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<p>O LÚDICO E AS NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL:</p><p>NOVAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.</p><p>SOUZA, Gisele da Costa de1</p><p>RIBEIRO, Reyth da Cunha2</p><p>RESUMO:</p><p>Está pesquisa tem como objetivo, relatar sobre a aprendizagem através do lúdico e das novas</p><p>tecnologias, sendo um fator muito importante que contribui para a formação cognitiva, afetiva, social,</p><p>envolvendo a participação, a interação dos alunos, dessa forma, trabalhar com o lúdico nas séries</p><p>iniciais é essencial e de extrema importância, aplicado à tecnologia poderá proporcionar um</p><p>aprendizado mais prazeroso; agregados aos fatores sociais e culturais; despertando o interesse nos</p><p>alunos em sala de aula. Contudo, será por meio do lúdico, que a criança se envolve na atividade com</p><p>mais entusiasmo, a partir daí o professor conseguirá desenvolver as habilidades de seus alunos, dando -</p><p>lhes a oportunidade de criatividade, fornecendo a criança um ambiente agradável, acolhedor,</p><p>motivador, planejado e enriquecedor para o seu conhecimento e seu ensino aprendizagem. Nesse</p><p>aspecto vale ressaltar a importância da aprendizagem com os jogos lúdicos, pois são como</p><p>instrumentos e métodos de estratégias na aplicação do ensino em sala de aula, motivando a atenção</p><p>e o raciocínio, fatores indispensáveis nos estudos, portanto, a aplicação dos jogos nas aulas é visto</p><p>como uma possibilidade que ajuda na quebra de bloqueio existente entre aluno, professor, e a</p><p>aprendizagem, favorecendo uma qualidade melhor de ensino para se obter resultados positivos que</p><p>impliquem numa aprendizagem signif icativa.</p><p>Palavras-chave: Aprendizagem; Jogos; Lúdico; Tecnologias.</p><p>ABSTRAT:</p><p>This research aims to report on learning through play and new technologies, being a very important</p><p>factor that contributes to the cognitive, af fective, social formation, involving the participation, the</p><p>interaction of the students, in this way, working with the playful in the initial grades it is essential and</p><p>extremely important, applied to technology can provide a more pleasant learning; aggregated to social</p><p>and cultural factors; arousing interest in students in the classroom. However, it will be through play that</p><p>the child gets involved in the activity with more enthusiasm, f rom there the teacher will be able to develop</p><p>the skills of his students, giving them the opportunity for creativity, providing the child with a pleasant,</p><p>welcoming, motivating environment, planned and enriching for your knowledge and your teaching and</p><p>learning. In this aspect, it is worth emphasizing the importance of learning with playful games, as they</p><p>are instruments and methods of strategies in the application of teaching in the classroom, motivating</p><p>attention and reasoning, indispensable factors in studies, therefore, the application of games in classes</p><p>it is seen as a possibility that helps to b reak the existing blockage between student, teacher, and</p><p>learning, favoring a better quality of teaching to obtain positive results that imply a meaningful learning.</p><p>Keywords: Learning; Games; Ludic; Technologies.</p><p>1 Estudante do 8° período do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Boas Novas FBN:</p><p>gisele.2019837@aluno.fbnovas.edu.br.</p><p>2Teólogo e Pedagogo, Doutor em Teologia e professor da Faculdade Boas Novas. E -mail:</p><p>reyth.ribeiro@fbnovas.edu.br.</p><p>2</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>O educar e o brincar são indissociáveis, pois as brincadeiras estão presentes</p><p>em todo o contexto da infância, portanto seria desastroso não as incluir nesse</p><p>processo, pelo contrário, utilizar jogos de cunho educativo que estimulem o</p><p>desenvolvimento social, cognitivo dentre outros, deve estar presente principalmente</p><p>durante os anos iniciais. O lúdico através das brincadeiras precisa estar inserido na</p><p>rotina diária da criança. Conforme Santos (2004) “a criança que é estimulada a brincar</p><p>com liberdade terá grandes possibilidades de se transformar num adulto criativo.”</p><p>Os jogos e sua contribuição para que as aprendizagens ocorram</p><p>significativamente, vem atender às determinações da Lei de Diretrizes e Bases da</p><p>Educação (Lei nº9. 394/96), na qual estabelece que a educação infantil, primeira etapa</p><p>da educação básica tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até</p><p>seis anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e social,</p><p>complementando a ação da família e da comunidade.</p><p>A concepção do lúdico no ensino infantil não se restringe apenas a atividades</p><p>de lazer, mas na exploração de sua potencialidade enquanto recurso pedagógico</p><p>fazendo com que o professor tenha a percepção que a arte do brincar traz consigo</p><p>aprendizados que darão suporte para o desenvolvimento da criança.</p><p>Assim, é preciso entender que a ludicidade precisa estar cada vez mais</p><p>presente dentro das escolas, em especial as de ensino infantil, para que seja utilizada</p><p>como ferramenta de aprendizado, socialização, assimilação de regras de convivência.</p><p>Sabe-se que toda prática pedagógica deve proporcionar alegria aos alunos no</p><p>processo de aprendizagem.</p><p>O lúdico propicia uma situação favorável, tanto para o aluno quanto ao</p><p>professor, dessa forma, o educador desenvolverá atividades que possam facilitar o</p><p>ensino aprendizagem na área da matemática através dos jogos, diante disso o aluno</p><p>uma vez que os jogos têm como uma experiência criativa.</p><p>No entanto, o estudo desta pesquisa justiça-se sobre o lúdico e as novas</p><p>tecnologias na educação infantil, que permeiam em todas as áreas do conhecimento</p><p>sua aplicabilidade está empregada na vida pratica. Tendo com objetivo compreender</p><p>o lúdico e as tecnologias como um mecanismo pedagógico que beneficia o processo</p><p>ensino-aprendizagem dos discentes, mostrar a relevância do lúdico e da tecnologia</p><p>na aprendizagem infantil, propiciar a oportunidade de socialização que o lúdico</p><p>3</p><p>coopera no processo de ensino aprendizagem e apresentar reflexões sobre o papel</p><p>do educador na prática pedagógicos dos jogos com as crianças.</p><p>Mas, para que isso ocorra é necessário entender que o lúdico não é visto</p><p>apenas como atividade recreativa, serve como uma ferramenta que estabelece</p><p>aspecto de socialização, que certamente ajuda na interação, na cooperação, no</p><p>respeito às regras, e principalmente no desenvolvimento da autonomia dos alunos,</p><p>uma vez que os jogos têm como uma experiência criativa. Esta pesquisa foi</p><p>desenvolvida por meio de fontes bibliográficas através de livros, artigos científicos,</p><p>periódicos, entre outros, a fim de ter respaldo teórico com abordagem qualitativa e</p><p>embasada nas teorias educacionais e teórica.</p><p>2. LÚDICO E LUDICIDADE.</p><p>Para manter o seu equilíbrio com seu mundo, a criança necessita brincar, jogar,</p><p>criar e inventar. Os jogos tornam-se mais significativos à medida que a criança se</p><p>desenvolve, porque através de manipulação de matérias variados, ela poderá</p><p>reinventar coisas, reconstruir objetos. Os jogos são uma ótima proposta pedagógica</p><p>na sala de aula, proporcionam a relação entre parceiros e grupos, o que é um fator de</p><p>avanço cognitivo, pois durante os jogos a criança estabelece decisões, conflita-se com</p><p>seus adversários e reexamina seus conceitos.