informações</p><p>Postura profissional:</p><p> Profissional crítico, repressor, duvidoso, impaciente  Nervosismo e ansiedade no</p><p>proprietário  Informações erradas ou deturpadas  Diagnóstico prejudicado!</p><p>História (Sistemas envolvidos, Sistemas relacionados, outros sistemas);</p><p>Hábitos (Histórico reprodutivo, manejo, dieta, vacinação, vermifugação, controle de ectoparasitas);</p><p>Contactantes;</p><p>Antecedentes;</p><p> Exame físico geral ou específico;</p><p> Solicitação e interpretação de exames;</p><p> Diagnóstico e prognóstico;</p><p> Tratamento.</p><p>Exploração clínica – métodos gerais:</p><p> Inspeção: Utilizando o sentido da visão, esse procedimento de exame se inicia antes mesmo do início da</p><p>anamnese. Pela inspeção investiga-se a superfície corporal e as partes mais acessíveis das cavidades em</p><p>contato com o exterior.</p><p>Pode ser:</p><p>- Panorâmica: Quando o animal é visualizado como um todo (condição corporal);</p><p>- Localizada: Atentando-se para alterações em uma determinada região do corpo (glândula mamária,</p><p>face, membros);</p><p>- Direta: A visão é o principal meio utilizado pelo clínico. Nessas condições, observam-se principalmente</p><p>os pêlos, pele, mucosas, movimentos respiratórios, secreções, aumento de volume, cicatrizes,</p><p>claudicação, entre outros.</p><p>- Indireta: Feita com o auxílio de aparelhos, tais como: de iluminação (otoscópio, laringoscópio,</p><p>oftalmoscópio, os quais são utilizados para examinar cavidades do organismo); de Raios X; Microscópio;</p><p>Aparelhos de mensuração; de Registros gráficos (eletrocardiograma); de Ultra-sonografia.</p><p>5</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Palpação: É a utilização do sentido táctil ou da força muscular, usando-se as mãos, as pontas dos dedos, o</p><p>punho, ou até instrumentos, para melhor determinar as características de um sistema orgânico ou da área</p><p>explorada. O sentido do tato fornece informações sobre estruturas superficiais ou profundas, como, por</p><p>exemplo, o grau de oleosidade da pele de pequenos animais e a avaliação de vísceras ou órgãos genitais</p><p>internos de grandes animais, pela palpação abdominal e transretal, respectivamente. Percebe-se: textura,</p><p>espessura, consistência, sensibilidade, temperatura, volume, dureza, elasticidade, etc.</p><p>Tipos de palpação:</p><p>- Palpação com a mão espalmada, usando toda a palma de uma ou ambas as mãos.</p><p>- Palpação com a mão espalmada, usando apenas as polpas digitais e parte ventral dos dedos.</p><p>- Palpação usando-se o polegar e o indicador, formando uma pinça.</p><p>- Palpação com o dorso dos dedos ou das mãos. Específico para a avaliação de temperatura.</p><p>- Digito- pressão realizada com a polpa do polegar ou indicador. Consiste na compressão de uma área</p><p>com diferentes objetivos: Pesquisar a existência de dor, detectar a presença de edema (godet positivo)</p><p>e avaliar a circulação cutânea.</p><p>- Punho-pressão é feita com a mão fechada, particularmente, em grandes ruminantes, com a finalidade</p><p>de avaliar a consistência de estruturas de maior tamanho (rúmen, abomaso) e para denotar, também,</p><p>aumento de sensibilidade na cavidade abdominal.</p><p>- Vitro-pressão é realizada com a ajuda de uma lâmina de vidro que é comprimida contra a pele,</p><p>analisando-se a área por meio da própria lâmina. Sua principal aplicação é permitir a distinção entre</p><p>eritema e púrpura (o eritema desaparece e a púrpura não se altera com a vitro ou digito-pressão)</p><p>- Para pesquisa de flutuação, aplica-se a palma da mão sobre um lado da tumefação, enquanto a mão</p><p>oposta exerce sucessivas compressões perpendiculares à superfície cutânea. Havendo líquido, a pressão</p><p>determina um leve rechaço do dedo da mão esquerda, ao que se denomina flutuação.</p><p>Tipos de consistência:</p><p>- Mole: Quando uma determinada estrutura reassume sua forma normal após cessar a aplicação de</p><p>pressão à mesma (tecido adiposo). É uma estrutura macia, porém flexível.</p><p>- Firme: Quando uma estrutura oferece resistência à pressão, mas acaba cedendo e voltando ao normal</p><p>com o seu fim (fígado, músculo).</p><p>- Dura: Quando a estrutura não cede, por mais forte que seja a pressão (ossos e alguns tecidos</p><p>tumorais).</p><p>- Pastosa: Quando uma estrutura cede facilmente à pressão e permanece a impressão do objeto que a</p><p>pressionava, mesmo quando cessada (edema: sinal de godet positivo).</p><p>- Flutuante: É determinada pelo acúmulo de líquidos, tais como sangue, soro, pus ou urina em uma</p><p>estrutura ou região, resultará em um movimento ondulante, mediante a aplicação de pressão</p><p>alternada. Se o líquido estiver muito comprimido, as ondulações poderão estar ausentes.</p><p>- Crepitante: Observada quando um determinado tecido contém ar ou gás em seu interior. Tem-se, à</p><p>palpação, a sensação de movimentação de bolhas gasosas. É facilmente verificado nos casos de</p><p>enfisema subcutâneo.</p><p>Auscultação: Consiste na avaliação dos ruídos que os diferentes órgãos produzem espontaneamente.</p><p>Normalmente com o auxílio de um estetoscópio. Este método é usado principalmente nos pulmões, onde é</p><p>possível evidenciar os ruídos respiratórios normais e os patológicos; No coração, na auscultação das bulhas</p><p>cardíacas normais e suas alterações para reconhecer sopros e outros ruídos; E na cavidade abdominal, para</p><p>detectar os ruídos inerentes ao sistema digestório de cada espécie animal.</p><p>Pode ser:</p><p>- Direta ou Imediata: Quando se aplica diretamente o ouvido a área examinada.</p><p>- Indireta ou mediata: Quando se utilizam aparelhos de auscultação, como: estetoscópio,</p><p>fonendoscópio, Doppler.</p><p>6</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Tipos de Ruídos determinados na ausculta:</p><p>- Aéreos: Ocorrem na movimentação de massas gasosas (movimentos inspiratórios: passagem de ar</p><p>pelas vias aéreas);</p><p>- Hidroaéreos: Causado pela movimentação de massas gasosas em um meio líquido (borborigno</p><p>intestinal);</p><p>- Líquidos: Produzidos pela movimentação de massas líquidas em uma estrutura (sopro anêmico);</p><p>- Sólidos: Deve-se ao atrito de duas superfícies sólidas rugosas, como o esfregar de duas folhas de</p><p>papel (roce pericárdio na pericardite);</p><p>Percussão: É um método físico do exame em que, através de pequenos golpes ou batidos, aplicados a</p><p>determinada parte do corpo, torna-se possível obter informações sobre a condição dos tecidos adjacentes, e</p><p>mais particularmente, das porções mais profundas. O método consiste na percepção de vibrações no ponto</p><p>de impacto, produzindo sons audíveis, com intensidade ou tons variáveis quando refletidos de volta, devido</p><p>às diferenças na densidade dos tecidos.</p><p>Técnicas de percussão:</p><p>- Percussão Digito-digital</p><p>- Percussão Martelo-pleximétrica</p><p>- Percussão Digital</p><p>Sons:</p><p>- Maciço: As regiões compactas, desprovidas completamente de ar, produzem um som de pouca</p><p>ressonância, curta duração e fraca intensidade. É o som que se ouve quando se percute a musculatura</p><p>da coxa, pode ser ouvido também na região hepática e cardiáca</p><p>- Submaciço: Se o órgão percutido contiver ar que possa se movimentar, produz um som de média</p><p>intensidade, duração e ressonância, que é o som claro. O mesmo que se ouve ao repercutir um</p><p>pulmão sadio. É produzido também por gases e paredes distendidas.</p><p>- Timpânico:</p><p>Os órgãos ocos, com grandes cavidades repletas de ar ou gás e com as paredes</p><p>semiestendidas, produzem um som de maior intensidade e ressonância, que varia segundo a pressão do</p><p>ar ou gás contido, como se fosse um tambor a percutir. É o som que se ouve quando se percute o</p><p>abdome.</p><p>- Sons especiais: Sons metálicos</p><p>Olfação: Método de exploração clínica que se baseia pelo olfato, empregado no exame de transpirações</p><p>cutâneas, do ar expirado e das secreções. Exemplo: Em vacas com acetonemia eliminam um odor que lembra</p><p>acetona; Hálito com odor urêmico aparece em doentes de uremia; A halitose é um odor desagradável que</p><p>pode ser determinado por diferentes causas, como: cáries dentárias, tártaros, afecções periodontais,</p><p>presença de corpos estranhos na cavidade oral e esôfago, infecções de vias aéreas, alterações metabólicas e</p><p>algumas e algumas afecções do sistema digestório. O odor de cães com gastroenterite hemorrágica (como a</p><p>parvovirose) é característico e inesquecível, assim como a secreção da glândula ad anal.