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<p>A Psicomotricidade possui vários conceitos. Muitos acreditam ser apenas algo relativo ao movimento corporal, à motricidade. Na realidade seu conceito vai muito além de uma simples movimentação corporal não pensada. Ela contribui de maneira significativa para a formação e a estruturação de todo o esquema corporal além de ser uma ferramenta de suma importância no meio educacional (GOMES, 2013).</p><p>Lê Boulch (1986, p. 25) descreve que “a educação psicomotora deve ser analisada como uma educação de base”. Ela condiciona todos os aprendizados escolares, levando o sujeito a tomar consciência de seu corpo, da lateralidade, situar-se no espaço, a dominar o tempo, a adquirir habilmente a coordenação de seus gestos.</p><p>No Brasil a psicomotricidade foi norteada por profissionais ligados à área de deficiência, que começaram a valorizar o corpo e o movimento. E a partir de 1968 foi difundida a psicomotricidade no Brasil através de cursos em universidades de diversos estados brasileiros (PEREIRA, 2012).</p><p>Segundo Alves (2007) apud Machado e Nunes (2011) é por meio da psicomotricidade que a criança descobre o mundo, experimenta sensações e situações, expressa-se e percebe as coisas que a cercam.</p><p>À medida que a criança se desenvolve, quanto mais o meio permitir, ela vai ampliando suas percepções e controlando seu corpo por meio da interiorização das sensações. Com isso ela vai conhecendo seu corpo e ampliando suas possibilidades de ação. O corpo é, portanto, o ponto de referência que o ser humano possui para conhecer e interagir com o mundo (ALVES, 2007, apud MACHADO; NUNES, 2011, p. 49).</p><p>Assim a psicomotricidade vai interagindo e criando uma relação entre o pensamento e a ação, envolvendo a emoção e as funções da inteligência, onde o seu intelecto se constrói a partir do exercício físico e tudo isso tem grande resultados quando ligados ao ambiente escolar, pois a educação psicomotora utiliza uma metodologia de ensino que instrumentaliza o movimento humano como ferramenta pedagógica para o desenvolvimento da criança.</p><p>Assim como aponta Negrine (1995),</p><p>A educação psicomotora é uma técnica, que através de exercícios e jogos adequados a cada faixa etária leva a criança ao desenvolvimento global de ser. Devendo estimular, de tal forma, toda uma atitude relacionada ao corpo, respeitando as diferenças individuais (o ser é único, diferenciado e especial) e levando a autonomia do indivíduo como lugar de percepção, expressão e criação em todo seu potencial (NEGRINE, 1995, p. 15).</p><p>Molinari e Sens (2003) também destacam que a educação psicomotora nas séries iniciais ajuda a prevenir problemas de dificuldade escolar, como por exemplo, a falta de concentração, desordem no reconhecimento de palavras, confusão de letras e sílabas relacionadas à alfabetização, ou seja, a educação psicomotora também auxilia na prevenção, conforme destaca Fonseca (2004),</p><p>A educação psicomotora pode ser vista como preventiva, na medida em que dá condições à criança desenvolver melhor em seu ambiente. É vista também como reeducativa quando trata de indivíduos que apresentam desde o mais leve retardo motor até problemas mais sérios. É um meio de imprevisíveis recursos para combater a inadaptação escolar (FONSECA, 2004, p. 10).</p><p>Em outras palavras a educação psicomotora é uma forma de reeducação que ajuda as crianças a desenvolver algo que não foi assimilado adequadamente as vivências anteriores com falhas ou as fases educacionais inadequadamente ultrapassadas.</p><p>A educação psicomotora relacional nas escolas visa promover a ação da criança através de jogos estimulando a criação de vínculos afetivos entre as crianças, além de enriquecer as experiências psicomotoras e prevenir as dificuldades de expressão motora, verbal e gráfica, despertar a criança para o desejo de aprender contribuindo para o desenvolvimento dos processos de aprendizagem (SOARES, 2016).</p><p>Além de propiciar à criança o prazer no brincar através dos movimentos com autonomia e elevar a qualidade das relações interpessoais entre as crianças promovendo a socialização.