</p><p>Durante as atividades lúdicas, a criança experimenta um sentimento de grande</p><p>prazer até mesmo o descobrimento do novo e suas possibilidades de in tervenção. Os</p><p>jogos passam a ter significados positivos e de grande utilidade quando o educador</p><p>proporciona um trabalho coletivo, de cooperação, de comunicação e socialização.</p><p>O brincar dirigido refere-se principalmente ao processo. A segunda situação</p><p>do brincar livre inclui processo e modo, e é dentro desse tipo de brincar que</p><p>os professores devem procurar a aprendizagem real. Entretanto, já que o</p><p>brincar pode transferir-se em qualquer momento e em qualquer lugar, aqui</p><p>reside à dif iculdade do professor.3</p><p>Os jogos não são recomendados apenas com intenção de que a criança</p><p>aprenda a jogar, mas sim como uma maneira de conseguir objetivos mais</p><p>amplos na</p><p>3 MOYLES, J. R. Só brincar? O papel do brincar na educação infantil . Porto Alegre: Artmed, 2002.</p><p>p. 33</p><p>4</p><p>educação infantil, que foram conceituados a partir da teoria de Piaget4. Neste</p><p>contexto, é essencial a preparação prévia do professor para que, posteriormente, ele</p><p>envolva o aluno no processo ensino aprendizagem. O brincar envolve múltiplas</p><p>aprendizagens.</p><p>O jogo, na educação matemática, passa a ter o caráter de material de ensino</p><p>quando considerado promotor de aprendizagem. A criança, colocada diante</p><p>de situações lúdicas, apreende a estrutura lógica da brincadeira e, deste</p><p>modo, apreende a estrutura matemática presente. (...) Nesta perspectiva, o</p><p>jogo será conteúdo assumido com a f inalidade de desenvolver habilidades de</p><p>resoluções de problemas, possibilitando ao aluno a oportunidade de</p><p>estabelecer planos de ação para atingir determinados objetivos, executar</p><p>jogadas segundo este plano e avaliar sua ef icácia nos resultados obtidos. 5</p><p>Quando a criança é transferida para diferentes tipos de jogos ou brincadeiras</p><p>fica evidente o seu desenvolvimento durante a transição de uma fase para outra, pois</p><p>é a partir dos jogos e das brincadeiras que as crianças têm mais facilidade para</p><p>aprender o que lhes é proposto. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver</p><p>algumas capacidades importantes, como a atenção, a imitação, a memória e a</p><p>imaginação6.</p><p>Não basta a boa intenção de ensinar, é preciso que se estabeleça uma relação</p><p>maior entre educador e aluno. Para que aja uma mudança no processo do lúdico no</p><p>ensino da matemática faz-se necessário provocar mudanças baseadas em pesquisas</p><p>e informações atualizadas.</p><p>2.1 O Lúdico no Processo de Ensino/ Aprendizagem.</p><p>O lúdico trabalhado numa perspectiva pedagógica pode ser um instrumento de</p><p>suma importância na aprendizagem, no desenvolvimento, cognitivo, afetivo e social</p><p>na vida da criança.</p><p>Se considerarmos que a criança pré-escolar aprende de modo intuitivo,</p><p>adquirem noções espontâneas, em processos interativos, envolvendo o ser</p><p>4 PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. 3ªed. Rio de Janeiro: ed. Zahar, 1973.</p><p>5 KISHIMOTO, T. (org). Jogo, brinquedo, brincadeira e educação. 3º Ed. São Paulo: Cortez, 1999 p.</p><p>80.</p><p>6 VYGOTSKY, L.S. A defectologia e o estudo do desenvolvimento e da educação da criança</p><p>anormal. Trad. Denise Regina Sales, Marta Kohl Oliveira, Priscila Nascimento Marques. Revista</p><p>Educação e Pesquisa, v.37, n.4, p. 861-870, 2011</p><p>5</p><p>humano inteiro com suas cognições, afetividade, corpo e interações sociais,</p><p>o brinquedo desempenha um papel de relevância para desenvolvê-la7.</p><p>Acredita-se que todos os professores precisam adquirir conhecimentos para</p><p>trabalhar com a ludicidade no ensino/aprendizagem. O professor devi buscar métodos</p><p>criativos e aplicar diferentes tipos de brincadeiras, no entanto, elas precisam ser</p><p>planejadas, para assim serem aplicadas da forma correta em sala de aula.</p><p>Ao trabalhar com o lúdico partindo de ações pedagógicas que valorizam jogos,</p><p>brinquedos, histórias infantis, música e poesia, para que as crianças desenvolvam a</p><p>representação simbólica, são fundamentais no processo de aprendizagem. As</p><p>histórias, músicas e poesias infantis trazem um grande leque de possibilidades para</p><p>utilizar o lúdico em sala de aula, onde as crianças poderão interpretar dançar,</p><p>declamar, mostrando suas habilidades que ainda não foram detectadas pelo professor</p><p>em uma aula “normal”, criando novas possibilidades de conhecimentos pertinentes</p><p>para o aprendizado da criança8.</p><p>Quando o conhecimento é construído através do lúdico a criança aprende de</p><p>maneira mais fácil e divertida, estimulando a criatividade, a autoconfiança, a</p><p>autonomia e a curiosidade, pois faz parte do seu contexto naquele momento o brincar</p><p>e jogar, garantindo uma maturação na aquisição de novos conhecimentos. É</p><p>importante que as crianças se expressem ludicamente deixando aflorar sua</p><p>criatividade, frustrações, sonhos e fantasias, para aprender agir e lidar com seus</p><p>pensamentos e sentimentos de forma espontânea. No entanto, a ludicidade não é</p><p>apenas entretenimento, ou um brincar por brincar é algo que deve ser trabalhado pelo</p><p>educador.</p><p>2.2 O lúdico como prática cultural.</p><p>A cultura lúdica está impregnada no contexto social, desde os primeiros</p><p>contatos do bebê com a mãe e até mesmo na vida adulta. O brincar está presente na</p><p>vida humana e faz parte da cultura lúdica construída em cada agrupamento social.</p><p>Pode-se dizer que, o brincar constitui a cultura que se integra ao sujeito de um modo</p><p>subjetivo, sendo assim é incorporada às práticas sociais vivenciadas pelos sujeitos. A</p><p>7 KISHIMOTO. 1999 p.36.</p><p>8SZYMANSKI, M. L. S; PEREIRA J, A. A. Orgs: Diagnóstico e intervenção psicopedagógica :</p><p>ref lexões sobre relatos de experiências. Cascavel: Edunioeste, 2006. p. 45.</p><p>6</p><p>cultura lúdica é disseminada no ambiente social, através do próprio brinquedo, além</p><p>das brincadeiras e jogos, e também através dos meios de comunicação, e de modo</p><p>especial, a televisão que se torna no mundo contemporâneo, um importante artefato</p><p>cultural.</p><p>Tanto a criança quanto o adulto têm a necessidade de se relacionar com as</p><p>representações e símbolos da sua cultura. Toda cultura é repleta de sentidos e</p><p>significações, através dos quais os indivíduos se comunicam e desenvolvem modos</p><p>de viver, sentir e agir, dando sentido ao mundo em que vivem. A infância como uma</p><p>fase de apropriação de imagens e representações diversas. Representações estas</p><p>que compõem o universo cultural em que a criança está inserida e através das quais,</p><p>compreende e entende o mundo a sua volta9.</p><p>Através dessa afirmação pode-se dizer então que o brinquedo se torna um</p><p>objeto de representação, onde a criança vivencia situações de manipulação, deixando</p><p>de usar o brinquedo ou a brincadeira de forma apenas funcional, passando assim para</p><p>uma utilização simbólica. É importante afirmar que a passagem para uma dimensão</p><p>simbólica da brincadeira não elimina a dimensão da funcionalidade e que as duas</p><p>dimensões são intrínsecas ao ato de brincar.</p><p>O brinquedo pode ter vários significados, sua origem é marcada por sua forma,</p><p>sua, cor e por seu aspecto tátil. Sendo assim, o brinquedo transmite para a criança</p><p>uma imagem cultural, sendo atravessado por sentidos e mensagens simbólicas que</p><p>denotam um conteúdo que é cultural e social 10.</p><p>A brincadeira é um processo de relações interindividuais, portanto de cultura11.