</p><p>7</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Métodos complementares de exame</p><p>Objetivos: confirmar doença, confirmar causa da doença, avaliar severidade, determinar a evolução, verificar</p><p>eficácia de determinado tratamento.</p><p>Exames:</p><p>Punção (Centese) exploratória: Consiste na exploração de órgãos ou cavidades internas, através da</p><p>passagem de um trocarte, agulha, cânula e similar, dos quais é retirado material para ser examinado com</p><p>relação aos seus aspectos físicos, químicos, citológicos e bacteriológicos. Pode-se interferir sobre</p><p>hematomas, abscessos e derrame cavitários.</p><p>Biópsia: Consiste na colheita de pequenos fragmentos teciduais de órgãos como os pulmões, fígado, rins</p><p>entre outros, para realização de exame histopatológico.</p><p>Exames laboratoriais: Os procedimentos laboratoriais incluem os exames físico-químicos, hematológicos,</p><p>bacteriológicos, parasitológicos e determinação enzimática.</p><p>Inoculações diagnósticas: Suspeitando de uma determinada enfermidade, inocula-se o material</p><p>proveniente do animal doente em animais de laboratório, para verificar o aparecimento da doença.</p><p>Reações alérgicas: São exames que provocam respostas sensíveis nos animais, mediante a inoculação em</p><p>seus tecidos, de algum antígeno sob a forma de uma proteína derivada de micro-organismos específicos que</p><p>estejam ou tenham infectado o animal (testes de tuberculina).</p><p>Outros exames complementares mais específicos: Radiografia, eletrocardiografia, tomografia,</p><p>ultrassonografia...</p><p>EXAME CLÍNICO GERAL</p><p>1. Identificação do animal ou dos animais (resenha): Espécie; Raça; Sexo; Idade;</p><p>2. Investigação da história do animal (anamnese).</p><p>a) Fonte e confiabilidade;</p><p>b) Queixa principal;</p><p>c) História médica recente (HMR);</p><p>d) Comportamento dos órgãos (revisão dos sistemas);</p><p>e) História médica pregressa (HMP);</p><p>f) História ambiental e de manejo;</p><p>g) História familiar ou do rebanho.</p><p>3. Exame Físico:</p><p> Geral: avaliação do estado geral do animal (atitude, comportamento, estado nutricional, estado de</p><p>hidratação, coloração de mucosas, exame de linfonodos, etc.) parâmetros vitais (frequência cardíaca,</p><p>frequência respiratória, temperatura, movimentos ruminais e/ou cecais);</p><p> Especial: exame físico direcionado ao(s) sistema(s) envolvido(s).</p><p>4. Solicitação e interpretação dos exames subsidiários (caso necessário).</p><p>5. Diagnóstico e prognóstico.</p><p>6. Tratamento (resolução do problema).</p><p>Importância do exame físico em Medicina Veterinária</p><p>1. Pacientes incapazes de se comunicar verbalmente;</p><p>2. Queixa principal é diferente do sistema primeiramente acometido;</p><p>3. Avaliação rotineira do paciente x Estado atual;</p><p>4. Avaliar outros sistemas (neoplasias ou/e metástases)</p><p>8</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>1) Diferença: Exame Clínico x Exame Físico</p><p>O exame clínico reuni várias informações necessárias para o estabelecimento de um diagnóstico. Enquanto</p><p>que o exame físico é um quesito do exame clínico.</p><p>Passos durante a avaliação física</p><p>Adoção de uma sequencia  Hábito  Evita erros diagnósticos</p><p>2) Exame Físico Geral ou de Rotina</p><p>Nível de consciência: Alerta (normal), Ausente (coma), Diminuído (deprimido, apático) e Aumentado</p><p>(excitado). Levar em consideração temperamento de cada espécie e raça.</p><p>Postura e locomoção: Normal ou anormal, como: Estação, decúbito (esternal, lateral); Postura Ortopnéica</p><p>(dificuldade respiratória); Cavalete (alteração do equilíbrio) e Movimento. Em animais doentes pode se ver</p><p>cabeça baixa, afastamento do rebanho ou se levantam com dificuldade, podem ter também posições</p><p>características de uma doença, sugerindo dor localizada, fratura, luxação ou doenças neurológicas. Observa-</p><p>se o animal em repouso e em movimento.</p><p>Condição Física ou Corporal: Obeso, gordo, normal, magro e caquético. Não utilizar bom ou ruim.</p><p>- Causas endógenas: Distúrbio endócrino. Exemplo: Hipotireoidismo.</p><p>- Causas Exógenas: Excesso ou falta de alimentação/má orientação alimentar</p><p>Pelame: Pêlos limpos e brilhantes ou eriçados e com ectoparasitas (carrapatos, piolhos, pulgas e etc). Se</p><p>há lesões ou não, se sim: Lesão única ou múltiplas, se são simétricas ou assimétricas. É possível medir o nível</p><p>de desidratação do animal (elasticidade da pele).</p><p>- Grau de desidratação:</p><p>Porcentagem Grau Avaliação Física</p><p>Até 5% Não aparente Sem Alteração no pregueamento</p><p>Entre 6 e 8% Leve Demora de 2 a 4 segundos para a pele voltar ao normal.</p><p>Elasticidade da pele reduzida</p><p>Entre 8 e 10% Moderada Demora de 6 a 10 segundos para a pele voltar ao normal.</p><p>Elasticidade da pele ainda mais reduzida.</p><p>Entre 10 e 12% Grave Demora mais de 10 segundos para a pele voltar ao normal.</p><p>Alta redução da elasticidade da pele.</p><p>Maior que 12% Gravíssima Faz o pregueamento e a pele não retorna, podendo dobrar em</p><p>alguns casos. Coma ou possível óbito</p><p>- Prega cutânea: Relacionada com a elasticidade e lubrificação do tecido subcutâneo. Se demorar pra</p><p>se desfazer, significa que não tem lubrificação para ter a mobilidade necessária da pele. Se pega a pele</p><p>e não apenas o pelo, pegar no final da cervical. Não pode ser na cervical, pois já possuem maior</p><p>elasticidade nesta região. Levar em consideração: postura do paciente, individualidade de raça. Por</p><p>exemplo: Shar pei já tem várias pregas de pele.</p><p>9</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Formato abdominal: Normal ou anormal (Timpanismo, ascite, etc).</p><p>Características respiratórias: Eupnéia ou Dispnéia (postura ortopnéica). Tipo respiratório, secreção nasal,</p><p>etc.</p><p>Outros: Apetite, sede, defecação, vômito, secreções (vaginal, nasal, ocular), micção e etc.</p><p>3) Avaliação dos Parâmetros Vitais</p><p>Frequência cardíaca (FC) - Valores de referência</p><p>Espécie (adulto) FC (Batimentos Cardíacos/minuto)</p><p>Cão 60-160</p><p>Gatos 120-240</p><p>Equinos 28-40</p><p>Bovinos 60-80</p><p>Caprinos 95-120</p><p>Ovinos 90-115</p><p>Tamanho dos cães alteram batimentos: Quanto menor o animal maior o número de batimentos.</p><p>Gatos podem apresentar grande variação no número de batimentos em decorrente do estresse.</p><p>3º ao 6º espaço intercostal</p><p>Frequência respiratória (FR) - Valores de referência</p><p>Espécie (adulto)</p><p>FR (Movimentos</p><p>respiratórios/minuto)</p><p>Cão 18-36</p><p>Gatos 20-40</p><p>Equinos 12-24</p><p>Bovinos 20-40</p><p>Ovinos 20-40</p><p>Temperatura Corporal</p><p>A temperatura da mão do examinador e a temperatura da pele do animal influenciam. É necessária uma</p><p>contenção eficaz, lubrificação, aferição e a coluna de mercúrio. O termômetro precisa ficar por no mínimo 2</p><p>minutos em contato com a mucosa do animal.</p><p>10</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Normotermia (dentro do fisiológico)</p><p>*Febre Intermitente: Febre que desaparece e volta em curto tempo.</p><p>Valores de referência</p><p>Espécie (adulto) Temperatura retal (ºC)</p><p>Cão 37,5-39,2</p><p>Gatos 37,8-39,2</p><p>Equinos 37,5-39,2</p><p>Bovinos 37,8-39,2</p><p>Caprinos 38,6-40</p><p>Ovinos 38,5-40</p><p>Levar</p><p>em consideração temperatura ambiente.</p><p>Causas de erro:</p><p>- Defecação e enema recentes;</p><p>- Aferição pouco profunda;</p><p>- Pouco contato;</p><p>- Ar no reto;</p><p>- Tempo.</p><p>Exame das mucosas</p><p>Mucosa ocular, nasal, bucal, vulva, prepucial, anal.</p><p>Verificar:</p><p>- Coloração;</p><p>- Ulcerações;</p><p>- Hemorragias;</p><p>- Secreções:</p><p>Fluida; (Alergia)</p><p>Serosa; (Nos bovinos é fisiológico)</p><p>Mucosa; (Brancas – Processos virais)</p><p>Purulenta; (Contaminação bacteriana)</p><p>Sanguinolenta;</p><p>Alteração na coloração das mucosas</p><p>Denominação Coloração Significado</p><p>Rósea Rosa claro Fisiológico</p><p>Pálida Esbranquiçada Anemia</p><p>Congesta ou hiperêmica Avermelhada Aumento da permeabilidade vascular</p><p>Cianótica Azulada Transtorno na hematose</p><p>Ictérica Amarelada Hiperbilirrubinemia</p><p>Mucosa do gato é geralmente rosa mais pálido.