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<p>Imprimir</p><p></p><p>ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO</p><p>PENAL</p><p>146 minutos</p><p>Aula 1 - Noções iniciais de Direito Penal</p><p>Aula 2 - Princípios fundamentais do Direito Penal I</p><p>Aula 3 - Princípios fundamentais do Direito Penal II</p><p>Aula 4 - Princípios fundamentais do Direito Penal II</p><p>Referências</p><p>INTRODUÇÃO AO DIREITO PENAL</p><p>O que é a Introdução ao Direito Penal?</p><p>Introdução ao Direito Penal, como o próprio nome diz são os primeiros passos para o estudo do Direito</p><p>Penal, o qual analisa os comportamentos humanos mais perniciosos à sociedade, capazes de gerar  uma</p><p>sanção, que tem por �m corrigir o erro cometido.</p><p>O Direito Penal tem a função de proteger os valores humanos, como a vida, a integridade física, a saúde, a</p><p>liberdade etc, bem como de alertar sobre as condutas que são reprováveis à coletividade, e que se o</p><p>indivíduo ao menos tentar praticá-las, será ele punido com sanções variáveis sendo a mais grave a restrição</p><p>de liberdade em regime fechado.</p><p>Além disso, o direito penal também apresenta um conjunto de valorações e princípios que orientam a</p><p>própria aplicação e interpretação dessas normas, tendo em vista, que deve ser uma ciência jurídica</p><p>equilibrada para que haja harmonia na aplicação dessas leis.</p><p>Onde encontrar a “Introdução ao Direito Penal” no Código Penal?</p><p>Decreto-Lei nº 2.848/1940</p><p>Mas onde podemos encontrar a “Introdução ao Direito Penal” no Código Penal? Con�ra a tabela a seguir!</p><p>Dec-Lei n° 2.848/1940 (CÓDIGO PENAL)</p><p>PARTE LIVRO TÍTULO CAPÍTULO ARTIGO</p><p>Parte geral</p><p>Título I - Da</p><p>aplicação da lei</p><p>penal</p><p>E qual importância desse tema para o Direito Penal?</p><p>Aula 1</p><p>NOÇÕES INICIAIS DE DIREITO PENAL</p><p>Nessa aula, vamos estudar o tema "Introdução ao Direito Penal".</p><p>36 minutos</p><p></p><p>http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEL%202.848-1940?OpenDocument</p><p>Para que você consiga completar seus estudos, sobre a Introdução ao Direito Penal é necessário que se</p><p>atente para as regras do Código Penal, da Constituição Federal e leis federais.</p><p>É um tema importante, pois é o pontapé inicial para o estudo do Direito Penal e as suas implicações na</p><p>sociedade brasileira.</p><p> Onde estudar a “Introdução ao Direito Penal”?</p><p>Para te ajudar em seus estudos sobre esse tema, sugerimos que você leia as seguintes obras:</p><p>• CAPEZ, F. Curso de direito penal. 24. ed. São Paulo: Saraiva, 2020</p><p>• BITENCOURT, C. R. Tratado de direito penal - parte geral. 26. ed. São Paulo: Saraiva, 2020</p><p>Vamos começar?</p><p>Agora que já entendemos o tema em linhas gerais, que tal começarmos nossos estudos e compreendê-lo em</p><p>mais detalhes?</p><p>Bons estudos!</p><p>MAPA MENTAL - INTRODUÇÃO AO DIREITO PENAL</p><p>Olá!</p><p>A seguir, apresentamos um mapa mental animado que resume o conceito de "Introdução ao Direito Penal" e</p><p>será essencial nos seus estudos.</p><p>Agora que você já viu a versão animada do mapa mental, que tal fazer download da versão estática do</p><p>mapa?</p><p>Essa versão resume para você, em uma imagem construída em formato de organograma, os principais</p><p>conceitos do tema e como eles estão relacionados.</p><p>Basta clicar aqui para fazer download do arquivo.</p><p>CONCEITO DE DIREITO PENAL</p><p>Olá!</p><p>Ao �nal dessa leitura, esperamos que você seja capaz de:</p><p>1 - De�nir o Direito Penal;</p><p>2 - Explicar o que compreende o estudo do Direito Penal;</p><p>3 - Interpretar o sentido do Direito Penal no contexto do Estado Democrático de Direito.</p><p>Quer baixar a versão em PDF desse texto? Basta clicar aqui nesse link.</p><p>Boa leitura!</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p></p><p>https://drive.google.com/file/d/1isEFEI5n1RY71ydNMU8mLrIHIsb30ByX/view?usp=sharing</p><p>https://drive.google.com/file/d/10nSACWHZ9Six_dsKgRhMe01y-2gbxXKb/view?usp=sharing</p><p>Vamos aprender um pouco sobre o conceito de Direito Penal?</p><p>O Direito Penal é um ramo do Direito Público que dispõe sobre o poder punitivo do Estado, selecionando as</p><p>condutas humanas indesejáveis, graves e reprováveis, capazes colocar em risco a vida em sociedade. Para</p><p>essas condutas, ele prevê sanções especí�cas e proporcionais aos danos ocasionados. De acordo com</p><p>Fernando Capez (2020, n.p.):</p><p>Representação de um crime de homicídio</p><p>Fonte: “The Public Domain Review”. Disponível em: https://the-public-domain-review.imgix.net/collections/the-newgate-calendar-</p><p>1795/newgate-thumb.jpg?w=640. Acesso em: out. 2020.</p><p>O QUE É O DIREITO PENAL?</p><p>Vamos conhecer o Direito Penal no ordenamento jurídico brasileiro?</p><p>O Direito Penal é o segmento do ordenamento jurídico que detém a função de selecionar</p><p>os comportamentos humanos mais graves e perniciosos à coletividade, capazes de</p><p>colocar em risco valores fundamentais para a convivência social, e descrevê-los como</p><p>infrações penais, cominando-lhes, em consequência, as respectivas sanções, além de</p><p>estabelecer todas as regras complementares e gerais complementares e gerais</p><p>necessárias à sua correta e justa aplicação.</p><p></p><p>https://the-public-domain-review.imgix.net/collections/the-newgate-calendar-1795/newgate-thumb.jpg?w=640</p><p>https://the-public-domain-review.imgix.net/collections/the-newgate-calendar-1795/newgate-thumb.jpg?w=640</p><p>O Direito Penal se apresenta em nosso ordenamento jurídico de duas maneiras distintas:</p><p>• 1) Conjunto de normas jurídicas: Determinam infrações de natureza penal e as sanções correspondentes</p><p>(penas restritivas de liberdade, restritiva de direito, multa e medidas de segurança). O Código Penal é a</p><p>norma geral, mas não o único diploma legal que tipi�ca crimes e estabelece penas, existindo uma vasta</p><p>legislação penal especial, como, por exemplo, a Lei 11.340/06, a Lei 11.343/06 e a Lei 10.826/03.</p><p>• 2) Conjunto de valorações e princípios: Orientam a aplicação e interpretação das normas penais. Nesse</p><p>sentido, vale destacar a importância de princípios penais e constitucionais como o da anterioridade, da</p><p>legalidade e da intranscendência da pena.</p><p>A criação das normas penais incriminadoras acontece a partir da escolha dos bens jurídicos mais</p><p>relevantes, que não são su�cientemente tutelados por outros ramos do direito (civil, administrativo,</p><p>econômico, tributário, etc.). Tais normas buscam �xar limites às punições estatais, equilibrando os direitos e</p><p>as liberdades individuais com as restrições necessárias à convivência humana.</p><p>O legislador, responsável por eleger os bens jurídicos a serem protegidos pelo Direito Penal, deve</p><p>acompanhar a constante evolução social ao longo do tempo e, a partir daí, excluir ou incluir alguns bens da</p><p>tutela penal. O crime previsto no artigo 154-A, do Decreto-Lei 2.848 (invasão de dispositivo informático), por</p><p>exemplo, foi criado para tutelar uma situação inimaginável antes da difusão da tecnologia e consolidação</p><p>da sociedade da informação.</p><p> Saiba mais</p><p>Quer saber mais sobre conceito de Direito Penal? Então assista ao vídeo “O que é o direito penal?” do</p><p>canal “Prof. Thiago Aramizo”. Acesso em: out. 2020.</p><p>Você sabe quais são as funções do Direito Penal?</p><p>De acordo com Fernando Capez (2020, n. p.): “a missão do Direito Penal é proteger os valores fundamentais</p><p>para a subsistência do corpo social, tais como a vida, a saúde, a liberdade, a propriedade etc., denominados</p><p>bens jurídicos”. Para atingir a sua �nalidade, o Direito Penal age de duas formas:</p><p>1. Função preventiva: Antes de punir qualquer indivíduo por lesar a ordem jurídico-penal, o legislador</p><p>busca motivá-lo para que não se afaste dela, estabelecendo normas proibitivas e impondo as sanções</p><p>respectivas a serem aplicadas diante de sua violação, para evitar a prática do crime.</p><p>2. Função repressiva: Quando um ou mais indivíduos violam determinada norma jurídica, a sanção</p><p>genericamente prevista se transforma em sanção efetiva. A ação preventiva, destinada a todos, torna-se</p><p>uma realidade concreta e repressiva.</p><p>Acerca do assunto, destaca o referido autor:</p><p></p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.826.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=_gmlwx3MLdc</p><p>típico pode ser atribuído a quem não o tenha</p><p>produzido por dolo ou culpa, afastando-se a responsabilidade objetiva. Do mesmo modo,</p><p>ninguém pode ser responsabilizado sem que reúna todos os requisitos da culpabilidade.</p><p>Por exemplo, nos crimes quali�cados pelo resultado, o resultado agravador não pode ser</p><p>atribuído a quem não o tenha causado ao menos culposamente.</p><p></p><p>https://www.youtube.com/watch?v=vwjJMCEOul0</p><p>https://www.youtube.com/channel/UCpHjIL0o9KyNgd3vgYBHpTg</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>(teoria da vontade) ou produzido pela assunção de um risco (teoria do assentimento). Capez (2020, n.p.)</p><p>descreve o dolo da seguinte forma:</p><p>É a vontade e a consciência de realizar os elementos constantes no tipo legal. Mais amplamente, é a vontade</p><p>manifestada pela pessoa humana de realizar a conduta. Dolo é o elemento psicológico da conduta. Conduta</p><p>é um dos elementos do fato típico. Logo, dolo é um dos elementos do fato típico.</p><p>O inciso II, por sua vez, diz que o crime culposo é aquele que decorre da imprudência, negligência ou</p><p>imperícia do agente delituoso. Nesse sentido, expõe Capez (2020, n. p.):</p><p>Por �m, é importante ressaltar que a punição a título de culpa é excepcional, só sendo possível se houver</p><p>expressa previsão legal.</p><p> Saiba mais</p><p>Quer saber mais sobre as diferenças entre o dolo e a culpa? Então assista ao vídeo “Dolo e culpa:</p><p>Explicação super fácil” do canal “Me Julga – Cintia Brunelli”.  Acesso em: out. 2020.</p><p>Você sabe diferenciar a responsabilidade penal subjetiva da responsabilidade</p><p>penal objetiva?</p><p>Para facilitar o estudo deste assunto, preparamos para você a seguinte tabela, contendo as principais</p><p>diferenças entre a responsabilidade penal subjetiva e a responsabilidade penal objetiva:</p><p>Responsabilidade penal subjetiva Responsabilidade penal objetiva</p><p>Requisitos</p><p>Para que haja responsabilidade</p><p>penal subjetiva, é necessário</p><p>comprovar a conduta, o resultado,</p><p>o nexo causal e o dolo ou a culpa</p><p>do agente delituoso.</p><p>Para que haja responsabilidade</p><p>penal objetiva, é necessário</p><p>comprovar apenas a conduta, o</p><p>resultado e o nexo causal.</p><p>Em suma, para saber se houve culpa ou não, será sempre necessário proceder-se a um</p><p>juízo de valor, comparando a conduta do agente no caso concreto com aquela que uma</p><p>pessoa medianamente prudente teria na mesma situação. Isso faz com que a culpa seja</p><p>quali�cada como um elemento normativo da conduta.</p><p></p><p>https://www.youtube.com/watch?v=TqPGnkvOZ5g</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=TqPGnkvOZ5g</p><p>https://www.youtube.com/channel/UC40OzicC7y57ZtXtZHYylZQ</p><p>Requisitos</p><p>A responsabilidade subjetiva é a</p><p>única aplicável ao direito penal.</p><p>A responsabilidade objetiva é</p><p>inaplicável ao direito penal,</p><p>sendo, porém, admitida</p><p>excepcionalmente na seara civil e</p><p>administrativa.</p><p>Previsão legal Artigo 18, do Decreto-Lei 2.848.</p><p>Não há previsão legal desse tipo</p><p>de responsabilidade no Decreto-</p><p>Lei 2.848.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>Diante do exposto, é possível concluir que o estudo do princípio da responsabilidade penal subjetiva é</p><p>extremamente importante para a compreensão das bases de um Direito Penal realmente democrático,</p><p>capaz de limitar ingerências indevidas do Estado na vida do cidadão, principalmente quando a sua</p><p>liberdade está em jogo.</p><p>NA PRÁTICA</p><p>Jurisprudência</p><p>Aplicabilidade do princípio da responsabilidade penal subjetiva para afastar o crime de</p><p>homicídio culposo imputado ao presidente e administrador do parque de diversão Hopi</p><p>Hari</p><p>Nessa decisão, o STF entendeu que não é possível responsabilizar o presidente de um parque de diversão</p><p>pela morte de visitante se não houver comprovação de dolo ou culpa de sua parte. Para julgar procedente</p><p>o habeas corpus impetrado e extinguir o processo versando sobre esse tema, argumentou-se que não há, no</p><p>ordenamento positivo brasileiro, a possibilidade constitucional de reconhecer a responsabilidade penal</p><p>objetiva, prevalecendo, sempre, em sede criminal, como princípio dominante do sistema normativo, o</p><p>dogma da responsabilidade com culpa.</p><p>VIDEOAULA – RESPONSABILIDADE PENAL SUBJETIVA</p><p>Olá!</p><p>A seguir, apresentamos a videoaula que trata sobre o tema "Responsabilidade penal subjetiva".</p><p>Bons estudos!</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p></p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/HC138637decisao.pdf</p><p>INSIGNIFICÂNCIA</p><p>Olá!</p><p>Ao �nal dessa leitura, esperamos que você seja capaz de:</p><p>1. Compreender o signi�cado da insigni�cância;</p><p>2. Compreender como os Tribunais têm aplicado o princípio;</p><p>3. Justi�car a relevância do princípio.</p><p>Quer baixar a versão em PDF desse texto? Basta clicar aqui nesse link.