</p><p>A criança pode até brincar sozinha, mesmo assim ela ainda vai estar inserida dentro</p><p>de um contexto social, pois a própria brincadeira tem uma dimensão cultural. Sendo</p><p>assim, a brincadeira vai ganhando significações e se incorpora ao contexto</p><p>sociocultural em que a criança está inserida. O brincar pode ter significados impostos</p><p>pela própria sociedade, ela pode ser repassada através de gerações, sendo então</p><p>socializada de acordo com a região e o ambiente em que a criança vive. Através da</p><p>brincadeira a criança cria códigos e regras, assim ela se comunica e interage com o</p><p>próprio brinquedo ou com quem está brincando.</p><p>9 BROUGERE. Brinquedo e cultura. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001. p. 40.</p><p>10 BROUGERE. 2001. p. 40.</p><p>11 BROUGERE. 2001. p. 97.</p><p>7</p><p>A brincadeira está vinculada às representações. Um exemplo desse vínculo é</p><p>um brinquedo comum entre as meninas: a “boneca”. Esse é um objeto capaz de</p><p>traduzir uma representação maternal, assim como para os meninos brincar de</p><p>carrinho significa ter habilidade para dirigir. Muitas vezes, os brinquedos incorporam</p><p>e transmitem mensagens culturais que são mescladas por estereótipos e imagens</p><p>cristalizadas. Assim como a representação cultural através do brinquedo, a própria</p><p>cultura está ligada a cultura lúdica.</p><p>2.3 O Desenvolvimento Afetivo Através do Lúdico.</p><p>Desde que a criança nasce o ambiente precisa satisfazer suas necessidades</p><p>básicas de afeto, apego, segurança, disciplina</p><p>e comunicação, visto que é nele que</p><p>se estrutura a mais importante forma de aprendizagem: a de estabelecer vínculos, isto</p><p>é, a capacidade de se relacionar, haja vista que o ser humano é um ser social. Através</p><p>do desenvolvimento e interação da criança com o meio e com o grupo social ao qual</p><p>pertence, são desenvolvidas a sua identidade, o seu valor, a autoimagem positiva, e</p><p>sua personalidade.</p><p>A afetividade é bastante relevante no processo de construção do</p><p>conhecimento, pois, por meio dela, a criança pode ser influenciada na escolha de seus</p><p>objetivos. Alguns dos afetos mais comuns na vida da criança como: medo,</p><p>agressividade, amor, ódio, insegurança, tensão, podem ser um canal, para que o</p><p>professor encaminhe a criança em seu processo de desenvolvimento.</p><p>A motivação também é um fator muito importante na vida da criança. Se ela for</p><p>motivada sempre que estiver produzindo algo, tanto na escola como em casa, se ela</p><p>for motivada pelos professores, funcionários da escola, pais, irmãos, ela terá um</p><p>rendimento muito mais significativo e vai se esforçar para se desenvolver em</p><p>atividades mais complexas. A oportunidade de a criança expressar seus afetos e</p><p>emoções através do brincar só é possível num ambiente e espaço que facilitem a</p><p>expressão. A tarefa de criar essas condições, no entanto, é do professor. 12</p><p>Depois da necessidade de afeto, de ser aceita, nenhuma outra é tão intensa,</p><p>na criança, como a necessidade do jogo. Através dele, desenvolvem-se a</p><p>espontaneidade, a inteligência, a linguagem, a coordenação, o autocontrole, o prazer</p><p>12 FRIEDMANN, A. O desenvolvimento da criança através do brincar. São Paulo: Moderna, 2006.</p><p>p. 68.</p><p>8</p><p>de realizar algo, a autoconfiança. O jogo pode ser um caminho interessante para a</p><p>criança experimentar, organizar suas experiências, estruturar a inteligência para</p><p>construir, aos poucos, a sua personalidade.</p><p>2.4 O Brincar na Educação Infantil.</p><p>Diante da realidade na qual o que predomina é a industrialização, muitos</p><p>estudiosos apontam que os setores produtivos estão disponibilizando brinquedos na</p><p>área educacional, dando maior destaque para tais produtos. Brincar não significa</p><p>perda de tempo como também não é uma forma de preenchimento de tempo, mas</p><p>uma maneira de se colocar a criança de frente com o objeto, muito embora nem</p><p>sempre a brincadeira envolva um objeto.</p><p>Até porque o brinquedo possibilita o desenvolvimento total da criança, já que</p><p>ela se envolve afetivamente no seu convívio social. A brincadeira faz parte do mundo</p><p>da criança. É nesse momento que ela experimenta, organiza-se, regula-se, constrói</p><p>normas para si e para o grupo. Desse modo, o brincar é uma das formas de linguagem</p><p>que a criança usa para entender e interagir consegue mesmo e com os outros e o</p><p>próprio mundo. A importância de se valorizar atividades lúdicas na Educação Infantil,</p><p>visto que as crianças podem incorporar em suas brincadeiras conhecimentos que</p><p>foram construindo.13 Ainda se observa no RCNEI a valorização do brinquedo,</p><p>entendidos como:</p><p>Componentes ativos do processo educacional que ref letem a concepção de</p><p>educação assumida pela instituição. Constituem-se em poderosos auxiliares</p><p>da aprendizagem. Sua presença desponta como um dos indicadores</p><p>importantes para a def inição de práticas educativas de qualidade em</p><p>instituição de educação infantil. 14</p><p>No entanto, ainda se observa que quando se fala em brinquedos e brincadeiras,</p><p>muitas das vezes ecoa, no fundo das expressões, pré-conceitos marcados pelas</p><p>relações de desdém, de poder de valores pejorativos na relação “trabalhar-seriedade</p><p>X brincar-seriedade”.</p><p>13 BRASIL, Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil . Brasília: MEC, 1998, V.I. p.</p><p>58.</p><p>14 BRASIL, 1998, V.I. p. 67.</p><p>9</p><p>Precisa-se entender que esses conceitos não possuem fundamento, pois hoje</p><p>se sabe que é através das ações, do fazer, pensar e brincar, que o ser humano vai</p><p>construir seu conhecimento e desenvolvendo suas estruturas psíquicas para se</p><p>relacionar com o mundo concreto. Nesse sentido, as brincadeiras são de suma</p><p>importância para o desenvolvimento da chamada motricidade, do raciocínio por meio</p><p>do faz-de-conta, utilizando sempre pelas crianças quando estão brincando.</p><p>À medida que a criança vai se desenvolvendo fisicamente, as brincadeiras vão</p><p>tomando dimensão mais socializadora, os participantes se encontram, numa atividade</p><p>comum e ao mesmo aprendem a coexistência, contudo lhes possibilita aprender,</p><p>como lhe dar com respeito mútuo, bem como partilhar brinquedos, dividir tarefas e</p><p>tudo aquilo que implica uma tarefa coletiva no seu dia-a-dia.</p><p>Além disso, acreditamos que é brincando que a criança começa a se relacionar</p><p>com as pessoas, que ela descobre o mundo, se desenvolve com o que ela aprendeu,</p><p>a criança desenvolve com mais saúde, elimina o estresse, aumenta a criatividade e a</p><p>sensibilidade, estimula a sociabilidade. Brincar é um dos alimentos mais importantes</p><p>da infância. Brincar é a atividade que permite que a criança desenvolva, desde os</p><p>primeiros anos de vida, todo o potencial que tem. Por fim, acredita-se que é a</p><p>brincadeira que faz a criança ser criança.</p><p>2.5 A Atuação do Professor na Utilização dos Jogos e Brincadeiras na</p><p>Educação Infantil.</p><p>A importância dos jogos para o desenvolvimento integral da criança. Dessa</p><p>forma, o professor deve propor atividades que envolvam os jogos a fim de despertar</p><p>o interesse, a motivação e a participação das crianças15. Assim, o educador deve</p><p>valorizar o jogo como possibilidade de alcançar objetivos educativos e proporcionar à</p><p>criança a superação de obstáculos inesperados ao longo do jogo.</p><p>O jogo tem a finalidade educativa, o educador pode apresentá-lo de maneira</p><p>planejada, com o objetivo das crianças se divertirem e distraírem, em situações que</p><p>às vezes são necessárias, como para controlar um grupo na falta do responsável ou</p><p>de forma improvisada para conter a agitação das crianças. Nesse caso, prevalece o</p><p>jogo livre com finalidade de relaxamento, descontração, pois a criança movimenta-se,</p><p>15 BASSEDAS, EULÁLIA; HUGUET, TERESA; SOLÉ, ISABEL. Aprender e Ensinar na Educação</p><p>Infantil. Tradução Cristina Maria de Oliveira. Porto Alegre: Artmed,1999. p. 65.