</p><p>11</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Tempo de preenchimento capilar (TPC)</p><p>Animais Sadios 1-2 segundos</p><p>Animais Desidratados 2-4 segundos</p><p>Animais Gravemente Desidratados Mais de 5 segundos</p><p> Localização: preferencialmente sobre incisivos superiores; algum local que não seja manchado.</p><p>Avaliação dos linfonodos</p><p>Equinos Submandibular, Retrofaríngeo, Pré-escapular, Pré-femural</p><p>Bovinos Submandibular, Pré-escapular, Pré-femural</p><p>Cães Submandibular, Pré-escapular, Iguinal no macho/Mamário na fêmea, Poplíteo</p><p>Avaliar: Tamanho, simetria, consistência, mobilidade, temperatura, sensibilidade.</p><p>Qualquer alteração pode indicar patologia, local ou periférica. Como os linfonodos não estão diretamente</p><p>relacionados a nenhum sistema, podem estar relacionados a qualquer sistema.</p><p>Procedimentos complementares na avaliação dos linfonodos: biopsia.</p><p>Sistema Cardiocirculatório</p><p>Composto por coração, artérias e veias</p><p>Pequena circulação, grande circulação</p><p>1) Conceitos:</p><p>Congênito x adquirido: As alterações podem ser congênitas (decorrem muitas vezes na vida uterina) e</p><p>adquiridas (animal adulto acaba desenvolvendo porque foi colocado em contato com determinado fator, seja</p><p>tóxico, infeccioso, neoplásico)</p><p>Individual x Rebanho: A grande maioria das alterações cardiovasculares é individual. Exemplo: Retículo</p><p>pericardite traumática. Porém existem também alterações de rebanho. Exemplo: Tristeza parasitaria,</p><p>babesiose, anaplasmose.</p><p>2) Identificação</p><p>Espécie;</p><p>Idade (geralmente: animais mais novos alterações congênitas, animais mais velhos alterações adquiridas);</p><p>Raça;</p><p>Peso/porte;</p><p>12</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Exemplo: Degeneração válvula mitral em pequenos cães, cardiomiopatia dilatada em grandes cães.</p><p>Uso ou função.</p><p>3) Anamnese</p><p>Queixa principal;</p><p>Principais indícios de envolvimento do sistema circulatório:</p><p>- Cansaço, perda de performance e intolerância ao exercício;</p><p>- Emagrecimento progressivo;</p><p>- Tosse;</p><p>- Edemas, veia jugular e/ou mamária dilatadas;</p><p>- Fraqueza geral, decúbito, perda parcial de apetite ou anorexia (por má oxigenação tecidual, má</p><p>absorção de nutrientes);</p><p>- Taquicardia, taquipnéia e febre recidivante (febre nas alterações infecciosas);</p><p>- Mucosas cianóticas ou pálidas;</p><p>- Morte súbita.</p><p>Histórico pregresso;</p><p>Histórico atual:</p><p>- Evolução do quadro</p><p>- Uso ou não de medicamentos;</p><p>Manejo:</p><p>- Alimentação;</p><p>- Vacinas;</p><p>- Local em que o animal vive;</p><p>- Função a qual se destino;</p><p>4) Exploração Clínica</p><p> Inspeção: Olhar todos os lados possíveis do animal, avaliando simetria, alguma desproporção, lesão</p><p>externa, algum indicativo.</p><p>Sinal de Godet: Se é positivo, é sinal de edema.</p><p>13</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p> Edema Passivo: NÃO tem temperatura e sensibilidade aumentadas, somente</p><p>extravasamento de líquidos.</p><p> Edema Ativo: Inflamatório, temperatura e sensibilidade aumentadas.</p><p> Ascite: Aumento de volume abdominal ventral</p><p>Aumento de volume abdominal: ascite ou edema? Para determinar se é liquido ou não:</p><p>liquido acompanha a gravidade.</p><p>- Inspecionar Vasos sanguíneos, principalmente veia jugular</p><p>*Veia mamária é alterada em vacas de alta produção de leite.</p><p>Importante</p><p>Ver o pulso venoso</p><p>Pressiona-se o meio da jugular, avaliando-se o fluxo. Se ocorrer</p><p>regurgitação apenas da parte superior é Positivo.</p><p>- Inspecionar Vasos Episclerais: Indicativo de circulação periférica (localizados na esclera, no olho.</p><p>Melhor visualizados em bovinos)</p><p>14</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p> Palpação: Principalmente em pequenos animais e neonatos. Avalia-se aumento de volume abdominal.</p><p>- Efusões abdominais (líquido dentro do abdome);</p><p>- Hepatomegalia (aumento do fígado, sobrecarga do fígado pela má circulação periférica);</p><p>Percussão: Som Maciço, podendo ser:</p><p>- Absoluta. Exemplo: Equinos, pois tem o coração direto no tórax.</p><p>- Relativa. Exemplo: Bovinos, pois tem o coração e o pulmão depois do tórax.</p><p>*Coração em contato direto ou não com tórax: Percussão será mais ou menos maciça.</p><p>5) Exame clinico geral</p><p>Mucosas:</p><p>- Cianótica ou pálida.</p><p>TPC</p><p>- Desidratação: Diminuição do sangue circulante, TPC demora mais de 2 segundos.</p><p>Linfonodos;</p><p>Frequência Cardíaca;</p><p>- Frequência cardíaca alterada para compensar a baixa oxigenação tecidual ou falhas cardíacas onde</p><p>não se consegue manter o volume circulante.</p><p>Frequência Respiratória;</p><p>- Frequência respiratória alterada para compensar a baixa oxigenação tecidual ou falhas cardíacas</p><p>onde não se consegue manter o volume circulante.</p><p>Movimentos ruminais ou Cecais;</p><p>Temperatura retal;</p><p>Condição nutricional.</p><p>6) Exame clinico especifico para cardiocirculatório</p><p>Auscultação das bulhas cardíacas:</p><p>- 1ª bulha: Fechamento mitral e tricúspide, turbilhonamento do sangue nos ventrículos e contração</p><p>dos ventrículos.</p><p>- 2ª bulha: Fechamento da válvula aórtica e pulmonar.</p><p>- 3ª bulha: Vibração do enchimento ventricular rápido.</p><p>- 4ª bulha: Vibração da Sístole Atrial.</p><p>15</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Alterações:</p><p>- Hiperfonese de bulhas: Animais muito magros. Ocorre quando tem diminuição da viscosidade</p><p>sanguínea, quando há ruptura de hemácias (comum na TPB).</p><p>- Hipofonese de bulhas: Animais muito gordos.</p><p>- Alteração do ritmo: Arritmia (perda total do ritmo) ou Disritmia (Alteração constante).</p><p>Auscultação das válvulas cardíacas:</p><p>- Quais são? Válvula pulmonar, Válvula aórtica, Válvula Mitral e Válvula Tricúspide.</p><p>Dica</p><p>PAM – 345</p><p>P-3: Válvula Pulmonar – 3º Espaço Intercostal do lado</p><p>esquerdo</p><p>A-4: Válvula Aórtica – 4º Espaço Intercostal do lado</p><p>esquerdo</p><p>M-5: Válvula Mitral – 5º Espaço Intercostal do lado</p><p>esquerdo</p><p>T-4</p><p>Válvula Tricúspide – 4º Espaço Intercostal do lado</p><p>direito (Maior ocorrência)</p><p>Sopro Cardíaco: Disfunção de uma válvula que não está fechando adequadamente. Na presença de sopro,</p><p>auscultam-se os 4 pontos para identificar a válvula problemática. Vê-se se o sopro é fisiológico ou não</p><p>submetendo o animal a exercícios.</p><p>Graus do Sopro:</p><p>- Grau 1: Suave, após longo período de auscultação.</p><p>- Grau 2: Suave, auscultação imediata em foco valvar.</p><p>- Grau 3: Leve a Moderado.</p><p>- Grau 4: Moderado a Grave, sem frêmito.</p><p>- Grau 5: Som claro, com frêmito palpável.</p><p>- Grau 6: Sopro grave, frêmito palpável e auscultação mesmo com estetoscópio afastado do tórax.</p><p>*Frêmito: Sente-se na palma da mão o coração vibrando de forma diferente.</p><p>Causas:</p><p>- Diminuição da viscosidade sanguínea</p><p>- Alterações valvulares (inflamatórias – endocardites; degenerativas – endocardioses)</p><p>- Vaso com diâmetro grande (ocorre fisiologicamente no equino)</p><p>*O sopro pode ser temporário.</p><p>16</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Classificação quanto ao tipo:</p><p>- Orgânicos</p><p>- Funcionais</p><p>Classificação quanto ao momento:</p><p>- Sistólico: Entre 1º e 2º bulha;</p><p>- Diastólico: Entre 2º e 1º bulha;</p><p>Choque Cardíaco (Quando se sente</p><p>o batimento cardíaco ao colocar a mão no tórax; É gerado em maior</p><p>intensidade em espécies com contato direto coração-tórax)</p><p>- Intensidade</p><p>- Localização</p><p>Pulso: Avaliação da intensidade e da frequência (a frequência precisa ser compatível ao coração). Número</p><p>de pulsos está para o número de batimentos cardíacos.</p><p>- Taquisfigmia: Frequência do pulso aumentada</p><p>- Bradisfigmia: Frequência do pulso diminuída</p><p>- Amplitude</p><p>- Tensão</p><p>Avaliações Arteriais:</p><p>- Artéria facial (bovinos):</p><p>- Artéria femural (carnívoros):</p><p>- Artéria digital (equinos):</p><p>Auscultação Pulmonar: Pode indicar edema pulmonar e alteração circulatória. Avalia-se os 2 pulmões. Se</p><p>tem presença de líquido, se tem a presença de crepitação.