</p><p>Boa leitura!</p><p>Vamos aprender um pouco sobre insigni�cância?</p><p>O princípio da insigni�cância ou da bagatela é mais um princípio do Direito Penal que restringe a</p><p>abrangência das normas que preveem crimes e cominam penas, limitando, assim, a ingerência indevida do</p><p>Estado na vida do cidadão. A seguir, abordaremos o conceito e os pontos mais relevantes relacionados a esse</p><p>princípio.</p><p>O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA</p><p>Vamos conceituar o princípio da insigni�cância?</p><p>Também conhecido como princípio da bagatela, o princípio da insigni�cância é decorrência dos princípios</p><p>da intervenção mínima, da fragmentariedade e da subsidiariedade, desenvolvidos pelas ideias do</p><p>movimento funcionalista de Claus Roxin. Tal princípio dispõe que é possível que uma conduta formalmente</p><p>típica seja excluída da proteção do direito penal, se ausente a sua tipicidade material, isto é, a relevante</p><p>lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado pela norma penal.</p><p>É o caso, por exemplo, do furto de uma escova de dente dentro do supermercado. Tal conduta se encaixa,</p><p>em tese, ao tipo penal previsto no artigo 155, Decreto-Lei 2.848 (furto). Todavia, há que se considerar a</p><p>ausência, nesse caso, de efetiva lesão ao bem jurídico protegido pelo tipo penal (patrimônio) ou de causa</p><p>para justi�car a aplicação de sanção penal, sendo consequência a atipicidade dos fatos. De acordo com</p><p>Bitencourt (2020, n.p.):</p><p>Aula 4</p><p>PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO PENAL II</p><p>Nessa aula, vamos dar sequencia ao tema "Princípios Penais Fundamentais".</p><p>35 minutos</p><p></p><p>https://drive.google.com/file/d/17ACx83J1WbgWM8zbW_lX9aO4TI0Klv4T/view?usp=sharing</p><p>Assim, é imprescindível que exista uma efetiva proporcionalidade entre a gravidade da conduta que se</p><p>pretende punir e a gravidade da intervenção estatal (sanção). O princípio da insigni�cância preconiza</p><p>que, para uma conduta ser considerada criminosa, é preciso que seja feita não apenas uma análise quanto à</p><p>adequação do fato à conduta típica descrita em lei (tipicidade formal), mas também quanto à gravidade da</p><p>lesão e à relevância do bem jurídico atingido (tipicidade material).</p><p> Saiba mais</p><p>Quer saber mais sobre o princípio da insigni�cância? Então assista ao vídeo “Princípio da</p><p>Insigni�cância - Simpli�cando Direito Penal” do canal “Simpli�cando Direito Penal”. Acesso em: nov.</p><p>2020.</p><p>Você sabe quais são os requisitos para a aplicação do princípio da</p><p>insigni�cância?</p><p>Para o STF, são necessários os seguintes requisitos para a aplicação do princípio da insigni�cância:</p><p>1. Mínima ofensividade: o delito cometido deve ser inofensivo, não podendo ofender (moralmente ou</p><p>�sicamente) a sociedade nem a pessoa prejudicada;</p><p>2. Nenhuma periculosidade social da ação: o delito cometido não pode causar perigo ou potencial de perigo</p><p>para a sociedade, as pessoas e o patrimônio;</p><p>3. Reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento: o crime cometido não pode ser reprovado</p><p>socialmente para que seja insigni�cante. Embora o furto de uma escova de dente dentro do supermercado</p><p>seja um furto, não é socialmente reprovável, visto que não causa dano considerável e decorre de uma</p><p>necessidade;</p><p>4. Inexpressividade de lesão jurídica provocada: o crime cometido não</p><p>pode causar uma lesão jurídica</p><p>expressiva para que seja insigni�cante, isto é, o ato de lesividade insigni�cante pode ser caracterizado na</p><p>tipicidade formal, mas não na tipicidade material, pois não há lesão para justi�car uma sanção penal.</p><p> Saiba mais</p><p>Quer saber mais sobre o princípio da insigni�cância? Então assista ao vídeo “Exemplo de aplicação do</p><p>princípio da insigni�cância em um caso real” do canal “Evinis Talon”.  Acesso em: nov. 2020.</p><p>A insigni�cância reside na desproporcional lesão ou ofensa produzida a determinado</p><p>bem jurídico penalmente tutelado, com a gravidade da sanção cominada. A</p><p>insigni�cância situa-se no abismo que separa o grau da ofensa produzida (mínima) ao</p><p>bem jurídico tutelado e a gravidade da sanção que lhe é cominada.</p><p></p><p>https://www.youtube.com/watch?v=WYcQUdFcWZI</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=WYcQUdFcWZI</p><p>https://www.youtube.com/channel/UCNTvse0dOSYW8XbBG1u-uwA</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=vNVbDaar9Xk</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=vNVbDaar9Xk</p><p>https://www.youtube.com/channel/UCW1UlBLfvPGM-7T4vcbBjYQ</p><p>Você sabe qual substrato do crime é excluído quando o princípio da</p><p>insigni�cância é reconhecido?</p><p>A corrente tripartite, adotada pela maioria da doutrina, a�rma que o crime é dividido em três substratos:</p><p>fato típico, ilicitude e culpabilidade. O fato típico, por sua vez, é composto pela conduta, pelo resultado, pelo</p><p>nexo causal e pela tipicidade, sendo esta última afastada quando reconhecido o princípio da insigni�cância.</p><p>A tipicidade constitui-se pela tipicidade formal e material. A primeira está relacionada à adequação do fato</p><p>à descrição normativa da conduta proibida pelo Direito Penal. A segunda diz respeito à lesão ou perigo de</p><p>lesão ao bem jurídico tutelado.</p><p>É justamente na tipicidade material que se revela o verdadeiro sentido do princípio da insigni�cância,</p><p>fazendo-se necessário, para a aplicação da sanção penal, que o ato praticado tenha exposto a risco ou</p><p>provocado lesões signi�cantes ao bem jurídico tutelado.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>Diante do exposto, é possível concluir que o estudo do princípio da insigni�cância é extremamente</p><p>importante para a compreensão das bases de um Direito Penal realmente democrático, capaz de limitar</p><p>ingerências indevidas do Estado na vida do cidadão, principalmente quando a sua liberdade está em jogo.</p><p>NA PRÁTICA</p><p>Jurisprudências</p><p>A reincidência, por si só, não impede a aplicação do princípio da insigni�cância</p><p>A 2ª Turma do STF, no julgamento do HC 138.697/MG, entendeu que a reincidência, por si só, não impede a</p><p>aplicação do princípio da insigni�cância. Além disso, para a Corte, diante da inexpressiva ofensa ao bem</p><p>jurídico protegido, a ausência de prejuízo ao ofendido e a desproporcionalidade da aplicação da lei penal,</p><p>deve ser reconhecida a atipicidade da conduta.</p><p>Aplicação do princípio da insigni�cância a um furto de caixas de bombons</p><p>O STF deferiu pedido em habeas corpus e determinou a extinção de�nitiva do procedimento penal</p><p>instaurado contra acusado de furto de caixas de bombons por ausência de tipicidade material da conduta</p><p>que lhe foi imputada, considerado, para esse efeito, o princípio da insigni�cância.</p><p>VIDEOAULA – PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA</p><p>Olá!</p><p>A seguir, apresentamos a videoaula que trata sobre o tema "Princípio da insigni�cância".</p><p>Bons estudos!</p><p></p><p>http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5096071</p><p>PROPORCIONALIDADE</p><p>Olá!</p><p>Ao �nal dessa leitura, esperamos que você seja capaz de:</p><p>1. Compreender o signi�cado da proporcionalidade;</p><p>2. Compreender como os Tribunais têm aplicado o princípio;</p><p>3. Justi�car a relevância do princípio.</p><p>Quer baixar a versão em PDF desse texto? Basta clicar aqui nesse link.</p><p>Boa leitura!</p><p>Vamos aprender um pouco sobre proporcionalidade?</p><p>O princípio da proporcionalidade consiste em exigência inerente ao Estado Democrático de Direito, que</p><p>determina a proteção do indivíduo contra intervenções estatais desnecessárias ou excessivas. A seguir,</p><p>abordaremos o conceito e os pontos mais relevantes relacionados a esse princípio.</p><p>O PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE</p><p>Vamos conceituar o princípio da proporcionalidade?</p><p>O princípio da proporcionalidade funciona como limite da atuação discricionária do poder público e se</p><p>baseia na ideia de que o Estado não pode, por meio do Direito Penal, causar, aos cidadãos, danos mais</p><p>graves do que os necessários para a proteção dos interesses públicos. Segundo Bitencourt (2020, n.p.):</p><p>Assim, é atribuída ao legislador e ao julgador a responsabilidade de realizar um juízo de ponderação sobre</p><p>a relação existente entre o bem que é lesionado ou posto em perigo (gravidade do fato) e o bem de que pode</p><p>alguém vir a ser privado como decorrência daquela conduta delituosa (gravidade da pena). Trata-se de uma</p><p>vedação à imposição de penas que não possuam uma relação valorativa com o delito cometido, de forma</p><p>que a gravidade da pena deve ser diretamente correspondente à gravidade do fato, considerado como</p><p>delito, a que se destina.</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p>Para concluir, com base no princípio da proporcionalidade é que se pode a�rmar que um</p><p>sistema penal somente estará justi�cado quando a soma das violências – crimes,</p><p>vinganças e punições arbitrárias – que ele pode prevenir for superior à das violências</p><p>constituídas pelas penas que cominar. En�m, é indispensável que os direitos</p><p>fundamentais do cidadão sejam considerados indisponíveis (e intocáveis), afastados da</p><p>livre disposição do Estado, que, além de respeitá-los, deve garanti-los.</p><p></p><p>https://drive.google.com/file/d/1rwy5FQvthhn-QK_ifpHVzJVpdoEIycDi/view?usp=sharing</p><p>Vamos falar sobre os fundamentos e as dimensões do princípio da</p><p>proporcionalidade?</p><p>Embora o princípio da proporcionalidade não conste, de forma expressa, no texto constitucional, encontra-</p><p>se insculpido em diversos outros princípios constitucionais, tais quais: a exigência da individualização da</p><p>pena (artigo 5º, inciso XLVI, da CRFB/88); a proibição de determinadas modalidades de sanções penais</p><p>(artigo 5º, inciso XLVII, da CRFB/88); e a admissão de maior rigor para infrações mais graves (artigo 5º, XLII,</p><p>XLIII e XLIV, da CRFB/88).</p><p>A análise do referido princípio deve ser feita em três dimensões:</p><p>• Adequação da pena: a cominação de uma sanção penal deve ser o meio adequado para se alcançar a</p><p>proteção do bem jurídico pretendida;</p><p>• Necessidade da pena: a medida não deve exceder os limites indispensáveis à manutenção da �nalidade</p><p>que se almeja, sendo esta �nalidade legítima;</p><p>• Proporcionalidade em sentido estrito: a pena aplicada deverá ser proporcional à natureza e extensão da</p><p>lesão abstrata ou concreta do bem jurídico tutelado.</p><p> Saiba mais</p><p>Quer saber mais sobre o princípio da proporcionalidade? Então assista ao vídeo “Aula 7 Penal – Tema:</p><p>Princípio da Proporcionalidade” do canal “Fazer Direito”.  Acesso em: nov. 2020.</p><p>Você conhece os principais desdobramentos do princípio da proporcionalidade?</p><p>Tendo em vista a de�nição do princípio da proporcionalidade, é possível notar que ele possui dois</p><p>importantes desdobramentos:</p><p>Proibição do excesso: visa  proteger o direito fundamental à liberdade, garantido a todo cidadão pela</p><p>Constituição da República de 1988, na medida em que coíbe punições desnecessárias por comportamentos</p><p>que não se enquadram dentro dos critérios de relevância exigidos pelo Direito Penal, bem como a</p><p>cominação de penas desproporcionais à gravidade da lesão ao bem jurídico tutelado.</p><p>Na �xação da pena-base, por exemplo, não existe uma quantidade de aumento preestabelecida para cada</p><p>circunstância desfavorável do artigo 59 do Código Penal, porém o juiz não pode incorrer em excessos. O</p><p>princípio da proporcionalidade baliza a discricionariedade do magistrado.</p><p>Proibição da proteção de�ciente: tem por �nalidade evitar que um direito fundamental seja</p><p>de�cientemente protegido, seja por meio da eliminação de fatos típicos relevantes, pela cominação de penas</p><p>que não fazem jus à importância do bem jurídico lesado ou, ainda, pela aplicação de institutos que</p><p>bene�ciam indevidamente o réu. Os mandados constitucionais, contidos nos artigos 5º, incisos XLIV</p><p>(racismo) e XLIII (tortura, trá�co ilícito de drogas, terrorismo e crimes hediondos), e 227, §4, da Constituição</p><p>Federal, são exemplos dessa proibição da proteção de�ciente.</p><p>Representação artística de proporcionalidade</p><p></p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=8r-yr4eK8oE</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=8r-yr4eK8oE</p><p>https://www.youtube.com/channel/UCOd2iXYpYWYUNubDVn1tW1w</p><p>Fonte: “Getty Search Gateway”. Disponível em: http://media.getty.edu/museum/images/web/enlarge/00022701.jpg. Acesso em: nov. 2020</p><p>CONCLUSÃO</p><p>Diante do exposto, é possível a�rmar que o princípio da proporcionalidade se trata de uma decorrência</p><p>obrigatória da condição de Estado Democrático de Direito, posto que impõe um juízo de ponderação entre</p><p>interesses individuais e coletivos, partindo-se de uma hierarquia de valores que deve ser, necessariamente,</p><p>respeitada pelo legislador e pelo julgador.