</p><p>10</p><p>correndo de um lado para o outro; por exemplo: a brincadeira de pique-pega, que deve</p><p>ser observado por um adulto devido ao risco de ocorrer acidentes com as crianças.</p><p>Nesta mesma percepção, o professor ao preparar uma atividade pedagógica</p><p>envolvendo o jogo, ele deve pensar no espaço e no tipo de jogo, pois cada jogo requer</p><p>um lugar apropriado, adequado para estruturá-lo de forma didática, seja ele de</p><p>construção, simbólico e de regras.16 Visto que, cada tipo de jogo requer um material</p><p>a ser utilizado e que determina o ambiente propício ao seu desenvolvimento. Por</p><p>exemplo: blocos lógicos, quebra-cabeça e outros podem ser realizados em um</p><p>cantinho da sala, no chão ou sobre a mesa. Essa atividade faz com que a criança</p><p>desenvolva o equilíbrio, movimentação, desenvolvendo a coordenação motora e</p><p>melhor raciocínio lógico.</p><p>Diante disso, pode-se dizer que os jogos simbólicos oportunizam à criança a</p><p>reprodução de experiências rotineiras que podem ser representadas através das</p><p>peças teatrais e apresentações musicais, a criança demonstra suas vivências</p><p>imaginárias, realiza de forma prazerosa aquilo que ela acredita ser real. Para que</p><p>esses jogos sejam realizados de forma satisfatória é importante a presença de um</p><p>mediador que trace metas e ajude a solucionar problemas. Dessa forma, o professor,</p><p>ao pensar no objetivo a ser alcançado, ele deve utilizar de recursos e situações,</p><p>usando a criatividade para que a criança internalize normas por ele propostos.</p><p>É necessário que o professor realize observações e investigações sobre a vida</p><p>da criança e perceba os conhecimentos prévios adquiridos nas interações familiar e</p><p>social, utilizando as brincadeiras e jogos como</p><p>meios da criança se manifestar, pois</p><p>“[...] aprendizagem é entendida como processo, que deve ser lida de forma a não</p><p>fragmentar o conhecimento [...]”17.</p><p>Assim, o conhecimento não deve ser visto de forma separada de um contexto</p><p>para outro, e sim ligado com sentido e significado. O educador, ao preparar a atividade</p><p>envolvendo o jogo, deve buscar metodologias que possam promover a interação e</p><p>comunicação com a criança.18</p><p>O professor não deve pensar somente no espaço para realização do jogo por</p><p>prazer; precisa conhecer o jogo, estudá-lo para depois saber como interagir com a</p><p>criança e intervir para alcançar o objetivo esperado. No final da atividade, o educador</p><p>16 BASSEDAS, EULÁLIA; HUGUET, TERESA; SOLÉ, ISABEL,1999. p. 65.</p><p>17 NEGRINE. 1994. p. 20.</p><p>18 NEGRINE. 1994. P. 16.</p><p>11</p><p>deve preparar um momento para ouvir as crianças na expressão de suas ideias,</p><p>opiniões e experiências culturais adquiridas, seja individual ou coletivamente.</p><p>As atividades lúdicas estão recheadas de ações investigativas, de exercício</p><p>e de jogo. Portanto, quando a criança chega à escola, traz consigo toda uma</p><p>pré-história, construída a partir de suas vivencias, grande parte delas através</p><p>da atividade lúdica. 19</p><p>Dessa forma, é necessário que o professor busque conhecer como é o convivo</p><p>família da criança, que tipos de brincadeiras fazem parte do seu cotidiano, para que</p><p>assim possa aplicar em suas atividades, afim de obterem a segurança dos alunos e o</p><p>interesse de participar das brincadeiras.</p><p>Ao brinca a criança manifesta mais o interesse de aprender, agindo livremente,</p><p>demonstrando prazer durante as atividades educativas. O professor deve introduzir o</p><p>jogo como recurso pedagógico para promover o desenvolvimento global da criança.</p><p>Na educação infantil, o educador deve fazer uso dos jogos e brincadeiras na prática</p><p>pedagógica como recurso de promoção da aprendizagem, pois essas atividades</p><p>propiciam a estimulação do pensamento da criança20.</p><p>A aprendizagem envolve a afetividade e a cognição, pois o educador deve</p><p>estabelecer relações de afeto, confiança, de forma que a criança adquira a autonomia</p><p>e possa interagir.21 Portanto, ela se realiza, com sua curiosidade, constrói, inventa e</p><p>amplia o seu conhecimento. O mediador ao acompanhar a criança na construção do</p><p>conhecimento, deve valorizar a espontaneidade, ouvir suas dúvidas, relatos pessoais,</p><p>desafiando-a como sujeito capaz de se adaptar à infância. O jogo não deve ser</p><p>utilizado apenas como brincadeira ou forma de extravasar energia, pois ele propicia à</p><p>criança o desenvolvimento dos aspectos físico, cognitivo e social, uma vez que:</p><p>As crianças f icam mais motivadas a usar a inteligência, pois querem jogar</p><p>bem; sendo assim, esforçam-se para superar obstáculos, tanto cognitivos</p><p>quanto emocionais. Estando mais motivadas durante o jogo, f icam também</p><p>mais ativas mentalmente. 22</p><p>A criança motivada interessa-se pelo jogo e supera as dificuldades</p><p>relacionadas à cognição e à emoção. O jogo, por ser livre de pressão, proporciona a</p><p>19 NEGRINE. 1994. p. 20.</p><p>20 SANTOS, S Marli Pires. Brinquedoteca: A criança o adulto e o lúdico. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.</p><p>21 KISHIMOTO. 1999 p. 96.</p><p>22 KISHIMOTO. 1999 p. 96.</p><p>12</p><p>aprendizagem, estimula a moral, o interesse, fazendo com que a criança descubra e</p><p>reflita sua ação. Assim, com a experiência da criança, ela se descobre, assimila e</p><p>integra com o mundo que a rodeia.</p><p>De acordo com Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil RCNEI, o</p><p>professor deve preparar brincadeiras com situações diferenciadas para que as</p><p>crianças tenham capacidade de escolher papéis, objetos, companheiros para brincar,</p><p>e que elas possam expressar seus sentimentos, emoções, entendimento e a própria</p><p>regra no ato do brincar. “É preciso que o professor tenha consciência que na</p><p>brincadeira as crianças recriam e estabilizam aquilo que sabem sobre as mais</p><p>diversas esferas do conhecimento, em uma atividade espontânea e imaginativa.” 23</p><p>O professor deve intervir nas ações da criança para que ela possa relacionar</p><p>adquirir conceitos, aprender as diferentes linguagens, nas quais ela se expressa e</p><p>comunica através dos sentimentos e ideias, experimentar, refletir, questionar e</p><p>construir objetos e brinquedos, pois a criança deve ser valorizada na sua</p><p>individualidade de acordo com a faixa-etária, e ainda seus hábitos, costumes,</p><p>aceitando suas diferenças de conhecimento adquiridos no convívio familiar e social.</p><p>O educador deve preparar o ambiente prazeroso e acolhedor, sem discriminar as</p><p>várias experiências de aprendizagem.</p><p>O educador, para começar o trabalho lúdico, deve definir as necessidades e</p><p>interesse do grupo, pensar no tempo que vai durar o jogo, no espaço físico onde será</p><p>desenvolvida a atividade, seja na sala de aula, pátio ou quadra; os materiais a serem</p><p>utilizados. Do ponto de vista de Friedman, a função do professor como mediador a</p><p>respeito do jogo é de estipular regras e não as impor, assim a criança tem a</p><p>capacidade de criá-las, e decidir a melhor forma de usá-las, e;</p><p>Dar oportunidade as crianças na elaboração das leis. [...], elas têm</p><p>possibilidade de questionar valores morais. Os jogos em grupo dão inúmeras</p><p>chances para se elaborarem regras, ver seus efeitos, modif icando -os e</p><p>comparando para ver o que acontece24.