</p><p>De acordo com a Lei das Diretrizes e Bases n. 9394/96, artigo 29, a Educação Infantil tem por finalidade o desenvolvimento integral da criança até 6 anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social. Para tanto, torna-se necessário compreender a criança como ser global, que se desenvolve a partir da interação de diferentes dimensões (RIBEIRO; OLIVEIRA, 2017).</p><p>Cabe assim à Educação Infantil cuidar da aprendizagem e favorecer a dinâmica evolutiva da criança através de uma prática que possibilite o desenvolvimento integral do seu ser. Nesta perspectiva, um dos aspectos mais relevantes diante da Concepção da Educação Infantil é o do reconhecimento da criança como sujeito, desde o seu nascimento.</p><p>Como um ser único, lhe é atribuído identidade própria e o direito de receber a atenção adequada às suas necessidades básicas: biológicas, cognitivas, emocionais e sociais (SÁNCHEZ et. al. 2003). A base do trabalho na Educação Infantil consiste justamente na estimulação perceptiva e no desenvolvimento do esquema corporal da criança, pois essa organiza seu mundo a partir do seu próprio corpo.</p><p>Através da ação, a criança vai descobrindo suas preferências e adquirindo a consciência do seu esquema corporal. Para isso, torna-se necessário que ela vivencie diversas situações durante o seu desenvolvimento, sendo a afetividade a base desse processo (SANTOS; CAVALARI, 2010 apud RABELO, p. 110, 2014).</p><p>Num ambiente altamente favorável, o nosso menino ou menina, pode encontrar possibilidade de retirar o máximo de proveito de suas potencialidades inatas. Num ambiente diferente e hostil, apenas algumas dessas potencialidades básicas poderão exprimir-se. (GESSEL, 1992, p. 42 apud GONÇALVES, p. 25, 2011).</p><p>Nos tempos atuais, o desafio é estimular a criança sem perder a ludicidade, promovendo atividades adequadas e prazerosas, respeitando sempre as características individuais de cada criança.</p><p>Machado e Nunes (2011), explica que através do lúdico a criança cria um mundo de fantasia, de imaginação, de faz de conta, cria-se jogos e brincadeiras. “Podemos dizer que o lúdico é um grande laboratório que merece toda atenção de pais e educadores de uma forma geral, pois é por meio dele que ocorrem experiências inteligentes e reflexivas, praticadas com emoção, prazer e seriedade (MACHADO; NUNES, 2011, p. 20).</p><p>Para Negrine (2001, p.32), “o comportamento lúdico não é herdado e sim adquirido por meio de aprendizagem. Essa aprendizagem não acontece só na escola, mas também em todos os ambientes que possam gerar mediações pedagógicas, apesar de que, muitas escolas, estão preocupadas em desenvolver os saberes que moram na cabeça e não tem sequer a noção da sabedoria que mora no corpo (ALVES, 2008).</p><p>Alves (2008), desperta para um lado onde as escolas, priorizam o saber, a alfabetização sem dar a devida importância para a linguagem corporal e a importância que a psicomotricidade pode proporcionar se trabalhado corpo, mente, lúdico e psicomotricidade juntos no meio educacional.</p><p>O lúdico no meio educacional acontece através da inserção de jogos, brincadeiras, divertimentos. Essas atividades, quando bem direcionadas pelo professor, proporcionam facilidades e estímulos para o aprendizado dos alunos, constituindo-se como importante recurso didático (NEGRINE, 2002).</p><p>No Entanto, é de grande relevância ressaltar que, mesmo com as práticas e estimulações psicomotoras realizadas no contexto escolar, o desenvolvimento psicomotor deverá ser considerado a partir do contexto social no qual a criança está inserida, incluindo as interferências de aspectos psicossociais (MACHADO; NUNES, 2011). Silva (2006, p. 18) após uma análise das atividades lúdicas inseridas na pedagogia psicomotora descreveu o processo da seguinte forma,</p><p>O lúdico é tudo que provoca emoção, alegria, espiritualidade e prazer. Jogos educativos, dramatizações, festas, celebrações, recreio ou diversão e outras atividades que proporcionem momentos de mais leveza, descontração, alegria, diversão,</p><p>vitalidade, gozo, vitórias e derrotas, descobertas, criação, novos conhecimentos, novas vivências, novos movimentos são maneiras de vivenciar o lúdico.