</p><p>NA PRÁTICA</p><p>Jurisprudência</p><p></p><p>http://media.getty.edu/museum/images/web/enlarge/00022701.jpg</p><p>Aplicabilidade do princípio da proporcionalidade para afastar a prisão processual se</p><p>esta for mais gravosa ao acusado do que a pena da suposta infração cometida</p><p>No julgamento do HC 182.750/SP, a Quinta Turma do STJ entendeu ser ilegal a manutenção da prisão</p><p>provisória na hipótese em que seja plausível antever que o início do cumprimento da reprimenda, em caso</p><p>de eventual condenação, seria em regime menos rigoroso que o fechado,  em consonância com o princípio</p><p>da homogeneidade, indicado como corolário do princípio da proporcionalidade).</p><p> Saiba mais</p><p>Filme</p><p>Laranja Mecânica</p><p>O violento líder de uma gangue de delinquentes é preso e recebe a opção de participar de um</p><p>programa que pode reduzir o seu tempo na cadeia. Ele vira cobaia de experimentos destinados a</p><p>refrear os impulsos destrutivos do ser humano, mas acaba se tornando impotente para lidar com a</p><p>violência que o cerca.</p><p>VIDEOAULA – PROPORCIONALIDADE</p><p>Olá!</p><p>A seguir, apresentamos a videoaula que trata sobre o tema "Proporcionalidade".</p><p>Bons estudos!</p><p>ADEQUAÇÃO SOCIAL</p><p>Olá!</p><p>Ao �nal dessa leitura, esperamos que você seja capaz de:</p><p>1 - Interpretar o princípio da adequação social;</p><p>2 - Explicar o alcance do princípio da adequação social;</p><p>3 - Veri�car a relação entre os delitos e as condutas socialmente adequadas.</p><p>Quer baixar a versão em PDF desse texto? Basta clicar aqui nesse link.</p><p>Boa leitura!</p><p>Vamos aprender um pouco sobre a adequação social?</p><p>O princípio da adequação social, implícito no nosso ordenamento jurídico, prevê que uma conduta não</p><p>deve ser considerada típica se for socialmente aceita, mesmo que se enquadre em um dispositivo legal</p><p>incriminador. Abordaremos, a seguir, o conceito deste princípio, bem como as suas funções e aplicação</p><p>prática.</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p></p><p>https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1234106&num_registro=201001535460&data=20130524&formato=PDF</p><p>https://drive.google.com/file/d/1XE_XtUPYteX-XlpyFSdi6b2tazaK9m-B/view?usp=sharing</p><p>O PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL</p><p>Vamos conceituar o princípio da adequação social?</p><p>O princípio da adequação social dispõe que condutas socialmente aceitas não devem ser consideradas</p><p>crimes, ainda que representem um risco para a convivência social.</p><p>Trata-se, portanto, de um princípio limitador do poder punitivo estatal, que reduz a abrangência do tipo</p><p>penal, bem como orienta o legislador na escolha das condutas a serem proibidas ou impostas e na</p><p>revogação de tipos penais. Segundo Capez (2020, n.p.):</p><p> Saiba mais</p><p>Quer saber mais sobre o princípio da adequação social? Então assista ao vídeo “Aula 10 Penal -</p><p>Princípio da adequação social” do canal “Fazer Direito”. Acesso em: out. 2020.</p><p>Você sabe quais são as funções do princípio da adequação social?</p><p>O princípio da adequação social possui duas importantes funções. A primeira delas está relacionada à</p><p>restrição da abrangência dos tipos penais, limitando o seu alcance interpretativo. Direciona-se ao aplicador</p><p>da norma, evitando que condutas socialmente aceitas sejam punidas criminalmente.</p><p>A segunda função desse princípio consiste em orientar o legislador na escolha das condutas que deverão ser</p><p>protegidas ou punidas, a �m de se tutelar apenas os bens jurídicos considerados de suma importância.</p><p>Assim, cabe a ele realizar uma constante revisão do ordenamento jurídico penal, para que acompanhe a</p><p>evolução social e, em consonância com os demais princípios norteadores do Direito Penal, exclui a proteção</p><p>vigente sobre aqueles bens cujas condutas, então tipi�cadas, já se adaptaram perfeitamente ao contexto em</p><p>que se encontram.</p><p>Por �m, é válido ressaltar que o princípio da adequação social, por si só, não é su�ciente para revogar</p><p>normas penais incriminadoras. Trata-se apenas de uma orientação ao legislador e ao intérprete das normas</p><p>penais.</p><p>Embora o costume seja uma fonte do Direito Penal sempre que bene�cie o réu, para o nascimento do direito</p><p>positivo, é necessário o reconhecimento geral e a vontade geral de que a norma costumeira atue como</p><p>[...] o Direito Penal somente tipi�ca condutas que tenham certa relevância social. O tipo</p><p>penal pressupõe uma atividade seletiva do comportamento, escolhendo somente aqueles</p><p>que sejam contrários e nocivos ao interesse público, para serem erigidos à categoria de</p><p>infrações penais; por conseguinte, as condutas aceitas socialmente e consideradas</p><p>normais não podem sofrer esse tipo de valoração negativa, sob pena de a lei</p><p>incriminadora padecer do vício de inconstitucionalidade</p><p></p><p>https://www.youtube.com/watch?v=Hdyz1E5boXE</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=Hdyz1E5boXE</p><p>https://www.youtube.com/channel/UCOd2iXYpYWYUNubDVn1tW1w</p><p>direito vigente, além da inserção formal desta norma no ordenamento jurídico. Nesse sentido, ainda que</p><p>certas condutas incriminadas não mais sejam consideradas como de natureza grave pela sociedade, elas</p><p>somente poderão ser revogadas por meio de lei nesse sentido.</p><p>Vamos ver como o princípio da adequação social é aplicado na prática?</p><p>Há uma grande discussão acerca da aplicação do princípio da adequação social, que diz respeito à venda de</p><p>produtos piratas (conduta punida pelo artigo 184, §2º, do Decreto-Lei 2.848), tendo em vista tratar-se de</p><p>conduta corriqueira da sociedade brasileira. Entretanto, tanto o STF quanto o STJ já manifestaram</p><p>entendimento no sentido da inaplicabilidade do referido princípio ao delito, a�rmando que, havendo prova</p><p>da materialidade delitiva, deverá ser considerada típica a conduta.</p><p>Outro debate sobre o assunto está relacionado à possibilidade de utilizar o princípio da adequação social</p><p>para excluir a tipicidade material da conduta de manter casa de prostituição, delito que, mesmo após as</p><p>recentes alterações legislativas, continuou a ser tipi�cada no artigo 229, do Decreto-Lei 2.848.</p><p>O STF entendeu que isso não é possível, visto que a manutenção de estabelecimento em que ocorra a</p><p>exploração sexual de outrem vai de encontro ao princípio da dignidade da pessoa humana.</p><p>Cabaré</p><p>Fonte: “Getty Search Gateway”. Disponível em: http://media.getty.edu/museum/images/web/thumbnail/071239B1V1.jpg. Acesso em: nov.</p><p>2020</p><p></p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=251609</p><p>https://scon.stj.jus.br/SCON/sumstj/toc.jsp?sumula=502</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=171423</p><p>http://media.getty.edu/museum/images/web/thumbnail/071239B1V1.jpg</p><p>CONCLUSÃO</p><p>Diante do exposto, é possível concluir que o princípio da adequação social é extremamente importante para</p><p>a consolidação de um Direito Penal democrático. Tal princípio, voltado</p><p>para o legislador e para os</p><p>aplicadores da lei, não é capaz de revogar tipos penais, pois apenas a lei pode fazer isso. Por essa e por</p><p>outras razões, os tribunais superiores não têm reconhecido a sua aplicação para afastar a criminalização</p><p>dos crimes previstos nos artigos 184, §2º e 229, do Decreto-Lei 2.848.</p><p>NA PRÁTICA</p><p>Jurisprudências</p><p>Inaplicabilidade do princípio da adequação social em relação à conduta de expor à</p><p>venda CDs e DVDs piratas</p><p>O STJ editou a Súmula 502, estabelecendo que presentes a materialidade e a autoria, a�gura-se típica, em</p><p>relação ao crime previsto no artigo 184, § 2º, Decreto-Lei 2.848, a conduta de expor à venda CDs e DVDs</p><p>piratas.</p><p>Inaplicabilidade do princípio da adequação social em relação à conduta de manter casa</p><p>de prostituição</p><p>A primeira turma do STF rejeitou habeas corpus a comerciantes que exploravam casa de prostituição por</p><p>entender que o princípio da adequação social não é apto a afastar a criminalização dessa conduta.</p><p> Saiba mais</p><p>Filme</p><p>L’Apollonide</p><p>Esse �lme retrata as experiências e o cotidiano desgastante de sete prostitutas, expostas a doenças,</p><p>gravidez dramática e humilhação sexual em uma casa de tolerância – bordel.</p><p>VIDEOAULA – PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL</p><p>Olá!</p><p>A seguir, apresentamos a videoaula que trata sobre o tema "Princípio da adequação social".</p><p>Bons estudos!</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p></p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>https://scon.stj.jus.br/SCON/sumstj/toc.jsp?sumula=502</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>Aula 1</p><p>BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal: parte geral. vol. 1. 26. ed. São Paulo: Saraiva, 2020.</p><p>Cap. I “Conceito de Direito Penal”, itens 5, 6 e 7.</p><p>BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível</p><p>em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: nov. 2020.</p><p>BRASIL. Decreto-Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Legislação Federal.  Disponível</p><p>em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm. Acesso em:  nov. 2020.</p><p>BRASIL. Lei 10.826, de 22 de dezembro de 2003. Legislação Federal.  Disponível</p><p>em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.826.htm. Acesso em: nov. 2020</p><p>BRASIL. Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006. Legislação Federal. Disponível em:</p><p>www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm.  Acesso em: nov. 2020</p><p>BRASIL. Lei 11.343, de 23 de agosto de 2006. Legislação Federal. Disponível em:</p><p>www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm.  Acesso em: nov. 2020</p><p>CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal: parte geral. Vol. 1. 24. ed. São Paulo: Saraiva, 2020. Cap. 1</p><p>“Introdução”, itens 1.1, 1.2 e 1.3.</p><p>Aula 2</p><p>BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal: parte geral. Vol. 1. 26. ed. São Paulo: Saraiva, 2020.</p><p>Cap. II “Princípios limitadores do poder punitivo estatal” (inteiro).</p><p>BRASIL. Decreto 847, de 11 de outubro de 1890. Código Penal. Legislação Federal. Disponível</p><p>em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1851-1899/d847.htm. Acesso em: nov. 2020.</p><p>BRASIL. Decreto-Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Legislação Federal. Disponível</p><p>em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm. Acesso em: out. 2020.</p><p>BRASIL. Lei 9.472, de 16 de julho de 1997. Legislação Federal.  Disponível</p><p>em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: out. 2020.</p><p>BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível</p><p>em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: nov. 2020.</p><p>CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal: parte geral. Vol. 1. 24. ed. São Paulo: Saraiva, 2020. Cap. 1</p><p>“Introdução”, item 1.4.3.9.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>7 minutos</p><p></p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.826.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1851-1899/d847.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>Aula 3</p><p>BRASIL. Constituição (1824). Constituição Política do Império do Brazil. Disponível</p><p>em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao24.htm. Acesso em: nov. 2020.</p><p>BRASIL. Constituição (1937). Constituição dos Estados Unidos do Brasil. Disponível</p><p>em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao37.htm. Acesso em: nov. 2020.</p><p>BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível</p><p>em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm.  Acesso em: nov. 2020.</p><p>BRASIL. Decreto-Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Legislação Federal.  Disponível</p><p>em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm. Acesso em: out. 2020.</p><p>BRASIL. Decreto-Lei 3.688, de 3 de outubro de 1941. Lei das Contravenções Penais. Legislação Federal.</p><p>Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3688.htm.  Acesso em: out. 2020.</p><p>BRASIL. Lei 10.286, de 22 de dezembro de 2003.. Legislação Federal. Disponível</p><p>em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.826.htm.  Acesso em: out. 2020.</p><p>CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal: parte geral. Vol. 1. 24. ed. São Paulo: Saraiva, 2020. Cap. 1</p><p>“Introdução”, item 1.4.3.11.</p><p>Aula 4</p><p>BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal: parte geral. Vol. 1. 26. ed. São Paulo: Saraiva, 2020.</p><p>Cap. II “Princípios limitadores do poder punitivo estatal”, item 6.</p><p>BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal: parte geral. Vol. 1. 26. ed. São Paulo: Saraiva, 2020.</p><p>Cap. II “Princípios limitadores do poder punitivo estatal”, item 9.</p><p>BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível</p><p>em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: out. 2020.</p><p>BRASIL. Decreto-Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Legislação Federal. Disponível</p><p>em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm. Acesso em: nov. 2020.</p><p>CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal: parte geral. Vol. 1. 24. ed. São Paulo: Saraiva, 2020. Cap. 1</p><p>“Introdução”, item 1.4.3.4.</p><p></p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao24.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao37.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3688.