</p><p>17</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>7) Provas de dor: Determinam a sensibilidade nas regiões do retículo, diafragma e coração.</p><p>Pinçamento do dorso: A vaca relaxa largando todo o peso do abdome sobre o retículo, se ela tiver dor vai</p><p>responder positivamente ao teste.</p><p>Punho fechado: Pressiona-se fortemente na região do retículo (lado esquerdo, 6-8º espaço intercostal,</p><p>atrás da articulação radio-ulnar) e se solta, caso o animal tiver dor, ele responderá positivamente.</p><p>Plano inclinado: Animal fica em declive, rúmen faz peso sobre o retículo, o animal responderá se tiver dor.</p><p>Prova do bastão</p><p>18</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>8) Métodos auxiliares de diagnóstico</p><p>Avaliação Cardíaca após esforço;</p><p>Pressão arterial: Se tem sobrecarga na circulação, pode ser deficiência cardíaca ou circulatória; Se tem</p><p>perda cardíaca, a pressão tende a diminuir</p><p>- Métodos não invasivos: Esfigmomanômetro, Doppler vascular;</p><p>- Métodos invasivos;</p><p>Ultrassonografia: Imagens brancas, estruturas com maior espessura, áreas enegrecidas e presença de</p><p>liquido. Importante pra avaliar presença de liquido, e pra fazer pericárdio centese (coletar líquido do</p><p>pericárdio).</p><p>- Espessura das paredes;</p><p>- Movimentação;</p><p>- Válvulas;</p><p>Eletrocardiograma: Principalmente em pequeno porte</p><p>- Mensurar FC;</p><p>- Ritmo cardíaco;</p><p>- Analisar as ondas P (ativação atrial), T (onda de recuperação) e complexos QRS (ativação ventricular)</p><p>e comparar com aqueles registrados em animais sadios.</p><p>- 3 ou 5 eletrodos</p><p>19</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>*A partir da formação das ondas se determina em que porção do coração há alteração.</p><p>*Bradicardia há um maior espaçamento entre uma onda e outra. Taquicardia diminui o intervalo entre elas.</p><p>*Disritmia: Alteração em espaços frequentes, alteração rítmica.</p><p>*Arritmia: Ausência completa de ritmo.</p><p>Radiografia: Bastante utilizada para determinar o tamanho do coração, sua área e a relação com o</p><p>tamanho das vértebras pra ver se está aumentado ou diminuído. Muito usada em pequenos animais e</p><p>neonatos;</p><p>Pericardiocantese;</p><p>Abdominocentese: Diagnóstico diferencial. Punção do abdome. Para cada uma das espécies tem local</p><p>adequado para punção, mas geralmente é na Linha Alba, porção mais central e ventral do abdome.</p><p>- Edema;</p><p>- Hemorragia interna;</p><p>- Ruptura de uretra ou bexiga;</p><p>- Peritonite ou Pleuritre;</p><p>Cuidados:</p><p>- Fazer antissepsia;</p><p>- Hidropericardio: Líquido dentro do pericárdio;</p><p>- Transudato: Líquido tem características normais para sua cavidade;</p><p>- Exsudato: Líquido tem características anormais para sua cavidade;</p><p>20</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>9) Insuficiência Cardíaca Congestiva</p><p>Insuficiência Cardíaca Direita X Insuficiência Cardíaca esquerda</p><p>- Doença valvular;</p><p>- Doença miocárdica;</p><p>- Doença pericárdica;</p><p>- Hipertensão;</p><p>- Defeitos congênitos que resultam em desvios (vasculares ou septais);</p><p>Patogenia:</p><p>- Insuficiência Cardíaca Direita: Congestão Venosa na Grande circulação Filtração capilar aumenta</p><p>Edema subcutâneo e cavidades</p><p>Rins Fluxo sanguíneo diminuído Maior débito urinário</p><p>Lesão anóxia nos gromérulos Maior permeabilidade Mais proteínas plasmáticas na urina</p><p>Congestão hepática  Digestão e Absorção deficientes</p><p>- Insuficiência Cardíaca Esquerda: Aumento pressão venosa pulmonar.</p><p>Maior frequência cardíaca</p><p>Maior profundidade da respiração</p><p>Intolerância ao exercício</p><p>Congestão capilar brônquica e edema Menor eficiência ventilatória</p><p> Sinais Clínicos</p><p>- Insuficiência Cardíaca Direita: Sobrecarga da grande circulação!</p><p>Aumento na Frequência Cardíaca e Respiratória;</p><p>Veias superficiais Ingurgitadas;</p><p>Veia jugular: Ingurgitada e apresentando pulsação;</p><p>Hidrotórax, hidropericárdio e ascite;</p><p>Edema: Peito, parede abdominal ventral, prepúcio, úbere e membros;</p><p>Diminuição da urina;</p><p>Perda de apetite, apatia e depressão;</p><p>- Insuficiência Cardíaca Esquerda: Sinais pulmonares; Sobrecarga da pequena circulação!</p><p>21</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Aumento na Frequência Cardíaca e Respiratória em repouso;</p><p>Tosse;</p><p>Crepitações úmidas na base dos pulmões;</p><p>Aumento do som maciço à percussão das bordas ventrais do pulmão;</p><p>Dispnéia intensa (Dificuldade respiratória: Animal afasta membros anteriores, estica o</p><p>pescoço, respira com boca aberta - por isso saliva intensamente – tudo para facilitar a</p><p>entrada de ar);</p><p>Cianose;</p><p>Retículo Pericardite Traumática: Corpo estranho entra pelo sistema digestório, chega ao reticulo, podendo</p><p>causar peritonite, atonia ruminal, dor abdominal, etc.</p><p>Hemorragia. Sinais Clínicos:</p><p>- Palidez das mucosas;</p><p>- Fraqueza;</p><p>- Decúbito;</p><p>- Pulso rápido;</p><p>- Extremidades frias;</p><p>- Hipotermia;</p><p>- Respiração profunda;</p><p>- Coma;</p><p>22</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Sistema Respiratório</p><p>1) Funções</p><p>- Oxigenação sanguínea;</p><p>- Eliminação de CO2;</p><p>- Equilíbrio ácido-básico;</p><p>- Termorregulação;</p><p>2) Mecanismos de Defesa</p><p>- Espirro;</p><p>- Reflexo da tosse;</p><p>- Sistema mucociliar;</p><p>- Macrófagos alveolares;</p><p>- Imunoglobulinas: IgA (mucosas) e IgB (circulação);</p><p>Fatores que deprimem:</p><p>- Agentes químicos;</p><p>- Ar poluído;</p><p>- Desidratação;</p><p>- Ar frio;</p><p>- Desnutrição;</p><p>3) Exame do Sistema Respiratório</p><p>Clínica individual (cavalo) X Clínica de Rebanho (bovinos de rebanho)</p><p>X</p><p>Identificação</p><p>- Raça. Importante saber para identificação de estenose (diminuição da luz de um órgão) congênita nas</p><p>narinas.</p><p>- Sexo. Importante saber para identificação de neoplasias mamárias, pois podem causar metástase</p><p>pulmonar.</p><p>- Idade: Jovens x Idosos. Importante saber no caso de alterações neoplásicas.</p><p>Anamnese</p><p>- Ambiente</p><p>- Duração dos sinais</p><p>- Evolução</p><p>- Rebanho: surto ou casos esporádicos</p><p>- Tratamentos anteriores</p><p>- Manifestações Clínicas observadas</p><p>- Em qual momento essas manifestações clínicas ocorrem</p><p>23</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>4) Exame Clínico Geral</p><p>Inspeção.</p><p>- Inspeção direta ou indireta;</p><p>- Tipo respiratório: costo-abdominal (fisiológico), costal ou abdominal (contrário do local da dor);</p><p>- Amplitude (hiperpinéia);</p><p>- Oscilações fisiológicas da frequência respiratória;</p><p>- Oscilações patológicas da frequência respiratória, como: Taquipnéia (Trato respiratório em si),</p><p>Bradipnéia (Alterações no Sistema Nervoso Central) e Apnéia (Ausência de movimentos respiratórios,</p><p>momentâneo);</p><p>- Atividade Respiratória (Eupnéia – fisiológico; e Dispénia – sempre patológico);</p><p>Dispnéia</p><p> Inspiratória: Dificuldade na entrada</p><p> Expiratória: Dificuldade na saída</p><p> Mista: Dificuldade na entrada e na saída</p><p>- Tosse: Seca e constante ou úmida e produtiva;</p><p>24</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Reflexo da tosse</p><p>- Espirro;</p><p>- Ronco: Prolongado (palato mole, pólipos);</p><p>- Hemoptise: Ruptura de vasos no trato posterior. Exemplo: HPIE</p><p>- Inspeção nasal: Fluxo de ar, odor, temperatura do ar;</p><p>Se tiver secreção ver se é unilateral ou bilateral, e observar</p><p>a consistência: Aquosa, serosa, mucosa,</p><p>purulento, sanguinolento (Epistaxe: Ruptura de vasos no trato anterior)</p><p>25</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Atenção para: Bolsa gutural (Inflamações; Timpanismo)</p><p>Palpação</p><p>- Sinais de inflamação;</p><p>- Fratura;</p><p>- Roce pleural (fricção entre 2 superfícies);</p><p>Percussão</p><p>- Seios paranasais</p><p>- Sons: Claro, maciço e timpânico</p><p>26</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>- Limites: Anterior (musculatura da escápula); Superior (musculatura dorsal) e Posterior</p><p>Espécie Linha Ilíaca Linha isquiática Linha de encontro</p><p>Equino 16º EIC 14º EIC 11º EIC</p><p>Ruminante 12º EIC 11º EIC 8º EIC</p><p>Cão 13º EIC 9º EIC 5º EIC</p><p>- Variações Patológicas: Ampliação da área de percussão; Som