</p><p>O educador deve considerar o jogo cultural espontâneo e o dirigido como</p><p>objetivos a serem alcançados ludicamente. Assim, no jogo espontâneo, o educador</p><p>23 BRASIL, Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC, 1998, V.I. p.</p><p>29.</p><p>24 FRIEDMANN. 2006. p. 74.</p><p>13</p><p>deve “respeitar a interpretação dada pelo grupo de crianças à regra do jogo</p><p>espontâneo, é fundamental para conhecer sua realidade lúdica.25</p><p>Quanto ao jogo dirigido, o educador [...] deve ser claro e breve na hora de</p><p>explicar as regras do jogo proposto26. Dessa forma ao expor as regras do jogo, o</p><p>professor deve ser objetivo, pois sua função é orientá-las, visto que ele deve</p><p>apresentar situações desafiadoras, dificultando o jogo com intenção de promover</p><p>novas aprendizagens.</p><p>3. A INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA NA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO</p><p>INFANTIL.</p><p>3.1 Tecnologias</p><p>A tecnologia é uma “ciência cujo objeto é a aplicação do conhecimento técnico</p><p>e científico para fins industriais e comerciais” e um “conjunto dos termos técnicos de</p><p>uma arte ou de uma ciência”.27 A base da tecnologia encontra-se no conhecimento,</p><p>técnica e experiência. É por meio deste conjunto que novas tecnologias são criadas e</p><p>que aos poucos são transformados os indivíduos e a sociedade, independente da</p><p>utilização que se faça dessa tecnologia.</p><p>Essa assimilação da tecnologia pela cultura acontece a por meio de valores</p><p>preestabelecidos pela sociedade. Segundo o autor “[...] a tecnologia constitui um novo</p><p>tipo de sistema cultural que reestrutura o mundo social e ao escolhermos as nossas</p><p>tecnologias nos tornamos o que somos e desta forma fazemos uma configuração do</p><p>nosso futuro”. 28 “As tecnologias são tão antigas quanto a espécie humana”.29 Elas</p><p>permanecem desde a idade da pedra, quando os mais fortes se destacavam com</p><p>ideias para a sua própria sobrevivência e, conforme iam sobrevivendo, apareceram</p><p>novas necessidades, de caráter que novas tecnologias foram sendo desenvolvidas.</p><p>Esse processo acontece até os dias de hoje, ou seja, durante a evolução surgem</p><p>inúmeras tecnologias.</p><p>25 FRIEDMANN. 2006. p. 75.</p><p>26 FRIEDMANN. 2006. p. 75.</p><p>27 DICIONÁRIO PRIBERAM DA LÍNGUA PORTUGUESA. Disponível em: Acesso em: 16/03/2022.</p><p>28 SANCHO, J. M.; HERNÁNDES, F. et al. Tecnologias para transformar a educação. Porto Alegre:</p><p>Artmed, 2006. p. 18.</p><p>29 KENSK. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas: Papirus, 2007. p. 15.</p><p>14</p><p>É rapidamente que ocorre o processo de desenvolvimento tecnológico da</p><p>atualidade, em que fica difícil determinar o que é um novo conhecimento, instrumento</p><p>e procedimento ou o que é uma novidade da tecnologia já existente. Hoje em dia, as</p><p>novas tecnologias estão conexas aos processos e produtos originários da eletrônica,</p><p>da microeletrônica e das telecomunicações, as quais caracterizam-se por serem áreas</p><p>evolutivas, em permanente transformação.</p><p>Hoje são comuns as expressões “sociedade tecnológica”, “a tecnologia invadiu</p><p>nosso cotidiano”, o que, às vezes, ocasiona certo temor nos indivíduos, as quais se</p><p>abismam com as probabilidades evidenciadas nos filmes de ficção científica, em que</p><p>a tecnologia passa a ter domínio sobre os seres humanos30. A tecnologia faz parte de</p><p>nossa vida em todos os aspectos, por exemplo, nos alimentar é possível por meio a</p><p>tecnologia das louças, geladeira, fogão, micro-ondas entre outros.</p><p>E desse modo, a tecnologia está presente em todas as atividades do nosso dia-</p><p>a-dia e, para serem realizadas, são necessários produtos e equipamentos resultantes</p><p>de estudos, planejamentos e construções, ou seja, é possível dizer que se trata de</p><p>tecnologia o “[...] conjunto de conhecimentos e princípios científicos que se aplicam</p><p>ao planejamento, à construção e à utilização de um equipamento em determinado tipo</p><p>de atividade”31. Deste modo, não é só nesse momento que se vive a “era tecnológica”.</p><p>Essa “era” já existe desde os primórdios, porém em cada época existiu um tipo de</p><p>tecnologia diferente, que, cada uma a sua maneira, tinha o objetivo de melhorar a</p><p>qualidade dos processos.</p><p>A evolução tecnológica não se restringe apenas aos novos usos de</p><p>determinados equipamentos e produtos. Ela altera comportamentos. A</p><p>ampliação e a banalização do uso de determinada tecnologia impõem-se à</p><p>cultura existente e transformam não apenas o comportamento individual, mas</p><p>o de todo o grupo social. As tecnologias transformam suas maneiras de</p><p>pensar, sentir e agir. Mudam também suas formas de se comunicar e de</p><p>adquirir conhecimentos 32</p><p>As tecnologias da atualidade concebem modificação de comportamento. Um</p><p>exemplo comum é a internet, que, embora de ser uma tecnologia já antiga (em 1960</p><p>já se falava de internet), permite a comunicação dos indivíduos sem que estas fiquem</p><p>no mesmo local e a Educação a Distância, que possibilita àqueles que não têm a</p><p>30 KENSKI. 2007.p 17.</p><p>31 KENSKI. 2007. p.18.</p><p>32 KENSKI. 2007. p.21.</p><p>15</p><p>probabilidade de cursar o Ensino Superior de forma presencial ou que não possuem</p><p>recursos para arcar com esse investimento.</p><p>Outros exemplos: televisão, computadores, celulares etc. As pessoas já estão</p><p>dependentes de toda a tecnologia existente. Hoje é muito comum uma criança já saber</p><p>utilizar um celular e/ou os programas de computador. Uma realidade muito diferente</p><p>de anos atrás, já que o acesso a essas tecnologias se dava apenas quando fossem</p><p>jovens e/ou adultos.</p><p>A escola e o educador necessitam explorar esse conhecimento que já</p><p>possuem, admitindo assim novas configurações de ensinar e aprender e também</p><p>incluir aqueles exceção que ainda não conhecem ou não tem a possibilidade de se</p><p>habituarem na era digital, pois, apesar das facilidades de acesso às tecnologias, ainda</p><p>existe desigualdade social nesse âmbito.</p><p>3.2 A importância da tecnologia no processo de ensino aprendizagem.</p><p>As diferentes possibilidades de acesso às tecnologias oferecem novos modos</p><p>de vida, de trabalhar e de se organizar na sociedade. Um exemplo é a constante</p><p>comunicação entre as pessoas, localizadas em locais diferentes e, muitas vezes,</p><p>distantes, através de aparelhos celulares, de e-mails, de comunicadores instantâneos</p><p>ou de redes sociais. Com base nisso, percebe-se que essas novas possibilidades</p><p>tecnológicas não interferem apenas na vida cotidiana, mas passam a interferir em</p><p>todas as ações, nas condições de pensar e de representar a realidade e, no caso da</p><p>educação, na maneira de trabalhar em atividades ligadas à educação escolar.</p><p>Conforme as tradições, o ensinar era tarefa específica da escola. Os</p><p>conhecimentos eram oferecidos às crianças ao adentrarem nas escolas e esses eram</p><p>finitos e determinados; no fim de cada formação, o aluno era considerado uma pessoa</p><p>formada, já que se obtinha os conhecimentos necessários para o acesso em alguma</p><p>ocupação. Nos dias atuais, não é possível ter esse mesmo pensamento, pois as</p><p>rápidas mudanças tecnológicas atribuem novas formas à atividade de ensinar e</p><p>aprender, estando constantemente em processo de aprendizagem e adaptação, não</p><p>sendo mais possível considerar uma pessoa completamente formada, independente</p><p>do seu grau de formação.33</p><p>33 KENSKI. 2007.