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.826.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>https://www.youtube.com/channel/UC2-ylB_9SqGIxn9dy-6J2xg</p><p>Assim, as funções preventiva e repressiva do Estado se complementam e devem caminhar juntas para que</p><p>sejam efetivas. De nada adianta estabelecer normas proibitivas e impor sanções se elas não forem aplicadas</p><p>diante de eventuais violações, tornando-se uma realidade concreta e repressiva.</p><p>Quais são as principais classi�cações do Direito Penal?</p><p>A doutrina pátria divide o Direito Penal em objetivo e subjetivo, de�nindo-os da seguinte forma:</p><p>1. Direito Penal objetivo: conjunto de normas penais positivadas e as respectivas sanções penais cominadas.</p><p>Limita a subjetividade da atuação estatal, estabelecendo os limites a serem observados para a prevenção e</p><p>repreensão dos delitos.</p><p>2. Direito Penal subjetivo: direito de punir os cidadãos que cometem crimes. Trata-se, em verdade, de um</p><p>poder-dever de titularidade exclusiva do Estado, que manifesta o seu poder de império, observando as</p><p>limitações impostas pelo direito penal objetivo.</p><p>Outra distinção comumente abordada pelos estudiosos está relacionada ao Direito Penal comum e especial.</p><p>A distinção entre eles é simples: se o órgão responsável por aplicar a norma penal objetiva for a justiça</p><p>comum, trata-se do Direito Penal comum. Se, no entanto, a responsabilidade pela aplicação da norma</p><p>objetiva for da justiça especial, como a justiça militar e a justiça eleitoral, trata-se do Direito Penal especial</p><p>(Bitencourt, 2020, n.p.).</p><p>É importante ter em mente que a classi�cação acima explanada não deve ser confundida com aquela que</p><p>diz respeito à legislação penal comum e especial, que estão, respectivamente, no Decreto-Lei 2.848, isto é, o</p><p>Código Penal e nos demais diplomas legais que não sejam o referido Código.</p><p>Por �m, vale mencionar uma divisão relevante, porém ultrapassada, entre o Direito Penal substantivo e</p><p>adjetivo, que se referiam ao direito material e processual. Essa divisão não é mais utilizada porque</p><p>a autonomia do Direito Processual Penal foi reconhecida, sendo equivocado considerá-lo como integrante</p><p>do Direito Penal.</p><p>Vamos contextualizar o Direito Penal no Estado Democrático de Direito?</p><p>Você já deve ter notado que o Direito Penal é um instrumento fundamental para a construção de um Estado</p><p>Democrático de Direito, já que, além de proteger bens jurídicos indispensáveis ao convívio em sociedade,</p><p>ainda estabelece limites ao poder punitivo estatal, com o propósito de proteger a dignidade da pessoa</p><p>humana, bem como outros direitos e garantias constantes na Constituição Federal (CRFB/88) e em tratados</p><p>internacionais �rmados pelo Brasil.</p><p>Desse modo, em um primeiro momento, sabe-se que o ordenamento jurídico tutela o</p><p>direito à vida, proibindo qualquer lesão a esse direito, consubstanciado no dever ético-</p><p>social “não matar”. Quando esse mandamento é infringido, o Estado tem o dever de</p><p>acionar prontamente os seus mecanismos legais para a efetiva imposição da sanção</p><p>penal à transgressão no caso concreto, revelando à coletividade o valor que dedica ao</p><p>interesse violado.</p><p>— (CAPEZ, 2020, n. p., grifos nossos)</p><p></p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>As ações preventiva e repressiva desse ramo do Direito buscam, conjuntamente, manter o equilíbrio do</p><p>corpo social, tutelando os bens jurídicos eleitos pelo legislador como de maior importância, tendo em vista a</p><p>vontade do povo e o contexto histórico em que está inserido. Sobre o tema, expõe Cezar Roberto Bitencourt</p><p>(2020, n. p.):</p><p>CONCLUSÃO</p><p>Diante do exposto, é possível concluir que o Direito Penal exerce a função de proteger bens jurídicos</p><p>fundamentais para a subsistência do corpo social por meio da prevenção e repressão de crimes. O que se</p><p>busca é o respeito às normas e aos princípios vigentes a partir da intimidação coletiva, bem como da</p><p>consciência de sua necessidade e justiça.</p><p>Ademais, além da proteção dos principais valores do corpo social, este ramo do direito resguarda o próprio</p><p>infrator quando limita o poder de punição Estatal de acordo com as regras que regem um regime realmente</p><p>democrático.</p><p>NA PRÁTICA</p><p>Jurisprudência</p><p>O sistema carcerário brasileiro e o Estado de coisas inconstitucionais</p><p>Na decisão da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 347, o STF reconheceu que o</p><p>sistema penitenciário brasileiro viola direitos fundamentais expressos na Constituição da República</p><p>(CRFB/88). Nesse sentido, o plenário da Corte reconhece a necessidade de adoção de medidas sistemáticas</p><p>por todos os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) para solucionar o grave problema, que resulta em</p><p>sanções penais desproporcionais e desumanas.</p><p>Tomando como referente o sistema político instituído pela Constituição Federal de 1988,</p><p>podemos a�rmar, sem sombra de dúvidas, que o Direito Penal no Brasil deve ser</p><p>concebido e estruturado a partir de uma concepção democrática do Estado de Direito,</p><p>respeitando os princípios e garantias reconhecidos na nossa Carta Magna. Signi�ca, em</p><p>poucas palavras, submeter o exercício do ius puniendi ao império da lei ditada de acordo</p><p>com as regras do consenso democrático, colocando o Direito Penal a serviço dos</p><p>interesses da sociedade, particularmente da proteção de bens jurídicos fundamentais,</p><p>para o alcance de uma justiça equitativa.</p><p>— (grifos nossos)</p><p></p><p>http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo798.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p> Saiba mais</p><p>Filme</p><p>Milagre na cela 7</p><p>Separado de sua �lha, um homem com de�ciência intelectual precisa provar sua inocência ao ser</p><p>preso pela morte da �lha de um comandante. A possibilidade de se aplicar uma pena de morte a</p><p>alguém que não cometeu um crime nos remete à importância de limitar o ius puniendi do Estado.</p><p>VIDEOAULA: CONCEITO DE DIREITO PENAL</p><p>Olá!</p><p>A seguir, apresentamos a videoaula que trata sobre o tema "Conceito de Direito Penal".</p><p>Bons estudos!</p><p>ESCOLAS DE DIREITO PENAL</p><p>Olá!</p><p>Ao �nal dessa leitura, esperamos que você seja capaz de:</p><p>1 - Apontar as escolas do Direito Penal;</p><p>2 - Diferenciar as escolas do Direito Penal.</p><p>Quer baixar a versão em PDF desse texto? Basta clicar aqui nesse link.</p><p>Boa leitura!</p><p>Vamos aprender um pouco sobre as Escolas do Direito Penal?</p><p>Conhecemos como Escolas Penais as diversas correntes de ideias e teorias �losó�co-jurídicas em matéria</p><p>penal, desenvolvidas no decorrer dos séculos VIII a XX, as quais expressaram o pensamento dos juristas de</p><p>certos períodos sobre as questões criminais fundamentais, bem como os objetos do sistema penal.</p><p>Representação artística dos objetos de estudo das Escolas Penais</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p></p><p>https://drive.google.com/file/d/14MEZ_4yCSfNU2p8AAKW6WH0ZOpJI9ocb/view?usp=sharing</p><p>Fonte: “The Public Domain Review”. Disponível em: https://publicdomainreview.org/collection/the-history-of-burke-and-hare-and-of-</p><p>the-resurrectionist-times-1884. Acesso em: nov. 2020.</p><p>AS PRINCIPAIS ESCOLAS PENAIS</p><p>Você conhece as principais Escolas Penais?</p><p>As Escolas Penais surgiram ao longo da história, defendendo diferentes correntes de pensamento e</p><p>buscando respostas para questões relacionadas à legitimidade do direito de punir, à natureza do delito e ao</p><p>�m das sanções penais, a partir do contexto em que estavam inseridas. Segundo Cezar Roberto Bittencourt</p><p>(2020, n.p.):</p><p>É importante destacar que não há uma Escola Penal melhor do que a outra, mas apenas pensamentos que</p><p>re�etiam a mentalidade de determinada época. Ademais, todos esses pensamentos são relevantes, pois</p><p>in�uenciaram signi�cativamente na consolidação do Direito Penal nos moldes atuais. Abordaremos, aqui,</p><p>as quatro principais Escolas Penais, que foram a Clássica, a Positivista, a Técnico-Jurídica e a Funcionalista.</p><p>Vamos falar sobre a Escola Penal Clássica?</p><p>Essas diferentes correntes, que se convencionou denominar Escolas Penais, abarcaram</p><p>concepções</p><p>das mais variadas para a explicação do delito e justi�cação da pena e, por</p><p>isso, foram de�nidas como “o corpo orgânico de concepções contrapostas sobre a</p><p>legitimidade do direito de punir, sobre a natureza do delito e sobre o �m das sanções.</p><p></p><p>https://publicdomainreview.org/collection/the-history-of-burke-and-hare-and-of-the-resurrectionist-times-1884</p><p>https://publicdomainreview.org/collection/the-history-of-burke-and-hare-and-of-the-resurrectionist-times-1884</p><p>A Escola Penal Clássica ou Idealista, que surgiu no decorrer do século XVIII, teve como principais</p><p>expoentes Cesare Beccaria e Francesco Carrara. O Marquês de Beccaria escreveu o clássico “Dos Delitos e</p><p>das Penas (1764)”, grande referencial teórico da época contra os abusos do regime absolutista e dos excessos</p><p>punitivos, estudado ainda na atualidade. Sobre o tema, adverte Bitencourt (2020, n.p.):</p><p>Orientada pelos ideais iluministas, esta escola foi construída com base em princípios de cunho</p><p>humanitários e liberais, como a defesa dos direitos individuais e o princípio da reserva legal, na contramão</p><p>da tradição absolutista, do processo inquisitório e da tortura. Seus principais fundamentos eram os</p><p>seguintes:</p><p>1. Livre-arbítrio: capacidade do agente decidir entre a prática de um comportamento lícito ou ilícito;</p><p>2. Dissuasão: o mal da pena deve superar o benefício a ser alcançado pela prática da infração penal;</p><p>3. Prevenção: impedir que o réu cause novos danos à sociedade;</p><p>4. Retribuição: atribuir ao indivíduo uma pena proporcional ao mal por ele cometido.</p><p>Foram os clássicos que começaram a construir o ideal de exame analítico do crime, distinguindo os seus</p><p>vários componentes, e a entender a pena como uma medida repressiva e pessoal, a ser aplicada ao autor de</p><p>um fato delituoso, cujo ato se deu com consciência e vontade. Tal escola compreendia o crime como um ente</p><p>jurídico, que consistia na violação de um direito e o delinquente como um ser livre, que pratica o crime por</p><p>uma escolha moral, alheia aos fatores externos.</p><p>Ademais, entendiam pena como uma forma de prevenção de novos crimes, de defesa da sociedade e</p><p>também uma necessidade ética para reequilibrar o sistema, como apregoava Immanuel Kant. Além disso,</p><p>buscou-se limitar os poderes do juiz, a �m de transformá-lo em um mero executor legislativo.</p><p>Vamos falar, também, sobre a Escola Penal Positivista?</p><p>A Escola Positivista, que surgiu no século XIX, examinava o crime sob o ângulo sociológico, estudando, de</p><p>forma prioritária, o indivíduo criminoso.</p><p>Diferentemente da Escola Clássica, os positivistas negavam o ideal de livre-arbítrio e a�rmavam que o</p><p>crime seria resultado de um fenômeno social e natural, oriundo de causas biológicas, físicas e sociais. Nesse</p><p>sentido, expõe Bitencourt (2020, n.p.):</p><p>Não houve uma Escola Clássica propriamente, entendida como um corpo de doutrina</p><p>comum, relativamente ao direito de punir e aos problemas fundamentais apresentados</p><p>pelo crime e pela sanção penal. Com efeito, é praticamente impossível reunir os diversos</p><p>juristas, representantes dessa corrente, que pudessem apresentar um conteúdo</p><p>homogêneo. Na verdade, a denominação Escola Clássica não surgiu, como era de esperar,</p><p>da identi�cação de uma linha de pensamento comum entre os adeptos do positivismo</p><p>jurídico, mas foi dada, com conotação pejorativa, por aqueles positivistas que negaram o</p><p>caráter cientí�co das valorações jurídicas do delito.</p><p></p><p>Os principais nomes da Escola Positivista são Cesare Lombroso, Rafael Garofalo e Enrico Ferri. O primeiro</p><p>era um médico que defendia a ideia do criminoso nato, o qual já nasceria com uma predisposição orgânica</p><p>para o crime, consubstanciada em deformações e anomalias anatômicas, físicas e psicológicas. O segundo,</p><p>ao seu turno, acreditava que o crime era determinado por fatores antropológicos, físicos e sociais, e os</p><p>criminosos podiam ser classi�cados como natos, loucos, habituais, ocasionais e passionais (sob o efeito da</p><p>paixão).</p><p>Análise das características físicas de possíveis delinquentes</p><p>Fonte: “The Public Domain Review”. Disponível em: https://publicdomainreview.org/collection/alphonse-bertillon-s-synoptic-table-of-</p><p>physiognomic-traits-ca-1909. Acesso em: nov. 2020.</p><p>Vamos falar sobre a Escola Penal Técnico-Jurídica?</p><p>A Escola Técnico-Jurídica, seguindo as ideias de Arturo Rocco, Karl Binding, Vincenzo Manzini e Giacomo</p><p>Delitala, teve início em 1905, com o objetivo de desenvolver a ciência penal como uma ciência autônoma,</p><p>com objeto e métodos próprios, não devendo ser estudada e analisada juntamente com outras ciências,</p><p>como a antropologia, a sociologia e a �loso�a, na medida em que o estudo do Direito Criminal deveria se</p><p>restringir apenas ao Direito Positivo vigente.