metálico; Maciço ou Submaciço; Linha</p><p>de percussão horizontal;</p><p>Linha de percussão horizontal</p><p>Auscultação</p><p>- Repouso</p><p>27</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>- Exercício leve</p><p>- Traquéia: Ruído laringotraqueal (estritor traqueal, crepitações: úmidas ou secas);</p><p>- Pulmão Ruído traqueobrônquico; Ruído Broncobronquiolar</p><p>Aumento ou diminuição da intensidade: Fisiológico ou patológico</p><p>Ruídos patológicos: Crepitação grossa, crepitação fina, inspiração interrompida (secreção</p><p>espessa), sibilo (ar assobiado), ronco, roce pleural;</p><p>- Frequência respiratória:</p><p>Espécie (adulto)</p><p>FR (Movimentos</p><p>respiratórios/minuto)</p><p>Cão 18-36</p><p>Gatos 20-40</p><p>Equinos 12-24</p><p>Bovinos 20-40</p><p>Ovinos 20-40</p><p>Percussão auscultatória</p><p>- Tecido normal: Ruído débil, impreciso, distante e difuso;</p><p>- Tecido atelectásico ou congesto: Ruído breve, seco e preciso;</p><p>- Coleções líquidas no espaço pleural: Ruído distante, mas preciso e breve;</p><p>Observar coloração das mucosas</p><p>Mucosas cianóticas (azuladas) decorrência de baixa oxigenação tecidual</p><p>Ritmo Respiratório</p><p>- Cheyne-Stokes (Insuficiência cardíaca, intoxicações, lesão cerebral)</p><p>28</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>- Biot (lesões cerebrais ou meninges)</p><p>- Kusmaul (coma e intoxicação barbitúrica)</p><p>Exames complementares</p><p>- Hemograma: Viral, bacteriano, parasitário (+ exame parasitológico);</p><p>- Imagem: Raio X, Ultrassom;</p><p>- Endoscopia;</p><p>29</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>- Taracocentese (retirada de líquido): Exsudato X Transudato</p><p>Espécie Local</p><p>Equino 6º EIC do lado direito e 5º EIC do lado esquerdo</p><p>Ruminante 5º EIC do lado direito e 4º EIC do lado esquerdo</p><p>Pequenos 7º e 8º EIC</p><p>- Lavado traqueal: Traqueobrônquico; Broncoalveolar;</p><p>- Swab;</p><p>30</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Sistema Digestório</p><p>Pequenos animais</p><p>1) Funções</p><p>Captação</p><p>Digestão</p><p>Absorção</p><p>2) Órgãos que o compõe:</p><p>O Sistema Digestório está intimamente interligado ao Sistema Nervoso e Músculo Esquelético.</p><p>Tubo digestivo: Cavidade oral, esôfago, estômago, alças intestinais, reto e ânus;</p><p>Órgãos anexos: Glândulas salivares, pâncreas exócrino, fígado e vesícula biliar;</p><p>3) Resenha</p><p>Identificação</p><p>- Data da consulta</p><p>- Nome do animal</p><p>- Proprietário</p><p>- Endereço</p><p>- Telefone</p><p>Características</p><p>- Espécie</p><p> Gatos:</p><p>- Corpo estranho linear (Fios, linhas)</p><p>- Intolerância perante alguns medicamentos. Exemplo: Paracetamol</p><p> Cães:</p><p>- Hábitos alimentares – Corpo estranho (menor seletividade na alimentação)</p><p>- Porte Gigante – Dilatação/Torção Gástrica</p><p>- Raça</p><p> Cães:</p><p>- Pastor Alemão – Insuficiência Pancreática</p><p>- Dobermann, Rottweiler, Pit Bull e Labrador – Parvovirose (Tanto que para</p><p>essas raças a vacina tem 4 doses, ao invés das 3 normais)</p><p>*Parvovirose é exclusiva de cães, não ocorre em gatos. Normalmente, afeta cães</p><p>jovens.</p><p> Gatos:</p><p>Siamês – Doenças inflamatórias intestinais</p><p>- Idade</p><p> Neonatos:</p><p>Afecções congênitas – Troca de alimentação (Exemplo: megaesôfago)</p><p>Cólica – Retenção do mecônio</p><p> Jovens:</p><p>Doenças virais</p><p>31</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p> Adultos:</p><p>Doenças inflamatórios</p><p> Idosos:</p><p>Neoplasias</p><p>- Sexo</p><p> Machos:</p><p>Tenesmo e Constipação – Afecções de próstata (alteração na próstata</p><p>comprime o reto)</p><p>Hérnia Inguinal ou Ínguino-escrotal</p><p> Fêmeas:</p><p>Infecção uterina – vômito crônico</p><p>Torção uterina – dor abdominal intensa</p><p>- Pelagem</p><p>- Marcas de identificação</p><p>- Cicatrizes</p><p>4) Anamnese</p><p>Informações sobre o paciente</p><p>- Temperamento</p><p>- Procedência: Área endêmica (classificar tipos de doença com as quais se preocupar)</p><p>- Utilização</p><p>- Manejo sanitário: Imunoprofilaxia e vermifugação</p><p>- Antecedentes médicos</p><p>Doença prévia?</p><p>Tem recebido ou recebeu algum tipo de tratamento?</p><p>Usou drogas antiflamatórias?</p><p>Passou por algum procedimento anestésico/cirúrgico?</p><p>Informações sobre os sintomas</p><p>Informações sobre o ambiente</p><p>- Tipo de moradia? Passeia? Onde?</p><p>- Tem acesso a rua ou fugiu recentemente?</p><p>- Qual o método de higienização?</p><p>- Animais contactantes?</p><p>- Humanos contactantes (com crianças ou idosos)?</p><p>- Viajou ou participou de exposição recentemente?</p><p>Informações sobre a dieta</p><p>- Fome X Apetite (a fome é um fenômeno físico – uma necessidade -, enquanto o apetite é um</p><p>fenômeno psíquico, mental (desejo, preferência)</p><p>- Apetite normal: Normorexia</p><p>- Alterações do apetite:</p><p>Aumentado: Polifagia, bulimia</p><p>32</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Diminuído: Inapetência, anorexia</p><p>Pervertido: Parorexia (Osteofagia, fitofagia, pilofagia, geofagia, coprofagia, infantofagia, etc)</p><p>- Dieta principal?</p><p>Ração comercial? Seca ou úmida? Marca? Quantidade?</p><p>Comida caseira? Ingredientes, preparo, fornecimento...</p><p>- Recebe complementos/Guloseimas? O que?</p><p>- Mudança recente na dieta?</p><p>- Como está a ingestão de água?</p><p>Varia com a estação do ano, espécie, tipo de trabalho, idade e quantidade de água contida nos</p><p>alimentos;</p><p>Normodipsia, Polidipsia, Hipodipsia, Adipsia</p><p>Queixa principal</p><p>- O que está acontecendo?</p><p>- Início do problema</p><p>- Tempo e frequência dos sintomas?</p><p>- Sente dor abdominal?</p><p>- Evolução – Tem piorado, o quadro está estável ou vem melhorando?</p><p>- Suspeita? Relação?</p><p>- Fez algum tratamento? Qual? Houve melhora?</p><p>- Como está o apetite? Quanto está pesando? Apresenta anorexia?</p><p>- Como estão as fezes? Qual a frequência de defecação? Apresenta diarreia?</p><p>- Postura e características ao defecar?</p><p>- Vomita? Qual a frequência? Como é o vômito?</p><p>Sintomas agudos, persistentes e progressivos (lesões morfológicas)</p><p>X</p><p>Sintomas intermitentes (distúrbios de motalidade)</p><p>5) Exame Físico Geral</p><p>Informações essenciais</p><p>- Peso</p><p>- Temperatura</p><p>- Ritmo cardiorrespiratório</p><p>- Secreções – nasais, oculares, anais</p><p>- Coloração de mucosa</p><p>- Hidratação</p><p>Inspeção Geral</p><p>- Condição Corporal</p><p>- Comportamento</p><p>- Atitude/Temperamento</p><p>- Postura</p><p>- Conformação e simetria abdominal</p><p>- Locomoção</p><p>- Déficits neurológicos (visão/incordenação/cabeça)</p><p>- Interesse por alimento e água</p><p>33</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>6) Sintomas e sinais específicos do Sistema Digestório</p><p>Halitose: Odor alterado, desagradável e fétido do ar expirado</p><p>- Causas:</p><p>Doenças orais, nasais, faríngeas;</p><p>Doenças esofágicas e gástricas;</p><p>Doença dentária;</p><p>Presença de corpos estranhos;</p><p>Coprofagia;</p><p>Dieta rica em proteína (proteína em excesso);</p><p>Secundárias (Má digestão/Uremia)</p><p>Hálito Urêmico</p><p>“Maçã verde” = Cetoacidose = Sistema Urinário</p><p>- Como avaliar:</p><p>Reconhecimento do odor exalado: Halitose x Otite;</p><p>Inspeção do conduto auditivo, cavidade oral e lábios: Doença dental; Corpos estranhos</p><p>impactados na cavidade oral, nasal (faringe, esôfago); Secreção nasal drenada para faringe;</p><p>Exames complementares: Exames radiográficos/Urinálise/Bioquímica sérica</p><p>Disfagia</p><p>- Dificuldade ou impossibilidade de deglutição</p><p>(Raramente os animais com disfagia sofrem de</p><p>inapetência);</p><p>- Sinais de disfagia: Dificuldade de preensão e/ou mastigação, engasgos, sialorréia, apetite voraz, dor;</p><p>Presença de alimento ou muco na faringe;</p><p>- Causas: Processos dolorosos</p><p>Processos obstrutivos</p><p>Processos mecânicas</p><p>Fraturas de mandíbula</p><p>Exemplo: Lesões orais, laríngeas e esofágicas</p><p>Regurgitação X Vômito</p><p>Regurgitação</p><p> Eliminação retrógrada e PASSIVA (sem</p><p>esforço abdominal) de conteúdo esofágico</p><p> Alimento não digerido</p><p> Causas:</p><p>Megaesôfago;</p><p>Obstrução esofágica;</p><p>Neoplasias;</p><p> Exames:</p><p>RX esofágico – Dilatação/corpo estranho</p><p>Endoscopia – Inflamação/neoplasia</p><p> Sinais