</p><p>16</p><p>A escola de hoje faz parte desse momento tecnológico revolucionário e, para</p><p>atender sua função social, ela deve estar atenta e aberta para incorporar esses novos</p><p>parâmetros comportamentais, hábitos e demandas, participando ativamente dos</p><p>processos de transformação e construção da sociedade. Deste modo, é necessário</p><p>que os alunos desenvolvam habilidades para utilizar os recursos tecnológicos,</p><p>cabendo à escola integrar a cultura tecnológica ao seu cotidiano. A utilização das</p><p>tecnologias no processo de ensino-aprendizagem institui um fator de inovação</p><p>pedagógica, possibilitando novas modalidades de trabalho na escola, devendo esta</p><p>acompanhar as transformações sociais.</p><p>A escola precisa se tornar mais atraente, estreitando a linha que a divide do</p><p>mundo externo, no qual o aluno vai absorver grande parte das informações. A escola</p><p>precisa transformar-se de simples transmissora de conhecimentos em organizadora</p><p>de aprendizagens e reconhecer que já não detém a posse da transmissão dos</p><p>saberes, proporcionando ao aluno os meios necessários para aprender a obter a</p><p>informação, para construir o conhecimento e adquirir competências, desenvolvendo o</p><p>espírito crítico.34</p><p>Atualmente, existe uma infinidade de tecnologias que contribuem na parte</p><p>pedagógica, que proporcionam novas formas de transmissão e articulação do</p><p>conhecimento, mais atrativas, mais dinâmicas, tornando a aprendizagem do aluno</p><p>mais interessante, por exemplo, TV, DVD, câmeras, videocassete, retroprojetor, rádio,</p><p>computador, projetor, internet etc. Por meio dessas tecnologias, como o computador</p><p>conectado a um projetor e com som, é possível ilustrar as aulas, tornando-as mais</p><p>atrativas, possibilitando aos alunos vivenciar situações reais do conteúdo que está</p><p>sendo abordado. Um filme, um documentário, ilustrações ou até mesmo uma simples</p><p>apresentação de slides, complementando a aula expositiva, torna-a mais dinâmica,</p><p>atraindo a atenção dos alunos, gerando, dessa forma, maiores possibilidades de</p><p>construção do conhecimento.</p><p>Hoje, tudo o que se precisa é encontrado na internet. Através dela são possíveis</p><p>“viagens” incríveis, ter acesso a bibliotecas, ambientes, jogos, simulações, que</p><p>possibilitam uma infinidade de novos conhecimentos e que vem a complementar o</p><p>processo de ensino-aprendizagem. Por exemplo, existem diversos sites de jogos</p><p>34 ROSA, L. M. Comunicação apresentada no painel “Centro de recursos: um espaço de</p><p>aprendizagens múltiplas”. 1999. Disponível em: Acesso em: 22/02/2022.</p><p>17</p><p>educativos, onde, brincando, os alunos aprendem, explorando o conteúdo em estudo</p><p>de uma forma totalmente diferente da tradicional.</p><p>Também existem diversos sites que possibilitam a aplicação de simulações e</p><p>desafios, permitindo ver na prática a teoria estudada. Outro exemplo que também</p><p>pode ser citado são os blogs construídos por professores, que sempre são atualizados</p><p>com informações que agregam conhecimento aos alunos, por meio de leituras</p><p>complementares relacionadas com os conteúdos em estudo, e os próprios alunos</p><p>também podem fazer comentários, gerando assim uma construção coletiva e</p><p>colaborativa do conhecimento.</p><p>Não, existem muitas aplicações e muitas tecnologias disponíveis, permitindo</p><p>uma diversidade de formas de utilização, possibilitando a diversificação na sala de</p><p>aula. O autor comenta que da união entre tecnologia</p><p>e conteúdos nascem</p><p>oportunidades de ensino, entretanto é necessário analisar se essas oportunidades são</p><p>significativas, por exemplo, quando as tecnologias ajudam a enfrentar desafios atuais,</p><p>como encontrar informações na internet e se localizar em um mapa virtual35. Em</p><p>outros casos, porém, ela é dispensável, como no crescimento de uma semente, que</p><p>não faz sentido ver em uma animação se é possível ter a experiência real.</p><p>Dessa forma, sabendo da importância, das contribuições e das potencialidades</p><p>das tecnologias, é possível utilizá-las de acordo com a necessidade e em momentos</p><p>em que realmente ela irá contribuir para o processo de ensino-aprendizagem, o qual</p><p>acontecerá de forma diferente e inovadora. É fundamental a utilização das tecnologias</p><p>no ambiente escolar, pois esse é um local para a construção do conhecimento, para</p><p>a socialização do saber, um local de discussão, de troca de experiências e</p><p>desenvolvimento de uma nova sociedade36. O rápido acesso às informações e as</p><p>transformações das tecnologias podem fazer com que as pessoas se sintam</p><p>discriminadas ou constrangidas diante da incapacidade de realizar algumas</p><p>atividades, entretanto também possibilita a constante aprendizagem por meio da</p><p>autonomia na construção e reconstrução do conhecimento, conforme a pessoa</p><p>processa novas informações.</p><p>35 POLATO, A, jun. 2009. Disponível em: Acesso em: 19/02/2022.</p><p>36 MAINART, D. A.; SANTOS, C. M. A importância da tecnologia no processo ensino-</p><p>aprendizagem. In: CONGRESSO VIRTUAL BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO, 7, 2010. Anais...,</p><p>2010. Disponível em. Acesso em: 20/02/2022.</p><p>18</p><p>As tecnologias, proporcionam novas formas de representar o mundo, além da</p><p>linguagem oral, da linguagem escrita ou das linguagens visuais e audiovisuais</p><p>utilizadas isoladamente37. As tecnologias constituem novas linguagens ao</p><p>proporcionarem a união de todas as linguagens, ampliando o funcionamento de cada</p><p>uma delas. Sendo assim, as tecnologias não são simples ferramentas, mas sim novas</p><p>linguagens, novos modos de significar o mundo.</p><p>Embora de todos as benfeitorias da tecnologia, uma atenção deve ser dada</p><p>para que sua utilização não torne cansativo o processo de construção do</p><p>conhecimento A tecnologia deve ser utilizado de maneira didático-pedagógica, de</p><p>modo a agregar conhecimento aos alunos. A inserção das tecnologias só tem sentido</p><p>se for realizada com o objetivo de melhorar a qualidade de ensino, proporcionando</p><p>um processo de ensino-aprendizagem de forma positiva.</p><p>A educação, sozinha, não tem condições de atender a demanda da sociedade</p><p>atual sem se aliar às tecnologias e a realidade do acesso às tecnologias não soluciona</p><p>os atuais desafios nesse âmbito. É preciso saber aplicar as tecnologias no processo</p><p>de ensino-aprendizagem para que sejam alcançados resultados que garantam a</p><p>qualidade do ensino38.</p><p>4. A INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA NA INFÂNCIA; DESENVOLVIMENTO OU</p><p>AMEAÇA.</p><p>4.1 O impacto da tecnologia no desenvolvimento social da criança.</p><p>Desde o final do século XX, a criança passou a ter um certo contato com os</p><p>aparelhos eletrônicos, como um celular, tablete, computador, videogame, ou aparelho</p><p>de DVD. Sem saber, a criança desenvolve, por muitas vezes o amadurecimento de</p><p>maneira rápida e as vezes confusa. Muitas vezes é por meio dos desenhos que</p><p>37 JACINSKI, E.; FARACO, C. A. Tecnologias na educação: uma solução ou um problema</p><p>pedagógico? Revista Brasileira de Informática na Educação, v. 10, n. 2, set. 2002. Disponível em:</p><p>Acesso em: 18/02/2022.</p><p>38 NUNES, J. S. Funções pedagógicas dos mapas conceituais na perspectiva do docente</p><p>brasileiro. Dissertação (Mestrado Europeu em Engenharia de Mídias para a Educação), Universidade</p><p>Nacional de Educação a Distância da Espanha, Universidade de Poitiers, França e Universidade</p><p>Técnica de Lisboa, Portugal, 2008.</p><p>19</p><p>identificam as categorias (brinquedos e outros) na linguagem estrangeira e algo que</p><p>elas adoram assistir.