</p><p>Para os integrantes dessa Escola, o delito seria puramente uma relação jurídica, de conteúdo individual e</p><p>A corrente positivista pretendeu aplicar ao Direito os mesmos métodos de observação e</p><p>investigação que se utilizavam em outras disciplinas (Biologia, Antropologia etc.). No</p><p>entanto, logo se constatou que essa metodologia era inaplicável em algo tão</p><p>circunstancial como a norma jurídica. Essa constatação levou os positivistas a</p><p>concluírem que a atividade jurídica não era cientí�ca e, em consequência, proporem que</p><p>a consideração jurídica do delito fosse substituída por uma sociologia ou antropologia do</p><p>delinquente, chegando, assim, ao verdadeiro nascimento da Criminologia, independente</p><p>da dogmática jurídica.</p><p></p><p>https://publicdomainreview.org/collection/alphonse-bertillon-s-synoptic-table-of-physiognomic-traits-ca-1909</p><p>https://publicdomainreview.org/collection/alphonse-bertillon-s-synoptic-table-of-physiognomic-traits-ca-1909</p><p>social. A pena constituiria uma reação e uma consequência do crime (tutela jurídica), com função</p><p>preventiva geral e especial, aplicável aos imputáveis, e a responsabilidade do agente seria moral, uma vez</p><p>que esse é dotado de livre-arbítrio.</p><p>Mais do que uma escola, o tecnicismo jurídico seria uma orientação, uma metodologia de estudo, levando-se</p><p>a efeito o estudo sistemático do Direito Penal.</p><p>Vamos falar sobre a Escola Penal Funcionalista?</p><p>O funcionalismo penal, que surgiu no decorrer do século XX, teve Claus Roxin e Gunther Jakobs como seus</p><p>principais expoentes. Ambos concordavam que a construção do sistema jurídico-penal deve orientar-se</p><p>exclusivamente pelos �ns do Direito Penal.</p><p>Roxin, defensor da vertente teleológico-funcional, entendia que o �m do Direito Penal, apto a orientar a</p><p>construção do sistema jurídico-penal, era a proteção de bens jurídicos. Jakobs, por sua vez, representante</p><p>do funcionalismo radical, acreditava que a função do Direito Penal era a proteção das normas jurídicas.</p><p>O funcionalismo, com destaque para o teleológico-funcional, teve grande in�uência na construção do</p><p>Direito Penal brasileiro, que busca satisfazer as necessidades sociais, através de um sistema aberto a novas</p><p>políticas criminais de proteção aos bens jurídicos mais importantes. É justamente por isso que o seu estudo</p><p>é tão relevante.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>Tendo em vista o conteúdo apresentado, preparamos para você a seguinte tabela, contendo as principais</p><p>características de cada uma das Escolas do Direito Penal:</p><p>Fundamentos Expoentes</p><p>Escola Penal Clássica</p><p>Essa Escola foi construída com</p><p>base em princípios de cunho</p><p>humanitário e liberal, na</p><p>contramão da tradição absolutista,</p><p>do processo inquisitório e da</p><p>tortura. Seus principais</p><p>fundamentos eram o livre-</p><p>arbítrio, a dissuasão, a prevenção</p><p>e a retribuição.</p><p>Beccaria e Carrara</p><p></p><p>Escola Penal Positivista</p><p>Diferentemente da Escola Clássica,</p><p>os positivistas negavam o ideal de</p><p>livre-arbítrio e a�rmavam que</p><p>o crime seria resultado de um</p><p>fenômeno social e natural,</p><p>oriundo de causas biológicas,</p><p>físicas e sociais.</p><p>Cesare Lombroso, Rafael Garofalo</p><p>e Enrico Ferri</p><p>Escola Penal Técnico-Jurídica</p><p>Essa Escola defendia que a ciência</p><p>penal deveria ser tratada como</p><p>uma ciência autônoma, com</p><p>objeto e métodos próprios, não</p><p>devendo ser estudada e analisada</p><p>juntamente com outras</p><p>ciências,</p><p>como a antropologia, a sociologia</p><p>e a �loso�a, na medida em que o</p><p>estudo do Direito Criminal</p><p>deveria se restringir apenas ao</p><p>Direito Positivo vigente.</p><p>Arturo Rocco, Karl Binding,</p><p>Vincenzo Manzini e Giacomo</p><p>Delitala</p><p>Escola Penal Funcionalista</p><p>Essa Escola defendia que a</p><p>construção do sistema jurídico-</p><p>penal deveria orientar-se</p><p>exclusivamente pelos �ns do</p><p>Direito Penal. Para Roxin, o �m do</p><p>Direito Penal era a proteção de</p><p>bens jurídicos e para Jakobs era a</p><p>proteção da própria norma.</p><p>Claus Roxin e Gunther Jakobs</p><p> Saiba mais</p><p>Quer saber mais sobre as Escolas Penais? Então assista ao vídeo “15.1. Escolas Penais” do canal</p><p>“Minuto Penal”.  Acesso em: out. 2020.</p><p>NA PRÁTICA</p><p>Artigo</p><p>Escolas Penais</p><p></p><p>https://www.youtube.com/watch?v=EmEfLkUKF8I</p><p>https://www.youtube.com/channel/UC01v8G1HAWuVH43d0nZtA5g</p><p>Esse artigo cientí�co apresenta, em linhas gerais, as principais características das mais importantes escolas</p><p>penais, abordando desde os antecedentes históricos até as diferenças precípuas das escolas. Além disso,</p><p>analisa as contribuições principais e a in�uência dessas escolas no Direito Penal Brasileiro.</p><p> Saiba mais</p><p>Livro</p><p>“Crime e Castigo” de Fyodor Dostoevsky</p><p>É um romance clássico do século XIX, que conta a história de um assassino em busca de redenção e</p><p>ressurreição espiritual. São exploradas as mais diversas facetas da psicologia humana, sujeita a abalos</p><p>e distorções, que in�uenciam fortemente nas escolhas realizadas.</p><p>“Dos Delitos e das penas” de Cesare Beccaria</p><p>É uma obra clássica, que se propõe a criticar e examinar os abusos cometidos durante o absolutismo,</p><p>destacando valores indispensáveis para evitar que isso ocorra novamente. Aponta a lei, a convenção</p><p>social e a distribuição equitativa das vantagens entre os membros da sociedade como formas de</p><p>proteção do cidadão contra eventuais violências do Estado.</p><p>VIDEOAULA: ESCOLAS DO DIREITO PENAL</p><p>Olá!</p><p>A seguir, apresentamos a videoaula que trata sobre o tema "Escolas do Direito Penal".</p><p>Bons estudos!</p><p>VÍDEO ENTREVISTA – INTRODUÇÃO AO DIREITO PENAL</p><p>Olá!</p><p>A seguir, apresentamos a vídeo entrevista que trata sobre o tema "Introdução ao Direito Penal".</p><p>Bons estudos!</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p></p><p>https://jus.com.br/artigos/66902/escolas-penais</p><p>INTRODUÇÃO - PRINCÍPIOS PENAIS FUNDAMENTAIS</p><p>Quais são os Princípios Penais Fundamentais?</p><p>Os Princípios Penais Fundamentais são: o princípio da legalidade, da intervenção mínima, da adequação</p><p>social, da ofensividade, da responsabilidade penal subjetiva, da responsabilidade penal individual e da</p><p>proporcionalidade, que são de suma importância para o direito penal enquanto ciência jurídica.</p><p>Para alguns doutrinadores, existem princípios fundamentais mais “fortes” e princípios mais “fracos”.</p><p>Existem doutrinadores que "vêem" com maus olhos o grau de abstração e generalidade dos princípios que,</p><p>consequentemente, podem demandar uma subjetividade por parte do aplicador da lei, apresentando riscos</p><p>à segurança jurídica.</p><p>Conforme o professor André Estefam (2020) “Nem todo princípio, ademais, possui elevado grau de</p><p>abstração e generalidade, bastando citar como exemplo o princípio da retroatividade bené�ca da lei penal,</p><p>previsto no art. 5º, XL, da CF, veiculando em texto cuja precisão linguística não permite elevada margem</p><p>criativa da parte do intérprete.” (2020, 1.1)</p><p>Diante do exposto, existe um embate entre os princípios e regras em todos os ramos do direito, e no direito</p><p>penal não é diferente, mas de todo modo, os princípios penais fundamentais tem o seu lugar no dia a dia da</p><p>área penal.</p><p>Onde encontrar os “Princípios Penais Fundamentais” no Código Penal?</p><p>DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940</p><p>Mas onde podemos encontrar os “Princípios Penais Fundamentais” no Código Penal? Con�ra a tabela a</p><p>seguir!</p><p>Dec-Lei n° 2.848/1940 (CÓDIGO PENAL)</p><p>PARTE LIVRO TÍTULO CAPÍTULO ARTIGO</p><p>Aula 2</p><p>PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO PENAL I</p><p>Nessa aula, vamos estudar o tema "Princípios Penais Fundamentais".</p><p>40 minutos</p><p></p><p>http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEL%202.848-1940?OpenDocument</p><p>Parte geral</p><p>Título I - Da</p><p>aplicação da lei</p><p>penal</p><p>E qual importância desse tema para o Direito Penal?</p><p>Para que você consiga completar seus estudos sobre os Princípios Penais Fundamentais é necessária a</p><p>leitura da doutrina mais recente.</p><p>É um dos temas mais importantes do Direito Penal, pois é necessário para o entendimento do restante da</p><p>matéria.</p><p> Onde estudar os “Princípios Penais Fundamentais”?</p><p>Para te ajudar em seus estudos sobre esse tema, sugerimos que você leia a seguinte obra:</p><p>• ESTEFAM, André, Direito penal 1 - parte geral - artigos 1 ao 120. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2020</p><p>Vamos começar?</p><p>Agora que já entendemos o tema em linhas gerais, que tal começarmos nossos estudos e compreendê-lo em</p><p>mais detalhes?</p><p>Bons estudos!</p><p>PRINCÍPIOS PENAIS FUNDAMENTAIS</p><p>Olá!</p><p>Ao �nal dessa leitura, esperamos que você seja capaz de:</p><p>1 - Explicar os fundamentos dos princípios penais fundamentais;</p><p>2 - Constatar os princípios penais fundamentais;</p><p>3 - Justi�car os princípios limitadores do poder punitivo do Estado.</p><p>Quer baixar a versão em PDF desse texto? Basta clicar aqui nesse link.</p><p>Boa leitura!</p><p>Vamos aprender um pouco sobre os princípios penais fundamentais?</p><p>A intervenção do Estado na esfera individual deve ser limitada por conta da fragilidade do indivíduo em</p><p>comparação ao ente estatal. Os princípios penais fundamentais são responsáveis por estabelecer limites</p><p>ao ius puniendi, e essa função é muito importante para evitar possíveis arbitrariedades e abusos no</p><p>momento da aplicação da lei penal.</p><p></p><p>https://drive.google.com/file/d/1c1AVmCksv2KHNUR4NvWpmhIg_t80bKMi/view?usp=sharing</p><p>VAMOS FALAR SOBRE OS PRINCIPAIS PRINCÍPIOS PENAIS FUNDAMENTAIS?</p><p>Você conhece os princípios penais fundamentais?</p><p>Para iniciar esse estudo, vamos enumerar os principais princípios penais fundamentais e seus respectivos</p><p>fundamentos, de acordo com o autor Cezar Roberto Bitencourt, para que você tenha uma visão do conjunto</p><p>antes de adentrar no estudo de cada um deles.</p><p>Princípio Fundamento</p><p>Princípios da legalidade</p><p>Artigo 1º, do Decreto-Lei 2.848; Artigo 5º, inciso</p><p>XXXIX, da Constituição Federal (CRFB/88).</p><p>Princípio da intervenção mínima Doutrina</p><p>Princípio da irretroatividade da lei penal</p><p>Artigo 1º, do Decreto-Lei 2.848; Artigo 5º, incisos</p><p>XXXIX e XL, da Constituição Federal (CRFB/88).</p><p>Princípio da adequação social Doutrina</p><p>Princípio da insigni�cância Doutrina</p><p>Princípio da ofensividade Doutrina</p><p>Princípio da culpabilidade Artigo 18, do Decreto-Lei 2.848</p><p>Princípio da proporcionalidade Doutrina</p><p>Princípio da presunção de inocência</p><p>Artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal</p><p>(CRFB/88).</p><p>Princípio de humanidade Artigo 5º, incisos XLVII e XLIX, da Constituição</p><p>Federal (CRFB/88).</p><p>Vamos estudar os princípios penais fundamentais abordados na obra de</p><p>Bitencourt?</p><p>Princípio da legalidade:</p><p>O princípio da legalidade é uma das principais garantias fundamentais asseguradas ao indivíduo dentro de</p><p>um Estado Democrático de Direito e tem sua aplicação em todas as áreas das ciências jurídicas. No Direito</p><p>Penal, está expressamente previsto no artigo 5º, inciso XXXIX, da Constituição Federal (CRFB/88), que diz</p><p>que “não há crime sem lei anterior que o de�na, nem pena sem prévia cominação legal”, redação que pouco</p><p>difere daquela contida no artigo 1º do Decreto-Lei 2.848.</p><p></p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>As principais funções desse princípio são:</p><p>1. Proibir a retroatividade da lei penal;</p><p>2. Proibir a criação de crimes e penas pelos costumes;</p><p>3. Proibir o emprego de analogia para criar crimes, fundamentar ou agravar penas;</p><p>4. Proibir incriminações vagas e indeterminadas.</p><p>A partir do princípio da legalidade, podemos dizer que a lei é a única fonte do Direito Penal quando se quer</p><p>proibir ou impor condutas sob a ameaça de sanção, con�gurando-se como uma peça fundamental na</p><p>limitação da atividade punitiva do Estado.</p><p>Princípio da intervenção mínima:</p><p>O princípio da intervenção mínima consiste na ideia de que a criminalização de uma conduta deve ocorrer</p><p>apenas se ela colocar em risco os bens jurídicos mais preciosos para a sociedade, tais como a vida, a</p><p>liberdade e o patrimônio.</p><p>Princípio da irretroatividade da lei penal:</p><p>O princípio constitucional da irretroatividade da lei penal, descrito no artigo 5º, inciso XL, da Constituição</p><p>Federal (CRFB/88) dispõe que a lei penal não retroagirá, salvo para bene�ciar o réu. Assim, a lei nova não</p><p>atingirá fatos anteriores à sua vigência, exceto se for mais bené�ca ao acusado.</p><p>Princípio da adequação social:</p><p>O princípio da adequação social prevê que uma conduta não será considerada típica, ainda que se enquadre</p><p>em um dispositivo legal incriminador, se for socialmente adequada ou aceita, de acordo com os valores</p><p>predominantes na sociedade.</p><p>Tal princípio possui dupla função. A primeira é a de limitar a abrangência do tipo penal, dele excluindo as</p><p>condutas consideradas socialmente adequadas. A segunda função é direcionada ao legislador, para orientá-</p><p>lo na escolha de condutas a serem proibidas ou impostas e na revogação de tipos penais.