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<p>Centro universitário INTA – UNINTA</p><p>RECURSOS TERAPÊUTICOS I</p><p>Matheus Valcacio Vasconcelos</p><p>Fabricia Moura</p><p>ELETOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO DO LCA</p><p>Itapipoca</p><p>2023</p><p>Resumo</p><p>Este trabalho teve como principal objetivo analisar a realibitação no pós-operatório do ligamento</p><p>cruzado anterior sobre os resultados das técnicas de cinesioterapia somada à eletroterapia. O Joelho é</p><p>uma das articulações com</p><p>maior tendência a lesões ligamentares, pois os ligamentos cruzados entrelaçam-se e são os principais</p><p>estabilizadores rotacionais do joelho.</p><p>Palavras-chave: Fisioterapia; Ligamento Cruzado Anterior; Pós-operatório.</p><p>ELETOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO DO LCA</p><p>O Joelho é uma das articulações com maior tendência a lesões ligamentares, encontrando-se</p><p>no meio de dois grandes braços de alavanca (fêmur e tíbia) e por este motivo, sofrendo um número</p><p>maior de forças rotacionais. Os ligamentos desempenham a principal função de equilibrar o joelho,</p><p>em resposta às forças externas. Eles podem atuar isoladamente ou interagir com outros ligamentos e;</p><p>assim permitem o estudo dos principais mecanismos de lesão.</p><p>Anatomia do joelho</p><p>A estrutura complexa do joelho permite grande mobilidade para as atividades de locomoção</p><p>(marcha), além de proporcionar sustentação de enormes cargas. A articulação do joelho é sinovial e</p><p>possui a junção de três ossos no interior da cápsula articular. O LCA, que é o ligamento mais longo e</p><p>menos resistente, estende-se desde a região ântero-medial do côndilo medial da tíbia até o côndilo</p><p>lateral do fêmur, em sua região póstero-medial. Os ligamentos poplíteos oblíquos, arqueado e</p><p>transverso, também integram os componentes ligamentares do joelho, contribuindo com a</p><p>estabilização desta articulação. Outra estrutura presente na articulação do joelho é a cápsula articular,</p><p>constituída de tecido conjuntivo denso regular, que recobre toda a articulação, tendo como</p><p>revestimento interno a membrana sinovial, que tem a função de secretar o liquido sinovial para,</p><p>juntamente com a cartilagem articular, minimizar o atrito entre os ossos.</p><p>Cirurgia do LCA</p><p>Na maioria dos casos, o tratamento da ruptura do LCA é cirúrgico, visando reestabelecer a função</p><p>articular. A cirurgia consiste na reconstrução ligamentar através de enxerto realizado com tendões</p><p>como: tendão patelar e dos músculos grácil e semitendinoso, para formar um novo ligamento e criar</p><p>uma réplica do ligamento original, porém para obter capacidade funcional igual ao membro não</p><p>operado é necessário reabilitação.</p><p>Tratamento fisioterapêutico no período pós-cirúrgico do Ligamento Cruzado Anterior.</p><p>A fisioterapia após a ligamentoplastia do LCA tem como objetivo o controle da inflamação, obter um</p><p>ganho do arco de movimento e aliviar a dor. Já na fase crônica, deve-se dar enfoque ao recrutamento</p><p>muscular e estímulo sensório-motor. A lesão do LCA altera a capacidade funcional do individuo,</p><p>gerando fraqueza muscular, alterações de marcha e propriocepção.</p><p>O tratamento da lesão do LCA passou por diferentes fases ao longo da história da cirurgia do joelho.</p><p>No início, o tratamento conservador, com órteses e reforço muscular era amplamente difundido. Com</p><p>o desenvolvimento de técnicas de anestesia, assepsia e terapia antibiótica, a abordagem cirúrgica do</p><p>tratamento da lesão do LCA começou a ganhar espaço. Inúmeras técnicas operatórias foram criadas</p><p>na época, mas a insatisfação com os resultados obtidos fez com que novas técnicas surgissem e</p><p>fossem posteriormente modificadas. A reconstrução cirúrgica é a indicação mais frequente no</p><p>tratamento da lesão do LCA.</p><p>Os principais recursos utilizados pela Fisioterapia para o tratamento pós-operatório do joelho são:</p><p>- Cinesioterapia (CT): é definida como a terapia pelos movimentos e; baseia-se no conceito de</p><p>movimentos voluntários repetidos gerarem força muscular. Tem como finalidade</p><p>mobilizarcorporalmente o indivíduo e abrange do ponto de vista articular, a prevenção da rigidez. Já</p><p>do ponto de vista muscular, a estimulação de um músculo ou grupo muscular diminuindo as</p><p>contraturas e mantendo ou recuperando a força muscular; do ponto de vista do SN, a restituição da</p><p>imagem motora, evitando perda do esquema corporal; do ponto de vista circulatório visa a nutrição</p><p>dos tecidos; do ponto de vista psíquico gera a melhora da autoestima.</p><p>- Eletroterapia: ela consiste no uso de correntes elétricas dentro da terapêutica. Os aparelhos de</p><p>eletroterapia utilizam uma intensidade de corrente muito baixa, são miliamperes e microamperes. Os</p><p>eletrodos são aplicados diretamente sobre a pele e o organismo será o condutor. Na eletroterapia</p><p>temos que considerar parâmetros como: resistência, intensidade, voltagem potência e condutividade.