</p><p>A utilização da tecnologia cada vez mais precoce e frequente provoca vários</p><p>questionamentos polêmicos na escola quanto ao desenvolvimento afetivo, cognitivo e</p><p>social da criança, uma vez que, algumas crianças acabam substituindo os brinquedos</p><p>manuais e pelos virtuais, como os jogos eletrônicos e redes sociais ao em vês de jogar</p><p>bola e correr, ou seja, brincadeiras tradicionais nas quais envolvem exercícios físicos</p><p>e a interação social com outras crianças.</p><p>As crianças no início do século XXI ainda mostravam publicamente seus</p><p>sentimentos, aflições e desejos por meios do mundo real, tecnologia satisfaz na</p><p>maioria das vezes necessidades, sem que seja preciso eles saírem, isso causa</p><p>acomodação educacional que podem se prejudicar adquirindo algum tipo de</p><p>transtorno por questão de isolamento sem contato físico com pessoas reais.39</p><p>Ainda, a diversão e o cumprimento das atividades escolares da criança, são</p><p>realizados no ambiente escolar e cabe a ajuda dos pais. Neste ambiente encontram-</p><p>se basicamente dentro de casa, no computador ou tablete, nas redes sociais, e que</p><p>as mesmas constituem amizades e realizam as atividades escolares por meio de</p><p>diversos dispositivos eletrônicos.</p><p>A tecnologia passa a fazer parte da vida da criança desde cedo, muitos pais</p><p>são os verdadeiros culpados de seus f ilhos se tornarem dependentes de</p><p>recursos tecnológicos, “muitos usam seu celular ou tablete como uma</p><p>maneira de fazer a criança calar-se e toda vez que a criança chora eles dão</p><p>o celular, não demora muito e a criança já está viciada em celular e outros</p><p>recursos tecnológicos. 40</p><p>Diante desse cenário esclarece que as pessoas estão deixando de sair de casa</p><p>para se divertir com amigos e ficarem em casa frente a um computador ou com</p><p>aparelho celular trocando mensagem com outras pessoas por meio das redes</p><p>sociais.41 A tecnologia substitui silenciosamente os hábitos tradicionais que envolvem</p><p>a interação física com as pessoas e o meio ambiente, com isso, o costume de abreviar</p><p>termos específicos nos aparelhos eletrônicos impedem as crianças de obedecerem</p><p>as normas cultas da língua vernácula, impossibilitando-as de escreverem</p><p>corretamente, a dependência a tecnologia também provoca frustações entre as</p><p>39 PREVITALE, A. P. A importância do brincar. Campinas; UNICAMP, 2006.</p><p>40 PREVITALE. 2006, p. 56.</p><p>41 HANAVER, F.J. impacto da informática nas relações humanas.2005</p><p>20</p><p>crianças, uma vez que a necessidade por adquirir informações de forma quantitativas</p><p>causa a intolerância e ansiedade, visto que os dispositivos eletrônicos apresentam</p><p>acessibilidade 24hrs na internet.</p><p>O uso indiscriminado da tecnologia desconstrói o vínculo afetivo entre os</p><p>membros da família, nesse sentido, a ausência de referência de natureza emocional</p><p>dificulta as crianças desenvolverem sua cognição no âmbito escolar, pois, a falta de</p><p>equilíbrio entre o aspecto cognitivo e afetivo no desempenho escolar dos alunos.</p><p>Essa e uma da temática mais pesquisada ultimamente, e um assunto que</p><p>infelizmente mostra as crianças coisas que elas não deveriam ver nem aprender,</p><p>como por exemplo os jogos que tem como instrumentos a violência, devido ela viver</p><p>tudo aquilo em um jogo ela vai querer viver também em seu dia-a-dia, por isso a</p><p>tecnologia pode gerar algo muito ruim para a criança mais cabe aos pais decidirem o</p><p>que os seus filhos podem ou não fazer.</p><p>Cerca de 20 anos atrás, as crianças brincavam pelas ruas, inventavam</p><p>brincadeiras imaginárias, sempre à procura de algo para distração. Com o passar dos</p><p>anos, as coisas foram mudando e as crianças estão cada vez mais focadas nas</p><p>tecnologias e inovações da atualidade. Antes sonhavam em ter uma bicicleta,</p><p>bonecos, ou qualquer brinquedo para entreter, hoje sonham em ganhar algo como um</p><p>tablete ou um smarthphone.</p><p>As crianças agora conf iam na tecnologia para maioria de suas brincadeiras,</p><p>limitando enormemente os desaf ios a sua criatividade e imaginação, assim</p><p>como limitando os</p><p>desaf ios necessários a seus corpos para alcançar o</p><p>desenvolvimento sensorial ideal. 42</p><p>Deveria existir um balanceamento no uso das tecnologias, tudo em excesso</p><p>gera uma consequência, assim como esses problemas estão se desencadeando com</p><p>abundância, em razão que as crianças estão se exercitando e instigando sua</p><p>criatividade cada vez menos, isso afeta gravemente o desenvolvimento, psíquico e</p><p>motor. Logo a tecnologias tem suas influencias, A utilização de novas tecnologias</p><p>promove uma modificação no universo infantil trazendo coisas boas e também coisas</p><p>ruins, mas sempre influenciando as crianças algumas vezes ajudando outras vezes</p><p>atrapalhando.</p><p>42 MACHADO, Y. L. Sedentarismo e suas Consequências em Crianças e Adolescentes .</p><p>Muzambinho, 2011. Disponível em: Acesso em 09/09/2022.</p><p>21</p><p>4.2 A influência da tecnologia na saúde física e mental da criança.</p><p>O fato de as crianças substituírem as brincadeiras clássicas tais como: pega-</p><p>pega e esconde-esconde, isto é, atividades nas quais envolvem movimento físico, por</p><p>jogos eletrônicos, computadores, videogames, entre outros, podem comprometer a</p><p>sua saúde física e psicológica, provocando o seu isolamento social, pois cada vez</p><p>mais, as crianças são acometidas pela obesidade em função do sedentarismo, ou</p><p>seja, falta de pratica de exercícios físicos causados pelo uso abusivo de dispositivos</p><p>eletrônicos.</p><p>O nível de atividade tem demonstrado que a tecnologia tem ganhado espaço</p><p>no mundo das crianças e vem diminuindo a atividade f ísica na infância. As</p><p>crianças vêm se tornando cada vez mais sedentárias por hábitos como</p><p>assistir televisão, jogar videogame, usar computador com muita f requência e</p><p>esquecem de aproveitar o melhor do dia-a-dia. 43</p><p>O autor reafirma que as crianças, extinguem as oportunidades de valorizarem</p><p>as atividades tradicionais tais como: passa anel, brincadeira de rodas, brincadeiras de</p><p>rua, e o habito de correr, pular, gritar, uma vez que, os aparelhos eletrônicos.</p><p>Tornaram-se estímulos condicionados, isto é, os reforços naturais e primários dos</p><p>hábitos tradicionais são associados com os dispositivos eletrônicos, com isso, a</p><p>tecnologia evoca o acesso aos estímulos primários, os quais tornaram-se uma</p><p>referência aprendida na qual é responsável pelo lazer.</p><p>Diante dessa realidade, o contato da criança com a tecnologia por esforço</p><p>aumenta a probabilidade de ela passar a maior parte do seu tempo sentado em frente</p><p>a uma TV, ou até mesmo de um videogame ou tablete, desse modo, a falta de controle</p><p>e regras em relação aos dispositivos eletrônicos, impossibilitam as crianças de</p><p>diferenciar o lazer do estudo.</p><p>Em pleno século XXI no qual a tecnologia está cada dia mais avançada, as</p><p>pessoas adquirem acesso a informações frequentemente. A tecnologia com os</p><p>processos de automação leva as pessoas a assumirem uma vida, já que, a</p><p>comodidade, rapidez e flexibilidade na aquisição de informação diminuem o esforço</p><p>das pessoas em busca de fontes alternativas de lazer, trabalho e estudos.</p><p>43 MACHADO, Y. L.2011. Disponível em: Acesso em 09/09/2022.</p><p>22</p><p>Hoje o nível de pessoas dependentes da tecnologia vem aumentando a cada</p><p>dia, principalmente em crianças, tornando as dependentes de jogos e recursos</p><p>tecnológicos, que conduzem ao isolamento, entretanto isso pode ser controlado, se</p><p>os pais e responsáveis acordarem para uma realidade que está à frente sua frente.