</p><p>Princípio da insigni�cância:</p><p>Também conhecido como princípio da bagatela, o princípio da insigni�cância dispõe que é possível que</p><p>uma conduta formalmente típica seja excluída da proteção do direito penal se ausente a sua tipicidade</p><p>material, isto é, a relevante lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado pela norma penal. É o caso,</p><p>por exemplo, do furto de uma escova de dente dentro do supermercado.</p><p>Para o STF, são necessários os seguintes requisitos para a aplicação do princípio da insigni�cância:</p><p>1. Mínima ofensividade;</p><p>2. Nenhuma periculosidade social da ação;</p><p>3. Reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento;</p><p>4. Inexpressividade de lesão jurídica provocada.</p><p></p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p> Saiba mais</p><p>Quer saber mais sobre o princípio da insigni�cância? Então assista ao vídeo “Exemplo de aplicação do</p><p>princípio da insigni�cância em um caso real” do canal “Evinis Talon”.  Acesso em: out. 2020.</p><p>Princípio da ofensividade:</p><p>O princípio da ofensividade prevê que o Estado só pode punir as condutas que lesionam ou colocam em</p><p>perigo os bens jurídicos penalmente tutelados. Assim, de acordo com Bitencourt (2020, n.p.): “Para que se</p><p>tipi�que algum crime, em sentido material, é indispensável que haja, pelo menos, um perigo concreto, real</p><p>e efetivo de dano a um bem jurídico penalmente protegido”.</p><p>Princípio da culpabilidade:</p><p>O princípio da culpabilidade é fundamental para que seja possível a responsabilização da pessoa humana</p><p>por um fato típico e ilícito. Tal princípio veda a responsabilidade objetiva no direito penal e apregoa que</p><p>ninguém responderá por um resultado se não houver causado com dolo (vontade ou assentimento de</p><p>cometer o crime) ou culpa (violação de um dever objetivo de cuidado).</p><p>Princípio da proporcionalidade:</p><p>O princípio da proporcionalidade consiste em exigência inerente ao Estado Democrático de Direito, que</p><p>determina a proteção do indivíduo contra intervenções estatais desnecessárias ou excessivas, que causem</p><p>aos cidadãos danos mais graves do que os necessários para a proteção dos interesses públicos. Sobre o tema,</p><p>conclui Bitencourt (2020, n.p.):</p><p>Princípio da presunção de inocência:</p><p>O princípio da presunção de inocência está previsto no artigo 5º, inciso LVII, da Constituição</p><p>Federal (CRFB/88), que determina que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de</p><p>sentença penal condenatória”. Apesar de ser um princípio com maior repercussão no processo penal,</p><p>exerce relevante in�uência no direito penal, estando intimamente relacionado à dignidade da pessoa</p><p>humana.</p><p>Princípio de humanidade:</p><p>Para concluir, com base no princípio da proporcionalidade é que se pode a�rmar que um</p><p>sistema penal somente estará justi�cado quando a soma das violências – crimes,</p><p>vinganças e punições arbitrárias – que ele pode prevenir for superior à das violências</p><p>constituídas pelas penas que cominar..</p><p></p><p>https://www.youtube.com/watch?v=vNVbDaar9Xk</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=vNVbDaar9Xk</p><p>https://www.youtube.com/channel/UCW1UlBLfvPGM-7T4vcbBjYQ</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>O princípio da humanidade sustenta que a dignidade da pessoa humana deve ser sempre resguardada</p><p>durante o cumprimento da pena.</p><p>Exemplo de cela que viola o princípio de humanidade</p><p>Fonte: “Getty Search Gateway”. Disponível em: http://media.getty.edu/museum/images/web/thumbnail/31398201.jpg. Acesso em: nov.</p><p>2020.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>Diante do exposto, é possível concluir que os princípios penais fundamentais se complementam, tornando o</p><p>direito penal compatível com o Estado Democrático de Direito. Tais garantias são essenciais, considerando</p><p>seu papel de proteção dos cidadãos em face do poder punitivo estatal, evitando, assim, que injustiças e</p><p>abusos sejam cometidos em face destes. Além disso, sempre vale ressaltar que cabe ao Estado priorizar a</p><p>dignidade da pessoa humana, reconhecendo-a como um valor central e indispensável.</p><p>Ademais, todo indivíduo precisa ser visto como sujeito autônomo, responsável por seus próprios atos e</p><p>passível de punição por eles, desde que haja respeito à lei, aos limites impostos e ao jus puniendi estatal.</p><p>NA PRÁTICA</p><p>Jurisprudências</p><p>Proibição da execução provisória da pena</p><p>Nessa decisão, o STF decidiu que o cumprimento da pena somente pode ter início com o esgotamento de</p><p>todos os recursos, proibindo a sua execução provisória da pena devido ao princípio constitucional da</p><p>presunção de inocência.</p><p>Aplicação do princípio da insigni�cância a um furto de caixas de bombons</p><p></p><p>http://media.getty.edu/museum/images/web/thumbnail/31398201.jpg</p><p>http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=429359</p><p>O STF deferiu pedido em habeas corpus e determinou a extinção de�nitiva do procedimento penal</p><p>instaurado contra acusado de furto de caixas de bombons por ausência de tipicidade material da conduta</p><p>que lhe foi imputada, considerado, para esse efeito, o princípio da insigni�cância.</p><p> Saiba mais</p><p>Filmes</p><p>Laranja Mecânica</p><p>O violento líder de uma gangue de delinquentes é preso e recebe a opção de participar de um</p><p>programa que pode reduzir o seu tempo na cadeia. Ele vira cobaia de experimentos destinados a</p><p>refrear os impulsos destrutivos do ser humano, mas acaba se tornando impotente para lidar com a</p><p>violência que o cerca.</p><p>MAPA MENTAL - PRINCÍPIOS PENAIS FUNDAMENTAIS</p><p>Olá!</p><p>A seguir, apresentamos um mapa mental animado que resume o conceito de "Princípios Penais</p><p>Fundamentais" e será essencial nos seus estudos.</p><p>Agora que você já viu a versão animada do mapa mental, que tal fazer download da versão estática do</p><p>mapa?</p><p>Essa versão resume para você, em uma imagem construída em formato de organograma, os principais</p><p>conceitos do tema e como eles estão relacionados.</p><p>Basta clicar aqui para fazer download do arquivo.</p><p>VÍDEO ENTREVISTA – PRINCÍPIOS PENAIS FUNDAMENTAIS</p><p>Olá!</p><p>A seguir, apresentamos a vídeo entrevista que trata sobre o tema "Princípios penais fundamentais".</p><p>Bons estudos!</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu</p><p>material digital.</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p></p><p>https://drive.google.com/file/d/1IHjMvggxPXXiYZwPLn3HRF_tExnR4OOo/view?usp=sharing</p><p>INTERVENÇÃO MÍNIMA</p><p>Olá!</p><p>Ao �nal dessa leitura, esperamos que você seja capaz de:</p><p>1 - Interpretar o princípio da intervenção mínima;</p><p>2 - Explicar o alcance do princípio da intervenção mínima;</p><p>3 - Julgar a relação entre Direito Penal e sociedade.</p><p>Quer baixar a versão em PDF desse texto? Basta clicar aqui nesse link.</p><p>Boa leitura!</p><p>Vamos aprender um pouco sobre a intervenção mínima?</p><p>O princípio da intervenção mínima, também conhecido como ultima ratio, é um princípio que orienta e</p><p>limita o poder punitivo do Estado, dispondo que a criminalização de uma conduta só é legítima se tal</p><p>conduta colocar em risco os bens jurídicos mais relevantes para a sociedade.</p><p>O PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA</p><p>Vamos conceituar o princípio da intervenção mínima?</p><p>O princípio da intervenção mínima se baseia na ideia de que o Estado apenas deve utilizar-se do Direito</p><p>Penal para prevenir possíveis lesões aos bens jurídicos considerados de maior importância para a</p><p>sociedade. Assim, caso outras formas de sanção ou meios de controle social se mostrem su�cientes para a</p><p>tutela de um determinado bem, a sua criminalização é inadequada.</p><p>Por ser o mais agressivo dentre os instrumentos normativos de regulação social e coação de condutas</p><p>lesivas, na medida em que atinge os principais direitos e garantias fundamentais do indivíduo, o Direito</p><p>Penal deve ser utilizado como última hipótese, quando já não houver mais alternativas disponíveis. Nesse</p><p>sentido, leciona Bitencourt (2020, n.p.):</p><p> Saiba mais</p><p>Quer saber mais sobre o princípio da intervenção mínima? Então assista ao vídeo “Princípio da</p><p>Intervenção Mínima, Fragmentariedade e Subsidiariedade Penal - Curso de Direito Penal” do canal</p><p>[...] se para o restabelecimento da ordem jurídica violada forem su�cientes medidas civis</p><p>ou administrativas, são estas as que devem ser empregadas, e não as penais. Por isso, o</p><p>Direito Penal deve ser a ultima ratio do sistema normativo, isto é, deve atuar somente</p><p>quando os demais ramos do Direito revelarem-se incapazes de dar a tutela devida a bens</p><p>relevantes na vida do indivíduo e da própria sociedade.</p><p></p><p>https://drive.google.com/file/d/1PwiAYZoofvKwa5Pa9qOBj2lVqaNanjoY/view?usp=sharing</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=LZ5zb6-Y_kg</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=LZ5zb6-Y_kg</p><p>“Tulio Vianna TV”.  Acesso em: out. 2020.</p><p>Você sabe quais são os desdobramentos do princípio da intervenção mínima?</p><p>O princípio da intervenção mínima tem como principal desdobramento a necessidade de identi�car os bens</p><p>jurídicos mais relevantes para a sociedade para que sejam tutelados pelo Direito Penal. Além disso, ele</p><p>impõe a descriminalização de condutas que atentam contra certos bens que, com a evolução da sociedade,</p><p>deixaram de ser considerados fundamentais, fazendo retirar do nosso ordenamento jurídico-penal alguns</p><p>tipos incriminadores.</p><p>Um grande exemplo disso foi a descriminalização da prática de capoeira em 1937. O Decreto 847, mais</p><p>conhecido como Código Penal de 1890, punia com prisão de dois a seis meses aquele que �zesse “nas ruas e</p><p>praças públicas exercício de agilidade e destreza corporal conhecida pela denominação Capoeiragem”. Uma</p><p>conduta anteriormente considerada atentatória a bens jurídicos importantes, de acordo com os valores</p><p>sociais da época, se tornou, hoje, uma manifestação artística e cultural que simboliza a resistência das</p><p>vítimas da escravidão.</p><p>A capoeira, atualmente, além de não con�gurar crime, é considerado um esporte tipicamente brasileiro,</p><p>que mistura arte marcial, cultura popular, dança e música, sendo motivo de muito orgulho e muita</p><p>admiração.</p><p> Saiba mais</p><p>Quer saber mais sobre a história da capoeira? Então assista ao vídeo “História da Capoeira - História</p><p>em 3 Minutos” do canal “Gingado Capoeira”. Acesso em: out. 2020.</p><p>Outro exemplo da descriminalização de condutas com base no princípio da intervenção mínima é a retirada</p><p>do crime de adultério do nosso ordenamento jurídico. Até 2005, o ato de se relacionar com terceiro na</p><p>constância do casamento era considerado crime por consistir em uma grave violação dos deveres conjugais,</p><p>passível de tutela penal. Com a evolução social, entendeu-se por bem utilizar outros ramos do direito para</p><p>coibir o adultério, visto que o bem jurídico protegido não está mais entre os eleitos como de maior</p><p>relevância pela sociedade.</p><p>Representação artística do adultério</p><p></p><p>https://www.youtube.com/channel/UCsaA0W3PT4MNfspP2kinOjw</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1851-1899/d847.htm</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=Glnb76LhHU0</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=Glnb76LhHU0</p><p>https://www.youtube.com/channel/UCz5l3C3T3vc8_WqmXl7mMrA</p><p>Fonte: “Getty Search Gateway”. Disponível em: http://media.getty.edu/museum/images/web/enlarge/00055101.jpg. Acesso em: out. 2020.</p><p>Vamos falar sobre os princípios da subsidiariedade e da fragmentariedade?</p><p>Os princípios da subsidiariedade e da fragmentariedade são subprincípios da intervenção mínima. O</p><p>primeiro aduz que a atuação do Direito Penal somente é legítima quando os outros ramos do Direito, mais</p><p>brandos, mostrarem-se insu�cientes para o controle social. Ele está mais relacionado ao plano abstrato, isto</p><p>é, ao aspecto legislativo, impondo limites à atuação do legislador, que deverá criar norma penal apenas</p><p>quando não houver soluções menos invasivas para solucionar o problema.</p><p>O princípio da fragmentariedade, por sua vez, determina que o Direito Penal somente deve intervir quando</p><p>�car demonstrada a existência de relevante lesão a bem jurídico fundamental da sociedade. Tal intervenção</p><p>se dá no caso concreto, quando houver lesão signi�cativa ao bem tutelado. Assim, caso a lesividade da</p><p>conduta seja ín�ma, a incidência da norma punitiva deve ser afastada naquela situação. O princípio da</p><p>insigni�cância é, então, desdobramento lógico do princípio da fragmentariedade.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>Diante do exposto, é possível concluir que o estudo da intervenção mínima é extremamente importante</p><p>para a compreensão das bases de um Direito Penal realmente democrático, capaz de limitar ingerências</p><p>indevidas do Estado na vida do cidadão, principalmente quando a sua liberdade está em jogo.