prodrômicos: ausentes</p><p>Contrações abdominais: ausente</p><p>(passivo);</p><p> Formato: Bolo ou tubular</p><p> Bile: Não</p><p>Vômito</p><p> Ejeção FORÇADA de conteúdo</p><p>gástrico/duodenal pela boca</p><p> Causas:</p><p>Mudanças bruscas da dieta;</p><p>Indisposição alimentar;</p><p>Parvovirose;</p><p>Pancreatite;</p><p>Obstrução por corpos estranhos;</p><p>Metabólicas;</p><p> Sinais prodrômicos/Mímica do vômito:</p><p>Inquietação;</p><p>Náusea;</p><p>Aumento da frequência respiratória;</p><p>Contrações abdominais;</p><p> Formato: Não tubular (variável)</p><p> Bile: Pode estar presente;</p><p>34</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>- Vômito agudo: Até 2 semanas; Causas banais (mudanças bruscas na dieta); Causas graves</p><p>(parvovirose); Autolimitantes (sem tratamento ou intervenção, animal se recupera sozinho);</p><p>- Vômito crônico: Acima de 2 semanas; Causas metabólicas, degenerativas ou inflamatórias crônicas;</p><p>Raramente autolimitantes (algum agente que causa);</p><p>Hematêmese: Sangue no vômito</p><p>- Localização: Oral/Respiratório</p><p>- Diferenciar de hemoptise (tosse com sangue)</p><p>- Causas: Ulcerações;</p><p>Erosão gastroduodenal;</p><p>Alimentação:</p><p>- Normorexia (Alimentação normal)</p><p>- Anorexia (falta de apetite)</p><p>- Inapetência/Hiporexia (diminuição do apetite)</p><p>- Origem: Psicológica, fisiológica (exemplo: distúrbio endócrino, metabolismo mais lento) ou patológica</p><p>- Descarta-se problemas na: Preensão, mastigação e/ ou deglutição</p><p>Anorexia (Emagrecimento progressivo) + Febre = Doença Sistêmica</p><p>Constipação (passagem de fezes dificultada, infrequente) x Obstipação (o animal não defeca)</p><p>- Inspecionar fezes – Corpos estranhos</p><p>- Palpação: Acúmulo de fezes;</p><p>Aumento prostático;</p><p>- Causas: Latrogênica (algum motivo cirúrgico);</p><p>Comportamentais;</p><p>Ambientais;</p><p>Dietéticas;</p><p>Obstrução intraluminal ou extraluminal;</p><p>Doenças neuromusculares;</p><p>Desidratação grave;</p><p>Megacolo (perda da motilidade do colo);</p><p>Medicação (fenotiazínicos; opióides; anti-histamínicos);</p><p>Incontinência Fecal: Não controla as fezes</p><p>- Relaxamento do esfíncter</p><p>- Intervalos não regulares</p><p>- Urgência em defecar: Não percepção</p><p>PosturaChamar atenção? Processos inflamatórios</p><p>- Patogenia: Doença neuromuscular</p><p>Danos no esfíncter anal</p><p>Proctite irritativa: inflamação da próstata</p><p>Diarréia: Mais volume, maior frequência e mais líquido</p><p>- Doenças intestinais primárias: Parasitas, inflamação, infecção e neoplasias;</p><p>- Distúrbios hepáticos;</p><p>35</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>- Distúrbios pancreáticos;</p><p>- Reação a dieta;</p><p>- Doenças sistêmicas: Insuficiência renal; Hipoadrenocortisismo;</p><p>- Drogas – Antibióticos (uso crônico);</p><p>Características Intestino Delgado Intestino Grosso</p><p>Perda de peso Sim Usualmente não</p><p>Desidratação Comum Usualmente não</p><p>Vômito Comum Pouco comum</p><p>Volume fecal Usualmente alto Normal ou baixo</p><p>Frequência na defecação Normal ou pouco alta Usualmente alta</p><p>Urgência em defecar Normal Frequente</p><p>Tenesmo Incomum Frequente</p><p>Disquezia Incomum Frequente</p><p>Melena Sim Não</p><p>Hematoquezia Incomum Frequente</p><p>Muco Incomum Frequente</p><p>Participação de estresse Não Frequente</p><p>Tenesmo (esforços improdutivos) x Disquezia (Defecação dolorosa)</p><p>- Tenesmo ANTES da defecação: Obstrução, constipação ou diminuição da motilidade</p><p>Exemplo: Colite, retrocolite, constipação</p><p>- Tenesmo APÓS a defecação: Inflamatório/irritativo</p><p>Exemplo: Hérnias perianais, Doença prostática</p><p>- Inspeção do ânus e região perianal;</p><p>- Palpação abdominal e retal;</p><p>Hematoquezia ou Melena</p><p>Hematoquezia</p><p>Sangue vivo = vermelho</p><p>Porção final do intestino:</p><p> Sangue no exterior das fezes:</p><p>- Cólon distal</p><p>- Pólipos retais</p><p> Sangue misturado as fezes:</p><p>- Cólon transverto</p><p>- Cólon ascendente</p><p>Melena</p><p>Sangue digerido = Enegrecido</p><p>HemoglobinaHematinaCor escura</p><p> Sangramento gástrico</p><p> Sangramento duodenal</p><p> Deglutição de sangue</p><p> Dieta rica em ferro</p><p> Drogas (salicitato/carvão/DAINESs)</p><p>NÃO confundir melena e mecônio!!!</p><p>Dor abdominal</p><p>- Causas: Distensão/Ruptura de vísceras</p><p>Inflamação peritoneal (Peritonite)</p><p>Inflamação de órgão (fígado, pâncreas, rins)</p><p>Distúrbios vesiculares</p><p>- Resposta fisiológica à dor: Desconforto, depressão, inapetência</p><p>Vômito e diarreia</p><p>- Dor referida – coluna</p><p>- Sinais de choque? Mucosas pálidas, Taquicardia, Pulso fraco, Hipotermia, TPC aumentado</p><p>36</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Distensão abdominal</p><p>- Prenhez</p><p>- Hepatomegalia</p><p>- Esplenomegalia</p><p>- Cistos abdominais</p><p>- Dilatação gástrica</p><p>- Obstrução intestinal</p><p>- Peritonite</p><p>- Obesidade</p><p>- Retenção fecal</p><p>- Ascite (Presença de líquido solto na cavidade abdominal)</p><p>Icterícia</p><p>- Causas: Doenças hemolíticas – pré-hepática</p><p>Doenças hepáticas</p><p>Obstrução do fluxo biliar – pós-hepática</p><p>Não hepática – pancreatite, septicemia, ruptura de bexiga</p><p>7) Exame clínico específico</p><p>Cavidade Oral e Faringe:</p><p>- Inspeção, palpação, percussão e olfação</p><p>- Avaliação da mucosa bucal, lábios, gengiva e dentes</p><p>- Elevação dos lábios superiores: Lesões em mucosas e gengivas;</p><p>Fístulas;</p><p>Massas;</p><p>Cálculos gengivais;</p><p>Úlceras;</p><p>Avaliação dos dentes;</p><p>- Abertura da boca: Avaliação das superfícies dentárias (contagem, cálculos e resíduos alimentares);</p><p>Língua (coloração, tipo de superfície, papilas, edema e corpos estranhos);</p><p>Palato duro e mole (comprimento e conformação, anomalias congênitas, fissuras,</p><p>palatinas, palato mole alongado);</p><p>Tonsilas;</p><p>Faringe;</p><p>- Principais sinais de comprometimento: Ptialismo ou sialorréia;</p><p>Halitose;</p><p>Hemorragia oral;</p><p>Disfagia;</p><p>Odinofagia;</p><p>Engasgos;</p><p>Dificuldade de preensão;</p><p>Dificuldade de abertura ou fechamento da mandíbula;</p><p>Descarga nasal;</p><p>Glândulas Salivares:</p><p>- Inspeção e palpação</p><p>- Estão todas na cabeça</p><p>37</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>- Principais sinais clínicos: Halitose;</p><p>Ptialismo ou sialorréia;</p><p>Deglutição dolorosa;</p><p>Engasgos;</p><p>Alteração do apetite;</p><p>Sialocele, rânula ou mucocele;</p><p>Esôfago:</p><p>- Inspeção e palpação</p><p>- Sinais clínicas: Regurgitação;</p><p>Disfagia;</p><p>Odinofagia;</p><p>Deglutições repetidas;</p><p>Engasgos;</p><p>Sialorréia;</p><p>- Pode ser palpado na região cervical esquerda, no sulco jugular;</p><p>- Deslocar a cabeça do animal dorsalmente;</p><p>- Oclusão das narinas e compressão do tórax evidenciam dilatação cervical do esôfago;</p><p>- Auscultação da porção cervical e tórax (movimentos fluídos e/ou pneumonia por aspiração);</p><p>- Exames complementares: Porção torácica – RX simples e contrastado ou endoscopia;</p><p>Exame abdominal</p><p>Inspeção</p><p> Avaliar forma e perímetro</p><p> Fluído livre – acúmulo ventral</p><p> Gás – acúmulo dorsal</p><p> Acúmulo de líquido ou gás em órgãos</p><p>internos causam abaulamento</p><p>assimétrico</p><p>Palpação</p><p> Em estação</p><p> 2 mãos</p><p> Avaliar sensibilidade cutânea, tônus</p><p>muscular, conteúdo abdominal, regiões</p><p>dolorosas</p><p> Epigástrio: Intestino delgado, fígado</p><p>(aumentado), estômago (distendido)</p><p> Mesogástrio: Intestino delgado e grosso,</p><p>linfonodos mesentéricos (aumentados),</p><p>rins (gatos), baço, estômago (distendido);</p><p>Ureteres e ovários não</p><p> Hipogástrio: Intestino, colo descendente</p><p>ou reto, útero (distendido), bexiga</p><p>(distendida), próstata (muito</p><p>aumentada); Uretra não</p><p>Percussão</p><p> Quando há alteração ou aumento de</p><p>volume</p><p> Dito-digital (decúbito dorsal ou lateral)</p><p> Permite indícios sobre</p><p>conteúdo e</p><p>delimitação de estruturas: ar (claro-</p><p>timpânico), líquido, massa (mate ou</p><p>maciço)</p><p> Realizar ao longo das 3 linhas verticais</p><p>ou em locais com alteração anatômica</p><p>Auscultação</p><p> Revela ruídos próprios do trato GI,</p><p>gerado pelo deslocamento de gás e</p><p>líquido – borborígnos (sibilantes em</p><p>obstruções)</p><p> Ausentes quando o trato GI está vazio</p><p> Ruídos cardíacos em gestações</p><p>- Sons de capoteio – gás e líquido</p><p>Prova de ondulação – diferenciar Obesos</p><p>e repleção da bexiga</p><p>38</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p> Estômago</p><p>- Principais sintomas: Inapetência ou apetite seletivo, vômito, dor abdominal, anorexia, melena,</p><p>hematêmese</p><p>- Localização: Epigástrico ventral</p><p>- Divido em: Cárdia, corpo, fundo, antro e piloro</p><p>- Exames complementares: Hemograma, exame coprológico, urinálise, dosagem de alanina</p><p>aminotransferase (ALT), FA, ureia, creatinina, endoscopia, RX e histopatologia</p><p> Intestino Delgado</p><p>- Sintomas: diarreia e Vômito, perda de peso, desidratação, melena, flatulência, fezes com fétido,</p><p>desconforto abdominal</p><p>- Quanto mais proximal o processo inflamatório mais frequente será o vômito</p><p>- Causas: Mudança brusca na dieta;</p><p>Parasitismo intestinal;</p><p>Ingestão de grandes volumes de alimentos;</p><p>Infecções;</p><p>- Diagnóstico diferencial de Insuficiência pancreática exócrina</p><p>- Ao exame físico: Desnutrido, emaciado, apático ou não, desidratado</p><p>- Palpação: Conteúdo intestinal anormal (gás, alimentos, corpos estranhos, massas), espessamento</p><p>intestinal, desconforto/dor;</p><p>- Exames complementares: Coprológico, RX, laparotomia (abrir a cavidade abdominal), endoscopia e</p><p>histopatológico</p><p> Intestino Grosso</p><p>- Sinais clínicos: diarreia ou constipação</p><p>- Palpação abdominal: Massas e/ou neoplasias, conteúdo intestinal anormal, espessamento da parede,</p><p>alterações anatômicas, pontos dolorosos, obstruções</p><p>- Toque retal: Tônus, massas, próstata, material fecal</p><p>- Exames complementares: Coprológico, RX simples e contrastado (massas e motilidade), endoscópico</p><p>e histopatológico</p><p> Fígado</p><p>- Sintomas: Vômito, diarreia, melena, hematêmese, ascite, icterícia, perda de peso, anorexia e</p><p>depressão</p><p>- Como examinar: Inspeção (icterícia e ascite);</p><p>Palpação abdominal – sob arcada dorsal (filhotes – fígado grande em relação ao</p><p>tamanho corporal)</p><p>Prova de ondulação</p><p>- Exames complementares: Bioquímico (hemograma, proteínas totais, albumina sérica, ALT, FA);</p><p>RX;</p><p>Ultra sonografia;</p><p>Histopatologia;</p><p> Pâncreas</p><p>- Difícil de ser palpado</p><p>- Exames complementares: Hemograma;</p><p>Urinálise;</p><p>Ureia e creatinina;</p><p>39</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Amilase e lipase;</p><p>Atividade proteolítica fecal;</p><p>RX abdominal;</p><p>US;</p><p>Laparoscopia ou laparotomia exploratória com biopsia;</p><p>8) Exames complementares</p><p>Análise do fluido peritoneal</p><p>- Sempre que presente na cavidade</p><p>- Características físicas e citológicas</p><p>- Abdominocentese: Cuidado com perfurações;</p><p>Realizar tricotomia e assepsia;</p><p>Decúbito lateral ou em pé quando de pequenas quantidades;</p><p>Inserir agulha ou cateter de diálise peritoneal, caudalmente à cicatriz umbilical;</p><p>Em casos de peritonite – realizar lavagem peritoneal</p><p>Exames Laboratoriais</p><p>- Hematologia e Bioquímica sérica</p><p>- Urinálise</p><p>- Análises fecais</p><p>Exames Específicos</p><p>- Exame Radiográfico (simples e contrastado)</p><p>- Ultra-Som</p><p>- Endoscopia</p><p>- Laparotomia Exploratória</p><p>Dica de prova</p><p> Qual a resenha que os pacientes possuem</p><p> Sinais clínicos</p><p> Como faz o diagnóstico</p><p> Prognóstico</p><p>Grandes animais – Ruminantes</p><p>1) Identificação do paciente</p><p>2) Anamnese</p><p>O sistema digestório dos ruminantes é muito influenciado pela alimentação!</p><p>Preensão do alimento: pouco seletiva!</p><p>Fome x Apetite</p><p>- Aumentado: Metabolismo acerelado</p><p>- Diminuído: Inapetência (diminuição da ingestão), anorexia (parada total de ingestão, aparente ou real)</p><p>- Pervertido: Parorexia ou alatriofagia (apetite não apropriado). Exemplo: Osteogagia (ingestão de</p><p>ossos); Lignofagia (ingestão de madeira)</p><p>Ingestão de água</p><p>40</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>- Depende: Da temperatura ambiente, espécie, tipo de exploração, idade, quantidade de água no</p><p>alimento</p><p>- Pode ser: Normodipsia (Ingestão normal);</p><p>Polidipsia (Ingestão aumentada);</p><p>Oligodipsia (Ingestão diminuída);</p><p>Adipsia (Ausência de ingestão);</p><p>Ambiente: Manejo intensivo ou extensivo ou Confinamento</p><p>Doenças anteriores? Tratamento realizado? Evolução? (Aguda, subaguda ou crônica)</p><p>Acidose ruminal: Baixo pH – doença extremamente aguda e pode levar a óbito em 12 horas.</p><p>Deslocamento de abomaso: Caso crônico.</p><p>3) Avaliação do paciente</p><p>Casos de apatia (animais podem se isolar do rebanho)</p><p>Casos de assimetria: Padrão maçã pêra</p><p>- Aumento do rúmen (abaulamento esquerdo): Ventral: Alimento (impactação ruminal);</p><p>Dorsal: Gases (timpanismo ruminal);</p><p>- Aumento do abomaso (normalmente: abaulamento direito): Ventral: Alimento;</p><p>Dorsal: Gases;</p><p>Em caso de timpanismo, o abomaso pode se deslocar tanto para direita quanto para esquerda!</p><p>Percussão</p><p>- Deslocamento de abomaso por timpanismo: Som de “ping”</p><p>- Quando há impactação no rúmen, pode-se ouvir um som maciço até sua parte superior</p><p>Função Motora</p><p>-Inervação: Alterações no nervo vago podem levar a hiperexcitabilidade ou diminuição da função.</p><p>-Ruminação: Determinante do bom processamento da fibra = Quanto mais alimento volumoso o animal</p><p>consumir mais ele vai ruminar, quanto mais alimento concentrado consumir, menos ele irá ruminar.</p><p>-Eructação: Produção de metano.</p><p>4) Exame Clínico Geral</p><p>Coloração de mucosas,</p><p>TPC (Tempo de Perfusão Capilar),</p><p>Linfonodos</p><p>Movimentos ruminais</p><p>Grau de Desidratação</p><p>Frequência Cardíaca (Casos de dor)</p><p>Frequência Respiratória</p><p>- Desequilíbrio de pHAcidose ruminal (pode ocorrer febre)</p><p>- Acidose Eliminar CO2TraquipnéiaDiarréia</p><p>- Alcalose Permanece o CO2 Bradpinéia</p><p>Temperatura</p><p>A partir do Exame Clínico Geral determina-se se o processo é um transtorno agudo ou crônico. Se a</p><p>disfunção é digestiva primária (alteração no sistema digestório) ou secundária (processo em</p><p>qualquer órgão que influencie o sistema digestório). E se a alteração é branda, moderada ou grave.</p><p>41</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>1) Exame Específico do Sistema Digestório de Ruminantes</p><p>Cavidade Oral</p><p>- Assimetria dos lábios</p><p>- Lesão nos lábios: Ectima contagioso (crostas na boca de cordeiros, os quais apresentam muita dor, não</p><p>conseguindo ingerir o leite). Pode apresentar-se no teto da ovelha por transmissão. Disfagia (dificuldade</p><p>de apreensão e/ou mastigação)</p><p>- Dificuldade na abertura da boca</p><p>- Halitose: Mal hálito</p><p>- Processo de salivação: Se tem dificuldade em deglutir os alimentos (disfagia), também não deglutira a</p><p>saliva (seborreia)</p><p>Pitialismo: Maior produção de salivação pelas glândulas salivares</p><p>- Resistência da língua a tração (Facilidade em pegar a língua: mal sinal)</p><p>- Lesões de língua: Bovinos necessitam obrigatoriamente da língua no processo de alimentação.</p><p>- Congestão, corpos estranhos, vesículas, ulceras.