</p><p>Através da perspectiva de Silva (2006) é possível considerar como lúdico qualquer atividade de entretenimento, seja o brinquedo em si, o jogo ou a brincadeira. No entanto, Pedroza (2005) salienta que somente a brincadeira ou o jogo, por si só, não assumem o caráter lúdico e que é a própria criança que transforma este momento de brincar em algo lúdico:</p><p>O jogo, a brincadeira, por mais bem elaborados que possam ser, não trazem por si só o lúdico, mas são as próprias crianças, durante a brincadeira, que transformam o momento em um momento lúdico, de fantasia e realidades criadas por elas (PEDROZA, 2005, p. 63).</p><p>Os jogos e as brincadeiras representam uma fonte de conhecimento sobre o mundo e sobre si mesmo, contribuindo para o desenvolvimento de recursos cognitivos e afetivos que favorecem o raciocínio, tomada de decisões, solução de problemas e o desenvolvimento do potencial criativo (PEDROZA, 2005).</p><p>A brincadeira é peça fundamental no processo de desenvolvimento das crianças quando bem intermediada, apresenta um caráter educacional, com objetivo em sala de aula fazer com que a criança, de forma prazerosa, consiga adquirir conhecimentos. “Assim, por meio do brincar a criança trabalha a junção da ação com o sentimento, com a emoção e com a integração, e, por meio dessas interações, conhece melhor o mundo que a rodeia, adquirindo diferentes noções de espaço” (PEDROZA, 2005, p. 62).</p><p>A inserção das brincadeiras lúdicas nas atividades escolares pode tornar as crianças, seres com capacidade de assimilar, atuar e mudar, pois, brincar é natural e satisfatório, além de fazer parte da evolução do ser humano, pois como afirma Luckesi (1994), as brincadeiras não são atividades que se dão apenas na infância, mas durante o transcurso de toda a vida do ser humano, sendo o lúdico algo que permeia tanto o universo infantil como o adulto há muito tempo.</p><p>Dessa forma, os jogos, os brinquedos e as brincadeiras podem assumir vários sentidos conforme o contexto em que estão sendo utilizados e os objetivos que se pretende alcançar, estabelecendo assim um vínculo instantâneo com as crianças. O educador ao planejar uma aula com características lúdicas, não precisa ter somente jogos ou brinquedos, mais a partir de brincadeiras e movimentos utilizando o próprio corpo (RIBEIRO; OLIVEIRA, 2017, p. 8).</p><p>De acordo com Lahti (2014), são de grande relevância as atividades recreativas, lúdicas e que respeitem o gosto da criança. Elas propiciam bem-estar, favorecem o desenvolvimento corporal, mental e social, melhoram a aptidão física, a socialização e a criatividade dentre tantos outros fatores de grande importância para a aprendizagem.</p><p>São exemplos de atividades que promovem o equilíbrio físico, psicológico e social na criança: rolar, balançar, dar cambalhotas, se equilibrar num pé só, pular com os dois pés juntos, rastejar, equilibrar-se sobre uma linha no chão, entre outros.</p><p>No entanto, faz se necessário que os educadores permitam que os alunos possam conhecer o meio ao seu redor sem tantas interferências e sim possa ser um mediador, as auxiliando a serem independentes, produtivos e críticos em suas ações.</p><p>Piaget (1976, p. 160) descreve que o jogo tem duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação do real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu.</p><p>Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil.</p><p>Mediante tantas contribuições das práticas psicomotoras apresentadas ao longo dessa pesquisa, percebe-se a relevância da Psicomotricidade para o desenvolvimento infantil, e a ela a compreensão da maneira pela qual a criança toma consciência do seu corpo e das possibilidades de se expressar por meio dele (CASTRO et. al., 2011, apud RABELO, 2014, p. 120).</p><p>A partir da psicomotricidade, a criança se desenvolve integralmente, aprimorando sua linguagem, sua imaginação e sua criatividade, constituindo-se então como sujeito, fator primordial na concepção de Educação Infantil que se tem hoje (SÁNCHEZ et. al., 2003).