</p><p>A corrente mais utilizada para o aumento de força muscular é a Russa.</p><p>- Fototerapia: laser de baixa potência (LBP) ou do inglês Light Amplification by Stimulated</p><p>Emission of Radiation, cuja teoria é do físico Albert Einstein, publicada em 1916. O laser é uma luz</p><p>amplificada produzida por radiação eletromagnética que se manifesta como luz monocromática. A</p><p>potência do laser determina a quantidade de energia que é inicialmente entregue à superfície do</p><p>tecido que está sendo irradiado. O tecido celular e fluído em nossos corpos vibram a uma frequência</p><p>similar à dos LBP na faixa do vermelho (630 a 670nm). Uma das importantes teorias científicas é</p><p>que as células, para terem suas funções saudáveis, são largamente dependentes da troca de energia e</p><p>informação entre as células vizinhas, o que se daria através de uma comunicação por vibração</p><p>(ondas) através do plasma que conecta todas as células. Quando a vibração se torna irregular ou</p><p>muda de frequência, pode ser trazida de volta à sincronia sendo irradiada pelo LBP na faixa do</p><p>vermelho. Isso leva a inúmeros efeitos secundários que têm sido estudados e medidos em vários</p><p>contextos: aumento no metabolismo celular, síntese de colágeno e fibroblastos, aumento no potencial</p><p>de ação das células nervosas, estímulo á formação de DNA e RNA no núcleo das células, efeitos</p><p>locais no sistema imunológico, aumento na formação de capilares pela liberação de fatores do</p><p>crescimento, aumento na atividade dos leucócitos, transformação de fibroblastos em miofibroblastos</p><p>e diversos outros efeitos.</p><p>Conclusão</p><p>Conclui-se com este estudo que a fisioterapia tem papel fundamental no pós-cirúrgico do LCA. Foi</p><p>demonstrado através de dados duas opiniões: a da fisioterapia como único tratamento na lesão do</p><p>LCA (apenas tratamento conservador) e que há recuperação mais rápida dos tecidos envolvidos e</p><p>sofreram com o trauma e ruptura do LCA, afinal todos os componentes do joelho trabalham para</p><p>manter a estabilidade do mesmo, se a fisioterapia for somada realizando-se cinesioterapia e</p><p>eletroterapia associadas.</p><p>Referências</p><p>Silva, KNG, Imoto AM, Cohen M, Peccin MS. Reabilitação pós-operatória dos ligamentos</p><p>cruzado anterior e posterior – estudo de caso. Univ. Federal de São Paulo, 2010. Acesso em:</p><p>04/12/2016:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-78522010000300010</p><p>Silva A, Sousa CV. Lesão do Ligamento Cruzado Anterior: apresentação clínica, diagnóstico e</p><p>tratamento. Rev. Port. Ortop. Traum, vol.23. Lisboa, 2015. Acesso em 20/01/2017:</p><p>http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222015000400005</p><p>Konkewicz ER. Recomendações baseadas em evidências – diagnósticos de lesões de joelho. Prática</p><p>Médica – Unimed. Rev. AMRIGS – Porto Alegre, 2010. Acesso em: 18/01/2017:</p><p>http://www.amrigs.org.br/revista/54-01/24-recomendacoes-unimed_pratica_medica.pdf</p><p>Alves PHM, Silva DCO, Lima FC, Pereira ML, Silva Z. Lesão do ligamento cruzado anterior e</p><p>atrofia do músculo quadríceps femoral. Jornal de Biosci., 2009. Acesso em: 25/01/2017:</p><p>file:///C:/Users/123/Downloads/6789-25920-1-PB.pdf</p><p>Belfort NLN, Filho AR, Junior</p><p>AJC. A fisioterapia no pós-operatório de lesão do ligamento cruzado</p><p>anterior: revisão de literatura. Rev. Nova Fisio, 2014. Acesso em:25/01/2017:</p><p>http://www.novafisio.com.br/a-fisioterapia-no-pos-operatorio-de-lesao-do-ligamento-cruzado-</p><p>anterior-revisao-de-literatura/</p><p>Cabral DJ, Mejia DPM. Fisioterapia na dor lombar e sacro-ilíaca em gestante. Faculdade Ávila,</p><p>2016. Acesso: 25/01/2017:</p><p>file:///C:/Users/123/Desktop/Trabalhos%202016/Modelo%20artigo%20Biocursos.pdf</p><p>http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222015000400005</p><p>http://www.amrigs.org.br/revista/54-01/24-recomendacoes-unimed_pratica_medica.pdf</p><p>http://www.novafisio.com.br/a-fisioterapia-no-pos-operatorio-de-lesao-do-ligamento-cruzado-%20anterior-revisao-de-literatura/</p><p>http://www.novafisio.com.br/a-fisioterapia-no-pos-operatorio-de-lesao-do-ligamento-cruzado-%20anterior-revisao-de-literatura/</p><p>Instituto São Paulo Saúde. Eletroperapia, 2017. Acesso em 30/01/2017. Acesso em 18/03/2017:</p><p>https://www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/55568/lesao-de-ligamento- cruzado-anterior-</p><p>abordagem-fisioterapeutica</p><p>Soares MS et al. Intervenção fisioterapêutica no pós-operatório de lesões do ligamento cruzado</p><p>anterior. TEMA – Revista Eletrônica de Ciências, 2011. Acesso em 01/02/2017:</p><p>http://revistatema.facisa.edu.br/index.php/revistatema/article/viewArticle/81</p><p>Resumo</p><p>ELETOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO DO LCA</p><p>Anatomia do joelho</p><p>Cirurgia do LCA</p><p>Referências</p>