</p><p>NA PRÁTICA</p><p>Jurisprudência</p><p>Aplicação do princípio da insigni�cância a um furto no valor de R$ 99,00 (noventa e</p><p>nove reais)</p><p></p><p>http://media.getty.edu/museum/images/web/enlarge/00055101.jpg</p><p>O STF, no julgamento do HC 144.551/RS, aplicou o princípio da insigni�cância para afastar a tipicidade</p><p>material do furto de um par de sapatos femininos avaliado em R$ 99,00 (noventa e nove reais), tendo em</p><p>vista que tal conduta não causou lesividade relevante à ordem social, havendo que incidir, por conseguinte,</p><p>o postulado da bagatela.</p><p>VIDEOAULA – PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA</p><p>Olá!</p><p>A seguir, apresentamos a videoaula que trata sobre o tema "Princípio da intervenção mínima".</p><p>Bons estudos!</p><p>VIDEOAULA – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE</p><p>Olá!</p><p>A seguir, apresentamos a videoaula que trata sobre o tema "Princípio da legalidade".</p><p>Bons estudos!</p><p>OFENSIVIDADE</p><p>Olá!</p><p>Ao �nal dessa leitura, esperamos que você seja capaz de:</p><p>1 - Interpretar o princípio da ofensividade;</p><p>2 - Explicar a função político-criminal e a função interpretativa ou dogmática do princípio.</p><p>Quer baixar a versão em PDF desse texto? Basta clicar aqui nesse link.</p><p>Boa leitura!</p><p>Vamos aprender um pouco sobre a ofensividade?</p><p>O princípio da ofensividade, implícito no ordenamento jurídico brasileiro, prevê que o Estado só pode punir</p><p>as condutas que lesionam ou colocam em perigo os bens jurídicos penalmente tutelados. A seguir,</p><p>abordaremos o conceito deste princípio, bem como as suas funções e aplicação prática.</p><p>O PRINCÍPIO DA OFENSIVIDADE</p><p>Vamos conceituar o princípio da ofensividade?</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p></p><p>http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/HC144551GM.pdf</p><p>https://drive.google.com/file/d/1VbtyoQi3EmJfFu8xG5k0GkJZchMtfFQe/view?usp=sharing</p><p>O princípio da ofensividade se baseia na ideia de que o legislador penal só pode criminalizar os fatos que</p><p>lesem ou ofereçam concreto perigo de lesão aos bens jurídicos mais importantes. A intervenção penal</p><p>estatal se legitima apenas quando a conduta representa efetiva e concreta lesão ou ameaça de lesão a um</p><p>interesse socialmente relevante.</p><p>De acordo com Cezar Roberto Bitencourt (2020, n.p.): “Para que se tipi�que algum crime, em sentido</p><p>material, é indispensável que haja, pelo menos, um perigo concreto, real e efetivo de dano a um bem</p><p>jurídico penalmente protegido”. (grifo nosso)</p><p>Fernando Capez (2020, n.p.), por sua vez, expõe: “O princípio da ofensividade considera inconstitucionais</p><p>todos os chamados ‘delitos de perigo abstrato’”, pois, segundo ele, “não há crime sem comprovada lesão ou</p><p>perigo de lesão a um bem jurídico”.</p><p>Instrumento ofensivo ao bem jurídico: vida</p><p>Fonte: “Getty Search Gateway”. Disponível em: http://media.getty.edu/museum/images/web/thumbnail/265646B1V1.jpg. Acesso em: nov.</p><p>2020.</p><p> Saiba mais</p><p>Quer saber mais sobre o princípio da ofensividade? Então assista ao vídeo “Direito Penal - Princípio da</p><p>Ofensividade ou Lesividade - Prof. Daniel Buchmüller” do canal “Prof. Daniel Buchmüller”. Acesso em:</p><p>out. 2020.</p><p>Você sabe quais são as funções do princípio da ofensividade?</p><p></p><p>http://media.getty.edu/museum/images/web/thumbnail/265646B1V1.jpg</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=0KUvSRDDzpY</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=0KUvSRDDzpY</p><p>https://www.youtube.com/channel/UC8VrlJ9y920qogjHRpM5TnQ</p><p>O princípio da ofensividade se baseia na ideia O princípio da ofensividade apresenta duas importantes</p><p>funções. A primeira delas consiste em uma orientação fornecida ao legislador quando da elaboração de</p><p>tipos penais, a �m de que se atenha à exigência de que a conduta proibida deve representar perigo concreto</p><p>a bens jurídicos socialmente relevantes.</p><p>A segunda função diz respeito à interpretação e aplicação da norma ao caso concreto, determinando que o</p><p>intérprete legal exponha diretamente qual bem jurídico protegido pelo tipo penal foi efetivamente colocado</p><p>em perigo.</p><p>A atuação desse princípio como limitador do poder punitivo do Estado tem início no momento de</p><p>elaboração da norma penal, a �m de impedir a criminalização de condutas inofensivas ou que não tragam</p><p>perigo aos bens jurídicos de maior relevância, muito embora possam ser vistas como imorais ou em</p><p>desacordo com os preceitos sociais.</p><p>Apesar de tratar-se de princípio de suma importância, a ofensividade ainda não encontra previsão expressa</p><p>no ordenamento jurídico pátrio, tratando-se uma construção doutrinária e jurisprudencial, a partir de uma</p><p>interpretação da Constituição Federal (CRFB/88) e dos princípios nela previstos, especialmente por rechaçar</p><p>a incriminação de condutas por mera inadequação aos preceitos sociais, sem que se constate um resultado</p><p>juridicamente relevante.</p><p>Vamos ver como o princípio da ofensividade é aplicado na prática?</p><p>O princípio da ofensividade vem sendo cada vez mais utilizado pelos tribunais superiores para afastar a</p><p>incidência dos tipos penais em algumas situações concretas. Há um importante debate acerca da</p><p>aplicabilidade do referido princípio em relação ao crime previsto no artigo 183, da Lei 9.472/97, que comina</p><p>pena de detenção de dois a quatro anos para a conduta de desenvolver clandestinamente atividades de</p><p>telecomunicação.</p><p>Em determinados casos, como se verá de forma mais detalhada, a Segunda Turma do STF se manifestou no</p><p>sentido da atipicidade de tal conduta, visto que não resulta em dano ou perigo concreto relevante para a</p><p>sociedade, de modo a lesionar ou colocar em perigo o bem jurídico tutelado pela norma (segurança dos</p><p>meios de telecomunicações) na intensidade reclamada pelo princípio da ofensividade.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>Diante do exposto, é possível concluir que o princípio da ofensividade possui grande importância para a</p><p>consolidação de um Direito Penal democrático. Tal princípio, voltado para o legislador e para os aplicadores</p><p>da lei, se presta a limitar o poder punitivo do Estado, impedindo a criminalização de condutas inofensivas</p><p>ou que não tragam perigo aos bens jurídicos de maior relevância, ainda que possam ser vistas como imorais</p><p>ou em desacordo com os preceitos sociais.</p><p>NA PRÁTICA</p><p>Jurisprudências</p><p></p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9472.htm</p><p>http://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=246833767&ext=.pdf</p><p>Aplicabilidade do princípio da ofensividade para afastar a tipicidade material da</p><p>conduta de operar clandestinamente rádio comunitária</p><p>Nessa decisão, a 2ª Turma do STF entendeu que a conduta de operar clandestinamente a rádio comunitária</p><p>106,5 FM, formalmente prevista no artigo 183, da Lei 9.472/97, não resultou em dano ou perigo concreto</p><p>relevante para a sociedade, de modo a lesionar ou colocar em perigo qualquer bem jurídico na intensidade</p><p>reclamada pelo princípio da ofensividade, sendo irrelevantes as consequências do fato.</p><p>VIDEOAULA – PRINCÍPIO DA OFENSIVIDADE</p><p>Olá!</p><p>A seguir, apresentamos a videoaula que trata sobre o tema "Princípio da ofensividade".</p><p>Bons estudos!</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p>MATERIALIZAÇÃO DO FATO</p><p>Olá!</p><p>Ao �nal dessa leitura, esperamos que você seja capaz de:</p><p>1 - De�nir o princípio da materialização do fato;</p><p>2 - Relacionar o princípio da materialização do fato à hipótese de crime tentado.</p><p>Quer baixar a versão em PDF desse texto? Basta clicar aqui nesse link.</p><p>Boa leitura!</p><p>Vamos aprender um pouco sobre materialização do fato?</p><p>O princípio da materialização ou exteriorização do fato indica que ideias ou estilo de vida não podem ser</p><p>criminalizados, devendo o direito penal se ocupar apenas com ações lesivas aos bens jurídicos de terceiros.</p><p>A seguir, abordaremos o conceito e os principais desdobramentos desse princípio.</p><p>Representação dos pensamentos humanos, que não podem ser punidos pelo Direito Penal</p><p>Aula 3</p><p>PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO PENAL II</p><p>Nessa aula, vamos dar sequencia ao tema "Princípios Penais Fundamentais".</p><p>28 minutos</p><p></p><p>http://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=246833767&ext=.pdf</p><p>https://drive.google.com/file/d/1b4WkInEw7NsdBdyeh5TspeWmQvysSFqz/view?usp=sharing</p><p>Fonte: “Getty Search Gateway”. Disponível em: http://media.getty.edu/museum/images/web/thumbnail/24805101.jpg. Acesso em: nov.</p><p>2020.</p><p>O PRINCÍPIO DA MATERIALIZAÇÃO DO FATO</p><p>Vamos conceituar o princípio da materialização do fato?</p><p>Segundo o princípio da materialização do fato (nullum crimen sine actio), o Estado só pode de�nir como</p><p>crimes as condutas humanas externas e voluntárias, ou seja, aquelas que se apresentam como fatos, por</p><p>meio de uma ação ou omissão concreta.</p><p>Assim, é vedado ao Estado incriminar condutas humanas involuntárias, situadas exclusivamente na mente</p><p>do agente. Ninguém pode ser punido por seus pensamentos, desejos ou meras cogitações. Além disso, o</p><p>estilo de vida do indivíduo, suas convicções pessoais, ideologias ou a sua própria personalidade não podem</p><p>ser utilizados como fundamento para eventual responsabilização criminal ou agravação da pena. Adota-se,</p><p>portanto, o direito penal do fato e não o direito penal do autor.</p><p> Saiba mais</p><p>Quer saber mais sobre o princípio da materialização do fato? Então assista ao vídeo “Princípio da</p><p>Materialidade (Direito Penal de Autor X Ato) - Curso de Direito Penal - Túlio Vianna” do canal “Tulio</p><p>Vianna TV”.  Acesso em: out. 2020.</p><p>Você sabe as diferenças entre o direito penal do fato e o direito penal do autor</p><p></p><p>http://media.getty.edu/museum/images/web/thumbnail/24805101.jpg</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=ivzbHPVpLBU</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=ivzbHPVpLBU</p><p>https://www.youtube.com/channel/UCsaA0W3PT4MNfspP2kinOjw</p><p>https://www.youtube.com/channel/UCsaA0W3PT4MNfspP2kinOjw</p><p>O princípio da materialização ou exteriorização do fato foi responsável por inaugurar o direito</p><p>penal do</p><p>fato, em contraposição ao direito penal do autor. O direito penal do fato dispõe que apenas ações ou</p><p>omissões concretas podem ser punidas pelo direito penal. De acordo com Fernando Capez (2020, n.p.):</p><p>O direito penal do autor, por sua vez, se baseia na ideia de que o direito penal não deve castigar o ato, que</p><p>em si mesmo não expressa muito valor, mas sim a atitude interna corrompida do agente. Nesse sentido,</p><p>expõe Capez (2020, n.p.):</p><p>Assim, resta claro que é inadmissível, em um Estado Democrático de Direito, a existência do direito penal</p><p>do autor, devendo ser adotado o direito penal do fato.  Por essa razão, o ordenamento jurídico brasileiro, em</p><p>consonância com os valores contidos na Constituição Federal (CRFB/88), aderiu ao direito penal do fato,</p><p>apesar de infelizmente ainda apresentar alguns resquícios do direito penal do autor.</p><p>Parte da doutrina aponta como exemplo de resquício do direito penal do autor a utilização das</p><p>circunstâncias judiciais “conduta social” e “personalidade” do agente, previstas no artigo 59, do Decreto-Lei</p><p>2.848, para agravar a pena do réu, defendendo que tais circunstâncias deveriam ser utilizadas apenas em</p><p>favor deste, sob pena de se formar julgamentos com base em pensamentos e ideias, mas não em fatos.</p><p>Ademais, pelas mesmas razões, o plenário do STF declarou como não recepcionado o artigo 25, do Decreto-</p><p>Lei 3.688, popularmente conhecida como a Lei de Contravenções Penais, que comina pena de prisão simples</p><p>de dois meses a um ano e multa para aquele que for encontrado em poder de gazuas, chaves falsas ou</p><p>alteradas ou instrumentos empregados usualmente na prática de crime de furto, depois de condenado, por</p><p>crime de furto ou roubo, ou enquanto sujeito à liberdade vigiada, ou quando conhecido como vadio ou</p><p>mendigo, desde que não prove destinação legítima.</p><p>O direito penal não se presta a punir pensamentos, ideias, ideologias, nem o modo de ser</p><p>das pessoas, mas, ao contrário, fatos devidamente exteriorizados no mundo concreto e</p><p>objetivamente descritos e identi�cados em tipos legais. A função do Estado consiste em</p><p>proteger bens jurídicos contra comportamentos externos, efetivas agressões</p><p>previamente descritas em lei como delitos, bem como estabelecer um compromisso ético</p><p>com o cidadão para o melhor desenvolvimento das relações intersociais.</p><p>Na Alemanha nazista, por exemplo, não havia propriamente crimes, mas criminosos.</p><p>Incriminavam-se os “traidores” da nação ariana e não os fatos eventualmente cometidos.</p><p>Eram tipos de pessoas, não de condutas. Castigavam-se a deslealdade com o Estado, as</p><p>manifestações ideológicas contrárias à doutrina nacional-socialista, os subversivos e</p><p>assim por diante.</p><p></p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=6997511</p><p>https://legis.senado.leg.br/norma/528775/publicacao/15771787</p><p>https://legis.senado.leg.br/norma/528775/publicacao/15771787</p><p>Vamos relacionar o princípio da materialização do fato e a hipótese de crime</p><p>tentado?