</p><p>- Ver coloração das mucosas. Por exemplo: Se houver um parasita no intestino causando anemia, haverá</p><p>alteração na cor das mucosas</p><p>- Dentes: Fraturas, falta de dentes</p><p>- Fenda de palato</p><p>- Gengivites (Podem ser causadas por acúmulo de alimentos)</p><p>- Edema</p><p>Faringe</p><p>- Deglutição</p><p>- Inspeção interna</p><p>- Inspeção externa</p><p>- Palpação</p><p>Esôfago</p><p>- Localização: Começa centralmente, em cima da traquéia e depois se direciona para o lado esquerdo</p><p>- Inspeção: Procurar aumentos (possível engasgo)</p><p>- Palpação: Normalmente não é possível senti-lo, porém quando há aumento é chamado de</p><p>megaesôfago</p><p>*Megaesôfago: Dilatação do órgão, perda de motilidade e o alimento fica retido</p><p>Rúmen</p><p>- Localização: Lado esquerdo</p><p>- Microbiota ruminal: Protozoários, bactéria (normalmente Gram negativas anaeróbias</p><p>ou aeróbias</p><p>facultativas) e leveduras</p><p>Diminuição do pH ruminal pode ser causada por aumento de bactérias Gram negativas</p><p>- Em animais adultos: 80% rúmen 20% resto</p><p>- Em animais jovens: 70% abomaso 30% resto</p><p>Alimentações com muito concentrado + papilas + nutrientes irão fazer com que o terneiro consiga</p><p>desenvolver o rúmen</p><p>- Auscultação: Movimento ruminal = A cada 2 minutos</p><p>- Inspeção: Lesões no nervo vago podem levar a uma má funcionalidade dos pré-estômagos, podendo</p><p>fazer com que o alimento fique parado causando uma impactação</p><p>- Palpação: Mais endurecido ventralmente enquanto é mais macio dorsalmente</p><p>- Percussão: Maciço (ventralmente), submaciço (central) e timpânico (dorsal)</p><p>Quando há impactação o som submaciço pode virar maciço</p><p>- Há uma fina prega entre rúmen e retículo, portanto, tudo que acontece no rúmen reflete-se no retículo</p><p>42</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p> Ruminação: Alimento volta da cavidade abdominal, é remastigado, sofre com a saliva e</p><p>então é reengulido. Processo importante por causa do pH ruminal: 6 à 7</p><p> Eruptação: Processo para a eliminação de gases, muito importante pois os ruminantes</p><p>fazem uma produção constante de gases. Se houver obstrução ou ocorrer mau</p><p>funcionamento do nervo vago vai ocorrer timpanismo (acúmulo de gás).</p><p>Retículo</p><p>- Localização: Lado esquerdo. 6º ao 8º espaço intercostal</p><p>- Palpação</p><p>- Auscultação: Borborigmos (bolhas de gás no meio do liquido)</p><p>- Provas de dor: Prova do bastão</p><p>Prova do punho fechado</p><p>Prova do plano inclinado</p><p>Pinçamento do dorso</p><p>Omaso</p><p>- Localização: Lado direito. 7º ao 9º espaço intercostal</p><p>- Laparotomia/Ruminotomia</p><p>- Orifício Retículo-omasal: Quando a ausência de fezes se desconfia que o orifício pode estar obstruído.</p><p>Abomaso</p><p>- Localização: Lado direito. Não esta completamente coberto por costelas, é ventral e caudal ao omaso,</p><p>atrás do apêndice xifoide, sua localização varia de acordo com quantidade de gás e alimento dentro</p><p>dele, algumas vezes, podendo causar deslocamento de abomaso.</p><p>- Inspeção: Pode haver abaulamento</p><p>- Palpação: Batoteamento (Líquido acumulado, sentimos ondas durante a palpação); Abomasocentese</p><p>(Faz-se punção do líquido abomasal, o qual tem pH entre 2 a 4, se houver presença de sangue, tem-se</p><p>suspeita de ulceras, as quais podem se formar devido ao uso prolongado de antiflamatórios)</p><p>- Percussão: O som submaciço (fisiológico) se dá pela presença de líquido dentro do órgão. Caso o som</p><p>for maciço suspeita-se de impactação abomasal. O som de “ping” metálico é característico por</p><p>deslocamento de abosmaso.</p><p>- Auscultação: Borborigmo</p><p>Fígado</p><p>- Localização: Lado direito.</p><p>- Palpação: Não é possível sentir o fígado, porém quando está aumentado (hepatomegalia) é possível,</p><p>entre 11º e 12º espaço intercostal.</p><p>- Percussão: Som Submaciço para maciço</p><p>- Ver funcionalidade do fígado: Quando há aumento de ASP (Aspartato Amino Transferase) suspeita-se</p><p>de processos de lesões de parênquima hemático; Quando há aumento de GGT (Gama Glutaril</p><p>Transferase) suspeita-se de processos de lesão de canículos biliares</p><p>- BilirrubinaImpregna as mucosasIcterícia (mucosas amareladas)</p><p>- AlbuminaEfeito OsmóticoEdema</p><p>- Biopsia hepática: Hepatite, Fibrose hepática</p><p>Intestino</p><p>- Localização</p><p>43</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>- Inspeção</p><p>- Percussão: Som submaciço</p><p>- Palpação externa</p><p>- Palpação retal: Sentir a consistência das fezes, ver se as mesmas tem muco ou sangue (Hematoquezia e</p><p>melena), se houver pedaços de mucosa pode-se suspeitar de lesão intestinal e ver a motilidade.</p><p>- Auscultação: Motilidade do intestino: + pouco, ++ normal, +++ Hipermotilidade (Muito líquido,</p><p>diarreia)</p><p>Em casos de obstrução, primeiramente há Hipermotilidade intestinal, aonde o organismo vai</p><p>tentar se livrar do fator obstruente, para depois parada total de motilidade intestinal.</p><p>2) Exames complementares</p><p>Paracentese abdominal: Faz-se punção na porção mais ventral. Para detecção de peritonite, líquido</p><p>peritoneal na cavidade abdominal.</p><p>Laparotomia exploratória (abre-se a cavidade abdominal e visualiza-se os órgãos) e Ruminotomia</p><p>exploratória</p><p>Coleta de líquido ruminal (faz-se por sonda)</p><p>Avaliação Física do Líquido Ruminal</p><p> Cor: Verde-oliva, marrom-amarelado. Anormal: Acinzentado, Amarelo-acinzentado, Preto-</p><p>esverdeado.</p><p> Odor: Aromático. Anormal: Sem odor, o rúmen pode não estar funcionando corretamente; Odor</p><p>ácido (quando tem-se acidose), pútrido ou amoniacal (quando tem-se alcalose).</p><p> Consistência: Levemente viscoso; Anormal: Pegajoso, viscoso.</p><p> Sedimentação e Flutuação: Coloca-se o líquido ruminal em um frasco e determina-se o tempo</p><p>que o líquido leva para formar camadas. Fisiológico: Forma três camas em mais ou menos</p><p>quatro minutos. Em baixo deposita-se o alimento precipitado, no meio água e em cima há fibra</p><p>boiando.</p><p>Avaliação Química do Líquido Ruminal</p><p> pH;</p><p> Redução do azul de metileno:</p><p>Potencial Redox 0.5 (Azul de Metileno)</p><p>o 9.5 de líquido ruminal + 0.5 de azul de metileno.</p><p>o A mistura fica azul e se conta o tempo até voltar a cor inicial.</p><p>o Normal: 3 a 6 minutos, tempo necessário para ver se as bactérias estão agindo</p><p>normalmente.</p><p> Níveis de cloretos;</p><p> Fermentação da glicose;</p><p> Digestão da celulose;</p><p>Avaliação Morfológica: Protozoários do Líquido Ruminal</p><p> Motilidade, contagem e classificação.</p><p> Com muita variação de temperatura eles param de se locomover.</p><p> Protozoários grandes: Não resistem a variação de pH, morrem.</p><p> Níveis de cloreto.</p><p>44</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>Concentração hidrogeniônica (pH)</p><p>- Produção de ácidos graxos livres</p><p>- Produção de saliva</p><p>- Velocidade de absorção dos produtos resultantes da fermentação</p><p>- Velocidade da passagem da ingesta</p><p>Sinais Clínicos de Acidose e Alcalose Ruminal</p><p> pH normal: Entre 6 a 7</p><p> Acidose, pH abaixo de 5.5: Diarréia, febre, taquicardia, traquipnéia</p><p> Alcalose, pH acima de 7: Diarréia, bradicardia, bradpnéia</p><p>Muito amido = Aumento de pH</p><p>Provas de avaliação hepática: Enzimas hepáticas AST e GGT. Biopsia hepática.</p><p>Sistema Locomotor de Grandes animais</p><p>1) Bovinos</p><p>Maior índice de lesões se localiza nos cascos</p><p>- Amolecimento da sola do casco pelo contato com o barro e dejetos: Maior índice em animais</p><p>confinados (Qualidade da cama, não deitam);</p><p>- Regiões muito íngremes, pedregulhos;</p><p>Mudanças morfológicas dos cascos (Tipo de pinça depende do jeito que o animal anda</p><p>- Encastelado;</p><p>- Achinelado;</p><p>Distribuição das afecções segundo o membro acometido</p><p>- 92% casos nos membros pélvicos, 8% casos nos membros torácicos;</p><p>- 68% casos na unha lateral, 20% casos na unha medial, 12% casos no espaço interdigital;</p><p>Diagnosticam as afecções de casco:</p><p>- Atenção especial para os animais nos primeiros 60 dias de lactação;</p><p>- Observar vacas durante deslocamento;</p><p>- Examinar animais que se apresentarem lentos;</p><p>- Examinar animais com anormalidade na curva de lactação</p><p>Exame Clínico do Sistema Locomotor</p><p>1. Anamnese</p><p>- Doença depende: Do sistema de criação</p><p>Ambiente (Limpeza de dejetos, se há lugar para descanso)</p><p>Raça. Exemplo: Giro leiteiro</p><p>- Escore de locomoção:</p><p>45</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>2. Avaliação do Rebanho</p><p>3. Exame Clínico</p><p>4. Casqueamento corretivo</p><p>5. Métodos de diagnóstico por imagem</p><p>Avaliação do Digito: Tira-se a primeira camada da sola para se identificar hematomas (mais incidência em</p><p>vacas que ficam em ambientes pedregosos + úmidos + dejetos)</p><p>- Ulcera de sola: Pode ser rotação da 3º falange, a qual pode perfurar a sola</p><p>- Doença da linha branca</p><p>- Abcesso de sola (pode ser fistular)</p><p>46</p><p>Fabiane Fadrique – Graduanda em Medicina Veterinária</p><p>- Erosão de talão</p><p>- Hiperplasia interdigital (ambiente pedregoso)</p><p>- Flegmão interdigital (avermelhamento da região, aumento de temperatura, dor na palpação,</p>

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