</p><p>Porém muitos se tornam cegos ao ponto de não tomar medidas providencias para</p><p>ajudar seus filhos a resgatar tipos de brincadeiras e de troca de intimidade de uma</p><p>forma que só venha ajudar a eles a não se tornarem dependentes dos recursos</p><p>tecnológicos.</p><p>As crianças do mundo contemporâneo crescem em mundo digital sustentando</p><p>pela ênfase tecnologia avançada, na qual é caracterizada pela automação, com isso,</p><p>a comodidade e facilidade provocam o sedentarismo, diante dessa realidade, as</p><p>crianças adquirem muito cedo doenças psicológicas, acabam tendo dificuldades de</p><p>se relacionar e conviver em harmonia com diferentes modos e costumes, dessa</p><p>maneira, as crianças desenvolvem um ritmo competição baseado na isenção de</p><p>movimentos físicos em decorrência da política ideológica de qualidade de vida</p><p>mitigada pelos aparelhos eletrônicos.</p><p>De acordo com Guedes as crianças do século XXI é que até mesmo no meio</p><p>do ambiente escolar faltam atividades que auxiliam na psicomotricidade dos alunos</p><p>na qual poderiam estimular as relações entre as crianças e suas criatividades de forma</p><p>pratica e dinâmica pelo contato físico, nesse sentido, as tarefas que envolvem</p><p>movimentos tem a oportunidade de estimular as mesmas a recuperarem os hábitos</p><p>tradicionais de brincar com seus familiares e colegas de turma.44</p><p>À medida que os pais se apegam mais e mais à tecnologia, eles se desapegam</p><p>de seus filhos. Na ausência de apego parental, as crianças podem apegar-se aos</p><p>aparelhos digitais, e isso pode resultar em dependências. As tecnologias apesar de</p><p>apresentar seu ponto negativo no desenvolvimento da criança através de pesquisas</p><p>feitas foram relatadas que junto com ela vem o seu lado que auxiliam as crianças a</p><p>desenvolverem de forma rápida.</p><p>44 GUEDES D.P. Educação para a saúde mediante programas de Educação Física escolar . São</p><p>Paulo: Motriz, v.5, n.1, jun,1999.</p><p>23</p><p>5. CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>O tema abordado, para esta pesquisa traz o lúdico e as tecnologias como</p><p>recursos facilitadores para o desenvolvimento do aluno em todos os componentes</p><p>curricular, os jogos e as brincadeiras fazem parte do universo infantil, das quais se</p><p>relacionam na formação integral dos indivíduos, contextualizando ludicamente no</p><p>ensino, possibilitará alcançar objetivos que ajudem a melhorar o desempenho dos</p><p>alunos. Além disso, nota-se que os jogos não precisam ser complexos ou cheios de</p><p>recursos tecnológicos, mas precisam estar estruturados com as propostas</p><p>pedagógicas que se pretende atingir.</p><p>Por sua vez, os jogos proporcionam momentos prazerosos entre professor e</p><p>aluno, sendo assim, o educador recorre a esse método de ensino para também</p><p>desenvolver habilidades, que permitirá o aluno a desenvolver sua inteligência,</p><p>criatividade, raciocínio logico, e sua relação com os números, por isso, são essenciais</p><p>o contato com os jogos.</p><p>Contudo, obter o reconhecimento que se tem na necessidade em inserir o</p><p>lúdico e a tecnologia em sala de aula, ainda tem que ser discutido sobre a forma de</p><p>abordagem do professor e que dessa forma, o emprego dos jogos se transforma em</p><p>realização de objetivos propostos para se alcançar metas de resultados positivos, para</p><p>que isso aconteça o educador deve estar preparado em desenvolver novas</p><p>competências a fim de se obter o sucesso.</p><p>Diante das possibilidades que o professor mostrará para obter resultados</p><p>satisfatórios, consistem com propostas que visem o estímulo ao aprendizado se faz</p><p>necessário pra que se tenham alunos interessados, participativos, comunicativos,</p><p>enfim, além de compreender sua globalidade social, é relevante um olhar sensível</p><p>para a prática lúdica em sala de aula, pois o brincar vai além das ações cognitiva</p><p>sendo, culturalmente, uma atividade humana, capaz de estimular e contribuir no</p><p>desenvolvimento do indivíduo dinâmico e participativo no seio da sociedade.</p><p>Portanto, o trabalho com o lúdico e as tecnologias desencadeia um leque de</p><p>informação que ajudará no processo de ensino e aprendizagem proporcionando ao</p><p>aluno um olhar diferenciado.</p><p>24</p><p>6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>BASSEDAS, EULÁLIA; HUGUET, TERESA; SOLÉ, ISABEL. Aprender e Ensinar na</p><p>Educação Infantil. Tradução Cristina Maria de Oliveira. Porto Alegre: Artmed,1999.</p><p>p. 65.</p><p>BRASIL, Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC,</p><p>1998, V.I. p. 29, 58, 67.</p><p>BROUGERE, G. Brinquedo e cultura. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001. p. 40, 97.</p><p>DICIONÁRIO PRIBERAM DA LÍNGUA PORTUGUESA.</p><p>Disponível em: Acesso em:</p><p>16/03/2022.</p><p>FRIEDMANN, A. O desenvolvimento da criança através do brincar. São Paulo:</p><p>Moderna, 2006. p. 68, 74, 75.</p><p>KISHIMOTO, T. (org). Jogo, brinquedo, brincadeira e educação. 3º Ed. São Paulo:</p><p>Cortez, 1999 p. 36, 80, 96.</p><p>GUEDES D.P. Educação para a saúde mediante programas de Educação Física</p><p>escolar. São Paulo: Motriz, v.5, n.1, jun,1999.</p><p>HANAVER, F.J. impacto da informática nas relações humanas.2005</p><p>JACINSKI, E.; FARACO, C. A. Tecnologias na educação: uma solução ou um</p><p>problema pedagógico? Revista Brasileira de Informática na Educação, v. 10, n. 2, set.</p><p>2002. Disponível em: Acesso em: 18/02/2022.</p><p>KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. 1. ed.</p><p>Campinas: Papirus, 2007.</p><p>MACHADO, Y. L. Sedentarismo e suas Consequências em Crianças e</p><p>Adolescentes. Muzambinho, 2011. Disponível em: Acesso em 09/09/2022.</p><p>MAINART, D. A.; SANTOS, C. M. A importância da tecnologia no processo ensino-</p><p>aprendizagem. In: CONGRESSO VIRTUAL BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO, 7,</p><p>2010. Anais..., 2010. Disponível em. Acesso em: 20/02/2022.</p><p>MOYLES, J. R. Só brincar? O papel do brincar na educação infantil. Porto Alegre:</p><p>Artmed, 2002. p. 33.</p><p>NEGRINE, A. Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Porto Alegre: Propil, 1994.</p><p>p. 16, 20.</p><p>NUNES, J. S. Funções pedagógicas dos mapas conceituais na perspectiva do</p><p>docente brasileiro. Dissertação (Mestrado Europeu em Engenharia de Mídias para a</p><p>25</p><p>Educação), Universidade Nacional de Educação a Distância da Espanha,</p><p>Universidade de Poitiers, França e Universidade Técnica de Lisboa, Portugal, 2008.</p><p>PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. 3ªed. Rio de Janeiro: ed. Zahar,</p><p>1973.</p><p>PREVITALE, A. P. A importância do brincar. Campinas; UNICAMP, 2006.</p><p>POLATO, A. Um guia sobre o uso das tecnologias em sala de aula. Revista Nova</p><p>Escola, n. 223, jun. 2009. Disponível em: Acesso em: 19/02/2022.</p><p>SANTOS, S. M. P. dos. O lúdico na formação do educador. 5 ed. Vozes, Petrópolis,</p><p>2004.</p><p>ROSA, L. M. Comunicação apresentada no painel “Centro de recursos: um</p><p>espaço de aprendizagens múltiplas”. 1999. Disponível em: Acesso em: 22/02/2022.</p><p>SANTOS, S. M. P. Brinquedoteca: A criança o adulto e o lúdico. Petrópolis, RJ:</p><p>Vozes, 2000.</p><p>SANCHO, J. M.; HERNÁNDES, F. et al. Tecnologias para transformar a educação.</p><p>Porto Alegre: Artmed, 2006.</p><p>SZYMANSKI, M. L, S; PEREIRA J, A. A. Orgs: Diagnóstico e intervenção</p><p>psicopedagógica: reflexões sobre relatos de experiências. Cascavel: Edunioeste,</p><p>2006. p. 45.</p><p>VYGOTSKY, L.S. A defectologia e o estudo do desenvolvimento e da educação</p><p>da criança anormal. Trad. Denise Regina Sales, Marta Kohl Oliveira, Priscila</p><p>Nascimento Marques. Revista Educação e Pesquisa, v.37, n.4, p.861-870, 2011</p>

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