</p><p>A aplicação do princípio da materialização do fato se faz clara na hipótese de crime tentado, prevista</p><p>pelo artigo 14, inciso II, do Decreto-Lei 2.848, que diz que o crime será tentado quando, iniciada a execução,</p><p>não se consumar por circunstâncias alheias à vontade do agente. Nesse caso, só há crime a partir do</p><p>momento em que são iniciados os atos executórios, ou seja, quando a conduta humana e voluntária é</p><p>exteriorizada através de ação ou omissão.</p><p>Assim, em regra, as etapas do iter criminis anteriores à execução, quais sejam, a cogitação e a preparação,</p><p>não são passíveis de punição. Isso porque o agente ainda não praticou nenhum fato exterior que resulte em</p><p>qualquer lesão a um bem jurídico, e as suas condutas internas não podem ser objeto de punição pelo</p><p>Estado. Há, no entanto, algumas exceções nas quais a preparação é punida como delito autônomo. Os</p><p>exemplos citados pela doutrina são os artigos 288 e 291, do Decreto-Lei 2.848 e o artigo 16, § único, inciso III,</p><p>da Lei 10.826/0</p><p>CONCLUSÃO</p><p>Tendo em vista o conteúdo apresentado, preparamos para você a seguinte tabela, diferenciando o direito</p><p>penal do fato do direito penal do autor:</p><p>Direito penal do fato Expoentes</p><p>Objeto do direito penal Ações ou omissões concretas Ações ou omissões concretas</p><p>Exemplo</p><p>Artigo 121, do Decreto-Lei 2.848:</p><p>Pune-se a conduta de matar</p><p>alguém.</p><p>Artigo 25, do Decreto-Lei 3.688:</p><p>Pune-se o indivíduo pelo simples</p><p>fato de já ter sido condenado</p><p>anteriormente ou de ser</p><p>conhecido como vadio</p><p>ou mendigo e trazer consigo</p><p>instrumentos empregados</p><p>usualmente na prática de crime</p><p>de furto, ainda que não os utilize.</p><p>NA PRÁTICA</p><p>Jurisprudência</p><p>Não recepção do artigo 25, do Decreto-Lei 3.688 pela Constituição (CRFB/88)</p><p></p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.826.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>https://legis.senado.leg.br/norma/528775/publicacao/15771787</p><p>O STF, julgando o RE 583523/RS, entendeu que o artigo 25, do Decreto-Lei 3.688, é anacrônico e não foi</p><p>recepcionado pela CRFB/88, pois não se pode admitir a punição do sujeito apenas pelo que ele é, mas sim</p><p>pelo que ele faz, pois concluir de forma diversa seria aceitar, num Estado Democrático de Direito, o</p><p>indesejado e combatido direito penal do autor.</p><p>Artigo</p><p>Traços do direito penal do autor no ordenamento jurídico brasileiro</p><p>Esse artigo cientí�co analisa os institutos da conduta social e da personalidade do agente quando usados no</p><p>critério de �xação da pena, demonstrando que con�guram, na prática, o uso do direito penal do autor ao</p><p>invés do direito penal do fato, adotado pela CRFB/88 e pelo Decreto-Lei 2.848.</p><p> Saiba mais</p><p>Filme</p><p>A lista de Schindler</p><p>Um comerciante no mercado negro, membro do próprio Partido Nazista que, apesar de seus defeitos,</p><p>amava o ser humano, fez o impossível para conseguir salvar mais de mil judeus dos campos de</p><p>concentração nazistas, que eram punidos e mortos pelo simples fato de serem considerados inimigos</p><p>do Estado.</p><p>O zoológico de Varsóvia</p><p>Um casal responsável pelo zoológico de Varsóvia trabalhou com a resistência e planejou salvar</p><p>centenas de judeus ameaçados pela invasão nazista no país. Eles buscaram reduzir os estragos</p><p>causados pelo nazismo, que perseguia as pessoas consideradas ameaças ao regime.</p><p>VIDEOAULA – MATERIALIZAÇÃO DO FATO</p><p>Olá!</p><p>A seguir, apresentamos a videoaula que trata sobre o tema "Materialização do fato".</p><p>Bons estudos!</p><p>RESPONSABILIDADE PENAL INDIVIDUAL</p><p>Olá!</p><p>Ao �nal dessa leitura, esperamos que você seja capaz de:</p><p>1 - Interpretar o princípio da pessoalidade;</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p></p><p>http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=6997511</p><p>https://legis.senado.leg.br/norma/528775/publicacao/15771787</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-penal/tracos-do-direito-penal-do-autor-no-ordenamento-juridico-brasileiro/</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>2 - Explicar a função político-criminal e a função interpretativa ou dogmática do princípio.</p><p>Quer baixar a versão em PDF desse texto? Basta clicar aqui nesse link.</p><p>Boa leitura!</p><p>Vamos aprender um pouco sobre responsabilidade penal individual?</p><p>O princípio da responsabilidade penal individual, também conhecido como princípio da responsabilidade</p><p>pessoal, estabelece que somente o condenado poderá ser submetido à pretensão punitiva estatal. A seguir,</p><p>realizaremos uma abordagem histórica e conceitual e prática acerca desse princípio.</p><p>O QUE É O PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE PENAL INDIVIDUAL?</p><p>Vamos fazer uma breve abordagem histórica sobre o princípio da</p><p>responsabilidade penal individual?</p><p>No passado, não apenas o autor do fato respondia pelo delito cometido, como também as pessoas ligadas ao</p><p>seu grupo familiar ou social. Assim, quando o condenado falecia antes do integral cumprimento da pena,</p><p>seus parentes e amigos poderiam ser obrigados a substituí-lo na execução da sanção a ele imposta.</p><p>As Ordenações Filipinas, por exemplo, que vigoraram no Brasil de 1603 até o início século XIX, continham</p><p>vários dispositivos em que a pena era cominada diretamente aos familiares do ofensor. O Decreto de 17 de</p><p>junho de 1759, por sua vez, estabelecia penas que passavam do condenado para os seus �lhos e</p><p>descendentes.</p><p>O primeiro diploma legal brasileiro que assegurou o princípio da responsabilidade penal individual foi a</p><p>Constituição de 1824, sendo ele reproduzido em todas as constituições seguintes, com a única exceção</p><p>da Constituição de 1937, também conhecida como “Polaca”, em razão do contexto autoritário em que foi</p><p>elaborada.</p><p>Vamos conceituar o princípio da responsabilidade penal individual?</p><p>O princípio da responsabilidade penal individual está previsto no artigo 5º, inciso XLV, da Constituição</p><p>Federal (CRFB/88), que estabelece que “nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a</p><p>obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens serem, nos termos da lei, estendidas aos</p><p>sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido”. Neste sentido, é</p><p>importante ressaltar que o princípio em questão é dotado de uma função interpretativa para nortear o</p><p>aplicador da lei, bem como de função político-criminal, tendo em vista representar uma clara limitação ao</p><p>poder punitivo do Estado, que �ca impedido de aplicar qualquer tipo de sanção penal àqueles que não</p><p>praticaram crimes, ainda que tenham relações familiares ou de amizade com eventuais criminosos. Nas</p><p>palavras de Fernando Capez (2020, n.p.): “Ninguém pode ser responsabilizado por fato cometido por outra</p><p>pessoa. A pena não pode passar da pessoa do condenado (CRFB/88, artigo 5º, XLV)”.</p><p></p><p>https://drive.google.com/file/d/1PbKFxQFZQNPLXWJS6ht9osyDOzQD7dLL/view?usp=sharing</p><p>http://www1.ci.uc.pt/ihti/proj/filipinas/ordenacoes.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao37.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p> Saiba mais</p><p>Quer saber mais sobre o princípio da responsabilidade penal individual? Então assista ao vídeo</p><p>“Princípio da Pessoalidade/Intranscendência da Pena - Artigo 5º, XLV, da CF/88” do canal “Prof. Diego</p><p>Pureza”. Acesso em: out. 2020.</p><p>Vamos ver como o princípio da responsabilidade penal individual é aplicado na</p><p>prática?</p><p>Um debate extremamente importante acerca da aplicação do princípio da responsabilidade penal</p><p>individual diz respeito ao con�namento de mulheres grávidas ou mães de crianças sob sua</p><p>responsabilidade em estabelecimentos prisionais precários, subtraindo-lhes o acesso a programas de saúde</p><p>pré-natal, assistência regular na gestação e no pós-parto, e, ainda, privando as crianças de condições</p><p>adequadas ao seu desenvolvimento.</p><p>Não há dúvidas que os �lhos das presidiárias são fortemente prejudicados pelo encarceramento de suas</p><p>mães nessas situações. Tal prática viola o princípio da intranscendência, segundo o qual a pena não pode</p><p>passar da pessoa do condenado.</p><p>Assim entendendo, os tribunais superiores têm frequentemente concedido habeas corpus, determinando a</p><p>substituição da prisão preventiva pela domiciliar (sem prejuízo da aplicação concomitante de medidas</p><p>alternativas) de mulheres presas, gestantes, puérperas ou mães de crianças e de�cientes, enquanto não</p><p>forem criadas condições mínimas de dignidade para a permanência delas com os seus �lhos.</p><p>Carinho e presença materna, que deveriam ser garantidos a todas as crianças</p><p>Fonte: “Getty Search Gateway”. Disponível em: http://media.getty.edu/museum/images/web/thumbnail/10605301.jpg. Acesso em: nov.</p><p>2020.</p><p></p><p>https://www.youtube.com/watch?v=P1n6x7qGlyw</p><p>https://www.youtube.com/channel/UC0mobDStFTRpmjxs0VwW7qw</p><p>https://www.youtube.com/channel/UC0mobDStFTRpmjxs0VwW7qw</p><p>http://media.getty.edu/museum/images/web/thumbnail/10605301.jpg</p><p>CONCLUSÃO</p><p>Diante do exposto, é possível concluir que o estudo do princípio da responsabilidade penal individual é de</p><p>extrema relevância para a consolidação de um Direito Penal realmente democrático, capaz de limitar</p><p>ingerências indevidas do Estado na vida do cidadão, principalmente daqueles que sequer praticaram atos</p><p>delituosos, como é o caso das crianças atingidas pela prisão de suas mães em estabelecimentos penais</p><p>inadequados para que permaneçam com elas em condições dignas.</p><p>NA PRÁTICA</p><p>Jurisprudência</p><p>Aplicabilidade do princípio da responsabilidade penal individual para a concessão de</p><p>HC coletivo impetrado em favor de presidiárias gestantes ou mães de crianças sob sua</p><p>responsabilidade</p><p>Considerando que o Estado brasileiro tem sido incapaz de garantir cuidados mínimos relativos à</p><p>maternidade de mulheres em situação prisional e constatando que esses cuidados se direcionam não só a</p><p>elas, mas também aos seus �lhos, o STF determinou, no HC 143641/SP, a substituição da prisão preventiva</p><p>pela domiciliar das mesmas.</p><p>VIDEOAULA – RESPONSABILIDADE PENAL INDIVIDUAL</p><p>Olá!</p><p>A seguir, apresentamos a videoaula que trata sobre o tema "Responsabilidade penal individual".</p><p>Bons estudos!</p><p>RESPONSABILIDADE PENAL SUBJETIVA</p><p>Olá!</p><p>Ao �nal dessa leitura, esperamos que você seja capaz de:</p><p>1 - Explicar a responsabilidade penal subjetiva;</p><p>2 - Diferenciar a responsabilidade penal subjetiva das ideias de crime doloso e culposo;</p><p>3 - Ponderar sobre o alcance das ideias de vontade e consciência.</p><p>Quer baixar a versão em PDF desse texto? Basta clicar aqui nesse link.</p><p>Boa leitura!</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p></p><p>http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/HC143641final3pdfVoto.pdf</p><p>https://drive.google.com/file/d/1pS7Yu2O33U4CzWd5utYW7sIYt-z-bgp1/view?usp=sharing</p><p>O PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE PENAL SUBJETIVA</p><p>Vamos aprender um pouco sobre responsabilidade penal subjetiva?</p><p>O princípio da responsabilidade penal subjetiva, também chamado de princípio da culpabilidade, veda a</p><p>responsabilidade objetiva no direito penal e apregoa que ninguém responderá por um resultado se não</p><p>houver causado com dolo ou culpa. A seguir, abordaremos os principais pontos relacionados a esse</p><p>princípio.</p><p>Vamos conceituar o princípio da responsabilidade penal subjetiva?</p><p>O princípio da responsabilidade penal subjetiva dispõe que a responsabilização penal só é possível quando</p><p>o agente pratica um ato por livre e espontânea vontade, com o intuito de obter o resultado ocorrido ou, no</p><p>mínimo, causa o resultado por inobservância de um dever objetivo de cuidado.</p><p>Assim, um indivíduo será punido apenas por fatos subjetivamente próprios, sendo vedada a</p><p>responsabilização por fatos de terceiros, casuais, fortuitos ou imprevisíveis. Sobre o tema, ensina Capez</p><p>(2020, n.p.):</p><p>Nota-se, portanto, que não basta que determinada conduta se enquadre em um tipo penal para que seja</p><p>considerada crime, sendo imprescindível que exista dolo ou culpa do indivíduo quanto ao ato que está</p><p>praticando. Busca-se, pois, excluir do direito penal a possibilidade de atribuir-se eventual responsabilidade</p><p>objetiva.</p><p> Saiba mais</p><p>Quer saber mais sobre o princípio da responsabilidade penal subjetiva? Então assista ao vídeo</p><p>“Princípio da responsabilidade penal subjetiva” do canal “Professor Bruno Freitas”. Acesso em: out.</p><p>2020.</p><p>O artigo 18, parágrafo único, do Decreto-Lei 2.848 determina que, salvo os casos expressos em lei, ninguém</p><p>pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. Mas qual é o conceito</p><p>de dolo? E de culpa?</p><p>O mesmo dispositivo legal de�ne, em seu inciso I, o crime doloso como um crime cujo resultado foi desejado</p><p>Nenhum resultado objetivamente</p>

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