</p><p>Para se trabalhar o jogo no ambiente escolar é importante acima de tudo que o educador tenha clareza da sua definição, historicamente a palavra jogo está vinculada a competição seguida por regras externa imposta ao jogo. No entanto, independente dos lugares onde aconteça o jogo, não pode ser confundido o seu significado, deve-se ter estimulação, divertimento, brincadeiras e liberdade.</p><p>Segundo Antunes (2005, p.33):</p><p>[...] um verdadeiro educador não entende as regras apenas como sendo os elementos que tornam o jogo passível de ser executado, mas como uma lição de ética e moral, e assim sendo, cumprir seu objetivo educacional. O jogo pode ensinar, aprimorar as relações interpessoais e promover alegria, prazer e motivação, no entanto o único que pode convertê-lo em tal é o professor lembrando-se dos ganhos cognitivos e sociais sem perder de vista seu caráter de prazer e alegria.</p><p>O jogo contribui com o propósito de que as atividades não se desenvolvam num processo, ele canaliza os ensinamentos sérios e importantes, através do dinamismo, do prazer e da alegria. O ato de jogar e brincar como uma necessidade para que o ser humano se desenvolva ao longo dos tempos, a sua ação não pode ser vista apenas como uma mera diversão, onde o uso de material lúdico ajuda no desenvolvimento da aprendizagem.</p><p>Segundo Piaget (1983) a prática de jogos possibilita a criança o desenvolvimento de autonomia e de reciprocidade, de ordem e de ritmo, e no sentido global ela pode representar uma fonte impulsionadora do processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança.</p><p>Pode-se observar que as brincadeiras praticadas pelas crianças mudam à medida que elas vão crescendo, mudando assim a compreensão em relação aos problemas diversos que começam a ocuparem suas mentes (CAROLINE; ROCHA, 2008).</p><p>Para as autoras acima,</p><p>É possível dizer que a partir dos jogos, brincadeiras, a prática de esportes e danças, as crianças adquirem novas habilidades motoras ampliando assim seus conhecimentos, conhecendo seu corpo, diferentes posturas e atitudes corporais, nota-se que as brincadeiras cantadas são uma forma de conhecer o movimento. Correr, pular, girar e subir são necessidades naturais, e de extrema importância para o desenvolvimento, a compreensão de sua capacidade de movimento, sua autonomia, criatividade e competências (CAROLINE; ROCHA, 2008, p. 12).</p><p>Por isso a necessidade que os educadores sejam transformadores e mediadores nesse desenvolvimento de ensino aprendizagem, integrando o lúdico nas atividades, proporcionando aulas dinâmicas e divertidas, porém aulas com brincadeiras com objetivos, estimulando a sociabilidade e a afetividade dos alunos, em um ambiente rico em possibilidades de atividades e experiências.</p><p>Como ressalta Gonçalves (2011), na Educação Infantil, a criança realiza experiências com seu próprio corpo, em busca da formação de conceitos e organização de seu esquema corporal. As práticas psicomotoras permitirão a compreensão e a tomada de consciência do seu corpo e das possibilidades de expressar-se por meio dele, mas para isso o educador deve estar preparado para mediar seus alunos.</p><p>A estimulação psicomotora na Educação Infantil tem, então, por objetivo a utilização do corpo como via de comunicação do mundo, para colocar a criança em situações variadas de exploração e experimentação concretas, apropriando-se e resgatando sua memória motora, cognitiva e emocional. Esse corpo assimilado, de uma forma real, leva a criança à otimização e conscientização de suas potencialidades, agindo como facilitador na apreensão dos processos pedagógicos, e por meio de atividade lúdicas,</p><p>favorece o resgate do corpo vivido – como alicerce, no qual novas experiências e aprendizagens irão se apoiar (GONÇALVES, 2011, p. 25).</p><p>Segundo Fonseca (2008) durante a idade escolar, as atitudes dos educadores, a aplicação de seus métodos e a invenção de novos instrumentos deveria ser estudada em termos interdisciplinares. O ambiente escolar possibilita o desenvolvimento integral da criança, bem como a interação como os demais, a escola como um lugar onde possa ser trabalhado a autonomia, desenvolver a criatividade, autoestima, num ambiente seguro e acolhedor, dando a elas possibilidades e condições motoras, cognitivas e sócio afetivas.</p>

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