Prévia do material em texto
<p>AO JUIZO DE DIREITO DA ____ VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE PORTO VELHO – RONDÔNIA.</p><p>Ana Paula da Silva Araújo Dias, brasileira, casada, merendeira, portadora da carteira de identidade de nº 1063113 SESDEC-RO e inscrito no CPF sob o nº 013.737.172-11, domiciliada e residente na Rua: Londres nº2963, bairro: Novo Horizonte. CEP 76810-316. Porto Velho/RO. Vem, mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que esta subscreve (procuração em anexo), com fundamento no artigo 319 e seguintes do CPC propor:</p><p>AÇÃO DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO</p><p>C/C REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA</p><p>Em face de ENERGISA RONDONIA - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A, Sociedade Anônima Fechada, inscrita no CNPJ/MF sob o nº. 05.914.650/0001-66, com sede na Av. Imigrantes, nº 4137, Bairro Industrial, CEP 76.821-063, Porto Velho – RO, pelos fundamentos fáticos e jurídicos a seguir aduzidos:</p><p>I – DA INDISPENSABILIDADE DA JUSTIÇA GRATUITA</p><p>Excelência, a Requerente solicita a gratuidade da justiça nos trâmites processual, uma vez fazer jus a concessão.</p><p>A Carta Magna consolidando o estado democrático de direito houve por bem facilitar o acesso de todos à justiça e a garantia da assistência judiciária aos</p><p>necessitados, sem prejudicar a sua subsistência e da família.</p><p>Nesse sentido, preceituam os incisos XXXV e LXXIV do art. 5º da CF/88, in litteris:</p><p>Art.5º.(...)</p><p>XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;</p><p>(...)</p><p>LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;</p><p>Considerando que a Requerente, exerce a função de servidora pública emergencial com contrato de trabalho temporário, com o cargo de merendeira escolar, com salário base de R$ 1.270,00 (MIL E DUZENTOS E SETENTA REAIS, onde através desse salário garante seu sustento e de duas filhas, que inclusive uma delas nasceu recentemente, na ocasião depende de acompanhamentos de médicos periódicos para avaliação e desenvolvimento, necessitando assim, dispor de recursos financeiros.</p><p>II- DA AUDIENCIA DE CONCILIAÇÃO</p><p>A autora opta pela realização de audiência conciliatória com fulcro no artigo 319,</p><p>inciso VII, do CPC/15, razão qual requer a citação do Demandado, por carta para comparecer à audiência designada para essa finalidade.</p><p>II – DOS FATOS</p><p>Excelência, ocorre que a Requerente, recebeu uma carta da Energisa, informando que sua residência se encontrava com as instalações elétrica irregulares e que em razão disso a própria empresa de forma unilateral procedeu com a recuperação de consumo aplicando uma multa no valor de R$ 1.627,57 (UM MIL SEISCENTOS E VINTE E SETE REAIS E CINQUENTA E SETE CENTAVOS), conforme documento em anexo.</p><p>A Requerente indignada com tal acusação e com a imputação de desvio de energia em sua residência, se deslocou até a empresa Requerida, afim de obter informações quanto a situação, na ocasião as atendentes da empresa informaram que ela não poderia fazer mais nada, uma vez que a empresa já compareceu na residência fizeram a vistoria e constataram a suposta irregularidade no relógio.</p><p>Conforme podemos demonstrar através do documento abaixo, a Requerente compareceu na empresa em 10/09/2021, pedindo mais uma vez informações afim de resolver a situação, pois, estava com medo de ter seu fornecimento de energia suspensa, e como sua situação de saúde estava bastante vulnerável em razão da gestação que estava próxima dos 9 meses, perguntou para a atendente da empresa se teria outra forma de resolver, simplesmente a empresa Requerida emitiu o boleto com valor e informou que a Requerente efetuasse o pagamento que sua energia não seria suspensa.</p><p>Excelência, a Requerente começou a ficar nervosa, estava bem próxima em conceber seu filho, precisava comprar o enxoval, berço, roupas, fraldas e outros utensílios para receber de forma digna seu filho, chegando nas lojas, começou o pesadelo da Requerente, seu crediário foi negado em todas lojas em razão da negativação de seu nome junto ao serviço de proteção ao crédito, a Requerente entrou em desespero ao saber que não poderia comprar as coisas para seu filho, presenciava seu sonho de mãe sendo totalmente frustrado, por inadimplemento totalmente irregular e abusivo realizado pelo empresa Requerida.</p><p>Vejamos o comprovante de inscrição junto a empresa de negativação de crédito:</p><p>Após, passar pela frustrante e humilhante recursa de créditos junto as lojas, a Requerente foi novamente junto a empresa Requerida, afim de tentar mais uma vez, a solução pelas vias administrativas, simplesmente a empresa, não apresentou nenhuma, apenas emitiu mais um documento informando os débitos existentes. Vejamos:</p><p>Excelência, o que torna a situação mais humilhante para a Requerente é justamente que a empresa Requerida, foi na residência da Requerente, efetuou a suposta vistoria no relógio sem a presença da proprietária para acompanhar, não emitiu cópia do TOI – Termo de Ocorrência de Irregularidade para a Requerente entender qual suposta irregularidade sua residência tinha, para que fosse pelo menos providenciada a correção caso de fato fosse constatada a eventual irregularidade, a empresa Requerida não notificou a Requerente para apresentar seu contraditório e ampla defesa pelas vias administrativas, negativou o nome da Requerente junto a empresa de restrição ao crédito, impossibilitando da mesma realizar a compra do enxoval de seu filho, se prestando a humilhação de pedir ajuda de familiares para dispor crédito junto as lojas, E TUDO ISSO ESTANDO COM SUAS CONTAS EM DIAS.</p><p>E tudo isso, Excelência, a empresa agindo de forma covarde e unilateral, sem chances de defesa da Requerente, não restando outra opção, se não, buscar socorro do judiciário, antes que a empresa suspenda a energia elétrica da residência da Requerente, deixando totalmente vulnerável e em sofrimento UMA MÃE E DOIS FILHOS SENDO UM RECÉM NASCIDO.</p><p>III - DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA</p><p>O Código de Processo Civil autoriza o juiz conceder a tutela de urgência quando presentes a probabilidade do direito e o perigo e dano ou risco ao resultado útil do processo, conforme dispõe o artigo 300 da Lei 13.105/2015 e com fulcro no artigo 84 §4º da Lei 8.078/90.</p><p>III- DOS DIREITOS</p><p>ADRIANO MICHAEL V. DOS SANTOS ADVO</p><p>OAB/RO Nº 4788</p><p>MARCELO ANDRÉ A. V. BARROZO</p><p>OAB Nº 7768</p><p>Rua Abunã, nº 1219 - CEP 76801273 - Bairro Olaria - Porto Velho/RO</p><p>Contato: (69) 3214-4288 (whatsapp business) E-mail: contato@videiraebarrozo.com</p><p>image4.png</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image5.png</p>